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OS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tutor externo (Raimundo Nonato da Costa Bastos)


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (FSL0174) – Estágio I
07/07/2018

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de apresentar os resultados dos estudos realizados no Estágio I do
Curso de Segunda Licenciatura em Pedagogia. O estudo analisou sobre os instrumentos de
avaliação na Educação Infantil, ou seja, procuramos examinar o processo de avaliar nas suas
diferentes concepções. Assim, este estudo apresenta subsídios para uma melhor compreensão de
sanar as dificuldades enfrentadas no momento de avaliar e compreender as interpretações teóricas
das concepções pedagógicas que permeiam as escolas e as práticas desenvolvidas no dia a dia dos
trabalhos escolares, bem como, as metodologias desenvolvidas. Para alcançar melhores resultados,
o estudo permeia o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola confrontando-o com o planejamento
que está sendo realizado e com a forma avaliativa que é praticada pelos educadores no processo
ensino/aprendizagem. Logo, esse estudo tem o objetivo de compreender sobre a importância do
processo avaliativo e diante das conclusões e saber tomar decisões coerentes e consistentes que
estejam relacionadas ao ensinar e ao aprender, também a possibilidade de repensar a prática
educativa no cotidiano escolar. Optou-se pelo questionário como instrumento de coleta de dados, no
sentido de que, permite a participação de várias pessoas, e o pesquisado dispõe de espaço de tempo
mais amplo para responder às questões. Compreendemos que este é o processo que envolve o
conhecimento de como, porque e para que avaliar, visando os conhecimentos teóricos na prática,
promovendo mudanças significativas no ensino/aprendizagem, a fim de promover uma educação de
qualidade.

Palavras-chave: Avaliação Escolar. Instrumentos Avaliativos. Desenvolvimento Profissional.

1 INTRODUÇÃO

A avaliação é uma etapa presente no cotidiano escolar em sala de aula,


exerce uma função fundamental que é a função diagnóstica. É o processo pelo que
se determina o grau e a quantidade de resultados alcançados em relação aos
objetivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi
desenvolvidos.
Na educação Infantil, devido as peculiaridades da etapa, avaliar é um
processo muito delicado. Portanto, faze-la, exige do educador muita reflexão sobre
sua ação e conscientização sobre a subjetividade que há em sua prática.
Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no novo
paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra
intimamente relacionado à gestão da aprendizagem dos alunos.
Os instrumentos de avaliação ocupam sem dúvida espaço relevante no
conjunto de práticas pedagógicas aplicadas ao processo de ensino aprendizagem.
Portanto, avaliar não se atribuí à mecânica de atribuir notas.
Para Oliveira (2003), deve representar as avaliações aqueles instrumentos
imprescindíveis à verificação do aprendizado, efetivamente realizado pelo aluno, ao
mesmo tempo que forneçam subsídios ao trabalho docente.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação infantil determinam,
desde 2009, que as instituições que atuam nessa etapa de ensino criem
procedimentos para avaliação do desenvolvimento das crianças. Tal processo não
deve ter como objetivo a seleção, promoção ou classificação, e sim, considerar a
“observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações da
criança no cotidiano” e empregar múltiplos registros. Esses registros ainda têm
interpretações equivocadas. Por isso, as situações de avalição devem ocorrer em
atividades contextualizadas para que se possa observar e evolução do aprendizado
das crianças.
Nesse sentido, faz-se necessário que o professor tenha uma postura dialógica
diante dos instrumentos avaliativos que são inseridos na Educação Infantil, para que
os resultados sejam considerados de forma a possibilitar a construção do
conhecimento das crianças, onde elas aprendem de modo integral, ou seja,
exercitado o desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e intelectual.
Assim, objetivamos, neste artigo, verificar e comparar o discurso sobre
avaliação com relação à prática pedagógica na Educação Infantil.
Como metodologia para coleta de dados, teremos análise do PPP (Projeto
Político Pedagógico), pesquisa bibliográfica, entrevista com professores e
observação dos trabalhos regidos pela professora da educação Infantil do Centro
Educação Joaquim Lula.
Em decorrência, este artigo apresenta a seguinte estrutura organizacional:
esta introdução, composta de justificativa, objetivo, aspectos teóricos e
metodológicos seguida de discussões, onde refletiremos sobre a avalição na
educação infantil; algumas conclusões e, por fim, as referências.
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2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Este trabalho pretende registrar os resultados de uma pesquisa sobre os


