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CURSO DE TURISMO
Rio de Janeiro
2018
Carolina Souza do Carmo da Silva Lima
20141104987
Rio de Janeiro
2018
Carolina Souza do Carmo da Silva Lima
BANCA AVALIADORA
________________________________________________________
Prof. José Carlos de Souza Dantas – Orientador
_________________________________________________________
Profª. Ana Luisa Verdejo Núñez
Rio de Janeiro
2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao meu orientador Profº José Carlos Dantas por todo
o auxílio e apoio na execução desse projeto.
Aos meus pais por me proporcionarem as melhores oportunidades na vida e
me apoiarem em todas as minhas escolhas com muita compreensão.
Aos meus amigos Eduardo, Natália e Rodrigo por me darem todo o apoio que
precisei nas horas de desespero e cansaço e por sempre acreditarem em mim, mesmo
quando eu pensei que não era capaz. Não existem palavras suficientes para
agradecer por tudo o que vocês fizeram por mim.
E a todas as pessoas que torcem por mim e acreditam no meu potencial e no
meu sucesso.
RESUMO
This essay showcases the importance of Cinetourism in the tourism market, identifying
the search for cities and countries after seeing them portrayed in movies, explaining
and contextualizing Film Commissions. The main goal of this academic work is to bring
to light the touristic impact caused by audio and visual productions and to study the
influence of Film Commissions and its results that, when well managed, can be
beneficiary to not only to the location but also to the local population. It will also present
examples of successful Film Commission that are linked directly to the rise of search
and demand of many different cities, relating the imaginary side of tourism to the image
portrayed by the movies. It shows the importance of cinematographic tourism on a
worldwide scale, especially when done properly.
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 10
2. O CINEMA ..................................................................................................... 22
2.1 A história do cinema .................................................................................. 22
2.2 O cinema no século passado e atualmente ............................................. 26
2.3 Cinema além do entretenimento ............................................................... 32
APÊNDICE .......................................................................................................... 51
10
INTRODUÇÃO
turista para que haja a satisfação nessa compra e a utilização do imaginário que
existe nos filmes é importantíssima para trazer essa sensação de satisfação
podendo sentir todas as emoções que o cinema nos proporciona de uma forma mais
vívida, no local onde as cenas preferidas podem se tornar realidade.
Este trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas com autores
de turismo e cinema, artigos científicos, monografias, sites e vídeos relacionados à
área da pesquisa em questão.
12
1Apud Mário Carlos Beni, Análise Estrutural do Turismo, São Paulo: Editora SENAC, 1997.
13
Não existe maneira mais eficaz de trabalhar com turismo sem antes descobrir
o que agrada o turista que costuma escolher o local em questão. Além disso, ter em
mente que por mais que a segmentação seja, basicamente, dividir o turista em
grupos com interesses semelhantes, ainda assim serão pessoas distintas, cada uma
com sua particularidade. Antigamente essa tarefa parecia ser menos árdua, pois
além do mundo não ser tão globalizado como nos dias de hoje, as opções não eram
tão vastas. Hoje em dia o turista está cada vez mais exigente, com desejos cada vez
mais específicos, e a diversidade de escolhas de destinos faz com que a oferta
2Apud Luiz Renato Ignarra. Fundamentos do Turismo. São Paulo: Thomson, 2003.
14
1.2.1 – ECOTURISMO
4Apud José Carlos de Souza Dantas. Qualidade do atendimento nas agências de viagens: Uma
questão de gestão estratégica. São Paulo: Editora Roca, 2008.
20
No entanto, por ser intangível e variável, o produto turístico sofre mais com as
consequências de um serviço mal prestado do que outras atividades. Como não é
possível haver uma prova do produto antes da compra, ou seja, não há como
experimentarmos um hotel sem de fato ficarmos hospedados nele, as chances de as
expectativas não serem correspondidas e a viagem acabar sendo decepcionante é
grande. Nos dias de hoje já é possível que haja a demonstração do serviço oferecido
por fotos e pela opinião de outros clientes pelas redes sociais, mas ainda assim não
existe certeza sobre o que o cliente pode esperar.
