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ITINERÁRIOS INTELECTUAIS.

POR: Dr. DANIEL SOTELO.


ÍNDICE

I. PARTE

INTRODUÇÃO

I. INFÂNCIA INTELECTUAL.
II. ADOLESCÊNCIA INTELECTUAL.
III. MATURIDADE INTELECTUAL.

II. PARTE

1. LIVROS PUBLICADOS.
2. LIVROS A SEREM PUBLICADOS.

III. PARTE

1. REFLEXÕES ENTRE A BÍBLIA, FILOSOFIA, E TEOLOGIA.


2. EM FASE DE CONCLUSÃO.
I. PARTE.
INTRODUÇÃO.

Nasci na roça. Lembro-me o nome da fazenda de meus pais: Boa Esperança


era o nome registrado. Ela ficava três quilômetros da cidade de Américo de
Campos, de manhã ia para a cidade estudar e a tarde na roça capinar: milho,
arroz, café. Na minha idade era muito difícil, parecia longe demais para ir e
voltar. Aos sete anos um acidente me deixou quase aleijado, quebrei o fêmur e
não tinha hospital e medico, fiquei com fratura exposta, teve que quebrar de
novo, fomos a São José do Rio preto, fiquei hospitalizado. Isto aconteceu numa
brincadeira de família na roça: a gangorra.

Aos nove anos desnutrido e pobre, uma desidratação quase morri, uma
semana no hospital. Depois mudança para a cidade, escola primário, aos doze
anos e aos quatorzes anos mudança de Américo para Votuporanga, lá fiz o
colegial, cientifico, voltei para roça. Essas mudanças, tudo isto entre 1950, data
de meu nascimento a 1970 depois para São Paulo fazer Faculdade, Seminário,
Teologia e Filosofia.

Todos estes períodos podem considerar como infância intelectual. Gostava


muito ler livros e revistas, mas a vida era difícil, primeiros contatos com a
Filosofia e a Teologia. Formei-me em 1975 fui ordenado pastor fui para
Umuarama no Paraná trabalhar com uma igreja, experiência terrível, voltei para
São Paulo, fui trabalhar em Favelas, com igrejas pobres, fui trabalhar para me
sustentar e trabalhar como trabalhos seculares. Comecei a dar aulas em
colégios e faculdades, Pedreira e correspondente comercial. Comecei a me
especializar.

Comecei a me redescobrir, protestante descendente de judeu. A vida cheia de


percalços, casamento desfeito, muito trabalho, estudos. C’est la vie.
Eclesiastes ou aquele que sabe; estudos, cidade grande, livros. Nunca soube
escolher nada. Estudar Grego e Hebraico, estudar a Bíblia, inglês, Francês,
alemão, italiano. O choque intelectual foi enorme, não acreditava muito nas
coisas, questionava professores e alunos, a ironia socrática, platônica passou a
fazer parte da vida, duvidar dos superiores, a politica suja nas Igrejas pior que
na politica civil, pois era mascarada pela piedade e oração. O conflito em crer,
acreditar, ter fé ou não, saber ou não saber nada? Quem tem razão? A filosofia
e a teologia: a prática educativa me ensinou mais do que o aprendizado da
vida, e das escolas. Como diria Paul Ricoeur “vivo até a morte”. Em todos os
sentidos. Vivo enquanto morto, morto enquanto vivo este intervalo entre vida e
morte. Viver ate a morte, that ist he question. Vivant jusqu’a la mort. Esta
era a infancia intelectual.
I. INFÂNCIA INTELECTUAL.

Como um trabalhador rural estuda, pensa, com déficit de aprendizagem,


pensava que sabia lei e escrever. Vai estudar filosofia e teologia. No inicio um
suplicio. Como ler e entender Sócrates, Platão e Aristóteles não sabendo
escrever e ler direito. Primeiro saber se existiram ou não. Escreveram-se ou
não.

Pessoas sabiam, pois tiveram de tudo, outros só sabiam rezar, e um lavrador?


Gostava de ler e pesquisar e teve acesso às leituras, discussões, meus livros.
Em casa quase nada e na época da roça muita dificuldade. Mas a leitura me
fascinava. Livros me fascinavam. O que sempre tive era boa memoria, não sei
por que, desde já me entendia como um leitor e estudioso, esforçado, fui
sustentado pela igreja para estudar, pelo presbitério, pouco dinheiro, as
discussões intermináveis, muitos acreditavam em tudo e eu em nada.

A invasão de pentecostais num seminário tradicional foi grande na minha


época. Se escandalizavam de tudo. Muitos depois de recuperados de droga e
outros pecados mais. Queriam se redimir e estudar. Interessante eu nunca tive
a experiência que eles tiveram: droga, prostituição, etc. as vez na maioria era
puro fanatismo. O calvinismo era minha origem, e nunca me separei dele a não
ser criticas.

As pessoas falavam muito de que ouviram. Com um pé atrás sempre achava


engraçado estas coisas, e os extremos perigosos, sempre fui considerado
herege. Queria mesmo conhecer, debater, ler e estudar. As limitações eram
enormes. Mas não engolia nada de professores e alunos, do que falavam e
diziam que sentiam. Uns conservadores ao extremo sempre escondiam algo,
os esquerdistas e direitistas sempre escondem algo. Sempre me considerei
ortodoxo, e que para muitos era liberal, pois não acreditava neles. Nas igrejas,
partidos políticos e de todo tipo: namorei com Marx e suas ideias, e o ateísmo,
acho que sempre estava no centro nem na direita nem na esquerda. Assim fui
estudando filosofia e teologia.

Comecei a ler Hebraico, porque não acreditava nas traduções feitas, e depois
Gregas para ler a Biblia nos originais. O Antigo Testamento cheio de erros
propositais de tradução. A Biblia cheia de mitos, lendas, sagas, prosas e
poesias. Estava engatinhando nas letras e no pensar. Como entender certas
coisas como: Deus ditou, o homem escreveu? Como pessoas que eram
maravilhosas cometiam aberrações como Davi e Salomão: como Saulo de
perseguidor a perseguido, fundador da Igreja.

Muitas dúvidas. Meu caso de filosofia começa com o existencialismo de


Kierkegaard, e a dúvida metódica de Descartes. É a parir deles que me
identifiquei na filosofia e na Teologia. Para Kierkegaard a fé é um salto no
escuro. Aí surge a existência de Ser. Ao ler Temor e tremor senti o tremor da
fé. Como um pai pode sacrificar os filhos. Ou existia sacrifício no Antigo Israel,
ou era mera influencia dos países vizinhos.

Este é primeiro livro de Kierkegaard Temor e Tremor me levou ao Desespero,


também do mesmo autor. O autor descreve o sacrifício de Isaque de modo
existencial, tinha lido muitas vezes o relato de Genesis, mas nunca desta forma
havia percebido os detalhes. A análise existencialista marcou tudo, ele nos
alerta para a fé impossível, pois a fé é impossível. Como crer que um pai que
sacrifica seu filho, hoje na sociedade moderna e capitalista tudo é possível.
Este era um costume dos Cananeus. O sacrifício ao deus Molok, crianças eram
sacrificadas principalmente se eram mulheres para garantir o direito de
primogenitura.
II. ADOLESCENCIA INTELECTUAL.

