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Relatório de
Superintendência Regional no Estado do Rio de Janeiro - SR-07
Divisão de Obtenção de Terras
309
Análise de
Mercados de
Terras
Zona Homogênea
Leste Fluminense
Rio de Janeiro
Dezembro-2015
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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Superintendência Regional no Estado do Rio de Janeiro - SR-07
Divisão de Obtenção de Terras
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6
2. CARACTERÍSTICAS ZONA HOMOGÊNEA LESTE FLUMINENSE ............................... 6
2.1. Abrangência geográfica ......................................................................................................... 6
2.2. Histórico da ocupação ............................................................................................................ 7
2.2.1. Ciclos econômicos ........................................................................................................... 7
2.2.2. Relações Campo X Cidade ............................................................................................ 14
2.2.3. Qualidade de vida da população ................................................................................... 16
2.2.4. Políticas públicas ........................................................................................................... 18
2.2.5. Conflitos agrários .......................................................................................................... 22
2.3. Clima e recursos naturais ..................................................................................................... 22
2.3.1. Clima .............................................................................................................................. 22
2.3.2. Recursos Naturais ......................................................................................................... 25
2.3.2.1. Solos ........................................................................................................................ 25
2.3.2.2. Relevo...................................................................................................................... 26
2.3.2.3. Hidrologia ............................................................................................................... 27
2.3.2.4. Flora e Fauna ........................................................................................................ 30
2.3.2.5. Áreas de Lavras ...................................................................................................... 34
2.4. Áreas legalmente protegidas ................................................................................................. 38
2.5. Infraestrutura viária ............................................................................................................. 40
2.6. Principais atividades econômicas ......................................................................................... 44
2.6.1. Setor Agrícola ................................................................................................................ 48
2.6.2. Setor Pecuário ............................................................................................................... 51
2.6.3. Agroindústria Fluminense ............................................................................................ 53
2.6.4. Polos regionais............................................................................................................... 53
3. PREÇOS DE TERRAS SEGUNDO A INFORMA ECONOMICS/FNP .............................. 54
4. MERCADO DE TERRAS NA REGIÃO ................................................................................. 54
5. MÉTODOS.................................................................................................................................. 58
5.1. Pesquisas em campo ............................................................................................................. 58
5.2. Tipologias .............................................................................................................................. 58
5.3. Homogeneização dos Elementos Amostrais ........................................................................ 60
6. RESULTADOS ........................................................................................................................... 61
7. ANÁLISE DOS INDICADORES DO COMPORTAMENTO DE MERCADO .................. 63
8. CONCLUSÕES .......................................................................................................................... 64
9. LITERATURA CONSULTADA .............................................................................................. 66
ANEXO 1 - Memórias de cálculo..................................................................................................... 74
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Índice de Figuras
Figura 1 - Mapa de situação da Zona Homogênea Leste Fluminense.................................................. 6
Figura 2 – Relação das indústrias sucroalcooleiras em atividade na Zona Homogênea Leste
Fluminense de 1970 a 2015................................................................................................................. 10
Figura 3 - Distribuição climática na região Leste Fluminense........................................................... 22
Figura 4 - Variação espacial da precipitação pluvial anual (mm) no estado do Rio de Janeiro......... 23
Figura 5 - Mapa temático com as classes de solos do Leste Fluminense........................................... 25
Figura 6 - Unidades geomorfológicas do Leste Fluminense............................................................. 26
Figura 7 - Regiões Hidrográficas do Leste Fluminense..................................................................... 28
Figura 8 - Mapa temático de Uso e Cobertura do Solo do estado do Rio de Janeiro (2010)............. 30
Figura 9 - Remanescentes florestais por município no estado do Rio de Janeiro (2009)................... 31
Figura 10 - Mapa temático de uso e cobertura do solo no Leste Fluminense.................................... 32
Figura 11 - Mapa geológico esquemático da Planície costeira do Rio Paraíba do Sul...................... 33
Figura 12 - Participação percentual de minerais não metálicos por Zona Homogênea estadual, em
2011..................................................................................................................................................... 34
Figura 13 - Percentual de participação dos municípios fluminenses nos royalties de petróleo e gás
natural.................................................................................................................................................. 36
Figura 14 - Evolução dos pagamentos de royalties totais (petróleo e gás natural) aos municípios da
ZHLF no período de 1999 a 2015 (em R$)......................................................................................... 37
Figura 15 - Caminhos carroçáveis e navegáveis do Leste Fluminense no século XVIII................... 40
Figura 16 - Mapa Multimodal do Leste Fluminense.......................................................................... 42
Figura 17 - Mapa de aptidão agrícola da região Leste Fluminense.................................................... 55
Figura 18 - Evolução do preço de terras (R$/ha) para o Leste Fluminense (set-out/2005 a set-
out/2015).............................................................................................................................................. 56
Figura 19 - Localização das amostras coletadas em campo no MRT-LF.......................................... 59
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Municípios pertencentes à Zona Homogênea Leste Fluminense. ....................................... 6
Tabela 2 – Estimativas da proporção de escravos em Campos dos Goytacazes (1790-1836). ........... 13
Tabela 3 – Dados populacionais na região Leste Fluminense entre 1872 e 1920. .............................. 15
Tabela 4 – Dados populacionais na região Leste Fluminense entre 1940 e 2010. .............................. 15
Tabela 5 – Distribuição da população nos municípios da Zona Homogênea Leste Fluminense entre
1940 e 2015. ......................................................................................................................................... 16
Tabela 6 – IDHs dos municípios da região Leste Fluminense. ........................................................... 17
Tabela 7 – População residente na ZHLF e no Estado e o nível de urbanização em 2010. ................ 18
Tabela 8 – População em situação de extrema pobreza no estado do Rio de Janeiro em 2010, por
zonas homogêneas. ............................................................................................................................... 19
Tabela 9 – População em situação de extrema pobreza na Zona Homogênea Leste Fluminense em
2010. ..................................................................................................................................................... 19
Tabela 10 – Precipitação média mensal dos municípios da região Leste Fluminense. ....................... 24
Tabela 11 – Termoelétricas localizadas no Leste Fluminense. ........................................................... 30
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Tabela 12 – Comunidades remanescentes de quilombolas na região Leste Fluminense, certificadas
pela Fundação Cultural Palmares (FCP). ............................................................................................. 39
Tabela 13 – Unidades de Conservação localizadas na Zona Homogênea Leste Fluminense. ............ 40
Tabela 14 – Valor adicionado bruto por atividade econômica, Produto Interno Bruto, Produto Interno
Bruto per capita, segundo as Zonas Homogêneas do estado do Rio de Janeiro em 2012. ................... 45
Tabela 15 – Valor adicionado bruto por atividade econômica, Produto Interno Bruto e participação
dos setores no PIB regional, segundo as Zonas Homogêneas do estado do Rio de Janeiro em 2012. 45
Tabela 16 – Valor adicionado bruto por atividade econômica, Produto Interno Bruto, Produto Interno
Bruto per capita, segundo os municípios do Leste Fluminense em 2012. ........................................... 46
Tabela 17 – Saldo de postos de trabalho no período de janeiro de 2010 a setembro de 2015 por setor
da economia na Zona Homogênea Leste Fluminense e no estado do Rio de Janeiro. ......................... 47
Tabela 18 – Estoque de empregos formais por setor da economia no Brasil, estado do Rio de Janeiro
e Zona Homogênea Leste Fluminense, entre 2013 e 2014, base mês de dezembro............................. 47
Tabela 19 – Produção agrícola no Leste Fluminense em 2014. .......................................................... 49
Tabela 20 – Lavouras temporárias e permanentes que apresentaram maior rentabilidade (R$/ha/ano)
para a Zona Homogênea Leste Fluminense. ........................................................................................ 50
Tabela 21 – Principais municípios produtores leiteiros no estado do Rio de Janeiro (1.000L). ......... 51
Tabela 22 – Produção leiteira no Leste Fluminense em 2014. ............................................................ 51
Tabela 23 – Número de elementos, porcentagem de elementos em relação ao total destes, média dos
valores (R$/ha) e média dos valores com elasticidade de 20% (R$/ha), por tipologia, para o MRT-LF.
.............................................................................................................................................................. 62
Tabela 24 – Planilha de Preços Referenciais de Terras (PPR) do Mercado Regional Leste
Fluminense. .......................................................................................................................................... 64
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RELATÓRIO DE ANÁLISE DE MERCADO DE TERRAS DA ZONA
HOMOGÊNEA LESTE FLUMINENSE
1. INTRODUÇÃO
A Zona Homogênea (ZH) definida neste relatório como Leste Fluminense é, de acordo com a
Divisão Territorial Brasileira (DTB) do IBGE (2014), composta de duas microrregiões (Campos dos
Goytacazes e Macaé). Contudo, os municípios de Cardoso Moreira e São Fidélis, em função de suas
características mercadológicas quanto ao preço de terra, fazem parte da Zona Homogênea Nordeste
Fluminense. Sendo assim, a ZH Leste Fluminense é composta de sete municípios (Tabela 1).
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A Zona Homogênea Leste Fluminense é a quarta região mais populosa do Estado, com
844.868 habitantes, o que corresponde a 5,13% do total no Rio de Janeiro (16.461.173 pessoas),
sendo que os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé apresentam população superior a
100.000 pessoas (IBGE, 2014).
Esta região encontra-se inserida no terço final da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
Possui área total de 8.189 km2, confrontando com o estado de Espírito Santo (ao norte), as Zonas
Homogêneas Nordeste Fluminense e Serrana (a oeste) e Oceano Atlântico (ao leste e sul).
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manufaturas e arruinaram o processo de ocupação territorial iniciado, o que levou Pero de Góis a
abandonar as terras, e ainda seu filho, Gil de Góes, a renunciar posteriormente a seus direitos
hereditários sobre as mesmas (RODRIGUES, 1988).
Uma parte destas terras foram então cedidas aos chamados 7 capitães1, que passam a se
apropriar do espaço para atividade pecuária, áreas essas que hoje seriam referentes aos municípios de
Campos dos Goytacazes, São João da Barra e Macaé. Dois destes 7 capitães foram ainda
pressionados pelas autoridades da época a doarem boa parte de suas terras aos jesuítas e beneditinos,
que exerceram controle de parte do território por muito tempo (RODRIGUES, 1988).
A pecuária foi a primeira atividade econômica efetivamente territorializadora da região e
deste modo esteve dominante no ordenamento territorial até a segunda metade do século XVII.
Similarmente ao que ocorreu em outras regiões do Estado, na primeira metade do século XVII, a
ocupação da Zona Homogênea Leste Fluminense teve como objetivo, a princípio, de servir de
instalação de currais para criação de gado bovino com o fim de suprir com tração animal os senhores
de engenho nas demais regiões reconhecidamente canavieiras do então estado da Guanabara
(TRINDADE et al., 2013). A partir de então, passou a coexistir com a atividade canavieira, que
ressurgiu em Campos dos Goytacazes após as primeiras tentativas fracassadas de implementação por
Pero de Góis. (RODRIGUES, 1988).
A hegemonia da pecuária só foi superada pela cana no século XVIII, período no qual se deu
um processo intenso de dinamização deste setor, passando a se construir diversos engenhos de
açúcar. No final do século XVIII, Campos dos Goytacazes possuía cerca de 324 engenhos, enquanto
os engenhos de todo estado de São Paulo somavam 400, Pernambuco possuía 296 e Bahia 260,
caracterizando-se então, o início do que chamaremos de “Ciclo dominante da cana” na região
(RODRIGUES, 1988).
Segundo SILVA & CARVALHO (2004), Campos dos Goytacazes se destacou como centro
econômico da região em função de sua expressiva produção açucareira, da concentração dos fluxos
comerciais da região e de sua vasta extensão territorial. A transferência da Corte Real para o Brasil
(1808), com o súbito crescimento da população do Rio de Janeiro (SCHULTZ, 2007), também teve
acentuado impacto na atividade canavieira, até então quase artesanal. Ocorreu uma transformação
produtiva na região, passando a requerer um aumento significativo da produção dos engenhos, que
resultaria na sua mecanização e em uma nova divisão do trabalho. Apenas os engenhos com grande
quantidade de capital sobreviveram. Esse dinamismo da economia regional elevou seus centros
1
Miguel Ayres Maldonado, Gonçalo Correia de Sá, Antonio Pinto, João de Castilho, Manoel Corrêa, Duarte Corrêa e Miguel Riscado.
(SILVA e CARVALHO, 2004)
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urbanos à categoria de cidades. Campos dos Goytacazes recebeu este reconhecimento em 1835;
Macaé, em 1846 e São João da Barra, em 1850 (RODRIGUES, 1988).
Em 1888 ocorre a abolição da escravatura2, porém nessa época os engenhos já haviam
incorporado todas as inovações tecnológicas do setor ocorridas no mundo, e com a abolição, passou a
contar com os recursos financeiros necessários ao pagamento de mão de obra. Uma nova fase na
indústria açucareira brasileira surgiu com o aparecimento dos “Engenhos Centrais”, precursores das
atuais Usinas de Açúcar. Assim, inaugura-se em 12 de setembro de 1877, na então província do Rio
de Janeiro, o primeiro Engenho Central do Brasil, denominado Engenho Central de Quissamã. Nesse
novo tipo de empreendimento havia parceria entre indústria processadora e fornecimento de matéria
prima pelo agricultor. Havia amplas e modernas aparelhagens de tecnologia aperfeiçoadas para
melhor rendimento (AZEVEDO, 2002).
Como devido a uma série de fatores o açúcar brasileiro não conseguia participar do
mercado internacional, o governo brasileiro, a exemplo de outros países, adotou uma política de
proteção da agroindústria canavieira. Assim, motivado pela grande crise mundial de 1929, o governo
de Getúlio Vargas cria em 1933 o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)3, com o objetivo de
estabelecer regras de economia dirigida ao setor sucroalcooleiro. Essa fase se desenvolveu até março
de 1990, quando o governo do então presidente Fernando Collor de Melo resolveu extinguir o IAA,
transferindo algumas de suas atribuições a Secretaria e Desenvolvimento Regional (SDR), onde o
Estado permanece controlando apenas as diretrizes básicas do setor (AZEVEDO, 2002).
