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COMANDO DA AERONÁUTICA
INFANTARIA DA AERONÁUTICA
MCA 125-13
SEGURANÇA DE AUTORIDADES
2015
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS
INFANTARIA DA AERONÁUTICA
MCA 125-13
SEGURANÇA DE AUTORIDADES
2015
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS
SUMÁRIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 CONCEITUAÇÃO
1.2.10 MOSCA
1.3 ÂMBITO
2 LEGISLAÇÃO
2.2.1 Tendo em vista que há diversas normas que abrangem o assunto, as quais estão em
permanente atualização, o conteúdo abordado neste capítulo se restringe às linhas gerais de
conduta.
2.2.2 Na atividade de segurança de autoridades, o uso da força é legal e legítimo na medida
em que os agentes fazem o uso adequado e proporcional da força para a resolução de
conflitos ou ameaças de agressão. O uso de força deve ser graduado por níveis e
proporcional à ameaça devendo, se possível, iniciar-se com os níveis mais baixos e
adequados ao controle da situação vigente. Entretanto, pela natureza da atividade nem
sempre é possível negociar e persuadir, pois a equipe deve reagir à agressão iminente contra
a autoridade, caracterizando a legítima defesa.
2.2.3 O uso da força sempre deve ter a intenção clara de impedir o agente adverso da
consecução de seu objetivo, e não de matá-lo ou lesioná-lo gravemente. O uso exagerado da
força é ilegal, causa constrangimento, revolta o público, projeta negativamente a imagem da
atividade de segurança e pode gerar situações de consequências maiores e incontroláveis. É
importante ressaltar que embora matar não seja o objetivo do uso da força, um agente
adverso pode vir a óbito.
2.2.4 O uso da arma de fogo é uma medida extrema. Ela só deve ser utilizada contra pessoas
em casos de legítima defesa própria, da equipe ou da autoridade, contra ameaça iminente de
morte ou ferimento grave.
2.2.5 O agente, na segurança de autoridade, pode e deve fazer uso da força, sempre que
necessário, desde que seja sem excesso ou arbitrariedade. A necessidade de uso da força
cessa no momento em que também cessa a ameaça à autoridade e aos agentes.
2.2.6 Os agentes devem ser equipados com armas e munições letais e não letais, permitindo
um uso proporcional da força (por exemplo o spray de pimenta e a arma de fogo). O
treinamento em técnicas de imobilização com as mãos livres também possibilita a gradação
no uso da força.
2.2.7 Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros. Não se
algema menores de18 anos.
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3.1 GENERALIDADES
3.3 FLEXIBILIDADE
3.4 COBERTURA
3.4.1 O corpo da autoridade deve sempre estar coberto por um obstáculo ou por um agente
de segurança. Caso não se possa cobrir a autoridade em todas as direções, dar-se-á
preferência à direção de uma possível ameaça.
3.4.2 Em caso de ataque, os agentes afastam a autoridade, usando seu próprio corpo como
proteção. Se as circunstâncias permitirem, reagem contra o agressor. O agente deve ter em
mente que o principal objetivo é o de preservar a integridade da autoridade. Normalmente,
aqueles que estão mais próximos da autoridade a protegem e os demais agem contra o
agressor.
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3.5 DISCRIÇÃO
3.6.1 A segurança pessoal estará atenta a tudo sempre. O chefe da equipe de segurança deve
designar setores e missões de observação para os demais agentes. Os agentes de segurança,
por sua vez, devem observar o setor designado, com atenção especial:
a) nos olhos e mãos nas pessoas;
b) nos acessos à autoridade;
c) nos outros integrantes da equipe; e
d) na própria autoridade.
3.6.2 A proteção da autoridade é estabelecida de modo que haja uma sobreposição de setores
de observação, que possibilite um apoio mútuo entre os agentes.
3.7 INICIATIVA
3.8 OPORTUNIDADE
3.9 SIMPLICIDADE
3.10 COORDENAÇÃO
3.11 PERCEPÇÃO
3.12 PREVISÃO
4.1 GENERALIDADES
Inicia seus trabalhos com pelo menos 48 horas antes do evento. É responsável
por estabelecer contatos, verificar a formatação de eventos, checando os seguintes aspectos:
posicionamento da autoridade e local para a equipe de segurança, saída de emergência,
requisição de apoio de varredura, posicionamento de viaturas da cápsula, equipamento contra
incêndio, verificação de elevadores, apoio médico, contato com chefe da segurança do local
etc. Sua composição é variável em função das características do evento.
