You are on page 1of 345

O Oráculo Sagrado

de

Ifá

Tr adução par a o po rt ug uês: Ò s unlék è

1
Orác ulo 1

Èjìogbè

O O dù Èjì o g be fala de ilumina ção , bem est ar g er al, v it ór ia so br e o s inimigo s,


despert ar espir it ual, vida lo ng a e paz ment al.

O bserv ação o cident al: Nov o s neg ó cio s ou int ensi ficaçõ es no s negó cio s
ex ist ent es, no vo s relacio nament o s, ou ex per iência s espir it uais po dem ser
esper adas. Ex ist e uma po ssi bilidade de co mpor t amento super zelo so que r equer
bo m senso par a ser super ado .

Ejio g be é o Odù mais impor t ant e. Ele si mbo liza o pr in cí pio mascu lino e, po r t ant o é
co nsi der ado o pai do s o dùs. Na o r dem fix ada por Òr únmì là, Ejiog be o cupa a pr imeir a
po sição .
Em Ejio g be, o s do is lado s do Odù são idênt ico s: O g be est á em ambo s o s lado s dir eito e
esquer do . O Odù dev er ia ser chamado “Og bemej i”, mas ele é univ er salment e
co nhec ido co mo Ejiog be por que eji tam bém sig nifica “do is”. Há um equilí br io de
fo r ças em Ejiog be, que é sempr e uma bo a pr o fecia.
D ur ant e uma sessão div inató r ia, o client e par a quem Ejio g be é div inado est á b usca ndo
por paz e pr o sper idade. O client e co n sult o u I fá por que ele o u ela quer filho s o u deseja
se eng ajar em um nov o pr o jeto . I fá diz que se o client e fizer uma o fer enda, to das as
s uas ex ig ências ser ão sat isfeit as e to do s os seu s empr eendiment o s ser ão bem
s ucedido s. É necessár io o sacr ifí cio par a o bt er v it ó r ia so br e o s inimig o s que po der iam
est ar blo queando o s caminho s do client e. Se ele o u ela tem tr abalhado sem pr og r esso
o u feito neg ó cio s sem lucr o , I fá pr ev ê pr o sper idade o u r iqueza se a pesso a fizer o s
sa cr ifí cio s nece ssár io s. Em Ej iog be, I fá pr ev ê v ida lo ng a desde que o client e cuide
muit o bem de sua sa úde.
Pe sso as encar nadas pelo O dù Ejio g be dev em se mpr e co nsu lt ar o or áculo de I fá ant es
de t o mar qualquer deci são impor t ant e na vida.

1 – 1 (t r adução do ver so )

2
A s mão s per t encem ao co r po ,
o s pés per t encem ao co r po ,
O tar at ar a co nsu lto u o o rácu lo de I fá par a Eler emo ju,
a mãe de A g bo nnir eg un.
F o i pedido par a ela sacr ifi car
D uas g alinhas, duas po m bas, e t r int a e do is mil búzio s,
a ser em u sadas par a sat isfazer o I fá de sua cr iança.
Di sser am que sua v ida ser ia pr ó sper a.
Ela o bedeceu e fez o sacr ifí cio .

O wo t’ ar a, Ese t ’ar a, e Ot ar at ar a são o s no mes do s t rês div inado res que co ns ult ar am o
o rác ulo de I fá par a Eler emo ju, a mãe de A g bo nnir eg un (um do s tí t ulo s de lo uv ação de
Ò r únmì là). Eler emo ju est av a enfr ent ando pro blema s. Ela co ncor do u em fazer o
sa cr ifí cio e sat isfazer o I fá de sua cr iança ( ikin Ifá - dezesse is fruto s de palm eira ).
Ela se to r no u pr ó sper a po r que sacr ifi co u as co isas que I fá pr es cr ev eu.
O sa cr ifí cio dese mpenha um papel essencia l no sist ema Yo r ùbá de cr ença s e t radição
r elig io sa. De mo do a v iv er lo ng a e paci ficament e na terr a, esper a-se que o s ser es
hu mano s façam o s sacr ifí cio s nece ssár io s que atr air ão bo a so r te e afa st ar ão as
desg r aças.

1 – 2 (t r adução do ver so )

O t it o o mifi-nt e le-isa co nsult o u I fá par a Eleremo j u,


a mãe de A g bo nnir eg un.
I fá dis se que o ik in de sua cr iança ir ia ajudá -la.
Po rt ant o fo i pedido a ela que sacr ifi casse
um rat o awo sin , uma galinha o u cabr a,
e fo lhas de I fá (fo lhas eg bee, em número de dezes seis,
dev em ser esmag adas na ág ua e u sadas
par a lav ar a cabe ça do client e).
Ela o bedeceu e fez o sacr ifí cio .

O utr o div inador , chamado Ot ito l o mifi- nt e le-isa t ambém co nsult o u I fá par a
Eler emo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un. I fá co nfir mo u que o ik in de sua cr ian ça (fr ut o de
palma sagr ado ) a aju dar ia se ela co nt inuas se a fazer seus sacr ifí cio s.

3
O s div inado r es de I fá são t ambém especial ist as em er v as. S upõ e-se que eles esteja m
bem fu ndament ado s na medi cina tr adicio nal. A cr edit a- se que t odas as plant as, erv as, e
fo lhas do mundo per t encem a I fá. O s co nheciment o s so br e seu s v alo r es espir it uais e
medi cinais po dem ser enco ntr ado s no s ensinament o s de I fá. A ssim, em muit as
o casiõ es, o s div inado r es de I fá pr escr ev em er vas e plant as par a a cur a o u pr ev enção
de do enças e enfer midades. Em seu v er so O dù, fo lhas eg bee são reco mendadas par a
lav ar a ca beça do client e ( Or í ), a qual se acr edit a co nt ro lar o dest ino da pes so a.

1 – 3 (t r adução do ver so )

O to to ot o
O ro ro or o
Separ adament e nó s co memo s fr uto s da terr a.
Separ adament e nó s co memo s imum u (fr ut o especial).
Nó s est amo s co m a cabeça acima do s calcanhar es em amor co m Oba ‘ M ak in.
To do s eles div inar am par a Ag bo nnir eg un.
F o i dit o que se ele fize sse sa cr ifí cio , ele ser ia
aben ço ado co m filho s; ele nem saber ia
o númer o de seus filho s
dur ant e e apó s sua vida.
F o i pedido a ele que sacr ifica sse
uma cabr a e fo lhas de I fá .
Se ele o fer eces se o sacr ifí cio , ele dever ia co zinhar fo lhas de I fá par a sua s espo sa s
co mer em.
Ele o bedeceu e fez o sacr ifí cio .
F o lhas de I fá : F olhas mo í das y enmey enme (ag bo ny in),
ir ug ba, o u o gir i (co ndiment o s) co m cr av o s e o utr o s co ndime nto s.
C o zinhe-o s j unt ament e co m o s t ro mpas de faló pio da ca br a.
C o lo que o po te de so pa em frent e ao tr o no de I fá
e deix e que sua s espo sa s a co mam ali.
Q uando elas t er minar am de to mar a so pa, elas t iv er am
muit o s filho s.
A s espo sas de Ag bo nnir eg un est av am tendo dif iculda de em engr av idar e dar a luz. O s
cin co A wo que div inar am par a A g bo nnir eg un enfat izar am a impo rt ância do sacr ifí cio .
Eles dis ser am que se ele co n cor das se em fazer o sa cr ifí cio , ele ter ia muito s filho s
dur ant e sua vida e apó s a s ua mor t e. A dicio nalment e, o s sacer dot es tiv er am que fazer

4
u so de seu co nhec iment o so br e medi cina t radic io nal par a co zinhar fo lhas de ag bo ny in
co m as tr o mpas de faló pio da cabr a sa cr ificada. Est e remédio fo i co ns umido pelas
espo sa s de A g bo nnir eg un ant es que ele pudesse ter o s filho s pr edito s po r I fá .

1 – 4 (t r adução do ver so )

O k unk un-bir imu bir imu co nsult o u I fá par a Eniunk ok un ju.


Di sser am que não hav ia ning uém que lhe t iv esse feito uma gent ileza
que ele não r et r ibuiu co m mal.
Nó s pedimo s a ele par a sa cr ificar
uma alfanje e uma es cada.
Ele se recu so u à sa cr ificar ,
Eniu nko k unj u - o no me co m o qual cha mamo s o fazendeiro .
To das as bo as co isa s que Og ede (a banana) for nece u
par a o fazendeir o não for am apr eciadas.
O fazendeiro po r fim decapit o u O gede.

I fá muit as vezes fala por par ábo las. Est a est ór ia apr esent a um relacio nament o entr e a
banana (Og ede) e, per so nifi cada co mo alg uém que fo i gent il co m o fazendeiro (ag be),
um ing r at o que r et r ibuiu a gent ileza co m o mal. Não impo r t a o quão gr ande se ja o
r elacio nament o , a banana é dest r uí da ao fina l.
No s tempo s ant igo s, qualquer um encar nado por est e O dù po der ia ser decapit ado ao
fim de sua v ida na t er r a. Em tempo s mo der no s, ist o se r efer e mais à “per der -se a
ca beça” e pag ar u m alto c ust o .

Orác ulo 2

Oyekumeji

5
O O dù Oy ek u Meji sig nifi ca esc ur idão e infeli cidade, e adv er t e so br e mor t e,
do enças, pr eo cupa çõ es e um mau pr essag io , mas t ambém carr eg a co m t udo isso
a so lu ção de to do s esse s pro blema s.

O bser v ação o cident al: O client e co m má sor t e enco ntr a blo queio ; o client e co m
bo a so rt e po ss ui fo rt e supo r te an cestr al.

