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Patologia, Inspecç

Inspecção e Reabilitaç
Reabilitação de Edifí
Edifícios Tradicionais

DECivil
A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS
PLÁSTICOS REFORÇADOS COM
FIBRAS (FRP) NA REABILITAÇÃO
DE CONSTRUÇÕES

João Ramôa Correia


Instituto Superior Técnico

“Patologia, Inspecção e Reabilitação de Edifícios Tradicionais”

1/158
FUNDEC, 6-7 e 13-14 de Novembro de 2009

A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

ÍNDICE:
DECivil
1. OS MATERIAIS PLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS (FRP)

2. LAMINADOS E MANTAS DE FIBRAS DE CARBONO (CFRP)

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PERFIS DE GFRP

4. COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DOS PERFIS DE GFRP

5. COMPORTAMENTO DAS LIGAÇÕES ENTRE PERFIS DE GFRP

6. TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO NO IST

2/158

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A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

1. OS MATERIAIS PLÁSTICOS
REFORÇADOS COM FIBRAS

3/158

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Os Compósitos ao longo da História


DECivil • 4000 a.c – Utilização de tijolos reforçados com
palha na Mesopotâmia para reduzir a fissuração
• 1940 – Aparecimento de compósitos modernos
em aplicações estruturais – indústrias naval e
aeroespacial

• 1950 – Introdução de compósitos na indústria


automóvel e indústria petrolífera
• 1960 – Aparecimento dos “compósitos
avançados” (sobretudo na indústria da defesa)
• 1970 – Esforço de redução dos custos de
produção e alargamento a outros mercados

4/158

2
Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Os Compósitos ao longo da História


DECivil • 1980 e 1990:
→ Evolução tecnológica dos processos de produção (pultrusão)
→ Necessidade de renovação de infra-estruturas (durabilidade
dos materiais tradicionais; aumento das cargas de serviço)
→ Exigência de velocidades de construção crescentes

⇒ Aceitação cada vez maior pela indústria da construção


(crescimento da investigação e desenvolvimento de
projectos-piloto)
→ Elevada resistência
→ Baixo peso próprio

5/158 → Durabilidade

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

→ Varões e cabos para reforço (interno do betão)


CFRP/
→ Laminados, mantas e cabos para reforço GFRP
ÁREAS DE
DECivil
APLICAÇÃO → Perfis de GFRP – Elementos de viga, pilar e laje

→ Painéis sandwich de FRP – Elementos de laje/parede

Betão com varões de GFRP Reforço com laminados de CFRP

Perfis de GFRP em
ponte 100% compósita

6/158 Painel sandwich Tabuleiro pré-fabricado em FRP

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Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

→ Varões e cabos para reforço interno do betão


CFRP/
→ Laminados, mantas e cabos para reforço GFRP
ÁREAS DE
DECivil
APLICAÇÃO → Perfis de GFRP – Elementos de viga, pilar e laje

→ Painéis sandwich de FRP – Elementos de laje/parede

Reforço de parede de alvenaria com solução


de refechamento de juntas com barras de
FRP (que podem ser ou não pretensionadas),
inseridas em ranhuras efectuadas nas juntas Diferentes disposições (grelha paralela ou
e envolvidas por argamassa de refechamento diagonal) de faixas de FRP em intervenções de
(Cardoso, 2008) reforço de paredes de alvenaria (Cardoso, 2008)

Cardoso, Joaquim (2008), “Reforço Sísmico de alvenaria tradicional com faixas de GFRP e ancoragens. Ensaios de
7/158 aderência e modelo de cálculo” Tese de Mestrado em Engenharia Civil, IST.

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

→ Varões e cabos para reforço interno do betão


CFRP/
→ Laminados, mantas e cabos para reforço GFRP
ÁREAS DE
DECivil
APLICAÇÃO → Perfis de GFRP – Elementos de viga, pilar e laje

→ Painéis sandwich de FRP – Elementos de laje/parede

Diferentes disposições (grelha paralela ou


diagonal) de faixas de FRP em intervenções de
reforço de paredes de alvenaria (Cardoso, 2008)

Cardoso, Joaquim (2008), “Reforço Sísmico de alvenaria tradicional com faixas de GFRP e ancoragens. Ensaios de
8/158 aderência e modelo de cálculo” Tese de Mestrado em Engenharia Civil, IST.

4
Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

→ Varões e cabos para reforço interno do betão


CFRP/
→ Laminados, mantas e cabos para reforço GFRP
ÁREAS DE
DECivil
APLICAÇÃO → Perfis de GFRP – Elementos de viga, pilar e laje

→ Painéis sandwich de FRP – Elementos de laje/parede

Utilização de FRP no reforço das ligações Utilização de faixas de GFRP no reforço de nembos
de uma Gaiola Pombalina, associada à de alvenaria com dispositivos de ancoragem
aplicação de tirantes, em compósito ou metálicos (melhoria da aderência laminado/alvenaria
inox (Cóias e Silva e Soares, 2001) e aumento do confinamento das paredes) – projecto
COMREHAB (Cóias e Silva e Soares, 2001)
Cóias e Silva, V.; Soares, I. (2001), “Viabilidade técnica de execução do Programa Nacional de Redução de
9/158 Vulnerabilidade Sísmica do Edificado”, Ordem dos Engenheiros.

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

→ Varões e cabos para reforço interno do betão


CFRP/
→ Laminados, mantas e cabos para reforço GFRP
ÁREAS DE
DECivil
APLICAÇÃO → Perfis de GFRP – Elementos de viga, pilar e laje

→ Painéis sandwich de FRP – Elementos de laje/parede

Utilização de varões de GFRP selados com


resina epóxida no reforço de ligações entre
elementos em madeira (Cruz, 2008)

Cruz, H. (2008), “Patologia e Reabilitação de estruturas de madeira”, Apresentação da disciplina de Patologia e


10/158 Reabilitação das Construções, Mestrado Integrado em Engenharia Civil, IST.

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Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Características Gerais dos FRP


DECivil Plásticos reforçados (FRP) - 2 fases:

1. Fibras de reforço
→ Muito resistente
→ Frágil

2. Matriz polimérica (resina + filler + aditivos)


→ Muito pouco resistente
→ Transferência e distribuição das cargas pelas fibras
→ Protecção das fibras das acções ambientais
→ Mantém fibras na sua posição e evita a sua
encurvadura quando solicitadas em compressão

11/158 NOTA: FRP – Fiber Reinforced Polymer

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Características Gerais dos FRP


DECivil

→ Vidro (E, S, AR, C)


Fibras de
→ Carbono
reforço
→ Aramida

→ Termoendurecíveis
(poliéster, viniléster, epóxi, fenólicas)
Resinas
→ Termoplásticas
(polietileno, polipropileno)

12/158

6
Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Características Gerais dos FRP


Propriedade Un. Vidro - E Carbono Aramida
DECivil
Resistência à tracção MPa 3.500 2.600 – 3.600 2.800 – 3.600

Módulo de elasticidade GPa 73 200 – 400 80 – 190

Extensão na rotura % 4,5 0,6 – 1,5 2,0 – 4,0

Densidade g/cm3 2,6 1,7 – 1,9 1,4

Axial: -1,3 a -0,1


Coef. dilatação térmica 10-6/K 5/6 -3,5
Radial: 18

Diâmetro das fibras µm 3-13 6-7 12

Estrutura das fibras - isotrópica anisotrópica anisotrópica


Propriedades das fibras

Poliéster
Propriedade Un. Viniléster Epóxi
não-saturado

Resistência à tracção MPa 20 – 70 68 – 82 60 – 80


Módulo de elasticidade GPa 2–3 3,5 2–4
Extensão na rotura % 1–5 3–4 1–8
Densidade g/cm3 1,2 – 1,3 1,12 – 1,16 1,2 – 1,3 Propriedades
13/158 Temp. transição vítrea ºC 70 - 120 102 – 150 100 - 270 das matrizes

