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ES663 – Eletrônica para Automação Industrial

05 – Retificadores controlados

Eric Fujiwara

DSI/FEM/Unicamp

1
Índice
1. Introdução;

2. Tiristor;

3. GTO;

4. Retificador monofásico controlado de meia-onda;

5. Retificador monofásico controlado de onda completa;

6. Retificador trifásico controlado;

Referências.

2
1.1. Introdução
Retificadores de diodo: conversão de uma entrada AC em uma
saída DC com magnitude constante;

Retificadores controlados: permitem converter a entrada de linha


AC em uma saída DC com magnitude controlada por fase;
 Utilizam tiristores ao invés de diodos;

 Possuem capacidade de operação em altas correntes e tensões;

 Ao contrário dos retificadores não-controlados, a condução de corrente


através das chaves é geralmente contínua;

 Aplicações: carregadores de baterias, acionamento de motores DC e


AC.

3
2.1. Tiristor
Tiristor:
 Formado por 4 camadas p/n intercaladas, formando 3 junções;

 Possui terminais de cátodo e ânodo e mais um gate de controle.


G K

J3
J2

J1

4
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK ideal:
 Estado off:
 Bloqueio direto
(iA = 0, vAK = );

 Bloqueio reverso
(iA = 0, vAK = –);

 Estado on:
 Condução direta
(iA = , vAK = 0).

 Transição on/off através de disparo de corrente iG no gate;

 Transição off/on através de inversão de vAK (circuito externo).

5
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK real:
 iA: corrente no ânodo;

 vAK: tensão de ânodo-cátodo;

 VFBD ou VBO: tensão de ruptura


direta (brakeover);

 IG: corrente no gate;

 IL: corrente de ‘latching’;

 IH: corrente de ‘holding’;

 VRBD ou VBD: tensão ruptura


reversa (brakedown).

6
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK real:
 Bloqueio direto (ponto 1):
 Corrente no gate nula (IG = 0);

 Apenas uma pequena corrente


direta Ico é conduzida.

 Chaveamento on/off:
 Corrente de gate reduz VBO,
permitindo o chaveamento;

 Tensão VAK excede a tensão


de bloqueio direto;

7
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK real:
 Condução direta (ponto 2):
 Tiristor conduz com uma
pequena queda de tensão direta;

 O estado on é mantido por


latching quando iA for
maior que IL.

8
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK real:
 Chaveamento on/off:
 A corrente de ânodo deve ser
reduzida a um valor menor
do que iH;

 O tiristor sai do estado de


condução direta e retorna
ao modo de bloqueio direto;

9
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK real:
 Bloqueio reverso (ponto 3):
 Bloqueia correntes reversas,
suportando uma tensão VAK
negativa;

 O bloqueio reverso é garantido


enquanto VAK não exceder a
tensão de ruptura reversa.

10
2.2. Característica de tensão-corrente
Curva iA  vAK real:

Tensão em
estado ligado

Corrente Corrente de
(e tensão) de gate
holding

Tensão de
Tensão
brakedown
(e corrente)
de brakeover

11
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente
turn-on:
 td(on): delay
para ligar;

 tr: tempo de
subida;

 tsp: tempo de
“spreading”;

 Io: corrente
na condução.

12
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-on:
 Após aplicar a corrente iG positiva, é necessário um tempo td até que o
número de élétrons em p2 seja suficiente para reduzir VBO;

 Passado o tempo de delay, a corrente conduzida do ânodo ao cátodo


começa a aumentar (e a tensão reduz) a uma taxa diF/dt;

 Simultaneamente, o excesso da corrente injetada no gate é drenada


através da junção p2n2 (vGK) resultando em uma região de
espalhamento (spreading);

 Mesmo que a corrente atinja o valor máximo (Io), ainda irá ocorrer o
spreading em J3, sendo que a tensão vAK continua a decrescer por um
tempo tps enquanto existirem portadores em excesso na junção.

13
2.3. Princípio de funcionamento
Estado ligado:
 No estado ligado, o SCR conduz com uma queda de tensão de
0,7–0,9 V (iA pequena);
 Para iA grandes, é observada uma queda de tensão ôhmica, análoga ao
diodo;

 Uma vez na condução, a corrente é mantida através da junção J2 por


meio de recombinação sendo que a própria corrente iA garante a
injeção de elétrons na junção;

 Consequentemente, a condução é mantida (enquanto iA > 0) mesmo


com a remoção da corrente positiva de gate iG  latching.

