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SÉRIE TELECOMUNICAÇÕES

REDES DE
DADOS E
TELEFONIA
EM CATV
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE TELECOMUNICAÇÕES

REDES DE
DADOS E
TELEFONIA
EM CATV
© 2012. SENAI – Departamento Nacional

© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Núcleo de Educação – NED

FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos de redes de telecomunicações / Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa
Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012.
75 p. il. (Série Telecomunicações).

ISBN 978-85-7519-524-6

1. Eletricidade. 2. Telecomunicações - Redes. 3. Centrais


telefônicas. 4. Eficiência industrial. I. Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
II. Título. III. Série.

CDU: 621.39
_____________________________________________________________________________

SENAI Sede

Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto


Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Ilustrações
Figura 1 -  Comunicação..................................................................................................................................................14
Figura 2 -  Tecnologia criada para troca de informação.......................................................................................15
Figura 3 -  Aparelho utilizado com Código Morse..................................................................................................15
Figura 4 -  Símbolos Código Morse..............................................................................................................................16
Figura 5 -  Teletrofono.......................................................................................................................................................17
Figura 6 -  TV e Receptor de rádio................................................................................................................................18
Figura 7 -  Representação de Sinais Analógicos......................................................................................................20
Figura 8 -  Sinal Analógico..............................................................................................................................................20
Figura 9 -  Sinal Digital......................................................................................................................................................21
Figura 10 -  Simplex TX RX...............................................................................................................................................21
Figura 11 -  Half Duplex TX/RX.......................................................................................................................................21
Figura 12 -  Full Duplex TX/RX.......................................................................................................................................22
Figura 13 -  Telefonistas no início do século.............................................................................................................26
Figura 14 -  Topologia de redes de dados e telefonia...........................................................................................27
Figura 15 -  Representação de topologia de redes................................................................................................28
Figura 16 -  Comutação....................................................................................................................................................29
Figura 17 -  Representação de uma interconexão de redes...............................................................................30
Figura 18 -  Representação de uma topologia LAN...............................................................................................31
Figura 19 -  Representação de uma topologia MAN.............................................................................................31
Figura 20 -  Topologia WAN............................................................................................................................................32
Figura 21 -  Abrangência e protocolos.......................................................................................................................32
Figura 22 -  Cabos coaxiais..............................................................................................................................................34
Figura 23 -  Cabo par trançado......................................................................................................................................35
Figura 24 -  Cabo de fibra óptica..................................................................................................................................36
Figura 25 -  Tipos de fibra óptica..................................................................................................................................37
Figura 26 -  Representação de uma tranmissão infravermelho.........................................................................38
Figura 27 -  Representação de uma torre de transmissão de ondas de rádio..............................................39
Figura 28 -  Satélite............................................................................................................................................................39
Figura 29 -  Topologia em malha, ou topologia Mesh..........................................................................................40
Figura 30 -  Topologia em Grafo....................................................................................................................................41
Figura 31 -  Topologia Barramento..............................................................................................................................42
Figura 32 -  Topologia em Anel.....................................................................................................................................42
Figura 33 -  Topologia estrela.........................................................................................................................................43
Figura 34 -  Topologia estrela estendida....................................................................................................................44
Figura 35 -  Endereço IP...................................................................................................................................................44
Figura 36 -  Porções do endereço IP............................................................................................................................45

Quadro 1 - Matriz curricular...........................................................................................................................................11


Quadro 2 - Características dos cabos coaxiais.........................................................................................................34
Quadro 3 - Máscara de sub-rede...................................................................................................................................45
Tabela 1 - ASCII Alphabet................................................................................................................................................19
Tabela 2 - Características dos cabos par trançado..................................................................................................35
Tabela 3 - Exemplo 1.........................................................................................................................................................46
Tabela 4 - Exemplo 2.........................................................................................................................................................46
Tabela 5 - Exemplo 3.........................................................................................................................................................46
Tabela 6 - Classes de endereços IP...............................................................................................................................47
Tabela 7 - Endereços IP e classes pertencentes.......................................................................................................47
Tabela 8 - Blocos de endereços IP................................................................................................................................48
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................11

2 História do computador...............................................................................................................................................13
2.1 Comunicação: conceito e histórico........................................................................................................14
2.2 Conceitos de transmissão de dados......................................................................................................19
2.2.1 Tipos de Dados............................................................................................................................19
2.2.2 Transmissão de Sinais Analógicos e Digitais....................................................................20

3 Rede Telefônica e Redes de Computadores..........................................................................................................25


3.1 Telefonia...........................................................................................................................................................26
3.2 Redes de Computadores...........................................................................................................................28
3.2.1 Classificação das Redes de Computadores......................................................................30
3.2.2 Meios de Transmissão...............................................................................................................33
3.2.3 Arranjo topológico....................................................................................................................40
3.2.4 O endereçamento IP e a organização lógica....................................................................44

Referências............................................................................................................................................................................53

Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................55

Índice......................................................................................................................................................................................57
Introdução

O homem sempre sentiu necessidade de comunicar-se. Evoluindo com o mundo, o ho-


mem criou, aprendeu e aperfeiçoou diversas técnicas, estratégias e meios de comunicação.
Atualmente existem diversas tecnologias empregadas para auxiliar nesta tarefa e não é difícil
observar alguém utilizando alguma delas. Telefone celular, tablet, notebook, são exemplos
simples de equipamentos que empregam algumas das principais tecnologias utilizadas. O pro-
fissional desta área atua na integração de diversos protocolos de comunicação e deve possuir
conhecimento suficiente para selecionar as tecnologias mais adequadas a cada necessidade.
Nesta unidade curricular você poderá conhecer as principais tecnologias de redes de dados e
telefonia em CATV, bem como, os elementos que compõem cada uma destas tecnologias, seus
conceitos e fundamentos técnicos.
Ao final do estudo e posterior aplicação no dia a dia, você terá a percepção de que o que
inicialmente era um mundo desconhecido, se tornará palpável e facilmente visualizado em
suas tarefas técnicas.
Porém, antes de iniciar os estudos, confira a matriz curricular do módulo básico do curso.

Instalador e Reparador de Redes de TV a Cabo


CARGA
UNIDADES CARGA
MÓDULOS DENOMINAÇÃO HORÁRIA DO
CURRICULARES HORÁRIA
MÓDULO

• Eletricidade 40h

• Eletrônica 40h
Básico Básico 160h
• Sistemas de Transmissão de TV a Cabo 40h

• Redes de Dados e Telefonia e CATV 40h

Quadro 1 - Matriz curricular

Fonte: SENAI DN

É hora de começar! Esteja atento aos estudos, e bom trabalho!


Comunicação e os Conceitos
da Transmissão de Dados

Não é de hoje que a comunicação é algo necessário para os seres humanos. Desde a pré-his-
tória o homem busca maneiras de se comunicar com os demais seres. Atualmente, a Internet
domina os meios de comunicação como a forma mais rápida de disseminação de informação.
Mas você saberia dizer como estes meios de comunicação surgiram? Como eles funcionam?
Neste primeiro capítulo, você conhecerá sobre a história da telecomunicação, como ela sur-
giu, quem foram seus grandes inventores e por que ela tornou-se tão popular. Além disso, você
conhecerá um pouco mais sobre os métodos de comunicação utilizados para permitir que a
informação chegue cada vez mais perto das pessoas.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para
a) identificar as características e aplicabilidade das partes que compõem a comunicação de
dados e voz, e sobre IP no sistema de TV a cabo.
Preparado? Então, é hora de iniciar o processo de construção de novos conhecimentos e
saberes. Vamos lá!
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
14

2.1 COMUNICAÇÃO: CONCEITO E HISTÓRICO

Antes de mais nada, você sabe o que é comunicação?