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Características Gerais dos FRP


DECivil
Filler – materiais de enchimento inorgânicos:
• Redução dos custos de produção
• Melhorias de desempenho:
- Situação de incêndio (conteúdo orgânico ↓)
- Diminuição da retracção
- Aumento da dureza
- Aumento da resistência química
Exs: carbonato de cálcio, caulino, alumina, sulfato de cálcio

⇒ Inflamabilidade ↓
⇒ Produção de fumo ↓

14/158

7
Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Características Gerais dos FRP


DECivil
Aditivos:
• Melhoria do processamento
• Melhorias de desempenho:
- Diminuição da retracção
- Diminuição do teor em vazios
- Diminuição da inflamabilidade e produção de fumos tóxicos
em situação de incêndio (retardadores de chama)
- Aumento da dureza (elastómeros)
- Diminuição da densidade (precursores de espumas)
- Alteração da cor (corantes)
- Prevenção da perda de cor/brilho devido à radiação UV
(estabilizadores UV)
15/158

Os Materiais Plá
Plásticos Reforç
Reforçados com Fibras (FRP)

Características Gerais dos FRP


DECivil
Filosofia de base no desenvolvimento de materiais FRP:

⇒ Em função dos requisitos específicos, possível combinar:

Varias técnicas de
processamento

→ Diversidade de fibras de reforço


(tipo, orientação e teor)
Perfil híbrido (C+G)

→ Variedade de resinas como matriz

→ Aditivos e filler na matriz (propriedades


específicas)
Tubos com resina
16/158 epóxida

8
A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

2. LAMINADOS E MANTAS DE

FIBRAS DE CARBONO (CFRP)

17/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Funç
Funções estruturais (1) - aumento da resistência

DECivil

Pina et al (IST) 2002 Pina et al (IST) 2002

Viga Simples: Pu= 11,5 kN Viga Reforçada : Pu= 23,9 kN

Laje original
vs
Laje reforçada

18/158 Bettor

9
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Funç
Funções estruturais (2) - aumento da rigidez
DECivil

Ripper Ripper

Chapa de aço simples Chapa de aço após a


colagem de um laminado

19/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Funç
Funções estruturais (3) - aumento da ductilidade
DECivil

Bettor Bettor

20/158

10
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Tipologias – 2 Formas Principais


DECivil • Laminados: Laminados de fibra de carbono unidireccionais, já
endurecidos (prontos a usar), simplesmente colados com um adesivo de
resina epoxy.
• Mantas: Manta de fibras contínuas e uni/bidireccionais (folhas/tecidos),
endurecidas in situ, aglutinadas e coladas com uma matriz epoxy.
NOTA: Existem ainda varões e cordões de CFRP

Bettor Bettor

21/158 Laminados de CFRP Mantas de CFRP

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Propriedades tí
típicas dos CFRP
DECivil
CFRP Folhas Tecidos Laminados
Quantidade
200 a 400 g/m² 300 a 500 g/m² 200 a 400 g/m²
de fibras
Espessura
0,11 a 0,23 mm 0,27 a 0,45 mm 1 a 1,4 mm
de cálculo
Espessura
0,35 a 0,65 mm 0,9 a 1,6 mm 1 a 1,4 mm
do plástico

Proporção de 25 a 40 % 20 a 35 % 65 a 75 %
fibras no
plástico
(aplicação (lam. industrial.)
manual)
Alinhamento
das fibras
Módulo para E/1,1 E/1,2 E
cálculo
Ripper

22/158

11
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Propriedades tí
típicas dos CFRP
DECivil
Laminados MBrace: Mantas MBrace:
- E = 165 a 230 GPa - Ek = 240 a 640 GPa
− σu = 2500 a 3000 MPa (em geral, 240 a 300 GPa)

− εu = 1,2 a 1,4 % − σu,k = 2500 a 3000 MPa


− εu,k = 0,4 a 1,55 %

Laminados SIKA:
- E = 165 a 300 GPa
− σu = 1450 a 2900 MPa
− εu = 0,45 a 1,7 %

23/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Vantagens
(alternativa ao reforç
reforço com chapas metá
metálicas)
DECivil

1. Durabilidade (material não corrosivo)


2. Resistência (σu > 2000 MPa) e rigidez
3. Resistência à fadiga e bom comportamento em fluência
4. Reduzido peso próprio
5. Facilidade de aplicação em obra
6. Preços cada vez mais competitivos

Dificuldades
1. Comportamento em situação de incêndio
2. Comportamento frágil
3. Aderência limita o aproveitamento do material
24/158

12
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Campo de aplicaç
aplicação
DECivil

Bettor Bettor

Mantas em Lajes Laminados em Lajes

Bettor Bettor

25/158 Mantas e laminados em vigas Laminados em vigas

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Campo de aplicaç
aplicação
DECivil

Bettor Bettor Bettor

Mantas e laminados em pilares Chaminés

26/158

13
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

DECivil
Silos e
tanques

Bettor Bettor

Tubos e
túneis

Bettor Bettor

27/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

DECivil

Varões para
reforço de betão

Christoffersen et al.

Cabos de pré-
esforço

Keller
28/158

14
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Constituiç
Constituição do sistema

DECivil
• Primário (preenchimento de poros, melhoria de resistência sup.)
• Argamassa de regularização (Putty) (desviomax = 5mm/2m)
• Adesivo de colagem (laminados) ou saturante epoxy (mantas)
• Mantas ou Laminados
• Revestimento estético e de protecção

Suporte
Suporte

Bettor Bettor

29/158 Sistema para laminados Sistema para mantas

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Trabalhos pré
prévios
DECivil Reparação do betão deteriorado
• Remoção de betão degradado
• Tratamento de armaduras (e eventual
reforço das mesmas)
• Reposição de secções em betão com Bettor

argamassas de reparação ou microbetão.

Reparação de fissuras
• Selagem e injecção de fissuras com
resinas epoxy Bettor

Preparação dos cantos e arestas


• Arredondamento dos cantos até
um raio mínimo de 10 mm.
30/158 Bettor

15
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Trabalhos pré
prévios
DECivil Preparação da superfície
• Remoção de poeira,
sujidade, leitadas ou outros Abertura dos poros

materiais que possam


prejudicar a aderência.
Bettor

Inspecção da superfície
• Inspeccionar as condições da
superfície.
• Verificar as condições ambientais. Bettor

• Não prosseguir com a aplicação


se se verificar alguma das <5C
o

seguintes condições:
Hsubstracto>4% Poros da superfície Potencial fuga
31/158 cheios de água de água
Bettor

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil

1º Decapagem
e tratamento das arestas
(r < 10 mm)

Bettor Lixamento

Ripper Ripper Ripper

32/158 Picagem Jactos de água Jactos de areia

16
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil

2º Aplicação do
primário
(resina epóxida)

Bettor

Primário preenche
os poros

Bettor
33/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil

3º Aplicação da argamassa
de regularização (putty)

Bettor

primário

putty

Bettor
34/158

17
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil
4º Aplicação da 1ª camada de resina

Bettor Bettor

Aplicação no suporte Aplicação directa na manta


(sem pré-saturação da manta) (com pré-saturação da manta)

35/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil
5º Aplicação das
mantas

Manta de fibras de carbono

Bettor Bettor Ripper

Bettor Bettor

1. Ajuste - Talocha de borracha/manual 2. Pressão - Rolo rígido de estrias


36/158 (sobreposição de 10 cm) (na direcção das fibras; remoção de ar)

18
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil

6º Aplicação da 2ª
camada de resina

Bettor

Segunda camada
de saturante

Bettor

37/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Mantas

DECivil

7º Aplicação de uma
camada de
revestimento (opcional)
(protecção fogo/UV)
Bettor

Bettor
38/158

19
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Laminados

DECivil 1º Decapagem

Bettor
Bettor

2º Primário

Bettor
Bettor
39/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Laminados

DECivil
3º Argamassa de regularização

Bettor
Bettor

4º Corte e limpeza do laminado

E
NT O
UE TIC
DIL TÉ
SIN

Laminado de fibras de carbono


Bettor
Bettor Ripper
40/158

20
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Laminados

DECivil
5º Aplicação do adesivo epóxido

Placa doseadora

2 mm

Bettor
Ripper

41/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Laminados

DECivil 6º Aplicação e ajuste do laminado

Bettor
Bettor
1. Aplicação e ajuste - Manual

Bettor

2. Pressão - Rolo rígido de borracha Bettor

42/158 3. Remoção do excesso de adesivo (“rampa”) - espátula

21
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Técnica de Aplicaç
Aplicação – Laminados

DECivil 7º Controlo de qualidade

Teste acústico
• Verificação da existência de
vazios ou delaminações
(após 24 horas de cura).
Bettor

Teste de aderência
• Ensaio de arranque directo (pull-off).