É por conta desse e de outros fatores – como o serviço ser prestado por
humanos, na maioria das vezes, e acontecerem falhas inesperadas, por exemplo –
que o produto turístico é tão inconstante. E para tentar diminuir a causa dessas
adversidades e melhorar cada vez mais a venda do produto turístico o Ministério do
Turismo coletou informações e criou um modelo que tem como objetivo trazer ao
destino turístico mais turistas, fazer com que eles voltem mais vezes e, também, que
o turista se envolva, se apaixone tanto pelo destino que seja capaz de convencer
outras pessoas a visitá-lo também. (Ministério do Turismo, 2010). A esse modelo
deram o nome de Ambiente de Marketing, que é definido como:
É o conjunto de fatores e forças que afetam a capacidade da
administração de desenvolver e manter relacionamentos bem-
sucedidos com seus clientes. (...)O ambiente de marketing é
composto de um microambiente e um macroambiente. O
microambiente refere-se a elementos próximos ao dia a dia do
destino, que afetam sua capacidade de servir seus clientes. O
macroambiente consiste em forças sociais maiores que afetam todo o
microambiente. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010 p. 29)
CAPÍTULO 2: O CINEMA
Conhecido por muitos como a sétima arte o cinema é uma das grandes
atividades artísticas do mundo. Muito se especula sobre a verdadeira “descoberta”
do cinema e de acordo com Kemp (2011):
Embora o exato momento de sua criação seja discutível, a maioria
dos estudiosos concorda que foi em 1895: o ano em que os irmãos
Louis e Auguste Lumière projetaram A saída dos operários da fábrica
Lumière para os integrantes da Société d’Encouragement pour
L’Industrie Nationale, em 22 de março, e, em 10 de junho fizeram
uma demonstração particular de seus filmes no Congresso
Fotográfico, em Lyon. Seis meses depois, em 28 de dezembro, no
Hotel Scribe, em Paris, organizaram a primeira exibição de filmes de
todos os tempos para um público pagante. (KEMP, 2011, p. 8)
Até os dias atuais, “Viagem à Lua” é usado como referência por muitos
diretores e a cena do foguete aterrissando nos olhos da lua é conhecida
mundialmente por todo amante de cinema.
(Fonte: http://mundodecinema.com/viagem-a-lua/)
(Fonte:http://vertentesdocinema.com/2013/08/17/critica-o-nascimento-de-uma-nacao/)
Porém, com a chegada da 1ª Guerra Mundial, a Europa encontra-se destruída
e sem verbas para investir no cinema. E é a partir deste momento que Hollywood
passa a ganhar destaque. Além de ter condições financeiras maiores para bancar
novas produções, outros gêneros começaram a surgir e crescer pautados na forma
hollywoodiana de produção.
Com o recesso do cinema europeu durante a 1a Guerra Mundial, a
produção de filmes concentra-se em Hollywood, na Califórnia, onde
surgem os primeiros grandes estúdios. (...) A década de 20 consolida
a indústria cinematográfica americana e os grandes gêneros –
western, policial, musical e, principalmente, a comédia –, todos
ligados diretamente ao estrelismo. (ALMANAQUE ABRIL, 1998 p. 3)
falados, mas um gênero em especial ainda era muito popular com produções mudas
– a comédia – e não há como falar de comédia muda sem citar Charles Chaplin.
Contratado por um empresário norte-americano, [Chaplin] vai para os
Estados Unidos em 1913 e, um ano depois, realiza seu primeiro filme
Carlitos Repórter (Making a Living - 1914). Seu personagem, Carlitos,
o vagabundo com bengala, chapéu-coco e calças largas, torna-se o
tipo mais famoso do cinema. (ALMANAQUE ABRIL, 1998 p. 3)
Com muitos filmes mudos em sua filmografia, Chaplin resistiu ao som durante
bastante tempo. Ele foi um dos diretores que achava que incluindo falas nos filmes
eles perderiam sua magia, mas em 1940 acabou cedendo ao sucesso dos filmes
falados lançando The Great Dictator (O Grande Ditador) – uma comédia muito
famosa por satirizar Hitler em plena 2ª Guerra Mundial.
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Grande_Ditador)
(Fonte: http://www.filmsite.org/jazz.html)
(Fonte: http://cinemalivre.net/filme_sem_novidade_no_front_1930.php)
6 Guerra Mundial
28
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Singin%27_in_the_Rain)
29
Com o fim da guerra, Hollywood havia lucrado mais que nunca e bateu
recordes de bilheteria nos anos subsequentes. Porém, com a “ameaça comunista”
assombrando os estadunidenses, todos que fossem acusados de simpatizar com o
comunismo eram impedidos de trabalharem nos estúdios e com isso o medo se
instalou, fazendo com que as produções caíssem de qualidade e as bilheterias do
cinema entrassem em decadência (Kemp, 2011). A televisão ganhou forças nessa
época e o futuro de da indústria cinematográfica nos Estados Unidos já era incerto.
Para competir com a televisão, filmes épicos começaram a ser produzidos
como Ben-Hur, lançado em 1959. Outras estratégias foram criadas para trazer o
público de volta as salas de cinema: as telas ficaram maiores, gêneros novos foram
criados, o fim da censura permitiu que os cineastas tivessem mais liberdade, entre
outros (Kemp, 2011).