14
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
 Uma vez ligado, o tiristor não pode ser desligado pelo gate;

 Se uma corrente iG negativa for utilizada para drenar elétrons da


camada p2, será induzida uma perda de corrente localizada devido à
tensão vAG. Contudo, esse efeito não será suficiente para aumentar VBO
em J2, ou seja, a corrente iA continuará sendo conduzida através dos
terminais vAK.

15
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
 Para desligar o SCR, a corrente iA deve ser reduzida abaixo do valor de
holding IH durante um período de tempo;

 Esta condição é atingida através do circuito externo, forçando vAK < 0


para reduzir a corrente conduzida pelo dispositivo;

 Uma vez desligado, SCR volta ao modo de bloqueio (direto ou reverso),


podendo ser disparado novamente através do gate.

16
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
 trr: tempo de
recuperação
reversa;

 Irr: corrente de pico


de recuperação
reversa;

 Vrev: tensão de
overshoot no
desligamento.

17
2.3. Princípio de funcionamento
Transiente turn-off:
 O desligamento do tiristor não é instantâneo;

 Ao aplicar a tensão reversa sobre vAK, a corrente começa a decrescer a


uma taxa diR/td, assumindo valor negativo até atingir o valor de pico
reverso Irr;

 Como a corrente não é mais suficiente para manter o SCR em estado


ligado, tensão vAK diminui bruscamente e corrente volta ao valor zero
(bloqueio);

 A tensão se recupera ao valor de overshoot e, posteriormente, passa a


ser governada pela condição de operação imposta pelo circuito externo
(bloqueio direto ou reverso).

18
3.1. Gate turn-off thyristor (GTO)
GTO:
 Tiristor com capacidade de
desligamento pelo gate;
 Corrente IG positiva: GTO liga;

 Corrente IG negativa: GTO desliga;

19
3.1. Gate turn-off thyristor (GTO)
Estrutura do GTO:

20
3.1. Gate turn-off thyristor (GTO)
Estrutura do GTO:
 Estrutura interdigitada composta por 4 camadas pn (similar ao SCR)
com “ilhas de cátodos” formadas por etching do wafer de Si;

 A camada p2 é intercalada com canais n+ que curto-circuitam a junção


J2 com o ânodo, viabilizando um tempo de desligamento menor;

 A área superficial do gate também é significativamente maior do que a


do tiristor, permitindo acesso à camada p2.

21
3.2. Característica de tensão-corrente
Curva característica do GTO:
 Acionado com um pulso de
corrente no gate. Permanece
ligado mesmo se o sinal no
gate for removido (latch);

 Para desligar o GTO, aplicar


uma corrente negativa de alta
magnitude no gate (aplicar uma
tensão negativa entre G e K);

22
3.3. Chaveamento do GTO
Chaveamento do GTO: turn-on
 Princípio de chaveamento similar ao tiristor
convencional;

 Injeção de corrente positiva no gate causa


polarização direta da camada p2, causando
redução do potencial de brakeover;

 A condução de corrente através da junção garante


a recombinação na junção J2 mesmo com a
remoção da corrente de gate.

 O tempo de turn-on é mais rápido que no tiristor.

23
3.3. Chaveamento do GTO
Chaveamento do GTO: turn-off
 G é polarizado reversamente em relação a K,
fazendo com que lacunas sejam extraídas da
p2 (corrente iG negativa);

 O excesso de portadores na junção J2 é drenado


por meio da estrutura de ânodo curto-circuitado,
ou seja, o excesso de lacunas em n1 é removido
rapidamente pelo processo de difusão;

 Consequentemente, a junção J2 torna-se polarizada


reversamente e a polarização direta em vAK é
suportada pela camada de depleção de J2 
o dispositivo volta ao bloqueio mesmo com a
remoção da corrente negativa iG.

24
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Carga resisitiva:

25
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Ângulo de disparo:
 O pulso de corrente positiva no gate é aplicado em instantes de tempo
sincronizados com a frequência de linha (60 Hz), durante o semi-ciclo
positivo da tensão de entrada;

 O ângulo de disparo (rad) é dado por

   t  2 k , k  0, 1, ... (3)

 : frequência angular da tensão AC de linha (rad/s);

 t: tempo de disparo do pulso no gate (s).

 A forma de onda de  tem periodicidade 360°.