O yek umeji é o seg undo Odù (o lo du) pr in cipal. Ele si mbo liza o pr in cí pio femini no . O s
o dùs Ejiog be e Oy ek ume ji der am nas ciment o ao s quato r ze odùs pr incipais rest ant es.
No O dù Oy ek umeji, há um Oy ek u no lado direit o , que é a for ça mas culina, e o ut ro
O yek u no lado esquer do , que é a for ça feminina.
A s pesso as par a quem est e Odù é div inado dev er iam fo r mar um hábit o de o fer ecer
sa cr ifí cio s e sat is fazer s uas cabeça s (o r i) de tempo s em tempo s de mo do à ev it ar
est ado s de depr essão . A dicio nalment e, dev er iam o uv ir e respeit ar as o piniõ es de seu s
mai s v elho s. Elas nece ssit am ho nr ar se us an cestr ais reg ular ment e.
No O dù Oy ek umeji, I fá adv er t e co ntr a o per ig o de mant er relacio nament o s co m
muit as m ulher es. A s mul her es se t or nar ão ciument as, e o s pro blema s ger ado s
impedir ão o pr og r esso do client e. De st e O dù, nó s apr endemo s que é melhor ter um
mar ido , uma espo sa.

2 – 1 (t r adução do ver so )
O ye dud u awo o ri Bije co nsult o u I fá par a O lo fin.
Nó s pedimo s par a ele o fer ecer
um tecido pr eto , uma cabr a, e fo lhas e se ment es de bije.
Nó s dis semo s a ele que est a mo r te imi nent e
não ir ia mat á-lo , não ir ia mat ar seu s fil ho s
se ele fizesse a o fer enda.
Ele o bedeceu e fez sacr ifí c io .

Se est e Odù é lan çado , a famí lia do client e dev e aplicar bi je ( uma er v a afr icana ) so br e
s uas face s e co br ir o I fá do s mesmo s co m tecido pr eto e fo lhas de bije. Eles est ão
as seg ur ado s de que mo rt e, do ença s, e t odo s o s o utr o s males não ser ão capaze s de
r eco nhecê- lo s, uma v ez que a mor t e não reco nhece Onibi je (alg uém que faz uso do
r emédio bije pr escr ito pelo div inador ).

2 – 2 (t r adução do ver so )

6
Eesin g bo na l’ ewe t ut u l’ eg bo
co ns ulto u I fá par a 165 árv or es.
A palmeir a e a ár vo r e Ay inr e
sa cr ificar am uma galinha entr e as árv o res.
Ent ão , se um to rnado est iv esse dev ast ando ,
a jo v em fo lhag em de palma afir mar ia:
eu fiz sacr ifí cio par a escapar do per ig o .

A fo lhag em de palmeir a nu nca é afet ada por v ento s o u to rnado s po r que ela realizo u o
sa cr ifí cio requer ido nest e Odù. To do s o s per igo s são desv iado s da palmeir a.

2 – 3 (t r adução do ver so )

Vo cê é o ye
Eu so u o ye
Do is oy e co nsult ar am I fá par a Olo fin.
Eles disser am
do is de se us filho s ir iam fr at ur ar [o s o sso s] das co x as,
mas ele não dev er ia ficar preo cupado
por que eles ser iam bem sucedi do s na v ida.
F o i pedido à ele que sacr ifica sse tecido k elek u,
par a ser usado co mo uma pr ot eção par a as cr iança s.
Ele o bedeceu e fez o sacr ifí cio .

I fá pr edisse que o acident e que o s filho s de Olo fin ir iam so fr er não impedir ia o
s uces so dest es na vida. Tudo o que ele neces sit av a fazer er a r ealizar um sacr ifí cio e
fo r necer o t ecido especi ficado co mo co bert ur a pro t et o r a.

2 – 4 (t r adução do ver so )

Q uando eu aco r dei de manhã,


eu vi uma gr ande quant idade de cr iança s.
Eu per g unt ei pelo reino da terr a.
Eu enco ntr ei o s ant ig o s em gr ande esplendo r .

7
Eu per g unt ei pelo reino do cé u.
O risa -nla est av a indo visit ar Òr únmì là
Ele perg unt o u: C o mo est ão seu s fil ho s
que est o u lev ando co migo par a o mu ndo ?
C aso haja resfr iado ,
C aso haja do r de cabe ça,
C aso haja malár ia e o ut r as enfer midades,
O que eu po der ia fazer po r eles ?
Ò r únmì là or deno u a ele que mar cas se O dù O yek umeji
so br e pó de iy e- ir o sun.
A panhe alg uma s fo lhas fr es cas de per eg un e as t r it ur e.
M ist ur e-as j unt ament e co m banha de Òr í
e use isso par a esfr eg ar em seu s co r po s.
Per eg un derr amar á ág ua so br e
a mo rt e dev ast ado r a.
Per eg un derr amar á ág ua so br e
as do ença s dev ast ado r as.

Orác ulo 3

Iworimeji

Est e O dù fala das pes so as pr esent eadas co m a habil idade de v er co isas co m sua s
pró pr ias per spect iv as. Ela s muit as vezes so nha m, t êm visõ es clar as, cr escem e
t or nam- se "adiv inho s" o u espir it uali st as. C lientes co m esse O dù dev em ser
aco nsel hado s a cult uar I fá. I sso ir á lhes tr azer bo as per spect iv as, v ida lo ng a (ir e
aik u), pr o sper idade (ir e aje), uma espo sa (ir e ay a) e filho s (ir e omo ).

8
O bser v ação o cident al: O client e est á cui dado sament e ex amina ndo e reav aliando
t anto o s cami nho s t empor ais co mo espir it uai s/ emo cio nai s.

O dù I wor ime ji o cupa o t er ceir o lug ar na o r dem do s odù s. C o mo um o lo du, I wo r imeji


co nsi st e de I wor i no lado dir eit o (o pr in cí pio mas culino ) e I wo r i no lado esquer do (o
pr incí pio femini no ).
I fá diz que se alg uma co isa fo i per dida, o client e ser á asseg ur ado de que a co isa ser á
v ist a o u recu per ada. A s chance s par a uma pr o mo ção no t rabalho são bo as, mas o
client e neces sit a o fer ecer sacr ifí cio par a ev it ar que calun iador es cau sem sua demis são .
Se o client e deseja v iajar par a fo r a da cidade o nde r eside ou ir par a o utr o s paí se s, ele
dev e fazer sa cr ifí cio de mo do que seus o lho s não veja m qualquer mal. Q uando o
sa cr ifí cio cor r et o é realizado , uma pesso a enfer ma seg ur ament e ir á fi car bem de nov o .
I fá co nfir ma no O dù I wor imeji que o s dezes seis fr ut o s da palma sagr ada (ik in I fá ) são
a repr esent ação de Òr únmì là e se u objet o de ador ação na t er r a. Eis o po r que do
sa cer do t e de I fá (Babalawo ) as ut iliza par a r ev elar o s mi st ér io s da v ida.

3 – 1 (t r adução do ver so )

M ujim uwa, Babalawo de O pak er e, co nsult o u par a ele.


Par a ev it ar que ele ado ecesse,
fo i o rient ado a ele que sacr ifi cas se
v int e anzó is de pesca e vint e po m bas.
Ele o bedeceu e fez o sacr ifí cio .
F o lhas de I fá fo r am pr epar adas par a ele
par a ser em usada s par a lav ar sua cabeça (or i),
par a ser em usada s par a lav ar seu I fá .
O paker e nunca ficar ia do ent e.

Par a afast ar uma do ença iminent e, M uji muwa aco nsel ho u Opak er e a fazer um
sa cr ifí cio . A dicio nalment e, fo lhas de I fá dev er iam ser pr epar adas par a ele par a lav ar
s ua cabe ça e seu I fá .

3 – 2 (t r adução do ver so )

Gbeg i jebet e fo i aquele que co ns ulto u par a O de


quando A wa sa era se u inimig o .

9
F o i pedido a ele (O de) par a o fer ecer
um bor dão e uma car g a de inhame.
O de at endeu ao co n selho e fez sacr ifí cio .
O inhame fo i pilado .
To do o inha me pilado fo i co mido à no it e.
Eles for am do r mir .
Q uando v eio a esc ur idão , A wa sa v eio .
O de uso u seu bo r dão par a mat ar A wasa.
No dia seg uint e, pela manhã,
o cadáv er de A wasa fo i enco ntr ado do lado de fo r a.

O de co ns ult o u I fá a respeit o do que ele po der ia fazer par a se liv r ar de se u inimigo


A wasa. Ele seg uiu o co nselho do div inador e o ferece u alg uns inhames e um bo r dão ,
que fo i usado par a mat ar seu inimigo .

3 – 3 (t r adução do ver so )

Ò g ún -r ibit i co nsult o u par a I wor imeji


quando I wo r imeji est av a par a se casar co m a filha de O pe Olo fin.
F o i pedido a ele que fizesse um sa cr ifí cio .
S ua espo sa jamais ser ia estér il.
U ma g alinha fo i o sacr ifí cio .
F o i dit o que amba s as palmeir as macho e fêmea
jama is ser iam estér eis.
Po r que I wor imeji realizo u o sacr ifí c io necessár io , as pes so as nas cidas por est e O dù
jama is ser iam infért eis o u est ér eis. Elas ser iam sempr e abenço ada s co m filho s.

3 – 4 (t r adução do ver so )

Ti jot ayo fo i aquele que co nsult o u par a O de.


F o i dit o que ele dever ia v ir e sacr ifi car
uma pedr a de mo inho e uma est eir a,
par a fazer co m que t odo s que tiv essem vindo r eg o zijar co m ele
sempr e fi cas sem co m ele.
O de rec uso u e neg lig encio u o sacr ifí cio .
Ele falo u que est av a sat is feito

10
se ele pudesse apenas se liv r ar de A wasa.

As pes so as v ir iam sempr e rego zijar ou celebr ar co m O de. Mas po r que O de


neg lig encio u o sacr ifí cio nece ssár io , ning uém jama is fi car ia co m ele.
C o nsequent ement e, as pes so as que são encar nadas por est e O dù t em apenas suce sso
t empor ár io . Nada par ece dur ar muit o . Suas riqueza s e pr azer es t em sempr e cur t a
dur ação .

Orác ulo 4

Idimeji

Est e Odù fala do s que tem inimig o s secr et o s t ent ando lan çar encant amento s
so br e eles o u o s que têm so nho s ruin s a maio r part e do tempo . Eles pr eci sam
apazig uar I fá par a po der em v encer essas o bstr u çõ es mundana s.

O bserv ação o cident al: O client e est á sent indo aumento de pr essõ es t anto nas
quest õ es tempo r ais co mo emo cio nais.