Ripper Bettor
43/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Algumas obras - estrangeiro


DECivil

Ripper Ripper

P. Estacionamento - Brasil Viaduto St.ª Teresa - Brasil

Ripper

Ripper

44/158 Fürstenland Bridge, Sankt Gallen (Suíça)

22
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Algumas obras - Portugal


DECivil

Figueiras Figueiras

Ponte de Nossa Senhora da Guia

45/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Algumas obras - Portugal


DECivil

Viaduto Duarte Pacheco

46/158

23
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

DECivil
Laminados
nas vigas de
bordadura

Mantas sobre
os aparelhos
de apoio

47/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Propostas de dimensionamento - Geral


DECivil • Acréscimo de resistência < 50%
• Coeficiente de segurança da capacidade resistente residual
em caso de destruição do reforço (fogo, vandalismo) = 1.0 a 1.2
• Medidas de prevenção de modos de ruína prematuros do
reforço (controlo de qualidade da adesão)
• Reforçar as zonas de ancoragem (p.e. peças metálicas)

48/158
FIB (2001): “Externally bonded FRP reinforcement for RC structures”

24
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Propostas de dimensionamento - Flexão


DECivil
• Coeficiente de monolitismo < 1.0 (deslizamento relativo)

• Coeficiente de minoração do material - γm = 1.5

• E - Coeficiente de comportamento (módulo de elasticidade):


- 1.0 – laminados
- 1.1 – mantas

• Verificação em serviço: fendilhação e flecha (idêntico ao


preconizado no reforço por colagem de chapas metálicas)

49/158

Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Propostas de dimensionamento - Flexão


DECivil • Verificação à rotura:

- Cálculo de “betão armado” com “armadura” adicional

- Considerar estados de tensão e extensão existentes nos


materiais (betão e armadura) antes da aplicação do reforço
(em geral ≠ 0)

- Extensão na rotura: εu,máx ≈ 0.8% (<< à obtida em ensaios


de tracção)

50/158

25
Laminados e mantas de fibras de carbono (CFRP)

Propostas de dimensionamento - Corte


DECivil
• Cálculo de acordo com o modelo de treliça – consideração da
contribuição resistente das parcelas de betão, estribos e
elementos de reforço:

VRd = Vcd + Vwd + γm x Vfd

• Coeficiente de comportamento de 0,8 a 0,9

• Extensões nos laminados ou mantas limitadas, ε < 0.2% a 0.3%

• Sempre que possível envolver completamente a secção


transversal (alternativa: amarração reforçada)

• Disposição vertical aconselhada (possível orientação inclinada)

51/158

A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS

DOS PERFIS DE GFRP

52/158

26
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Constituição e Formas Estruturais


DECivil • Fibras de vidro:
- Fibras longitudinais contínuas
aglomeradas em mechas
- Mantas de reforço com fios
tecidos em várias direcções
- Véu de superfície com fios
dispersos aleatoriamente
Fibras longitudinais

• Matriz polimérica:
- Resina (poliéster, viniléster, epóxi)
Mantas de reforço
- Material de enchimento (filler)
- Aditivos
53/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Constituição e Formas Estruturais


DECivil

Manta de reforço

Fibras longitudinais

Manta de reforço

Microscópio de alta
54/158
definição

27
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Formas Estruturais
DECivil

Perfis de 1ª Geração
Durante muito tempo copiados da
construção metálica

Problemas de instabilidade
quando sujeitos a
compressões
Perfis de 1ª geração
55/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Formas Estruturais
DECivil Sistema Superdeck
Novos sistemas estruturais
203

Sistema DuraSpan
sobretudo para elementos de laje
190

Sistema EZ Span
(construções novas ou substituição)
216

Sistema Asset
Painéis ligados a vigas longitudinais
225

Sistema ACCS
por colagem/aparafusamento
80

→ Baixo peso próprio


→ Rápida instalação
→ Fácil manutenção

56/158

28
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Processo de Fabrico - Pultrusão


DECivil 1ª Fase: Impregnação das fibras de reforço e aquisição da
forma no interior de um molde, com a matriz no estado líquido

2ª Fase: Solidificação da matriz no molde, resultando um perfil


com a geometria pretendida

Fibras de
reforço
longitudinal Estação de
Guias impregnação
de resinas
Véu de
superfície Sistema de
Molde tracção
aquecido Sistema
de corte

Mantas de
reforço
Pré-forma

57/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil

Tensão de rotura longitudinal

Relação tensão-extensão
Módulo de elasticidade

→ Comportamento elástico-linear até à rotura


→ Tensão de rotura semelhante/superior à do aço

58/158 → Módulo de elasticidade 10 a 20% do aço

29
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil

Densidade Coeficiente de Coeficiente de


dilatação térmica condutibilidade térmica

→ Densidade 4 vezes inferior à do aço


→ Coeficiente de dilatação térmica semelhante ao do aço
→ Coeficiente de condutibilidade térmica muito reduzido
(semelhante ao da madeira e muito inferior ao do aço)

59/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil ORTOTROPIA

Direcção paralela Direcção transversal


Propriedade Un.
às fibras às fibras
Resist. à tracção MPa 200 – 400 50 – 60
Resist. à compressão MPa 200 – 400 70 – 140
Resist. ao corte MPa 25 – 30
Módulo de elasticidade GPa 20 – 40 5–9
Módulo de distorção GPa 3–4
Densidade g/cm3 1,8 – 1,9
Teor em fibras % 50 – 70

Propriedades físicas e mecânicas dos perfis de GFRP

60/158

30
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil → Comportamento ao fogo

• FRP são combustíveis e susceptíveis à ignição, mas


apresentam baixo coeficiente de condutibilidade térmica

• Propriedades dos FRP muito dependentes da temperatura:


- Propriedades mecânicas diminuem para Tg (temperatura de
transição vítrea)
- Resina volatiliza para Td (temperatura de decomposição)
- Condutib. térmica (λ
λ), densidade (ρ
ρ) e calor específico (Cp)
- Mecanismos de degradação: (i) Carbonização;
(ii) Fendilhação; (iii) Delaminação; (iv) Ablação/efeito de escudo
61/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil Soluções
1. Medidas passivas: redução carga de incêndio, limitar emissão
e propagação de chamas, calor e fumos
- Aditivos retardadores de chama e/ou fillers
- Resinas retardadoras de chama (ex: fenólicas)
- Camadas de protecção superficiais (ex: tintas intumescentes,
materiais projectados, painéis de gesso ou silicato de cálcio)

2. Medidas activas: Extinguir o fogo, dissipar o calor e o fumo


(ventilação)
- Sprinklers

62/158 - Arrefecimento por (circulação) de água

31
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil → Durabilidade

• Excelente desempenho comprovado em ambientes


quimicamente agressivos

• Degradação devido a agentes ambientais compatível com


a sua utilização:
Temperatura

Humidade

Radiação UV

• Factor decisivo: Escolha adequada da matriz


⇒ Considerar o tipo de ambiente a que está sujeita !!!
63/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil → Sustentabilidade
• 1.1 Fibra de vidro – Recurso inextinguível + Reciclagem
• 1.2 Matriz polimérica – Resinas não são reprocessáveis, mas:
→ Resultam de co-produtos da indústria petrolífera
→ Quantidades exigidas bastante reduzidas
• 2. Energia requerida na produção é baixa ( ¼ aço; 1/6 alumínio)
• 3. Durabilidade muito superior aos materiais tradicionais
Condutibilidade térmica baixa → poupança energética
• 4. Reciclabilidade – só com resinas termoplásticas !