26
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Equação característica:
 Seja a tensão AC da fonte:

v s (t )  2V sin  t  (4)

 A tensão na carga é dada por:

vo (t )  vR (t )  v s (t ) (5)

 A tensão no resistor é dada por:

vR (t )  Ri (t ) (6)

27
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Semi-ciclo positivo: bloqueio direto
 Durante o semi-ciclo positivo da fonte (0 < t  180°), o SCR
permanecerá em modo de bloqueio direto enquanto não houver pulso
de corrente no terminal de gate (t < );

 O SCR terá corrente nula e suportará a tensão da fonte;

 A tensão na carga vo será igual a zero.

vo (t )  0, 0  t   (7)

i (t )  0, 0   t   (8)

28
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Semi-ciclo positivo: condução
 Durante o semi-ciclo positivo da fonte e após o disparo do SCR
(  t  180°), o dispositivo entrará em modo de condução direta,
conectando a fonte AC à carga;

 A corrente no tiristor será igual à corrente na carga, enquanto que a


tensão no SCR será igual a zero.

vo (t )  v s (t ),    t  180 (9)

2V
i (t )  sin  t ,    t  180 (10)
R

29
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Semi-ciclo negativo: bloqueio reverso
 No semi-ciclo negativo (180° < t < 360°), o tiristor será polarizado
reversamente, forçando o seu desligamento. Neste caso, o SCR
operará em modo de bloqueio reverso, desconectando a fonte da
carga;

 A corrente no SCR será nula, enquanto que a tensão será igual a vs.

vo (t )  0, 180  t  360 (11)

i (t )  0, 180  t  360 (12)

30
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Carga R –
100
formas de onda: i
G

v (V)
0
 vs: 1002 V

s
@60 Hz; -100
0 180 360 540 720
1 1
 : 60°;
0.5 0.5

i (A)
i (A)
 R: 100 ; 0 0

T
-0.5 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
50
v (V)

v (V)
0
0
R

T
-50 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)

31
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Tensão média na carga:


1 Vm
VDC   V sin( t ) d ( t )  1  cos   (13)
2  2
m

 A tensão de saída pode assumir valores entre Vm/2 ( = 0) e 0 ( = );

 Ao contrário do retificador de diodo, a tensão média de saída é ajustada


de acordo com o ângulo de disparo  retificador controlado;

 A tensão DC máxima ocorre para  = 0, correspondendo ao valor obtido


para um retificador de diodo.

32
4.1. Retificador de meia-onda – Carga R
Tensão média
0.35
na carga: Vp = 100 V
0.3
 Tensão média
em função do 0.25
ângulo de
disparo para 0.2
(V)
V2 = 1; DC
0.15
V

0.1

0.05

0
0 50 100 150
 (°)

33
4.2. Circuito de disparo
Circuito de controle de chaveamento do tiristor:
 O ângulo de disparo deve ser ajustado de forma sincronizada com a
frequência de linha;

 O circuito integrado TCA785 (ou TCA780) permite gerar pulsos de


corrente defasados para disparo dos tiristores.

34
4.2. Circuito de disparo
Ângulo de disparo:

vcontrol
  180 (14)
Vˆst
 vcontrol: sinal de
controle (referência);

 Vˆst : valor de pico


da portadora
dente-de-serra
(frequência de linha).

35
4.2. Circuito de disparo
Circuito integrado TCA785 (Siemens):
 Um detector de zero analisa a tensão de linha e emite um sinal de
sincronização cada vez que a tensão assume valor nulo (mudança do
semiciclo da fonte);

 O sinal de sincronização regula o gerador de tensão dente-de-serra


(circuito capacitivo de carga-e-descarga);

 A portadora ST é comparada com a tensão de controle, determinando o


ângulo de disparo ;

 Pulsos de gate (~30 µs) são gerados sempre que a portadora cruza o
nível de controle. Assim, pulsos relativos aos semi-ciclos positivo e
negativo são emitidos em saída diferentes (para disparo de
conversores de onda completa).

36
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Carga RL em série:

37
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Equação característica:
 Tensão na carga:

vo (t )  vR (t )  v L (t )  v s (t ) (15)

 Tensão no indutor:

d
v L (t )  L i (t ) (16)
dt

38
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Semi-ciclo positivo da fonte:
 Inicialmente, o SCR está desligado e a fonte está desconectada da
carga;

 Após o sinal de disparo, o SCR entra em condução, fazendo com que a


tensão na carga seja igual à tensão na fonte.