4.7.1 A cápsula de segurança é composta pelo veículo que transporta a autoridade (VIP) e
por um ou mais veículos de segurança (SEG).
4.7.2 O VIP deve ser um veículo confortável, preferencialmente blindado, e com porta malas
para acomodar a bagagem da autoridade. A equipagem básica do VIP é composta pelo
motorista e o mosca. Nele embarcam a autoridade e um segundo passageiro, que pode ser
seu cônjuge, o ajudante de ordens (AJO) ou um convidado. Não havendo vaga no VIP,
eventuais passageiros devem ser encaminhados para um veículo auxiliar.
4.7.3 Nos veículos SEG embarcam somente os agentes de segurança. Os SEG atuam como
veículo de choque oferecendo-se como bloqueio em eventuais ações adversas. No caso de
reação armada por seus agentes, tais veículos se tornam alvo imediato dos agentes adversos.
Por esses motivos, é proibido o embarque de passageiros nos veículos de segurança da
cápsula.
4.7.4 O módulo básico e a cápsula podem variar segundo o grau de risco e o nível da
autoridade. A Tabela 1 representa a composição mínima para cada caso. Dependendo da
avaliação do grau de risco da autoridade ou da periculosidade do local, agentes e viaturas
podem ser acrescidos.
PESSOA
CÁPSULA AGENTES FUNÇÕES VEÍCULOS
PROTEGIDA
3 MOTORISTAS
CHEFE DE 1 CHEFE DE SEGURANÇA
PADRÃO ESTADO OU 8 3 AGENTES (01, 02 e 03) 3 (SEG1, VIP, SEG2)
DE GOVERNO
1 MOSCA
2 MOTORISTAS
1 CHEFE DE SEGURANÇA
DEMAIS
REDUZIDA 6 2 AGENTES (01 e 02 ) 2 (VIP, SEG1)
AUTORIDADES
1 MOSCA
4.7.8 Há ocasiões em que uma autoridade se faz acompanhar de uma comitiva. Nos
deslocamentos, sem fazer parte da cápsula de segurança da autoridade, haverá um ou mais
veículos coletivos para transporte da comitiva que serão posicionados imediatamente atrás
do último veículo de segurança da cápsula. Como é comum a autoridade, durante os
deslocamentos, questionar o mosca sobre os demais membros da comitiva, um agente deve
embarcar em cada veículo coletivo. Esse agente é responsável pela orientação imediata ao
motorista e comunicação com mosca.
4.7.9 O que caracteriza cada uma das duas situações acima é o documento acionador da
missão, que especifica as pessoas a serem protegidas pela equipe de segurança.
A Tabela 2 discrimina o material mínimo que deve ser portado por um agente
de segurança:
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4.11.1 Quando for empregada a cápsula padrão, durante a noite é imperioso que a equipe
continue em condições de atuar de forma imediata. A autoridade pode, por exemplo,
necessitar de apoio médico, ou sair para caminhar.
4.11.3 Quando não for possível que todo módulo pernoite no hotel, pelo menos uma parte
deverá pernoitar no local, enquanto que o restante ficará de prontidão no quartel.
4.11.4 No hotel deverá ficar um aparato capaz de prover segurança até que o pessoal de
prontidão se incorpore. O aparato será composto por dois veículos (VIP e SEG1) com os
motoristas, o mosca e dois agentes.
5 ESCOLTA A PÉ
5.1.1 Os princípios que devem ser evidenciados na escolta a pé são: atenção, flexibilidade,
proteção e discrição.
5.1.2 Quem realiza a escolta a pé é o módulo básico, acompanhado e coordenado pelo chefe
da segurança.
5.1.3 As distâncias entre os agentes e a autoridade são determinadas pela avaliação do
momento. Elas tendem a aumentar quanto menor o risco para a autoridade. As formações
funcionam como uma “sanfona”, abrindo ou fechando com rapidez, de modo a facilitar o
deslocamento da autoridade ou resguardá-la do perigo ou do assédio de pessoas.
5.1.4 A adoção de um tipo de formação é previamente estabelecida em razão da análise dos
seguintes aspectos:
a) grau de risco existente;
b) espaço disponível no local;
c) extensão do deslocamento; e
d) efetivo e tipo de público.