Enfiei a cara nos livros. De 0,25º a sete graus de óculos e hoje com 7,50º.
Passando a fase da teologia e da filosofia e de pastor passei a ver outra
realidade, a igreja de outra maneira. A politica é mais suja que a politica civil.
Não cabia mais na minha cabeça certos pieguismos e piedades de certas
pessoas. A realidade politica e eclesial se rompem. Preparei-me para outra
coisa, fui dar aulas. Grego, Hebraico, Teologia e Filosofia. Outra realidade,
para ser professor tem que estudar e saber e me preparar, eu tive bons
professores e bons enroladores. Fui fazer o mestrado. Logo cedo aprendi que
Revelação é um termo da Dogmática, não é bíblico. Na Biblia fala da
manifestação de Deus que é diferente.

Fiquei sabendo que os textos do Antigo Testamento têm mais de 2540


variantes diferentes de Texto Massorético a questão passou a ser “Biblia
palavra de Deus ou palavra de homens”; palavra de Deus em palavras de
homens. As correções passaram a fazer parte do texto, por isso quando lemos
tem coisas repetidas, duplicatas, triplicatas, releituras que foram feitas em
muitos séculos de mudanças textuais. Os textos do Novo Testamento mais de
4540 textos do Novo Testamento.

Aí começa a adolescência intelectual, crer ou descrer; não acreditar em mais


nada, nem em homens nem em políticos da Igreja, aqueles vislumbres se
esvaeceram; a dúvida em tudo e em todos. Cada vez mais desacreditava na
igreja e nos homens, mas não é por isso que perdi a fé, mas fortaleci a mesma.
Uma vez me perguntaram se acreditava em deus e a minha resposta foi no seu
deus particular não. Por que cada um tem o seu deus particular, o seu deus
próprio.

Aquele texto de Genesis que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança
virou a ser: o homem criou o seu deus a sua imagem e semelhança. Deus da
troca, do seu negocio, o deus do comercio, negociata, toma lá dá cá, a igreja
virou um supermercado, um comercio com prateleiras; os milagreiros vieram;
dizem e fazem milagres, mas as suas vidas estão cheias de podridão; pedofilia,
prostituição, riquezas, fazendas, bois, são os falsos profetas, falsos pastores e
enganadores do povo.

Li muito a Biblia de novo, agora com novos olhos, com a crítica literária,
histórica, com aparatos novos da exegese e da hermenêutica. A leitura mais
acurada, sem aquele fanatismo da infancia intelectual; esta leitura me fez ver
coisas que não tinha visto ainda. A comparação com os textos traduzidos para
os originais passou a ser mais necessários. Aprendi um ditado: tradutore
traitore, todo tradutor é um traidor. Aqui quem traduz faz conforme suas ideias
e doutrinas e convicções. O ato de traduzir os textos Hebraicos, o Aramaico e
Grego para o nosso vernáculo se torna cada vez mais complicado.

A tradução difere de edição e de como cada Igreja crê e edita sua Bíblia. Os
nomes passaram a ser identidades de pessoas que nunca existiram. Os
dogmas fizeram coisas horrorosas sobre certas personagens mitológicas;
pessoas, mitos, etiologias, locais, cidades inexistentes foram dogmatizadas
sem critérios nenhum.

Comecei a ler vários livros, nesta época pouca tradução em português. Os


livros de teologia e filosofia eram escassos em português. Tinha uma facilidade
para idiomas, meus pais eram espanhóis, a bibliografia era em inglês, francês,
fui estudar os dois idiomas. Neste período comecei a fazer o mestrado. Neste
período entro em contato com um grande teólogo alemão: Dietrich
Bonhoeffer.

Seu livro que tive acesso era: El precio de la gracia, obra fabulosa, fantástica,
o existencialismo me ajudou muito com uma marca indelével de Kierkegaard,
a vida do teólogo foi marcada porquê tentou derrubar Hitler do poder, foi
enforcado por isso. Escrevi uma biografia deste autor. Que coragem e loucura,
insensatez ou tentativa de mudar a historia. Que historia!.

Mas o que me fascinava era a Biblia multiforme, abandonei o Novo Testamento


e fui pesquisar o Antigo Testamento, os profetas, as denúncias, os anúncios,
Amos que escrevi um livro sobre ele. Isaias, Jeremias e Ezequiel, que
coragem! Profetas exílicos e pós-exílicos com grande influencia. Quase me
transformo em judeu. Não podia acreditar numa teologia e numa igreja que
prega o perdão e rouba os pobres e necessitados, se enriquecem. Não podia
crer numa hierarquia que persegue os outros. Eles não matam com armas,
mas leva as pessoas à morte intelectual, levam a escravidão se não fizeram
parte dos grupos dos dominantes e dos dominadores.

Pessoas pobres de espírito, vingativos e invejosos, incompetentes. Sei que em


todo lugar existe, mas na igreja que se considera cristão, de Jesus ou de cristo.
Não é possível viver numa comunidade de poderosos que é a minoria e em
meio a pobreza, necessitados, viúvas querem se enriquecer. Pregam o dizimo
para se enriquecer, mas não ajuda ninguém. Falsos profetas, enganadores do
povo, opressores dos libertos, negociam a verdade. Defensores da própria
verdade, mesmo que seja mentirosos, maledicentes e fofoqueiros, apesar se
serem de Cristo. Pastores raça de víboras. Pastoreiam em beneficio próprio, as
igrejas da falsidade perderam o limite da vergonha atrás de doutrinas.

Foi ensinando que aprendi. Na adolescência fui trabalhar na universidade,


nunca recebi salario da igreja, sempre trabalhei na igreja, mas trabalhando em
faculdades. Falei o que sabia e o que não sabia, falei o que queria, foi taxado
de marxista, contra EUA, comunista, disseram que era de esquerda, louco,
terminei o mestrado. Dava aulas de Grego e Hebraico, comecei a escrever
para facilitar o que diria, fui maturando as minhas ideias políticas, religiosas,
sociedade, filosofia e econômicas. Mudei de ideologia, me considerava até
conservador, mas me achavam um liberal, perguntaram se acreditava em
Deus, em Jesus, nunca respondi o que acreditava, menos do jeito deles. Cada
vez mais fora da igreja, um antro de perdição e não de salvação.

Da teologia fui para a filosofia. Mudei gradualmente o que pensava de tudo e


de todos. Pensar e falar são coisas diferentes. São atos opostos. Menos o que
fazia muita gente faz pensa uma coisa e faz outra. Pensava e falava a mesma
coisa, era um herege para muitos. Aa heresia passou a fazer parte da vida,
falavam que havia perdido a fé, pois não acreditava o que eles queriam que
acreditasse. Esta guinada me trouxe muitos problemas. Já tenho três carteiras
de Trabalho cheias. Sempre dei aula em dois ou três lugares. Sempre
consciência tranquila, mas falava o que queria e não o que eles queriam. Na
igreja falam uma coisa e pensam outra.

Nas universidades e faculdades é a mesma coisa. É uma igreja onde tem os


poderosos, sempre perseguindo uns aos outros, falam mal um do outro como
na igreja, falam e praticam coisas diferentes, falam em pesquisa cientifica, mas
não toleram os que fazem, são de grupos poderosos condenam pessoas,
nunca fui destes grupos, são bajuladores do poder, eram perseguidores
quando alguém se qualifica. Passei por varias crise, intelectual, religiosa,
econômica, fui treinando para ser teólogo e virei filosofo, escrevi sobre tudo:
filosofia e teologia; flertei com Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Kant,
Hegel, Marx, e fenomenologia: Husserl, Ricoeur. Namorei a fenomenologia, e a
Hermeneutica.