instrumentos de avaliação na Educação Infantil. O interesse na problemática surgiu
da necessidade de compreender e analisar os instrumentos de avaliação utilizados
na sala de aula, objetivando verificar e comparar o discurso sobre avaliação com
relação à prática pedagógica na Educação Infantil.
Na educação infantil, é necessário avaliar, para isso, a avalição deve ser um
processo sistemático e continuo ao longo de todo o processo de aprendizagem.
Avaliar é algo próprio da natureza humana, o tempo todo expressamos juízos
de valor sobre algo, mas quando o termo é pronunciado logo nos remetemos ao
contexto escolar.
Ao avaliar o desenvolvimento de uma criança ou de um aluno estamos
também analisando e refletindo sobre o conjunto de oportunidades de
aprendizagens que foram planejados pelo professor e quando está a serviço do
sucesso de ambos tudo se torna mais fácil, saímos do campo da disputa para a
construção da parceria indissociável.
Para Hoffmann (2012) a avaliação na Educação Infantil é, pois, “um conjunto
de procedimentos didáticos que se estendem por um longo tempo e em vários
espaços escolares, de caráter processual e visando, sempre, a melhoria do objeto
avaliado” (HOFFMANN, 2012, p. 13).
Consideramos que é na educação infantil, que a avaliação da aprendizagem
ainda faz sentido e tem sido efetivamente concretizada em várias unidades
escolares, de acordo com os estudos já realizados.
Os professores da educação infantil têm a sua disposição instrumentos
naturais e espontâneos para realizarem a avaliação, uma vez que eles podem
analisar as observações obtidas a partir do cotidiano das crianças, das
brincadeiras que foram propostas pelos docentes ou até mesmo criadas a partir
das crianças, dos desenhos produzidos, dos diálogos gerados, a partir das rodas
de conversas, entre tantas outras possibilidades existentes as referências para
realizar processos de avaliação devem ser buscadas na própria criança e não em
padrões pré-estabelecidos aos quais ela deve corresponder.

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Vale ressaltar que avaliar o desenvolvimento de uma criança é uma ação
complexa e exige da escola um olhar de extrema atenção, um conhecimento sobre o
aprender e o desenvolver do aluno, para que assim, através de metodologias de
avaliação ou de instrumentos variados seja possível aferir de maneira mais
sistematizada, contemplando o indivíduo e seus avanços (SILVA; URT, 2014, p.
63).
Segundo Carneiro (2010),

a avaliação na educação infantil consiste no acompanhamento do


desenvolvimento infantil e por isso, precisa ser conduzida de modo a
fortalecer a prática docente no sentido de entender que avaliar a
aprendizagem e o desenvolvimento infantil implica sintonia com o
planejamento e o processo de ensino. Por isso, a forma, os métodos de
avaliar e os instrumentos assumem um papel de extrema importância, tendo
em vista que contribuem para a reflexão necessária por parte dos
profissionais acerca do processo de ensino. (CARNEIRO, 2010, p. 6).

Silva e Ort., nos alertam que:

o trabalho na Educação Infantil se faz a partir de vários olhares


(professores e crianças), o conhecimento é construído de maneira
mediada, fundamentado por meio do diálogo, da reflexão, do planejamento
e da avaliação, em que o professor, como responsável direto, visa
desenvolver seu trabalho de forma correta (SILVA; URT, 2014, p. 75).

A partir das observações levantadas pelas autoras, é preciso observar alguns


pontos, que merecem discussões. Quando as autoras levantam que o trabalho na
educação infantil se faz a partir de vários olhares, devemos observar que a
avaliação também deverá ser realizada a partir de vários olhares.
Os documentos oficiais da Educação Infantil tratam da questão da avaliação,
defendendo e evidenciando que esse processo deve acontecer através de
observação, registro e avaliação formativa sem a finalidade de promoção, ou como
um pré-requisito para o ingresso no Ensino Fundamental. De acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional “na educação infantil a avaliação far-se-á
mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.” (LDB, 1996, artigo 31).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI)
orientam que a avaliação deve ser compreendida como parte do trabalho
pedagógico, sem o objetivo de promoção ou classificação.