Define-se como comunicação, a troca (transmissão e recepção) de informa-
ções entre indivíduos.

iStockphoto (2012)
Figura 1 -  Comunicação
Fonte: Windows (2012)

Ao longo dos tempos, a necessidade fez com que o homem buscasse instru-
mentos para facilitar a passagem de informações a uma distância cada vez maior.
As primeiras tentativas envolviam meios primitivos, como a utilização de sinaliza-
ção a partir de feixes luminosos, sinais com fumaça ou, até mesmo, utilizando o
corpo para chamar a atenção de algo.
Tecnologias surgem a cada dia, buscando fazer com que esta troca de infor-
mação chegue a locais mais afastados, facilitando e fazendo com que a área de
telecomunicações evolua a uma velocidade impressionante. A adoção destas tec-
nologias, principalmente dos meios de transmissão, permitiu o surgimento de
uma área que cresce a uma velocidade sem precedentes: as telecomunicações.
2 COMUNICAÇÃO E OS CONCEITOS DA TRANSMISSÃO DE DADOS
15

Comstock ([20--?])
Figura 2 -  Tecnologia criada para troca de informação

Apesar de não imaginarmos um mundo sem os meios de telecomunicação,


deve-se entender que, cerca de 170 anos atrás, nada disto existia. A vontade de
alguns homens fez com que o advento das telecomunicações fosse possível.
Samuel Morse foi o homem responsável pelo início desta evolução. Na déca-
da de 1830, Morse, que era muito conhecido por suas obras de arte (sim, ele era
pintor retratista), iniciou seus estudos com eletroímãs, que o levaram, em 1835, a
desenvolver o primeiro protótipo de um aparelho que permitia a transmissão de
um sinal elétrico em um cabo, conhecido como telégrafo.
Em 1837 Morse patenteou seu projeto e, em 1838, apresentou um código que
permitia a comunicação por meio destes equipamentos, código que ficou conhe-
cido como Código Morse.
iStockphoto ([20--?])

Figura 3 -  Aparelho utilizado com Código Morse


REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
16

1 TELETROFONO Alguns anos mais tarde, a troca de informações entre cidades, países e, até
mesmo entre continentes, já era possível.
Primeiro aparelho para a
transmissão de voz por Após o desenvolvimento do telégrafo, Morse focou um tempo de seu estudo
meios físicos.
para projetar uma maneira de enviar informações por ele. Cerca de dois anos de-
pois, Morse apresentou o chamado “Código Morse”, um padrão que seguia uma
sequência de toques curtos (ponto) e longos (traço) para representar cada letra
do alfabeto.

A J S 2
B K T 3
C L U 4
D M V 5
E N W 6
F O X 7
G P Y 8
H Q Z 9
I R 1 0

Luiz Meneghel (2012)


SENAI = ... . -. .- ..
Figura 4 -  Símbolos Código Morse

Você sabia que o código Morse ainda é muito utilizado?


Apesar de não termos mais a utilização de telégrafos
como um meio de comunicação no dia a dia, o códi-
go Morse é utilizado pela área militar para a troca de
informações, ou então pelas difusoras (portadoras) de
VOCÊ qualquer meio de comunicação baseado em radiofre-
quência. Alguns casos interessantes também podem ser
SABIA? citados, como a comunicação entre navios no oceano
- caso os mesmos não saibam os canais de comunicação
para outra embarcação, podem comunicar-se por códi-
go Morse a partir de seus holofotes. Os mesmos enviam
sequências curtas e longas de sinais luminosos referen-
ciando o ponto e o traço de Morse.
2 COMUNICAÇÃO E OS CONCEITOS DA TRANSMISSÃO DE DADOS
17

Apesar da comunicação descrita por palavras ser revolucionária, a utilização


de códigos necessitava que quem recebesse a informação soubesse decodificá-la,
o que não era tão prático. Isto incentivou os cientistas a estudarem maneiras de
transformar a voz em sinal elétrico e também meios de transformar este sinal elé-
trico em voz novamente, o que contribuiu para o desenvolvimento dos telefones.
Ao contrário do que muitos pensam, Alexander Graham Bell não foi o inventor
do telefone, e sim, o italiano Antonio Meucci, que na época foi o responsável pelo
desenvolvimento de um aparelho que ele denominou teletrofono1.

Jefe Von Stanley (2012)

Figura 5 -  Teletrofono

A popularização do telefone no final do século XIX e início do século XX pro-


porcionou conveniência e uma revolução na maneira como as pessoas se comu-
nicavam. Levando em consideração que esta invenção perdura até a atualidade,
a principal função do campo das telecomunicações, hoje, passou a ser o desen-
volvimento de maneiras de tornar esta forma de comunicação mais confiável e
extensa.
Evoluiu-se, então, do trabalho de centrais telefônicas totalmente manuais
(onde pessoas ligavam para uma telefonista e ela fechava o circuito com um cabo
até o outro assinante) até os dias atuais, com centrais telefônicas totalmente digi-
talizadas e com chaveamento lógico.
Ainda no final do século XIX também foram realizados os primeiros estudos re-
lacionados à radiodifusão, onde se desenvolveu o primeiro transmissor e receptor
de ondas de rádio. Já no início do século XX iniciaram-se os estudos relacionados
ao envio de imagens por cabos, o que mais tarde resultou na invenção da televisão.
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
18

iStockphoto ([20--?])
Figura 6 -  TV e Receptor de rádio

Após a invenção da televisão, grande parte dos avanços tecnológicos propor-


cionaram uma melhora no funcionamento de todos estes meios de comunicação
citados até aqui. Um dos exemplos é o avanço na área de eletrônica, que permitiu
a miniaturização de todos os componentes, e o trabalho com os meios de comu-
nicação, que fez evoluir constantemente as taxas de transferência, ou seja, maior
velocidade na comunicação.
A última grande revolução no meio das telecomunicações ocorreu após a Se-
gunda Guerra Mundial, onde as potências globais necessitavam de formas mais
confiáveis de troca de informações. O surgimento dos computadores tornou-se
peça fundamental para o trabalho - principalmente dos meios militares, onde
iniciaram os movimentos para permitir a troca de informações entre estes dis-
positivos. Surgiram, então, as redes de computadores, e a sua forma pública de
conexão e disseminação de informações: a Internet.

Saiba mais sobre a evolução da comunicação ao longo des-


tes anos, acessando o material de aula desenvolvido pelo
professor Mauricio Andrea Andrioli, da Universidade de São
SAIBA Paulo, para o portal do MEC. Baixe a aula e conheça um pou-
MAIS co mais dos conceitos.
Acesse o link: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTec-
nicaAula.html?aula=27409>.
2 COMUNICAÇÃO E OS CONCEITOS DA TRANSMISSÃO DE DADOS
19

2.2 CONCEITOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS

Para que seja possível entender como uma informação é enviada através de
um meio, deve-se primeiro ter ciência de alguns conceitos básicos sobre trans-
missão de dados. Então, acompanhe!