11
I dimeji é o quar to O dù na o r dem fix ada por Ò rúnmì là. Est e Odù é fundament al po r que
ele co mplet a o s quatr o po nto s car deais do univ er so : Ejiog be (Lest e), O yek umeji
(O est e), I wo r imeji (No rt e), e I dimeji (Su l). O dù I dimeji simbo liza a mat er nidade. A
int er ação de um I di mas culi no no lado dir eito co m um I di feminino no lado esq uer do
r esult a em r epr o dução — o nasci mento de u ma cr iança.
Se uma pes so a est iv er enco nt r ando difi culdade em se est abelecer na v ida e est iv er se
muda ndo de casa em casa sem r esidência per manent e, I dimeji diz que a pesso a dev e
r et or nar à cidade o u paí s de seu nasc iment o . C o m o sa cr ifí cio apr o pr iado ao or i
( cabeça ) o u eleda (cr iador ) da pesso a, a v ida po der á faci lment e reto r nar ao nor mal.
Em Odù Odimej i, I fá v ê bo a so rt e e v ida lo ng a par a um ho mem o u uma mul her . M as o
client e neces sit a c ult uar I fá par a ev it ar mo rt e súbit a. O client e po der á se elev ar à uma
bo a po si ção na v ida mas dev er á ser cui dado so co m calun iador es. É po s sív el tr abalhar
dur o no co meço da vida e per der t udo no final. Par a pr o sper ar , dev em ser feit as
co nst ant es o fer endas ao s ancest r ais do client e. Se alg uém plane ja viajar , dev e ser feito
sa cr ifí cio a Ò g ún par a as seg ur ar uma jor nada seg ur a e feliz. Q uando uma mulher
est iv er desesper ada par a ter um filho , ela é aco nselhada a sat isfazer Ò r únmì là. I fá diz
que ela ter á uma cr iança e que est a cr iança ser á uma menina.
Par a ser em bem sucedi das na vida, as pesso as encar nadas por O dù I dimeji dev er ão ser
co nfiáv eis, ho nest as, e fr ancas em seu s negó cio s co m o s o utr o s. Elas dev er ão t er o s pés
no chão e ser em pr át ica s em s ua at it ude co m relação à v ida.

4 – 1 (t r adução do ver so )

A t elewo -abinut elu co nsult o u I fá par a It er e.


F o i dit o que sua s idéias ir iam sempr e se mat er ializar ;
por t anto ele dev e sacr ificar
pr eg o s, t rês bo des, e t rês g alo s.
I ter e o bedeceu e fez o sacr ifí cio .
F or am pr epar adas fo lhas de I fá par a ele beber .

Ent r e o s mat er iais pr escr ito s par a o sacr ifí c io est av am o s pr eg o s. Pr ego s, que t em
ca beças, capa cit ar iam o s so nho s de I ter e a se r ealizarem o u suas idéias a se
co ncr et izar em.

12
4 – 2 (t r adução do ver so )

O pa-aro abidi jeg eleg e co ns ulto u I fá par a as pesso as em I fe .


F o i dit o que uma vez que a mo rt e est av a mat ando as pesso as ali,
elas dev er iam sacr ifi car
uma cor r ente e um car neiro .
Eles o uv ir am e sacr ifi car am.
O Babalawo dis se: U m úni co elo nu nca quebr a.
A ssi m, as mão s da mor t e não po de m mai s t o cá-lo s.

A mor t e per so nif icada est av a mat ando a to do s em I le- I fe . I fá fo i co ns ult ado . O
Babala wo aco nsel ho u o s reside nt es a fazer um sa cr ifí cio que incl uí a u ma simples
co rr ent e que nun ca po de ser quebr ada. Eis co mo a mão malévo la da mo r te po de ser
det ida.

4 – 3 (t r adução do ver so )

O didi- afidit i co nsult o u I fá par a O didimade.


F o i pedido a ele que fizesse um sa cr ifí cio :
do is ag bo n o lo du (gr andes co co s), do is car acó is, e t rês mil e duzento s búzio s.
Ele se recu so u à o ferecer o sacr ifí cio .
O Babalawo dis se: I fá diz, “Se u filho nu nca
falar á ao lo ng o de sua vida.”
I dimeji div ino u par a Odidimade, ma s ele se recu so u a o fer ecer o sacr ifí cio r equi sit ado .
Po rt ant o , co nfor me o I fá , seu filho per mane cer ia mudo ao lo ng o de sua v ida.

4 – 4 (t r adução do ver so )

Eu so u eni- odi
Vo cê é eni- o di
Do is eni-o di div inar am par a o o di (for t aleza)
dur ant e ho st ilidades po lít ica s.
F o i dit o : O o di cir cu ndar á a cidade.
Po rt ant o ele dev e o fer ecer do is t ecido s de embalar .
E as sim ele fez.

13
D ur ant e ho st ilidade s po lí t icas entr e duas cidade s, é de incum bência do s resident es
co nst r uir uma fo rt aleza, que o s pr ot eg er á de se us ini migo s. I sso també m dev er ia se
aplicar à u m indiv í duo o u uma famí lia que est eja sendo ameaça da de alg uma fo r ma.

Orác ulo 5

Irosumeji

Es se Odù fala do s que são sempr e po pular es e que são tido s em gr ande
est ima pêlo s amigo s. Eles pr ecisam t o mar cuidado co m s ua saúde, t ant o
aplaca ndo sua s cabeça s ( Or í ), co mo o casio nalment e apazig uando Ès ù, o u o
co r po de as sist ent es de I fá. Se eles se sent em desanimado s e co meçam a per der
int eres se em qualq uer co isa que façam, I fá dev e ser co nsu lt ado e apazig uado
par a eles. Es se O dù denot a difi culdade s emo cio nais e financeir o s. M as não
impo rt a o quant o difí cil a v ida po ssa par ecer , o client e po de tr iunfar pelo
o fer eciment o do s sacr ifí cio s co rr eto s e pela r ecusa em g uar dar o mal no cor ação
em pen sament o s e idéias.

14
O bser v ação o cident al: A s co isas não est ão fluindo fa cilment e — is so requer mais
t rabalho que o no r mal par a se realizar qualquer co isa.

I ro su meji é o quint o Odù na or dem inalt er áv el de Òr únmì là. Ele pede po r uma
c uidado sa r eflex ão so br e no sso fut ur o . Nó s não po demo s falhar em per ceber que “O
ho mem pr o põ e, Deu s dispõ e.”
Em Odù Ir o sumeji , I fá pede que um rit ual famil iar seja r ealizado anualment e. O
client e dev er ia co nt inuar a pr át ica e tam bém ho nr ar e respeit ar o s ancest r ais,
part ic ular ment e o pai, est eja vivo o u mo rt o .
A queles nas cido s por Ir o sumeji dev er iam fazer [a s co isas urg ent es] dev ag ar , apr ender
[a t er ] paciên cia, e a ag uar dar que o s mo ment o s difí ceis se diss ipem. Eles dev er iam
sempr e se lembr ar que nenhuma co ndição é per manent e.
O sa cr ifí cio apr o pr iado dev er á ser ex ecut ado por uma mulher que est eja ansio sa par a
t er um bebê. I ro su meji diz que ela eng r av idar á e ter á um bebê. A cr iança ser á um
menino , que dev er ia se t or nar um Babalawo .

5 – 1 (t r adução do ver so )

O liy ebe co nsult o u I fá par a I na (fo go ).


O liy ebe co nsult o u I fá par a Ey in (fr uto da palmeir a).
O liy ebe co nsult o u I fá par a Ik o (r áfia).
A cada um deles fo i pedido par a sacr ifi car
uma est eir a (eni -ifi) e um t ecido amar elo .
A penas Ik o fez o sa cr ifí cio .
Q uando o pai deles (u m chefe ) mo rr eu,
I ná fo i inst alado co mo chefe.
Veio a ch uv a e dest r uiu I na.
Ey in fo i ent ão in st alado co mo che fe.
Veio a ch uv a par a dest r uir Ey in t ambém.
I ko fo i final ment e inst alado co mo c hefe.
Q uando cho v eu, Ik o se co br iu co m sua est eir a.
Q uando a chuv a ce sso u, Ik o r emov eu a est eir a
e, co mo r esult ado , não mo rr eu.

15
A chuv a não po der ia dest r uir I ko (r áfia) po r que ele er a o úni co entr e o s t rês ir mão s
que ofer eceu a est eir a co mo sacr ifí cio . I ko usav a a est eir a co mo pr ot eção co nt r a a
ch uv a. Ik o fo i po rt ant o capaz de mant er o t ít ulo de seu pai por um lo ng o tempo .

5 – 2 (t r adução do ver so )

O kak ar ak a-afo wo t ik u, I daseg ber eg ber ew’ ak o


co ns ulto u par a I ro su
quando I ro su est av a par a dar a luz.
F o i dit o que a v ida da cr iança ser ia dur a
e que ser ia difí cil g anhar dinheiro
par a a manut enção da cr iança.
M as se Ir o su deseja sse rever ter a sit uação ,
I ro su dev er ia sacr ifi car do is car acó is.
I ro su se r ecuso u a fazer o sacr ifí cio .

F ilho s de I ro su meji sempr e achar ão a v ida difí ci l po r que I ro su nest e ver so de O dù se


r ecuso u a fazer o sacr ifí cio requis it ado .

5 – 3 (t r adução do ver so )

I seser efo g bese’y e co ns ult o u I fá par a A k uko adiy e (g alo ).


F o i pedido à ele par a o fer ecer seu go rr o v er melho ( cr ist a de galo )
e do is mil e duzento s búzio s co mo sa cr ifí cio .
Ele se recu so u à o ferecer seu go rr o ver melho .
O Babalawo dis se que o g alo ser ia mo rt o .
O galo dis se, “Q ue assi m seja.”

O g alo se rec uso u à sa cr ificar seu go rr o v er melho po r que ele t inha aceit ado a mor t e
co mo uma o br ig ação da vida

5 – 4 (t r adução do ver so )

16
A deisi co nsult o u I fá par a At apar i (cabe ça).
A t apar i ia r eceber um g or ro do Or isa.
F o i dit o que ning uém po der ia ar r ancar o go rr o dele
sem sang r ament o ;
é impo s sív el t er do is g or ro s.
Eis o po r que as pes so as nas cidas po r Ir o sumeji
sempr e achar ão a v ida difí cil.