Com a grande queda do preço do açúcar no final de 1975 os produtores brasileiros foram
pegos de surpresa, que os expôs ao problema de uma capacidade de produção superdimensionada,
uma vez que o setor sucroalcooleiro planejou e executou ampliações visando comercializar grande
parte da produção de açúcar no mercado externo. Apesar desses problemas circunstanciais, um novo
fato exógeno beneficia novamente os produtores: ocorre a primeira grande alta dos preços do
petróleo, que serviu de justificativa para uma nova ajuda estatal tanto para as empresas que já
operavam no mercado como para as que adentraram no complexo naquele período (final dos anos 70,
início dos 80). Numa primeira fase, o financiamento do Proálcool4, permitiu a montagem e ampliação
das destilarias anexas às usinas, para a produção exclusivamente de álcool anidro e numa segunda
fase, a montagem de destilarias autônomas para a produção de álcool hidratado5. O Proálcool ganhou
apoio quase unânime com o segundo choque do petróleo em 1979, tendo sido montado um grande
número de destilarias em regiões que não tinham nenhuma tradição e qualificação. Com essas
2
Campos dos Goytacazes foi a última cidade brasileira a abolir a escravatura (MORETO, 2011)
3
Decreto n. 22.789, de 01 de junho de 1933
4
Excluíam a montagem de destilarias com o uso de máquinas e equipamentos importados para incentivar a produção interna de
máquinas e equipamentos
5
O álcool anidro é adicionado à gasolina e o hidratado é usado para mover motores do ciclo Otto
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medidas o Estado reforçou a característica estrutural, anteriormente apontada, ou seja, a de
concentração econômica, já que as destilarias eram praticamente autossuficientes no abastecimento
de cana (AZEVEDO, 2002).
Em menos de cinco anos, novos produtores e os tradicionais expandiram e constituíram
unidades com recurso público quase a fundo perdido, levando-se em conta que o processo
inflacionário brasileiro acelerou-se a partir do início dos anos oitenta.
O crescente endividamento das usinas, que optaram pelas grandes reformas a partir dos
anos 1971/72, devido à macro desvalorização do cruzeiro em relação ao dólar, sobre empréstimos
feitos por essas usinas para aquela reforma, pelos resultados operacionais em função do descompasso
entre a capacidade de moagem das usinas superdimensionadas e oferta de cana disponível, pela
queda dos preços do açúcar, pelo precário sistema administrativo a nível gerencial das usinas e suas
organizações e pela falta de apoio a etapa estratégica de reestruturação do setor na época, pela
imediata e ampla aplicação do processo de irrigação nas lavouras de cana. Esses fatos podem ser
apontados como as principais causas para explicar a situação financeira da maioria das usinas que no
final da década de 80 não mais se sustentava (AZEVEDO, 2002).
Alguns planos econômicos trouxeram algum alento para as usinas, mas era só iniciar o
processo de deterioração dos mesmos, para que se iniciasse o processo de fechamento das mais
deficitárias. Em 1987, a situação se torna insustentável. Ocorre o fechamento da COOPERFLU e as
usinas começam a ser executadas na justiça por conta de suas dívidas (LEWIN, 2005; TRF, 2015). O
PROALCOOL perdia o sentido numa conjuntura de preços baixos do petróleo e de inflação
fortemente ascendente, e, também, com as descobertas de petróleo no Leste Fluminense.
Chegam os anos 90, com 13 usinas funcionando em toda a região (Figura 2). Com o governo
de Fernando Collor ocorre a extinção do IAA, que já não tinha mais aporte financeiro e sem meios
outros de sustentação (Leis n.º 8.028 e 8.029/90: extingue o IAA com a reforma administrativa), e com
ele o Planalsucar e as pesquisas de novas variedades na região (PEIXOTO, 2005).
A desregulamentação do setor após a década de 90 introduziu um novo regime da relação
com o Estado, caracterizado por grau de intervenção deste no setor, bastante reduzido, ou mesmo
inexistente. O controle da produção e dos preços passou a depender do livre mercado, relegando as
empresas a controlar sua capacidade de sobrevivência e expansão. A competitividade entre as
empresas tornou-se bastante acirrada, passando a ocorrer basicamente sob a forma de concentração e
centralização de capitais em busca de novas estratégias de competição no setor (PEIXOTO, 2005).
Verifica-se pela Figura 2 que o encerramento das atividades das unidades industriais sucroalcooleiras
é mais acirrado a partir da década de 90, culminando com 4 unidades operando em 2015.
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Figura 2 – Relação das indústrias sucroalcooleiras em atividade na Zona Homogênea Leste Fluminense de 1970 a 2015
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Este ciclo, ainda aberto, contribuiu e ainda contribui para a observação de uma estrutura
socioeconômica e de ocupação do espaço desequilibradas na região. A partir da década de 1970, a
indústria do petróleo passou a influenciar a economia de alguns municípios da região, especialmente
em Campos dos Goytacazes e Macaé. Com ela, iniciou-se um novo processo de criação de
oportunidades e demandas na região, envolvendo uma significativa injeção de royalties para os
municípios, fomentando a atração e a consolidação de instituições de ensino técnico e superior.
Obviamente, a indústria do petróleo também trouxe impactos estruturais e funcionais, sociais e
econômicos, muitos ainda por serem assimilados, e cujos produtos, ainda estão por serem
planificados e avaliados (CARVALHO & TOTTI, 2006).
Fruto do crescimento e desenvolvimento promovido pela indústria petrolífera na região
Leste Fluminense tem-se que, a partir do fim da década de 80, esta passa por um processo de
reordenamento territorial, que resulta na criação de três novos municípios: Quissamã6 e Carapebus7
(emancipados de Macaé) e São Francisco do Itabapoana8 (emancipado de São João da Barra).
Ao longo das últimas três décadas as receitas dos sete municípios pertencentes ao Leste
Fluminense tem se baseado na arrecadação dos royalties e no crescimento de empresas do setor off-
shore (SEBRAE, 2015a). Contudo, as perspectivas de crescimento dos municípios que possuem suas
receitas fundamentalmente apoiadas na arrecadação dos royalties são muito incertas se não forem
pensadas maneiras estratégicas de investimento de tais recursos. Isto ocorre porque, sendo muito
frágil a base de sustentação dos municípios que dependem de recursos dessa natureza, se as normas
de distribuição dos mesmos forem mudadas, estando ainda dependentes da arrecadação dos royalties,
terão dificuldades de se adaptar ao decréscimo de seus orçamentos. Prova disso é a redução nas
receitas destes municípios este ano, basicamente em função dos relatórios desfavoráveis da
Petrobrás, aliado à crise econômica que atinge atualmente o país (COSTA, 2015; G1, 2015b;
GROSSI, 2015; MARQUES, 2015; ROSSI, 2015).
Segundo LÉRY (1961), no século XVI os goitacás9, no processo de colonização, por não
aceitarem ser escravizados e “não se renderem perante a crueldade do branco”, foram dizimados por
meio de lutas desiguais. Seu massacre ocorreu a partir do processo de colonização do norte do Rio de
Janeiro, o qual teve início em 26 de março de 1539, quando o fidalgo português Pero de Góes
recebeu a Capitania de São Tomé que compreendia, além do Leste Fluminense, parte do Espírito
6
Lei Estadual nº 1419 de 4 de janeiro de 1989
7
Lei Estadual n° 2.417, de 19 de julho de 1995
8
Lei Estadual n° 2.379, de 18 de janeiro de 1995
9
Grupo indígena que habitou a região costeira brasileira entre o Rio São Mateus, no atual estado do Espírito Santo e o Rio Paraíba do
Sul, no atual estado do Rio de Janeiro
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Santo (HERVÉ, 1988). Por volta de 1630, mais precisamente 1633, após a divisão da região em
sesmarias, os portugueses ocuparam as áreas e começaram a explorá-las, enquanto os indígenas
sobreviventes foram aldeados pelos jesuítas (PEIXOTO, 2006).
Uma vez que não se podia contar com a mão de obra indígena para lavrar as áreas, os
portugueses lançaram mão do trabalho escravo de negros trazidos principalmente de Angola. Usando
trabalhadores escravos e dedicados ao cultivo da cana-de-açúcar e, a construção de centenas de
pequenos e médios engenhos, fez com que Campos dos Goytacazes se consolidasse como a principal
área agroexportadora da capitania. Essa posição de destaque assumida no cenário da atividade
açucareira pode ser percebida tanto pelo crescimento vertiginoso da quantidade de engenhos
edificados na região quanto pelo volume de açúcar branco exportado via cidade do Rio de Janeiro e
pela presença maciça de escravos. É, portanto, à luz dessa vigorosa expansão das atividades
açucareiras que devemos compreender a dinâmica do quadro demográfico apresentado em Campos
dos Goytacazes e em suas cercanias no período (SOARES, 2010).
10
Lei n. 581, de 04 de setembro de 1850
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Consequentemente perde também sua competitividade para o estado de São Paulo. A partir de 1890
há uma reversão cíclica do crescimento e um período de empobrecimento generalizado, com um
importante impacto territorial, considerando que esta população negra desocupada e expropriada do
direito à terra, pela Lei de Terras, vai realizar as primeiras sub-ocupações nas áreas periféricas
principalmente da cidade de Campos de Goytacazes (CRESPO, 2012).
Sem dúvida, a crise do açúcar desestruturou o mundo rural provocando migrações para a
cidade e com este fluxo se fragmenta também as expressões culturais negras que tinham como
âmbito o açúcar, o mundo rural e a família.
A crise da produção açucareira começa em 1930 e se aprofunda nas décadas subsequentes.
Em 1940, São Paulo supera a produção de açúcar do Rio de Janeiro, que perderia gradualmente sua
posição também para outras regiões (LIFSCHITZ, 2008). Em 1970 existiam aproximadamente no
Leste Fluminense 20 usinas e atualmente quatro estão em funcionamento (Figura 2).
A atividade canavieira em muito contribuiu para atenuar o êxodo rural na região, num
momento em que esse movimento era visto de maneira mais acelerada no Estado como um todo.
Podemos supor que uma das consequências desse fato foi a relativa lentidão na dinâmica
demográfica dessa mesorregião, citando como exemplos, além da tardia concentração da população
nas áreas urbanas, a diminuição da base e o alargamento do meio e do topo da pirâmide. No entanto,
a descoberta de petróleo, num momento de estagnação da atividade sucroalcooleira tem papel que
podemos supor ser de catalisador no processo de êxodo rural, quando oportunidades de trabalho no
meio rural são fechadas e novas oportunidades na área urbana são criadas (SILVA, 2006a).
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Tabela 3 – Dados populacionais na região Leste Fluminense entre 1872 e 1920.
Ano
Municípios 1872 1900 1920
Livres Escravos Total Total Total
Campos dos Goytacazes 56.212 32.620 88.832 90.706 175.850
Macaé 15.830 9.319 25.149 42.015 60.280
São João da Barra 11.552 5.280 16.832 16.369 34.030
Total da Região 83.594 47.219 130.813 149.090 270.160
Fonte: IBGE: Evolução da Divisão Territorial do Brasil - 1872-2010.
Obs.: Até 1920, dos municípios pertencentes ao Leste Fluminense, apenas Campos dos Goytacazes, Macaé e São João da Barra eram
emancipados.
Verifica-se que para os municípios de Campos dos Goytacazes, Macaé e São João da Barra,
a razão entre a população de escravos e a população total era cerca de 30%, fato que demonstra o uso
dessa importante mão de obra na lavoura canavieira da região. Considerando o período de 48 anos
(1872 a 1920) houve crescimento populacional de cerca de 100%, basicamente em função da lavoura
canavieira e do início do processo industrial na região, caracterizado pela introdução de novas
técnicas no fabrico do açúcar, além da entrada vultosa de capitais para o aprimoramento dos
primitivos engenhos que se transformavam em engenhos centrais e em usinas (PARANHOS, 2000).
Estes fatores culminaram na formação de centros urbanos, principalmente desses três municípios.
Quando se analisa os dados populacionais discriminados em área rural e urbana, pode-se
verificar a influência do processo de industrialização na região, principalmente a partir da década de
70, em função do declínio da cultura da cana-de-açúcar e da exploração da bacia petrolífera. Os
dados da Tabela 4 mostram que em 1940, a população rural representava 72,6% do total regional,
enquanto que, em 2010, essa participação decaiu vertiginosamente para 11,1%. Em oposição, a
população urbana passou de 27,4% e para 88,9%, no mesmo período.
Consoante o que ocorreu com as demais regiões fluminenses, em maior ou menor grau, os
dados acima indicam um processo de desterritorialização da população rural para a região Leste ao
longo de sete décadas (com percentual de decréscimo médio anual de 1,33%), associado a uma
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urbanização significativa (com incremento anual de 2,99% no período) e crescimento populacional
médio próximo a 1,30% ao ano, calculados com base na taxa geométrica anual de crescimento11.
Comparativamente, a taxa anual de crescimento da população urbana do estado do Rio de Janeiro,
para o mesmo período, foi de 4,47% ao passo que a taxa anual de redução da população rural no
estado foi de 1,10% e a taxa de incremento médio anual da população total de 3,08%, portanto, três
vezes maior que a taxa da região Leste Fluminense.
Em 1940, em números absolutos, a população do Leste Fluminense era de 318.839
habitantes enquanto que a estimativa para 2015 chegou a 854.343 habitantes (Tabela 5), um
crescimento da ordem de 167,95% em 74 anos. A Região Leste Fluminense abriga o corresponde a
aproximadamente 5% do total da população do estado do Rio de Janeiro (IBGE, 2015).
Um último aspecto a ser considerado dentro de uma visão geral da região refere-se à qualidade
de vida da população. Para tanto se considera um indicador que busca medir a qualidade de vida da
população em escala municipal: o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que
contempla variáveis relacionadas à renda (IDH-R), educação (IDH-E) e longevidade (IDH-L). Este é
expresso através de um valor que varia entre 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, maior o
desenvolvimento humano de um município. O IDHM populariza o conceito de desenvolvimento
centrado nas pessoas, e não a visão de que desenvolvimento se limita a crescimento econômico. Este
11
Taxa geométrica anual de crescimento – Método de cálculo utilizado pelo IBGE para analisar variações geográficas e temporais
do crescimento populacional, realizar estimativas e projeções populacionais, para períodos curtos e Subsidiar processos de
planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas específicas (dimensionamento da rede física, previsão de recursos, atualização
de metas). Calcula-se pela raiz enésima (onde n é o número de anos do período), subtraída de 1, do quociente entre a população final e
a população no começo do período considerado, multiplicando-se o resultado por 100.