 A corrente na carga será defasada em relação à tensão da fonte, e


pode ser estimada por:

  
i (t )   V 2  sin  t  tan 1   L  (17)
 R 2   L2    R 

 

39
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Semi-ciclo negativo da fonte:
 O indutor continuará fornecendo corrente à carga mesmo após o
término do semi-ciclo positivo, mantendo o SCR em condução;

 A tensão na carga pode ser negativa (com corrente positiva), pois a


condução é mantida pelo tiristor;

 Quando a corrente tender a zero, a polaridade do SCR será invertida,


fazendo com que este entre em modo de bloqueio.

40
4.3. Retificador de meia-onda – Carga RL
Carga RL – i
100 G 1
formas de onda:
0.5

v (V)

i (A)
0
 vs: 1002 V 0

s
@60 Hz; -100 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
 : 60°;
50 50

v (V)
 R: 100 ; v (V) 0 0

R
o
-50 -50
 L: 0.1 H; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
50 0
v (V)

v (V)
0 -100
L

T
-50 -200
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)

41
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE

Carga RL com fonte de tensão DC:


 (Representado como LE para fins de simplificação).

42
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE

Equação característica:
 Tensão na carga:

d
vo (t )  v s (t )  Ri (t )  L i (t )  E (18)
dt

43
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE

Princípio de funcionamento:
 A polarização do tiristor depende da diferença entre o valor instantâneo
da tensão AC vs e da fonte DC E;

 Para vs < E, o SCR entrará em bloqueio reverso, independentemente do


semi-ciclo da fonte;

 Quando vs  E, o SCR será polarizado diretamente e entrará em modo


de bloqueio direto;

 Se um pulso de gate for aplicado durante o tempo de polarização


direta, o tiristor entrará em condução até que a tensão do circuito force
o dispositivo a entrar novamente em bloqueio reverso.

44
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE

Princípio de funcionamento:
 Durante a condução, o circuito comportar-se-á como um retificador com
carga RL, de sorte que a defasagem da corrente será determinada em
função da impedância da carga;

 O indutor garantirá a condução de corrente por um tempo adicional


(dado pelo tempo de defasagem), mantendo o tiristor em modo de
condução direta.

45
4.4. Retificador de meia-onda – Carga RLE

Carga RLE –
100 i 0.2
formas de onda: G

v (V)

i (A)
0 0
 vs: 1002 V

s
@60 Hz; -100 -0.2
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 20
 : 60°;
10

v (V)
v (A)
80
 R: 100 ; 0

R
o
60 -10
 L: 0.1 H; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
10 100

 E: 80 V; 0 0
v (V)

v (V)
-10 -100
L

T
-20 -200
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)

46
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Carga R:
 Ponte com 4 tiristores;

 Semi-ciclo positivo: T1 e T2
conduzem, T3 e T4 bloqueiam;

 Semi-ciclo negativo: T3 e T4
conduzem, T1 e T2 bloqueiam;

 T1 e T2 devem ser disparados


simultaneamente durante o
semi-ciclo positivo (1);

 T3 e T4 devem ser disparados


simultaneamente durante o
semi-ciclo negativo (2 = 1 + );

47
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Semi-ciclo positivo:
 A tensão da fonte vs polariza os tiristores T1 e T2 diretamente;

 Até o disparo (t < 1), os SCRs permanecem em bloqueio direto, ou


seja, a tensão na carga vo é nula;

 Após o disparo (1 t < 180°), T1 e T2 entram em condução, fazendo


com que vo = vs e conduzindo uma corrente i pela carga;

 Durante todo o semi-ciclo positivo, T3 e T4 são polarizados de forma


reversa, suportando a tensão da fonte.

48
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Semi-ciclo negativo:
 A tensão da fonte vs polariza os tiristores T3 e T4 diretamente;

 Até o disparo (180°  t < 2), os SCRs permanecem em bloqueio


direto, ou seja, a tensão na carga vo é nula;

 Após o disparo (2 t < 360°), T3 e T4 entram em condução, fazendo


com que vo = vs e conduzindo uma corrente i pela carga;

 O ângulo de disparo 2 deve ser defasado de 180° em relação a 1:

 2  1  180 (19)

 Durante todo o semi-ciclo negativo, T1 e T2 são polarizados de forma


reversa, suportando a tensão da fonte.