2.2.1 TIPOS DE DADOS

Primeiramente deve ser compreendida a forma que o dado é gerado e como


o mesmo é classificado. Os dados, por natureza, podem ser classificados de duas
formas: dados digitais e dados analógicos.
Os dados digitais apresentam valores discretos, absolutos, para representar
alguma informação invariável, como um caractere de um texto que possui seu
valor binário. Veja um exemplo, na tabela ASCII, a seguir.

Tabela 1 - ASCII Alphabet

ASCII ALPHABET
A 1000001 N 1001110
B 1000010 O 1001111
C 1000011 P 1010000
D 1000100 Q 1010001
E 1000101 R 1010010
F 1000110 S 1010011
G 1000111 T 1010100
H 1001000 U 1010101
I 1001001 V 1010110
J 1001010 W 1010111
K 1001011 X 1011000
L 1001100 Y 1011001
M 1001101 Z 1011010

Os dados analógicos variam seu padrão ao longo do tempo, assumindo diver-


sos valores. Um exemplo seria a intensidade da voz humana.
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
20

Luiz Meneghel (2012)


Figura 7 -  Representação de Sinais Analógicos

Mas, como é feita a transmissão de sinais analógicos e digitais? Confira, a se-


guir.

2.2.2 TRANSMISSÃO DE SINAIS ANALÓGICOS E DIGITAIS

Relacionado à transmissão de dados, todo e qualquer dado que deve ser en-
viado tem que ser transmitido através do meio em forma de onda (o chamado
sinal). Este sinal pode ser classificado devido à sua forma e variação ao longo do
tempo, em sinal analógico ou sinal digital.
O sinal analógico possui variação na sua onda ao longo do tempo, ou seja, a
sua amplitude está sempre variando. Durante a transmissão de um sinal analó-
gico, entende-se, então, que quando o sinal está em sua amplitude mais baixa
(até o mesmo atingir a sua amplitude mais alta), ele passa por todos os valores
intermediários.
Luiz Meneghel (2012)

Figura 8 -  Sinal Analógico

O sinal digital atende à característica de dois estágios lógicos com amplitude


definida. Ora o estágio lógico será baixo e a onda estará localizada na amplitude
mais baixa; e ora o estágio lógico será alto e a onda atingirá sua amplitude mais
alta.
2 COMUNICAÇÃO E OS CONCEITOS DA TRANSMISSÃO DE DADOS
21

Luiz Meneghel (2012)


Figura 9 -  Sinal Digital

FIQUE É importante você entender que um dado analógico pode


ser transmitido de forma digital, bem como um dado digi-
ALERTA tal pode ser transmitido de forma analógica.

Ainda em relação à transmissão, pode-se classificar uma transmissão pelo sen-


tido em que um dado é enviado de um transmissor a um receptor. Ela pode ser
simplex, half-duplex ou full-duplex. Veja cada uma delas.

Simplex: o sinal é enviado em somente um sentido.

TX RX
Luiz Meneghel (2012)

Figura 10 -   Simplex TX RX

Half-duplex: o sinal é enviado ora em uma direção, ora em outra. A comuni-


cação não acontece mais de forma unidirecional, porém, nunca acontece simul-
taneamente.
Luiz Meneghel (2012)

TX/RX TX/RX

Figura 11 -   Half Duplex TX/RX


REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
22

Full-Duplex: o sinal é enviado e recebido simultaneamento e mambas dire-


ções.

Luiz Meneghel (2012)


TX/RX TX/RX

Figura 12 -  Full Duplex TX/RX

Entenda melhor o conteúdo que você acabou de estudar acompanhando um


exemplo prático, no Casos e relatos.

CASOS E RELATOS

Título??????????
João trabalha em uma empresa de segurança, e para fazer a comunica-
ção com os seus colegas, o mesmo utiliza um rádio de comunicação (HT
ou Walk & Talk). João notou que não consegue falar ao mesmo tempo
em que outra pessoa está transmitindo naquele canal. O mesmo precisa
aguardar para que o outro termine a comunicação (a partir do pronun-
ciamento da palavra CÂMBIO) para, aí sim, poder pressionar o botão e
iniciar a sua transmissão. Isso ocorre devido à forma de comunicação em-
pregada nos rádios, pois os mesmos compartilham um único canal e, por
conta disto, os dois não podem transmitir ao mesmo tempo (chamado
Half-Duplex). No telefone, por exemplo, podemos enviar e receber infor-
mações ao mesmo tempo, caracterizando uma comunicação Full-Duplex.
2 COMUNICAÇÃO E OS CONCEITOS DA TRANSMISSÃO DE DADOS
23

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você aprendeu os conceitos relacionados à comunicação


e à evolução dos seus meios. Foram tratados os conceitos históricos da
evolução dos meios de comunicação. Você também conheceu os concei-
tos e os métodos de transmissão de dados, além dos tipos e formas de
comunicação. Todos os conceitos iniciais sobre o trabalho com a comuni-
cação de dados foram abordados neste capítulo, porém, ainda há muitos
conceitos relacionados a infraestruturas diferentes para a transmissão de
dados, então, prepare-se e siga em frente!
Rede Telefônica e
Redes de Computadores

Falando especificamente da transmissão de dados, dois meios tornaram-se extremamente


populares nas últimas décadas: a rede telefônica e as redes de computadores. Ambas se con-
fundem muitas vezes em alguns conceitos, principalmente aqueles que regem a comunicação
no meio físico (transmissão).
Neste segundo capítulo, você se aprofundará nos conceitos relacionados ao funcionamento
das redes telefônicas e redes de computadores. Além disto, você conhecerá um pouco mais das
técnicas empregadas para dimensionar estes ambientes.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) montar sistemas híbridos de dados e voz;
b) reparar sistemas de transmissão de dados e voz híbridos;
c) identificar as características e aplicabilidade das partes que compõem a comunicação de
dados e voz.
No decorrer deste capítulo, será trabalhada, um pouco mais, a estrutura destas redes e suas
características. Siga em frente!
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
26

3.1 TELEFONIA

Você já sabe que o telefone foi desenvolvido ainda no final do século XIX e tra-
zia como principal benefício a comunicação entre pessoas fisicamente distantes.
As primeiras centrais telefônicas, chamadas de centrais manuais, possuíam
atendentes que fechavam manualmente o circuito entre um assinante e outro,
ou seja, um meio físico (um cabo) era trazido de forma direta desde a casa destes
clientes e chegava até esta central, onde a conexão com outro assinante era rea-
lizada manualmente por um operador.

Renata Sueiro (2012)

Figura 13 -  Telefonistas no início do século

Em pouco tempo os telefones tornaram-se populares e a possibilidade de le-


var este meio de comunicação mais longe, impulsionou a área de telecomunica-
ção, que passou a enfrentar alguns problemas relacionados à sua infraestrutura.
Devido o grande aumento na utilização das redes telefônicas, não foi mais
possível a adoção de uma forma direta (de um único cliente até a central) e logo
foi necessário o desenvolvimento de novas formas de facilitar a comunicação.
Uma das técnicas desenvolvidas foi a utilização de multiplexação para maximizar
a utilização do meio para a comunicação.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
27

No Brasil, quase 90% das casas já possui um telefone.


