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METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

BASEADA EM LÓGICA FUZZY: AVALIAÇÃO DE


DESEMPENHO DE UMA INSTITUIÇÃO ESTADUAL DE
ENSINO SUPERIOR EM DUQUE DE CAXIAS

Alexander Bento de Sousa1


Alfredo Nazareno Pereira Boente2

Resumo
Este artigo trata do uso da teoria dos conjuntos Fuzzy como ferramenta de tomada
de decisão e análise de dados, a partir de pesquisa realizada pela CPA (Comissão
Permanente de Avaliação) de uma Instituição Estadual de Ensino Superior em
Duque de Caxias, no curso de Tecnólogo em Processos Gerenciais.  Buscar
metodologias que conduzam a melhores resultados deve ser uma preocupação
constante tanto do ponto de vista do Poder Público quanto da própria Instituição. A
utilização de indicadores, no processo de avaliação de desempenho pode conduzir a
uma melhor adequação do curso e melhoria da qualidade. Na busca de uma
metodologia que permita tal análise, foi proposta a utilização da Lógica Fuzzy, por
considerar em sua abordagem as verbalizações revestidas de ambiguidade, o
raciocínio aproximado fornece um método mais razoável para o objeto em estudo.

Palavras-Chave: Conjuntos Fuzzy, Tomada de Decisão, Indicador de Desempenho.

                                                            
1
 Tecnólogo em Processos Gerenciais e Pesquisador do LAMAE/NCE/HCTE/UFRJ.  
2
  Doutor  em  Ciências  da  Engenharia  de  Produção,  Pós  Doutor  em  Sistemas  Lógicos  Aplicados  à  Gestão 
Empresarial,  Educação  e  Pesquisa  Experimental,  Pesquisador  Institucional  da  FAETEC  CNPQ,  Pesquisador  do 
LAMAE/NCE/HCTE/UFRJ, Pesquisador FAPERJ, Docente da FAETERJ‐Rio. 

 
Revista Científica Digital da FAETEC - Rio de Janeiro/RJ - Ano VIII - No 01 - 1º semestre/2016
1. Introdução

O sucesso de uma instituição está diretamente associado à capacidade da


percepção de sua realidade e das variáveis que a cercam interna e externamente.
Entretanto entre o desempenho real e o desempenho esperado pode ocorrer uma
discrepância, que não solucionada, pode comprometer a organização. Como
ferramenta de análise será utilizada a teoria dos conjuntos Fuzzy pela sua
característica de interpretação de variáveis linguísticas de forma a auxiliar a tomada
de decisão. Os dados foram obtidos pela pesquisa realizada pela CPA da Instituição
no primeiro semestre de 2014, onde foram avaliados diversos fatores críticos para o
sucesso da instituição e por consequência, dos alunos formados por ela.

2. Lógica Fuzzy
A lógica convencional ou clássica usa distinções bem definidas para separar
conjuntos.  Essa divisão, muitas vezes, é um processo complicado e que não reflete
a realidade do problema a ser modelado.  Por outro lado, a Lógica Fuzzy reflete a
maneira como as pessoas pensam, tentando modelar a linguagem comum, tentando
descrever e analisar as informações coletadas.  A Lógica Fuzzy, conforme ilustra a
figura 1, tem como principal objetivo a modelagem computacional do raciocínio
humano, impreciso, ambíguo e vago.

Figura 1: Lógica Clássica x Lógica Fuzzy


Fonte: Boente, 2015.

O termo Fuzzy em língua inglesa pode ter vários significados, que variam de acordo
com o contexto de interesse, mas o conceito básico deste adjetivo passa sempre
pelo vago, indistinto, incerto. As tentativas de tradução para o português ainda não
são unanimidade, porém estão sendo mais utilizados termos como nebuloso ou
difuso.

 
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A Lógica Fuzzy foi primeiramente introduzida em 1930, pelo filósofo e lógico polonês
Jan Lukasiewicz. Através do estudo de termos do tipo alto, velho e quente, ele
propôs a utilização de um intervalo de valores [0,1] que indicaria a possibilidade que
uma declaração fosse verdadeira ou falsa. Em 1937, o filósofo Max Black propôs a
ideia de que continuidade descrevia graus. Ele definiu o primeiro conjunto Fuzzy e
descreveu algumas ideias básicas de operações com conjuntos Fuzzy. Em 1965,
Lofti Zadeh publicou o artigo Fuzzy Sets, que ficou conhecido como a origem da
Lógica Fuzzy.