Adopção de Sustentabilidade ≥
64/158
resinas termoplásticas ? Materiais tradicionais

32
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Propriedades dos Perfis


DECivil Vantagens:
• Baixo peso próprio
• Elevada resistência mecânica
• Elevada resistência à corrosão (durabilidade)
• Fácil manutenção
• Propriedades eléctricas e térmicas

Dificuldades:
• Deformabilidade
LIGAÇÃO AO BETÃO ?
• Instabilidade
(estruturas mistas GFRP-betão)
• Comportamento frágil
• Regulamentação
• Custo inicial
65/158

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Campo de Aplicação
DECivil Elementos não estruturais
e estruturas secundárias
- Saneamento e ETAR’s
- Pesca, portos e petroquímica
- Transporte ferroviário e Metro
- Centrais térmicas e eléctricas

Aplicações
estruturais em
edifícios e pontes
66/158

33
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Exemplos de Aplicação em Portugal


DECivil

Centro Comercial Colombo Oceanário

67/158 Estação do Rossio Marina de Vilamoura Escultura, Porto

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Exemplos de Aplicação no Estrangeiro


DECivil
1. Ponte de Pontresina (1997)

- 2 vigas treliçadas simplesmente apoiadas


- Ligações aparafusadas numa das vigas e
coladas na outra (coladas 15% mais rígidas)
- Instalação: 4 horas

68/158

34
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

2. Ponte de Kolding (1997)

DECivil - Ponte atirantada (8 tirantes) - 100% GFRP


- 40 m de comprimento (2 tramos de 27 e 13 m)
- Tabuleiro com 3.2 m de largura
- Pilares com 18.5 m de altura
- Peso total 12.5 ton (50% da solução em aço)
- Custo total inicial 5 a 10% superior ao das
soluções alternativas (aço e betão)

69/158 Perfis utilizados Ligações aparafusadas em fábrica

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

DECivil

Transporte de um tramo de 27 m Instalação da ponte em 3 peças


18 horas

Vista inferior da ponte Vista superior – Estação Instrumentação


meteorológica no topo dos pilares
70/158

35
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

3. Ponte de Lérida (2001)

DECivil Exigências:

- Manutenção mínima

- Rapidez de montagem

- Sem interferência magnética


com a linha eléctrica

Alçado

- Ponte em arco, 38 m de vão,


6.2 m de altura e 3 m de largura

- Utilizados apenas perfis GFRP

- Rampas de acesso em betão

- Peso total de 19 ton.


71/158 Vista lateral Vista inferior

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

- Ligações (parafusos inox) executadas


DECivil em 3 meses (8 homens)

- Ensaio de carga → comportamento


linear e recuperação da deformação

- Colocação em 3 horas
Ligações aparafusadas

Ensaio de carga Elevação da ponte


72/158

36
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

4. Eyecatcher Building (1999)

DECivil

- Edifício mais alto do mundo com estrutura em FRP (5 pisos)


- Estrutura – 3 treliças trapezoidais (ligações coladas e aparafusadas)
- Fachada em painéis sandwich – isolamento térmico e translucidez
73/158 (integração de funções)

Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

5. Dock Tower (em estudo)


- 36 pisos (108 m), planta circular
DECivil
- Lajes e paredes resistentes em
painéis celulares pultrudidos GFRP
- Fachada em painéis sandwhich
translúcidos

E OF
IC FIC
OFF E
S
DU PL

ROOM
EX

31 /2
61
/2
RO

T
EN
OM

TM
S

AR
AP

SKY GARDEN

SCALE 1 : 100

74/158

37
Caracterí
Características Gerais dos Perfis Pultrudidos de GFRP

Utilização em Reabilitação Estrutural


DECivil

Substituição de pisos de edifícios em


madeira degradados

Substituição de tabuleiros de pontes


75/158
em betão armado degradados

Caracterí
Características Gerais dos Perfis de GFRP

Exemplos de aplicação em Portugal


DECivil

Encamisamento dos pilares do Viaduto Sul da Ponte Vasco


da Gama (medida de controle da corrosão das armaduras)

76/158

38
A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

3. COMPORTAMENTO

ESTRUTURAL DOS

PERFIS DE GFRP

77/158

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.1 Princípios Gerais do Dimensionamento


DECivil

• Comportamento elástico-linear para grandes deformações

• Dimensionamento aos ELS condicionado pela deformabilidade

• Contribuição do corte para a deformabilidade é importante

• Dimensionamento aos ELU condicionado por fenómenos de

instabilidade (resistência última pouco condicionante)

78/158

39
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.2 Comportamento em Serviço


DECivil
1. Modelos de análise

a) Modelos 2D ou 3D b) Modelos de viga


σ11 M33

Ortotropia “Isotropia aparente” na


(complexidade das direcção longitudinal
Em geral, bons
distribuições de
resultados
79/158
tensões/extensões)

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.2 Comportamento em Serviço


DECivil
1. Modelos de análise

 ε 1   1 / E1 − υ 21 / E 2 − υ 31 / E 3 0 0 0   σ1 
 ε  − υ / E 1/ E2 − υ32 / E 3 0 0 0  σ 
 2   12 1   2
 ε 3   − υ13 / E 1 − υ 23 / E 2 1/ E3 0 0 0   σ 3 
 = × 
 γ 23   0 0 0 1 / G 23 0 0  τ 23 
 γ 31   0 0 0 0 1 / G 31 0  τ 31 
     
 γ12   0 0 0 0 0 1 / G 12  τ12 

(Comportamento ortotrópico em cada


laminado – 9 constantes elásticas...)

x
Ex, Gx (“Isotropia aparente”)

80/158

40
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.2 Comportamento em Serviço


DECivil
2. Teoria de vigas e influência do corte

E/G ↑ Em geral, considerar deformabilidade por corte

a) Teoria de Euler δ=
P.L3
48 × EI

b) Teoria de Timoshenko P.L3 P.L


δ= +
48 × EI 4 × GA v

81/158

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.2 Comportamento em Serviço


DECivil 2. Teoria de vigas e influência do corte

Euler Timoshenko

P.L3 P.L3 P.L


δ= = δ= +
48 × E a .I 48 × E e .I 4 × G e .A v

Perfil I-200
 Ee 
1 1  Ge 
= 
× 1 + 12 × 
Ea Ee 


L
2
i 
( )

Influência → E/G ↑
do corte → L/i ↑↑
82/158

41
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.2 Comportamento em Serviço


DECivil
3. Determinação das constantes elásticas (E e G “efectivos”)

Aço (homogéneo ⇒ Propriedades intrínsecas do


e isotrópico) material

Perfis de GFRP ⇒ Depende em geral, do tipo de


secção e arranjo de fibras nas
várias camadas do perfil

Eprovetes ≠ Eperfil

83/158

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.2 Comportamento em Serviço


DECivil
3. Determinação das constantes elásticas (E e G “efectivos”)