Dados de 2011, do IBGE, apontam que cerca de 90%
dos domicílios brasileiros já possuem um telefone para
a comunicação (seja ele fixo ou celular). Especialistas
VOCÊ apontam que a quantidade de telefones fixos tende a
SABIA? se estagnar, porém a quantidade de telefones celulares
só tende a aumentar nos próximos anos, principalmen-
te pela oferta de novos serviços e a capacidade das
operadoras de telefonia celular aumentar a sua área de
cobertura.

Toda a malha telefônica evoluiu de tal forma a permitir a conexão entre pon-
tos extremamente distantes geograficamente. As centrais telefônicas evoluíram
das grandes máquinas (com fechamento de circuitos manuais) para estruturas
totalmente digitais e automatizadas, de forma a permitir chavear o recurso entre
as pontas.
A infraestrutura das redes telefônicas também mudou e hoje elas podem ser
divididas em:
a) redes de interconexão de longa distância (que são caracterizadas pelas cen-
trais internacionais e interurbanas;
b) redes locais (que são caracterizadas desde as conexões entre as centrais te-
lefônicas regionais até a rede interna da casa do assinante. As redes locais
são divididas em redes de entroncamento e as redes de assinantes - esta úl-
tima ainda é subdivida em rede de alimentação, distribuição e a rede interna
do cliente. (COLCHER, 2005).

(II)
Redes locais

Entroncamento
(I)
Malha de Interconexão
Alimentação
(primária)

Distribuição
Assinante
Luiz Meneghel (2012)

(secundária)

Internas
(terciárias)

Figura 14 -  Topologia de redes de dados e telefonia


REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
28

Nos dias atuais, as redes telefônicas também são utilizadas com estrutura e
transporte de sinal de outras tecnologias, como por exemplo, a ADSL (banda-lar-
ga) para acesso à Internet. Todo o sinal ADSL utiliza a rede telefônica como meio
de transporte.
No item a seguir, você verá o que é uma rede de computadores, para entender
a diferença entre os dois tipos de redes.

3.2 REDES DE COMPUTADORES

As redes de computadores surgiram no período pós Segunda Guerra Mun-


dial e, assim como grande parte das tecnologias desenvolvidas, tiveram início nos
meios militares. As redes surgiram devido à necessidade de troca de informações
entre sistemas computacionais afastados.
A massificação na utilização de computadores fez com que as redes de com-
putadores se tornassem populares também. Novas tecnologias foram criadas,
formas de transmissão aprimoradas, e as redes de computadores também che-
garam a um alcance global. A união destas diversas redes e facilidades de acesso
criou a chamada Internet.

iStockphoto ([20--?])

Figura 15 -  Representação de topologia de redes


3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
29

Fazendo uma analogia rápida, a Internet está para as redes de computadores,


da mesma forma como a RTPC está para as redes telefônicas. A principal diferen-
ça entre rede telefônica e rede de computadores está na forma como o meio é
alocado para a transmissão entre origem e destino. Enquanto a rede telefônica
aloca todo o meio a partir do chaveamento entre origem e destino (comutação
por circuitos), nas redes de computadores a informação é passada entre vários
componentes até chegar ao seu destino - sendo que o meio é compartilhado por
todos, a chamada comutação por pacotes (datagramas).

Comutação de Comutação de
circuitos datagramas
Luiz Meneghel (2012)

E R E R

Figura 16 -  Comutação

A comutação por circuitos (utilizada na telefonia) é caracterizada pela aloca-


ção total do meio de comunicação do início ao fim, e a localização é dada pelo
chaveamento do circuito. Por conta disto, não conseguimos realizar o contato
com uma pessoa enquanto ela conversa com outra pessoa - e recebemos o famo-
so sinal de ocupado.
Confira, a seguir, como estão classificadas as redes de computadores.
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
30

3.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS REDES DE COMPUTADORES

As redes de computadores podem ser classificadas de diversas formas, levan-


do em consideração o meio de comunicação que as mesmas estão utilizando, os
protocolos envolvidos na comunicação ou, ainda, a forma física na qual os com-
putadores estão dispostos (topologia).
Uma das formas mais utilizadas para classificar as redes de computadores está
relacionada ao alcance que a mesma atinge. Dentre as classificações dadas, as
mais comuns são: PANs, LANs, MANs e WANs.
PAN (Personal Area Network)
São redes pessoais, como o próprio nome diz, de baixíssimo alcance. Outra
característica das redes PANs são que elas geralmente são utilizadas por dispositi-
vos móveis para a troca de pequenos arquivos. Um dos exemplos mais claros das
PANs são as redes Bluetooth para a troca de dados.

Photodisc (2012), George Doyle & Ciaran Griffin (2012), iStockphoto (2012)

Figura 17 -  Representação de uma interconexão de redes

LAN (Local Area Network)


Uma rede com um alcance maior que as PANs, mas que atende uma área ge-
ográfica ainda pequena e que geralmente faz parte da mesma organização ou
instituição. A rede interna de uma empresa é um exemplo de LAN.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
31

LAN
(Local Area Network)

Luiz Meneghel (2012)


Figura 18 -  Representação de uma topologia LAN

MAN (Metropolitan Area Network)


Rede com o alcance ainda maior, entre cidades. Geralmente uma empresa
com vários pontos de atendimento na mesma cidade, ou em cidades vizinhas,
necessita montar uma MAN para comunicação entre elas. Neste caso, teríamos
algumas LANs interconectadas.
Luiz Meneghel (2012)

Figura 19 -  Representação de uma topologia MAN


REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
32

WAN (Wide Area Network)


Uma rede de longo alcance, geralmente toma proporções de um país ou, até
mesmo, de um continente. A interligação de um escritório de uma empresa em
São Paulo, no Brasil, e sua filial em Montreal, no Canadá, é um exemplo de WAN.

Luiz Meneghel (2012)


Figura 20 -  Topologia WAN

A figura a seguir mostra a relação entre os quatro tipos de rede de computado-


res que você acabou de ver, e a diferença de alcance existente entre eles.

WAN
3GPP, EDGE
IEEE 802.20
(GSM)
MAN
IEEE 802.16 ETSI HIPERMAN &
Wireless MAN HIPERACCESS
LAN
IEEE 802.11 ETSI
Wireless LAN HIPERLAN
PAN
Luiz Meneghel (2012)

IEEE 802.15 ETSI


Bluetooth HIPERPAN

Figura 21 -  Abrangência e protocolos


3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
33

Outro fator que evoluiu muito nestas últimas décadas e proporcionou a popu-
larização das redes de computadores de maneira que as redes de computadores
chegassem a casa de todas as pessoas, foram os meios de transmissão. Confira, a
seguir.

3.2.2 MEIOS DE TRANSMISSÃO

Os meios de transmissão para redes de computadores são divididos em meios


guiados e meios não guiados.