49
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Modo de bloqueio:
 Durante todo o semi-ciclo positivo, T3 e T4 são polarizados de forma
reversa, suportando a tensão da fonte;

 Da mesma forma, T1 e T2 são polarizados reversamente no semi-ciclo


negativo;

 Entretanto, para (0°  t < 1) e (180°  t < 2), os 4 tiristores estarão
em modo de bloqueio direto ou reverso, resultando em tensão/corrente
nula na carga;

 A tensão bloqueada por cada par de tiristores será igual à metade da


tensão da fonte.

50
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Carga R –
formas de onda: 100

1

v (V)
0 
 vs: 1002 V 2

s
@60 Hz; -100
0 180 360 540 720
 1: 60°; 1 1
0.5

i (A)
i (A)
0.5
 R: 100 ; 0

T
0 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 50
0
v (V)

v (V)
50
-50
R

T
0 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)

51
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Carga R:
 A condução ocorre após o
chaveamento do par de
tiristores (semi-ciclos positivo
ou negativo);

 O par de tiristores é desligado


no início do próximo semi-ciclo,
devido à inversão da corrente
no cátodo pelo circuito externo;

 Como a carga é R pura, a


comutação de SCRs é imediata
após o pulso de gate.

52
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Tensão média na carga:


1 Vm
VDC   Vm sin( t ) d ( t )  1  cos   (20)
  

 Como previsto, a tensão média na carga é o dobro do valor observado


no retificador controlado de meia-onda.

53
5.1. Retificador de onda completa – Carga R

Tensão média
0.7
na carga: Vp = 1 V
0.6
 Tensão média
em função do 0.5
ângulo de
disparo para (V)
0.4
V2 = 1; DC
0.3
V

0.2

0.1

0
0 50 100 150
 (°)

54
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL:
 Os pares de tiristores devem
ser disparados quando estiverem
polarizados diretamente, com
uma defasagem de 180° no
ângulo de disparo;
R+L
 Contudo, o efeito do indutor
acarretará em implicações em
relação ao tempo de condução
de cada par de SCRs.

55
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL:
 Como condição inicial, todos os tiristores estão em bloqueio (direto ou
reverso) em (0°  t < 1);

 Em t = 1, T1 e T2 são disparados, conectando a fonte à carga RL


durante o semi-ciclo positivo;

 Devido ao efeito do indutor, a corrente na carga é defasada em relação


a vs, fazendo com que os SCRs T1 e T2 permaneçam em condução
mesmo após t > 180°;

 Neste caso, T3 e T4 entram em bloqueio direto.

56
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL:
 Para 180° < t < 2, quando a corrente do indutor for a zero, T1 e T2
serão desligados e entrarão em bloqueio reverso. Deste modo, T3 e T4
são disparados em t = 2, retificando o semi-ciclo negativo da fonte;

 Contudo, se a corrente na carga ainda for positiva em 180° < t < 2,
quando o disparo ocorrer em t = 2, ocorrerá comutação entre os
tiristores (T1 e T2) e (T3 e T4), permutando os estados de
condução/bloqueio entre cada par;

 Idealmente, a comutação pode ser considerada como instantânea, mas


na prática ela ocorre durante um intervalo de tempo finito.

57
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL :
 O processo se repete para o semi-ciclo negativo, mas, neste caso,
T3 e T4 são suportados em estado ligado pela corrente do indutor,
enquanto que T1 e T2 entrarão em bloqueio reverso (e posteriormente
direto) até que ocorra um novo disparo em t = 1;

 Assim, dependendo do valor de L e , o retificador pode operar em 2


modos:
 Modo de condução contínua (CCM): a corrente na carga nunca assume
valor nulo;

 Modo de condução descontínua (DCM): a corrente na carga pode


assumir valores nulos ao longo do tempo.

58
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL –
100 1
DCM:
0.5

v (V)

i (A)
0
 vs: 1002 V 0

s
@60 Hz; -100 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 1
 : 60°;
50 0.5
v (V)

i (A)
 R: 100 ; R
0 0

T
-50 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
 L: 0.1 H; 100 50
50 0
v (V)

v (V)
0 -50
L

T
-50 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
 
t (°) 1 2

59
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL –
100 0.4
CCM:

v (V)

i (A)
0 0.2
 vs: 1002 V

s
@60 Hz; -100 0
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
40 1
 : 60°;
0.5

v (V)

i (A)
20
 R: 100 ; 0
R

T
0 -0.5
 L: 1 H; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
100 100
0
v (V)

v (V)
0
-100
L

T
-200 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
t (°)

60
5.2. Retificador de onda completa – Carga RL

Carga RL:
 Formas de onda de tensão
na carga vd, corrente na carga
i, corrente nos tiristores iT e
sinais de gate iG para L  
(a corrente i torna-se
praticamente DC);

 A comutação dos tiristores


é feita antes do desligamento
dos mesmos.