2.1. Lógica convencional × Lógica Fuzzy.


A teoria clássica de conjuntos permite o tratamento de classes de objetos e suas
inter-relações em um universo definido. Nessa teoria, a pertinência de um dado
elemento com relação a um conjunto refere-se ao fato de tal elemento pertencer ou
não a esse conjunto. Ao contrário da Lógica convencional, a Lógica Fuzzy utiliza a
ideia de que todas as coisas admitem (temperatura, altura, velocidade, etc.) graus
de pertinências. Com isso, a Lógica Fuzzy tenta modelar o senso de palavras,
tomada de decisão ou senso comum do ser humano. Dessa forma, a Lógica Fuzzy
pode ser considerada como um conjunto de princípios matemáticos para a
representação do conhecimento baseado no grau de pertinência dos termos (graus
de verdade).
Na Lógica Fuzzy, um elemento pertence a um conjunto com certo grau de
pertinência, fazendo com que uma determinada sentença possa ser parcialmente
verdadeira e parcialmente falsa.

2.2. Conjuntos Fuzzy.


Como discutido anteriormente, na Lógica clássica os conjuntos são bem definidos,
de modo que um elemento pertence ou não a um conjunto; se pertencer pertence
somente a um. Isso evita que ambiguidades apareçam e tornam a lógica mais
simples. Assim, pode-se concluir que os conjuntos Fuzzy que classificam os
elementos de um dado universo são menos rígidos do que aqueles utilizados na
teoria clássica visto que eles admitem graus parciais de pertinência, conforme ilustra
a figura 2.

 
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Figura 2: Gradação Fuzzy
Fonte: Souza, Bianchi e Boente, 2015.

O primeiro passo na representação de conjuntos Fuzzy é a escolha da função de


pertinência. A escolha dessa função depende do problema a ser modelado e
também da capacidade computacional disponível para processar o que se deseja.
Funções não lineares podem ser mais eficientes para problemas mais complicados,
porém, elas demandam um poder computacional muito maior do que as funções
lineares.
Se o universo a ser trabalhado for curto, ou contínuo, torna-se bem mais simples a
aplicação de uma função para separar adequadamente os elementos em conjuntos.

2.3. Variáveis linguísticas e modificadores


Pode-se considerar uma variável linguística (ou Fuzzy) como uma entidade utilizada
para representar de modo impreciso – e, portanto, linguístico – um conceito ou uma
variável de um dado problema. Uma variável linguística, diferentemente de uma
variável numérica, admite apenas valores definidos na linguagem Fuzzy que está
utilizando-se dela.
Os modificadores são termos ou operações que modificam a forma dos conjuntos
Fuzzy (ou seja, a intensidade dos valores Fuzzy), podendo-se citar, por exemplo, os
advérbios muito, pouco, extremamente, quase, mais ou menos, entre outros. Estes
podem ser classificados em aumentadores, quando aumentam a área de pertinência
de um conjunto Fuzzy, ou, analogamente, diminuidores, quando diminuem a área de
pertinência de um conjunto Fuzzy.

2.4. Operações e propriedades em conjuntos Fuzzy.


Como na teoria clássica, os conjuntos Fuzzy obedecem a certas propriedades e
podem ser operados de diversas maneiras. As operações entre conjuntos são
extremamente importantes para os sistemas que se utilizam dessa lógica, pois os

 
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cálculos proposicionais, por exemplo, são baseados nessas operações. O operador
AND nada mais é que um teste se o elemento está ou não na interseção de dois
conjuntos.
Essa definição para a união foi proposta por Zadeh na década de 1960. A maneira
atualmente utilizada de definir essa operação é através de uma norma S, ou seja,
uma família de funções. Assim, as funções que obedecem a S podem ser utilizadas
como um operador de união entre conjuntos Fuzzy. A união representa o operador
OR. Essa definição também é do trabalho original, proposto por Zadeh. A definição
mais utilizada atualmente é a das normas T.
As regras Fuzzy são regras normais utilizadas para operar, da maneira correta,
conjuntos Fuzzy, com o intuito de obter consequentes. Para criar tais regras é
preciso de um raciocínio coerente com o que se deseja manusear e obter.