Deve-se destacar que a utilização de um determinado


meio de transmissão deve variar de acordo com o ambien-
te por onde este meio irá passar. Alguns meios de trans-
missão podem sofrer danos com a ação do ambiente, por
FIQUE exemplo, alguns cabos são especificamente desenvolvidos
para trabalhar em locais onde o perigo de incêndio é imi-
ALERTA nente, na sua composição o cabo não traz alguns materiais
que virariam fumaça em caso de chamas, prejudicando, as-
sim, as pessoas à sua volta. Outros cabos apresentam com-
postos específicos para expelir a ação de animais (como os
roedores), para que sua estrutura não seja danificada.

Confira esses meios de transmissão.

MEIOS GUIADOS

São chamados assim por se utilizarem de um condutor para envio e recebi-


mento de dados. São estruturas físicas, como cabos e fios, que permitem a passa-
gem do sinal.
Dentre os meios guiados, os mais utilizados são os destacados a seguir.
Cabos Coaxiais: são cabos metálicos que possuem um condutor de cobre
com alguns materiais isolantes e de proteção contra interferências eletromagné-
ticas. Estes cabos possuem largura de banda na faixa de Gigahertz e podem ser
classificados de duas maneiras diferentes: cabo coaxial thinnet (10BASE2) e cabo
coaxial thickner (10BASE5).
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
34

Luiz Meneghel (2012)


Figura 22 -  Cabos coaxiais

Além da espessura, a diferença que mais chama a atenção entre os cabos coa-
xiais thinnet e os thicknet está relacionada ao comprimento que o segmento pode
atingir, ou seja, o tamanho máximo do cabo.
Veja o quadro, a seguir.

10BASE2 10BASE5
Topologia Barramento Barramento
Tipo de cabo RG-58 (cabo coaxial fino) Cabo coaxial grosso
Conexão a NIC Conector BNC T Conector DIX ou AUI
Resistência do terminador,
50 50
Ω (ohms)
Impedância, Ω 50 ± 2 50 ± 2
Comprimento máximo de
185 metros 500 metros
um segmento
5 (usando 4 repetidores); So- 5 (usando 4 repetidores); So-
Número máximo de
mente 3 segmentos podem ter mente 3 segmentos podem ter
segmentos conectados
computadores conectados. computadores conectados.
Comprimento máximo da
925 metros 2500 metros
rede

Quadro 2 - Características dos cabos coaxiais

Atualmente, os cabos coaxiais não são utilizados em ambientes de redes de


computadores, sendo mais aplicados na área de TV a Cabo e CFTV.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
35

Cabos de par trançado: são cabos metálicos que apresentam como caracte-
rística a utilização de 8 fios separados em quatro pares internos e uma capa de
proteção externa (ou então uma blindagem).

Tiago Vital (2012)

Figura 23 -  Cabo par trançado

O entrançamento realizado em cada um dos pares tem como objetivo eliminar


o campo eletromagnético gerado pela passagem do sinal elétrico dentro do ou-
tro fio, ou seja, o campo eletromagnético gerado por um dos fios que compõem o
par elimina o campo eletromagnético gerado pelo outro deste mesmo par.
Dentro do cabeamento de par trançado, os mesmos são separados em catego-
rias conforme a sua capacidade de transmissão. Veja a tabela, a seguir.

Tabela 2 - Características dos cabos par trançado

CATEGORIA LARGURA DE BANDA APLICAÇÃO TÍPICA


Cat 1 < 1 MHz Telefonia
Cat 2 1 MHz Telefonia
Cat 3 16 MHz Telefonia, 10BaseT, Token Ring (4 Mbps)
Cat 4 20 MHz 10BaseT, Token Ring (16 Mbps)
Cat 5 100 MHz 10BaseT, 100BaseT
Cat 5e* 350 MHz 100BaseT, 1000BaseT
Cat 6 550 MHz 1000BaseT, ATM
Cat 7 600 MHz Redes 10 Gbps
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
36

Além disso, existem variações destes cabos para aplicações específicas. Os ca-
bos pares trançados mais utilizados são os chamados UTPs (Unshielded Twisted
Pair), que são cabos sem blindagem, mas existem variações como os FTPs (Foiled
Twisted Pair), que são uma blindagem básica que envolvem os 4 pares do cabo
juntamente, ou então, os STPs (Shielded Twisted Pair), que possuem blindagens
individuais para cada um dos pares.
Cabos de Fibra Óptica: diferentemente dos meios apresentados até aqui, a
fibra óptica não é um cabo metálico, e sim, um cabo com um núcleo de plástico
e/ou vidro que permite a reflexão total da luz gerada por um foto emissor.

Spike Mafford ([20--?])

Figura 24 -  Cabo de fibra óptica

O fotoemissor tem a característica de transformar o sinal elétrico em sinais lu-


minosos para inserir no meio. Os dois fotoemissores utilizados para fibras ópticas
são os diodos emissores de luz (LED) e os diodos laser.
As fibras ópticas são classificadas em dois tipos: as fibras monomodo e as fi-
bras multimodo.
a) As fibras monomodo possuem como característica principal um núcleo de
menor diâmetro, uma maior largura de banda e um seguimento de cabo que
pode chegar a muitos quilômetros devido à menor capacidade de reflexão -
o fotoemissor empregado neste caso é o diodo laser.
b) As fibras multimodo possuem um núcleo de maior diâmetro, com o sinal
luminoso refletindo constantemente nas suas paredes. Neste caso, o foto-
emissor empregado é o diodo LED que tem a característica de irradiar sinal
luminoso para todos os lados.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
37

Sinais de luzes

Fibras Multimodo
Sinal de luz

Fibras Monomodo

Luiz Meneghel (2012)


Figura 25 -  Tipos de fibra óptica

Para saber mais sobre as fibras ópticas e como acontece a co-


municação de dados entre os continentes, uma boa sugestão
é o artigo desenvolvido pelo TecMundo, que mostra de forma
bem clara a adoção de cabos de fibras ópticas submarinos
como meio de transmissão de dados para esses casos. Acesse:
SAIBA
MAIS <www.tecmundo.com.br/web/1976-o-que-e-fibra-otica-.
htm>
e
<http://www.tecmundo.com.br/internet/31311-como-a-
-internet-passa-de-um-continente-para-o-outro-.htm>.

MEIOS NÃO GUIADOS

Os meios não guiados caracterizam-se por não utilizar um condutor para en-
vio e recebimento dos dados. O meio utilizado para troca de informações é o ar.
Dentre os meios não guiados mais utilizados encontramos a transmissão por in-
fravermelho, radiofrequência e satélite.
Conheça melhor cada um dos meios não guiados citados.
Infravermelho: método de transmissão de baixo alcance e baixa largura de
banda. É um método de transmissão unidirecional, ou seja, o emissor e receptor
devem ter vista um para o outro (não pode haver nenhum tipo de obstáculo
que atrapalhe a comunicação). Antigamente era aplicado como um método de
transmissão para as redes wireless (IrDA) mas caiu em desuso pela adoção da ra-
diofrequência.
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
38

Outro exemplo da utilização do infravermelho são os LEDs, utilizados em con-


troles remotos para realizar operações em aparelhos eletrônicos, como televiso-
res, rádios, entre outros.