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Mas a realidade na educação brasileira é bem diferente. Existem escolas que
ainda utilizam a prática avaliativa classificatória que, muitas vezes, impede o
progresso da criança no Ensino Fundamental. Um dos critérios é a aquisição da
língua escrita, onde as escolas retêm, na Educação Infantil, os alunos que não foram
alfabetizados.
Com a alteração dos artigos da Lei de Diretrizes e Base que altera de oito
para nove anos de idade, as escolas de Educação Infantil têm utilizado ainda mais a
avaliação classificatória. A pressão pela alfabetização na Educação infantil torna-se
cada vez maior e mais rígida.
Outro importante documento oficial é o Referencial Curricular Nacional de
Educação Infantil (RCNEI). Este defende que a avaliação deve acontecer através de
observação, registro e avaliação formativa. Evidenciando a importância
da “observação das formas de expressão das crianças, de suas capacidades de
concentração e envolvimento nas atividades, de satisfação com sua própria
produção com suas pequenas conquistas” como instrumento para a avaliação e no
replanejamento da ação educativa.
Uma importante questão ressaltada é que os instrumentos avaliativos são, na
sua grande maioria, elaborados pelas pessoas que não que trabalham diretamente
com as crianças (como diretores, coordenadores pedagógicos, psicólogos), o que
torna difícil para o professor o preenchimento de uma ficha que foi elaborada por
outrem que não vivencia o cotidiano na sala de aula. Esta forma de compreender a
avaliação resulta em um processo que minimiza o desenvolvimento da criança às
habilidades exigidas no instrumento de avaliação, onde todos devem alcançar um
mínimo estabelecido, sem considerar a criança como um todo.
É necessário que os educadores reconstruam a prática avaliativa, buscando
efetivá-la como um processo que vise a acompanhar e valorizar o desenvolvimento
das crianças. A avaliação deve se constituir como um constante questionamento e
reflexão sobre a prática. A respeito disso, HOFFMANN afirma que:

''Nessa tarefa, de reconstrução da prática avaliativa, considero premissa


básica e fundamental a postura de ‘questionamento’ do educador. Avaliação
é a reflexão transformada em ação. Ação essa que nos impulsiona a novas
reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade, e
acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de
construção do conhecimento. Um processo interativo, através do qual

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educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade
escolar no ato próprio da avaliação.” (HOFFMANN, 1996, p 18)

É importante que a avaliação na educação infantil considere que “as crianças


apresentam maneiras peculiares e diferenciadas de vivenciar as situações de
interagir com os objetos do mundo físico. A cada minuto realizam novas conquistas,
ultrapassando nossas expectativas e causando muitas surpresas” (HOFFMANN,
1996, p. 83). Cada criança possui um ritmo próprio para construir seu
conhecimento a partir de sua interação com o mundo, com as demais crianças e
com os adultos, existindo assim a necessidade real de que o professor esteja atento
a essas peculiaridades.
Há dois pressupostos básicos para uma proposta de avaliação na educação
infantil: a observação atenta e curiosa sobe as manifestações de cada criança; e
a reflexão sobre o significado dessas manifestações em termos de seu
desenvolvimento.
A partir da prática desses dois princípios, o professor terá elementos para
refletir sobre o significado de cada conquista do aluno, suas dificuldades e
possibilidades. Para que a observação e reflexão sejam possíveis, é importante que
o professor utilize o registro como forma de acompanhamento de seus alunos.
O registro se torna um elemento indissociável do processo educativo,
processo este que deve se constituir como uma prática contínua, tendo como
objetivo o avanço no que diz respeito às observações sobre a criança, a professora
e a instituição. Nessa concepção, a avaliação é a reflexão transformada em ação,
configurando-se como mediadora entre o aluno e a construção do conhecimento,
não podendo, portanto, ser estática nem ter caráter sensitivo e classificatório.
(HOFMANN 1992).

