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Relatório de Física - Linhas Equipotenciais 1

1.INTRODUÇÃO

Se colocamos uma carga elétrica numa região do


espaço, ocorre uma perturbação no meio.A essa perturbação
damos o nome de CAMPO ELÉTRICO.Colocando uma carga de prova
qo num certo ponto do campo, esta irá interagir com a
primeira, sofrendo a ação e uma força elétrica de atração ou e
repulsão.O campo elétrico é definido como o quociente da
força elétrica eu atua no campo pela carga qo : E = F / qo
A configuração de um campo elétrico pode ser
indicada por linhas de força.A tangente a uma linha e orça
num dado ponto nos dá a direção do campo elétrico E nesse
ponto.Podemos também estabelecer através das linhas de
campo, regiões onde o campo E é mais intenso.Em áreas
onde as linhas de campo são bem próximas o módulo de E é
grande, e onde as linhas são mais espaçadas o módulo de E é
pequeno.
Uma superfície cujos pontos possuem mesmo potencial é
chamada superfície equipotencial.As linhas essa superfície
são chamadas linhas equipotenciais que são curvas que
apresentam mesmo potencial elétrico. Uma característica das
linhas equipotenciais é que entre dois pontos da mesma linha
não há corrente elétrica em conseqüência da ddp entre estes
pontos ser zero.Através do traçado de linhas de campo
podemos traçar linhas de campo, por que estas são
perpendiculares às linhas equipotenciais.
Ë este o objetivo do experimento: Representar as linhas
de campo elétrico a partir de linhas equipotenciais utilizando
configurações variadas de cargas opostas e fixas.As
configurações empregadas para este fim são as que seguem:

+
+ -
Relatório de Física - Linhas Equipotenciais 2

-
Configuração 1 Configuração 2

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E DISCUSSÃO DOS


RESULTADOS

Para ambas as configurações, a cuba foi nivelada e nela


foi colocado o liquido condutor, que se trata de uma solução e
sulfato de cobre( CuSO4 ). Esse líquido é dito condutor, pois há
o deslocamento de portadores e cargas positivas (Cu++) e de
portadores de carga negativa (SO4--). Os eletrodos foram
colocados na placa de vidro, de modo que ficassem
parcialmente imersos na solução.A eles foi estabelecida uma
ddp devido a fonte de tensão.Para a primeira configuração,
utilizamos eletrodos cilíndricos e para a segunda, utilizamos
um eletrodo cilíndrico e uma haste metálica.
Utilizamos uma sonda fixa que colocamos num ponto
arbitrário, e foi feita a utilização de uma sonda móvel que
percorria a placa a procura de pontos em que a ddp entre
estes e o ponto marcado pela sonda fixa era nula, indicada
através do zero no galvanômetro.Quando há deflexão no
galvanômetro é sinal de que há corrente passando através do
fluido entre as sondas móvel e fixa. Conforme fossemos
encontrando número suficiente de pontos mudávamos o
ponto da sonda fixa e reiniciávamos o processo.De posse dos
pontos encontrados foram traçadas as linhas equipotenciais.A
partir destas, foram traçadas a linhas de campo.As linhas de
campo e equipotenciais foram traçadas conforme legenda:
-------------------- Linhas Equipotenciais
Linhas de campo
Se duas linhas equipotenciais se cruzam, podemos dizer
que estas pertencem à mesma superfície, por que se elas se
interceptam é porque a ddp entre elas é nula, então
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pertencem à mesma superfície, já que possuem o mesmo


potencial.
Os eletrodos podem ser considerados equipotenciais,
pois como se sabe, nos metais condutores a carga elétrica
sempre se distribui por sua superfície ficando esta portanto,
como se estivesse em um mesmo potencial. Isto é válido, pois
consideramos a resistividade do eletrodo muito menor que a
do fluído, caso contrário teríamos praticamente todo o
conjunto sob um mesmo potencial.
Se o fundo da cuba não fosse horizontal, não teríamos a
resistividade do fluido uniforme.Uma variação da
profundidade da cuba é análoga a uma variação de dielétricos
no caso eletrostático equivalente, pois aumentando o volume
da solução na cuba teríamos menor passagem de corrente,
assim como aumentando um dielétrico, temos a diminuição
da intensidade do campo.Assim, se o fundo da cuba não fosse
horizontal, haveria uma distorção nas linhas de corrente, pois
a solução estando mais concentrada em algumas regiões, as
linhas equipotenciais sofreriam mudanças nessas áreas.
A equipotencial determinada pela sonda móvel deve
passar obrigatoriamente pela sonda fixa, pois as linhas
equipotenciais, neste caso, são únicas e só existe um
caminho, que pode ser percorrido nos dois sentidos, no qual
uma carga de prova que se desloca e o trabalho realizado
sobre ela pelo campo elétrico é nulo, pois durante todo este
percurso (seguindo uma linha equipotencial) o campo elétrico
e, portanto, a força elétrica são perpendiculares ao
movimento da carga de prova, o que implica em trabalho
nulo.
Uma forma de simular problemas eletrostáticos em três
dimensões é utilizar uma cuba mais profunda e mergulhar os
eletrodos.Algumas modificações deverão ser feitas, como a
forma das sondas que deverão, agora, ter uma ponta de
prova (parte metálica) bem pequena, pois se esta for grande
será impossível detectar pontos equipotenciais.
Em nosso experimento, na configuração 1 encontramos,
com uma aproximação muito boa, simetria em relação ao
centro da página. O principal motivo para tal fato é que nós
utilizamos nesta configuração eletrodos idênticos. Já para a
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configuração 2, a aproximação já não é mais tão boa, mas,


ainda assim, é possível visualizar uma certa simetria também
em relação ao centro da página.
A configuração das linhas equipotenciais perto dos
condutores é semelhante geometria destes.As equipotenciais,
como podemos observar no experimento, estão mais
próximas umas das outras nas proximidades da superfície dos
eletrodos, o que indica um campo elétrico mais intenso nestas
regiões.As linhas de corrente próximas aos eletrodos, assim
como as equipotenciais, estão mais juntas e representam um
campo elétrico mais intenso.

3. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos no experimento foram satisfatórios,
pois foram traçadas linhas de corrente a partir de linhas
equipotenciais.Ainda assim podemos atribuir a este
experimento alguns erros experimentais que poderão ter
ocasionado alterações na configuração das linhas
encontradas.Dentre possíveis fontes de erro podemos citar a
planeza da cuba,cujos efeitos da não planeza já foram
mencionados;erros na leitura do Galvanômetro,além de erros
na marcação dos pontos no papel milimetrado,ou ainda a
movimentação dos eletrodos durante o experimento.

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