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Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7811-241-7
CDD 330.09
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exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou da
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1 INTRODUÇÃO
Quinze anos completam-se, em 2013, da morte de Maurício Tragtenberg
(1929-1998), o pensador brasileiro que, segundo Resende (2001, p. 137), era
um “militante sem partido e um intelectual sem cátedra”. Contudo, como bem
destacou Michel Löwy (2001), suas ideias permaneceram, auxiliando pesquisadores,
militantes e trabalhadores a enfrentarem os desafios do terceiro milênio.
Para que as contribuições de Tragtenberg cumpram esse papel de instrumento
analítico e crítico, há, também, a necessidade de submeterem-se suas ideias a
uma análise crítica, indagando a atualidade do pensamento do autor, bem como
os seus limites. Liana Carleial (Carleial, 2012) mencionou que o pensamento
de um grande autor pode ser considerado atual em diferentes perspectivas. Nesse
sentido, formulou três questões que guiam a avaliação da contemporaneidade
de um intelectual, listadas a seguir.
1) Manutenção do poder explicativo das categorias e dos conceitos do autor
a despeito do tempo decorrido da produção de suas ideias: contribuição
do pensamento do autor para entender o contemporâneo.
1. Os autores agradecem ao Ipea pelo financiamento do projeto Desenvolvimento social equânime e autônomo:
as contribuições de Tragtenberg para os estudos das contradições da autogestão nas políticas públicas de geração
de trabalho e renda, bem como pela concessão de bolsa do programa Cátedras para o Desenvolvimento, realizado
em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Agradecem também à
Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) pela concessão de bolsa de iniciação científica
e igualmente à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo apoio financeiro ao projeto
que originou esta pesquisa.
2. Aluno do curso de administração da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
3. Professor adjunto do Departamento de Ciências Administrativas, do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
e do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFJF.
4. Professora do Departamento de Ciências Administrativas e do Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
completo das análises de Marx. Isto porque o objetivo específico deste capítulo é
ter uma primeira compreensão sobre como Marx foi apreendido por Tragtenberg
na elaboração da obra Burocracia e ideologia. Para isso, fez-se necessário também
refletir sobre a metodologia do autor brasileiro. Apreender o Marx em Tragtenberg
e problematizar sua metodologia é uma tarefa necessária ao desenvolvimento do
conhecimento sobre o real, tendo em vista as considerações de Gabriel Cohn, um
reconhecido weberiano:
Grande parte daquilo que passa por ser análise marxista na sociologia é perfeitamente
compatível com o esquema weberiano, sem que isso signifique em absoluto que essas
duas linhas de pensamento sejam compatíveis entre si. Cada qual deve ser tomada
pelos seus respectivos méritos – e é claro que se eu não estivesse convencido dos
méritos intrínsecos ao esquema weberiano, não teria escrito este livro. De qualquer
modo, não se trata de defender este contra aquele, mas assinalar sem margem para
equívocos a especificidade de cada qual e com isso recordar que também nesse caso
as posições ecléticas são insustentáveis (Cohn, 1979, p. 12).
O texto não se estenderá quanto a méritos e deméritos dos esquemas marxiano
e weberiano; apenas deixará indicado, assim como foi observado por Cohn, que
a junção entre Marx e Weber (webero-marxismo ou marxismo weberiano) é
insustentável devido às suas especificidades. Esta problemática ocorre repetidamente
no interior da obra de Tragtenberg, como será visto no decorrer deste capítulo,
que está dividido em quatro seções, além desta introdução.
Na segunda seção, toma-se a categoria burocracia como sendo a raiz da
pesquisa, por ter sido esta categoria um ponto central na pesquisa desenvolvida
por Tragtenberg. Nesse item, interessa apresentar tal categoria (weberiana) como
ela realmente é: uma abstração arbitrária (Paço-Cunha, 2010b). Na terceira seção,
será trazida a discussão metodológica em Tragtenberg, na qual é possível observar
seu distanciamento em relação à análise da sociedade empreendida por Marx.