Durante todos esses anos, muitos movimentos foram nascendo e tomando
forma em vários lugares do mundo, podendo citar a Nouvelle Vague, na França, o
Neorrealismo italiano, a New Wave britânica, dentre muitos outros. Nos Estados
Unidos, entre as décadas de 60 e 70 começam a despontar nomes conhecidos e
aclamados até hoje como por exemplo Stanley Kubrick (Dr. Fantástico – 1964),
Francis Ford Copolla (O Poderoso Chefão – 1972) e Martin Scorsese (Taxi Driver –
1976).
(Fonte: http://www.imdb.com/title/tt0075314/mediaindex?ref_=tt_mv_close)
(Fonte: http://www.denofgeek.com/uk/movies/steven-spielberg/45886/spielberg-at-70-indy-et-and-the-
1980s)
7 Fonte: <https://cinema10.com.br/materias/decada-de-1980-um-periodo-amado-pelos-cinefilos>
8 Fonte: Almanaque Abril (1998) e Revista Moviement <Disponível em: https://revistamoviement.net/o-
cinema-na-decada-de-90-parte-2-9b4945ba30ea>
31
(Fonte: https://www.ufmg.br/cedecom/labcon/disciplinas/jornalismo-on-line/mostra-cidades-cinema-
erotica-territorial/attachment/the-virgin-suicides-coppola/)
O início do século XXI foi marcado, principalmente, por adaptações literárias
que fizeram muito sucesso como Harry Potter (2001 – 2011) e O Senhor dos Anéis
(2001 – 2003), além da popularidade dos filmes de super-herói que voltaram a
aparecer nesta época (Kemp, 2011).
(Fonte: https://bloglibros.universia.es/las-mejores-10-peliculas-basadas-en-libros/)
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IMAGEM 11 – Cena do filme “Sex and the City – O Filme” de Michael Patrick
King (2008)
(Fonte: https://vimeo.com/80643636)
10 Fonte: <https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/que-industria-fatura-mais-do-cinema-da-musica-
ou-dos-games/>
11 “Disponível, pronto para entrega, (produzido) conforme a demanda.” (Fonte:
www.teclasap.com.br/o-que-on-demand-significa/)
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Como já fora citado acima, o cinema influencia nossa vida de muitas formas e
já deixou de ser apenas um meio de entretenimento há alguns anos. As imagens na
tela do cinema são convidativas para entrarmos naquela atmosfera e vivenciarmos
tudo aquilo que vemos e não demorou muito para que os responsáveis pelo turismo
percebessem o potencial do cinema para promover viagens e destinos. De acordo
com Nascimento (2009):
Se tanto a literatura, como o cinema ou mesmo a pintura, entre tantas
outras linguagens artísticas, sempre estimularam imaginários de
viagens, como negócio, somente nos últimos dez anos essas formas
de arte passam a ser estrategicamente combinadas e/ou associadas
a um mix maior de produtos e serviços. Além disso, muito mais do
que simples instrumentos de promoção turística, passaram a ser
formatadas como novos atrativos e produtos por si próprios.
(NASCIMENTO, 2009 p. 11)
(Fonte: https://www.uniqhotels.com/hotel-sidi-driss-star-wars)
15 Fonte: <http://www.afci.org/about-afci>
16 Fonte: < http://www.rebrafic.net/pt-br/>
39
mais de 250 filmes foram ambientados por todo o país, podendo citar O Piano
(1993), O Último Samurai (2003), entre outros. Segundo o primeiro diretor de
marketing da NZFC, após o sucesso de O Piano, uma grande quantidade de
pessoas passou a visitar o país em busca das locações do filme (Nascimento, 2009).
Mas após o lançamento de O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) a
procura pela Nova Zelândia aumentou de uma maneira surpreendente. O número de
visitantes provenientes dos EUA cresceu 9,6% sobre números de 2001 e um estudo
feito pela Monash University, publicado em 2004, mostra que 8,6% dos visitantes ao
país foram influenciados pela trilogia do anel, e 95% dos entrevistados identificaram
o filme com a Nova Zelândia (Ministério do Turismo, 2007). A influência da trilogia foi
tão grande que a própria Nova Zelândia apelidou sua economia de Economia Frodo,
nome de um dos personagens mais icônicos da história. O impacto da trilogia no
país é tão grande que no aeroporto da capital Wellington existe uma escultura de
aproximadamente 13 metros de altura expondo um dos personagens do filme.17
(Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=z1_rCnOQRP4)
No entanto, existem também os contras e em alguns casos o cineturismo
pode impactar locais de maneiras negativas, como prejudicar a imagem ou até
A pesquisa elaborada para esta monografia foi a qualitativa, feita com o ator e
cineasta Raul Labancca. A entrevista foi feita no dia 24 de maio de 2018 via e-mail,
não podendo ser realizada pessoalmente por incompatibilidade de horários. Foram
aplicadas oito perguntas ao entrevistado e as respostas na íntegra podem ser
encontradas no apêndice desta monografia.