OS INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO

Ao ser indagada a respeito dos instrumentos de avaliação na educação


infantil a professora entrevistada relatou que os instrumentos utilizados por ela são a
observação, participação, interesse e assiduidade, e são feitos registros e os testes
bimestrais, realizados para analisar o desenvolvimento da criança. Essa concepção

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encontra amparo legal na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) onde
declara que: “a avaliação pressupõe sempre referências, critérios, objetivos e
deve ser orientadora, ou seja, deve visar o aprimoramento da ação educativa,
assim como o acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança que
deverá ter como referência, objetivos estabelecidos no projeto pedagógico da
instituição e pelo professor.
O profissional da educação infantil deve desenvolver habilidades de
observação e de registro do desenvolvimento da criança e que reflita
permanentemente sobre sua prática, aperfeiçoando–a no sentido do alcance dos
objetivos.
Segundo Hoffmann, a prática de elaboração de fichas comportamentais
classificatórias semestrais, referindo-se aos registros de avaliação das crianças e
alguns pareceres descritivos encerram concepções disciplinadoras, sentenciosas e
comparativas que ferem seriamente o respeito à infância. A análise dos
procedimentos rotineiros de avaliação permite-nos observar sérios reflexos, na
educação infantil, dos modelos de avaliação classificatória do ensino regular.
O modelo de avaliação classificatória se faz presente na maior parte das
instituições de educação infantil quando, para elas, avaliar é registrar ao final de um
semestre os comportamentos que a criança apresentou, utilizando-se, para isso, de
listagens uniformes de comportamentos a serem classificados a partir de escalas
comparativas. O cotidiano da criança não é verdadeiramente levado em conta, nem
é considerada a postura pedagógica do educador, à semelhança do ocorrido no
ensino regular.
Sendo assim, observou- se através da pesquisa que o processo avaliativo na
educação infantil se assemelha e muito ao que ocorre no Ensino Fundamental e
Médio, pois o que se busca nesse processo é saber se a criança está apta ou não
para seguir adiante nas próximas séries. Tendo como concepções avaliativas,
práticas que estão voltadas apenas para o resultado obtido pela criança ao final de
cada avaliação escrita, sem preocupar-se com todo o processo de aprendizagem
da mesma, pois a avaliação pode ocorrer tanto através do que a criança consegue
passar para o papel, como em diversas situações que as envolvem na sala de
aula, sem necessariamente, precisar ser algo que ela consiga escrever.

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São utilizados instrumentos avaliativos que não passam de meros registros
elaborados sem reflexão, apenas diagnosticando fatos isolados sem levar em conta
toda a rotina da criança. Pois ao final de cada bimestre são elaboradas fichas
comportamentais, através de listagens que são classificados a partir de registros
comparativos, desconsiderando a prática pedagógica do educador nesse processo.
Segundo Hoffmann, o sentido da avaliação na educação infantil é o de
acompanhar o desenvolvimento da criança, englobando reflexões permanentes da
ação da criança em seu cotidiano.
Na nova concepção trazida pela LDB, que prioriza os aspectos qualitativos e
contínuos da aprendizagem percebe-se que o papel do professor é o de mediador
da caminhada dos estudantes.
Assim os instrumentos de avalição assumem uma nova característica, ou
seja, deixa de priorizar a memorização de conteúdos e passa a ser um instrumento
que permite a análise da construção da aprendizagem.
Segundo Weiduschat (2007, p. 74), “Um desses instrumentos para esta
perspectiva de avalição é a observação. Ao observar uma turma o professor percebe
os avanços e as dificuldades, intervindo na caminhada”.
Assim o planejamento das aulas deixa de ser estático para ser flexível,
levando em conta os movimentos dos alunos. Observar acaba sendo um
instrumento de pesquisa docente.
Na educação Infantil, a observação deve ser fundamentada no conhecimento
sobre a criança e seu processo de aprendizagem, possibilita a investigação e a
coleta de informações que retratem a melhor forma do aluno de ser do avaliado.
A observação deve ser direcionada para aspectos relevante como: qual a
reação da criança em diferentes atividades, como se expressa, se relaciona, como
utiliza os materiais. Ao observar o professor põe em pauta seus conhecimentos,
conceitos, emoções e valores. (AROEIRA, SOARES, MENDES, 1996).
Para melhorar sua capacidade de avaliação, é preciso que o professor tenha
conhecimento e um base teórica bem fundamentada.
Todos os instrumentos de medida e avaliação são eficientes quando usados
criteriosamente e de acordo com os objetivos previstos. Além de oferecem subsídios
no acompanhamento do desenvolvimento do aluno.