Na quarta seção, o Marx que se faz presente em Tragtenberg será apresentado
ao leitor. Por fim, na quinta seção, são apresentadas as considerações sobre as
contribuições e limitações explicativas do pensamento de Tragtenberg em função
do modo de apreender Marx. Busca-se, como aponta Carleial (2012), demonstrar
o que do sistema tragtenbergiano não pode ser refutado, carecendo ser aprimorado,
com o objetivo de calibração do instrumento analítico legado à contemporaneidade
por Tragtenberg. Espera-se que este texto suscite a discussão acadêmica sobre o
Marx em Tragtenberg, tal como tem ocorrido com Weber.
2 OBLITERAÇÃO DA RELAÇÃO-CAPITAL
O livro Burocracia e ideologia foi baseado na tese de doutorado de Tragtenberg.
Nessa obra, o autor pretende responder algumas perguntas, como as reproduzidas
a seguir.
Weber, que encobre uma generalidade de relações, entre elas a relação de valorização
do capital pelo trabalho.
Ao contrário do verificado no pensamento de Weber,
[n]o interior das elaborações marxianas, tal relacionamento (capital x trabalho) é
categorial porque tem na objetividade existência. Tanto o capital quanto o trabalho
com o qual se relaciona são categorias existentes na própria efetividade por meio das
quais se pode realizar uma reprodução no pensamento da lógica operante dessa mesma
efetividade. Antes, porém, de serem reproduções no pensamento, as categorias têm
existência objetiva, nascem das relações sociais reais. Não apenas têm nessas relações
a sua origem, mas são essas relações mesmas que se expressam por essas categorias.
As categorias são, por isso, abstrações razoáveis (Paço-Cunha, 2011b, p. 3).
O conceito de organização burocrática enquanto um tipo ideal weberiano
é erigido não a partir das relações sociais reais, mas a partir de mistificações que
acabam obliterando estas relações. Construído levando-se em conta apenas a
aparência e não as relações efetivas, este conceito é denominado abstração arbitrária.
No entanto, Weber foi um dos mais importantes teóricos da burocracia,
considerado pelos estudiosos da sociologia das organizações o ponto principal para
a análise deste conceito. Talvez, por este motivo, Tragtenberg tenha dado tanta
importância ao autor em sua obra. A própria estrutura de Burocracia e ideologia
foi focada em uma análise mais aprofundada na obra de Max Weber. Tragtenberg
aborda a crise da consciência liberal alemã na qual Weber estava inserido, indicando
o momento turbulento por qual passava a Alemanha e a reação intelectual de Weber
a este período. Dedica também um capítulo exclusivo ao sociólogo, descrevendo
sua metodologia, seus avanços e limitações.
Tragtenberg (1985, p. 189) entende que Weber, em sua teoria das organizações,
(...) na qual a burocracia se esgota como organização formal, não explica situações
em que a burocracia não é agente dos detentores do poder econômico – como sob
o capitalismo clássico –, mas definida como um poder econômico e politicamente
dominante.
E continua:
Enquanto Weber, na sua análise da burocracia, preocupa-se com a enumeração
de critérios que a constituem, parece-nos fundamental estudá-la na sua dinâmica
interna, isto é, a maneira pela qual ela estrutura suas raízes na sociedade e o princípio
em torno do qual ela aumenta o seu poder. (…) Enquanto na indústria capitalista
a burocracia em Weber define-se como órgão de transmissão, isso não se dá numa
estrutura em que um partido único detém o monopólio do poder total, pois o burô
político do Partido Comunista da URSS não se reduz a transmissão e execução.
nítido na seguinte passagem: “Além da hipoteca que lhe é imposta pelo capital,
a pequena propriedade está ainda sobrecarregada de impostos. Os impostos
são a fonte de vida da burocracia, do exército, dos padres e da corte, em suma, de
toda a máquina do Poder Executivo” (Marx, 1978, p. 120).