2.5. Inferência Fuzzy.


A inferência Fuzzy é um processo de avaliação de entradas com o objetivo de,
através das regras previamente definidas e das entradas, obter conclusões
utilizando-se a teoria de conjuntos Fuzzy. Esse processo pode ser feito através de
modelos de inferência, cuja escolha deve levar em consideração o tipo de problema
a ser resolvido, obtendo-se assim um melhor processamento. Existem vários
métodos de inferência, mas o que geralmente é mais utilizado é o método Mamdani.
O estilo de inferência Mamdani foi criado pelo professor Ebrahim Mamdani da
Universidade de Londres (Reino Unido) em 1975 no contexto do desenvolvimento de
sistemas Fuzzy baseando-se em regras de conjuntos Fuzzy no intuito de representar
experiências da vida real. Para a construção desse sistema, foi definido um
processo de raciocínio dividido em quatro passos:
(1) Fuzzyficação,
(2) Avaliação das regras Fuzzy,
(3) Agregação das regras Fuzzy e
(4) DeFuzzyficação.

2.5. Fuzzyficação
Essa etapa obtém o grau de pertinência com que cada entrada pertence a cada
conjunto Fuzzy. Cada uma dessas entradas foi previamente limitada no universo de
discurso em questão e associada a um grau de pertinência em cada conjunto Fuzzy

 
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através do conhecimento do especialista. Então para obter o grau de pertinência de
uma determinada entrada Crisp basta buscar esse valor na base de conhecimento
do sistema Fuzzy.

2.6. Avaliação das regras Fuzzy


Depois de obter as entradas Fuzzyficadas é só aplicá-las nos antecedentes obtendo
assim o valor do consequente para cada regra. Para um antecedente composto, os
operadores “e” e “ou”, são utilizados para obter um único resultado; no caso do
operador ou é utilizada a operação de união (pega o maior grau de pertinência), e,
no caso do operador e, é utilizada a de interseção (pega o menor grau de
pertinência). Depois de obter um único valor para o antecedente é necessário obter
o valor do consequente através de um método de correlação dos mesmos. O
método mais comum é conhecido como clipped, onde o consequente é “cortado”
para o nível de valor verdade do antecedente da regra avaliada, ou seja, o valor
obtido é simplesmente passado para o consequente dessa regra.

2.7. Agregação das regras Fuzzy e DeFuzzyficação


Como o nome sugere, nessa etapa são agregadas todas as funções membro dos
consequentes de cada regra em um único conjunto Fuzzy. Para se obter uma saída
numérica é necessário Defuzzyficar a saída obtida na etapa anterior. O método de
Defuzzyficação mais comum é a técnica do centroide, que obtém o ponto onde uma
linha vertical divide ao meio um conjunto agregado, a precisão do método depende
do intervalo escolhido.

3. Comissão Permanente de Avaliação: FAETERJ - Duque de Caxias


A Lei Nº. 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004, Instituiu o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior – SINAES. Toda instituição concernente ao nível
educacional em pauta, pública ou privada, constituirá Comissão Permanente de
Avaliação (CPA), com as atribuições de conduzir os processos de avaliação internos
da instituição, bem como de sistematizar e prestar as informações solicitadas pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Aquela obedecerá às seguintes diretrizes:
I - constituição por ato do dirigente máximo da instituição de ensino superior, ou por
previsão no seu próprio estatuto ou regimento, assegurada a participação de todos

 
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os segmentos da comunidade universitária e da sociedade civil organizada, e
vedada à composição que privilegie a maioria absoluta de um dos segmentos;
II - atuação autônoma em relação a conselhos e demais órgãos colegiados
existentes na instituição de educação superior.
A Comissão Permanente de Avaliação (CPA) FAETERJ Duque de Caxias por
determinação desta lei elaborou uma pesquisa no primeiro se mestre de 2014, de
onde foram obtidos os dados para o estudo apresentado.