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3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Durante uma semana realizei o Estágio I, que teve como carga horária de
20horas, sendo 7 horas na Educação Infantil, 7 horas no Ensino Fundamental I e 6
horas com gestão com o objetivo de conhecer o ambiente escolar e cotidiano do
professor, comportamento, didática e metodologia utilizados em sala de aula. O
estágio foi realizado no Centro de Educação Infantil Joaquim Lula, situada na Rua
João de Deus, nº 1907, bairro Liberdade, zona Leste de Manacapuru, que funciona
com ensino de educação e Infantil e 1º ano do ensino Fundamental.
O Centro de Educação infantil, antiga Creche Maria Luiza de Menezes foi
construída em madeira com estrutura para três salas de aula, com o objetivo de
atender as crianças carentes em tempo integral.
Em 1999, foi erguido um novo prédio em alvenaria, com seis salas de aula, e
recebeu o nome de Creche Joaquim Lula, em homenagem a um antigo funcionário,
funcionando como escola de Ensino Infantil, atendendo alunos de 03 a 06 anos de
idade nos turnos matutino e vespertino.
Em 2005, a demanda de alunos aumentou e foi acrescentada mais duas salas
de aulas no refeitório, atendendo 16 turmas. Em 2006, o prédio foi ampliado com
mais 4 salas de aula, atendendo na atualidade, 20 turmas nos dois turnos. Em 2008,
foram construídos 02 banheiros femininos, 01 deposito e uma área de lazer.
Atualmente escola ainda tem em sua estrutura física, 10 salas de aula (sendo
uma Sala de Recursos) bem arrumadas, iluminadas e climatizadas, 01 salas para
diretoria; 01 salas para secretaria, 01 cozinhas, 01 refeitórios, 02 depósitos, 05
banheiros, áreas de serviço e área de lazer.
O planejamento é feito quinzenalmente, a escola também oferece aos alunos
projetos educacionais para melhorar o desempenho dos alunos como: Projeto Mais
Alfabetização, Projeto Eu construindo minha história de vida, Projeto Pequenos e
grandes ambientalistas, Projeto Alimentação saudável, Projeto Promovendo a
Cultura da paz na escola, Projeto Prevenção da Violência e acidentes e Projeto
Prevenção da Saúde Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.
Todos os professores têm ensino superior e alguns especialização e outros
em cursos de Formação Continuada.

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Priorizaram-se, num primeiro momento a observação das atividades
pedagógicas desenvolvidas nas turmas de Pré II da Educação Infantil, e 1º ANO do
Ensino Fundamental I e na Gestão Escolar.
A professora da turma de Educação Infantil trabalha nesta escola a mais de
20 anos, é uma profissional bem experiente, graduada em Pedagogia e especialista
em Metodologia do Ensino Superior, a tendência pedagógica que alicerça sua
prática pedagógica é baseado em Vigostsky e Paulo Freire; os recursos mediáticos
utilizados comumente são livros infantis, cartazes ilustrados, vídeos, atividades
impressas, o relacionamento com os alunos é de forma respeitosa e disciplinada.
Predomina o diálogo entre professora e aluno. A professora é bastante interessada
na aprendizagem dos alunos e compromissada com sua profissão, impõe respeito
chamando atenção dos alunos com firmeza nas horas devidas. As avaliações são
feitas bimestralmente através de observação e formulação de relatório descritivo
sobre os avanços e recuos de cada aluno.
Num segundo momento do estágio, foram feitas as observações e elaboradas
perguntas acerca do tema proposto e, de acordo com as respostas obtidas podemos
concluir que, há uma preocupação muito grande dos professores em alcançar os
resultados positivos na forma de avaliar seus alunos.
Os instrumentos de avaliação utilizados pelas professoras entrevistadas
geralmente são: observação; participação; interesse e assiduidade.
As professoras envolvidas responderam um questionário de 8 questões
relacionadas ao tema proposto o que muito contribuiu para as análises e conclusões
deste artigo.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O estágio foi de suma importância para contribuição na minha formação de