Schleiermacher, Dilthey, Ricoeur, Gadamer. Comecei a maturar o pensamento,


fui para a história, de Israel, dos Gregos, Romanos. Tudo isto fazia parte de um
itinerário para entender a filosofia e a teologia. O Hebraico e o Grego para
compreender melhor a Bíblia. A literatura vem por ultimo, teologia, filosofia, e
Bíblia. Nesta nova faze escrevi sobre muitos assuntos. Antigo Testamento,
Novo Testamento, Aramaico, Inglês, Alemão, Italiano, Frances fizeram parte de
minha vida e biblioteca. Escrevi Pentateuco, profetas, poetas, sabedoria,
educação, mitos. Minha biblioteca tem oito idiomas e milhares de livros.

Neste período de crise social, politica, amorosa a maturação veio com muito
sacrifício intelectual. Fui pai e mãe, mestrado e doutorado, separação. Saí de
São Paulo fui para o Rio de Janeiro e de lá para Goiânia, doutorado e pós-
doutorado, aposentadoria e quase 30 livros publicados. Doença a maturidade
intelectual. Mais leituras, mais escritos e mais perseguição.
III - MATURIDADE INTELECTUAL.

Em que creio? Por que creio? Tantas coisas boas e muitas más e a vida se faz
repensar a vida: repensar tudo. A fé, a razão, as relações, coisas simples
complicadas. Uma pergunta: será que creio? Em quem? No homem, jamais,
em mulher pior ainda. A não ser num ser superior. A certeza perdeu o lugar
para a incerteza e dúvida, a crise preencheu o lugar e todos os espaços da
vida.
Piedosos são as piores pessoas, que se escondem debaixo da piedade,
crentes traidores, fieis são infiéis. Os camaleões na frente é uma coisa e por
trás é outra. Muitos creem na sua capacidade de enganar os outros.
Verdadeiros camaleões, homens enganadores, invejosos e vingativos.
Aqui começa a mudar tudo. A maturidade intelectual começa um novo rumo.
Como acreditar nas pessoas. Ladrões de esperanças, o que pensava não
pensa mais, a filosofia de vida muda o norte; a teologia é mais racional, não
existe crença que é mitológica.
No período namorei o marxismo, mas vi que é tudo igual, existencialismo,
autodefesa, contra os invejosos, a crença em descrença. A hermenêutica e a
Fenomenologia, de Paul Ricoeur a Edmund Husserl, de Martin Heidegger a
teologia ou filosofia. Foi no existencialismo para a fenomenologia. Na Teologia
de Dietrich Bonhoeffer a Rudolf Bultmann, de John A T Robinson a Oscar
Cullmann, esta maturidade veio a partir de varias decepções intelectuais,
sociais e econômicas, politicas.
A descrença aqui significa não perder a fé, mas acreditar de outra forma, não
pensar como os outros, não crer como os outros.
Qual a influência intelectual dos filósofos em minha vida? Tudo faz parte desta
mudança intelectual. Tudo faz parte, o que foi determinante em vida? Não sei
se ainda vou medir as coisas. Entre filosofia e teologia? Decidir qual vou
seguir? Desconfiar de tudo e de todos. Música, solidão, amigos só os
cachorros, e a biblioteca, os livros. A crise existencial virou fenômeno
existencial.
O que me fez mais amadurecer foi às leituras, os escritos. Aprendi a ler e a
escrever, melhor companhia do que esta não existe. Aquela mente da roça não
saiu, sai da roça, mas a roça não saiu de mim. Pássaros, frutas, plantas,
lembranças que voam e pensamentos que são doces, sempre quis voar, mas o
medo de cair sempre me acompanhou. Medo das alturas, talvez esteja
preparado para voar para a eternidade.
A vida é cruel, não tem pena de ninguém, ou ninguém tem pena de ninguém.
Saudosa, pitoresca e engraçada é a vida. A vida traz percalços, traz alegrias e
tristeza. Que ninguém pode tirar.
Foi através de muito esforço que cheguei onde estou muitas noites sem dormir,
quebrando a cabeça, gastando muito. As leituras existenciais passaram a
serem fenômenos da vida, e da leitura. Ler livros em oito idiomas, traduzir,
somente com esforço e sofrimento. Isto cada vez mais me aproximou da
fenomenologia da vida, da religião, teologia e filosofia.
Fiquei muito tempo entre filosofia e teologia, depois somente na filosofia, tive
um tempo entre Bíblia e teologia, mas nunca abandonei nenhuma, passei por
novas compreensões e entendimentos. Depois de não dar mais aula de Bíblia,
teologia e filosofia, e por ultimo em Educação depois de dar aulas de Grego e
Hebraico. Na filosofia tive um tempo de filosofia alemão, judaica, jurídica e
ética, a antropologia, e por ultimo na sociologia. Isto me fez mais duro
intelectualmente. A leitura de Karl Marx, Max Weber, Emile Durkheim, Peter
Berger, Thomas Luckmann, antes por filósofos clássicos depois outros
desconhecidos como Emanuel Levinas e Martin Buber.
A maturidade surge com crise, crise vem do Grego Krinein – julgar; ver além
de outros problemas. Crise significa mudar a direção, crescimento, mudar as
ações e atitudes; a crise leva ao sofrimento, mas ao amadurecimento. Julgar é
bom e o que é ruim, a crise é do pensar é crise de raciocínio, crise emocional.
A emoção leva a situações agradáveis e desagradáveis. A crise religiosa,
econômica leva a um maior amadurecimento, amadurecer a ler e pensar
filosofia e teologia.
Comecei a ler obras e autores clássicos e não clássicos, da razão a duvida, do
racionalismo ao existencialismo, a fenomenologia. Tinha visto que a existência
passa a ser relação com o outro, e a fenomenologia consigo mesmo, ver o
outro, me fascinou Buber e Levinas, judeus de origens pensam sobre o rosto, o
tu e o eu, Deus e o homem, a relação com o ser. Vi nestes autores a existência
e o fenômeno, as relações humanas. Muitas vezes nem sabia o porquê desta
aproximação. Isto na filosofia.
Na teologia tive profunda admiração em Bonhoeffer e a teologia alemã. A
leitura de Bultmann, Cullmann, Barth levou-me a apensar toda a forma de
teologia, de Igreja, pregação, nunca fui digno de um sistema e dogma, não era
a minha área, sempre foi a teologia bíblica. Na minha dissertação de mestrado
sob orientação de Milton Schwantes foi Claus Westermann, depois Walter
Zimmerli, e Gerhard von Rad. a primeira leitura era do Antigo Testamento, os
profetas, os poetas, os livros historico, fascinantes, acusadores da vida social,
da corrupção dos reis e do povo, a denuncia sobre os falsos profetas, falsos
reis e reis opressores. Comecei ver nas leis e na Torah o fascínio. Pesquisei
sobre as lendas, mitos, narrativas, poesias e a sabedoria.
No período da teologia veio a teologia da Libertação, Rubem Alves, monografia
de Bacharel no Seminário foi sobre T. d. L em Alves, Boff, Gutierrez, sobre a
Cristologia em Jon Sobrino. Período fértil e de muita acusação nas igrejas por
onde passei. Eu era marxista e anti-imperialista. Este marca meu primeiro
escrito depois vem um ensaio sobre a opressão em Amós, o profeta, mas o
primeiro livro publicado foi sobre Arqueologia Bíblica. Descobri que nem tudo
que se fala na teologia e na igreja é comprovado arqueologicamente, as
descobertas arqueologia mostram que muitas coisas nem aconteceram.
Quanto mais leio mais me aproximo da fenomenologia, do outro, do si mesmo
como o outro. Aprendi mesmo que quem faz aqui, aqui se paga, o que planta
se colhe.
A Biblia e os livros, a filosofia e a teologia me ensinaram coisas boas, a vida é
um caminho de duas pistas: ida e volta. Não dá para ir à contra mão; podemos
chocar; a pista dupla nem sempre dá para ultrapassar. Sempre tem alguém
procurando derrubar e enganar os outros; a pista é escorregadia.
Depois da filosofia e Teologia fui para a História e educação. Por décadas
ensinando Historia de Israel, antiga, resolvi escrever sobre o assunto. Cinco
volumes sobre tal história. Um sobre as origens de Israel, ele surgiu onde:
Abração, Egito, no deserto, tribos, confederação, Amfictionia, revolução ou
guerra?
Como os reis se originaram, foi ordem do povo e seus pedidos ou de Deus? Foi
carisma passagem de juízes a reis, de líder da guerra. O volume três sobre os
reis, a luta e briga pelo poder, mortes assassinatos, intrigas, mulheres, trono,
filhos se matando, muita mitologia. O quarto sobre o pecado, exilio na
Babilônia, desterro, fim do reinado, a historiografia em seu começo, o quinto
sobre o retorno e a construção do trono e do Templo e de Jerusalem. A
influência persa sobre Israel, reescrever a historia, a primeira canonização dos
escritos do Antigo Testamento. Mudaram histórias, reescrevem duas ou três
vezes, canonizaram a Torah. O sexto livro fala dos Gregos e Romanos, a
história de Israel estava completa.
Tive um período de grande decepção com igreja e teologia, me voltei para a
Educação e filosofia. Antes escrevi sobre Exodo no livro do profeta Amós.
Literatura extra-canônica, entre o Anto e o Novo Testamento. Escrevei sobre a
Torah e o deuteronomista. Enveredei-me sobre a questão da teodiceia e a
questão do mal, escrevi sobre os nomes de Deus, escrevi sobre magia e
adivinhações, sobre a apocalíptica, escreveram sobre logica. Escrevi sobre
mitos e sagas na Biblia, falei sobre teologia, escrevi numa época sobre ética e
justiça, falei sobre os dez mandamentos, sobre fenomenologia na educação e a
educação na Bíblia.
Andei traduzindo livros de Paul Tillich, seus sermões e teologia. Traduzi Barth e
Cullmann, sobre teologia do Antigo testamento, sobre os Evangelhos Sinóticos.
A bíblia, a teologia e a filosofia me ajudaram a consolar e pensar direito. A vida
vivida em razão dos problemas sociais e econômicos. A vida vivida em razão
da politica. Pensar direito foi um consolo paras as decepções. Viver só é
melhor do que mal acompanhado. A vida é a existência bem vivida. A
experiência me ajudou a controlar todas as coisas. Ler, traduzir, pensar é viver
bem.
II. PARTE.
1. ESCRITOS PUBLICADOS.