Orác ulo 6

Owonrinmeji

Na o r dem est abelecida de Ò r unmì lá, est e é o sex t o Odù. Esse O dù pede pela
mo der ação em to das as co isas. Est e Odù pr ediz dua s g randes bênção s par a
qualq uer u m que se enco nt r a na misér ia, pr ov endo ele o u ela o s cor r et o s
sa cr ifí cio s. A pesso a ser á benef iciada co m dinheiro e uma espo sa ao me smo
t empo . I fá nest e Odù enfat iza a impor t ância do sa cr ifí cio . Q uando um sacr ifí cio
é o fer ecido , ele não dev e ser so ment e dest inado ao s Òr ì sà ou par a o s ancest r ais,
mas t ambém u sado par a aliment ar a bo ca de div er sa s pesso as. Essa é uma
maneir a de fazer sacr ifí cio s aceit áv eis.

O bser v ação o cident al: Pen sament o s clar o s são nece ssár io s par a o bt enção de
s uces so .

17
O c ult iv o da t er r a é a o po rt unida de mai s gr at ifi cant e par a o s filho s de O wo nr inmeji .
C ult ivo s bem s ucedido s e co lheit as co m g anho s em dinheir o aux iliar ão à pro mov er
s uas fi nança s. Par a su cesso na vida, o s filho s de O wo nr inmeji dev em apr ender a
pro pi ciar sua s cabeça s (or i) de tempo s em tempo s, o uv ir se us pais, r espeit ar o s mais
v elho s, e rev er enciar seu s ance str ais (eg ung un).
Se uma pe s so a planeja v iajar , I fá diz que sa cr ifí cio dev e ser r ealizado par a g ar ant ir
seg ur ança e uma viajem pr azer o sa. Par a lo ng a v ida, é necessár io o fer ecer sa cr ifí cio a
I fá e t ambém sat isfazer o eleda ( cr iado r ).

6 – 1 (t r adução do ver so )

(...)
A div inação de I fá fo i realizada po r Olo g bo O jig o lo (o g ato ),
que ia visit ar a cidade das br ux as (A je).
F o i dit o a ele que ele ret or nar ia co m seg ur ança se ele pudesse sacr ifi car
uma ov elha, duas po mbas, e fo lha s de I fá
(t r it ur e alg uns filet es de met al bro nze e ch umbo co m sement es de wer ejeje,
e esfr eg ue ist o so br e uma inci são feit a so b as pálpebr as).
Ele at endeu ao co nselho e fez o sacr ifí c io .
O remédio de I fá fo i aplicado co mo indi cado acima,
depo is de ele t er sa cr ificado .

6 – 2 (t r adução do ver so )

Go or o maafiy un Goo ro maafi bo


co ns ulto u I fá par a 165 animai s
quando eles est av am em uma jo r nada.
F o i pedido a eles que sacr ifi cas sem um tecido pr eto .
O log bo (o g at o ) fo i o único
que realizo u o sacr ifí cio .
C heg ando ao seu dest ino ,
eles se enco ntr ar am co m as br ux as (aje),
que dev or ar am to do s o s animai s
que se rec usar am à sa cr ificar o tecido pr et o .
O gat o fo i vist o à dist ância

18
se co br indo co m o t ecido pr et o .
Ele t inha quat ro o lho s co mo as br ux as,
que decidir am não mat á-lo po r que ele er a uma delas.
O gat o vo lt o u par a casa cant ando :
Go or o maafiy un, Goo ro maafi bo ...

Do s 165 animais que for am na viajem, o gato fo i o úni co que v olt o u par a ca sa sadio e
bem dispo st o . I sso po r que ele r ealizo u to do s o s sacr ifí cio s pr es cr it o s por I fá .

6 – 3 (t r adução do ver so )

O lo ir eko ir e Olo or unk oo r un,


co ns ulto u I fá par a O pak et e
quando ela est av a se dir ig indo à sala de part o .
Ela fo i aco n selhada à sa cr ificar
duzent o s I ko t i, duzent as ag ulhas, duzent o s r at o s,
e duzent o s peix es.
O paket e o bedeceu e fez o sa cr ifí cio .
Ela se to r no u fér t il co mo I fá pr edis se.

O paket e fo i co nsult ar I fá dev ido à falt a de filho s. Fo i dit o à ela que r ealizasse
sa cr ifí cio . Ela o fer eceu o sacr ifí cio e t ev e muit o s filho s co mo pr edit o po r I fá .

19
Orác ulo 7

Obarameji

Est e Odù deno t a [que a pesso a est á em] um est ado de incert eza o u su spense,
inca paz de t omar decisõ es. O s filho s dest e O dù t êm uma tendênc ia em co mpr ar
por impul so e muit as vezes t or nam- se v ít imas de ilusõ es. Eles lament am a
maio r ia de suas deci sõ es po r t o ma-las nerv o sament e e às pres sas. Par a
pro sper ar na v ida, o s filho s dest e O dù ir ão pr ecisar aplacar s uas cabeça s ( Or í )
de t empo s em t empo s.

O bser v ação o cident al: Blo queio s ou dif iculda des tempo r ais ou
espir it uais/ emo cio nais dev em ser dis cur sada s.

O dù O bar ameji o cupa o sét imo lug ar na or dem fix ada por Ò r únmì là. Par a um client e
que est eja lidando co m negó cio s, I fá diz que par a t er uma casa cheia de client es e
amig o s, ele o u ela t er á que o fer ecer sa cr ifí cio s e t ambém seg uir Ò r únmì là.

20
Se o O dù O bar ameji fo r apar ecer no jo go par a alg uém, ele diz que à part e das
difi culdade s finan ceir as, o client e est á ro deado de inimig o s que quer em fazer uma
t o caia co nt r a ele o u fazer um at aque de sur pr esa em sua vida o u na sua ca sa. A
difi culdade fina nceir a se amenizar á e o s inimigo s ser ão derr ot ado s quando o client e
co nco r dar em realizar to do s o s sacr ifí c io s pr escr ito s po r I fá. Por fim, a pesso a
des co br ir á quem são seu s inimig o s e ser á capaz de ident ificar o que g er o u seus
pro ble mas.

7 – 1 (t r adução do ver so )

O t unwesin (“a mão dir eit a lav a a esquer da”).


O sinwet un (“a mão esquer da lav a a direit a”).
Eis o que limpa as mão s.
Elas for am as que r ealizar am div inaçõ es de I fá
par a a ár vo r e A wun
quando A wu n ia lav ar a ca beça (o r i) de O nder o .
F o i dit o que ele pro sper ar ia.
Ele dev er ia po rt anto o fer ecer
uma ov elha, uma po mba, e co nt as de co r al.
Ele o bedeceu e fez o sacr ifí cio .
F o i pedido à ele que amar r asse as co nt as
na espo n ja que ele usar ia par a se lav ar .

7 – 2 (t r adução do ver so )

O t unwesin, O sinwet un, eis o que limpa as mão s.


F or am elas que realizar am a div inação de I fá par a
O ndero
quando a árv o re A wu n ia lav ar s ua cabe ça (o r i).
F o i pedido à ele que sacr ifica sse
de fo r ma à ter uma bo a pes so a que lav asse s ua cabe ça.
O ndero dis se, “Q ual é o sacr ifí cio ?“
O Babalawo dis se que ele dev er ia o fer ecer tecido br anco e uma
po mba.

21
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .

Po rt ant o , qualquer um que receber est e O dù ser á or ient ado a u sar ro upas br anca s.

7 – 3 (t r adução do ver so )

O jik ut uk ut u Bar ag endeng enden- bi-ig bá- elepo


fo i quem realizo u div inação de I fá par a Eji- O bar a,
que est av a v indo par a I fe .
F o i or ient ado a ele que sa cr ificas se
uma ov elha par a ev it ar do ença.
Ele se recu so u a o ferecer o sacr ifí cio .
Q uando Eji- O bar a cheg o u em I fe ,
ele est av a ent r et ido co m a car ne de uma ov elha.
Ele a co meu e fico u tão terr iv elment e do ent e que seu tó rax
por fi m est av a gr ande de uma fo r ma anor mal.
De sde ent ão , aqueles que são nas cido s par a est e I fá sempr e ter ão
o tó r ax ext r ao r dinar iament e gr ande.

T abu : A queles que são nasc ido s por O dù O bar ameji não devem co mer car ne de o velha.

7 – 4 (t r adução do ver so )

O g ig if’ o ju- ir an-wo ’ le co nsult o u I fá par a At aper e,


a filha de O wa-O lo fin.
F o i pedido à ela par a fazer um sa cr ifí cio de
o g i-or i (ban ha de ò rí pur a), o jo -o wu (m uit a lã de algo dão ), e uma
o velha.
Ela o bedeceu e sacr ifi co u.
F o i ent ão asseg ur ado à ela que ela ter ia muit o s filho s.
Ela est av a tendo sei scent as cr ian ças to do s o s dias
apó s ela t er co mido o remédio de I fá co zinhado par a ela.
F o lhas de I fá: C o zinhe og i- or i co m fo lhas biyenme, cr av o s, e ir ug ba;

22
t rit ur e junt o co m o utr o s ingr edient es par a fazer uma so pa
par a ser co mida por ela.

Do mes mo mo do , est e r emédio po de ser co zinhado par a client es par a quem est e I fá
se ja lançado e que já tenha m r ealizado o sacr ifí cio pr escr it o po r I fá .

Orác ulo 8

Okanranmeji

Est e Odù sig nif ica pro blema s, caso s tr ibuna is, so fr imento s e más vibr açõ es.
F ilho s des se O dù, ir ão sempr e acer t ar em cheio po r fazer em ou dizer em o que é
ex at ament e cer to . A s pes so as pensa m fr eqüent ement e que o s filho s des se O dù
são agr es sivo s e mando nas dev ido a eles tent ar em pr ev alecer apesar de to do s as
pro ba bilidades. Em muit as sit ua çõ es ele s ir ão se r ebelar co ntr a as co nven çõ es
da so ciedade e co nseq uent ement e cr iam pr o blemas par a eles mes mo s. Pro penso s
a infec çõ es, o s filho s des se O dù dev em t o mar cuidado co m s ua saúde de fo r ma a
não se t or nar em doen ças cr ô nica s.