acadêmica pois tive a oportunidade de aperfeiçoar meus conhecimentos entre a
teoria e a prática.
Constatou-se que a avaliação, em suma, é uma atividade intencional,
ideológica, reflexiva e articulada. Quando bem realizada, permite um ensino crítico e
construtivo, significativo, contextualizado, no qual professor e alunos constroem
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conhecimento através da interação, com o objetivo de desenvolver/aprimorar
habilidades e competências. As práticas de avaliação como atividades meramente
burocráticas precisam ser revistas, assim como a execução impensada, insegura,
feita ali no momento. Em seus lugares é preciso construir práticas efetivas de
planejamento e avaliação que possam dividir lugar com a execução.
No decorrer deste artigo buscamos demonstrar a importância dos
instrumentos de avalição na educação infantil para o processo de ensinar e
aprender.
E em relação aos instrumentos de avaliação que são os aspectos
pesquisados nesse artigo, devemos nos conscientizar de que estes componentes
didáticos devem possibilitar uma prática voltada para o que o aluno possa aprender.
É necessário enquanto profissionais da educação mudar a visão de avaliação,
passando do conceito de examinar para o conhecimento do real significado do termo
avaliar e saber diferir os dois para que não cometamos esse erro na prática
pedagógica.
Constatou-se também, a necessidade do acompanhamento pedagógico: é
neste espaço que o professor troca experiências, divide dificuldades, busca novas
alternativas de atuação, enfim é no papel do coordenador pedagógico que o
professor encontra apoio para suas angústias e desafios que se passam no espaço
escolar. É necessário deixar claro ao educador que o aluno é um ser aprendente e
não um ser que tudo sabe e precisa-se ter uma flexibilidade no momento de
avaliação. Devemos aproveitar também o momento de avaliação dos nossos alunos
e avaliar-nos, sabendo que se o aluno não aprende parte da falta de aprendizagem
também se deve a nossa forma de ensinar.
Portanto, cremos que o nosso objetivo foi alcançado já que detectamos que a
avaliação desenvolvida pela professora pesquisada se caracteriza em sua maioria
na forma de observação, buscando a classificação do aluno.
Deixamos claro que a nossa pesquisa é uma pesquisa limitada, já que é
realizada apenas com duas participantes e não é conclusiva, pois se trata de um
estudo de caso da espécie qualitativa, correndo o risco de falhas e erros.

REFERÊNCIAS
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AROEIRA, M.lles C.: SOARES, M. Inês B. e MENDES, Rosa Emília A. Didática de
Pé – Escola: vida criança; brincar e aprender. São Paulo: FTD. 1996. p. 154-162.

BRASIL. Decreto-Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece Diretrizes e


Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 1996.

CARNEIRO, M. P. A. K. B. Processo avaliativo na Educação Infantil.2010. 45f.


Monografia (Pós-graduação em Educação Infantil). Escola Superior Aberta do Brasil,
Vila Velha, 2010.
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre
a criança. Porto Alegre: Mediação, 2006.

___________,J. M. L. Avaliação e educação infantil: um olhar sensível e reflexivo


sobre a criança. Porto Alegre: Mediação, 2012.

OLIVEIRA, Dalila de Andrade. Gestão Democrática da Educação: Desafios


Contemporâneos. 7ª edição. Petrópolis, RJ. Editora Vozes.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens –


entre duas lógicas. Tradução Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999.

SILVA, J. P; URT, S. C. Educação infantil e avaliação: uma ação


mediadora. Nuances: estudos sobre Educação. Presidente Prudente: v. 25, n. 3, p.
56-78, set./dez. 2014.

TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo. Metodologia do trabalho


acadêmico. Indaial: UNIASSELVI, 2011.

WEIDUSCHT, Iris. Didática e Avaliação.2ª edição. Indaial: UNIASSELVI, 2007.

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