Luiz Meneghel (2012)


Figura 26 -  Representação de uma tranmissão infravermelho

Radiofrequência: a difusão por rádio permite um maior alcance na comu-


nicação em relação às redes por infravermelho e transpõe com certa facilidade
alguns obstáculos. Algumas vezes torna-se necessária a adoção de uma antena
com maior ganho para permitir que o sinal alcance locais mais distantes.
Geralmente é utilizada uma antena omnidirecional (envia sinal para todos os
lados) e o sinal é propagado em broadcast, não necessitando de alinhamento
(visada) entre emissor e receptor. Mas é possível também, a utilização de rádio
por micro-ondas, onde passa a se fazer necessária a utilização de uma antena uni-
direcional e visada entre os pontos. A vantagem deste método é o alcance que
ele atinge devido à concentração do sinal em linha reta, dependendo da distância
que se deseja alcançar, torna-se necessária a utilização de alguns repetidores.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
39

iStockphoto (2012)
Figura 27 -  Representação de uma torre de transmissão de ondas de rádio

Satélite: a principal ideia da comunicação por satélite é a imensa área de co-


bertura neste tipo de transmissão. Em alguns lugares aonde a infraestrutura de
telecomunicação não chega pode-se utilizar deste método de transmissão para
conectar-se ao restante do mundo.
O sinal é convertido das redes de dados e enviado por um emissor (geralmen-
te uma antena unidirecional) que aponta diretamente para o satélite. Este sinal é
então refletido em um satélite geostacionário (cerca 36.000Km da superfície da
terra) e vai de encontro ao seu receptor em algum lugar do globo.
O principal aspecto negativo da utilização da comunicação por satélite está
relacionado ao atraso existente, ou seja, a demora no envio da informação entre o
emissor e o receptor, isso é devido à elevada distância que o sinal deve percorrer
até chegar ao seu destino.
k
lin

Up Hz
wn

6G
lin
Do

Luiz Meneghel (2012)

Figura 28 -  Satélite
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
40

Nas regiões mais afastadas dos grandes centros a In-


ternet só chega a partir do sinal de satélites. Com a
popularização da Internet, cada vez mais os habitantes
desejam estar conectados a grande rede, porém, este
VOCÊ mundo é um pouco mais distante para aqueles que mo-
ram longe dos grandes centros, pois a malha de cabos
SABIA? das operadoras de telefonia fixa não chega a estas áre-
as, e o alcance de área das empresas de telefonia móvel
não garante um bom serviço. Cada vez mais empresas
vêm se especializando na distribuição de Internet pela
reflexão em satélites.

Além do meio utilizado para a comunicação, independente de ser um meio


guiado ou não, a disposição dos equipamentos que fazem parte desta rede é um
dos aspectos fundamentais para entender o funcionamento de uma rede. Confira
mais informações sobre este assunto no item seguinte.

3.2.3 ARRANJO TOPOLÓGICO

Chama-se arranjo topológico, ou topologia física, a forma como estão dispos-


tos os equipamentos dentro de uma rede e como a comunicação acontece. Ao
longo dos anos, devido ao avanço das tecnologias de acesso ao meio e dos pró-
prios meios de comunicação, novas formas de organizar os computadores surgi-
ram, desde as topologias em malhas que tinham um custo bastante elevado até
as topologias em estrela, que são as mais aplicadas hoje em dia. Veja cada uma
dessas tecnologias.
Topologia em Malha
Uma das primeiras formas de conectar equipamentos de rede uns aos outros
foi utilizando a topologia em malha (mesh). Neste tipo de topologia, a principal
ideia é prover conexão entre o maior número possível de equipamentos (de prefe-
rência todos a todos), com isso é possível garantir que todos eles se comuniquem.
Luiz Meneghel (2012)

Figura 29 -  Topologia em malha, ou topologia Mesh


3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
41

A topologia em malha é uma excelente topologia, levando-se em considera-


ção que todos os equipamentos estão conectados diretamente e a comunicação
acontece de forma exclusiva, porém, o grande problema encontrado neste tipo
de topologia diz respeito à quantidade de equipamentos conectados.
Se você parar para observar, todos os equipamentos estão conectados a to-
dos, e cada um que for adicionado a esta topologia vai fazer com que os demais
precisem de uma nova interface (placa de rede) e um novo enlace (meio de co-
municação).
Por exemplo, em uma rede com dez computadores, cada um deverá ter nove
interfaces de rede e nove enlaces conectando-o aos demais. O que acaba elevan-
do consideravelmente o custo para a implantação deste tipo de topologia atual-
mente.
Ao longo dos anos surgiu uma variação da topologia em malha, visando di-
minuir o custo. Surgiu, então, a topologia em grafo (half mesh) que também pos-
sui alguns componentes conectados uns aos outros, porém, não são todos. No
exemplo a seguir, você pode observar que se o equipamento A desejar se comu-
nicar com o equipamento D, ele vai necessitar que ou o equipamento B ou o C
intermedeie a comunicação.

C
B

D
Luiz Meneghel (2012)

Figura 30 -  Topologia em Grafo


REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
42

Topologia em Barramento
Outra forma de organizar os computadores dentro de uma rede, e que foi mui-
to utilizada na década de 1980, é a topologia em barramento. A principal carac-
terística desta topologia é a utilização do mesmo barramento elétrico (cabo) para
passar informações a todos os componentes conectados. Este tipo de topologia
era muito comum devido à adoção das redes ethernet e utilização de cabos coa-
xiais, porém, hoje em dia, é dificilmente encontrada.
Uma das vantagens apresentadas por esta topologia era o custo, que era bem
mais baixo se comparado a uma topologia em malha, por exemplo. Mas a mesma
apresentava diversas desvantagens, como o compartilhamento do meio para a
comunicação de todos, o que tornava a rede muito lenta, e o fato de que, quan-
do havia a quebra do cabo em algum ponto, todo o restante da rede ficava sem
conectividade.

nto
ame
Barr

Luiz Meneghel (2012)


Figura 31 -  Topologia Barramento

Topologia em Anel
A topologia em anel tem como principal característica a conexão cíclica dos
componentes que fazem parte desta rede, onde um equipamento está conecta-
do a dois outros, levando para frente estas informações.
Luiz Meneghel (2012)

Figura 32 -  Topologia em Anel


3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
43

A topologia em anel utiliza token ring como forma de acesso ao meio, por isso
não possui a mesma característica das demais topologias apresentadas até agora.
Devido à popularização da ethernet, e até por sua dificuldade de ser expandida, a
mesma caiu em desuso e não é mais utilizada atualmente.

Topologia em Estrela
Esta topologia possui como premissa a utilização de um componente central
que permite a comunicação entre os equipamentos desta rede. A centralização
permite uma maior facilidade na expansão destas redes e, ainda, torna-se uma
rede de menor custo, levando em consideração as topologias apresentadas até
o momento.