Comecei escrever pelos idos de 1976. Aqui fiz a primeira tentativa. Escrevi o
TCC sobre a Teologia da Libertação. Era o período na época da T. d. L. Depois
escrevi sobre o TCC de Filosofia: sobre Ernest Bloch. Mas o primeiro escrito
publicado data somente de 1984, tinha feito um mestrado em teologia bíblica.

O primeiro trabalho que escrevi foi: Cristologia na América Latina; o TCC em


teologia, depois o TCC em filosofia foi sobre: O Ateísmo no cristianismo em
Ernest Bloch.

Escrevi sobre a Arqueologia Bíblica, este foi o primeiro livro a ser publicada
na década de 80, esta obra já esta na quinta edição e na segunda editora. Este
livrinho foi adotado em varias universidades, tratava de uma introdução aos
conceitos e as técnicas arqueológicas. Dividido em duas partes, na primeira
tratava sobre o uso e o abuso da arqueologia na teologia, na igreja, as
escavações e técnicas, sistemas de memorias, comprovação ou não e as
interpretações das descobertas. A segunda parte fala sobre as cidades
descobertas: Ebla, Jerusalem, Cafarnaum, Nabratein e a arca. A primeira é
uma critica dos que querem provar tudo pela arqueologia e fazem uma
forçação de barra das descobertas, tudo passa pela Biblia e pela arqueologia,
uma explica a outra, nem sempre é assim.

Às vezes uma nega a outra, as provas nem sempre são satisfatórias, nem
sempre revelam o passado, nas escavações o trabalho de campo e os
métodos e as provas são negadas. Os campos, fotografias, as escavações, as
cerâmicas, as moedas, as controvérsias, o local, a existência e não existências
de tudo isto. Como o relato de Josué e a queda do muro de Jericó que caiu ao
toque das trombetas, ficou comprovado que Jerico foi queimado muitos séculos
antes de Josué e a chegada dos Israelitas.

O segundo livro escrito e publicado foi da coleção de Historia de Israel


volume 1, sobre as Origens históricas e sociais do antigo Israel; o livro foi
dividido em questões de tendências das origens, o segundo capítulo fala sobre
textuais e arqueológicas e o terceiro sobre os modelos clássicos das origens:
teorias, teses e modelos de origens; a idade de Bronze, de Ferro, as questões
sociais e politicas, econômicas religiosas, revolta, conquistas, guerra,
movimentos sociais.

O capitulo quarto tratam de Israel no Antigo Testamento, as fontes do antigo


Oriente, e a arqueologia, os excurso sobre hapirus/habirus, os hebreus, o
parentesco, patriarcas, nomadismo, e seminomadismo, criação de gado grande
e pequeno, costumes, primogenitura, as caravanas comerciais, patriarcalismo,
Haram, e Arameu, adoção, casamento, vida cotidiana, os templos e locais de
culto; e por fim, as tribos de Israel, doze tribos, ou dez, os filhos e netos de
Abraão, Isaque e Jacó. Temos aqui um enigma sobre a história de Israel.

O terceiro livro tem tema A maior justiça é de Deus em segunda edição, tem
o titulo reformulado e o livro também como Ética e Justiça. Trata da ética no
evangelho de Mateus: as pesquisas modernas e a autoria de Mateus, as ideias
centrais do evangelho; as tradições e fontes, o lugar e o tempo de composição,
outras autorias, quem é Mateus, esboços, estruturas e a forma do evangelho.
O capítulo dois trata da ética: a ética em Mateus conforme alguns autores,
conforme: Jack T Sanders, Willi Marxsen, e outros; o autor e redator de Mateus
e a exegese, a imagem de Mateus sobre Jesus, o Mestre da Justiça, o sermão
do monte e a exegese do livro. O terceiro capítulo fala sobre a maior justiça é
de deus: o reino dos céus como tema da ética; a grande justiça no sermão do
Monte; Jesus e os religiosos de sua época; juízo e retribuição em Mateus; ética
humana e a salvação de Deus em Mateus; a moral de Jesus em Mateus. A
conclusão e as referencias especializadas; este livro tem uma mensagem
especial que a justiça humana é falha e a de Deus não.

O quarto livro é a dissertação de mestrado sob a orientação de Milton


Schwantes: Um novo Exodo em Deutero Isaias – paradigma e anamneses
de salvação. O orientado era uma grande especialista em Antigo testamento,
ele já havia escrito sobre o assunto. Contem cinco capítulos e o primeiro é
sobre a análise dos aspectos do contexto sócio históricos de 550 a. C. a 539/8
a. C. o antigo oriente, Judá, e Babilônia, a queda da Assíria, a batalha de
Megido, o domínio Egípcio em Carquemis, Megido, a 1ª e 2ª deportações para
a Babilônia, as consequências da queda de Jerusalem e a destruição do
Templo. O segundo capítulo trata do ambiente histórico do II Isaias antes de
depois, os exilados, a vida no exilio, a queda da Babilônia, Ciro o Persa. O 3º
capitulo fala da estrutura do livro de Isaias e os analistas, sigo o autor alemão
Claus Westermann, o 4º fala do motivo do êxodo no II Is, e o 5º da exegese
dos textos de Is 40, 43, 49, 51, 52, 55 e a conclusão e referencias.