61
5.3. Retificador de onda completa – Carga RLE

Carga RLE em série:


 Neste caso, o
chaveamento dos
tiristores é atrelado a
duas condições:
 Pulso de corrente
positiva no gate;

 Tensão vAK > 0,


ou seja, |vs| > E.

62
5.3. Retificador de onda completa – Carga RLE

Carga RLE:
100 0.2
 vs: 1002 V

v (V)

i (A)
0 0
@60 Hz;

s
-100 -0.2
 : 60°; 0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
20 1
 R: 100 ; 10 0.5
v (V)

i (A)
0 0
R

T
 L: 0.1 H; -10 -0.5
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
 E: 80 V; 10 50
0 0
v (V)

v (V)
-10 -50
L

T
-20 -100
0 180 360 540 720 0 180 360 540 720
 
t (°) 1 2

63
5.3. Retificador de onda completa – Carga RLE

Carga RLE:

 A corrente na carga pode ser contínua ou descontínua, dependendo


dos valores de L e E;

 A tensão na carga vo torna-se negativa enquanto i manter os tiristores


ligados e vs estiver no semi-ciclo inverso à condução direta dos SCRs.

64
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
 Seja um retificador de onda
completa com carga RL(E);

 Para L suficientemente grande,


a corrente será conduzida pela R+L
carga mesmo durante o semi-
ciclo negativo da fonte,
mantendo os tiristores do semi-
ciclo recíproco em estado de
condução.

65
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
 Condição inicial: 4 tiristores em bloqueio, corrente na carga i = 0;

 Durante o semi-ciclo positivo, para 0  t < 1, a tensão na carga será


igual a zero;

 Em t = 1  90°, os tiristores T1 e T2 entram em condução e a fonte é


conectada à carga;

 A corrente na carga é defasada em relação à tensão na fonte (efeito de


L). Assim, a condução é mantida pelo indutor mesmo quando t = 180°
(final do semi-ciclo positivo da fonte).

66
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
 Em 180°  t < 2, T1 e T2 continuarão em condução, mas a tensão da
fonte vs se torna negativa;

 A tensão na carga será dada por:

d
vo (t )  Ri (t )  L i (t )  V 2 sin  t  (21)
dt
 Logo, a tensão na carga pode assumir valor negativo mesmo que a corrente
na carga tenha valor positivo.

 Este comportamento se repete durante a comutação do semi-ciclo


negativo para semi-ciclo positivo da fonte.

67
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
 Para L  (tiristores sempre em condução), a tensão média na carga
será dada por:
 
1 2 2
VDC 
  vo (t ) d (t ) 
 
V cos  (22)

68
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
 Este comportamento se repete durante a comutação do semi-ciclo
negativo para semi-ciclo positivo da fonte;

 A potência média na carga é dada por:

PDC  VDC I DC (23)

 Para PDC > 0 (VDC > 0, IDC > 0): fluxo de potência da fonte para a carga
 modo de retificação (1 < 90°);

 Para PDC < 0 (VDC > 0, IDC < 0): fluxo de potência da carga para a fonte
 modo de inversão (1  90°).

69
5.4. Modo de inversão
Modo de inversão:
 Tensão na carga para   90°.

T 3 e T4 T 1 e T2
conduzindo conduzindo
no SCP no SCN

70
5.5. Comutação dos tiristores
Ângulos de comutação e extinção:
 Na prática, a comutação dos pares de tiristores não é imediata, sendo
que, durante um certo intervalo de tempo, os 4 SCRs entram em
condução ao mesmo tempo. O intervalo de tempo associado à
condução simultânea é dado pelo ângulo de comutação ;

71
5.5. Comutação dos tiristores
Ângulos de comutação e extinção:
 No modo de inversão, os tiristores passam a maior parte do tempo em
estado de condução ou de bloqueio direto. O bloqueio reverso ocorre
somente após o disparo do próximo par de SCRs. Este intervalo de
tempo é dado pelo ângulo de extinção.