3.1. Apresentação da Pesquisa


A pesquisa realizada pela CPA no primeiro semestre de 2014 coletou 141
questionários e, apresentaram os resultados da pesquisa a toda a comunidade.
Foram questionados vários quesitos divididos em 8 ( oito ) dimensões:
1. Dimensão Curso/Coordenação;
2. Dimensão institucional;  
3. Dimensão infraestrutura física;
4. Dimensão Aluno;
5. Dimensão Direção;
6. Dimensão Coordenação de Estágio;
7. Dimensão Coordenação de Pesquisa e Extensão;
8. Dimensão Disciplina/Docente.

Para cada resposta era possível atribuir notas de 1 a 4 onde 1 indicava baixa
participação do quesito e 4 alta participação do quesito, e além destas respostas
entre 1 e 4 , era possível atribuir o termo “ Não se Aplica”, para as questões
perguntadas.
Por exemplo, quando perguntado dentro da “Dimensão Curso/Coordenação”, a
pergunta, “1.4. Conceitue o atendimento da Biblioteca?”, a massa das respostas foi
“Não se Aplica”, condizente com a realidade já que a biblioteca teve seu
funcionamento regularizado no segundo semestre de 2014. E, dentro da “ Dimensão
Infraestrutura Física”, a pergunta “ 3.4. Conceitue as instalações da Biblioteca.”
também recebeu predominância de respostas “Não se Aplica” , reforçando o
entendimento do assunto.
Porém, quando analisadas as respostas em outros quesitos, percebe-se uma
discrepância no entendimento sobre as questões. Dentro da “Dimensão

 
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Curso/Coordenação” foi perguntado “1.1. Conceitue a matriz curricular do Curso”, e
a resposta foi “ BOA “ OU “ MUITO BOA”, com autos percentuais de respostas
positivas nestes quesitos, porém , quando perguntado dentro da “ Dimensão Aluno” ,
“4.7. Você se considera preparado para o mercado de trabalho? (somente para os
alunos do 3º período ou acima.)”, houve uma predominância de respostas “Não se
Aplica”, divergindo do esperado já que quando se responde positivamente a
questão das disciplinas oferecidas pelo curso , esperava-se que também fosse
considerado útil para a vida profissional do aluno, visto que este é o objetivo final da
instituição.
Por causa de divergências assim que foi proposto neste trabalho a utilização dos
conjuntos Fuzzy, na tentativa de esclarecer fatos e propor melhorias.

4. Formatação da Pesquisa dentro dos Moldes dos Conjuntos Fuzzy


No primeiro semestre de 2014 foram divulgados os primeiros dados e
relatórios dos trabalhos realizados pela CPA FAETERJ Duque de Caxias, e alguns
resultados foram muito expressivos e relevantes.

Mesmo recebendo avaliações extremamente positivas em alguns fatores,


recebeu avaliações extremamente negativas em outros que seriam a princípio
correlatos.

Por exemplo, quando perguntado dentro da dimensão curso as avaliações


foram extremante positivas como mostrado na tabela a seguir, porém quando
perguntado se o aluno se sentia preparado para o mercado de trabalho as respostas
foram majoritariamente negativas. O que pode indicar uma má formulação das
questões apresentadas na pesquisa ou a necessidade aperfeiçoamento no processo
de ensino.

Para os moldes da pesquisa vamos interpretar as notas atribuídas as


variáveis estudadas da seguinte forma:
0 Não se Aplica
1 Muito Ruim
2 Ruim
3 Boa
4 Muito Boa

 
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Desta forma os dados foram tabulados da seguinte forma usando os conceitos dos
conjuntos Fuzzy.