O conceito de burocracia por uma ótica weberiana, ao contrário do
posicionamento marxiano, tem a capacidade de englobar não só toda a máquina
do Poder Executivo, mas também qualquer “organização” que valorize capital ou
não, em um só conceito (com escolas, sindicatos etc.). A teoria da dominação
burocrática de Weber é descrita pelo próprio Tragtenberg da seguinte forma:
Weber distingue no conceito de política duas acepções, uma geral e outra restrita.
No sentido mais amplo, política é entendida por ele como “qualquer tipo de liderança
independente em ação”. No sentido restrito, política seria liderança de um tipo de
associação específica; em outras palavras, tratar-se-ia da liderança do Estado. Este,
por sua vez, é defendido por Weber como “uma comunidade humana que pretende o
monopólio do uso legítimo da força física dentro de determinado território”. Definidos
esses conceitos básicos, Weber é conduzido a desdobrar a natureza dos elementos essenciais
que constituem o Estado e assim chega ao conceito de autoridade e de legitimidade.
Para que um Estado exista, diz Weber, é necessário que um conjunto de pessoas
(toda a sua população) obedeça à autoridade alegada pelos detentores do poder no referido
Estado. Por outro lado, para que os dominados obedeçam é necessário que os detentores
do poder possuam uma autoridade reconhecida como legítima. (…) A autoridade pode
ser distinguida segundo três tipos básicos: a racional-legal, a tradicional e a carismática.
Esses três tipos de autoridade correspondem a três tipos de legitimidade: a racional,
a puramente afetiva e a utilitarista. O tipo racional-legal [dominação burocrática] tem
como fundamento a dominação em virtude da crença na validade do estatuto legal
e da competência funcional, baseada, por sua vez, em regras racionalmente criadas.
A autoridade desse tipo mantém-se, assim, segundo uma ordem impessoal e universalista,
e os limites de seus poderes são determinados pelas esferas de competência, defendidas
pela própria ordem. Quando a autoridade racional-legal envolve um corpo administrativo
organizado, toma a forma de estrutura burocrática (Tragtenberg, 1997, p. 14).
Após essa passagem mais longa, nota-se que a dominação burocrática (teoria
weberiana) traz à baila essencialmente um caráter mistificador da relação-capital, pois
oculta as relações fundamentais na qual esta própria categoria é erigida. Isto ocorre devido
a um desenvolvimento metodológico que não leva em conta o inter-relacionamento
estrutural fundamental entre o capital e o trabalho, obliterando dessa maneira os
fenômenos infraestruturais, que edificam os fenômenos da superestrutura.
O objetivo de Marx em O 18 de brumário de Luís Bonaparte não era descrever
esse tipo de dominação burocrática, mas explicitar as lutas de classe na França, a
verdadeira força motriz da luta política. A burocracia do Estado foi apenas uma
das ferramentas – pense-se também no exército, nos impostos, nos juristas etc. –
apresentadas por Marx, que foram utilizadas pela classe burguesa para que ocorresse
a dominação de uma classe sobre as outras naquele determinado período.
Esse posicionamento eclético de Tragtenberg fez com que o autor empregasse
uma metodologia com traços das teorias de Marx e Weber. Na análise da burocracia,
o autor apresenta um posicionamento mais próximo de Weber que de Marx,
contribuindo com a apreciação de Cohn (1979), exposta na introdução deste texto.
Por essa proximidade de Tragtenberg com as teorias de Max Weber, o autor
acabou por analisar Marx por um ponto de vista weberiano, em uma clara tentativa
de aproximação das obras destes dois autores.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A obra Burocracia e ideologia de Maurício Tragtenberg é ainda hoje de fundamental
importância para estudiosos de várias áreas, principalmente as ciências sociais.
Trata-se de um livro produzido por uma análise crítica do autor, sobretudo em
relação às teorias da administração, que, segundo ele, refletem os interesses das
classes dominantes, assumindo assim um caráter ideológico. A importância da
obra ganha destaque ainda ao lembrar que o autor produziu grande parte de seus
escritos durante o período da Ditadura Militar do Brasil, o que sem dúvidas é mais
um mérito para Tragtenberg, devido ao conteúdo de suas análises e críticas sociais,
realizadas em um momento de grande censura e perseguições políticas.