O bser v ação o cident al: É ho r a de co mpro met er - se a aliv iar pro ble mas.

O kanr anmeji é o oit avo Odù na or dem inalter áv el de Ò r únmì là. Se O kanr anmeji é
lança do par a um client e, I fá diz que o cl ient e est á so fr endo po r falt a de filho s,
dinheir o , e o ut r as co isa s bo as da vida. M as se o client e cr er em Òr únmì là e c ult uar I fá ,

23
t o do s o s seus pro blema s ser ão reso lv ido s. Par a vencer o s inimig o s e t er co ntr o le so br e
t o das as difi culdade s, o client e t er á que o fer ecer sa cr ifí cio s à Sà ngó e Ès ù.

8 – 1 (t r adução do ver so )

O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je, O bur ok o s’ eje


fo r am aqueles que co nsult ar am I fá
par a o po vo na cida de de O wá.
F o i dit o a eles que fize ssem sacr ifí cio de maneir a que
um estr anho fo sse feito r ei.
Q ualquer co isa que o Babala wo quise sse ser ia o sacr ifí cio .
Eles at ender am o co nselho e o fer ecer am o sacr ifí cio .

8 – 2 (t r adução do ver so )

O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je, O bur ok o s’ eje fo r am aqueles que div inar am I fá par a Sak ot o
quando ele ia par a a cidade de O wa.
F o i or ient ado a ele que sa cr ificas se uma po m ba, uma ov elha e tr ês bo lo s de feijão .
Ele at endeu ao co n selho e fez o sacr ifí cio . O s Babala wo o aco nselhar am ainda a co mer
o s bo lo s de feijão e não dá- lo s par a Ès ù. Enquant o ele par t ia em sua jo r nada, ele
lev av a o s bo lo s de fei jão co nsigo . Ele enco nt ro u o pr imeiro Èsù e disse, “Se eu des se a
v o cê est e bo lo de feijão , vo cê far ia a chuv a me at ing ir at é que eu cheg as se à cidade de
O wa.” Ent ão ele mesmo co meu o bo lo de feijão e pro sseg ui u.
Ele pas so u pelo seg undo Ès ù, est ico u sua mão co m u m bo lo de feijão par a Èsù , e
r epet iu o que hav ia dit o par a o pr imeiro . Ent ão ele co meu o bo lo de feijão . Ele fez a
mes ma co isa co m o t er ceir o Èsù .
Enf ur ecido , o t er ceir o Ès ù fez co m que a chuv a at ing is se Sako t o at é que ele cheg as se à
cidade de O wa.
O s Babala wo hav iam pr edit o que e pr ó x ima pesso a a ser inst alada co mo r ei da cidade
de O wa cheg ar ia bast ant e mo lhada pela ch uv a. O s habit antes de O wa fizer am dest e
est r anho enchar cado [pela ch uv a] seu rei.

8 – 3 (t r adução do ver so )

24
M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- ig bo (r ei da flo r est a).
M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- odan
quando eles iam seduzir Ew u, a espo sa de I ná (fog o ).
F o i or ient ado à eles que sacr ifica ssem um feix e de g iest a e fo lhas de I fá (e smag ar
fo lhas renr en na ág ua), u ma g alinha e um tecido pr et o .
O lu- odan se recu so u a fazer o sacr ifí cio .
Ele disse: não na pr esença de seu Esu su o ni’ g ba- o fo n, War iwa o ni’ g ba, e Iy or e oni- g ba-
it er e (ba st ão mág ico ).
O lu- ig bo fo i o único que realizo u o sacr ifí cio .
U m dia, Ew u, espo sa de I ná, deix o u a casa de seu espo so par a ir na casa de Olu -o dan.
I ná se pr eparo u e fo i par a a casa de Olu -o dan par a resg at ar sua espo sa.
Q uando cheg o u lá, ele g rito u alt o o no me de s ua espo sa: Ewu, Ew u, Ew u.
I ná queimo u Esus u o ni’g ba -o fo n, War iwa oni’ g ba- ida, e Iy or e o ni’ g ba- it er e.
Ew u ent ão co rr eu par a O lu- ig bo , que t inha r ealizado o sa cr ifí cio .
I ná fo i at é lá e gr it o u: Ew u, Ewu, Ewu.
O lu- ig bo ent ão asper g iu o remédio de I fá so br e I ná tal co mo in str uí do pelo Babalawo .
Ele r ecito u tr ês v ezes: Mo daa per e o se per e.
O fog o (I ná) se ex t ing uiu, de fo r ma que Ew u est av a dispo nív el par a O lu-ig bo .
O lu- ig bo , a flo r est a densa, ainda ho je ret ém a escur idão que ele sa cr ifico u.

8 – 4 (t r adução do ver so )

O k it ibir ik it i fo i quem co nsu lto u I fá par a O lu


quando ele t inha apenas um filho .
F o i or ient ado a ele par a sacr ificar
uma ov elha br anca sem qualquer po nto negr o ,
uma cabr a nov a, e um bo de.
F o i asseg ur ado a ele que seu filho ún ico se t or nar ia do is.
Ele at endeu ao co nselho e r ealizo u e sacr ifí cio .
Em br ev e, seus filho s se to r nar am do is.
De sde ent ão , est e O dù t em sido chamado Ok anr anmeji .
Q ualquer um par a quem est e I fá fo r lançado sempr e
t er á um filho a mais.

25
Orác ulo 9

Ogundameji

Est e O dù adv ert e co ntr a br ig as, disput as e ho st ilidades iminent es. Dur ant e uma
sessão de div inação , se esse O dù apar ece par a uma pesso a ela dev e ser av isada
par a ter c uidado co m t raido res o u amigo s eng anador es. I fá diz que a pes so a
dev e ter co nfiado em alg uém indig no de co nfian ça. Se o client e est á em bat alha
co m pr o blemas finan ceiro s e opo sição de inimigo s, est e Odù diz que a pesso a
dev e o fer ecer o sa cr ifí cio cer to a Ò g ún e t ambém aplacar a sua cabe ça ( Or í ) par a
que t enha êx it o e pr o sper idade.

O bserv ação o cident al: O client e est á so br ecar r eg ado co m t rabalho e pr o blemas
pesso ais de o ut r as pesso as.

Na or dem de Ò r únmì là, o O dù Og undame ji o cupa o no no lug ar . Ele é o O dù que


encar na Òg ún , o deus do fer ro e da g uerr a. A maio r part e do s filho s de Og undame ji
são ador ado r es de Òg ún , que são reco nhecido s po r seu po der , cor ag em e t alent o s
cr iat iv o s. C o m sua s habi lidades imag inat iv as in co muns eles abr em por t as e cr iam
o por t unidades de empr eg o par a o s o ut ro s. Pes so as encar nadas por O g undameji são
sempr e aben ço adas co m muito s filho s.

26
9 – 1 (t r adução do ver so )

A lag bar a ni nso k un A de fo i quem co ns ulto u I fá par a Ò g ún .


F o i or ient ado a ele sacr ifi car um alfan je, um galo e um inhame assa do .
I fá dis se que o alfan je ser ia a chav e par a a pr o sper idade de Òg ún .
Ele dev er á sempr e ca minhar co m ele ju nto .
F o i pedido à ele que co messe o inhame.
Ele o co meu.
Q uando ele fico u co m sede, ele fo i beber ág ua do rio .
A pó s beber a ág ua, ele v iu duas pesso as
br ig ando po r causa de um peix e que elas hav iam pescado .
Ò g ún o s aco nselho u a ser em pac ient es e disse
que eles dev er iam ir par a ca sa e div idir o peix e.
Eles se r ecusar am.
O pr imeir o ho mem dis se que ele v eio do lest e
e o seg undo ho mem dis se que ele v eio do oest e.
A pó s o uv ir as sua s descul pas, Ò g ún pego u o alfan je o qual lhe fo i or ient ado par a
sempr e po rt ar co nsigo e par t iu o peix e em do is par a eles.
O pr imeiro ho mem o ag r adeceu e pediu a ele que abr isse uma t rilha de lá at é a cidade
o nde r esidia.
O ho mem pro met eu enr iquecer a v ida de Òg ún se ele at endes se o seu desejo .
O ho mem g ar ant iu a Ò g ún que ele t ambém r eceber ia co isas valio sas que ir iam elev ar
s ua co nfian ça.
O seg undo ho mem ig ualment e agr adeceu a Òg ún e fez u m pedido similar .
Ò g ún co ncor do u em fazer t al co mo eles pedir am.
Ò g ún tem sido sempr e chamado de Og undame ji desde o dia em que ele div idi u um
peix e par a dua s pes so as que est av am br ig ando .

9 – 2 (t r adução do ver so )

A go go - o wo - ko seif’ apo ko si co nsult o u I fá par a Olo fin


quando O lo fin A jalo r un est av a pr o po ndo env iar se u filho ,
Ò g ún , ao mu ndo par a abr ir o ca minho da v ida.
Ò g ún fo i av isado de que ele ser ia incapaz de c umpr ir
a t ar efa dev ido à po sição inflex ív e l do mundo .

27
M as ele dev er ia r ealizar sa cr ifí cio co ntr a a saúde pr ecár ia
e a mo rt e sú bit a: um car neir o e u m úni co elo de co rr ent e.
Ele fez o sa cr ifí cio .
Eles disser am: U m ún ico elo nunca quebr a.

9 – 3 (t r adução do ver so )

O keleg bo ng bo -as’ o fun- kilo co ns ulto u I fá par a Ò g ún .


À ele fo i g ar ant ido que se ele pudes se r ealizar
sa cr ifí cio , ele jamais mor r er ia.
O mundo int eiro sempr e ir ia pedir
à ele par a ajudá- lo s à r epar ar seus mo do s de vida.
M as nenh um deles ficar ia a seu lado par a r eso lv er
o s seu s pr ó pr io s pro blema s.
Q uatr o car neir o s, quat ro bo des, e quatr o cabaça s co ber t as devem
ser o fer ecido s em sacr ifí cio .
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio em cada um do s quat ro cant o s
do mundo .

9 – 4 (t r adução do ver so )

I ko ko - I di -s’ ak un- ber e co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là.


