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Ação monitória

A ação monitória encontra previsão legal nos arts. 700 a 702 do Novo CPC.

I) Introdução:

Há duas espécies de ação monitória:

a) Ação monitória PURA: ela se basta na alegação do credor. Assim, se o credor alega que é credor ele já tem
direito a ação monitória. E adotada no direito alemão.

b) Ação monitória DOCUMENTAL: NOVIDADE DO NCPC! É adotada no direito italiano e no, agora, também no
BRASIL. Nesta, existe uma prova, que é a chamada prova escrita (não é um titulo monitório).

A prova escrita pode ser:

i. Prova documental;

ii. Prova documentada (art. 700, § 1º do NCPC)-> é uma prova oral ou pericial, produzida antecipadamente
(produção antecipada de provas – art. 381 do NCPC). Há um laudo pericial. Ex. Termo de audiência.

Não há rol das provas escritas, porque a função dessa prova escrita é, em uma cognição sumária (portanto um
juízo de probabilidade), convencer o juiz da existência do direito. Assim, tudo depende do caso concreto. Ex.
Contrato assinado por uma testemunha.

Há duas hipóteses:

* Se o juiz de convencer da existência do direito, há a expedição do mandado monitório e aí o procedimento vai


seguir.

* Se o juiz não se convencer da existência do direito, o art. 700, § 5º do NCPC fala que deve o juiz mandar o autor
EMENDAR a petição inicial, para converter a ação monitória em procedimento comum.

Obrigações tuteláveis pela ação monitória (art. 700 NCPC):

I. Pagamento de quantia.

II. Entrega de coisa, fungível ou infungível (novidade do NCPC!) ou, ainda, entrega de bem móvel
ou imóvel (novidade do NCPC!).

III. Obrigação de fazer e não fazer (novidade do NCPC!).

II) Procedimento:

* Começa por uma petição inicial (art. 319/320, NCPC).

OBS: A PI tem previsão especial no art. 700, § 2º.

* Expedição do mandado monitório (o juiz se convenceu sumariamente do direito e abre o prazo de 15 dias para
o cumprimento da obrigação).

* Decisão – decisão interlocutória ou sentença condicional.

Situações:

a) Cumprimento da obrigação no prazo de 15 dias -> será melhorada a situação do réu, pois cobra apenas 5% dos
honorários advocatícios e a isenção das custas.
b) Inércia -> nos termos do art. 700, § 2º do NCPC, há a constituição de pleno direito (ou seja, não depende de
nova decisão) do título executivo judicial. Assim, nesta hipótese há a conversão do mandado monitório em titulo
executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade.

Observações (NOVIDADES DO NCPC)

§ Art. 701, § 2º do NCPC -> Se for constituído o mandado monitório de pleno direito, aquela decisão que virou
titulo executivo é passível de ação rescisória. Trata de única decisão formada por cognição SUMÁRIA passível de
ação rescisória (IMPORTANTE!).

§ Art. 700, § 6º do NCPC -> cabe ação rescisória contra a FAZENDA PÚBLICA.

OBS: A novidade é no art. 701, § 4º - essa decisão (mandado monitório) está sujeita ao REEXAME NECESSÁRIO
(sentença – é baseada em cognição exauriente).

c) Oposição dos embargos ao mandado monitório:

Art. 702, caput, NCP diz que esses embargos não dependem de garantia do juízo.

Esses embargos SUSPENDEM a eficácia do mandado monitório (art. 702, § 4º). Enquanto não julgar os embargos
em mandado monitório ele não converte em titulo executivo judicial.

Art. 702, § 6º do NCPC -> cabe reconvenção junto com os embargos do mandado monitório (já há a Súmula 292
do STJ). Mas essa consagração legal deixa claro que para o STJ e agora para o legislador se houver embargos do
mandado monitório o procedimento passa a ser comum, pois eles possuem natureza de contestação, tanto que
cabe reconvenção (que se faz na contestação).

Ação Possessória
I) Cabimento

*Turbação – Manutenção da posse

*Esbulho – Reintegração de posse

*Ameaça – Interdito proibitório

II) Posse e procedimento

*Posse Nova – 1 ano e dia -> Procedimento especial

*Posse Velha – Mais de 1 ano e dia -> Procedimento comum

*Natureza dúplice

As ações possessórias têm natureza dúplice, isso significa dizer que o réu pode ter a mesma tutela perseguida
pelo autor, bastando para isso contrapor em sua contestação.

*Fungibilidade Processual: A ação intentada de maneira errada se converte para a forma certa, manutenção em
reintegração, reintegração em interdito e vice versa.

*Intimação do MP quando houver hipossuficientes

*Cumulativa no pedido
-Perdas e danos

-Indenização dos frutos

Ações de Família
*Divorcio consensual

Pode ser Judicial ou extrajudicial

Extrajudicial:

O divórcio consensual poderá ser realizado em cartório, sem necessidade de homologação judicial, desde que as
partes não tenham filhos incapazes e não havendo nascituro. Obrigatório as partes estarem representadas
por advogados ou, se for o caso, pela Defensoria Pública.

Judicial:

Poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:

I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;

II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;

III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e

IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.

Intervenção do Ministério Público na jurisdição voluntária

Divórcio e separação consensuais

O Ministério Público intervirá em todos os procedimentos de jurisdição voluntária em que estiverem presentes os
interesses de incapaz. Caso isso ocorra, ele será intimado a manifestar-se no prazo de 15 dias.

Alteração Regime de bens

Formulada em conjunto pelos cônjuges, fundamentando a alteração. Apresentado o pedido o juiz citará o
Ministério público e mandará publicar edital, somente decidindo após 30 dias da publicação. Após o trânsito em
julgado será averbada a sentença no registo civil e de imóveis.

Depoimento do incapaz

Quando houver conflito relacionado a abuso ou à alienação parental, o juiz deverá estar acompanhado de
especialista para tomar o depoimento de incapaz. O especialista poderá ser tanto um psicólogo quanto um
assistente social especializado nas causas que envolvam justamente abuso ou alienação parental. O depoimento,
então, será livremente analisado pelo magistrado.

Consignação em pagamento
A ação de consignação em pagamento é uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando este recusar-
se a receber o valor de dívida ou exigir ou devedor valor superior ao entendido devido por este.
*Procedimento

Petição inicial  em face de todos que possam ser credores

Se autor não efetuar depósito será notificado para fazer no prazo de 5 dias  Citação do Réu

Citado  Nenhum comparece arrecadação de coisa vaga

Citado  apenas um comparece será presumido o verdadeiro credor

Citado  dois ou mais comparecem  declara efetuado deposito seguindo pelo procedimento comum p/
decidir quem é o credor do valor havido

*Cabimento

Art. 335. A consignação tem lugar:

I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento

II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;

III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de
acesso perigoso ou difícil;

IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;

V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

*CONSIGNATÓRIA JUDICIAL (DINHEIRO E COISAS)

Depósito banco oficial  Banco notifica credor (AR)  10 dias p/ manifestar

Sem manifestação  Presume-se aceita

Recusa  por escrito ao banco  dentro de 30 dias devedor poderá propor a ação de consignação com a prova
da recusa

Não proposta açãofica sem efeito depósitodevedor poderá retirar a quantia

*CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL (SOMENTE PARA DINHEIRO)

Devedor deposita em conta bancaria remunerada  Banco notifica credor (AR)  10 dias p/manifestar

Sem manifestação -> Presume-se aceita

*Contestação

Poderá alegar:

Não houve recusa ou mora

Foi justa a recusa

Deposito não é integral (deverá indicar o valor correto)

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