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - FAETERJ DUQUE DE CAXIAS


Total de questionários respondidos – 141
0 4
1 3
1. Dimensão Curso/Coordenação Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
1.1. Conceitue a matriz curricular do Curso. 2 6 12 56 23
1.2. Conceitue o atendimento da Secretaria
4 3 21 36 35
Acadêmica.
1.3. Conceitue o atendimento da Secretaria das
9 5 31 36 18
Coordenações de Curso.
1.4. Conceitue o atendimento da Biblioteca. 76 16 4 3 1
1.5. Conceitue o relacionamento do Coordenador com
6 21 28 32 13
os alunos.
1.6. Conceitue as ações e encaminhamentos do
Coordenador relacionados aos problemas surgidos no 6 26 33 30 5
Curso.
1.7. Conceitue o relacionamento do Coordenador com
32 7 13 36 11
os Professores.
1.8. Conceitue a projeção do seu Curso junto ao
4 9 26 35 27
mercado de trabalho.
0 4
1 3
2. Dimensão institucional Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
2.1. Você conhece a missão institucional? 19 24 20 25 12
2.2. Você conhece o Plano de Desenvolvimento
22 26 30 18 4
Institucional (PDI)?
2.3. Existe uma formulação clara dos objetivos e
5 15 32 28 21
finalidades da Instituição?
2.4. As ações praticadas pela Instituição favorecem a
12 16 29 28 15
integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão?
2.5. Você busca informações de âmbito institucional? 23 8,5 23 31 14
0 4
1 3
3. Dimensão infraestrutura física Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
3.1. Conceitue a acessibilidade do Campus. 2 21 18 31 28
3.2. Conceitue a segurança. 6 38 35 18 2
3.3. Conceitue as instalações sanitárias. 0,7 9 21 34 35
3.4. Conceitue as instalações da Biblioteca. 74 16 3 3,5 3
3.5. Conceitue as instalações dos Laboratórios de
1 0,7 9 45 44
Informática.
3.6. Conceitue as instalações da sala de aula. 0,7 4 13 28 53
3.7. Conceitue o serviço de acesso à rede sem fio. 33 28 20 15 4
3.8. Conceitue o acesso à internet. 0,7 26 38 30 6
3.9. Conceitue os serviços de limpeza. 1 0 11 40 47
3.10. Conceitue o espaço do Campus com as 1 14 35 35 14

 
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necessidades da comunidade acadêmica.
0 4
1 3
4. Dimensão Aluno Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
4.1. Conceitue sua assiduidade. 20 4 4,3 33 40
4.2. Conceitue sua pontualidade. 0 6 14 43 38
4.3. Conceitue seu relacionamento com os
0 0,7 7 46 46
Professores.
4.4. Conceitue seu relacionamento com a
2 12 21 40 26
Coordenação.
4.5. Conceitue seu desempenho acadêmico. 4 1 13 64 18
4.6. Conceitue seu interesse pelas atividades de
6 3 20 46 25
Pesquisa e Extensão.
4.7. Você se considera preparado para o mercado de
trabalho? (somente para os alunos do 3º período ou 42 6 16 22 13
acima.)
4.8. Conceitue o site institucional. 4 18 38 35 6
0 4
1 3
5. Dimensão Direção Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
5.1. Conceitue a Direção da Unidade acadêmica
quanto à firmeza e o bom senso no processo de 4 13 31 39 13
gestão.
5.2. Conceitue a Direção da Unidade em relação à
clareza e atualização das informações 5 14 34 38 9
disponibilizadas.
5.3. Conceitue o atendimento da Direção da Unidade
4 16 28 39 13
em relação aos alunos.
0 4
1 3
6. Dimensão Coordenação de Estágio Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
6.1. Conceitue as ações e encaminhamentos da
14 28 35 18 4
Coordenação relacionados aos problemas surgidos.
6.2. Conceitue o relacionamento do Coordenador com
13 26 30 21 9
os alunos.
6.3. Conceitue o programa de Estágio institucional
29 44 16 9,9 1
(FAETEC).
0 4
7. Dimensão Coordenação de Pesquisa e 1 3
Não se 2 Ruim Muito
Extensão Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
7.1. Conceitue sua participação em projetos de
19 12 28 28 13
Pesquisa.
7.2. Conceitue sua participação em projetos de
19 16 33 23 8
Extensão.
7.3. Conceitue a periodicidade dos eventos de
21 14 35 23 7
Pesquisa na Instituição.
7.4. Conceitue a periodicidade dos eventos de
17 11 43 22 7
Extensão na Instituição.
7.5. Conceitue a articulação das atividades de 23 9 38 23 7