F o i pr edito que sua espo sa dar ia
a luz à tant o s filho s que ele não
o s co nhecer ia a t o do s.
Ele fo i po rt anto o r ient ado a sacr ifi car uma
Galin ha d’ A ng o la e duas mil búz io s.
Ò r únmì là fez o sacr ifí cio .
A lar e é o no me pelo qual chama mo s o pr imo g ênito de Ò r únmì là.
A inda ho je, nó s o uv imo s as pesso as dizer em: o mo A lar e (o filho de
A lar e — pr o pr iet ár io ).
Q ualquer um par a quem est e I fá seja div inado dev er á ter muit o s filho s.

28
Orác ulo 10

Osameji

Est e é um O dù que sig nifica falt a de co r ag em e f ug a de br ig as o u o po siçõ es.


F ilho s desse O dù r ealizam uma gr ande quant idade de viag ens, o u a negó cio s o u
por pr azer . Eles cr es cem e t or nam- se bo ns admi nist r ado r es se eles g est am o s
neg ó cio s do s o utr o s. C o mo eles são facilme nt e amedr o nt ado s, eles não ir ão
co rr er ris co s.

O bser v ação o cident al: O client e encar a mudança ine sper adamente em

t ranst o r no s tant o no ser v iço quant o no s relacio nament o s .

O sameji é o déci mo Odù na or dem fix a de Ò r únmì là.


O dù O sameji reit er a a nece ssidade por aux í lio espir it ual co nt r a mau s so nho s e
feit iceir as que int er fir am co m o so no da pesso a. Dev er ão ser r ealizado s sacr ifí cio s
apro pr iado s par a sat isfazer o s feit iceir as (a je) e par a asseg ur ar a pr ot eção nece ssár ia.
A dicio nalment e, se O sameji é lançado par a um client e, I fá diz que o clie nt e t em
inimig o s que est ão planeja ndo pr ej udicá- lo . Se o client e realizar sacr ifí cio a Sàng ó , ele
g anhar á for ça aument ada e ev ent ualment e v encer á o s inimigo s.
A queles encar nado s por est e O dù tendem a se des co nt ro lar o u lhes falt am limit es.
M uito es for ço é ex ig ido par a capacit á- lo s a se co ncent r ar no que est ão fazendo o u par a
que eles se apliquem dilig entement e em se u t rabalho .

29
10 – 1 (t r adução do ver so )

K asa k aja- kat et esa co nsult o u I fá par a Eji- O sa.


Eji -O sa est av a indo à I fe par a um pro jet o .
F o i dit o à eles que est es ser iam amedro nt ado s por
alg o que po der ia ev it ar sua r ealização do pr o jeto .
Po r est e mo t ivo eles dev er iam sacr ifi car
um car neir o e uma pedr a de r aio .
Eles se r ecusar am a fazer o sacr ifí cio .
Q uando eles cheg ar am a I fe , uma lut a aco nt eceu.
Eles tent ar am resi st ir mas não puder am e tiv er am que fug ir .
De sde aquele dia, as duas pesso as que
fug ir am t em sido cha madas de O sameji .

10 – 2 (t r adução do ver so )

I g bin k o y a palak a esse co ns ulto u I fá par a uma O sa


quando ela est av a per amb ulando pelo mundo so zinha.
F o i dit o à ela que ela enco ntr ar ia um par se ela fizesse sacr ifí cio :
dua s po mbas, do is car acó is, e r emédio de I fá
(mo er fo lhas de biy enme e co zinhá-las co m o vo s de g alinha) par a ela
co mer .
Ela o bedeceu e fez o sacr ifí cio .
Q ualquer um par a quem est e I fá é div inado t er á muit o s filho s.

10 – 3 (t r adução do ver so )

O kan- ateg un- ko se- ir o de’ le


co ns ulto u I fá par a
Ò r únmì là quando ele est av a pr o po ndo se ca sar co m O luy emi,
a filha de O lo fin.
F o i dit o que se ele ca sas se apenas co m Oluy emi, sua ho nr a ser ia
g rande.
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as e t rês mil e duzent o s búzio s.

30
É aco nsel háv el a qualquer um par a quem est e I fá se ja div inado se casar co m uma e
apenas uma m ulher .

10 – 4 (t r adução do ver so )

O liy enmey enme co nsult o u I fá par a A ja.


F o i or ient ado a ele sacr ifi car
do is car acó is e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de t et er eg un
na ág ua, ent ão quebr ar a po nt a da co ncha do car aco l e deix ar o lí quido fluir dentr o do
pr epar ado ).
Ele dev er ia se banhar co m o remédio par a se acalmar .
A ja se recu so u a sa cr ificar .
Ele dis se que sua saliv a er a sufi cient e par a saciar sua sede.
I fá dis se: O client e par a quem est e I fá é lançado não est á go zando de bo a saúde.

31
Orác ulo 11

Ikameji

Est e Odù sig nif ica muit as pr eo cu paçõ es e por t anto pede po r mo der ação . Co m o
co rr eto sa cr ifí cio é po ssí v el ex er cer co nt ro le. F ilho s desse O dù est ão sem pre
cer cado s por pesso as que são pr edispo st as a impor do r ao s o ut ro s o u que t em
pr azer no so fr imento do s out ro s. Eles t êm que est ar co n st ant ement e pr ev enido s
dev ido a eles não po der em co nt ar co m fa mí lia o u amigo s par a aj udar .

O bser v ação o cident al: Es se é um bo m mo mento par a co ncepção .

O dù Ik ameji o cupa o déci mo pr imeiro lug ar na o rdem fix a de Ò r únmì là. U ma pesso a
ir á sem pre co lher o que planto u. O s filho s de I k ameji neces sit am pr o piciar s uas
ca beças (or i) fr eqüent ement e de fo r ma a fazer as esco lhas cor r et as.
Se I k ameji é lançado par a um client e, I fá diz que est e enfr ent a difi culdade s. O client e
t em inimigo s ci ument o s que est ão t ent ando blo quear sua s opo rt unidade s. Ele o u ela
est á so fr endo co m a falt a de filho s co nfiáv eis e co m nece ssidade s finan ceir as. M as se o
client e realizar os sacr ifí c io s apr o pr iado s par a I fá e Òg ún , ele ou ela t er á
o por t unidades ilimit adas par a se t or nar pr o dut iv o (a) e bem su cedido (a).

11 – 1 (t r adução do ver so )

O dan-g eje awo A t a-nde co ns ulto u I fá par a Ey in (fr ut o da palmeir a).


Ele fo i o r ient ado a fazer sacr ifí cio por ca usa de abo rr eci mento s:
um galo e qualquer co isa

32
que o Babala wo esco lhes se t er co mo sacr ifí cio .
Ey in dis se que, co m a mag ní fi ca co ro a em s ua cabe ça,
ele jamai s admit ir ia ir à qualquer Babalawo par a fazer sacr ifí cio .
Ele se recu so u abr upt ament e a fazer sacr ifí cio .
I fá diz: Q ualquer um par a quem est e
I fá fo r div inado est ar á co m pro blema s.

11 – 2 (t r adução do ver so )

Et use sefi’ nu- ig bo se’ le, Oniwak awak afi’ n u-isa se ‘ budo
quando aquele s que co ns ult ar am I fá par a Bar a Ag bo nnir eg un,
que est av a indo a I fe par a co meçar u m part o .
F o i dit o a ele par a sa cr ificar do is g rão s de milho e dua s g alinhas.
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .
Ele plant o u o milho , o qual
ele co lheu quando fico u maduro par a pro piciar s ua cabe ça (o r i).
Eles disser am: A quele que cor to u duas fo lha s (palha s) de milho par a
deifi car sua ca beça dev er ia ser cha mado Ik ameji .
Q ualquer um par a quem est e Odù é div inado t er á muit o s filho s.
o u se to rnar á bem s ucedido no mundo .

11 – 3 (t r adução do ver so )

O jo jo se- idibere co n sult o u I fá par a Òr únmì là


quando s ua espo sa est av a pr estes a co met er adult ér io .
F o i pedido a ele par a sacr ifi car
dua s cabe ças de co br a e uma cor da de escalar
par a ev it ar que as pesso as seduzi ssem sua espo sa.
Ele seg ui u o co nselho e realizo u o sacr ifí cio .
O ye e O wor e er am r iv ais de Òr únmì là.
Eles er am in capazes de seduzir a espo sa de Ò r únmì là por que
Ò r únmì là t inha realizado o sacr ifí cio .
A espo sa de Ò r únmì là se c hama O pe.

11 – 4 (t r adução do ver so )

33
O mipensen -ako dun -k or o co nsult o u I fá par a Òg ún
quando ele ia at acar a cidade de seu inimig o .
F o i or ient ado a ele sacr ifi car
um pequeno barr il de v inho de palmeir a, um inha me assado , e azeit e-de- dendê.
Ò g ún se r ecuso u a fazer o sacr ifí cio .
O s Babala wo s dis ser am: I fá diz que ele ser á
env enenado lá antes de vo lt ar par a casa po r que
ele se recu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr escr ito .
Ele fo i lá, lut o u, e v enceu a bat alha.
Em seu cam inho de vo lt a par a ca sa,
um de seus ho mens lhe o fer eceu um pedaço de
inhame assado , que ele co meu.
O inhame g r udo u em
s ua g ar g ant a e ele fi co u incapa cit ado de eng o li-lo .
Po r fim, ele não co nseg uia falar .
Se vo cê falar co m ele,
ele usar á s ua cabe ça e sua s mão s par a
art ic ular suas respo st as at é ho je.

34
Orác ulo 12

Oturuponmeji (Ologbonmeji)

A car act er í st ica mais impor t ant e das pesso as na scida s nest e O dù é a
per sist ência. Eles são v igo ro so s e reso lut o s e ir ão mo str ar det er minação apesar
de t rat amento r ude.

O bser v ação o cident al: Q uest õ es r elacio nadas ao s fil ho s est ão na mesa .

