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new 38 quarta-feira, 8 de agosto de 2018 09:41

Sistema de escrita
Greek alphabet alpha-omega.svg
Alfabeto grego
Αα Αlfa Νν Ni
Ββ Beta Ξξ Csi
Γγ Gama Οο Ómicron
Δδ Delta Ππ Pi
Εε Épsilon Ρρ Rô
Ζζ Zeta Σσς Sigma
Ηη Eta Ττ Tau
Θθ Teta Υυ Úpsilon
Ιι Iota Φφ Fi
Κκ Capa Χχ Qui
Λλ Lambda Ψψ Psi
Μμ Mi Ωω Ômega
Letras obsoletas
Digamma uc lc.svg Digama San uc lc.svg San
Heta uc lc.svg Hetá Sho uc lc.svg Sho
Letras numéricas
Stigma uc lc.svg Stigma Sampi uc lc.svg Sampi
Qoppa new uc lc.svg Qoppa
O alfabeto utilizado para escrever a língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do
século IX a.C., utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego moderno como também na
Matemática, Astronomia, etc.

Anteriormente, o alfabeto grego (Ελληνικό αλφάβητο) foi escrito mediante um silabário,


utilizado em Creta e zonas da Grécia continental como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI
a.C. e XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que reproduz parece uma versão primitiva dos
dialectos arcado-cipriota e jónico-ático, dos quais provavelmente é antepassado, e é conhecido
habitualmente como grego micênico.

Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por
mercadores fenícios. Dado que o alfabeto semítico não necessita de notar as vogais, ao
contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o
português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para
representar as vogais. Este facto pode considerar-se fundamental e tornou possível a
transcrição fonética satisfatória das línguas Europeias.

Letra Nome Som antigo Som moderno Valor Alfabeto semítico HTML
Α α Alfa /a/ /aː/ (a longo ou breve) /ä/ 1 Aleph (') /a/ α
Β β Beta /b/ /β/ 2 Beth /b/ β
Γ γ Gama /g/ /ɣ/ /ʝ/ /ɡ/ /ŋ/ 3 Gimel /g/ γ
Δ δ Delta /d/ /ð/ 4 Daleth /d/ δ
Ε ε Épsilon /e/ (e sempre breve) /e̞/ 5 He (h) /h/ ε
Ϝ ϝ Digama /w/→(a grafia é de dois gamas) — 6 Waw (Vav) /w/
Ϛ ϛ Stigma /st/ — 6 De Shin e Taw
Ζ ζ Zeta /dz/ (ds, z italiano) /z/ 7 Zain /dz/ ζ
Ͱ ͱ Ηeta /h/ — – Heth (h*)
Η η Eta /ɛː/ (e sempre longo) /i/ 8 Heth (h*) η
Θ θ Teta /tʰ/ /θ/ 9 Thet (t*) θ
Ι ι Iota /i/ /i/ /j/ 10 Yodh (y) /j/ ι
Κ κ Capa /k/ /k/ /c/ 20 Kaph /k/ κ
Λ λ Lambda /l/ /l/ 30 Lamed /l/ λ
Μ μ Miu /m/ /m/ 40 Mem /m/ μ
Ν ν Niu /n/ /n/ 50 Nun /n/ ν
Ξ ξ Csi /ks/ /ks/ 60 Samekh (s) ξ
Ο ο Ómicron /o/ (o sempre breve) /o̞/ 70 Ain () ο
Π π Pi /p/ /p/ 80 Pe /p/ π
Ϻ ϻ San /ts/ — — Sade (s*) /ts/
Ϙ ϙ Qoppa /k/ — 90 Qoph /q/
Ρ ρ Rô /r/ /r/ 100 Resh /r/ ρ
Σ σ,ς Sigma /s/ /s/ 200 Shin (sh) /ʃ/, Sin /s/ σ
Τ τ Tau /t/ /t/ 300 Taw /t/ τ
Υ υ Upsilon /u/, depois /y/ (u francês ou ü alemão) /i/ 400 De Waw υ
Φ φ Fi /pʰ/ /f/ 500 origem incerta φ
Χ χ Qui /kʰ/ /x/ /ç/ 600 origem incerta χ

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Ψ ψ Psi /ps/ /ps/ 700 origem incerta ψ
Ω ω Ómega /ɔː/ (o sempre longo) /o/ 800 origem incerta ω
Ͳ ͳ Sampi /sː/ /ks/ — 900 origem incerta
Ϸ ϸ Sho /ʃ/ — — origem incerta
As letras obsoletas desapareceram do alfabeto nos seus primeiros tempos, antes do denominado
período clássico. Dado que a aparição das letras minúsculas é bastante posterior, não existem
minúsculas medievais das ditas letras.

Originariamente existiram variantes do alfabeto grego, sendo as mais importantes a ocidental


(Calcídica) e a oriental (Jónica). A variante ocidental originou o alfabeto etrusco e daí o
alfabeto romano. Atenas adoptou no ano 403 a.C. a variante oriental, dando lugar a que pouco
depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto. Já nesta época o grego
escrevia-se da esquerda para a direita, enquanto que a princípio a maneira de o escrever era
alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se
começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres
em dito processo.

O factor inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram
Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Upsilon. Se se contempla o processo de criação do alfabeto grego
como resultado de um processo dinâmico baseado na adopção de vários alfabetos semíticos através
do tempo, encontrando inclusive influências do linear-B, poder-se-ia dar uma explicação mais
satisfatória da sua origem do que as teorias que postulam uma adaptação única de um alfabeto
determinado num momento dado.

Referências

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