5.1.5 Nos deslocamentos a pé, dá-se preferência aos itinerários de curta distância e duração,
cobertos e abrigados, de fácil localização e sem obstáculos, a fim de evitar a exposição da
autoridade.
5.1.6 Os agentes atuam com seus sentidos voltados permanentemente ao ambiente,
observando com atenção o seu setor de vigilância e procurando perceber qualquer ato ou
pessoa suspeita. As pessoas que aproximem da distância crítica (que possibilita o contato
físico) são focalizadas e acompanhadas.
5.1.7 Devem ser observados olhos e mãos, a fim de identificar atitudes suspeitas. No caso de
eventos particulares (eventos turísticos, shopping, cinema, etc) avultam de importância a
atenção e a cobertura, devido à ausência de uma preparação prévia de eventos e controle do
público, bem como de um efetivo maior para proteger fisicamente a autoridade. A ação
discreta não deve prejudicar a proteção.
5.1.8 O posicionamento dos seguranças deverá ser aquele em que possa oferecer a melhor
proteção e manter a observação de todos os setores, sem interferir na privacidade da
autoridade.
Figura 3 - Formação em V
As táticas de ação imediata (TAI) listadas abaixo não encerram o assunto, são
apenas um guia para as situações mais comuns. O chefe da segurança deve coordenar as
ações, sempre com o objetivo de preservar a integridade da autoridade. A preferência será
sempre evadir do local, o uso do armamento será para proteger a saída da autoridade.
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6 ESCOLTA MOTORIZADA
6.1 GENERALIDADES
6.1.1 Nos deslocamentos motorizados além das ações adversas intencionais contra a sua
figura, a autoridade fica exposta a riscos do cotidiano, tais como acidentes de trânsito,
assaltos, etc. Uma forma de proteção física ao VIP é o emprego dos SEG como carro de
colisão (carro de choque). Por esse motivo, a cápsula de segurança deve se manter íntegra,
sem permitir que outros veículos se interponham entre as suas viaturas.
6.1.2 Quando houver necessidade de que outros veículos de apoio sejam integrados ao
comboio (ambulância, carro reserva, comitiva, etc), estes devem permanecer à retaguarda da
cápsula.
6.1.3 Uma medida adicional de segurança é o emprego de escolta de batedores, a qual pode
ser requisitada pela Unidade acionadora.
6.3.1 A cápsula reduzida é empregada para autoridades de nível inferior a chefe de Estado
ou de Governo.
Tem por finalidade bloquear as vias que demandam sobre o itinerário utilizado,
bem como garantir o livre fluxo da cápsula. Atuam como facilitadores de trânsito, podendo
também controlar a velocidade do cápsula a fim de cumprir os horários previstos. Podem ser
solicitados para atuar em coordenação com a equipe de segurança, de acordo com a
necessidade da missão.
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6.5.2.1 Deverá ser dado conhecimento à locadora de veículos empenhada que os veículos
utilizados pela segurança serão dirigidos pelos nossos próprios agentes. Caso haja necessidade
de se utilizar algum motorista contratado, será informado oportunamente e este motorista não
deverá ser o proprietário do veículo. Essa restrição é devido ao fato de o proprietário do
veículo ter por reflexo evitar colisões e danos ao seu patrimônio, o que contraria a doutrina de
empregar o veículo de escolta como barreira física em caso de ataques ou acidentes.
6.5.2.2 Não é autorizada a utilização de engate para reboque, pois em caso de acidente tal
dispositivo dificulta a absorção do choque pela lataria do veículo. Caso o veículo locado
apresente este equipamento, deverá ser retirado antes do ensaio dos itinerários. Não devem ser
utilizados veículos com teto solar.
6.5.2.3 O veículo VIP deverá ter película escurecedora nos vidros, de forma a dificultar a
visão de fora para dentro do carro.
6.5.2.4 Quando o deslocamento motorizado for por estradas de terra, estradas em precárias
condições de manutenção como, sítios e fazendas, deverá ser avaliada a utilização de veículos
tipo utilitário esportivo para toda a cápsula.