O t ur upo nme ji , també m chamado de O lo g bo nmeji, é o décimo seg un do O dù pr inci pal


na or dem inalt er áv el de Òr únmì là. Est e O dù simbo liza a cr iação de filho s. Par a t er
filho s saudáv eis e bem co mpo rt ado s, O t ur upo nme ji diz que é necessár io o fer ecer
sa cr ifí cio s ao s eg ung un (ant epas sado s) e a Or isa- nla. O s filho s de Ot ur upo nmeji
t endem a se to rnar em co mplacent es. Par a to mar decisõ es sábias, eles dev em o uv ir e
r espeit ar as opiniõ es de seus pais e o s po nto s de vist a do s mai s v elho s em ger al.
O s filho s de O t ur upo nme ji têm for ça par a s upor t ar as neces sidades o u a dor .
C o nsequent ement e, eles se to r nam demasiado impr udent es, teimo so s, e fa cilment e
co nf uso s. Se for par a eles per mane cer em co ncent r ado s e não per der em suas po si çõ es
na v ida, dev er ão ser feit o s esfo r ço s per sist ent es par a pro piciar sua s cabeça s (or i) e
sa cr ifí cio s a I fá r eg ular ment e.

12 – 1 (t r adução do ver so )

O kar ag ba co nsult o u I fá par a Eji- Og e


quando eles est av am pr est es a des cer par a I fe .
F o i pr edito que ambo s
ir iam se so br es sair em I fe .
F o i pedido a eles par a sa cr ificar dezessei s car acó is, dezesseis tart ar ug as,

35
dezes seis pedr a de r aio s (do is de cada é sufi cient e),
e fo lhas de I fá (fo lhas de ok unpale e abo - ig bo o u ag bo sawa e
o utr o s co ndiment o s, par a ser em mo í do s e co zinhado s co mo so pa e
dado s ao client e par a co mer ; qualq uer um que dese jas se usar
o remédio par a pr o sper idade t ambém po der ia co mê-lo ).
A pó s co mer o r emédio ,
o client e dever á depo sit ar o s
edun -aar a (pedr a de raio s) so br e seu I fá .

12 – 2 (t r adução do ver so )

Elul use’ diber e co ns ulto u I fá par a O lo fi n,


Q ue ia se casar co m Pupay emi,
uma jov em garo t a do lest e.
F o i or ient ado a ele sacr ifi car duas cabr as.
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .
F o i dit o a ele que ele ter ia apenas do is filho s
do casa mento mas que o s do is dev er iam ser bem tr at ado s
por que eles ser iam g randes na v ida.
Tam bém fo i declar ado que o s do is fil ho s que fo r am bem t r at ado s em I fe
dev er iam ser cha mado s de O ge- meji.

12 – 3 (t r adução do ver so )

A g ba-ig bin- f’ idijelu co nsult o u I fá par a O do .


F o i dit o a ele que est e sempr e enco ntr ar ia um as sent o (lug ar )
o nde quer que ele fo sse mas que sua impr udên cia o mat ar ia.
O sacr ifí cio : u m car aco l, uma sement e de piment a-da- co st a,
Do is mil e duzent o s búzio s, e fo lhas de I fá
(mo er fo lhas de g beg i co m a piment a- da-co st a,
fer ver o car aco l, e co zinhá -lo s j unto s;
est e r emédio dev e ser dado ao client e par a co mer o u par a
qualq uer o utr o que queir a usá -lo ).

36
O do seg ui u o co nselho e fez o sacr ifí cio .
O remédio de I fá fo i co zinhado par a ele tal co mo des cr it o acima,
de fo r ma que ele pudes se est ar seg ur ament e as sent ado .
C o mo o g beg i é pr o fundame nt e enr aizado , O do sempr e
est ar á fir mement e assent ado em qualquer lug ar .

12 – 4 (t r adução do ver so )

K asak aja K at et esa co ns ulto u I fá par a O ge.


F o i pedido à ele fazer sacr ifí c io de mo do a
ser cui dado so .
Banha de òr í e azeit e-de- dendê
dev er iam ser o fer ecido s co mo sacr ifí c io .
Ele se recu so u a fazer sacr ifí cio .
Se ele tiv esse feit o o sacr ifí cio , o remédio de I fá
(mi st ur a de banha de ò rí e azeit e-de-dendê)
t er ia sido pr epar ado par a ele esfr eg ar em
seu cor po por que: “A o meio dia o azeit e-de- dendê est á aler t a.
Est a é a r azão de s ua v ida lo ng a.
A o meio dia a banha de ò rí est á v ig ilant e.
Est a é a r azão da s ua habili dade de v iv er at é a v elhice.”
O ge é o no me de Odo (pilão ).

37
O rác ulo 13

Oturameji

Est e O dù s ug er e paz ment al e liber dade de to das as inquiet açõ es (ansiedades ).


F ilho s dest e O dù são meig o s e mo der ado s em car át er .

O bser v ação o cident al: Est e é o mo mento par a nov o s su ces so s em negó cio s e
r elacio nament o s.

O t ur ameji é o déci mo ter ceiro O dù na o rdem fix a de Òr únmì là.


A s pes so as nas cidas so b Ot ur ameji ser ão bem su cedidas no s negó cio s, par t icular ment e
na ar te de co mpr ar e vender . É impor t ant e sat isfazer Ès ù fr eqüent ement e po r cau sa
daquele s que t rair ão sua co nfia nça o u plane jar ão eng anar s ua famí lia. O s filho s de
O t ur ameji pr eci sam apr ender a reserv ar um t empo par a des cansar e não dis sipar suas
energ ias at é o ex t remo de so fr er um co lapso fí si co o u ner vo so .
Se Odù O t ur ameji é lançado par a um client e, I fá diz que o clie nt e tem inimig o s que o
t or nar am uma pes so a impr udent e. Da mes ma maneir a que ele é po bre, ele não t em
espo sa nem r elacio namento s familiar es. Ele dev er ia t ão rápido quant o po s sív el

38
o fer ecer sa cr ifí cio . O t ur ameji diz que ele dev er ia fazer sacr ifí cio à Ò g ún , Yemo nja, e
I fá. Ele dev er ia ent ão ser capaz de vencer se us ini migo s, ganhar alg um dinheir o , e
final ment e ter uma espo sa e filho s.

13 – 1 (t r adução do ver so )

A r ug bo - nla niise or i feg unfeg un co n sult o u I fá par a Ot u


quando ele ia par a I fe fazer t rabalho de div inação .
F o i dit o a ele par a sa cr ificar
dua s beng alas [de camin hada] e dua s o velhas.
F o i dit o a ele que ele não reto r nar ia lo go .
O t u realizo u o sacr ifí cio
e per maneceu po r um lo ngo t empo .

13 – 2 (t r adução do ver so )

(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là
quando ele ia des co br ir e est abelecer uma cidade.
F o i dit o a ele par a sa cr ificar
um gr upo de for mig as -so ldado (o wo ijamja ), sa bão neg ro ,
quar ent a búzio s já prepar ado s em um cor dão no escur o ,
um pedaço de pano br anco , e uma árv or e o dan.
Ò r únmì là atendeu ao co nselho e fez o sacr ifí cio .
O s Babala wo s aco nselhar am Òr únmì là a plant ar a ár vo r e Odan
nu m mat ag al e amar r ar as búzio s nela.
Ele dev er ia lav ar se u co r po co m o sabão neg ro pr epar ado co m fo lhas de Odan e
car r eir as de for mig as.
Ele dev er ia u sar o pano br anco par a se co br ir .
Se est e I fá encar na alg uém, dev e ser dito à est e alg uém par a fazer da mesma for ma.
O s Babala wo s dir iam a ele co m seg ur ança que o lug ar
o nde ele planto u a ár vo r e odan tal co mo descr it o acima
ev ent ual ment e se to r nar ia um mer cado .

13 – 3 (t r adução do ver so )

39
O k it i- og an-af’ idij’ ag o co nsult o u I fá par a Ot u.
F o i dit o a ele par a o fer ecer
dua s t ar t ar ug as de mo do a se t or nar rico .
O t u o uv iu e fez o sa cr ifí cio .
O s Babala wo s adv er t ir am Ot u par a não mat ar as t ar t ar ug as
mas par a vendê-las. Por meio de um sor t eio , ele dev er ia
decidir o nde ir par a v endê-las.
Q uando ele cheg o u na cidade, fo i o fer ecido à ele o it ent a bo lsas
de dinheir o pelas t ar t ar ug as.
Ès ù aco nsel ho u Ot u à não aceit ar o pr eço .
Ès ù est á sempr e a fav or de qualquer pes so a que r ealize sacr ifí cio s.
Q uando o pr eço fo i elev ado par a vár ias cent enas de bo lsas
de dinheir o , Èsù o aco nsel ho u a aceit ar a ofert a.
Eis co mo Ot u se to rno u r ico .
O s Babala wo s dis ser am: O dia que Ot u co mpr o u duas t ar t ar ug as
dev er ia ser chama do Ot ur ameji .

13 – 4 (t r adução do ver so )

(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i dit o a ele par a r ealizar sa cr ifí cio de mo do
que ele pude sse go ver nar s ua cidade adequadament e.
Ò r únmì là disse: “Q ual é o sa cr ifí cio ?”
O s Babala wo s dis ser am: Seis est eir as, seis pena s de papag aio , sei s ca br as,
e mil e duzento s búzio s.
F o i dit o a ele que pesso as de to da part e do mundo v ir iam
par a ho nr á- lo so br e a est eir a.
Ò r únmì là realizo u o sacr ifí c io tão rápido quant o po s sí vel,
e pes so as de t oda part e do mundo v ier am par a ho nr á-lo so bre a
est eir a tal co mo pr edit o .
De sde aquele dia, o s Babala wo s t em se sent ado so br e a est eir a par a
r ealizar div inação de I fá .

40
Orác ulo 14

Iretemeji

Est e Odù diz que pag a par a se inclinar par a co nquist ar . Hu mildade é uma
v ir t ude muit o impo rt ant e. Est e O dù av isa co ntr a int r ig as e inimig o s que est ão
t ent ando despa char pro nt ament e no s sas chance s de su ces so na vida.

O bser v ação o cident al: Est a pesso a mar cha pelo seu pró pr io t ambor e t em
pro ble ma em su bmet er - se.