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índice é divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Na Tabela 6
é apresentado o IDH, referente ao ano de 2010, para os municípios da Região Leste Fluminense.
Em 2012, o PNUD Brasil, o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) e a
Fundação João Pinheiro adaptaram a metodologia do IDH global para calcular o IDH Municipal
(IDHM) dos 5.565 municípios brasileiros a partir de dados do Censo Demográfico de 2010.
O IDHM médio da região Leste Fluminense é de 0,703, ou seja, considerado de padrão alto
de desenvolvimento humano, sendo o quarto maior IDHM entre as zonas homogêneas do Estado.
Grande parte do crescimento do IDHM na região se deve às atividades petrolíferas que se concentram a
alguns anos na Região. Essas atividades têm possibilitado maiores investimentos em infraestrutura nos
municípios contemplados e, da mesma forma, os recursos têm sido utilizados para fornecer, aos
governos locais, subsídio para suprir a demanda excessiva por serviços públicos (PACHECO, 2005).
Contudo, o padrão de desenvolvimento regional adotado, pelo seu poder de concentração e
polarização, tende a produzir, localmente, um excedente relativo de população e de força de trabalho,
formado por migrantes e residentes antigos não incorporados ao mercado de trabalho e à cidade, bem
como um rápido e acentuado adensamento urbano sem a contrapartida da infraestrutura e dos
serviços na proporção demandada, o que resulta na desordem urbana, na expansão da favelização, da
pobreza e da miséria; do sub e do desemprego; da exclusão social; e, no limite, da violência e do
crime organizado (CRUZ, 2011).
Tal fenômeno reforçaria a segregação e fragmentação territoriais, agravando as periferias já
existentes e produzindo novas, no entorno dos municípios e microrregiões contempladas (CRUZ,
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2012), como é o caso do município de Macaé, que concentra as instalações físicas do complexo
regional de exploração e produção de petróleo e gás, da Bacia de Campos, no Leste Fluminense.
Segundo DA SILVA (2003), para a adoção de políticas públicas é condição sine qua non o
planejamento das ações governamentais, levando em consideração o espaço geográfico onde será
implementado determinado programa, assim como as populações-alvo e uma projeção do quanto
uma ação pode ser transformadora no ambiente onde a mesma for utilizada.
No que tange ao espaço geográfico, verifica-se que a Zona Homogênea Leste Fluminense
(ZHLF) é uma das regiões do Estado que apresenta o quarto maior índice de urbanização da
população, sendo que 88,9% de seus habitantes residem nas cidades. Esta região apresenta a quinta
maior proporção de habitantes na zona rural, ou seja, 89.128 habitantes (11,1% da população total da
região), além de ocupar o posto de região com a terceira maior proporção de habitantes na zona rural
em relação à população rural do Estado, aproximadamente 17%, juntamente com a Zona Homogênea
Vale do Paraíba (Tabela 7).
Esses dados pura e simplesmente não refletem a situação em que essas populações vivem, ou
seja, poder aquisitivo, qualidade de vida, acesso à educação, à saúde, ao transporte entre outros.
Com relação aos índices de população em situação de extrema pobreza nas áreas rurais, o Leste
Fluminense apresentou o maior índice do estado do Rio de Janeiro em 2010 (23,1% do total estadual). Da
mesma forma, em relação à população rural na região, o índice de pobreza é o maior do Estado, alcançando
9,35%, ou seja, dos 89.128 habitantes rurais, 8.331 pessoas foram consideradas em situação de extrema
pobreza nas áreas rurais da Zona Homogênea Leste Fluminense (Tabela 8).
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Tabela 8 – População em situação de extrema pobreza no estado do Rio de Janeiro em 2010,
por zonas homogêneas.
Zonas Homogêneas de Números Absolutos Participação Estadual (%) Índice de Extrema Pobreza (*)
Análise Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural
Estado do RJ 586.585 550.596 35.989 100,0 100,0 100,0 3,67 3,56 6,85
Vale do Paraíba 38.737 33.245 5.492 6,6 6,0 15,3 2,88 2,65 6,14
Serrana 26.322 19.345 6.977 4,5 3,5 19,4 3,16 2,72 5,73
Nordeste 13.691 8.590 5.101 2,3 1,6 14,2 3,72 2,86 7,63
Metropolitana 432.698 426.982 5.716 73,8 77,5 15,9 3,62 3,60 7,16
Lagos 30.575 26.203 4.372 5,2 4,8 12,1 4,36 4,21 5,56
Leste Fluminense 44.562 36.231 8.331 7,6 6,6 23,1 5,57 5,10 9,35
Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2010. (*) População em extrema pobreza / População Total.
De forma geral, o Leste Fluminense registra municípios com índices reduzidos de pobreza
da população rural, a exceção de São Francisco de Itabapoana (com 15,53% da população rural do
município) (Tabela 9), ou seja, com renda familiar abaixo de R$ 70 por pessoa. Nessa tabela verifica-
se que há um conjunto de municípios com situações de pobreza rural mediana em relação ao Estado,
como Campos dos Goytacazes (8,41%), Carapebus (7,17%), Conceição de Macabu (7,65%),
Quissamã (5,60%) e São João da Barra (6,42%). O município com situação de pobreza considerada
baixa na área rural é Macaé (2,94%).
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0,35% das famílias acolhidas com esse programa no país. Destas, 30.424 famílias residem em
Campos dos Goytacazes e 6.859 em Macaé, somando 76,41% do total da região. São Francisco do
Itabapoana apresenta 9,30% do somatório regional e, em ordem decrescente, segue-se São João da
Barra (6,38%), Quissamã (3,27%), Conceição de Macabu (2,96%) e Carapebus (1,68%) (CAIXA, 2015).
Há no estado do Rio de Janeiro, ainda, o Programa Renda Melhor, elaborado pela Secretaria
de Assistência Social e Direitos Humanos, o qual é parte integrante do Plano de Erradicação da
Pobreza Extrema no Rio de Janeiro e tem como objetivo assistir com benefício financeiro as famílias
que são integrantes pelo Programa Bolsa Família. Os benefícios podem variar de R$ 30 a R$ 300, de
acordo com a condição de vida de cada família (SEASDH, 2015). Complementariamente a este
programa existe o Programa Renda Melhor Jovem, no qual todo jovem, cuja família receba os
benefícios do Renda Melhor e esteja matriculado na rede estadual de Ensino Médio Regular, fará jus
ao valor de R$ 3.800,00 em depósitos em poupança ao final de três anos, caso conclua com êxito
todos os anos do ensino médio (SEASDH/SEEDUC, 2015).
Visando minimizar a desigualdade social nas áreas rurais, a Secretaria de Agricultura e
Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (SEAPEC), órgão do Governo Estadual, mantém alguns
programas voltados às atividades agrícolas no Leste Fluminense (RIO RURAL, 2015), a saber:
1) Programas Estruturantes:
a) Rio Genética – visa promover o melhoramento genético dos rebanhos pecuários,
aumento da produção e produtividade, geração de trabalho e renda e melhoria da qualidade de vida
da população rural;
b) Estradas de Produção – recuperação e manutenção de estradas vicinais de regiões
produtoras, facilitando o escoamento da produção e trânsito da população rural;
c) Sanidade Rio – promove, mantém e recupera a saúde de animais e de vegetais
produzidos no Estado do Rio de Janeiro ou que transitam em território fluminense. O objetivo é
garantir a qualidade da produção e segurança alimentar da população;
d) Crédito Fundiário – financia a aquisição de áreas para atividades agrícolas aos
trabalhadores rurais, arrendatários, parceiros e meeiros que não dispõem de recursos para tal.
2) Programas Setoriais:
a) Frutificar – visa à correção das desigualdades regionais, o aumento da produção e
produtividade do cultivo de frutas no estado do Rio de Janeiro, permitindo o acesso a novas tecnologias
através de uma linha de crédito específica para financiamento de projetos de fruticultura irrigada;
b) Prosperar – tem por objetivo aumentar a oferta de emprego e renda na área rural por
meio da abertura de linha de financiamento a projetos que incrementem a produtividade no setor,
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legalização e adequação de empresas às normas vigentes. Busca a competitividade da produção
agropecuária através da inserção de novos processos tecnológicos, como a agroindústria, e a
adequação das unidades produtivas à legislação sanitária e fiscal aplicável;
c) Cultivar Orgânico – visa aumentar a produção orgânica estadual através do apoio aos
produtores rurais que já trabalham nesta atividade e do estímulo à conversão de práticas agrícolas
convencionais para a agricultura orgânica, por meio da concessão de crédito através da linha Moeda
Verde - Cultivar Orgânico e da capacitação de produtores e técnicos;
d) Rio Leite – visa ao aumento da produção e da qualidade do leite através do estímulo aos
produtores e contribuição para a ampliação do mercado. Ações de assistência técnica, introdução de
tecnologias e manejos adequados, incentivos tributários e estruturação da cadeia de comercialização
contribuem para o desenvolvimento do setor;
e) Rio Carne – busca estruturar a cadeia produtiva da carne no estado do Rio de Janeiro
para atrair empresários de alto nível tecnológico, preservando e capacitando os produtores já
estabelecidos. O objetivo é elevar a competitividade e atratividade fiscal para os empreendimentos e
garantir a qualidade da oferta ao consumidor;
Além dessas políticas por parte do Governo estadual, há ainda os Programas do Governo
Federal, como:
a) PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) – destina-se a
estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra familiar, por meio do financiamento de
atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários desenvolvidos em estabelecimento
rural ou em áreas comunitárias próximas.
b) Comitê Gestor de Bacias Hidrográficas – é um órgão colegiado da gestão de recursos
hídricos, com atribuições de caráter normativo, consultivo e deliberativo e integra o Sistema Estadual
de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Cabe destacar ainda que os municípios da Zona Homogênea Leste Fluminense são
integrantes também do Território da Cidadania Norte Fluminense, o qual é um programa do governo
federal, lançado em 2008, que visa promover o desenvolvimento econômico e universalizar
programas básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial
sustentável (TERRITORIOS DA CIDADANIA, 2015).
Contudo, segundo KRONEMBERGER (2012), os arranjos produtivos locais do petróleo
contribuem para segregar os municípios do Leste Fluminense, o que impacta no processo de
formação do Território da Cidadania nesta região e pode fragilizar a gestão social, devido à limitação
da diversidade de atores no processo decisório e a dificuldade na construção de consensos
necessários à dinâmica participativa.
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2.2.6. Conflitos agrários
Quanto à reforma agrária, o Leste Fluminense comporta a maioria dos projetos de
assentamento no estado do Rio de Janeiro. Do total de 71 assentamentos no Estado, em suas várias
modalidades incluindo-se os consolidados, o INCRA criou e/ou reconheceu 20 (28,17%)
assentamentos rurais na região: dez em Campos dos Goytacazes (com capacidade total de 1.180
famílias), três em Carapebus (com capacidade para 316 famílias), três em Conceição de Macabu
(capacidade de 289 famílias), quatro em Macaé (capacidade de 845 famílias) e um em São Francisco de
Itabapoana (203 famílias). Dessa forma, a região comporta 25,76% das famílias assentadas no estado.
A região Leste Fluminense abrange a maior quantidade de acampamentos do estado. Em todo
o estado do Rio de Janeiro existiam cadastrados, até junho de 2015, 21 acampamentos. Destes, 13
acampamentos se localizam em três municípios que compõem a região Leste (61,90%), onde ficam 565
famílias acampadas (cerca de 70% do total de famílias). Campos dos Goytacazes reponde pela maior
concentração de acampamentos (9 locais, abrangendo 446 famílias), seguido de São Francisco de
Itabapoana com 3 acampamentos e 45 famílias, e, por último, o município de Conceição de Macabu
com três acampamentos e 74 famílias acampadas.
2.3.1. Clima
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média das máximas em torno de 27ºC, além da normal de precipitação pluviométrica anual de 1.055
mm (RAMOS et al., 2009). Os índices pluviométricos médios sofrem uma desigualdade não só ao
longo dos meses do ano, como também em termos geográficos, pois há um aumento do gradiente de
chuvas em direção à vertente atlântica da Serra do Mar, ficando a planície litorânea mais seca devido à
ausência de barreiras orográficas que retenham os ventos úmidos vindos do Atlântico (Figuras 3 e 4).
Na Figura 3 é apresentada a classificação climática proposta por THORNTHWAITE
(1948), onde se tem a prepoderância das tipologias Mesotérmico Brando (temperaturas médias de 10-
15o C), Quente (temperaturas > 18o C), Subquente (15-18o C) e Zona Costeira.
Com relação à precipitação média anual, COSTA (2010) verificou que a região
compreendida pelo Leste Fluminense apresentou os menores índices do Estado, inferiores a 1.300
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mm/ano e, em algumas áreas da região, esses valores foram próximos a 1.000 mm (característica de
semi-árido) (Figura 4).
Figura 4 - Variação espacial da precipitação pluvial anual (mm) no estado do Rio de Janeiro.
Leste Fluminense
O regime de chuvas é bem desigual ao longo do ano, com maior intensidade pluviométrica
entre os meses de outubro e março, tendo volumes médios acima de 110 mm entre dezembro e janeiro.
Entretanto, a partir de abril o volume das chuvas diminui até final de agosto, voltando a se elevar a partir
de setembro (Tabela 10).
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Os maiores acumulados mensais ocorrem em dezembro e janeiro, enquanto os menores são
observados entre junho e agosto. Os padrões espaciais são influenciados significativamente pelas
chuvas orográficas, associadas com chuvas convectivas (CORREIA et al., 2011). Não obstante a
região ser caracterizada por baixos índices pluviométricos, e sofrendo recentemente com sérias secas,
não têm sido raros os problemas com grandes inundações periódicas que se lhe acometem,
notadamente a partir da década de 2000, devido à associação com o fenômeno do tipo El Niño-
Oscilação Sul (conhecido pela sigla ENOS) que ocorre no Oceano Pacífico e tem influência direta
em várias partes do Globo, inclusive no sudeste da América do Sul.