Teoria clássica dos compósitos laminados


ANÁLISE
MICROMECÂNICA MACROMECÂNICA ESTRUTURAL

Matriz

Fibra

Camada Laminado Estrutura

Ensaios experimentais em perfis – variar L e registar P e δ

P.L3 P.L
δ= +
48 × E e .I 4 × G e .A v

84/158

42
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.3 Modos de Rotura


DECivil 1. Estados limites últimos

• Resistência à flexão
• Resistência axial
• Resistência ao corte
• Resistência ao esmagamento
• Encurvadura da alma por flexão
• Encurvadura da alma por corte
• Encurvadura do banzo de compressão
• Encurvadura lateral por flexão-torção
• Encurvadura por flexão

Perfis com secção de parede fina (secções I, H, U):


⇒ Fenómenos de instabilidade (local ou global)
85/158

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.3 Modos de Rotura


DECivil 1. Estados limites últimos

Esbelteza ↑ ⇒ Encurvadura lateral por


Vigas flexão-torção (instabilidade global)

Esbelteza ↓ ⇒ Encurvadura local do banzo


comprimido (instabilidade local)

Esbelteza ↑ ⇒ Encurvadura por flexão (global)

Colunas Esbelteza ↓ ⇒ Encurvadura local

Esbelteza ↓↓ ⇒ Esmagamento do material

86/158

43
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.3 Modos de Rotura


DECivil 2. Encurvadura lateral em vigas flectidas

- Fenómeno: Instabilidade da viga devido a


uma combinação de flexão lateral e torção
(importante em secções abertas)

- Expressões do EC3: Bons resultados para vigas em GFRP (Mottram)


adaptadas a um material ortotrópico

 2 
0,5 
π 2 E x, zz I zz   k  I ( kL) 2 G yz J 
M cr = C1 × ×    w + 2 + ( C 2 e) 2  − C 2 e 
( kL )2  k w  I zz π E x, zz I zz 
 
 

- Importância do fenómeno: E ↓ e E/G ↑ ⇒ Mcr << Mu


87/158

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3. Instabilidade local de elementos comprimidos

DECivil - Fenómeno: Encurvadura do elemento


comprimido num modo que consiste
numa sucessão de ondas

- Rotura: Grandes deformações no regime de pós-encurvadura


⇒ Rotura do banzo comprimido com delaminação
⇒ Separação banzo-alma

- Expressões de dimensionamento: Várias (Pecce e Cosenza; Kollár)


88/158

44
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.3 Modos de Rotura


DECivil 4. Encurvadura de flexão em colunas comprimidas

- Importância do Fenómeno: Colunas esbeltas (L/i > 50)

- Expressão de Euler: Bons resultados para colunas de GFRP


(adaptadas a um material ortotrópico)

π 2 × E c, x × I min
PE =
L2

Deformação por corte


(Zureick e Scott)
Pe = PE × ηs 1
ηs =
n s × π2 E c, x
1+ 2
×
 L eff  G yz
  ×A
 i 
89/158 NOTA: ns depende da secção transversal e eixo de flexão (tabelado)

Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.4 Regulamentação
DECivil
→ Ainda não existe regulamentação específica oficial

→ Dimensionamento baseado em livros técnicos e manuais dos


fabricantes – tabelas de cálculo (informação fornecida limitada):

- Europa: Fiberline, Fiberline Composites Design Manual (2003)


- E.U.A: Strongwell, EXTREN Design Manual (2008)
Creative Pultrusions, The New and Improved Pultex
Pultrusion Design Manual (2004)

90/158

45
Comportamento Estrutural dos Perfis de GFRP

3.4 Regulamentação
DECivil → EUROCOMP (1996) – Pré-eurocódigo (filosofia semelhante)

→ EN 13706 (2002) – “Reinforced plastics composites – Specifications


for pultruded profiles” (2 classes de materiais, propriedades e ensaios)

→ CNR-DT 205/2007 (2007) – “Italian guidelines for pultruded profiles”

91/158

A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

4. LIGAÇÕES ENTRE
PERFIS DE GFRP

92/158

46
Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.1 Tipos de Ligações


DECivil
→ Aparafusamento

→ Colagem

→ Aparafusamento + Colagem

→ “Interlock” (encaixe mecânico)

Ligações Aparafusadas Ligações Coladas Ligações por “interlock”


93/158

Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.2 Ligações Aparafusadas


DECivil
→ Copiam a geometria da ligações da construção metálica pela
sua flexibilidade e familiaridade dos agentes da construção.

→ Algumas diferenças:

• Ausência de ductilidade ⇒ Concentrações de tensões


elevadas nas zonas dos furos

• Anisotropia ⇒ Dificuldades nas direcções transversais

• Modos de rotura semelhantes mas os mecanismos que os


provocam são diferentes

⇒ Critérios de rotura da construção metálica não são


directamente aplicáveis!!

94/158

47
Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.2 Ligações Aparafusadas


DECivil Ensaios em ligações monoaparafusadas

Modos de rotura Modo de rotura


→ Esmagamento (E/D e W/D ↑) mais “benigno”
(dúctil)
→ Corte local (E/D ↓ e W/D ↑)

→ Tracção (E/D ↑ e W/D ↓)

→ Corte em bloco (E/D ↓ e W/D ↓)

→ Corte do parafuso
95/158

Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.2 Ligações Aparafusadas


DECivil Ensaios em ligações viga-coluna

Modos de rotura específicos:


→ Delaminação dos vértices das cantoneiras
→ Separação alma - banzo na coluna por
delaminação na zona de junção

96/158 Peças de reforço da ligação

48
Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.2 Ligações Aparafusadas


DECivil
Dimensionamento de ligações aparafusadas

→ Muitas vezes condicionante para a escolha dos perfis


→ Manuais dos fabricantes: Tabelas de cálculo (esquemas simples)
→ Fórmulas empíricas e recomendações de investigadores/fabricantes
(procuram garantir a rotura da ligação por esmagamento)
Fonte t (mm) D/t E/D S/D W/D Dfuro-D (mm) Danilha/D
6,35 a 1,0 2,0 a 1,5 4,0 a
Strongwell (1989) 1,6 -
19,05 a 3,0 4,5 a 3,5 5,0
0,5 2,5 e
Fiberline (1995) 3 a 20 2,0 4,0 1,0 2,0
a 16,0 3,5
1,0
Eurocomp (Clarke, 1996) - ≥ 3,0 ≥ 0,5 W/D ≥ 3,0 ≥ 0,05D > 2,0
a 1,5
6,35 a 2,0 a 1,5 a 4,0 a
Creative Pultrusions (1999) - 1,6 2,5
12,7 4,5 3,5 5,0
9,35 a 0,5 a Mono-
Rosner e Rizkalla (1995) 5,0 5,0 1,6 -
19,05 1,0 aparafusada
Mono-
Cooper e Turvey (1995) 6,35 1,6 3,0 4,0 0,1 a 0,3 -
97/158 aparafusada

Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.2 Ligações Aparafusadas


DECivil
Dimensionamento de ligações aparafusadas

→ Rigidez da ligação:

• Abordagem corrente → Ligações rotuladas

• Vários estudos em curso para contabilizar


rigidez das ligações → Ligações semi-rígidas

Diminuição da deformabilidade

98/158

49
Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.3 Ligações Coladas


DECivil
→ Melhor adaptadas às características específicas do
material (forças transmitidas à matriz de uma forma mais
uniforme) e, em geral, mais resistentes e mais rígidas

→ Questões:
• Durabilidade das colas a longo prazo / incêndio
• Elevada espessura dos elementos a ligar
• Qualidade de execução em obra

→ Dimensionamento: MEF ou expressões analíticas


genéricas (EUROCOMP)
⇒ Não adaptadas a perfis pultrudidos de GFRP

99/158

Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

4.4 Ligações Aparafusadas e Coladas


DECivil
→ Situações em que se justificam:
• Parafusos para prevenir efeitos de uma execução
deficiente da colagem ou deterioração em serviço
da cola
• Melhorar o processo de colagem pela pressão de
aperto dos parafusos
• Satisfazer exigências de deformabilidade com a
cola e as de resistência com os parafusos
→ Dimensionamento: MEF ou abordagem simplificada
(tomar apenas a resistência de um dos elementos)