6.5.3 RECEBIMENTO DOS VEÍCULOS
6.6.1.1 Todas as janelas do veículo VIP, assim como as janelas dos motoristas dos veículos de
segurança, deverão estar sempre fechadas. As portas deverão estar travadas, sendo
destravadas nos momentos de embarque e desembarque. As janelas dos agentes poderão estar
abertas, para facilitar a reação armada, ou mesmo a verbalização com algum pedestre.
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6.6.1.2 Os veículos deverão estar sempre com os motores funcionando e as caixas de câmbio
engrenadas, mesmo nas paradas momentâneas. Os carros só poderão ser desligados mediante
ordem.
6.6.2 VELOCIDADE E DISTÂNCIA
6.6.2.1 Deverá ser respeitada a velocidade da via. Quando apoiado por batedores, o regulador
da velocidade será a motocicleta que vai à frente. Da mesma forma que a baixa velocidade
pode expor o dignitário, seu excesso nem sempre é sinônimo de segurança, podendo ocasionar
acidentes graves.
6.6.2.2 Os veículos devem andar próximos o suficiente para impedir que a cápsula seja
separada por outros elementos do trânsito.
6.6.3.1 Condutores não qualificados (de locadora ou militares não cursados) não devem
realizar manobras de proteção, a fim de se evitar erros de julgamento e acidentes.
6.6.3.2 Nos deslocamentos sem apoio de batedores, os veículos SEG devem ser posicionados
de forma a proteger o VIP das possíveis ameaças que surgem durante o trajeto. Se há um
caminhão em sentido contrário, o VIP fica mais à direita e os SEG mais à esquerda. Se logo à
frente, há um cruzamento, com veículos se aproximando pela direita, as posições dos carros
da cápsula se inverte, de forma que o VIP fique afastado e protegido.
6.6.3.3 Com apoio de batedores não se faz manobras de proteção, pois as motocicletas já
oferecem a segurança lateral e os movimentos laterais dos SEG podem causar acidentes com
um batedor.
6.6.5.1 O motorista não deverá desembarcar e afastar-se de seu veículo sem ordem. No
entanto, em deslocamentos velados, se a cápsula estacionar na rua os motoristas poderão ter
que aguardar fora dos veículos para não serem surpreendidos por elementos adversos.
6.6.5.2 Durante a permanência os motoristas, por também serem agentes, são responsáveis
pela guarda da cápsula e do armamento que eventualmente estiver embarcado.
6.6.7.1 A poucos metros do local de desembarque, o SEG1 ultrapassa o VIP para chegar
antes. O SEG1 para exatamente no local em que a autoridade vai parar, nesse momento os
agentes desembarcam.
6.6.7.2 O SEG1 avança e o VIP para neste local, de maneira que os agentes desembarcados
possam cobrir as suas portas traseiras. Quem abre a porta da autoridade é o mosca, após a
autorização do chefe da segurança
6.6.7.3 O chefe da segurança, mediante análise da situação, definirá a formação a ser adotada.
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AUTORIDADE DESEMBARCA
C 1
A 4
Figura
25 – Embarque com cápsula reduzida – passo 1.
AUTORIDADE EMBARCANDO
6.6.9.1 O SEG 1 avança e para exatamente onde parará o carro da autoridade, neste momento
os agentes desembarcam.
6.6.9.2 Após o desembarque dos agentes, o SEG 1 avança e VIP para exatamente onde estava
o SEG 1, de maneira que os agentes desembarcados fiquem cobrindo as portas traseiras do
VIP.
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6.6.9.3 É o mosca quem abre a porta da autoridade, logo após do desembarque dos demais
agentes do SEG 2 e da autorização do chefe da segurança.
6.6.9.4 O chefe da segurança, mediante análise da situação, definirá a formação a ser adotada.
6.7.1 GENERALIDADES
6.7.1.1 As Táticas de Ações Imediatas (TAI) listadas abaixo não encerram o assunto, são
apenas um guia para as situações mais comuns. O chefe da segurança deve coordenar as
ações, sempre com o objetivo de preservar a integridade da autoridade. A preferência será
sempre evadir do local, o uso do armamento será para proteger a saída da cápsula.
6.7.1.2 Toda a equipe deve estar atenta nos casos de reação armada, de forma a evitar o fogo
amigo. Nos casos de abordagem de algum veículo, ou mesmo de ataque, todos devem buscar
observar além do fato que estiver ocorrendo, buscando a observação nos 360 graus em volta
da cápsula. Um vendedor insistente na janela do SEG1 pode ser um distrativo para outro
elemento abordar o VIP e atacar a autoridade.