2.3.2.1. Solos
Baseando-se nos levantamentos de solos do estado do Rio de Janeiro, elaborado pela
EMBRAPA-CNPS em 2003, na escala de 1:250.000 e nível de intensidade exploratório de alta
densidade, tem-se que na região Leste Fluminense há predominância dos ARGISSOLOS VERMELHO-
AMARELOS Distróficos, que ocupam cerca de 13% da região, seguidos dos LATOSSOLOS
VERMELHO-AMARELOS Distróficos, os quais ocupam 12% e ESPOSSOLOS CARBICO
Hidromórfico, com 11%; sendo estas as únicas classes com valores na casa de dois dígitos (Figura 5).
Estes últimos solos comumente arenosos e muito mal drenados, associados ao acúmulo de ferro e ácidos
orgânicos nos horizontes inferiores, mais comuns à medida que se aproxima do litoral.
Se observa no Leste Fluminense a presença significativa de solos hidromórficos, que
somados ocupam cerca de 11,6% da região. Os solos enquadrados nessas características,
naturalmente apresentam restrições ao uso agrícola devido à deficiência de drenagem e/ou a
presença de sais, devendo manter-se preservados, principalmente junto às lagunas e os banhados
(DANTAS et al., 2005). Esses terrenos inundáveis estão separados da costa por um cordão
arenoso, estendendo-se em direção à localidade de Farol de São Tomé. Apresentam solos com
altos teores sais e enxofre (Gleissolos Salinos e/ou Tiomórficos).
Em geral, os solos da região são muito intemperizados, bem drenados, com baixos teores de
matéria orgânica, profundos, bastante degradados dado que ao longo do tempo foram intensamente
explorados com o cultivo mecanizado da cana-de-açúcar, e pobres em nutrientes. Todavia, mediante
correção do solo e outras práticas correlatas, são recomendadas à atividade agropecuária muita áreas
da baixada campista, principalmente aquelas situadas entre as colinas suaves da região e as áreas de
tabuleiros encaixados em vales em formato de “U”.
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Figura 5 - Mapa temático com as classes de solos do Leste Fluminense.
2.3.2.2. Relevo
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Mata Atlântica encimada em áreas de baixos morrotes e baixadas litorâneas, associada ao clima mais
seco e de baixa pluviosidade média anual. Os domínios de planícies costeiras flúvio-marinhas e de
planícies fluviais perfazem cerca de 50% da área total da região (Figura 6).
Fonte: EMBRAPA/SOLOS
2.3.2.3. Hidrologia
A região Leste Fluminense é marcada pela presença do trecho final do rio Paraíba do Sul,
que desemboca no Oceano Atlântico, tendo como principal afluente, na região, o rio Muriaé. Tanto
um quanto o outro rio tem sua origem em outras regiões ou unidades da federação. O rio Paraíba do
Sul, principal rio da região, constitui-se no rio com maior extensão do Estado, atravessando 26
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municípios, nasce na Serra da Bocaina (SP) a 1.800m de altitude, e deságua no Leste Fluminense, no
município de São João da Barra (INEA, 2013).
Mais ao norte da região Leste Fluminense tem-se o rio Itabapoana, que faz limite entre os
estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, perfazendo todo o norte do município de São Francisco
de Itabapoana, sendo também nascente em regiões distintas. Tanto o rio Paraíba do Sul quanto o
Itabapoana são rios de domínio federal.
Relevantes também são os rios Ururaí e seu afluente rio Preto, bem como os rios Prata e
Macabu. Além dos rios mencionados, a região ainda é entrecortada por diversos canais artificiais,
construídos à época dos extensos projetos de drenagem nos meados do século passado (os quais
inclusive secaram parcela significativa das lagoas naturais da região), e lagoas, sendo as mais
importantes a “Feia” e “de Cima”.
A região Leste Fluminense possui três grandes bacias hidrográficas a do Baixo Paraíba do
Sul, a do Itabapoana e a denominada Macaé e das Ostras (Figura 7). A primeira é a maior bacia do
estado do Rio de Janeiro, contemplando uma área de 57.000 km², o que corresponde apenas a pouco
menos de 0,7% da área do país e 6% da superfície da região Sudeste do Brasil. Da área total, 22.600
km² pertencem ao estado do Rio de Janeiro (39,6 %), 20.900 km² ao estado de Minas Gerais (36,7%)
e 13.500 km² ao estado de São Paulo (23,7%). Já a bacia do rio Itabapoana possui uma área de
drenagem de 3.800 km² (SEMADS, 2001).
Além dessas três grandes bacias, o Leste Fluminense possui outras que, apesar de menores
em termos de extensão territorial, têm grande importância para o regime hídrico da região.
Ao longo do tempo, devido às obras de saneamento e também por problemas de gestão
inadequada das bacias hidrográficas da região, as lagoas do Leste Fluminense foram secando e,
muitas estão a ponto de desaparecer, a exemplo do que se encontra registrado para o maior corpo
d’água da região a Lagoa Feia. Em 1902 essa lagoa apresentava uma área de espelho d’água de
aproximadamente 370 km². Já em 1929 tinha 335 km², e em 1993 apresentava apenas cerca de 170
km² (menos de 50% de sua original).
No tocante ao potencial energético, do total de 138.829.713,37 KW de capacidade de
geração de energia elétrica instalada no país, distribuídos irregularmente em cerca de 4.300
empreendimentos geradores, o estado do Rio de Janeiro participa com 6,43%. Do total de energia
elétrica gerada, as usinas hidrelétricas (UHE) respondem com cerca de 60% da potência instalada no
país, com 198 usinas, ao passo que as usinas termelétricas (UTE - a base de biomassa e combustíveis
fósseis) somam 2.821 empreendimentos os quais são responsáveis por 28,6% da produção de energia
no país (ANEEL, 2015). Dada a geomorfologia do Leste Fluminense não ser adequada à exploração
de fontes hidrológicas para geração de energia elétrica, salvo para alguns poucos empreendimentos
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ao nível de pequenas centrais hidrelétricas (PCH), planejados para ainda serem instalados nas
imediações, predomina na região a existência de cinco usinas termelétricas, em sua maioria para
atender a demanda de empresas particulares, e cuja potência instalada corresponde a 2,21% do total
de potência gerada com termelétricas no Brasil (Tabela 11).
A região Leste Fluminense se caracteriza por ser uma das regiões do estado com menores
índices pluviométricos (Figura 4). A atividade canavieira na região foi a principal atividade antrópica
morfodinâmica, particularmente associada a processos de natureza climática como os baixos índices
pluviométricos, elevada velocidade e magnitude dos ventos etc, o que aumenta a intensa taxa
evapotranspirométrica da região. As constantes e macivas aplicações de agroquímicos (fertilizantes e
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agrotóxicos) na cultura da cana, notadamente, ao longo de décadas de cultivos trouxeram impactos
significativos à qualidade das águas (superficiais e subterrâneas) e dos solos da região (SILVA,
2006b; RAMALHO et al., 1999).
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Figura 8 - Mapa temático de Uso e Cobertura do Solo do estado do Rio de Janeiro (2010).
24.200,0609 ha 0,55%
217.613,2350 ha 4,97%
80.394,5243 ha 1,84%
56.503,3760 ha 1,29%
37.943,3054 ha 0,87%
5.343,4479 ha 0,12%
62.690,5812 ha 1,43%
358,5850 ha 0,01%
19.186,3657 ha 0,44%
357,1548 ha 0,01%
2.328.514,0100 ha 53,19%
40.931,6248 ha 0,93%
3.670,2265 ha 0,08%
10.099,8534 ha 0,23%
2.639,4522 ha 0,06%
57.005,8898 ha 1,30%
129.067,6050 ha 2,95%
1.087.981,7900 ha 24,85%
2.444,4590 ha 5,58%
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Figura 9 - Remanescentes florestais por município no estado do Rio de Janeiro (2009).
Alguns fatores como as taxas de crescimento populacional e econômico são tidos como
balizadores no estudo de remanescentes de florestas, às vezes numa relação de inversibilidade entre
eles. Entretanto, com a intensa exploração canavieira na região e, posteriormente, mesmo com seu
relativo declínio ao longo das três últimas décadas, o que, na mesma proporção, cedeu lugar à
exploração pecuária e outras culturas agrícolas (fruticultura e olericultura), não se pode dizer que a
diminuição da população rural da região, com o abandono de áreas rurais, possibilitou que áreas
antes degradadas se regenerassem, com o aumento da vegetação secundária. Grande parte das
migrações da zona rural deu-se por pessoas que, muito embora fossem para as zonas urbanas (na
verdade núcleos urbanos próximos às zonas rurais), continuaram desenvolvendo suas atividades na
área rural. Associa-se a isso o fato de que os solos (drenagem e fertilidade) e relevo da região, além
do cultivo intensivo e não conservacionista da cana de açúcar, não facilitaram a regeneração dos
remanescentes de mata. Como consequência direta, esta região possui os menores percentuais de
remanescentes florestais da Mata Atlântica no Estado.
Não obstante, das 17 unidades da federação que têm representatividade do bioma Mata
Atlântica em seus territórios, o estado do Rio de Janeiro desponta, apresentando-se rumo ao
desmatamento zero, pois de 2013 a 2014 o desflorestamento neste bioma atingiu apenas 12 ha de
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área, sendo o menor do país (SOS Mata Atlântica, 2015). Especificamente, o Leste Fluminense dadas
as poucas áreas desse bioma, segundo a Conservation International do Brasil (MMA, 2002), há na
região a presença de remanescentes florestais nas terras baixas ao norte do município de São
Francisco de Itabapoana considerados de extrema importância biológica para a conservação da flora.
Dessa forma, segundo esse mesmo Instituto, o Leste Fluminense é marcado, em sua quase totalidade
territorial, por uma pressão antrópica alta sobre a Mata Atlântica e que merece atenção.
O quadro atual mostra uma cobertura vegetal bastante alterada pela ação antrópica e pelo
uso e ocupação inadequados do solo. Da conjugação destes fatores resulta a aceleração dos processos
erosivos que incluem as margens dos rios. Em função da atividade canavieira intensiva (a maior do
estado) as terras encontram-se deterioradas por anos de queimadas e compactação do solo. A
agricultura ocupa somente cerca de 22% da área física da região, enquanto as áreas de florestas
ocupam 9,61%, e 2,55% de vegetação secundária em estágio inicial (Figura 10).
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2.3.2.5. Áreas de Lavras
Fonte: MARTIN et al. (1993). Nota: (1) terraço marinho holocênico, (2) sedimentos lagunares, (3) sedimentos fluviais (delta
intralagunar), (4) terraço pleistocênico, (5) sedimentos continentais terciários (Formação Barreiras), (6) embasamento cristalino pré-
cambriano, (7) alinhamentos de cristais praiais holocênicas, (8) alinhamentos de cristas praiais pelistocênicas e (9) paleocanais fluviais.
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Com relação a estes, tem-se na Figura 12 a participação percentual em relação ao total
estadual da extração dos seguintes minerais não metálicos: rocha britada (para fabricação de brita
para construção civil), areia para construção civil e saibro, por Zona Homogênea de Mercado de
Terras do Estado. Nota-se pelo gráfico que o Leste Fluminense ocupa a segunda posição no ranking
de região produtora de saibro e, a terceira posição tanto para brita quanto para areia. A produção de
rocha britada em 2011 no estado foi da ordem de 191.703.403 toneladas.
Figura 12 - Participação percentual de minerais não metálicos por Zona Homogênea estadual,
em 2011.
Brita Areia Saibro
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Nordeste Leste Fluminense Serrana Metropolitana Vale do Paraíba Lagos
Fluminense
Fonte: Adaptado de DRM (2012a).
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foi da ordem de 481 milhões de litros, sendo o seu consumo anual no estado cerca de 600 milhões de
litros (DRM, 2012a). Os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé na Zona Homogênea Leste
Fluminense (ZHLF), possuíam juntos, até o ano de 2006, quatro empresas de envasamenteo de água
mineral, as quais ocupavam cerca de 100 trabalhadores diretamente (aproximadamente 10% do total
empregado no setor hidromineral do estado) e respondiam por 5% da produção do estado (em torno
de 26 milhões de litros de água mineral em 2011).
Ressalte-se no município de São Francisco do Itabapoana a localização de uma Unidade de
Buena da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) onde procede à extração e beneficiamento das areias
que contém os minerais pesados monazita, zirconita, rutilo e ilmenita, notadamente este último,
ambos conhecidos por elementos de terras-raras. Muito embora ainda dotada de importância para a
economia regional, essa exploração encontra-se em franca diminuição ao longo das décadas devido
ao esgotamento das jazidas e por estas se localizarem em áreas de proteção ambiental.
Outro produto extraído da região é o petróleo. Do total produzido nacionalmente, o estado
do Rio de Janeiro participa com 67,4%, ao passo que, em relação à produção de gás natural, a
participação do estado é de 39,7% do total produzido no país (dados de junho 2015). Iniciando a
exploração do petróleo na década de 1970, a Bacia Campista responde por cerca de 90% do total de
petróleo e gás produzido no estado.
Entretanto, muito embora a exploração petrolífera seja marcante na região, em se tratando
de produção efetivamente, somente é considerado produtor o município de Macaé, pois é em seu
território que se dispõe toda a base logística de apoio à extração do petróleo e do gás natural. Fato
esse que, devido à sua elevada velocidade de crescimento e ocupação do território, portanto sem
nenhum planejamento, acarretou sérios problemas de crescimento urbano desordenado, grandes
impactos ambientais e sociais ao município de Macaé, com reflexos na região de entorno. Muitos dos
demais municípios da ZHLF encontram-se na categoria de petro-rentistas, ou seja, municípios que
apenas por estarem próximos à bacia produtora recebem parcelas significativas de royalties.
O recolhimento dos royalties sobre a produção de petróleo e gás natural constitui-se na
segunda maior fonte de receitas do estado do Rio de Janeiro, sendo superada apenas pela arrecadação
gerada pelo ICMS, e 87 dos 92 municípios do estado são beneficiados com o pagamento de parcela
desses royalties, cuja alíquota varia de 5 a 10% do valor da produção em virtude das características
de cada poço de produção. Da parcela referente a essa alíquota, é feita a distribuição, em percentuais
diferenciados (para royalties com alíquotas de até 5%), para os estados confrontantes com poços
(30%), municípios confrontantes com poços (30%), municípios com logística para atendimento à
produção (10%), Comando de Marinha (20%) e fundo especial (10%). Para os royalties com
alíquotas excedentes a 5% os percentuais anteriores diferem um pouco. Pela Figura 13 observa-se
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que os municípios da ZHLF detêm os maiores percentuais de participação na alíquota de arrecadação
dos royalties no estado do Rio de Janeiro.