O quinto livro tem uma história de duas décadas e meia. O livro começou com
a sala de aula e aulas de filosofia em vários cursos como: direito, pedagogia,
economia, enfermagem, filosofia e teologia. Resolvi escolher alguns filósofos
importantes como: Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Hegel,
Heidegger e por fim, acrescentei depois da quinta edição a fenomenologia. O
titulo do livro é Um Guia Introdutório de filosofia e seus interpretes. A cada
autor tem uma pequena biografia, obras, e filosofia. Passou a ser um manual
usado em vários cursos. Apenas é uma explicação simplista destes filósofos
que não viram e não entendem filosofia.

O sexto livro trata de uma Introdução ao Antigo Testamento, depois de usado


por duas décadas resolvi editar este manual, mais ou menos usado em 27
anos. Foi usado no seminário Metodista e São Paulo, Rio de Janeiro, e vários
outros lugares. O titulo é Introdução ao Antigo Testamento – história e
literatura têm capítulos como: mundo do Antigo Testamento, cânon da Biblia
Hebraica, texto, os gêneros literários, as tradições históricas, os profetas, os
poetas. O mundo do Antigo testamento vai do século XV ao I a. C. e fala da
historia e geografia do Antigo Israel, a vida cotidiana, as conquistas, a
monarquia.

Fala do Canon e da canonização, dos textos vários; do mito, da saga, da


novela, das etiologias, e do direito Israelita. Falam das tradições históricas da
Tanach, as fontes, do Dtr, do cronista, da literatura profética, menciona os
livros poéticos e sapienciais. Sempre em linguagem coloquial e de fácil
entendimento preparada para estudantes iniciantes e pastores, seminaristas,
com auxilio do Texto Hebraico e da LXX, das traduções e a sua História. É um
manual das sagradas Escrituras.

O sétimo livro foi sobre as Origens da Monarquia e dos Reis de Israel, fala
como foi inventado a monarquia e a história dos primeiros reis: as duas
histórias sobre a escolha por Deus de forma carismática, e a segunda sobre a
necessidade de ter um rei como os outros povos. Ainda narra a historia da
divisão do reino; Saul, Davi, Salomão e a separação. As historias da sucessão,
das brigas e mortes para a sucessão enegrece o reino e o trono, esta origem
da monarquia é muito interessante desde o mito e a saga do trono. Como Davi
sucede após a morte e a trama da morte de Saul, depois Salomão como faz
para subir ao trono de Davi, matando todo mundo e os herdeiros superiores a
ele. A sucessão era na maioria das vezes herança, primogênito, mas Salomão
é o ultimo de uma mulher espúria, briga, luta, mata e sucede. Nestas historias
vemos também a sucessão de Salomão que segue estes parâmetros, mas a
divisão, brigas, lutas mortes e a divisão do Norte e do Sul. O norte tem como
capital Samaria e o sul Jerusalem. Esta divisão provoca ainda a luta entre
Judaítas e samaritanos que ainda tem resquícios na época de Jesus. Na
realidade há uma ideologia entre norte e Sul, a comunidade de Jerusalem, a
centralização do culto, a monarquia unida, a fé profanada, a fé da liberdade e a
comunidade livre e o começo do fim da sucessão.

O volume três de História de Israel trata do exilio e a teologia da retribuição


e a esperança de retorno, este é o oitavo livro publicado. Fala do fim da
monarquia, a invasão da Babilônia por Nabucodonosor em Jerusalém e as
primeiras e segundas deportações o livro faz parte de um projeto da
dissertação de mestrado sobre o êxodo no Deutero Isaias, neste livro começa
com a história do exilio, desastre de 587 a. C. e como ficou Jerusalem, em
Judá e os que foram para o exílio, a pratica religiosa no exilio, e as suas
experiências longe da pátria. O livro do profeta Jeremias 40-44; Salmo 44-79;
Lamentações, o profeta Obadias, Is 14-27; e o Salmo 137 tem os temas do
exilio. A teologia do Exílio em Ezequiel, o II Isaias, o Dtr, e o sacerdotal são
escritos desta época. Neste período os temas das narrativas bíblicas são: mitos
das origens; a criação, o demiurgo; os sábios, o caos, a ordem, a criação do
home, da mulher e dos animais; a Torre de Babel, os sábios e os sujos, a
literatura sapiencial, o mundo exterior. Esta teologia surge neste período como
os escritos da Biblia são redigidos nesta época.

O nono livro trata do pós-exílio, a retribuição e a esperança de retorno, a


Tora está canonizada, os outros escritos do Antigo Testamento foram
formulados. Os escritos que tratam da queda da Babilônia, a ascensão dos
persas, Ciro, o III Isaias, Esdras e Neemias, 1 e 2 Crônicas, Ageu, o 1 e 2
Zacarias. A politica persa para os povos conquistados, a religião dos
conquistados, as leis e os funcionários persas na administração. O caos social,
a reconstrução dos muros do Templo de Jerusalem, o sacerdote, o fim do
império persa, o surgimento dos Gregos, a teologia de Ageu, 1 e 2 Zacarias,
Malaquias, Esdras e Neemias, 1 e 2 Crônicas, o III Isaias. O mais importante
são os temas teológicos como: os mitos das origens, a criação, o demiurgo, o
caos e a ordem, a ação da criação, o homem, o diluvio, a torre de Babel, a
nova Torah, os sábios e os anjos, a vida futura é o novo tema despe período,
aqui se cria a ideia de céu e inferno, de Deus, o bem e o mal, e o diabo.

Neste intermezzo escrevi um livro que era manual de muitas décadas e que
agora foi publicado sobre Lógica para iniciantes. Já esta na terceira edição e
esgotado. É o decimo livro e é composta de cinco capítulos, a palavra logica, o
grego logos, definições, a dedução, a verdade, as regras de dedução, a logica
formal e dialética. O objeto da logica, a evolução da logica, como se dá a
logica no raciocínio; o pensamento, a linguagem e a pergunta; os tipos de
logica; a antiga logica; a medieval, e a logica matemática; a arte de convencer,
a petição de principio; o circulo vicioso; a falsa causa; a causa comum; e a
dialética. A filosofia e a história, as religiões; o estruturalismo; Hegel, Marx;
Gramsci; Lukacs. A palavra logica vem do grego, criada por Aristóteles; os pré-
socráticos, os materialistas criaram a logica.