 
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Extensão com o Ensino.
7.6. Conceitue a articulação das atividades de
19 13 30 28 9
Pesquisa com o Ensino.
0 4
1 3
8. Dimensão Disciplina/Docente Não se 2 Ruim Muito
Muito Ruim Boa
Aplica Bom/Boa
8.1. O plano de Ensino da Disciplina é apresentado
5 10 16 30 40
no início do semestre?
8.2. O Professor domina o conteúdo ministrado na
4 2 12 32 50
Disciplina?
8.3. O Professor é disponível para o esclarecimento
0 1 11 41 46
de dúvidas?
8.4. O Professor é pontual? 0 5 19 39 37
8.5. O Professor é assíduo? 0,7 1 13 48 37
8.6. A Disciplina requer domínio de conteúdo de
10 4 14 44 28
Disciplinas anteriores?
8.7. Há compatibilidade da avaliação da
10 2 15 48 25
aprendizagem com conteúdo abordado?
8.8. O acervo da Biblioteca atende as necessidades
75 15 4 4 2
relacionadas à Disciplina?
8.9. A carga horária e o conteúdo da Disciplina são
0 7 12 51 30
compatíveis?
8.10. Os objetivos das Disciplinas foram alcançados? 9 3 20 50 19
8.11. Os conteúdos propostos pelas Disciplinas foram
9 3 22 49 17
contemplados?

Quadro 1: CPA FAETERJ-Caxias


Fonte: Elaboração própria.

A CPA FAETERJ - Duque de Caxias divulgou os dados e o relatório de sua


avaliação em 28 de fevereiro de 2015, contendo a opinião de 116 discentes da
instituição.

Sobre a Dimensão Curso/Coordenação – As respostas indicam uma


percepção preponderantemente positiva sobre a matriz curricular do Curso, o
atendimento da Secretaria Acadêmica, o atendimento da Secretaria das
Coordenações de Curso e a projeção do Curso junto ao mercado de trabalho. O
relacionamento do Coordenador com os alunos, as ações e encaminhamentos do
Coordenador relacionados aos problemas surgidos no Curso tiveram uma avaliação
apenas regular. O relacionamento do Coordenador com os Professores foi
majoritariamente avaliado como “Não se Aplica” ou obteve o pior conceito. O
atendimento da Biblioteca, mesmo com a já existência da mesma foi
majoritariamente avaliado como “Não se Aplica” ou obteve o pior conceito, pela

 
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combinação de dois fatores: ficar em outro prédio que não os das salas de aula e a
ainda pouca divulgação de sua existência.

Sobre a Dimensão institucional – As perguntas sobre o conhecimento acerca


da missão institucional; se as ações praticadas pela Instituição favoreciam a
integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão e se os alunos buscavam
informações de âmbito institucional obtiveram respostas com uma variação uniforme
de uma percepção positiva sobre o assunto. Sobre o conhecimento acerca do Plano
de Desenvolvimento Institucional (PDI) e sobre os objetivos e finalidades da
Instituição tiveram uma avaliação apenas regular, combinado com um significativo
índice de “Não se Aplica” no primeiro item, o que indica um baixo nível de
informação sobre o assunto fornecido pela Instituição, combinado com uma baixa
procura dos discentes pela mesma.

Sobre a Dimensão infraestrutura física – A acessibilidade, as instalações


sanitárias, os serviços de limpeza, os Laboratórios de Informática, as salas de aula e
o espaço do Campus em relação com as necessidades da comunidade acadêmica
foram avaliados com uma percepção preponderantemente positiva. A segurança e o
acesso à internet foram majoritariamente avaliados como passíveis de melhora. O
serviço de acesso à rede sem fio foi avaliado majoritariamente como passível de
melhora, com uma razoável classificação como “Não se Aplica”, devido não
disponibilização da utilização pelos alunos e baixa resolutividade em termos de
conexão e velocidade. As instalações da Biblioteca foram majoritariamente avaliadas
como passíveis de melhora, com uma razoável classificação como “Não se Aplica”,
pela combinação dos fatores citados no item 1.