Em agosto de 2015 a produção de petróleo no estado alcançou 1,68 milhão de barris12 por dia,
ao passo que a de gás natural foi de 41 milhões de metros cúbicos por dia. De janeiro a agosto de
2015 foram pagos aproximadamente ao estado R$ 1,538 bilhão de royalties totais (até 5% e
excedentes a 5%) referentes ao petróleo e gás natural produzido no estado do Rio de Janeiro. Nestes
mesmos dois primeiros quadrimestres de 2015 foram pagos a 87 municípios fluminenses cerca de R$
1,642 bilhão de royalties totais. Do montante total pago aos municípios, foram destinados
aproximadamente aos municípios de Campos dos Goytacazes – R$ 348 milhões, Macaé – R$ 273
milhões, São João da Barra – R$ 76 milhões, Quissamã – R$ 42 milhões, Carapebus – R$ 19
milhões, São Francisco de Itabapoana – R$ 5 milhões e Conceição de Macabu – R$ 4 milhões
(DRM-RJ, 2015; UCAM, 2015).
Na Figura 14 tem-se os pagamentos anuais de roylaties totais, referentes à exploração de
petróleo e gás natural, aos municípios componentes da Zona Homogênea Leste Fluminense durante
os anos de 1999 a setembro de 2015.
12
Barril (bbl) – unidade de medida de volume que equivale a 0,159 m3
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Figura 14 - Evolução dos pagamentos de royalties totais (petróleo e gás natural) aos municípios
da ZHLF no período de 1999 a 2015 (em R$).
R$ 700.000.000,00
R$ 600.000.000,00
R$ 500.000.000,00
R$ 400.000.000,00
R$ 300.000.000,00
R$ 200.000.000,00
R$ 100.000.000,00
R$ 0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Fonte: Adaptado de UCAM (2015). Nota: No ano de 2015 o montante acumulado refere-se até o mês de setembro.
13
Jardins botânicos, jardins zoológicos, hortos florestais, estações florestais experimentais, estações de pesquisa, florestas protetoras,
parques ecológicos, viveiros, herbários, estradas-parque, criadouros de fauna, reservas ecológicas, estâncias hidrominerais e bancos de
germoplasma e corredores ecológicos.
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Em se tratando de áreas remanescentes de quilombolas, há sete áreas certificadas na
Fundação Cultural Palmares, na região Leste Fluminense. Contudo, ainda não há áreas reconhecidas
pelo INCRA. Atualmente, apenas a Comunidade de Machadinha possui processo aberto de
reconhecimento na Autarquia Federal.
14
Esta denominação foi dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho
de 2000), o qual estabelece os objetivos, diretrizes e categoriza as UC.
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Tabela 13 – Unidades de Conservação localizadas na Zona Homogênea Leste Fluminense.
Parcela de
Unidades de conservação situadas no Dependência
Municípios área Categoria de proteção no SNUC
município (2012) administrativa
protegida (ha)
Parque Natural Municipal Dr. Milne Ribeiro 2,04 Municipal Parque Municipal
Macaé APA Municipal do Morro de Santana Não delimitado Municipal Área de Proteção Ambiental
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agroindustrial da cana-de-açúcar, além de ser permeada pela histórica dificuldade de acesso dos
terrenos alagadiços que marcavam a região, sendo, portanto, caminhos hidroviários (notadamente
pelo rio Paraíba do Sul e seus canais), mais apropriados à sua geografia, e por onde eram
transportados lenha, mercadorias, passageiros, produtos e subprodutos da cana até o porto marítimo
em São João da Barra, daí para Macaé (porto marítimo de Imbetiba) e posteriormente para o Rio de
Janeiro (INEPAC, 2004).
Por terra, existiam alguns caminhos “carroçáveis” sendo o principal deles o que saía da Vila
Campos e seguia até São Tomé, indo daí pela estrada litorânea até o porto de Imbetiba em Macaé,
com destino final ao Rio de Janeiro, conforme atesta o mapa histórico montado por recortes de
arquivos antigos da Figura 15.
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ferrovia do país e a segunda da província do Rio de Janeiro), em 1958, sendo uma das principais do
país naquele período, por atender a capital do Império e as áreas produtoras de café da província; e a
Estrada de Ferro Cantagalo (terceira ferrovia a ser construída no Rio de Janeiro e quarta do Brasil),
inaugurada em 1860. Posteriormente, foi construído o prolongamento até Vila Nova (em 1866), e até
Nova Friburgo e Cantagalo, além da ligação com Niterói (Estação de Sant’Anna). A construção desta
estrada representou uma expansão das ferrovias para o interior da província, chegando
posteriormente às regiões Nordeste e Leste Fluminense. Em 1875 foi feita a ligação de Campos a
Macaé por ferrovia. Em 1888 foi fundida a estrada do trecho Rio Bonito à Macaé, e logo após, estava
traçado o trecho da Estrada de Ferro de Niterói à Campos, administrada pela companhia inglesa
Leopoldina Railways Ltd. (RODRIGUEZ, 2004; SILVA, 2011). Com este traçado eliminou-se o
escoamento da produção pelo canal hidroviário Campos-Macaé.
Com a construção, em 1940, da rodovia estadual RJ-106, que ligava o município do Rio de
Janeiro à Campos dos Goytacazes, a ferrovia Niterói-Campos foi perdendo importância até findar por
completo sua hegemonia, com as construções da ponte sobre o Rio Macaé (em 1944), da Rodovia
Federal BR-101 (iniciada em 1973) e da ponte Rio-Niterói (inaugurada em 1974). A partir daí estava
consolidada a conexão rodoviária do centro metropolitano com o Leste Fluminense. Atualmente o mapa
rodoviário do Leste Fluminense compõe-se por trechos ou totalidade das rodovias estaduais RJ106,
RJ158, RJ162, RJ168, RJ178, RJ180, RJ182, RJ190, RJ196, RJ204, RJ208, RJ216, RJ224, RJ228,
RJ230, RJ232, RJ238 e RJ240, além das rodovias federais BR101, BR356 e BR492 (Figura 16).
A Rodovia Governador Mário Covas (BR-101), em seus 4.772 km de extensão, que liga
norte ao sul do país, constitui-se na principal via que atravessa o Leste Fluminense, tanto que a
maioria das vias secundárias e terciárias faz ligação com essa via, tornando-a não só a principal
rodovia da região como também umas das mais importantes do país.
O Leste Fluminense ainda conta com dois importantes portos: Imbetiba (criado em 1979), no
município de Macaé, que é o maior porto para atividades petrolíferas no mundo, sendo operado pela
Petrobrás; e o porto do Açu (muitas vezes referido como Super-porto do Açu), no município de São João
da Barra, com área de 90 km2, ocupando cerca de 20% do território do município, administrado pelo EIG
Group, com atividades de escoamento/exportação de minério de ferro, siderúrgicos, carvão e escória.
Com relação ao transporte aéreo, há três aeroportos na região. Um no município de Campos
dos Goytacazes (Aeroporto Bartolomeu Lisandro), inaugurado em outubro de 1952, com
administração municipalizada desde 2013, e cuja capacidade de voo atende as operações Offshore
com a Petrobrás. O segundo aeroporto se localiza no município de Macaé, onde originalmente, em
1957, foi construído um campo de aviação próximo à praia, detendo apenas uma pista de pouso e
decolagem de terra que permitia somente o pouso de treinamento de aeronaves militares. Nos anos
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1960 houve a implantação de um Aeroclube. Com a exploração do Petróleo Offshore, em 1982, foi
construído um pátio de estacionamento de aeronaves e um terminal de passageiros, sendo a pista de
terra asfaltada definitivamente em 1984, permitindo assim um maior movimento de passageiros para
voos de helicópteros. Entre 1983 e 1987 a Petrobrás decidiu instalar em Macaé a sua base de apoio
para as atividades Offshore nas Plataformas Marítimas, fazendo com que, atualmente, o aeroporto
opere 24 horas diariamente, movimentando anualmente cerca de 60.000 pousos e decolagens e
recebendo 450.000 passageiros, sendo que 98% dessas cifras referem-se à atividade Offshore
(INFRAERO, 2015). O terceiro aeroporto constitui-se num importante heliporto usado pela Petrobrás
para atender o embarque e desembarque de passageiros às plataformas de petróleo.
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2.6. Principais atividades econômicas
A ocupação do Leste Fluminense, na primeira metade do século XVII, se deu com um
objetivo específico, atribuindo para esse espaço uma função definida, a qual foi a de instalar currais
para suprir os senhores dos engenhos da Guanabara com gado bovino para transporte e moagem de
cana. Todavia, em meados do século XVIII, a implantação da cana-de-açúcar, viria a iniciar não
apenas uma atividade econômica, mas também um elemento que desempenharia papel fundamental
na organização socioeconômica na região (SILVA, 2005).
Durante o século XIX, alguns fatores contribuíram para o progresso da atividade canavieira,
foi necessário lançar mão de algumas estratégias para diminuir os custos de produção, e com a
modernização da produção foi inserido o engenho a vapor, que culminou na criação das usinas, no
final do século.
A economia do Leste Fluminense, baseada na atividade açucareira apresentava como
principal pólo o município de Campos dos Goytacazes, configurando os demais municípios como
periféricos, tanto em produção como em número de usinas, excetuando São João da Barra, que
contava com a pesca e o turismo. Simultaneamente com a trajetória da cana-de-açúcar, em 1974 o
futuro da região ganhava novas perspectivas com a descoberta de Petróleo na plataforma continental
da Bacia de Campos. Esse fato deve ser visto como marco, pois representa o início de uma
reestruturação sócio-espacial na Região (SILVA, 2005).
A inserção da indústria petrolífera no cenário regional representou uma nova dinâmica de
desenvolvimento, baseada na transição das principais atividades econômicas. Esse momento pode ser
caracterizado como de transição de ciclos econômicos, pois revela a estagnação/decadência da
indústria sucro-alcooleira e o aparecimento de uma nova atividade econômica, capaz de proporcionar
desenvolvimento da Região até então sem perspectivas econômicas consolidadas para médio e longo
prazo (CRUZ, 2004).
Sendo assim, as atividades sucroalcooleira e petrolífera são os principais fatores
responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento dos centros comerciais da região. Haja vista que
entre os cinco municípios com maior PIB do Estado se encontram dois pertencentes ao Leste
Fluminense: Campos dos Goytacazes (2o lugar) e Macaé (5o), representantes do polo petrolífero.
A análise mais detalhada da composição do PIB, em valores correntes, a preços básicos
para o ano de 2012, revela que, no estado do Rio de Janeiro, prevalece grande concentração na
formação do PIB na Zona Homogênea Metropolitana, e que a Zona Homogênea Leste Fluminense é
a segunda região mais rica do Estado. Seu PIB contribui com 14,31% do PIB estadual, com R$
131.128,08 de PIB per capita, superior ao estadual e ao das demais Zonas. O setor predominante no
PIB regional é o industrial, seguido pelo de serviços e, por último, o setor agropecuário (Tabela 14).
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Tabela 14 – Valor adicionado bruto por atividade econômica, Produto Interno Bruto, Produto
Interno Bruto per capita, segundo as Zonas Homogêneas do estado do Rio de Janeiro em 2012.
Valor (R$)
Tabela 15 – Valor adicionado bruto por atividade econômica, Produto Interno Bruto e
participação dos setores no PIB regional, segundo as Zonas Homogêneas do estado do Rio de
Janeiro em 2012.
Valor Adicionado Bruto
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Comportamento similar dos setores econômicos pode ser observado nos municípios
pertencentes à Zona Homogênea Leste Fluminense e que, no que tange ao setor industrial, para
aqueles municípios que funcionam como base nas operações ligadas à exploração do petróleo e gás
natural como Campos dos Goytacazes, Macaé e São João da Barra, são os que apresentam maior PIB
do setor (Tabela 16). Macaé, particularmente, ainda conta com certo equilíbrio entre o setor de
serviços e o industrial, pois o primeiro acompanha as atividades deste último.
Tabela 16 – Valor adicionado bruto15 por atividade econômica, Produto Interno Bruto, Produto
Interno Bruto per capita, segundo os municípios do Leste Fluminense em 2012.
Valor (R$)
Com relação aos empregos com carteira assinada, verifica-se que, de janeiro de 2010 a
setembro de 2015, nos sete municípios da Zona Homogênea Leste Fluminense houve saldo positivo
(diferença entre a criação e o desligamento de postos de trabalho) de empregos formais da ordem de
46.153, sendo que, entretanto, somente de janeiro a setembro de 2015 houve uma significativa
redução em 7.898 carteiras de trabalho (Tabela 17).
Esta tendência de queda durante este período se verificou em praticamente todo o Estado
devido às crises vigentes no país, onde, somente no mês de setembro de 2015, foram registradas
95.602 baixas em carteiras de trabalho. Para o Leste Fluminense, o único setor da economia que teve
saldo positivo na quantidade de empregos formais neste mesmo período de 2015 foi o setor
agropecuário (com 1.775 carteiras assinadas), conforme mostra a Tabela 17.
15
Valor adicionado bruto – É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença
entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades.
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Tabela 17 – Saldo de postos de trabalho no período de janeiro de 2010 a setembro de 2015 por
setor da economia na Zona Homogênea Leste Fluminense e no estado do Rio de Janeiro.
Serv. Ind.
Extração Indústria de Constr. Adm.
Área ANO de Útil. Comércio Serviços Agropecuária TOTAL
Mineral Transformação Civil Pública
Pública
Tabela 18 – Estoque de empregos formais por setor da economia no Brasil, estado do Rio de
Janeiro e Zona Homogênea Leste Fluminense, entre 2013 e 2014, base mês de dezembro.