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6.7.1.3 Em todos os casos, o mosca se prepara para proteger a autoridade com o colete e os
agentes que não estiverem diretamente engajados se encarregam da proteção dos outros
setores, sempre buscando a segurança em 360 graus.
6.7.1.4 Os agentes devem ser previamente orientados sobre o procedimento de reorganização
em caso de dispersão da cápsula.
6.7.1.5 Quando houver uso da arma de fogo, o chefe da segurança deve zelar para que seja
providenciado o registro da ocorrência junto a uma delegacia policial, além dos
procedimentos administrativos adotados pelo Comando da Aeronáutica.
6.7.2.1 O agente que estiver no banco do passageiro do SEG2 (SEG1, na cápsula reduzida),
pela janela, chama o vendedor, demonstrando interesse, na intenção de que ele se afaste do
VIP.
6.7.2.2 Caso o vendedor não se afaste, o agente que verbalizou desembarca e aborda o
vendedor, solicitando que se afaste.
Dar meia volta e evadir. O SEG1 engaja para proteger a manobra do VIP ou
acompanha o retraimento. Caso não seja possível sair do local, o SEG1 para entre o VIP e a
ameaça e os agentes abrem fogo.
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O agente abordado informa que não está interessado e pede para se afastar.
Persistindo, todos os agentes do veículo empunham a arma, sem sacar, e a informação é
repetida.
6.7.6.1.1 Se o ataque for ao SEG1, os agentes do SEG1 atiram, VIP e SEG 2 recuam. O
mosca fornece o colete à autoridade. O VIP ultrapassa SEG2, que engaja o elemento adverso
para proteger o movimento do VIP, ou acompanha o retraimento.
6.7.6.1.2 Se o ataque for ao SEG2, os agentes do SEG2 atiram, o SEG1 e o VIP avançam. O
VIP ultrapassa o SEG1, que engaja para proteger o afastamento do VIP ou depois acompanha
o deslocamento.
O VIP, ao perceber o ataque (ou ser informado pelo rádio), avança. O mosca
fornece o colete à autoridade. O SEG1 também avança, e os agentes preparam-se para atirar.
Caso não seja possível avançar, os agentes do SEG1 reagem à abordagem.
6.8.2.2.1.2 Caso o veículo da autoridade esteja envolvido no acidente e ela não esteja ferida,
embarcá-la no veículo que estiver disponível (SEG, táxi, veículo substituto, etc) e prosseguir
no deslocamento.
7 APARIÇÕES EM PÚBLICO
7.1 GENERALIDADES
7.1.1 Dá-se o nome de aparição em público sempre que a autoridade estiver fora do seu
gabinete de trabalho, ou da sua residência (ou hotel). A aparição em público pode ser em
evento oficial, ou uma saída para lazer, como um restaurante ou uma caminhada/atividade
desportiva. Em cada caso, a segurança da autoridade deve atuar de forma distinta, de acordo
com o roteiro do evento ou o local visitado.
7.1.2 A segurança deve ter em mente que nos eventos particulares é necessário respeitar a
privacidade da autoridade, porém, é nesse tipo de aparição em público que a exposição e a
vulnerabilidade são maiores, o que demanda mais atenção e sintonia entre os agentes.
7.1.3 Nos eventos particulares, normalmente a segurança atua sem apoio de outros órgãos, e
a atuação da equipe avançada se torna indispensável.
7.3.1 Em recinto fechado a segurança deve envidar esforços para que a assistência seja
liberada somente após a saída da autoridade.
7.5.1 Em eventos particulares, a chegada e o desembarque deverão ser discretos. Caso não
seja possível que todo o módulo entre no ambiente, o mosca e o chefe da segurança devem
adentrar junto com a autoridade e se posicionarem em mesa distinta, que os possibilitem
ampla visão do local e pronta atuação.
7.6.1 Em eventos particulares, a princípio, adentrará apenas o mosca, o qual ocupará local
que permita visualização e fácil atuação. Outro agente deverá permanecer na saída de
emergência do estabelecimento, em contato rádio com o chefe da segurança.