Sobre a Dimensão Aluno – As auto avaliações dos discentes nos quesitos


assiduidade; pontualidade; relacionamento com os Professores; relacionamento com
a Coordenação; desempenho acadêmico e interesse pelas atividades de Pesquisa e
Extensão expressaram uma opinião majoritariamente positiva. O site institucional
teve uma avaliação apenas regular. A questão sobre se considerar preparado para o
mercado de trabalho (somente para os alunos do 3º período ou acima) apresentou
uma percepção preponderantemente positiva.

Sobre a Dimensão Direção – As conceituações sobre a Direção da Unidade


acadêmica quanto à firmeza e o bom senso no processo de gestão e o atendimento

 
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da Direção da Unidade em relação aos alunos tiveram uma avaliação
preponderantemente positiva. Em relação à clareza e atualização das informações
disponibilizadas foi apenas regular.

Sobre a Dimensão Coordenação de Estágio - As ações e encaminhamentos


da Coordenação relacionados aos problemas surgidos, o relacionamento do
Coordenador com os alunos e o programa de Estágio institucional (FAETEC) foram
avaliados majoritariamente como passíveis de melhora, sendo que o último item
recebeu um significativo índice de “Não se Aplica”.

Sobre a Dimensão Coordenação de Pesquisa e Extensão – A apreciação da


participação dos discentes em projetos de Pesquisa e Extensão, periodicidade dos
eventos de Pesquisa e Extensão na Instituição e a articulação das atividades de
Extensão e Pesquisa com o Ensino tiveram uma avaliação majoritariamente positiva.

Sobre a Dimensão Disciplina/Docente – Sobre a apresentação do plano de


Ensino da Disciplina pelo Professor no início do semestre; se o Professor domina o
conteúdo ministrado na Disciplina; se o Professor é disponível para o esclarecimento
de dúvidas; se o Professor é assíduo e pontual; se a Disciplina requer domínio de
conteúdo de Disciplinas anteriores; se há compatibilidade da avaliação da
aprendizagem com conteúdo abordado; se a carga horária e o conteúdo da
Disciplina são compatíveis; se os objetivos das Disciplinas foram alcançados e se os
conteúdos propostos pelas Disciplinas foram contemplados os discentes
expressaram uma opinião majoritariamente positiva. A pergunta sobre se o acervo
da Biblioteca atende as necessidades relacionadas à Disciplina, foi majoritariamente
avaliado como “Não se Aplica” ou obteve o pior conceito, pela combinação dos
fatores citados no item 1.

Além destas apreciações gerais oriundas da avalição dos resultados dos


questionários a Reunião da CPA também avaliou a necessidade da reformulação do
instrumento para que expresse melhor as especificidades da Unidade, como por
exemplo a existência do NADD. Constatou-se também a necessidade de aumentar a
possibilidade e oportunidades para informação à Comunidade Acadêmica que se
revelou ainda insuficiente, o que explica várias percepções negativas na avaliação
que são fruto mais de desconhecimento do que propriamente uma verdadeira
avaliação negativa.

 
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Baseado nas informações obtidas pela CPA, o processo de avaliação
institucional Fuzzy, foi capaz de refinar os dados e auxiliar a tomada de decisão.

5. Considerações Finais
Este trabalho apresentou um método de avaliação institucional utilizando
Lógica Fuzzy. Após a formalização foi elaborado uma pesquisa experimental para o
um melhor entendimento do mesmo.
A avaliação é um instrumento capaz de indicar quais alterações devem ser
realizadas para aumentar o grau de qualidade do ponto de vista didático e
pedagógico, além de identificar quais fatores devem ser aperfeiçoados para
aumentar a satisfação do corpo discente.
Para tanto, este método mensura conceitos de qualidade que até então eram
abstratos conceituando linguisticamente a instituição estudada.
O método apresentado neste artigo apenas indica qualificadores, cabe a cada
instituição, julgar os resultados e tomar a iniciativa para que os aperfeiçoamentos
ocorram. Este método provê a qualificação dos professores por toda a turma e não
somente pela maioria dos alunos. Outro ponto forte é que pode ser considerado
como um instrumento de avaliação não só docente, o usuário pode realizar qualquer
tipo de avaliação, pois a fase de parametrização permite a personalização das
questões.

6. Referências
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Pesquisa – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. Acesso em: 02 julho 2015.

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