Brasil Estado do RJ Zona Leste Fluminense
IBGE Setor Variação Variação Variação
Ano Ano Ano Ano Ano Ano
Relativa Relativa Relativa
2014 2013 2014 2013 2014 2013
(%) (%) (%)
Extrativa mineral 257.606 261.383 -1,45 50.091 51.171 -2,11 29.368 30.758 -4,52
Indústria de
8.171.022 8.292.739 -1,47 474.275 469.784 0,96 26.719 24.621 8,52
transformação
Serviços industriais de
450.098 444.674 1,22 58.873 58.552 0,55 2.634 2.494 5,61
utilidade pública
Construção Civil 2.815.686 2.892.557 -2,66 301.354 300.096 0,42 28.722 29.106 -1,32
Comércio 9.728.107 9.511.094 2,28 891.489 878.036 1,53 46.620 45.553 2,34
Serviços 17.313.495 16.726.013 3,51 2.059.563 2.007.219 2,61 93.672 85.338 9,77
Administração Pública 9.355.833 9.340.409 0,17 780.804 798.180 -2,18 41.695 44.240 -5,75
Agropecuária, extração
1.479.663 1.479.564 0,01 24.931 23.752 4,96 4.006 3.532 13,42
vegetal, caça e pesca
Total 49.571.510 48.948.433 1,27 4.641.380 4.586.790 1,19 273.436 265.642 2,93
Fonte: MTE, 2015. Nota: Variação Relativa = [(Ano 2014 – 2013)/Ano 2013] * 100.
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O governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Energia
Indústria e Serviços (SEDEIS), vem apoiando o desenvolvimento regional por meio de APLs16
(Arranjo Produtivos Locais), com o intuito de estimular o crescimento econômico e criar vantagens
competitivas para os pequenos negócios. Dos 34 APLs existentes no estado do Rio de Janeiro
atualmente, o Leste Fluminense abriga o APL da Cerâmica Vermelha (que abrange os municípios de
Campos dos Goytacazes e São João da Barra) e o APL de Madeira e Móveis do estado (do qual
participam os municípios de Campos dos Goytacazes, Petrópolis, Duque de Caxias e Saquarema,
sendo, entretanto, somente o primeiro pertencente à ZHLF). Além desses, existem outros
identificados, porém não instituídos, como o de petróleo e gás, reflorestamento econômico,
fruticultura e metal-mecânica (SEDEIS, 2015; MDIC, 2015; FEPESE, 2010).
16
Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) constituem empresas organizadas em uma lógica própria de cadeia produtiva e mercado,
articuladas para ações de cooperação, capacitação e desenvolvimento mútuo integrado, com apoio de instituições diversas conforme as
competências básicas necessárias a esse desenvolvimento. Microempresas e empresas de pequeno porte que participam de APLs têm
acesso facilitado a mão-de-obra, novas tecnologias, fornecedores e distribuidores
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modalidade de lavoura temporária (cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho e tomate) a participação da
região no Estado foi de 1,37%, enquanto na modalidade da lavoura permanente (banana, café, coco,
laranja, limão, maracujá e tangerina), a participação foi de 1,06%.
O IBGE trabalha com o conceito de Valor Bruto da Produção (VBP), o qual considera as
produções físicas estimadas no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e os preços
médios recebidos pelos produtores rurais de janeiro a outubro de cada ano, segundo pesquisa da
Fundação Getúlio Vargas (BANCO CENTRAL, 2011).
Avaliando a produtividade de cada município, por meio dos indicadores de área plantada,
valor monetário da produção e renda gerada por hectare por ano, o município de São João da Barra
apresentou o melhor resultado na modalidade lavoura permanente com VBP estimado de R$
20.487,60/ha/ano, seguido de São Francisco de Itabapoana, com R$ 18.982,35/ha/ano (Tabela 19).
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Tabela 20 – Lavouras temporárias e permanentes que apresentaram maior rentabilidade
(R$/ha/ano) para a Zona Homogênea Leste Fluminense.
Valor Bruto da Produção (R$/ha/ano)
Descrição Lavoura Temporária Lavoura Permanente
Abacaxi Tomate Goiaba Maracujá Abacate Tangerina
Campos dos Goytacazes 24.700,00 35.000,00 13.000,00 22.533,33 19.000,00 13.250,00
Carapebus
Conceição de Macabu
Macaé 19.666,67
Quissamã 24.300,00
São Francisco do Itabapoana 34.375,14 30.000,00 22.500,00
São João da Barra 54.000,00 30.000,00
Fonte: IBGE, 2015d VBP = Valor Bruto da Produção, considerando janeiro a outubro de 2014
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2.6.2. Setor Pecuário
O Rio de Janeiro figura na 11ª posição entre os estados produtores de leite, com cerca de
seis milhões de litros ao ano, insuficientes para atender as necessidades do setor, o que implica na
importação de 70% da demanda do mercado. Apesar de ter registrado, nos últimos anos, grande
incremento na instalação de unidades processadoras, a produção não acompanhou, nem de longe,
esse crescimento (SNA, 2015). Apesar da Zona Homogênea Vale do Paraíba responder pela maior
produção leiteira do Estado, o Leste Fluminense apresenta dois municípios entre os dez maiores
produtores: São Francisco do Itabapoana e Campos dos Goytacazes, primeiro e quinto lugares nesta
classificação (Tabela 21). Em 2014, a produção leiteira na região correspondeu a 85.899.000 litros,
gerando R$ 81.741.000,00 (Tabela 22).
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Segundo SOUSA (2010), um dos grandes entraves das pequenas unidades produtoras de
leite no Estado é a questão sanitária. Na maioria dos fatores analisados, as regiões avaliadas não
apresentaram os requisitos mínimos de qualidade determinados pela legislação vigente, aliado ainda,
à necessidade de capacitação das pessoas envolvidas com a atividade leiteira. Este aspecto é contrário
a um dos requerimentos atuais da sociedade, que é a disponibilidade de alimentos seguros, saudáveis
e nutritivos de todos os segmentos da rede de empresas, organizações, aparelhos reguladores do
Estado e instituições que constituem a cadeia produtiva do leite.
Todavia, inserida no atual contexto de mudanças pelo qual vem passando o setor leiteiro no
país, esta atividade no estado do Rio de Janeiro passa a sofrer uma série de transformações no que diz
respeito às novas condições de produção e comercialização impostas aos produtores, o que contribui
em grande parte na definição e conformação do papel desempenhado pelas cooperativas do Estado.
Com o objetivo de estimular a produção interna, o governo estadual criou o Rio Leite. O
programa consiste em promover a industrialização de leite através de incentivos fiscais. Por meio de
um decreto, o Estado zerou o ICMS para indústrias e cooperativas. Isso proporciona uma vantagem
competitiva, sendo que na maioria das demais unidades da Federação, a cadeia do leite é onerada em
12% por este tributo, ou seja, para uma indústria do estado do Rio de Janeiro processar leite de outro
Estado, ela paga 12% a mais por este produto (LIMA JR., 2015).
Esta medida associada à importância que o mercado estadual representa para o setor tem
estimulado muitas empresas a se estabelecerem no Rio de Janeiro. A indústria de leite e derivados
Marília, por exemplo, construiu uma nova fábrica em Itaperuna, no Nordeste Fluminense. A Caprilat,
de Friburgo, adquiriu a fábrica da Canaã Leite, em Macuco, na região Serrana, para beneficiar leite
bovino. A LBR opera em Barra Mansa com uma fábrica de leite UHT, adquirida da Nestlé, pela Bom
Gosto. Em Três Rios, a Nestlé também inaugurou recentemente uma unidade fabril. Em Itaperuna, a
Quatá adquiriu a fábrica e a marca Glória, que estava sendo operada pela LBR. E a Vigor, assumiu a
planta da BRF, que já estava em fase final de montagem, em Barra do Piraí. Nenhuma delas dispõe
de matéria-prima suficiente para abastecer as suas operações. Todas dependem de leite trazido de
outros estados, principalmente de Minas Gerais (LIMA JR., 2015).
No que tange às usinas de beneficiamento de laticínios, o Leste Fluminense apresenta três
unidades (MDA, 2015), sendo elas: Cooperativa de Laticínios de Conceição de Macabu Ltda,
Cooperativa dos Produtores de Leite de Campos Ltda e Cooperativa Agropecuária de Macaé Ltda.
Segundo FREITAS (2015), a produção leiteira do estado do Rio de Janeiro, depois de
décadas de estagnação, alcançou índices elevados em todas as regiões fluminenses. A meta proposta
pelo Governo do Estado é alcançar um bilhão de litros de leite por ano em 2015. De uma produção
de apenas 460 milhões de litros em 2006, o setor já deu um salto para quase 570 milhões em 2013.
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2.6.3. Agroindústria Fluminense
Os cerca de 1.200 estabelecimentos agroindustriais no estado empregam 32.909 pessoas e,
em 2013, movimentaram R$ 1,3 bilhão. O mercado ainda é dominado pelas microempresas: 946
(79,6%), com até 19 empregados; e pequenas: 186 (15,7%), de 20 a 99 empregados. As médias
somam 48 (4,0%), de 100 a 499 funcionários; e grandes empresas são apenas 8 (0,7%), acima de 500
empregados (FIRJAN, 2015).
Segundo William Figueiredo, especialista da Gerência de Economia e Estatística do
Sistema FIRJAN, a agroindústria fluminense cresceu 16% entre 2008 e 2013, com expansão de 9%
no mercado de trabalho, no mesmo período. Todavia, se por um lado houve expansão no número de
empregos e de estabelecimentos, por outro ainda é negativo o saldo comercial da agroindústria
fluminense. Em 2013 foram exportados US$ 43 milhões, mas importados oito vezes mais: US$ 346
milhões.
No Leste Fluminense, em 2013, eram 104 estabelecimentos que empregavam 1.532 pessoas
nas atividades da agroindústria, como fabricação de açúcar em bruto (9 estabelecimentos); laticínios
(9); sorvetes (8); massas alimentícias (8); abate de suínos, aves e outros (6); conservas de frutas (6);
preparação de leite (5); e torrefação e moagem de café (5) (FIRJAN, 2015).
Em 2014, foi inaugurada a agroindústria de açúcar mascavo, melado e rapadura instalada no
assentamento Ilha Grande, em Campos dos Goytacazes, que tem capacidade de processar até oito
toneladas de cana-de-açúcar por dia. Foram investidos aproximadamente R$ 600 mil na construção e
instalação da unidade, sendo que 80% dos recursos foram provenientes do Incra e os outros 20% da
Embrapa (INCRA, 2015).
Segundo COSTA et al. (2006), a produção de açúcar mascavo apresenta-se como
alternativa viável para pequenos produtores de cana do Leste Fluminense, sendo que o preço de
venda do produto é a variável com maior efeito sobre os resultados econômicos da atividade.
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Goytacazes), em indústria química (BR Distribuidora, em Macaé) e em máquinas e equipamentos
(Halliburton, em Macaé), além de grande parte dos R$ 143 bilhões a serem investidos em Petróleo e
Gás, se estabelecer na zona produtora da Bacia de Campos (FIRJAN, 2013).
Durante o levantamento de campo, realizado pelo INCRA, foi observado movimento altista
nos preços de terras na Zona Homogênea Leste Fluminense. Os grandes investimentos privados para
esta região e, alguns previstos para região Metropolitana-Oeste, estão induzindo movimentos
17
Denominação dada pela consultoria em agronegócio Informa Economics/FNP
18
Início da ascensão mais acentuada no preço de terras no Leste Fluminense na última década.
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especulativos mais expressivos do que, propriamente, a compra e venda de terras, nesse mercado
regional.
O mercado de terras não se mostra muito dinâmico dada a baixa liquidez dos imóveis
ofertados, resultando em reduzido número de imóveis negociados nos últimos doze meses
(registrados em cartório), entretanto, o discurso dos agentes, sejam eles proprietários de terras ou
corretores, dão conta de alta esperada no preço de terras.
Os movimentos especulativos no preço de terras já foram bastante estudados no Brasil.
Embora não caiba detalhar nem reproduzir partes dos estudos mais importantes, por fugir aos
objetivos deste trabalho, as referências trazidas a este documento servem para balizar o critério
adotado, ao escolher o parâmetro de 20% na elasticidade oferta no preço de terra. Desse modo,
considera-se que ficou representada a intensidade do fator especulativo que está ocorrendo no Leste
Fluminense.
A exploração econômica de terras no Leste Fluminense, nas condições atuais, requer altos
investimentos em recuperação, conservação de solos, reflorestamento de nascentes, obras de
contenção de enchentes e tudo isso justificaria um mercado de terras com preços baixos, na
contramão do que vem ocorrendo.
SAYAD (1982) argumentou que o processo especulativo no mercado de terras dependia de
características especiais da economia brasileira e do mercado financeiro, prevendo que no futuro, o
mercado de terras devia apresentar crescimento de preços mais lento do que ocorrera no passado
recente. Segundo este autor, a terra também funciona como reserva de valor e os movimentos
especulativos são comuns no Brasil, levando a concluir que a terra assumiu, historicamente, papel
importante na economia brasileira. A título ilustrativo, na Figura 18, verifica-se o aumento de,
aproximadamente, 147% nos valores das áreas com pastagem formada em morro (Campos dos
Goytacazes) e de 196% nas áreas com áreas agrícolas de baixada com cana (Campos dos
Goytacazes), nos últimos 10 anos. Na média, o aumento no valor das terras no Leste Fluminense, no
mesmo período, foi de 185%, bem acima do IGP-DI19 acumulado nesse período, que foi de 83,4%.
Entre os motivos para ter este bem como reserva de mercado estariam a instabilidade do
mercado financeiro e a herança cultural, uma vez que, ter um imóvel rural seria a “garantia” de um
bem em crescente valorização. Além destes fatores, REYDON et al. (1992), verificou que a
especulação também está em função da retenção de terras agrícolas para uso urbano futuro.
A região Leste Fluminense apresenta 60,6% da sua área, ou seja, aproximadamente 500.000
hectares, com terras aptas para o desenvolvimento de atividades agrícolas mais intensivas de forma
regular e restrita nos níveis de manejo A, B e C, prevalecendo os dois últimos (Figura 17). Observa-
19
IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) - mede o comportamento de preços em geral da economia brasileira.
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se ainda que, cerca de 10,5% da área dessa região, apresentam terras aptas para pastagem, sendo que
em números aproximados, 1,74% para pastagem plantada e 8,71% para pastagem natural restrita.
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Figura 18 - Evolução do preço de terras (R$/ha) para o Leste Fluminense (set-out/2005 a set-out/2015).
Fonte: Informa Economics/FNP.