Inicialmente foi perguntado por que o cineturismo se tornou tão popular entre
os viajantes e, de acordo com o entrevistado, “o audiovisual tem o poder de expor de
uma forma direta as diversas qualidades de uma localidade. Muitas vezes autores
de filmes utilizam até de manifestações de cultura popular local em seus roteiros,
auxiliando assim a determinação de tempo espaço (época e local onde está
ocorrendo a trama). Por exemplo o filme Orfeu Negro, utilizou a filmagem do desfile
de uma escola de samba, com isso determinou que a trama ocorria no Rio de
Janeiro, em época de carnaval. Além disso, essa exposição das atrações do local da
filmagem gera maior interesse do turista familiar.”
Em seguida fora questionado se essa relação turismo-cinema é benéfica para
os dois lados e, em sua opinião, essa relação é muito boa em muitos aspectos e não
só os indutores do turismo em si como também em gerar mais empregos na cidade
em questão. “Há pouco tempo participei da filmagem do próximo longa-metragem do
Fábio Porchat (não posso dar muitos detalhes por contrato de sigilo de obra). Fomos
para uma cidade no interior do Rio de Janeiro. Só a equipe envolvida na filmagem
ocupou dois hotéis da cidade e usou uma pousada para locação das filmagens. Isso
fora transportes locais, atrações e alimentação para momentos de folga fora dos
momentos de filmagem. Em contrapartida, a prefeitura e os comerciantes locais
geraram facilidades para a realização das filmagens. Com isso o custo do filme caiu
e tenho certeza que com os recursos capitados para gastos com a filmagens, a
produção conseguiu realizar a obra com mais facilidade orçamentária.” Este
exemplo mostra como o cineturismo não influencia apenas no fomento da atividade
turística, mas também em outras áreas que não pensaríamos normalmente, como
por exemplo, restaurantes ou supermercados.
Quando perguntado se acredita que o cineturismo é um segmento que tende
a crescer ainda mais Raul presume que há muito potencial para isso, principalmente
com o crescimento das FCs e completa: “As Film Commissions como facilitadora da
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de conhecer o belíssimo local, apesar de ter sido rodado apenas nas zonas de
amortecimento, nos deixa absortos na vontade de conhecer toda a área de proteção
ambiental.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: Editora SENAC,
1997.
KEMP, Philip (org.). Tudo sobre Cinema. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
On Location Tours: TV & Movie Tours of New York City and Boston. Disponível
em: <https://onlocationtours.com>
49
SOLOT, Steve. O futuro das Film Commissions no Brasil. São Paulo: Revista
Cinema.
SOLOT, Steve. Uma imagem vale mais que mil palavras. Disponível em:
<http://www.culturaemercado.com.br/site/pontos-de-vista/o-turismo-cinematografico-
e-film-commissions>
PERGUNTA 1: Para você, por que o cineturismo se tornou tão popular entre os
viajantes?
realização do roteiro, até a busca por locações, por muitas vezes gera um volume de
negócios com muitos mais braços do que a divulgação local ou ocupação de vagas
e restaurantes. É uma prática que é muito iniciante no Brasil, e que na maioria as
vezes é mais explorada por produtos televisivos do que cinematográficos. Mas as
iniciativas estão surgindo em diversos locais do país e acredito que essa tendência
de negócios seja de crescimento, apesar do momento político cultural recessivo do
país.
custeiem filmes nacionais. Aí usam verbas para criar filmes que não ameacem sua
hegemonia de negócios, e incluídos nisso a divulgação turística das locações e
espaços por eles utilizados.
Claro que sim. Repetindo o que falei anteriormente, o incentivo a temas que se
repetem ou estilos como comédias trancadas em locações fechadas. Exemplo, duas
comédias nacionais foram sucesso de bilheteria (não vou citar o nome por motivos
éticos óbvios) foram rodadas em locações fechadas, se passavam no apartamento
dos protagonistas, e no máximo um plano de localização da fachada desse edifício.
Esses protagonistas mudam de vida e conseguem o sucesso profissional.
Quando foi realizada a sequência da franquia, os protagonistas foram para Nova
York, com todas as belas imagens possíveis do local e o conforto dos hotéis onde
ficaram instalados. Por que não teve o mesmo glamour no momento que
enriqueceram no Brasil? Por que não foram jantar em ótimos restaurantes e
viajaram para praias maravilhosas que sabemos que existem no país, sendo
otimamente tratados em hotéis locais? A falta de incentivo da realização desses
negócios e a utilização de verba de empresas multinacionais me levam a pensar que
é esse o motivo.