O decimo primeiro livro foi escrito e somente agora publicado com o titulo:
YHWH, seus escolhidos e seus lugares. Trata de um texto de doutorado em
Bíblia. O original era: os lideres, as leis, e os lugares que YHWH escolheu. É
uma analise de Dt 16-18, analise de vários autores, o TH, TM, exegese do
texto. Trata dos lideres, das leis e do culto em Israel; os juízes, os escribas, os
sacerdotes e o profeta. A comparação de Dt com Ex, Ii Cron, Prov 17, os juízes
levitas e os oficiais da lei; a corte, as leis sobre os lideres, a revisão do Dtr; a
reelaboração dos Códigos de Leis, o direito e a consulta ao Direito, casuístico e
apodítico; a função judicial dos reis; o tribunal no templo e na porta da cidade.
O decimo segundo livro é a tese de Doutorado em Ciências da Religião: A
Torah e o Deuteronomista. Trata das revisões literárias e sociais sobre a
influencia dos persas, fala do contexto historico e crítico, as fontes literárias
documentais para a reconstrução da Torah; a politica de tolerância persa para
com os conquistados, os funcionários persas e Judaítas, o caos social em
Israel. As revisões literárias obrigadas pelos persas; o escrito P as revisões Dtr
e da Torah; a redação final e a canonização da Torah; nos séculos V e IV a. C.
trata da Obra Historiográfica Dtr, que vai de Dt a 1 e 2 Rs.

O 13º livro foi sobre os Imaginários do Mal, escrito como pesquisa dentro de
Ciências da Religião: fala sobre o mal na Biblia, na Teologia, e na filosofia. Fala
sobre o mal em Ricoeur e Espinoza, o homem falível; os símbolos e a culpa; o
mal e o mal radical; a salvação do mal, a ética e a justiça; o conceito de justo; o
mal radical a religião no mal; os carismáticos, pentecostais, a igrejas
tradicionais, o anticristo; Michel Foucault e o mal; Rene Girard e o bode
expiatório.

Depois de um lapso escrevei o 14º livro de Historia de Israel; o período


Greco-Romano, de Alexandre Magno a Herodes, o final de Jerusalem;
completeis a historia de Israel; fala de Alexandre e seus sucessores até os
Romanos e a destruição de Jerusalem em 70 d. C.: os Ptolomeus, Selêucidas,
Antíoco; os Macabeus; Jonatas, Simão; João Hircano, Janeu; Salomé,
Aristobolus, Herodes. Fala das ideias religiosas: a criação do Judaísmo, a
Torah e os demais escritos do Antigo Testamento. Da Sinagoga, o culto, anjos
e demônios, Messias, ressurreição, partidos religiosos: saduceus, fariseus,
essênios, sicários, Qumran. A literatura nesta época são os apócrifos, I e II
Macabeus, Daniel, Enoque, Jubileus, Sabedoria, Eclesiastes, Eclesiástico,
Tobias, Sabedoria, hinos de Qumran, as regras da comunidade e os rolos do
Mar Morto.

15º livro publicado foi sobre a lei e os Dez Mandamentos. Começo a explicar
os mandamentos do Pentateuco, os nomes, os livros, limites dos livros, o
conteúdo do Pentateuco, as repetições inclusive dos Dez mandamentos que
vira Doze, as contradições, os documentos, resquícios das leis em Genesis,
Exodo, Números, e em Deuteronomio. Um comentário sobre os Dez
mandamentos, em Hebraico, a chave de leitura do Decálogo e o Dodecalogo, a
tradução dos mesmos. Os mandamentos são palavras declaradas como leis
apodíticas. Estas leis são universais em todo mundo sabem o que é não matar,
não roubar, e assim por diante.

Um texto que demorou a ser publicado foi sobre A Literatura entre o Antigo e
o Novo Testamento, foi escrito para explicar o período existente entre os dois
testamentos e é o 16º livro. Foram escritos no período de Daniel canônico,
Henoc, Jubileus, os Salmos de Salomão, a obra Zadoquita, o apocalipse de
Sofonias. São escritos do período do I século a. C. e do 1 século d. C: são
assunção de Moisés, o livro eslavo de Henoc, a vida de Adão e Eva, 4º Esdras,
apocalipse de Baruc, Ascenção de Isaias, apocalipse de Abraão, o testamento
de Abraão. O período foi fértil nas escrituras, mas nenhum foi parar no Canon
Bíblico e tem as ideias encontradas no Novo Testamento como: fim dos
tempos, a nova era, o destino dos bons e maus, a ressurreição, o dualismo
persa, as ideias pagãs Cananeias de recompensa, a ideia de inferno, vida
intermediaria, e vida eterna.

Durante o pós-doutorado escrevi uma obra de Educação, juntando vários


escritos publicados e revistas especializadas. O livro é o 17º e tem como titulo
Um Guia introdutório de pedagogias, fala sobre a história da educação,
educação e filosofia, Sócrates, dialética, o idealismo e a educação, a Escola de
Frankfurt, as teorias de Jean Piaget, Freinet, a conscientização em Paulo freira
e as conversas com Rubem Alves.

Escrevi uma tese de pós-doutorado em educação, e o tema foi sobre Um novo


Agir Pedagógico e a fenomenologia em Paul Ricoeur, é o 18º livro. O livro
trata de um itinerário sobre a vida de Paul Ricoeur, uma biografia intelectual
dele, os seus conceitos de filosofia, a sua hermenêutica, , o conceito de mal, o
mundo , a vida, e a educação em sua obra, educação como Justiça, são temas
recorrentes em mim e em Ricoeur, filosofia, hermenêutica e a estrutura do
pensamento.

O 19º livro trata de A maior Justiça é de Deus, uma ética no Evangelho de


Mateus e analiso o evangelho na perspectiva literária, autoral, estrutural, a
ética do evangelho, a comunidade judaica em Mateus, e o conceito de Justiça
de Deus no sermão da Montanha, como eram a moral de Jesus e de sua
comunidade, os judeus convertidos.

O 20º livro trata da Apocalíptica no Antigo Testamento onde falo sobre o


gênero literário, a apocalíptica, a diferença entre ela e a escatologia, faço uma
historia da mesma desde os descobridores aos dias atuais, a profecia vem em
primeiro lugar, depois a escatologia e por fim a apocalítica como literatura de
resistência, os textos mais famosos no Antigo Testamento são: Enoque, Joel,
Ezequiel, Isaias 24-27; Is 66, 34-35; o segundo Zacarias 9-14; Daniel e as
concepções da apocalíptica, as concepções do Filho do Homem, são uma
literatura de pessimismo e resistência, símbolos e sinais são suas linguagens.

Nesta obra retorno à teologia, escrevo sobre Dietrich Bonhoeffer, este livro
estava esboçado a dezenas de anos, é o 21º livro, Dietrich Bonhoeffer,
traduzi muitas obras deste autor, faço uma cronologia de sua vida e obra, ele
tentou derrubar Hitler do poder e foi enforcado, ele é um homem comprometido
com a teologia e a Igreja, conspirador pacifista, teólogo e pastor, não como
muitos ligados por aí ao dinheiro e ao poder.

Entre filosofia e teologia, entre fenomenologia e Biblia, igreja escrevi um livro


22º sobre a Fenomenologia da Religião em Martin Heidegger e outros
autores, a metodologia religiosa, o fenômeno historico, a exegese que
Heidegger faz das Epistolas Paulinas, a sua filosofia da religião, é uma obra do
jovem Heidegger, a explicação fenomenológica de 1ª Tessalonicenses e da 2ª;
a experiência cristã originária, Santo Agostinho, a mística medieval, diferente
deste autor de Ser e o tempo.

O 23 o livro trata da Magia, adivinhação, necromancia e a demonologia na


Biblia. Analiso as definições de todas, e o que se faz nas igrejas hoje; os
escritos apócrifos, o Antigo Testamento e o Novo Testamento, e o que se fala
de tudo isto. Comparo o Judaísmo, Islamismo, fenícia, Síria, Assíria, e o Egito,
e a neopentecostais.