Luiz Meneghel (2012)

Figura 33 -  Topologia estrela

Atualmente, é uma topologia de rede largamente utilizada, contando com


equipamentos concentradores (hubs/switches) centralizando a troca de informa-
ção entre os demais componentes.
A adoção de uma topologia em estrela pode ser realizada utilizando ramifi-
cações da primeira rede, ou seja, realizando a conexão entre os equipamentos
concentradores e provendo mais interfaces para a conexão dos mesmos. Esta va-
riação chama-se estrela estendida.
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
44

Luiz Meneghel (2012)


Figura 34 -  Topologia estrela estendida

Além do tipo de meio utilizado e da organização física que estes componentes


seguem, é extremamente necessário que seja entendido como os sinais disputam
o meio, ou seja, como eles concorrem para que possam utilizar a banda de um
determinado meio de transmissão. Outro fator importante em uma comunicação
de dados é como um componente poderá encontrar outro, como eles serão or-
ganizados logicamente e endereçados. É aí que entram o endereçamento IP e a
organização lógica. Acompanhe!

3.2.4 O ENDEREÇAMENTO IP E A ORGANIZAÇÃO LÓGICA

O endereçamento IP é um endereço lógico (não é físico e nem único) e que


tem como principal função organizar os componentes de uma rede de compu-
tadores em grupos de trabalho, além de identificar cada equipamento separada-
mente. Estes endereços são atribuídos aos computadores visando organizá-los
em redes e permitindo a comunicação de dados entre eles.
Este endereço é composto de 32 bits, representado por 4 octetos separados
por pontos e em notação decimal, que podem variar em um intervalo de 0 a 255.

172.31.110.10
Luiz Meneghel (2012)

1º octeto
Figura 35 -  Endereço IP
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
45

Além disso, os endereços IPs são divididos em duas partes: rede e host. A parte
de rede do endereço determina a qual grupo de trabalho este host pertence e a
porção de host determina um endereço diferente para cada um dos integrantes
desta rede.
Na figura a seguir são apresentados dois exemplos. No primeiro exemplo, o
primeiro octeto endereça a porção de rede, enquanto os demais octetos endere-
çam a faixa de hosts. No segundo exemplo, os três primeiros octetos identificam
a rede, enquanto o último octeto tem por responsabilidade endereçar a porção
de host. Observe.

Rede Host Host Host

Luiz Meneghel (2012)


Rede Rede Rede Host

Figura 36 -  Porções do endereço IP

Máscara de Rede
A máscara de rede é um endereço de 32 bits (também representada de forma
decimal) e que é utilizada juntamente ao endereço IP para determinar a organiza-
ção lógica dos componentes de uma rede em grupos de trabalhos, determinando
a parte do endereço que é responsável por endereçar rede e host.
As três máscaras padrões (existem variações) estão listadas no quadro a seguir:

Quadro 3 - Máscara de sub-rede

MÁSCARA DE
NOTAÇÃO CIDR
SUB-REDE PADRÃO
255.0.0.0 /8
255.255.0.0 /16
255.255.255.0 /24

A máscara 255.0.0.0 (também conhecida por /8, quantidade de bits fixos) de-
termina que o primeiro octeto do endereço seja utilizado para endereçar a rede,
enquanto os octetos marcados como 0 determinam os octetos disponibilizados
para endereçamento de hosts.
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
46

A segunda máscara 255.255.0.0 (conhecida também por /16) determina que


os primeiros dois octetos (16 bits) são utilizados para endereçar a rede, e os dois
últimos octetos endereçam os hosts.
Por último, a máscara 255.255.255.0 (chamada também de /24) utiliza os pri-
meiros três octetos do endereço para endereçamento de rede, enquanto somen-
te o último octeto é utilizado para endereçamento dos hosts.
Em linhas gerais, para determinar se dois endereços estão na mesma rede
(poderão trocar informações), torna-se necessário verificar o seu endereço IP e a
máscara de rede. Se as máscaras forem iguais, bem como seus endereços e suas
porções de rede (determinado pela máscara), eles fazem parte da mesma rede.
No exemplo seguinte, os dois computadores endereçados apresentam com-
putadores que fazem parte da mesma rede. Note que tanto as máscaras de redes
quanto suas porções determinadas pela máscara (255) e suas porções de redes
são iguais.

Tabela 3 - Exemplo 1

COMPUTADOR 1 COMPUTADOR 2
Endereço IP 192.168.0.17 192.168.0.35
Máscara de Rede 255.255.255.0 255.255.255.0

Nos próximos dois exemplos, os computadores não fazem parte da mesma


rede, devido a divergências em suas porções de rede no endereçamento ou na
sua máscara de rede.

Tabela 4 - Exemplo 2

COMPUTADOR 1 COMPUTADOR 2
Endereço IP 192.169.1.17 192.168.0.135
Máscara de Rede 255.255.255.0 255.255.255.0

Tabela 5 - Exemplo 3

COMPUTADOR 1 COMPUTADOR 2
Endereço IP 192.168.1.170 192.168.0.35
Máscara de Rede 255.255.0.0 255.255.255.0

Os endereços IP também são divididos em classes. Veja, a seguir.


3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
47

Classes de Endereço IP
Como você sabe, os endereços IPs são endereços de 32 bits separados em 4
octetos por pontos (8 bits por octeto), em notação decimal e são números que va-
riam de 0 a 255. A variação no valor do primeiro octeto é conhecida por “classe”.
Os endereços IPs são separados em cinco classes: A, B, C, D e E. As classes D
e E são consideradas classes de difusão e testes, por conta disto, o enfoque será
maior sobre as classes A, B e C.
As tabelas a seguir mostram a separação das classes. Se o primeiro octeto está
contido entre 0 e 127, o endereço é classificado como endereço de classe A; se
o endereço está contido entre 128 e 191, o mesmo pertence à classe B; e caso o
endereço esteja contido entre a faixa 192 até 223, o mesmo pertence à classe C.

Tabela 6 - Classes de endereços IP

PARTE DA
PRIMEIRO REDE (N) E ENDEREÇOS
CLASSE MÁSCARA Nº REDES
OCTETO PARTE PARA POR REDE
HOSTS (H)

A 1-127 N.H.H.H 255.0.0.0 126 (27-2) 16,777,214 (224-2)

B 128-191 N.N.H.H 255.255.0.0 16,382 (214-2) 65,534 (216-2)

C 192-223 N.N.N.H 255.255.255.0 2,097,150 (221-2) 254 (28-2)

CLASSE FAIXA DE ENDEREÇAMENTO


A 0.0.0.0 a 127.255.255.255
B 128.0.0.0 a 191.255.255.255
C 192.0.0.0 a 223.255.255.255
D 224.0.0.0 a 239.255.255.255
E 240.0.0.0 a 247.255.255.255

Veja alguns exemplos de endereçamentos e a classe que os mesmos perten-


cem.

Tabela 7 - Endereços IP e classes pertencentes

ENDEREÇO IP CLASSE PERTENCENTE


192.168.1.170 Classe C
145.0.1.250 Classe B
10.1.4.57 Classe A
201.34.255.255 Classe C
38.9.4.5 Classe A
128.0.0.1 Classe B
127.0.0.8 Classe A
172.16.4.3 Classe B
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
48

Continuando o estudo sobre os endereços IPs, veja agora, os IPs privados e


públicos.
Endereços IPs privados e IPs públicos
Em linhas gerais, pensamos na quantidade de endereços IPs disponíveis ex-
pressos pela fórmula 232, porém devido à massificação na utilização de compu-
tadores e à necessidade de todo o computador possuir um endereço lógico para
comunicação, algumas estratégias foram criadas para que a quantidade de ende-
reços não se esgotasse.
Dentre as métricas criadas para minimizar o problema está a separação de fai-
xas de rede para utilização dentro das redes privadas, sendo assim, foram sepa-
radas 3 faixas de endereço para que não fosse utilizado para a comunicação nas
redes públicas (como a Internet).