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5. MÉTODOS
5.2. Tipologias
1o Nível Categórico:
- Agricultura: imóvel rural com produção vegetal oriunda de plantio de qualquer cultura
agrícola com fins comerciais;
- Pecuária: imóvel rural com produção animal com fins comerciais;
- Mata: imóvel rural com Mata Atlântica nativa e sem culturas implantadas; e
20
Nota Agronômica: índice composto dos fatores Capacidade de Uso das Terras, localização e acesso do imóvel.
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- Exploração mista: imóvel rural com produção vegetal oriunda de plantio de qualquer
cultura agrícola (agricultura) concomitante com produção animal (pecuária), com fins comerciais.
2o Nível Categórico:
3o Nível Categórico:
- Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (Campos dos Goytacazes): imóvel rural,
localizado no município de Campos dos Goytacazes, com produção animal predominante de bovinos em
sistema de manejo extensivo, com lotação igual ou inferior a 1 unidade animal por hectare, com fins
comerciais;
- Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (Carapebus): imóvel rural, localizado no
município de Carapebus, com produção animal predominante de bovinos em sistema de manejo
extensivo, com lotação igual ou inferior a 1 unidade animal por hectare, com fins comerciais;
- Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (Macaé): imóvel rural, localizado no
município de Macaé, com produção animal predominante de bovinos em sistema de manejo extensivo,
com lotação igual ou inferior a 1 unidade animal por hectare, com fins comerciais;
- Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (São Francisco do Itabapoana): imóvel
rural, localizado no município de São Francisco do Itabapoana, com produção animal predominante de
bovinos em sistema de manejo extensivo, com lotação igual ou inferior a 1 unidade animal por hectare,
com fins comerciais.
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Figura 19 - Localização das amostras coletadas em campo no MRT-LF.
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com valores acima do limite superior ( + s) ou abaixo do limite inferior ( - s) foram expurgados da
composição amostral. Novos saneamentos foram realizados até que o coeficiente de variação fosse ≤ 30%.
CV% = (S / ).100
O campo de arbítrio tem a amplitude de 30% em torno da média geral do MRT-LF, assim
como para cada tipologia de mercado definido/consolidado, configurando assim, os limites superior e
inferior, os quais foram estabelecidos pelas seguintes equações:
6. RESULTADOS
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Após esta análise preliminar verificou-se a existência de mercado definido21 para algumas
tipologias em diferentes níveis categóricos. Entre as duas tipologias que formaram mercado definido,
em primeiro nível categórico, a maior média foi “Exploração Mista”, com preço médio de R$
21
Mercado definido - quando apresentar pelo menos três elementos válidos (efetivamente utilizados após o saneamento) (n ≥ 3) para cada nível
categórico.
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16.633,52/ha; enquanto para “Pecuária”, foi de R$ 11.030,46/ha (Tabela 24). A tipologia “Mata”, após
saneamento das amostras, resultou em mercado não definido, uma vez que, sobraram apenas dois
elementos amostrais.
No segundo nível categórico, o mercado definido foi para “Pecuária bovina com pastagem de
baixo suporte” (valor médio de R$ 11.059,00/ha) e “Exploração mista (pecuária + cana-de-açúcar)”
(R$ 16.184,64/ha). Para as demais tipologias, neste nível categórico, não foi possível estabelecer um
mercado definido em função da insuficiência de elementos amostrais.
Já para o terceiro nível categórico, há cinco mercados definidos, um relacionado à tipologia
“Exploração Mista (pecuária + cana-de-açúcar em Campos dos Goytacazes)”, com média de R$
16.184,64/ha e; quatro relacionados à tipologia “Pecuária bovina com pastagem de baixo suporte”.
Contudo, para esta última tipologia, há diferença com relação à localização, a saber: para Campos dos
Goytacazes, o valor médio encontrado foi de R$ 9.397,81/ha; em Carapebus, R$ 9.846,27/ha; em
Macaé, R$ 13.881,21/ha; e em São Francisco do Itabapoana, R$ 14.366,17/ha.
Obteve-se 40 elementos amostrais após o terceiro saneamento, inicialmente constituído de 80
amostras, que representam a média do mercado regional de terras da região Leste Fluminense. As
respectivas memórias de cálculos das tipologias apresentadas na Tabela 24 estão dispostas no Anexo 1.
Na planilha de preços referenciais de terras que vinha sendo utilizada pela Superintendência
Regional do INCRA no estado do Rio de Janeiro, para os municípios que compõem a atual Zona
Homogênea do Leste Fluminense, o valor médio de terra nua (VTN), em 2013, era R$ 9.270,67/ha,
enquanto que o valor total do imóvel (VTI) era R$ 11.588,34/ha. Vale ressaltar que estes valores foram
obtidos utilizando-se somente imóveis com área superior a 15 módulos fiscais, ou seja, caracterizados
como grande propriedade. Além disso, utilizava-se o fator Nota Agronômica como homogeneizador
dos elementos amostrais22.
22
Processo no 54180.000731/2010-93
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agropecuária. Os mesmos nos informaram de negócios realizados envolvendo apenas imóveis com
explorações não-agrícolas, como sítios de lazer e,ou recreação.
Tabela 24 – Planilha de Preços Referenciais de Terras do Mercado Regional Leste Fluminense
(PPRT-LF).
TIPOLOGIAS No de Média
CV%
L.inf. L.sup.
elem. (R$/ha) (15%) (15%)
1º Nível Categórico
Pecuária 40 11.030,46 27,96 9.375,89 12.685,03
Exploração mista 5 16.633,52 25,20 14.138,49 19.128,55
2º Nível Categórico
Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte 39 11.059,00 28,21 9.400,15 12.717,85
Exploração mista (pecuária + cana-de-açúcar) 3 16.184,64 3,69 13.756,94 18.612,34
3º Nível Categórico
Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (Campos dos
18 9.397,81 19,23 7.988,14 10.807,48
Goytacazes)
Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (Carapebus) 5 9.846,27 29,60 8.369,33 11.323,21
Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (Macaé) 3 13.881,21 3,04 11.799,03 15.963,39
Pecuária bovina em pastagem de baixo suporte (São Francisco
5 14.366,17 21,58 12.211,24 16.521,10
do Itabapoana)
Exploração mista - pecuária + cana-de-açúcar (Campos dos
3 16.184,64 3,69 13.756,94 18.612,34
Goytacazes)
TODAS AS TIPOLOGIAS
MRT-ZHLF 40 12.282,98 24,54 10.440,53 14.125,43
8. CONCLUSÕES
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Outra questão importante será como levar adiante propostas de aproveitamento
agropecuário para agricultores familiares nos assentamentos rurais do INCRA, em uma região
impactada fortemente por uma política predominantemente voltada ao crescimento do setor industrial
e de serviços.
Continuam escassas as pesquisas de viabilidade econômica de exploração agropecuária nas
áreas de assentamento rural do INCRA/RJ resultando na orientação de cautela. A superação deste
problema deve partir da própria Autarquia, que poderá deliberar pela realização desses estudos, tão
necessários.
A seleção de imóveis rurais nessa região deve se pautar em estudos rigorosos, tomando
como base o contexto regional apresentado e as possibilidades de intervenção visando à melhor
relação custo-benefício para a Autarquia.
A urbanização verificada, a expansão da logística para atender o setor petrolífero, o setor
Offshore em expansão, a previsão de continuidade de monoculturas com integração agroindustrial (a
exemplo da cana-de-açúcar) estão influenciando na alta do preço de terras, ainda que afastado o fator
especulação.
Pelo exposto, o novo contexto regional, associado ao alto custo por família assentada, deve
ser minuciosamente analisado antes da decisão de desapropriar imóveis no Leste Fluminense. Nessa
análise também devem estar contemplados os potenciais sistemas de produção agropecuária que
podem viabilizar os assentamentos rurais, gerando renda para as famílias e sua manutenção.
Asélio Vieira Passos Carlos Magno Magalhães da Silva Luiz Felício Palermo
Perito Federal Agrário Perito Federal Agrário Perito Federal Agrário
SIAPE no 1472712 SIAPE no 1551746 SIAPE no 1326889
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ANEXO 1
MEMÓRIAS DE CÁLCULO
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Amostra Geral - Leste Fluminense
o Valor com o o o
N do 1 2 3
Tipologia Município Área (ha) elasticidade
elem. Saneamento Saneamento Saneamento
(R$/ha)
1 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 14,5200 11.019,28 11.019,28 11.019,28 11.019,28
2 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 16,9400 28.807,56 28.807,56
3 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 21,2000 10.943,40 10.943,40 10.943,40 10.943,40
4 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 24,2000 24.793,39 24.793,39 24.793,39
5 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 33,9800 70.629,78
6 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 48,4000 11.570,25 11.570,25 11.570,25 11.570,25
7 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 94,3800 7.204,92 7.204,92 7.204,92
8 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 96,8000 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
9 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 96,8000 4.545,45 4.545,45
10 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 101,6400 7.870,92 7.870,92 7.870,92 7.870,92
11 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 114,2200 9.917,70 9.917,70 9.917,70 9.917,70
12 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 129,2300 24.762,05 24.762,05 24.762,05
13 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 183,9200 7.438,02 7.438,02 7.438,02
14 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 198,4400 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
15 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 212,9600 9.767,09 9.767,09 9.767,09 9.767,09
16 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 217,8000 4.958,68 4.958,68
17 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 251,6800 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
18 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 253,1300 12.562,08 12.562,08 12.562,08 12.562,08
19 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 256,5200 8.264,46 8.264,46 8.264,46 8.264,46
20 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 304,9200 7.346,19 7.346,19 7.346,19
21 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 338,8000 8.264,46 8.264,46 8.264,46 8.264,46
22 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 387,4900 9.917,37 9.917,37 9.917,37 9.917,37
23 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 513,0400 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
24 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 556,6000 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
25 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 624,3600 7.438,02 7.438,02 7.438,02
26 Pecuária de Baixo Suporte Campos dos Goytacazes 756,2500 7.404,96 7.404,96 7.404,96
27 Pecuária de Baixo Suporte Carapebus 38,7200 34.090,91 34.090,91
28 Pecuária de Baixo Suporte Carapebus 38,7200 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
29 Pecuária de Baixo Suporte Carapebus 67,7600 9.090,91 9.090,91 9.090,91 9.090,91
30 Pecuária de Baixo Suporte Carapebus 166,0000 7.710,84 7.710,84 7.710,84
31 Pecuária de Baixo Suporte Carapebus 251,6000 13.354,53 13.354,53 13.354,53 13.354,53
32 Pecuária de Baixo Suporte Carapebus 479,1600 6.678,35 6.678,35 6.678,35
33 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 16,9400 30.696,58 30.696,58
34 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 26,7200 50.898,20 50.898,20
35 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 36,3000 80.000,00
36 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 48,4000 19.834,71 19.834,71 19.834,71
37 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 50,8200 11.019,28 11.019,28 11.019,28 11.019,28
38 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 111,3200 8.623,79 8.623,79 8.623,79 8.623,79
39 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 116,1600 5.165,29 5.165,29
40 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 353,3200 16.981,77 16.981,77 16.981,77 16.981,77
41 Pecuária de Baixo Suporte Conceição de Macabu 900,2400 200.000,00
42 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 17,0000 44.705,88 44.705,88
43 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 33,0000 26.666,67 26.666,67 26.666,67
44 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 38,7200 24.793,39 24.793,39 24.793,39
45 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 58,0800 9.641,87 9.641,87 9.641,87 9.641,87
46 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 232,3200 13.774,10 13.774,10 13.774,10 13.774,10
47 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 249,2600 48.142,50 48.142,50
48 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 256,5200 14.345,86 14.345,86 14.345,86 14.345,86
49 Pecuária de Baixo Suporte Macaé 532,4000 13.523,67 13.523,67 13.523,67 13.523,67
50 Pecuária de Baixo Suporte Quissamã 13,0000 61.538,46 61.538,46
51 Pecuária de Baixo Suporte Quissamã 72,6000 9.366,39 9.366,39 9.366,39 9.366,39
52 Pecuária de Baixo Suporte Quissamã 217,8000 10.743,80 10.743,80 10.743,80 10.743,80
53 Pecuária de Baixo Suporte São Francisco do Itabapoana 10,5700 9.839,17 9.839,17 9.839,17 9.839,17
54 Pecuária de Baixo Suporte São Francisco do Itabapoana 106,4800 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
55 Pecuária de Baixo Suporte São Francisco do Itabapoana 237,1600 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
56 Pecuária de Baixo Suporte São Francisco do Itabapoana 271,0400 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
57 Pecuária de Baixo Suporte São Francisco do Itabapoana 1.064,2700 16.537,16 16.537,16 16.537,16 16.537,16
58 Pecuária de Baixo Suporte São João da Barra 14,3900 36.136,21 36.136,21
59 Pecuária de Baixo Suporte São João da Barra 21,7800 24.793,39 24.793,39 24.793,39
60 Pecuária de Baixo Suporte São João da Barra 33,8800 240.000,00
61 Pecuária de Baixo Suporte São João da Barra 34,8500 175.989,90
62 Pecuária de Baixo Suporte São João da Barra 72,6000 82.644,63
63 Pecuária de Alto Suporte Campos dos Goytacazes 181,5000 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
64 Produção de coco São Francisco do Itabapoana 14,5200 18.732,78 18.732,78 18.732,78 18.732,78
1
65 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 14,5200 38.567,49 38.567,49
1
66 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 23,8000 23.529,41 23.529,41 23.529,41
1
67 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 102,5000 11.473,17 11.473,17 11.473,17 11.473,17
68 Exploração Mista2 Campos dos Goytacazes 77,4400 15.495,87 15.495,87 15.495,87 15.495,87
2
69 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 224,6700 16.529,13 16.529,13 16.529,13 16.529,13
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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Superintendência Regional no Estado do Rio de Janeiro - SR-07
Divisão de Obtenção de Terras
70 Exploração Mista2 Campos dos Goytacazes 508,2000 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
71 Exploração Mista3 Campos dos Goytacazes 14,8000 35.135,14 35.135,14
72 Exploração Mista4 Macaé 92,0000 4.347,83 4.347,83
73 Exploração Mista5 Campos dos Goytacazes 130,6800 24.487,30 24.487,30 24.487,30
74 Exploração Mista6 Macaé 72,0000 7.777,78 7.777,78 7.777,78
75 Exploração Mista7 São Francisco do Itabapoana 12,1000 23.140,50 23.140,50 23.140,50