100/158

50
A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

5. INVESTIGAÇÃO
REALIZADA NO IST

101/158

A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

Objectivos do Trabalho Realizado


DECivil Utilização estrutural de perfis pultrudidos de GFRP

Caracterização Comportamento Comportamento Durabilidade


mecânica de elementos dos principais em ambientes
do material estruturais tipos de ligações agressivos

Ensaios em Ensaios em Ensaios em Ensaios de


provetes vigas e colunas ligações envelhecimento
Comportamento Ensaios de conexão de corte
de estruturas
mistas GFRP-betão Ensaio de vigas mistas GFPR-betão

Comportamento Ensaios de resistência ao fogo


102/158 ao fogo Ensaio de reacção ao fogo

51
A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

5.1 CARACTERIZAÇÃO
MECÂNICA DO MATERIAL
DOS PERFIS DE GFRP

103/158

IST - Caracterizaç
Caracterização Mecânica do Material dos Perfis de GFRP

Caracterização Constantes elásticas


DECivil mecânica do material
(ortotrópico) Resistência do material

2 Alternativas

Ensaios experimentais Perfis I 200x100x10 mm


TopGlass (STEP)

Teoria clássica dos compósitos laminados

ANÁLISE
MICROMECÂNICA MACROMECÂNICA ESTRUTURAL

Matriz

Fibra
Estrutura ou
Camada Laminado
elemento estrutural
104/158

52
IST - Caracterizaç
Caracterização Mecânica do Material dos Perfis de GFRP

5.1.1. Determinação do teor em fibra (ISO 1172)


DECivil

Mufla ventilada a 625 ºC Balança de Precisão

Mfinal
Teor = × 100 Teor = 62.2 %
Minicial

105/158

IST - Caracterizaç
Caracterização Mecânica do Material dos Perfis de GFRP

5.1.2. Ensaio de Tracção (ISO 527–1 e 4)


DECivil 600
500
Propr. Long.
Tensão (MPa)

400
300
200
σtu (MPa) 475.5
100
0
Et (GPa) 32.8
0 5 10 15 20
Extensão (1E-3) εtu (1E-3) 15.4
TA1 TA2 TA3 TA4 TA5

5.1.3. Ensaio de Compressão (ASTM D695)


70
60
50 Propr. Long. Tran.
Força (kN)

40
30 σcu (MPa) 375.8 122.0
20
10
0
Ec (GPa) 26.4 7.4
0 0,5 1 1,5
Deslocamento (mm) εcu (1E-3) 17.0 21.5
CBL7 CBL8 CBL9 CBL10 CBL11 CBL12

106/158

53
IST - Caracterizaç
Caracterização Mecânica do Material dos Perfis de GFRP

5.1.4. Ensaio de Flexão (ISO 14125)


DECivil 700
600
Propr. Long.

Tensão (MPa)
500
400
300 σfu (MPa) 624.6
200
100 Ef (GPa) 26.9
0
0 10 20 30 40
εfu (1E-3) 25.0
Extensão (1E-3)
FA1 FA2 FA3 FA4 FA5 FA6 FA7

5.1.5. Ensaio de Corte Interlaminar (ASTM D2344)


12
Força (kN) 10

4
Propr. Long.
2
F,sbs (MPa) 35.0
0
0 1 2 3 4
Deslocamento (mm)
CIBL1 CIBL2 CIBL3 CIBL4 CIBL5

107/158

A Utilizaç
Utilização Estrutural de Perfis Pultrudidos de GFRP

DECivil

5.2 COMPORTAMENTO
ESTRUTURAL DE
PERFIS DE GFRP

108/158

54
IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

5.2.1. Ensaio da Viga V1 (L = 4.00 m)


DECivil
⇒ Carga pontual a meio vão
⇒ Contraventamentos laterais em 4 secções

S3 S4 S5 S6

S1 S2

Secção contraventada
Secção instrumentada
ε2 ε1

Deflectómetro
Extensómetro

ε3 ε4
109/158 δ1

IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

DECivil

Rotura por instabilidade


σf,x(max) = 269.2 MPa
local do banzo superior

Estimativas:

Kollár: σcr,x = 259.3 MPa (∆ = -3.7%)

MEF: σcr,x = 241.0 MPa (∆ = -10.5%)


110/158

55
IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

70 60

60 50

Momento (kN.m)
DECivil Força (kN) 50
40
40
30
30
20
20

10 10

0 0
0 20 40 60 80 100 120 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Deslocamento (mm) Curvatura (1/m)

P.L3 1 M
δ= Ea = 33.9 GPa Ee = 38.8 GPa =
48 × Ea I R Ee I

P × L3 P×L 12.6% Deformabilidade


δ= +
48 × E e I 4 × G e A v por corte (E/G ↑)

111/158

IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

5.2.2. Ensaio das Vigas V2 (L = 1.44 m) e V3 (L = 1.00 m)


DECivil 100
Viga V2
80
Força (kN)

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 12
Deslocamento (mm)

Rotura por
Deformabilidade por corte (%)

70
V3
60
esmagamento da alma 50
V2
40

30

20
V1
V2: σc,y (alma) = 112.6 MPa 10

0
V3: σc,y (alma) = 137.1 MPa 0 10 20 30 40 50 60
112/158
Esbelteza (L/i)

56
IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

Determinação das constantes elásticas


DECivil
P × L3 P×L y = a + b.x (δ/P ) = 1 1
δ= + + × L2
48 × EeI 4 × G e A v L 4 × G e A v 48 × EeI

5,0E-04
V1

(δ /P)/L (kN/mm )
2
4,0E-04

3,0E-04

2,0E-04 1
V2
1 1,0E-04 V3 48 × Ee I
4 × GeA v 0,0E+00
0,0E+00 5,0E+06 1,0E+07 1,5E+07 2,0E+07
L2 (mm2)

Ee = 38.3 GPa
Ge = 3.58 GPa
113/158

IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

5.2.3. Ensaio da Viga V4 (L = 4.00 m)


DECivil
16
14
12
Força (kN)

10
8
6
4
2
0
0 5 10 15 20 25
Deslocamento (mm)

σf,x(max) = 58.0 MPa


Instabilidade lateral por flexão-torção
M,max = 12.97 kN.m
Estimativa (expressão EC3)
 0,5 
π 2 E x , zzI zz   k  I w (kL) 2 G yz J 
2

M cr = C1 ×
(kL) 2
×    + 2
  k w  I zz π E x , zz I zz
+ (C 2 e) 2  − C 2e 
 
Mcr = 4.66 kN.m
  
114/158 MEF: Mcr = 4.96 kN.m

57
IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

5.2.4. Ensaio em consolas


DECivil
⇒ Carga pontual na extremidade da consola

⇒ Efeito do vão (L = 2.0, 3.0 e 4.0 m) e do ponto de aplicação


da carga (banzo superior, centro de corte e banzo inferior)

115/158

IST - Comportamento Estrutural de Perfis de GFRP

5.2.5. Ensaio de colunas curtas à compressão


250
DECivil
200
Tensão (MPa)

150

100

50

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Extensão (1E-3)

Rotura com delaminação do banzo


e separação entre banzos e alma

σc,x(max) = 199.1 MPa

116/158

58
A Utilizaç
Utilização Estrutural de Perfis Pultrudidos de GFRP

DECivil

5.3 COMPORTAMENTO DAS


LIGAÇÕES ENTRE
PERFIS DE GFRP

117/158

IST - Comportamento das Ligaç


Ligações entre Perfis de GFRP

Aparafusadas
Ensaios em
DECivil
ligações entre Coladas
perfis de GFRP Aparafusadas e Coladas

Esquema das ligações:

. Sobreposição dupla com cobrejunta


(2 chapas interiores + 2 chapas exteriores)

. Parafusos M8 (fu = 480 MPa) e anilhas φ24

. Cola epóxi (Bostik)

. Esforço axial de tracção


118/158

59
IST - Comportamento das Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

Ligação aparafusada Ligação colada


DECivil

τu = 47.1 MPa

Rotura por corte


Rotura por delaminação das
Aparafusada + colada chapas interiores (“fiber-tear”)

1º Rotura por descolamento (chapas interiores)


2º Rotura final por corte do perfil
119/158

IST - Comportamento das Ligaç


Ligações entre Perfis de GFRP

Comparação do comportamento das ligações


DECivil 60
LC3
50
Força (kN)

40
30
LP2 LPC3
20
10
0
0 2 4 6 8 10
Deslocamento relativo (mm)
Aparafusada - LP2 Colada - LC3 Aparafusada e Colada - LPC3

Ligação Fmáx (kN) K (kN/mm)


Aparafusada 24.3 ± 3.5 10.8 ± 2.9
Colada 41.7 ± 6.0 54.9 ± 6.2
Aparafusada + Colada 39.0 ± 12.1 52.1 ± 9.4
120/158

60
IST - Comportamento das Ligaç
Ligações entre Perfis de GFRP

Estudo do comportamento de ligações coladas


DECivil → Influência da geometria e do tipo de cola (rigidez, resistência)
→ Estado de tensão nos componentes da ligação
→ Modos de rotura
→ Desenvolvimento de um método de previsão da carga de rotura

Parâmetros analisados:
→ Geometria da ligação (overlap, ta, rf)

121/158
→ Tipo de cola (epóxi, poliuretano)

IST - Comportamento das Ligaç


Ligações entre Perfis de GFRP

Estudo do comportamento de ligações coladas


Ensaios à tracção Modelo Numérico
DECivil

Modelo de previsão

Sequência de rotura filmada com


122/158 câmara de alta velocidade (2’000 fps)

61
A Utilizaç
Utilização Estrutural de Perfis Pultrudidos de GFRP

DECivil

5.4 COMPORTAMENTO DE
VIGAS MISTAS GFRP-BETÃO

123/158

IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-


GFRP-Betão

5.4.1. Ensaios de conexão de corte


DECivil Esquema de ensaio

• Perfil de GFRP Ι (200x100x10 mm) + cubos de betão (20 cm)

• 2 Parafusos M10 (8.8) em cada banzo / Resina epóxi (2 mm)

(Planta)

(Secção)

124/158 Solução aparafusada Solução colada

62
IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-
GFRP-Betão

Sistema de fc Ec φparaf K Fs,max Modo de


Betão
conexão [MPa] [GPa] [mm] [kN/mm] [kN] rotura
SCS 1 C1 43.3 33.9 8 50.3 67.5 Parafusos (corte)
DECivil
SCS 2 C2 39.9 32.5 10 80.7 157.1 Parafusos (corte)
SCS 3 C3 36.9 30.9 10 50.6 108.3 Betão (comp.)
SCS 4 C3 36.9 30.9 Epóxi 427.4 55.5 Betão (tracção)
SCS 5 C4 27.1 29.0 Epóxi 244.1 44.9 Interface B-A
SCS 6 C5 51.3 35.3 Epóxi 291.7 80.1 Interface B-A

125/158 Sistema SCS2 Sistema SCS6

IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-


GFRP-Betão

5.4.2. Concepção/Análise de vigas mistas GFRP-betão


• Análise para momentos positivos e negativos
DECivil
• Análise elástica vs Análise à rotura
• Situações de interacção/conexão: Completa vs Parcial
a) Análise emelástica
a) Análise serviço b)
b)Análise
Análise naà rotura
rotura
Ec a1) a1)
Interacção a2a2)
) Interacção ba1)
1) Conexão ba2)
2) Conexão b3) Tensões
n= Interacção Interacção Interacção Interacção
Ep total
completa parcial
parcial total
completa parcial
parcial
ε ε ε ε σ
εc εc = 0,0035 εc = 0,0035 σc = f c
Xe,el Xe,u 0.8 Xe,u
dp
εf1 εslip εslip σf1
Betão
Betão
dc
Parafuso
Parafuso
Aw GFRP
GFRP
Ec, Ac, Ic
εw σw
Ep, Ap, Ip
Af
εf2 σf2
εp σp

Expressões para o Xe, EIeqGFRP , δ (serviço)


126/158 dimensionamento Sc, Xu, Mu, Vu (rotura)

63
IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-
GFRP-Betão

5.4.3. Ensaios em vigas mistas GFRP-Betão

DECivil
Total de 8 vigas mistas ensaiadas em flexão:
- Diferentes vãos, condições de apoio e carregamento
- Sistemas de conexão de corte aparafusado vs. colado
• M+ → Esmagamento do betão (vão de 4.00 m)
• M- → 1º Cedência do aço ; 2º Encurvadura banzo inferior

4.00 1.80

HB2 (colada) HB3 (aparaf), HB4a/b Epoxy


HB1 (aparafusada) e Stainless e HB5 (colada)
Parafusos
steel bolts Epóxi
adhesive

2.00
Solução2.00 2.00
aparafusada 2.80
Solução colada2.80

127/158
HB6 (colada) HB7 (colada)

IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-


GFRP-Betão

Propriedades da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil
⇒ Perfil GFRP: Ep = 38.3 GPa 2φ8+2φ6

⇒ Betão: Ec = 36.0 GPa φ6//0,10


M10 M10

fc = 39.9 MPa
⇒ Conectores: 2 parafusos M10
Af = 12.5 cm
Rec = 1,5 cm

EI,eq (não fendilhada) = 4956 kN.m2


EI,eq (fendilhada) = 4631 kN.m2
δp/δt = 1.13
Mu = 175.2 kN.m (188.5 kN.m com interacção completa)
128/158

64
IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-
GFRP-Betão

Preparação da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil

Comprimento Total = 4.80 m


Vão de ensaio = 4.00 m
129/158

IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-


GFRP-Betão

5.4.4. Ensaio da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil
⇒ Carga pontual a meio vão aplicada aos 28 dias
⇒ 2 ciclos de carga com controlo da força aplicada

S3 S1 S4 S2

ε5 ε6
ε7 ε8

δ3
δ2
ε3 ε4
δ4 δ5
Deflectómetro (vertical)
Deflectómetro (horizontal)
Extensómetro

ε1 ε2
δ1

130/158

65
IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-
GFRP-Betão

5.4.4. Ensaio da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil
Esmagamento do betão
1º Ciclo
Viga descarregada para Fmax = 178.4 kN
(Valor previsto: F,u = 175.2 kN )

131/158

IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-


GFRP-Betão

5.4.4. Ensaio da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil Propagação da região esmagada em altura e
comprimento da lâmina de betão
2º Ciclo Rotura final súbita por corte da alma do perfil,
com delaminação e flexão na secção de ½ vão,
para Fu = 182.0 kN (σf,máx(GFRP) = 386 MPa)

132/158

66
IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-
GFRP-Betão

5.4.4. Ensaio da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil

133/158

IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-


GFRP-Betão

5.4.4. Ensaio da viga mista GFRP-Betão HB1


200
DECivil
175
150
Força (kN)

125
100
75
50
25
0
0 20 40 60 80 100 120
Deslocamento (mm)
VIGA MISTA - 1º CICLO VIGA MISTA - 2º CICLO VIGA GFRP

Melhorias em relação à viga de GFRP (V1):


- Rigidez aumentou 3.5 vezes
- Resistência última aumentou 3 vezes
- Aproveitamento da resistência do perfil aumentou 40%
134/158 - Alguma “pseudo-ductilidade” (no 1º ciclo)