7.7.1 A equipe deverá estar com traje compatível (camiseta, calção, sunga/maiô), com o
equipamento de uso obrigatório (rádio e armamento) oculto, e permanecerá em local visível
à autoridade. O equipamento específico da atividade aquática (nadadeiras, coletes, bóia, etc.)
deve ser levado, de acordo com o local frequentado.
7.7.2 Nas praias, quando a autoridade se deslocar para água o agente que estiver mais apto
para atividades aquáticas deverá acompanhar, mantendo-se a distância devida e em
condições de emprego. O agente deve prestar especial atenção à aproximação de nadadores e
embarcações.
7.7.3 O restante do módulo será o apoio em solo, permanecendo com todo o equipamento e
em contato rádio com os motoristas que estarão junto aos veículos. A distância do agente
para a autoridade será em virtude das condições do mar e do número de pessoas nas
proximidades.
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7.7.4 Em eventos oficiais, é desejável que haja o apoio de lanchas, salva-vidas e equipe
médica. Quando houver apoio de embarcação, pelo menos um agente deve estar embarcado,
e será o responsável pelo contato com o pessoal em terra.
Nas revistas de tropa, dois agentes devem ser colocados atrás da tropa (no
início e no final). Nas filas de cumprimento, dois agentes acompanham o deslocamento entre
a autoridade e o público. O mosca acompanha a autoridade, caso seja necessário.
8 ITINERÁRIOS
8.1 GENERALIDADES
8.2.1.1 Terrestre
8.2.1.2 Aquáticos
8.2.1.3 Aéreos
8.2.3.1 Diurnos
8.2.3.2 Noturnos
8.2.4.1 Ostensivos
8.2.4.2 Reservados
8.2.5.1 Rotineiros
8.2.5.2 Eventuais
8.2.5.3 Inopinados
8.2.6.1 Flexíveis
8.2.6.2 Inflexíveis
8.3.1.1 De posse dos dados sobre o deslocamento a ser realizado pela autoridade, o chefe da
segurança passa a analisar a carta, mapa ou croqui do local, fazendo os primeiros
levantamentos e avaliações dos itinerários possíveis de serem utilizados. Deste modo é
possível ter uma visão global dos itinerários, bem como um levantamento inicial dos pontos
críticos de cada um deles.
8.3.1.2 Nessa fase os tópicos referentes às características dos itinerários são considerados e é
estabelecida uma prioridade inicial de itinerários.
8.3.2 RECONHECIMENTO
8.3.2.4 São reconhecidos também os itinerários alternativos e os eventuais que conduzem aos
hospitais de sobreaviso e os que permitem a evacuação de emergência.
8.3.4 ENSAIO
8.3.4.2 O ensaio avulta de importância quanto maior for o grau de risco da autoridade. O
ensaio deve ser realizado nas mesmas condições da missão.
8.5.1 Em determinadas situações pode-se escalar uma equipe avançada para cumprir a
missão de realizar uma vistoria dos itinerários motorizados e a pé, vistoriando-os para
detectar alguma incorreção do dispositivo, falha administrativa ou evidência de perigo. A
equipe avançada pode, também, inspecionar o local onde a autoridade vai participar de
algum evento.
8.5.2 A equipe avançada informa em tempo real as condições para o chefe da segurança,
assessorando-o na decisão de adotar outro itinerário.
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9 COMUNICAÇÕES
10 PLANEJAMENTO DA MISSÃO
11 VARREDURA
11.1 GENERALIDADES
11.1.3 A inspeção física, normalmente é a que apresenta mais resultados positivos, pois para
determinados tipos de perigo não existem detectores. Nas inspeções físicas o treinamento e o
grau de conhecimento são fatores preponderantes.
11.2.1 A equipe de varredura deve ser constituída por no mínimo dois elementos. Práticas
solitárias muitas vezes levam a dúvida e a exaustão dos sentidos. Mais de um elemento, além
de proporcionar um companheiro para sanar dúvidas, traz também uma testemunha e um
estímulo.
11.2.2 Equipes muito grandes não são recomendáveis, pois a presença de várias pessoas em
um ambiente pequeno tumultua e dificultam a execução dos trabalhos. O ideal são equipes
de no máximo quatro elementos, caso a área a ser vistoriada seja muito grande. É
recomendável é que se divida a área e se aumente o número de equipes, e não o tamanho da
equipe.