Não obstante todos os seus méritos e avanços, Tragtenberg faz análises e
afirmações limitadoras quanto à potencialidade de construção de uma explicação
do real que coloque na pauta das discussões a emancipação humana – em seu
sentido radical. Nesta pesquisa, buscou-se indicar alguns destes pontos, focalizando
principalmente a categoria burocracia.
Apontou-se que a análise de Tragtenberg em relação à burocracia apresenta um
caráter essencialmente weberiano (Meneghetti, 2009). A partir disso, advertiu-se que
o conceito weberiano de burocracia guarda em seu interior a obliteração das relações
fundamentais entre capital e trabalho, sendo este pensamento diametralmente
oposto ao de Marx no sentido ontoepistêmico, razão pela qual são problemáticas
algumas considerações realizadas por Tragtenberg.
Não foi objetivo deste capítulo negar a validade da categoria burocracia, mas
apenas pontuar as especificidades desta no pensamento de Tragtenberg. Em vários
momentos de sua obra, Tragtenberg parece retirar de cena o relacionamento entre
capital e trabalho, e o processo de valorização do primeiro pelo segundo, assim
como Weber. Em vez disso, o autor traz à baila a luta entre as burocracias das
empresas privadas e a pública, e o problema da burocratização como empecilho
para a unidade de classe. O grande problema deste posicionamento é que ele desloca
as bases materiais da produção capitalista sobre a qual a sociedade se encontra
assentada e em seu lugar elege conceitos que não partem destas próprias relações.
As bases materiais, na concepção marxiana, são o que fundamenta as lutas no
seio do Estado. A luta contra a crescente burocratização e a luta entre burocracias
representam apenas a superficialidade das relações fundamentais. Por estas relações
(infraestruturais) não apresentarem um caráter imutável, assim também as
relações superestruturais não podem ser consideradas imutáveis ou insuperáveis,
como fazem crer alguns teóricos que analisam a sociedade de cima para baixo.
Tais análises contribuem com uma miopia teórica e prática que não consegue
revolucionar a sociedade, mas no máximo proporcionar alguns ganhos sociais, os
quais são ameaçados logo que uma nova crise se aproxima.
Percebe-se, também, uma tentativa de aproximação entre a teoria de Marx e
a de Weber (webero-marxismo) no interior da obra de Tragtenberg. Assinalou-se
este esforço por parte de seu autor e, posteriormente, pontuaram-se os equívocos
deste posicionamento, que acaba realizando uma leitura de Marx por uma ótica
weberiana e, assim, imputando a Marx um posicionamento que é contrário a ele
mesmo.
Outro ponto a ser precisado na obra de Tragtenberg decorre do seu
posicionamento metodológico complacente com várias vertentes das ciências
sociais. Não que esta postura tenha sido feita de forma tacanha, mas foi um dos
motivos que levaram Tragtenberg a realisar uma análise da categoria burocracia em
Hegel, Marx e Weber, sem que o autor apontasse as limitações dos desdobramentos
explicativos decorrentes das abissais diferenças que existem entre elas. Em seu estudo,
Tragtenberg indica, não extensivamente, as limitações da categoria burocracia em
cada autor. Entretanto, não leva em consideração que estes conceitos – e categorias,
no caso de Marx – surgiram de diferentes metodologias e por isso apresentam
em seu interior diferentes anseios por parte destes autores. Não podem, assim,
ser complementares sem uma problematização inteiramente dedicada à questão.
Em suma, levanta-se neste capítulo uma discussão relativa a como Tragtenberg
apreende Marx e o expõe em uma de suas obras mais conhecidas. Tratou-se de
uma discussão introdutória que deseja fomentar o debate sobre a atualidade do
pensamento de Tragtenberg, problematizando, sobretudo, os pontos nos quais
deve-se avançar a partir dele. Este movimento reflexivo, como postularia o próprio
Tragtenberg, faz-se necessário, uma vez que a teoria é uma construção sócio-histórica
e, em especial, o referido livro tem sido a chave para o caminho de uma crítica à
teorização no campo da administração.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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