O 24º livro é sobre a Opressão no Livro do Profeta Amós escrito como


dissertação em Biblia, eu analiso as terminologias de opressão, o campo
semântico, em referencia especial ao livro do profeta, que viveu no século VII
a. C. sob a divisão dos reinos do norte e do sul, os falsos profetas, e os falsos
reis. Ele fala dos pobres, da viúva e do órfão e dos juízes que roubam ambos,
são corruptos, vendem os pobres por um par de sandálias, vendiam sentenças
por prata, ouro, e anuncia a destruição de todos, e o povo sofria de todas as
formas e maneiras, profetas falsos juntos com reis e sacerdotes oprimiam o
povo.

O 25º livro afala sobre a Educação na Bíblia. Estuda a educação na


Antiguidade, na Biblia Hebraica, no Novo Testamento, a fonte de estudos e da
educação, os livros sapienciais: Provérbios, Salmos, Jó, e não é um
comportamento moral, mas como ler, escrever, as crianças e os adultos, a
educação cristã, adoção, circuncisão, e métodos de educação.

O 26º livro mostra As leis no Antigo testamento, comentários sobre as leis, os


três Códigos de Leis em Ex 20-23 denominado de Código da Aliança; o Código
deuteronômico, em Dt e o Código da Santidade em Levítico. Os três códigos
tem um triangulo referencial entre Deus, o homem e o próximo. As leis
referentes a comunidade civil e religiosa, ao culto, sacrifício, santificação, a
politica, economia, a sociedade e a religião. As leis no Antigo Testamento
servem de base para os dias atuais.

2. LIVROS A SEREM PUBLICADOS.

O 26º livro é sobre a Cristologia Latino-americana, que é um dos primeiros


escritos e é base do TCC, na Teologia no Seminário da Fatipi, escrito a toque
de caixa, com erros, em 1976 sobre a T d L fala sobre Gustavo Gutierrez,
Rubem Alves, Leonardo Boff, fundadores de T. d. L. Jon Sobrino, escrevi
escrever sobre a T. d. L. comparada com a teologia Tradicional, as diferenças
entre as escolas da Europa e da América Latina, os teólogos do primeiro
mundo e do segundo e terceiros mundos. O Cristo vencedor, louro, de olhos
azuis, a teologia dominante, e a teologia dos opressores e dos oprimidos, o
Cristo dos pobres e dos ricos, e o Cristo derrotado, crucificado, mas ressurreto.
O 27º livro é sobre Geografia e História da Palestina, o clima, as plantas, a
geografia física, econômica, o Antigo Israel, o terreno, a planície e as
montanhas, a mitologia dos locais, as culturas, as terras, os lugares férteis e
inférteis, os rios e as falésias, os mares e as estradas.

O 28º livro trata História da Igreja Antiga. Para uso das origens no século de
criação da Igreja ao I século d. C. para a dispersão de Atos dos Apóstolos, as
regiões eclesiásticas, a expansão do cristianismo, o Cristianismo de Paulo, a
saída de Jerusalem e Antioquia, Grécia, Chipre, e Roma.

O 29º livro fala da Historia da Igreja Medieval, a divisão do cristianismo em


Católico e Ortodoxo, até o surgimento da Reforma e de sua Igreja.
Rompimento da Igreja Católica, vários movimentos eclesiásticos, a luta entre a
fé e a razão, Tetzel vendia perdão dos pecados chamado indulgencias, essa
geração de frades e os mosteiros, a construção da Catedral de São Pedro em
Roma; época das trevas, contrario ao período das luzes, há um rompimento
entre teologia e filosofia, os pais apostólicos romanos, os padres gregos e
romanos.

O 30º livro é sobre o Salmo 137, é um trabalho sobre exegese, tradução o


exilio, é um lamento, no período Babilônico entre os séculos VI e V a. C. este
lamento é um grito, um cântico de oprimidos, do cativeiro, longe da pátria, do
templo, do culto, do sacrifício, parece com o livro de Lamentações, o profeta
Jeremias e o II Isaias. O cântico de sofrimento que é de ficar exilado longe da
pátria, lamento da elite de Jerusalem, o povo sofre distante, canto é também
um pedido de vingança pelo que fizeram a eles, o desterro longe da terra e dos
opressores que zombam do povo vencido. A saudade é enorme.

O 31º livro é sobre a Hermeneutica bíblica e filosófica. Foi usado por


decênios como texto em seminários. A hermenêutica é a interpretação da
exegese, uma é retirar do texto o que esta no texto e esta é interpretação ao
que foi retirar do texto. As duas levam em conta a história, a autoria, uma a
compreensão e a outra a interpretação. Uma le o texto original Hebraico e
Grego e a outra o que foi tirado destes textos. Na hermenêutica filosófica você
pode usar vários tipos de filosofia: o marxismo, idealismo, existencialismo,
racionalismo, a fenomenologia; analiso as obras de Hans Georg Gadamer e
Paul Ricoeur. Jurgen Habermas.

O 32º livro é uma Biografia da Família Sotelo com o título Zakhoriym. Em


Hebraico é: memoria, lembranças. Escrevo aqui uma historia de meus
antepassados, meus avós vieram da Espanha, descendentes de judeus que
fugiram da guerra civil espanhola, do General Franco, a situação na Espanha
não era favorável, vieram trabalhar nas fazendas de café em Ribeirão Preto,
como bons espanhóis e judeus guardaram dinheiro e compraram uma fazenda
em Américo de Campos onde nasci, na Fazenda Boa Esperança, minha mãe
teve 13 filhos e eu sou o decimo terceiro, a família Sotelo era enorme, hoje
lembranças e memorias.

O 33º livro é sobre Sociologia, escrito para os alunos de Pedagogia e Direito,


um tipo de Sociologia Geral, estudo as sociedades, grupos sociais, os grandes
pensadores, Emile Durkheim, Mar, Weber, e alguns modernos. As relações
sociais acompanhadas da politica, da religião, as relações marcadas por
inclusões, etnias, a opressão, riqueza e pobreza, castas, centro e periferia,
casas e casebres e favelas.

O 34º livro fala sobre a Filosofia, Direito e a Justiça, auxilia nas aulas de
filosofia do direito, a conexão, o direito e o trabalho, as revoluções francesa e
inglesa, industrial, as horas de trabalho, ética, retorica, logica.

O 35º livro é sobre os Escritos pós Novo Testamento, pais apostólicos,


usados como testemunhos dos escritos do Novo Testamento. Como a:
Didaque, ensino dos Doze Apóstolos, eles circulavam na época do I e II
séculos d. C. doutrinas da Igreja, Igreja Primitiva, as igrejas nascentes, a
hierarquia e cúpulas da igreja, o epíscopos, presbíteros e diáconos, e a luta
pelo pode na igreja.

O livro 36º é sobre o Cântico dos Cânticos, Shiyr Shriyrim em Hebraico, o


texto é um comentário exegético a cantares, texto, tradução, transliteração,
comparação com LXX, V, e a discórdia entre os exegéticas e escritores com a
análise literal, tipológica, os hermeneutas e interpretes não chegam a um
acordo geral. No Judaísmo, catolicismo e Protestantismo há uma variedade
enorme de interpretações, desde o amor erótico, sexual, o amor de Deus, a
igreja, homem e mulher, prostituta e os escolhidos de Deus. As relações são
confundidas, a Igreja Primitiva, na canonização, junto com os livros de Ester e
de Rute é o livro que mais tem problema no Canon.