Tabela 8 - Blocos de endereços IP

CLASSE BLOCOS
A 10.0.0.1 até 10.255.255.254
B 172.16.0.1 até 172.31.255.254
C 192.168.0.1 até 192.168.255.254

Basicamente os endereços privados não podem ser utilizados para acessar à


Internet, os mesmos só podem ser configurados dentro de uma rede privada.
Os demais endereços (fora das faixas especificadas anteriormente) são consi-
derados públicos e são utilizados para a conexão entre as redes a partir das redes
públicas de comunicação (como a Internet), ou seja, todos que desejam acessar à
Internet deverão ter um IP público para acesso a grande rede.
Entenda melhor esse assunto, acompanhando o Casos e relatos a seguir.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
49

CASOS E RELATOS

Título????????
João foi contratado como estagiário em um escritório de advocacia, po-
rém a rede deste escritório é bastante desorganizada. Esta rede não apre-
senta um padrão de endereçamento IP, alguns computadores acabam
por pegar endereços de forma automática do MODEM/Roteador (equipa-
mento utilizado para acessar à Internet) e outros computadores possuem
endereços IPs atribuídos de forma manual. Este fato gera problemas de
conflito, pois um IP atribuído automaticamente acaba por ser igual a um
IP atribuído estaticamente em outra máquina, acontecendo, desta forma,
uma pane geral na rede.
João decide apresentar um plano de endereçamento IP para que todos
os seis computadores do escritório se conectem à Internet sem mais pro-
blemas.
Ele começa desabilitando o serviço de endereçamento automático no
MODEM/Roteador. Como a quantidade de endereços que ele neces-
sita é pequena, ele decide por utilizar um endereço de classe C e, como
nós vimos, para fazer este endereçamento ele utilizou a faixa de en-
dereçamento privado. Nos seis computadores João utilizou o endereço
192.168.0.X, onde “X” representa o número de cada computador. Por ex-
emplo, o primeiro computador possui o endereço 192.168.0.1, o segundo
192.168.0.2, e assim por diante. No final, ele apontou a configuração do
gateway dos computadores para o endereço do MODEM/Roteador (que
ele havia determinado 192.168.0.254) e voilà: toda a rede passou a fun-
cionar sem mais conflitos de endereços.

Muito bem! E como é feito o acesso ao meio? Esse é o assunto que você verá,
a seguir. Confira!
REDES DE DADOS E TELEFONIA EM CATV
50

ACESSO AO MEIO

Na década de 80 quando as redes de computadores popularizaram-se foi ne-


cessária a padronização da forma de acesso ao meio, pois cada fabricante utiliza-
va-se de um recurso diferente para realizar esta tarefa.
Uma das primeiras preocupações do controle de acesso ao meio está relacio-
nada ao endereçamento único e localização dos componentes que constituem
as redes de computadores. Outra preocupação do controle de acesso ao meio é
determinar as métricas para acesso à mídia (meio de comunicação).
Especificamente falando de controle de fluxo é necessário que se entenda
qual tipo de dados está sendo transportado e se o mesmo chegará ao destino
de forma íntegra. Alguns controles são utilizados para garantir a integridade dos
dados, como a verificação de Hash (CRC) ou outros.
Tratando especificamente de endereçamento, cada computador no mundo é
identificado por um endereço MAC (conhecido também como endereço físico)
único, este endereço pode ser utilizado para a comunicação de computadores
que se encontram acessíveis na mesma rede.
Quanta coisa interessante, não é mesmo? Mas, lembre-se: é importante que
você não pare seus estudos por aqui! Pesquise, informe-se, troque informações
e ideias com seus colegas e construa seu aprendizado cada vez mais, pois o bom
profissional deve estar sempre bem informado.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você aprendeu os conceitos relacionados à telefonia e re-


des de computadores. Você aprendeu também sobre as formas de orga-
nização das redes de computadores e seus meios de comunicação. Além
disto, você também pôde conhecer mais a respeito da parte lógica de
configuração das redes de computadores (como o trabalho com endere-
çamento lógico) e verificar conceitos sobre o endereçamento físico das
máquinas.
3 REDE TELEFÔNICA E REDES DE COMPUTADORES
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O desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas de comunica-


ção está mudando a forma como o homem se relaciona. Todos os dias
nos deparamos com diversos novos equipamentos e recursos aplicados
à comunicação. Não é difícil observar as pessoas falando ao celular ou
interagindo através de aplicativos na Internet. Esteja atento às mudanças
e novos recursos. É importante que um profissional da área de telecomu-
nicações possa integrar novos recursos das tecnologias disponíveis no
mercado. Busque qualificar-se para estar preparado para o mercado de
trabalho. Esperamos que este material tenha auxiliado nesta tarefa. Su-
cesso na sua caminhada!
REFERÊNCIAS

COLCHER, Sérgio. VoIP: voz sobre IP. Rio de Janeiro : Elsevier: Campus, 2005. xxii, 288 p.
DIÓGENES, Yuri. Certificação Cisco: CCNA 4.0: guia de certificação para o exame 640-801. 3. ed. Rio
de Janeiro: Axcel Books, 2004. 408 p.
GASPARINI, Anteu Fabiano Lúcio. Infraestrutura, protocolos e sistemas operacionais de LANs:
redes locais. 1. ed. São Paulo: Érica, 2004. 334 p.
MINICURRÍCULO DO AUTOR

Pedro C. B. de Azevedo Filho é mestrando em Computação Aplicada pela Universidade do Esta-


do de Santa Catarina e Tecnólogo em Rede de Computadores pela Faculdade de Tecnologia do
SENAI/SC, em Florianópolis. Atua como docente nos cursos Técnicos e Qualificação Profissional
do SENAI/SC. Possui experiência na área de Redes de Computadores e Redes Convergentes. Atu-
almente, desenvolve competências voltadas à computação de alto desempenho. Já participou de
diversos cursos na área de infraestrutura de rede Cisco (CCNA0 e sistemas UNIX/Linux). É instrutor
da academia Cisco (IT Essentials) do SENAI, em Jaraguá do Sul.
ÍNDICE

T
Teletrofono 16, 17
SENAI - DN
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Rolando Vargas Vallejos


Gerente Executivo

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo Adjunto

Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros

SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional

Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento

Maristela Lourdes Alves


Coordenação do Projeto

Gisele Umbelino
Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos

Pedro César Bittencourt de Azevedo Filho


Elaboração

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Revisão Técnica

Evelin Lediani Bao


Design Educacional

Luiz Meneghel
Ilustrações, Tratamento de Imagens

Carlos Filip Lehmkuhl Loccioni


Diagramação
Juliana Vieira de Lima
Revisão e Fechamento de Arquivos

Luciana Effting Takiuchi


CRB-14/937
Ficha Catalográfica

DNA Tecnologia Ltda.


Sidiane Kayser dos Santos Schwinzer
Revisão Ortográfica e Gramatical

DNA Tecnologia Ltda.


Sidiane Kayser dos Santos Schwinzer
Normalização

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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