72
5.5. Comutação dos tiristores
Ângulos de comutação e extinção:
 O ângulo máximo de disparo  (maior PDC negativo) para o modo de
inversão é dado por:

  180     (24)

73
5.6. Retificador semi-controlado
Retificador monofásico semi-controlado de onda completa:
 Utiliza 2 tiristores e 2 diodos;

 Semi-ciclo positivo: T1 e D2
conduzem;

 Semi-ciclo negativo: T2 e D1
conduzem;

 As formas de onda de saída são


iguais ao do retificador totalmente
controlado;

 Vantagens: custo, controle simplificado.

74
6.1. Retificador trifásico
Retificador trifásico: carga R
 Funcionamento análogo
ao retificador trifásico
não-controlado;

 A corrente é conduzida por


pares de tiristores, sendo um
da parte superior e outro da
parte inferior da ponte;

 São necessários 6 disparos


sincronizados para garantir
a condução da fonte para
a carga.

75
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente:  = 0  diodo;
 Os números de 1 a 6 indicam os instantes de condução de cada tiristor;

Disparo

T1 T2 T3 T4 T5 T6

76
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente:  = 0  diodo;
 A forma de onda na saída se repete com período /3;

 A tensão de pico na saída é igual a 2 vezes o valor rms da tensão de


linha (VLL);

Tensão média na saída ( = 0):

 6
1 3 2
 3  6
VDC  2VLL cos( t ) d t  VLL (27)

77
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente:  > 0;
1 3 5

2 4 6

vd

78
6.1. Retificador trifásico
Formas de onda de tensão e corrente:  > 0;
 Para ângulos de disparo maiores do que zero, a comutação do tiristor
conduzindo em um semi-ciclo (por exemplo, T1) para o próximo da
sequência (T3) é retardada, ou seja, T1 continua conduzindo até que T3
seja disparado;
 Ex: Suponha vd = vac.Se va é mais positiva e vb é mais negativo que vc, vd
será igual a vab somente se o tiristor que conduz vb for disparado. Caso
contrário, a forma de onda continuará sendo igual a vac.

 A condução é mantida enquanto o potencial no ânodo for


suficientemente positivo;

 Se o tiristor não for disparado após este período, ele entrará em estado
de bloqueio direto;

79
6.1. Retificador trifásico
Forma de onda de tesão da saída: Carga R
6.1. Retificador trifásico
Forma de onda de tesão da saída: Carga R
6.1. Retificador trifásico
Forma de onda de tesão da saída: Carga R
6.1. Retificador trifásico
Carga RL:
 O indutor
gera um atraso
na corrente
em relação
à tensão de
fase;

 Para L relativa-
mente pequeno,
a corrente na
carga é
descontínua.

83
6.1. Retificador trifásico
Carga RL:
 Para L sufici-
entemente
grande, a
corrente na
carga se torna
contínua, pois
o indutor
mantém os
SCRs ligados;

 A corrente na
carga é sempre
positiva.

84
6.1. Retificador trifásico
Tensão média na carga ( > 0):

 A tensão média na carga é igual à tensão média para  = 0, a menos


de um fator:

3 2 A (28)
VDC  VLL 
  3

85
6.1. Retificador trifásico
Tensão média na carga ( > 0):
 Observando a forma de onda da tensão de saída, observa-se que a
área A pode ser calculada pela integral da tensão de linha, logo:

 
A   v AC d t   2VLL sin( t ) d t  2VLL 1  cos   (29)
0 0

 Assim, a tensão média na carga é dada por:

3 2 3 2 3 2
VDC  VLL  VLL 1  cos    VLL cos  (30)
  

86
6.1. Retificador trifásico
Tensão na saída em função do ângulo de disparo: 0   < 90°
 Para ângulo de disparo
menor do que 90°, a
tensão média na
carga é positiva;

 Obs: vd tem período


60°, independente
do ângulo de disparo.

87
6.1. Retificador trifásico
Tensão na saída em função do ângulo de disparo:  = 90°
 Para ângulo de disparo
igual a 90°, a tensão
média na carga
torna-se nula.

88
6.1. Retificador trifásico
Tensão na saída em função do ângulo de disparo: 90° <   180°
 Para ângulos maiores
do que 90°, a tensão
média na carga pode
assumir valor negativo;

 O retificador opera em
modo de inversão;

 Evidentemente, a
carga deve ser capaz
de suprir corrente para
manter os SCRs
ligados (carga RLE).