76 Exploração Mista8 Macaé 120,0000 5.966,67 5.966,67 5.966,67
77 Mata Macaé 12,0000 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00
78 Mata Macaé 24,2000 12.561,98 12.561,98 12.561,98 12.561,98
79 Mata Macaé 34,2500 21.255,47 21.255,47 21.255,47
80 Mata Macaé 45,9800 26.098,30 26.098,30 26.098,30
1
- Pecuária + piscicultura ESTATISTÍCAS AMOSTRA GERAL DO MRT
2
- Pecuária + cana-de-açúcar Média 26.218,00 16.867,24 13.673,99 12.282,98
3
- Pecuária + coco Desvio Padrão Amostral 39.424,93 11.667,72 5.859,43 3.014,79
4
- Pecuária + mata Coeficiente de Varição 150,37 69,17 42,85 24,54
5
- Pecuária + silvicultura + avicultura Média menos um Desvio Padrão -13.206,93 5.199,51 7.814,56 9.268,19
6
Média mais um Desvio Padrão
- Pecuária + suinocultura + piscicultura + fruticultura 65.642,92 28.534,96 19.533,42 15.297,76
7
- Eucalipto + mandioca Número de Elementos 80 74 60 40
8
- Fruticultura + mata Campo de Arbítrio Inferior 22.285,30 14.337,15 11.622,89 10.440,53
Campo de Arbítrio Superior 30.150,70 19.397,32 15.725,09 14.125,42
1º Nível Categórico
Tipologia Pecuária - Leste Fluminense
Valor com
No do 1o o 3o
Tipologia Município Área (ha) elasticidade 2 Saneamento
elem. Saneamento Saneamento
(R$/ha)
1 Pecuária Campos dos Goytacazes 14,5200 11.019,28 11.019,28 11.019,28 11.019,28
2 Pecuária Campos dos Goytacazes 16,9400 28.807,56 28.807,56 28.807,56
3 Pecuária Campos dos Goytacazes 21,2000 10.943,40 10.943,40 10.943,40 10.943,40
4 Pecuária Campos dos Goytacazes 24,2000 24.793,39 24.793,39 24.793,39
5 Pecuária Campos dos Goytacazes 33,9800 70.629,78 70.629,78
6 Pecuária Campos dos Goytacazes 48,4000 11.570,25 11.570,25 11.570,25 11.570,25
7 Pecuária Campos dos Goytacazes 94,3800 7.204,92 7.204,92 7.204,92 7.204,92
8 Pecuária Campos dos Goytacazes 96,8000 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
9 Pecuária Campos dos Goytacazes 96,8000 4.545,45 4.545,45 4.545,45
10 Pecuária Campos dos Goytacazes 101,6400 7.870,92 7.870,92 7.870,92 7.870,92
11 Pecuária Campos dos Goytacazes 114,2200 9.917,70 9.917,70 9.917,70 9.917,70
12 Pecuária Campos dos Goytacazes 129,2300 24.762,05 24.762,05 24.762,05
13 Pecuária Campos dos Goytacazes 183,9200 7.438,02 7.438,02 7.438,02 7.438,02
14 Pecuária Campos dos Goytacazes 198,4400 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
15 Pecuária Campos dos Goytacazes 212,9600 9.767,09 9.767,09 9.767,09 9.767,09
16 Pecuária Campos dos Goytacazes 217,8000 4.958,68 4.958,68 4.958,68
17 Pecuária Campos dos Goytacazes 251,6800 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
18 Pecuária Campos dos Goytacazes 253,1300 12.562,08 12.562,08 12.562,08 12.562,08
19 Pecuária Campos dos Goytacazes 256,5200 8.264,46 8.264,46 8.264,46 8.264,46
20 Pecuária Campos dos Goytacazes 304,9200 7.346,19 7.346,19 7.346,19 7.346,19
21 Pecuária Campos dos Goytacazes 338,8000 8.264,46 8.264,46 8.264,46 8.264,46
22 Pecuária Campos dos Goytacazes 387,4900 9.917,37 9.917,37 9.917,37 9.917,37
23 Pecuária Campos dos Goytacazes 513,0400 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
24 Pecuária Campos dos Goytacazes 556,6000 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
25 Pecuária Campos dos Goytacazes 624,3600 7.438,02 7.438,02 7.438,02 7.438,02
26 Pecuária Campos dos Goytacazes 756,2500 7.404,96 7.404,96 7.404,96 7.404,96
27 Pecuária Carapebus 38,7200 34.090,91 34.090,91
28 Pecuária Carapebus 38,7200 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
29 Pecuária Carapebus 67,7600 9.090,91 9.090,91 9.090,91 9.090,91
30 Pecuária Carapebus 166,0000 7.710,84 7.710,84 7.710,84 7.710,84
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Divisão de Obtenção de Terras
Tipologia Exploração Mista - Leste Fluminense
Valor com
No do 1o
Tipologia Município Área (ha) elasticidade 2o Saneamento
elem. Saneamento
(R$/ha)
64 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 14,5200 38.567,49
65 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 23,8000 23.529,41 23.529,41
66 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 102,5000 11.473,17 11.473,17 11.473,17
67 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 77,4400 15.495,87 15.495,87 15.495,87
68 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 224,6700 16.529,13 16.529,13 16.529,13
69 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 508,2000 16.528,93 16.528,93 16.528,93
70 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 14,8000 35.135,14
71 Exploração Mista Macaé 92,0000 4.347,83
72 Exploração Mista Campos dos Goytacazes 130,6800 24.487,30 24.487,30
73 Exploração Mista Macaé 72,0000 7.777,78 7.777,78
74 Exploração Mista São Francisco do Itabapoana 12,1000 23.140,50 23.140,50 23.140,50
75 Exploração Mista Macaé 120,0000 5.966,67
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Divisão de Obtenção de Terras
2º Nível Categórico
Tipologia Pecuária em Pastagem de Baixo Suporte - Leste Fluminense
o Valor com o o o
N do 1 2 3
Tipologia Município Área (ha) elasticidade
elem. Saneamento Saneamento Saneamento
(R$/ha)
1 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 14,5200 11.019,28 11.019,28 11.019,28 11.019,28
2 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 16,9400 28.807,56 28.807,56 28.807,56
3 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 21,2000 10.943,40 10.943,40 10.943,40 10.943,40
4 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 24,2000 24.793,39 24.793,39 24.793,39
5 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 33,9800 70.629,78 70.629,78
6 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 48,4000 11.570,25 11.570,25 11.570,25 11.570,25
7 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 94,3800 7.204,92 7.204,92 7.204,92 7.204,92
8 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 96,8000 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
9 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 96,8000 4.545,45 4.545,45 4.545,45
10 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 101,6400 7.870,92 7.870,92 7.870,92 7.870,92
11 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 114,2200 9.917,70 9.917,70 9.917,70 9.917,70
12 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 129,2300 24.762,05 24.762,05 24.762,05
13 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 183,9200 7.438,02 7.438,02 7.438,02 7.438,02
14 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 198,4400 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
15 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 212,9600 9.767,09 9.767,09 9.767,09 9.767,09
16 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 217,8000 4.958,68 4.958,68 4.958,68
17 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 251,6800 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
18 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 253,1300 12.562,08 12.562,08 12.562,08 12.562,08
19 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 256,5200 8.264,46 8.264,46 8.264,46 8.264,46
20 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 304,9200 7.346,19 7.346,19 7.346,19 7.346,19
21 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 338,8000 8.264,46 8.264,46 8.264,46 8.264,46
22 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 387,4900 9.917,37 9.917,37 9.917,37 9.917,37
23 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 513,0400 9.917,36 9.917,36 9.917,36 9.917,36
24 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 556,6000 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
25 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 624,3600 7.438,02 7.438,02 7.438,02 7.438,02
26 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 756,2500 7.404,96 7.404,96 7.404,96 7.404,96
27 Pecuária em pastagem de baixo suporte Carapebus 38,7200 34.090,91 34.090,91
28 Pecuária em pastagem de baixo suporte Carapebus 38,7200 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
29 Pecuária em pastagem de baixo suporte Carapebus 67,7600 9.090,91 9.090,91 9.090,91 9.090,91
30 Pecuária em pastagem de baixo suporte Carapebus 166,0000 7.710,84 7.710,84 7.710,84 7.710,84
31 Pecuária em pastagem de baixo suporte Carapebus 251,6000 13.354,53 13.354,53 13.354,53 13.354,53
32 Pecuária em pastagem de baixo suporte Carapebus 479,1600 6.678,35 6.678,35 6.678,35 6.678,35
33 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 16,9400 30.696,58 30.696,58 30.696,58
34 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 26,7200 50.898,20 50.898,20
35 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 36,3000 80.000,00
36 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 48,4000 19.834,71 19.834,71 19.834,71
37 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 50,8200 11.019,28 11.019,28 11.019,28 11.019,28
38 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 111,3200 8.623,79 8.623,79 8.623,79 8.623,79
39 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 116,1600 5.165,29 5.165,29 5.165,29
40 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 353,3200 16.981,77 16.981,77 16.981,77 16.981,77
41 Pecuária em pastagem de baixo suporte Conceição de Macabu 900,2400 200.000,00
42 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 17,0000 44.705,88 44.705,88
43 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 33,0000 26.666,67 26.666,67 26.666,67
44 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 38,7200 24.793,39 24.793,39 24.793,39
45 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 58,0800 9.641,87 9.641,87 9.641,87 9.641,87
46 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 232,3200 13.774,10 13.774,10 13.774,10 13.774,10
47 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 249,2600 48.142,50 48.142,50
48 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 256,5200 14.345,86 14.345,86 14.345,86 14.345,86
49 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 532,4000 13.523,67 13.523,67 13.523,67 13.523,67
50 Pecuária em pastagem de baixo suporte Quissamã 13,0000 61.538,46 61.538,46
51 Pecuária em pastagem de baixo suporte Quissamã 72,6000 9.366,39 9.366,39 9.366,39 9.366,39
52 Pecuária em pastagem de baixo suporte Quissamã 217,8000 10.743,80 10.743,80 10.743,80 10.743,80
53 Pecuária em pastagem de baixo suporte São Francisco do Itabapoana 10,5700 9.839,17 9.839,17 9.839,17 9.839,17
54 Pecuária em pastagem de baixo suporte São Francisco do Itabapoana 106,4800 12.396,69 12.396,69 12.396,69 12.396,69
55 Pecuária em pastagem de baixo suporte São Francisco do Itabapoana 237,1600 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
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Divisão de Obtenção de Terras
56 Pecuária em pastagem de baixo suporte São Francisco do Itabapoana 271,0400 16.528,93 16.528,93 16.528,93 16.528,93
57 Pecuária em pastagem de baixo suporte São Francisco do Itabapoana 1.064,2700 16.537,16 16.537,16 16.537,16 16.537,16
58 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 14,3900 36.136,21 36.136,21
59 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 21,7800 24.793,39 24.793,39 24.793,39
60 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 33,8800 240.000,00
61 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 34,8500 175.989,90
62 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 72,6000 82.644,63
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3º Nível Categórico
Tipologia Pecuária em Pastagem de Baixo Suporte em Campos dos Goytacazes - Leste
Fluminense
Valor com
No do 1o
Tipologia Município Área (ha) elasticidade 2o Saneamento
elem. Saneamento
(R$/ha)
1 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 14,5200 11.019,28 11.019,28 11.019,28
2 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 16,9400 28.807,56
3 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 21,2000 10.943,40 10.943,40 10.943,40
4 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 24,2000 24.793,39 24.793,39
5 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 33,9800 70.629,78
6 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 48,4000 11.570,25 11.570,25 11.570,25
7 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 94,3800 7.204,92 7.204,92 7.204,92
8 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 96,8000 12.396,69 12.396,69 12.396,69
9 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 96,8000 4.545,45 4.545,45
10 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 101,6400 7.870,92 7.870,92 7.870,92
11 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 114,2200 9.917,70 9.917,70 9.917,70
12 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 129,2300 24.762,05 24.762,05
13 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 183,9200 7.438,02 7.438,02 7.438,02
14 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 198,4400 9.917,36 9.917,36 9.917,36
15 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 212,9600 9.767,09 9.767,09 9.767,09
16 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 217,8000 4.958,68 4.958,68
17 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 251,6800 16.528,93 16.528,93
18 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 253,1300 12.562,08 12.562,08 12.562,08
19 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 256,5200 8.264,46 8.264,46 8.264,46
20 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 304,9200 7.346,19 7.346,19 7.346,19
21 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 338,8000 8.264,46 8.264,46 8.264,46
22 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 387,4900 9.917,37 9.917,37 9.917,37
23 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 513,0400 9.917,36 9.917,36 9.917,36
24 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 556,6000 16.528,93 16.528,93
25 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 624,3600 7.438,02 7.438,02 7.438,02
26 Pecuária em pastagem de baixo suporte Campos dos Goytacazes 756,2500 7.404,96 7.404,96 7.404,96
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Divisão de Obtenção de Terras
Tipologia Pecuária em Pastagem de Baixo Suporte em Macaé - Leste Fluminense
Valor com
No do 1o 2o 3o
Tipologia Município Área (ha) elasticidade
elem. Saneamento Saneamento Saneamento
(R$/ha)
42 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 17,0000 44.705,88
43 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 33,0000 26.666,67 26.666,67
44 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 38,7200 24.793,39 24.793,39 24.793,39
45 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 58,0800 9.641,87
46 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 232,3200 13.774,10 13.774,10 13.774,10 13.774,10
47 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 249,2600 48.142,50
48 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 256,5200 14.345,86 14.345,86 14.345,86 14.345,86
49 Pecuária em pastagem de baixo suporte Macaé 532,4000 13.523,67 13.523,67 13.523,67 13.523,67
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Divisão de Obtenção de Terras
Tipologia Pecuária em Pastagem de Baixo Suporte em São João da Barra - Leste Fluminense
Valor com
No do 1o 2o 3o
Tipologia Município Área (ha) elasticidade
elem. Saneamento Saneamento Saneamento
(R$/ha)
58 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 14,3900 36.136,21 36.136,21 36.136,21 36.136,21
59 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 21,7800 24.793,39 24.793,39 24.793,39 24.793,39
60 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 33,8800 240.000,00
61 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 34,8500 175.989,90 175.989,90
62 Pecuária em pastagem de baixo suporte São João da Barra 72,6000 82.644,63 82.644,63 82.644,63
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