O 38º livro é a tese de pós-doutorado em Ciências da Religião, vai sair com o


titulo A Renascença e a Biblia, a obra analisa um autor francês do século XIX
e XX que pensa como Max Weber, e Emile Durkheim, a obra deste autor é
vasta, pouco conhecida, no meio intelectual e bíblico. É uma obra de
contrapartida aos estudos na França, é comparado com Andrew Mayes e
Norman Gottwald, traduzi já varias obras deste autor Antonin Causse. A tese
tem como título Sociologia da Historia do Antigo Israel.

O 39º livro é sobre Gramatica de Grego I e II é uma obra que nunca foi
publicada. O texto é dividido em duas partes constituídas de Gramatica e outra
de Exercícios, alfabeto Maiúsculo e o minúsculo, substantivos, artigos,
declinações de 1ª e 2ª e 3ª declinações. Em Grego tudo é declinado, as
conjugações dos verbos em seus tempos, os exercícios, escrever em Grego
clássico é uma coisa, mas o grego Koinê é outra. Este é o idioma do Novo
testamento, dos evangelhos, das epistolas, das cartas e do apocalipse. Cada
escrito tem uma característica, Paulo tem uma forma e seus amanuenses
outras ditadas por Paulo, Lucas o médico escreve melhor e o Grego pior é o de
Pedro.

O 40º livro é de Hebraico Bíblico, outro manual, para sala de aula, duas
partes, gramatica e exercícios. O alfabeto é consonantal, escrito ao contraria
da direita para a esquerda, os tempos verbais, os prefixos e sufixos
determinam os tempos verbais e os pronomes, os adjetivos, o masculino e o
feminino. As vogais foram inventadas pelos Massoretas, são 10 ao total, breves
e longas, as declinações, verbos, perfeitos e imperfeitos, os numerais são só
alfabeto, o Hebraico aqui é o bíblico e quadrático e não o moderno e cursivo,
falado hoje em Israel.

O 41º livro é sobre Genesis 1 a 11 e é um exercício de exegese do Antigo


Testamento, tem como subtítulo de estórias da criação, composto do texto
Hebraico, a transliteração, a análise dos quatro lados: sociológica, teológico-
ideológica, politico/religiosa e econômica. A teologia do mundo e da
humanidade, o texto com varias mitologias, escritas em vários períodos desde
o pré-exílio ao pós-exílio, desde o século VII ao V a. C. as tradições teológicas
de Javista, Elohista, D e P, mostra a queda, os conflitos sociais, as
genealogias, o pecado e o pecado original, a serpente, Abrão, Isaque e Jacó,
os patriarcas, Noé e o diluvio, as narrativas semelhantes aos Sumérios e
Babilônicos, Eridu, os deuses, os Acádicos, Enuma Elish, os mitos, a novela, o
conto, a poesia, as sagas e lendas.

O 42º livro é sobre o Novo Testamento, uma introdução aos estudos do


Novo Testamento, exegeses e suas formas, as literaturas, os escritos e
escritores, os gêneros: cartas, evangelhos, epistolas, autoria, pseudo-autoria,
dedicatórias, mundo circundante de cada escrito e escritor, a pseudonimia, a
homenagem, as doutrinas e heresias, quem é o verdadeiro escritor e o
discípulo, os atos dos apóstolos, os apocalipses. Quem foi o primeiro escritor
do Novo Testamento? Qual o primeiro livro a ser escrito? Onde foi escrito? A
paternidade de quem? A teologia ou teologias de quem? O Cânon do Novo
Testamento, a disputa de seu fechamento, o Canon foi religioso ou politico?
Pois se encerra somente no século III ou IV d. C.

O 43º livro trata da Hermeneutica do Antigo Testamento, é um trabalho de


exegese e de hermenêutica. Os livros de cada período, como foram redigidos e
por quem? As narrativas de cada obra e as interpolações, acréscimos e
duplicatas e triplicatas. As contradições e a doutrinas, os anacronismos e as
expressões ate os dias de hoje. A análise estrutural de cada livro, as
reelaborações, etc.

O 44º livro é sobre Teologia do Antigo Testamento. Mostro que não há uma,
mas varias teologias, não no esquema sistemático, nem temático, a mudança
de escrever uma nova Teologia foi de Gerhard von Rad, onde ele mostra que
esta teologia é feita a partir das tradições históricas de Israel; do pentateuco,
dos livros históricos, e dos profetas, dos livros sapienciais, conforme
Gerstenberger existem varias teologias, para Milton a teologia é um
caleidoscópio de uma variedade de pensamentos. Escrever uma teologia a
partir dos pobres e oprimidos, a aplicação das ciências bíblicas, e as auxiliares:
historia, antropologia, a demolição do Pentateuco, o Deus dos Patriarcas, o
redator final, a aliança, o exílio, o Exodo, o Dtr e o Cronista, a teofania, o
retorno a queda e o fim de Israel, do culto e de Jerusalem.

O 45º livro trata Violência na Biblia, no mundo e no Cotidiano. Este livro traça
o pretexto de anuncia as evidencias dos níveis da vida pessoal. A violência não
é somente física, psicológica, mas mental. O desemprego, a inveja, a
perseguição politica, o trabalho, ser comandado por inferiores, o medo de
perder o cargo, a sustentação no poder, a teoria mimética, o bode expiatório, o
poder obcecado pelo poder, a incapacidade e a incompetência geram a
violência.
III. PARTE.

1. REFLEXÕES ENTRE A BÍBLIA, FILOSOFIA, E TEOLOGIA.

Passei as quatro décadas de ensino nas universidades entre a Biblia, Teologia


e Filosofia. Pesquisei sobre vários assuntos nestas áreas. Pensar estas áreas
foi sempre interessante, a educação, a sociologia, a politica e a ideologia
dentro destas áreas também foram importantes. Neste itinerário intelectual
Biblia, Filosofia e Teologia, foram bases para estudos e escritos. Para quem
saiu da roça semianalfabeto, com vários idiomas estudados, foi um progresso
espetacular, Grego e Hebraico, leituras em Alemão, Inglês, Frances, Italiano e
espanhol em casa me ajudaram muito. Dei aulas de idiomas, escrevi e li,
estudei, pesquisei.

Se me perguntassem qual a preferencia se era: Biblia, Teologia ou Filosofia?


Todas elas, as ciências aplicadas a estas áreas e se fosse começar faria tudo
de novo, a maturação só veio com muito sofrimento, trabalho, pai e mãe, e
traições foram ingredientes desta maturação. Sala de aula, pesquisa e correria
e pouca compreensão, mas muita inveja ate hoje das pessoas que poderiam
me ajudar e me podaram grandemente.

Na filosofia tive muito respeito e leitura sobre Sócrates, Platão, Aristóteles,


Descartes, Kant, Hegel, Marx, e todos os autores de fenomenologia, de
Hermeneutica.

Na Biblia: Claus Westermann, Zimmerli, Von Rad, Hans Walter Wolff, fizeram
companhia na minha trajetória. E mais autores modernos eu procurei ler
sofregamente, Bultmann, Cullmann, Karl Barth, Paul Tillich. E muitos outros
teólogos como Bonhoeffer. Não queria o: Credo quia absurdum est, nem:
fides quaerens intellectum, mas a razão falou mais alto. Heidegger, Ricoeur,
Levinas, Husserl, e muitos outros.

Qual a preferencia: bíblia, teologia ou filosofia? Todas elas, nenhuma


predileção a uma ou a outra, mas a transdisciplinaridade, interdisciplinaridade,

Não se pode estudar teologia e Biblia sem filosofia, não há uma equação,
concordo com Kierkegaard a fé é um salto no escuro. E acreditar não é mais
possível quando se lê e estuda, e pesquisa.

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