89
6.1. Retificador trifásico
Carga RC:
 Um filtro capacitivo em paralelo com a carga proporcionará um efeito
análogo ao observado no retificador não-controlado;

 Enquanto vs(linha) > vo, o capacitor será carregado e a tensão no


capacitor será vC = vs(linha);

 Quando vs(linha) < vo, o capacitor irá descarregar sobre a carga, sendo
que quanto maior o valor de C, maior será a constante de tempo do
circuito, proporcionando uma redução no ripple de vo;

 Quando novamente vs(linha) > vo, o capacitor voltará a carregar e a tensão


na carga será igual à tensão de linha.

90
6.2. Retificador trifásico semi-controlado
Retificador trifásico semi-controlado:
 Utiliza 3 tiristores e
3 diodos;

 Redução em termos de
custo e complexidade
de funcionamento;

 Em contrapartida,
não pode operar em
modo de inversão para
 > 90°.

91
6.2. Retificador trifásico semi-controlado
Tensão média na saída:

3 2
VDC  VLL 1  cos   (32)
2

 A tensão média na saída é sempre positiva.

92
6.2. Retificador trifásico semi-controlado
Retificador trifásico com diodo de roda livre:
 O diodo de roda livre
garante que sempre
exista um caminho
para condução de
corrente no lado DC;

 A tensão média na
saída assume valor
igual ao da ponte
retificadora semi-
controlada.

93
Referências bibliográficas
Bose, B.K. Modern Power Electronics and AC Drives. New
Jesey: Prentice Hall, 2002.

Mohan, N. et al. Power Electronics: Converters, Applications,


and Design. New York: Wiley, 1995.

Rashid, M.H. Power Electronics Handbook. San Diego: Academic


Press, 2001.

Sen, P.C. Principles of Electric Machines and Power


Electronics. New York: Willey, 1997.

94
Exercícios

95
Exercício
Exercício 5.1) Seja um retificador monofásico controlado de meia-
onda utilizado para converter a tensão de linha (100 V de pico, 60
Hz) e acoplado a uma carga resistiva (100 ).
 a) Obtenha as formas de onda da tensão e corrente na carga e no
tiristor, bem como o gráfico da tensão média de saída em função do
ângulo de disparo;

 b) Supondo uma carga RL (100 mH), esboce as formas de onda do


circuito para  = 90°;

 c) Repita o item anterior considerando uma carga RLE (75 V);

96
Exercício
Exercício 5.2) Considere um retificador de onda completa acoplado
a uma carga R = 50 . A tensão da fonte vs é 120 V@60 Hz.
 a) Obtenha as formas de onda de tensão vo e corrente na carga io para
 = 45°;
 b) Calcule a tensão média na carga em função do ângulo de disparo.

97
Exercício
Exercício 5.3) Seja um retificador de onda completa acoplado a
uma carga RLE. A tensão da fonte vs é 120 V@60 Hz. A carga é
formada pelo conjunto R = 0,1 , L = 1,2 mH e E = 88 V. Os tiristores
são ajustados para disparo em  = 135°.
 a) Obtenha as formas de onda de tensão vo e corrente na carga i;

 b) Esboce as formas de onda de tensão no resistor e no indutor;

 c) Estime a tensão média na carga.

98
Exercício
Exercício 5.4) Um retificador trifásico é utilizado para alimentar uma
carga puramente resistiva (R = 300 ). O conversor é alimentado
por uma fonte trifásica VLL = 480 V @ 60 Hz.
 a) Obtenha as formas de onda de tensão e corrente na carga para
 = [60°, 90°, 120°].
 b) Calcule a potência média para cada caso.

 c) Suponha que foi conectado um indutor de 1 H em série com a


resistência. Esboce as formas de onda de tensão e corrente na carga;

 d) Suponha agora que foi conectado um capacitor de 0,1 F em paralelo


com a resistência. Esboce as formas de onda de tensão e corrente na
carga.

99
Exercício
Exercício 5.5) Seja um retificador monofásico de onda completa
com carga RL (50 , 100 mH). O circuito é alimentado por uma fonte
V = 200 V @ 60 Hz.
 a) Para  = 0, apresente as formas de onda de tensão e corrente na
carga. Calcule também a tensão média na carga;

 b) Repita o item anterior para  = 90°. Compare com os resultados


anteriores.

100

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