67
IST - Comportamento de Vigas Mistas GFRP-
GFRP-Betão

5.4.4. Ensaio da viga mista GFRP-Betão HB1


DECivil
200
180
160
140
Força (kN) 120
100
80
60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120
Deslocamento (mm)
1º CICLO 2º CICLO Modelo

δ  P × L3 P×L
δL / 2 =  p  × + Bons resultados
 δ t  48 × E.I GFRP
eq 4 × G GFRP
p .A w

135/158
Flexão Corte

A Utilizaç
Utilização Estrutural de Perfis Pultrudidos de GFRP

DECivil

5.5 DURABILIDADE DOS


PERFIS DE GFRP

136/158

68
IST - Durabilidade dos Perfis de GFRP

Ensaios de Água
DECivil
durabilidade em Temperatura
perfis de GFRP Radiação UV

Duração de
9 meses

→ Aspecto
→ Massa Resistência
→ Propriedades em flexão Extensão na rotura
Módulo de elasticidade

137/158

IST - Durabilidade dos Perfis de GFRP

Ambientes de Envelhecimento
DECivil
Câmara de Câmara de Câmara QUV
imersão condensação

T = 20ºC T = 60ºC Ciclos de 4h:


HR = 100% HR = 100% - T = 60ºC + UV
(imersão) (condensação) - T = 50ºC + HR = 100%
3, 6 e 9 meses 3, 6 e 9 meses 2.4, 4.6, 6.7 e 9 meses

138/158

69
IST - Durabilidade dos Perfis de GFRP

Mudança de aspecto

DECivil Câmara QUV

Condensação a 60 ºC

Imersão a 20 ºC

Variação de massa
0,4
Ambiente ∆M (%)
Variação de m assa (%)

0,3
0,2
0,1 Imersão + 0.34
0,0
-0,1 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Condensação + 0.31
-0,2
-0,3
QUV - 0.29
-0,4
Período de exposição (horas)
Imersão em água Câmara de Condensação Câmara QUV
139/158

IST - Durabilidade dos Perfis de GFRP

Resistência à flexão Extensão na rotura


Extensão na rotura (µ strain)
Resistência à flexão (MPa)

700 30
600 25
DECivil 500
20
400
15
300
10
200
100 5

0 0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0 3 6 9
Período de exposição (meses) Período de exposição (meses)
Imersão em água Câmara de Condensação Câmara QUV Imersão em água Câmara de Condensação Câmara QUV

Módulo de elasticidade
Módulo de elasticidade (GPa)

35
∆σfu,x ∆εfu,x ∆Ef,x
30
Ambiente
25 (%) (%) (%)
20
15 Imersão - 15.6 - 13.0 + 3.7
10
5
Condensação - 19.3 - 17.7 + 1.0
0
0 3 6 9
QUV - 2.3 - 2.0 + 5.2
Período de exposição (meses)
Imersão em água Câmara de Condensação Câmara QUV
140/158

70
A Utilizaç
Utilização Estrutural de Perfis Pultrudidos de GFRP

DECivil

5.6 COMPORTAMENTO AO
FOGO DE PERFIS DE GFRP

141/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

5.6.1. Ensaios de DMA e DSC/TGA

DECivil Ensaios de análise dinâmica mecânica (DMA)

→ Determinação da relação entre rigidez e temperatura


→ Temperatura de transição vítrea: Tg = 140 ºC (Tg,onset = 82 ºC)

Analisador DMA Ensaio em dupla


consola
142/158

71
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

5.6.1. Ensaios de DMA e DSC/TGA

DECivil Ensaios de calorimetria diferencial de varrimento (DSC) e


análise de termogravimetria (TGA)

→ Determinação da alteração de massa e energia com a


temperatura
→ Temperatura de decomposição: Td = 356 ºC

Analisador DSC/TGA Forno e porta-provetes


143/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

5.6.2. Ensaios de resistência ao fogo


DECivil Programa experimental e objectivos

→ Programa: Ensaios à flexão (ISO 834) em 5 vigas tubulares


- 1 não protegida e 4 com diferentes sistemas de protecção:
(i) Tinta intumescente, 2 mm (ii) Painel de silicato cálcio, 15 mm
(iii) Argamassa vermiculite/perlite, 15 mm (iv) Circulação H2O

→ Objectivos:
• Resposta térmica (perfis de temperatura)
• Resposta mecânica (deslocamentos/deformações; modos de
rotura)
• Resistência ao fogo dos vários sistemas → campo de aplicação
144/158

72
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Esquema de ensaio

DECivil Exaustão
*Temperatura
Pórtico de 1
reacção 32

Viga de 4
δ1 δ2 δ3 5
transmissão δ δ δ δ δ 6
da carga * Viga de
ensaio
78 11
Apoios 9 10

Forno * Extensões
ISO 834 1 2
T(t)

Depósitos de água
145/158 (Fserv → δ ~ L/400)

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Perfis de temperatura


Viga não protegida
DECivil
1
32

4
5
6

78
9 10

146/158

73
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Perfis de temperatura


Viga protegida com painel de silicato de cálcio
DECivil Temperature
1
32

4
5
6

78 11
9 10

147/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Perfis de temperatura


Viga protegida por circulação de água
DECivil
1
32

4
5
6

78
9 10

148/158

74
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Deslocamentos

DECivil

Fogo
149/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Modos de rotura

DECivil → Perfil de GFRP não protegido

150/158

75
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Modos de rotura

DECivil
→ Perfil de GFRP não protegido: rotura em compressão do
banzo superior, junto ao meio vão, com ablação da manta do
banzo inferior (~ viga protegida com tinta intumescente)

151/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

→ Perfil de GFRP protegido com painel CS: Rotura do banzo


superior/alma em compressão/corte sob o ponto de aplicação da
DECivil
carga (~ perfil protegido com argamassa VP)

152/158

76
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – Resistência ao fogo

DECivil

153/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

5.3. Ensaios de reacção ao fogo

DECivil Programa experimental e objectivos

→ Programa: Testes em calorímetro de cone (chapas 100x100 mm2)


- 1 série não protegida e 3 com materiais de protecção:
(i) tinta intumescente (ii) Painel CS (iii) Argamassa VP
- 4 fluxos de calor diferentes: 25, 35, 50 e 75 kW/m2

→ Objectivos:
• Propriedades de reacção ao fogo: tempo de
ignição, taxa de libertação de calor, perda de
massa, espessura de carbonização, calor de
combustão, libertação de fumo, CO e CO2
154/158

77
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – provetes não protegidos

DECivil

155/158

IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Resultados – efeito dos materiais de protecção

DECivil → Reduções significativas nos valores médio e de pico de todas


as propriedades de reacção ao fogo:
• Maiores reduções com argamassa VP
• Menores reduções com tinta intumescente

156/158

78
IST - Comportamento ao Fogo de Perfis Pultrudidos de GFRP

Estimativa das classes de reacção ao fogo

DECivil
→ Software ConeTools – modelo de propagação de chama
(SP Tech. Res. Inst., 2002)
1000
• Input: HRR no calorímetro 900 GFRP não protegido
800 ⇒ Euroclasse D
de cone para um fluxo 700

FIGRA [W/s]
600

incidente de 50 kW/m2 500

400

• Output: FIGRA (ensaio SBI) 300

200

e euroclasse prevista
100

0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600
Time [s]

Provetes Euroclasse Nacional Restrições


Não protegido D M3 Cobertura e escadas interiores
Protegido – Intumescente A2/B M0/M1 Cobertura e escadas interiores (se M1)
Protegido – Painel CS A1/A2 M0 Sem restrições
157/158 Protegido – Argamassa VP A1/A2 M0 Sem restrições

A Utilizaç
Utilização de Materiais FRP na Reabilitaç
Reabilitação de Construç
Construções

DECivil

“Patologia, Inspecção e Reabilitação de Edifícios Tradicionais”

158/158
FUNDEC, 6-7 e 13-14 de Novembro de 2009

79

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