11.2.3 As tarefas deverão ser distribuídas proporcionalmente ao número de elementos de
cada equipe, devendo o encarregado da varredura sempre procurar mesclar o conhecimento
de seus auxiliares por ocasião da formação dos grupos e da divisão do ambiente, a fim de
obter o melhor resultado possível com os recursos humanos empregados.
11.3.1 O ambiente a ser vistoriado deve ser considerado em todas as suas dimensões, com
todos acessos observados e também as adjacências, tendo-se sempre a preocupação de saber
e vistoriar, se possível, o que existe acima, abaixo e nas laterais. Caso não seja um bloco
isolado, mas faça parte de outra construção, os acessos e instalações comuns como água,
telefone, energia elétrica, ar condicionado, dispositivos contraincêndio, elevadores, garagens
e geradores de emergência deverão ser objeto de vistoria.
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11.3.2 Quando alguma parte for muito extensa ou se mostrar complexa diante de fatores
peculiares, como uma estante de biblioteca, deve ser dividida em setores menores e
redistribuída às equipes.
11.3.3 A execução da varredura deve ser no sentido horário de rotação, de maneira que um
elemento não atrapalhe a movimentação do companheiro e assegure que todas as partes
serão vistas. Normalmente, os equipamentos e ferramentas utilizadas são colocados no
centro do ambiente, para uso comum.
11.3.4 O mobiliário e utensílios que compõem um recinto não se encontram tão somente
junto às paredes, mas em todas as partes do ambiente, por isso recomenda-se que na hora da
divisão sejam traçadas diagonais que determinem a quem cabe inspecionar os objetos
situados mais ao centro.
11.5.1 Deve-se procurar em todos os lugares possíveis e imagináveis. Não existe barreira
para a imaginação e a criatividade. Um elemento dotado de imaginação e conhecimento
técnicos, com a gama de materiais que a moderna tecnologia coloca à sua disposição, pode
com facilidade atingir seu objetivo se os elementos que se encarregam das varreduras não
estiverem à sua altura.
11.6.1 A varredura é uma busca que além de se basear no que os nossos sentidos percebem,
deve procurar também indícios e pistas que nos levem a conclusões e, consequentemente, à
localização pretendida.
11.6.2 É sempre bom, principalmente nos objetos que apresentem partes móveis, que se
observe atentamente antes de tocar e mover. Verifique em toda a volta, ilumine-o se
necessário, use espelhos para os acessos difíceis. Certifique-se do seu funcionamento,
pergunte se não souber. Seja cauteloso, verifique uma parte de cada vez e obedeça sempre o
sentido da rotação.
11.6.3 Não corra riscos desnecessários, tais como sentar ou deitar-se em poltronas ou camas
com o fito de testá-las, sem antes proceder a uma verificação minuciosa.
11.7 INDÍCIOS
11.8 O ACHADO
11.9 CORRESPONDÊNCIAS
11.9.1 Mesmo após todo o ambiente ter sido vistoriado, ainda é possível introduzir algum
artefato que possa causar danos às pessoas. A forma mais fácil é o emprego de
correspondência. Os agentes devem saber a forma correta de tratar tudo que chega pelos
correios, por empresas de entrega, ou por mensageiros.
11.9.2 Ao receber uma correspondência, o agente deve observar:
a) selos mal colocados (parecendo serem transplantados de outra carta);
b) carimbos do correio ilegíveis;
c) sem remetente ou remetente desconhecido;
d) envelope dentro de outro envelope;
e) envelope muito manuseado (amarrotado e com as beiradas quebradas);
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12 DISPOSIÇÕES FINAIS
12.1 Os casos não previstos neste Manual deverão ser submetidos à apreciação do Exmo. Sr.
Comandante-Geral de Operações Aéreas.
12.2 Este Manual deverá ser revisado depois de decorridos dois anos de sua aprovação. As
sugestões para aperfeiçoamento da doutrina devem ser encaminhadas à Subchefia de
Segurança e Defesa do COMGAR, via cadeia de comando.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. DCA 1-1 Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira. Brasília: Estado-Maior da
Aeronáutica, 2012.
_____. MD35-G-01 Glossário das Forças Armadas. Brasília: Ministério da Defesa, 2007.
_____. Lei Complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010, que Altera a Lei Complementar no
97, de 9 de junho de 1999, que “dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e
o emprego das Forças Armadas”.
60/61 MCA 125-13/2015
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