Na o r dem fix a de Òr únmì là, O dù I ret emeji o cupa a décima -quar t a po si ção . Est e O dù
pede por t ot al dedica ção a I fá. To do s o s filho s de Ir et emej i dev em ser dev ot o s de
Ò r únmì là. A s cr iança s do sexo masc ulino dev em ser inicia das par a se to r nar em
Babala wo s. Se as cr iança s cr er em em I fá , Òr únmì là co nceder á a elas bo a sor t e par a
dinheir o , espo sas, filho s, v ida lo ng a, e feli cidade.
De t empo s em t empo s eles dev er ão pro pi ciar sua s cabeça s (or i) de mo do a ev it ar
est r esse emo cio nal o u humilha ção po r fo r ças maléfica s. Se Ir et emej i for lançado par a
um clie nt e que est iv er do ente, I fá diz que par a uma r ápida r ecuper ação o client e
dev er á r ealizar o s sa cr ifí cio s co rr e to s a O baluwaiy e (Sa npo nna) e ao s feit iceir o s (a je).
O s filho s de I ret emeji dev er iam apr ender a r elax ar , por que é fácil par a eles ficar am
fat ig ado s, abor r ecido s, e impa cient es quando est ão so b pr essão .

41
14 – 1 (t r adução do ver so )

O kan awo Oluig bo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là


quando ele est av a indo par a I fe .
F o i dit o a ele que qualquer pes so a que ele inicia sse não mor r er ia jo v em.
F o lhas de t et e e duas po mbas dev em ser sacr ifi cadas.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .
O tet e fo i amassa do na ág ua par a ser usado par a lav ar sua
ca beça.

14 – 2 (t r adução do ver so )

A da-ile- o -muk ank an co nsult o u I fá par a Ir en


quando ele ia ini ciar do is filho s de Olo fin.
F o i dit o a ele par a fazer sacr ifí cio .
Ele seg ui u o co nselho e fez sacr ifí cio .
F o i asseg ur ado a ele que qualquer pesso a que ele ini ciasse não mo rr er ia
jo v em.
O dia que I ren inicio u dua s pesso as que não mor r er am dev e ser
cha mado Ir e-t e-meji.

14 – 3 (t r adução do ver so )

O dan-ab’ o r ipeg unpeg un co nsult o u I fá par a Ak o n (o car ang uejo ).


F o i dit o a ele que ele nun ca ir ia se aco st umar co m as pesso as
no mer cado mas se ele quises se co rr ig ir est a falha em si mesmo , ele
dev er ia sa cr ificar um po t e de azeit e (at a- epo ) e um x ale.
A ko n se re cu so u a fazer o sacr ifí cio num dia de mer cado .
A ko n equili bro u seu po te de azeit e-de- dendê na sua cabeça.
Q uando ele tent o u se embr ul har co m seu x ale,
o pot e caiu de sua cabeça e

42
o azeit e man cho u s uas r o upas.
O azeit e- de-dendê que man cho u o cor po
de A ko n naquele dia per mane ceu na s sua s co st as at é ho je.
Se qualquer um na scer por est e I fá,
est e dev er ia ser adver t ido a nun ca u sar um x ale
par a co br ir seu cor po .

14 – 4 (t r adução do ver so )

A dilu- abidis umu sum u co ns ulto u I fá par a O luwer i,


que est av a indo co mpr ar A ko n (o car ang uejo ) co mo um escr avo .
F o i dit o a ele que se ele co mpr asse o es cr av o ele jamais
pr ecisar ia das pesso as.
U ma ba cia nov a, uma cabr a, e efun dev er iam ser usado s
co mo sacr ifí cio .
O luwer i o bedeceu e realizo u o sacr ifí cio .
A ko n t ev e muit o s filho s.
O luwer i co mpr o u inicial ment e escr av o s hu mano s.
Eles o dest r at ar am e o abando nar am.
A penas o car ang uejo (A ko n) per mane ceu co m ele.
C o lo que o efu n na bac ia nov a e o fereça a cabr a à ela.

43
44
Orác ulo 15

Osemeji

Est e O dù impli ca em v itó r ia so br e inimigo s e co nt r o le so br e difi culdade s.

O bser v ação o cident al: Est e é o mo mento de incer t eza o u de mudan ça de


co ndi çõ es em negó cio s e relacio nament o s. É um bo m mo ment o par a amo r e
dinheir o .

O semeji é o déci mo -quint o Odù na or dem inalt er áv el de Ò rúnmì là. Se o s sacr ifí cio s
co rr eto s fo r em ex ecut ado s, o s filho s de O semeji viv er ão at é uma idade lo ng a, desde
que eles cuidem de sua saúde. Eles t ambém dev em for t alecer sua cr ença em I fá e sua s
pró pr ias capacidade s de mo do a pr o sper ar na v ida. Par a amor , um casament o feliz, e
pro sper idade financeir a, sa cr ifí cio s adequado s dev em ser r ealizado s à O sun.
Se O semeji é lançado par a um client e, I fá diz que o client e tem muit o s inimigo s e,
par a v encer o s inimig o s, dev e o fer ecer sacr ifí c io s a Sàng ó e Ò r únmì là. A cr edit a-se que
Ò r únmì là tem eno r mes po der es par a vencer to do s o s inimig o s t anto na terr a co mo no
céu.
Em O semeji , I fá no s ensina que apenas sacr ifí c io s po dem salv ar o s ser es huma no s. A
v ida é desagr adáv el sem sacr ifí cio . F alt a de fé o u aut o -co nfia nça é se mpr e uma
t rag édia.

15 – 1 (t r adução do ver so )

Tit o ni-nk un’ le t i-nm uk’ awo t o co nsult o u I fá par a Ar ug bo (o s ido so s).
F o i pedido a eles par a sa cr ificar em
uma galinha, uma gaio la cheia de alg o dão , e dezes seis pedaço s de g iz (efun )
de mo do que eles pude ssem alcançar uma idade av ançada entr e o s o dùs.
Eles seg uir am o co n selho e sacr ificar am.
Eles viv er am at é env elhecerem co m cabelo s gr isalho s.
Q ualquer um que env elheça co m cabelo s gr isalho s
entr e o s o dùs dev e ser chamado Ag bameji (o s do is anc iõ es).

45
15 – 2 (t r adução do ver so )

O sek esek e (aleg r ia) co ns ult o u I fá par a A je (r iqueza ).


F o i dit o a ela que o mundo int eir o est ar ia sempr e em sua bus ca.
Ela per g unto u, “Q ual é o sacr ifí c io ?”
F o i dit o a ela par a sa cr ificar t oda co isa co mest ív el.
A je seg ui u o co nselho e sacr ifi co u.
O mundo int eiro est á feliz po r est ar em bu sca de A je.

15 – 3 (t r adução do ver so )

A k uko fi Og be o ri r e se ina co n sult o u I fá par a A je (r iqueza ).


F o i dit o a ela par a sa cr ificar
qualq uer anima l mor t o sem [u so de] uma faca (ek ir i apadafa)
de mo do a co nduzir uma vida t ranquila.
A je se recu so u a sa cr ificar .
Po r causa de sua recu sa, at é o dia de ho je
A je nu nca se fix a em um lug ar .

15 – 4 (t r adução do ver so )

O luwe weg be’ nu-ig bo -t efa co ns ulto u I fá par a Eji -o se quando


ele est av a indo par a a t er r a de I fe .
F o i pedido a ele que sacr ifica sse
160 r olo s de lã de alg o dão e dezes seis beng alas [de ca minhada].
Ele sa cr ifico u apenas do is de cada it em.
Enqua nto ele pro s seg uia, em seu caminho , as duas beng alas que ele sa cr ifico u
se quebr ar am, ma s ele não mor r eu.
O Babalawo dis se: De to do s o s odù s, qualquer um que quebr o u dua s
beng alas e não mo rr eu dev er ia ser cha mado de O semeji .
Po rt ant o , qualquer um na scido por est e I fá car ece de fé.
I sso é, ele v ai sempr e quest io nar o s Babala wo s.
Est a pes so a acha difí cil acr edit ar na v er dade.

46
Orác ulo 16

Ofunmeji (Orangunmeji)

Est e Odù sig nif ica bo a fo rt una. Ele pede po r paciên cia e t ransig ên cia — uma
v ida de dar e r eceber . Co m cert o s sacr ifí cio s, su ces so é gar ant ido .

O bser v ação o cident al: A s co isas est ão flui ndo .

O funme ji , també m co nhecido po r O rang unme ji, é o décimo - sext o O dù na or dem


r eco nhecida de Òr únmì là. Par a mulher es jov ens, O funme ji impli ca na po ss ibilidade de
engr av idar e dar a luz.
O s filho s de O funme ji são g ener o so s. Eles po dem não ser r ico s [de dinheiro ] mas eles
são sempr e r ico s em sabedor ia. Eles não po dem viv er o nde o ar é abafado por que eles
po dem su fo car facilme nt e. A maio r ia deles t em dific uldade em respir ar .
Par a bo a pro sper idade fina nceir a, o s filho s de O funmeji ter ão que realizar sacr ifí cio s
par a aA je o u par a O lok un.
É impo rt ant e par a eles demo nst r ar g ent ileza t anto par a estr anho s quanto par a
mem bro s de sua famí lia, e especialment e par a o s neces sit ado s e o s po br es. Se O funme ji
fo r lançado par a um client e, o client e po de est ar as seg ur ado de que t udo dar á cer to na
v iag em se ele o u ela realizar o s sacr ifí cio s pr es cr it o s po r I fá .

16 – 1 (t r adução do ver so )

O g bar ag ada co nsult o u I fá par a O dù


quando ele ia cr iar to do s o s difer ent es t ipo s no mundo .
F o i or ient ado a ele sacr ifi car
quat ro pilar es e uma gr ande caba ça co nt endo uma t ampa e uma cor r ent e.
Ele seg ui u o co nselho e sacr ifi co u.
F o i gar ant ido a ele que ning uém quest io nar ia s ua aut or idade.
A ssi m ele dev er ia ar mar o s quat ro pilar es no so lo
unido s, co lo car a cabaça so bre eles, e usar a cor r ent e par a
at ar o s pilar es às sua s mão s.
Ele o bedeceu e realizo u o sacr ifí cio t al co mo inst r uí do .
O dia em que O dù cr io u t o do s o s tipo s no mundo

47
t em sido cha mado desde ent ão O dudua
(O dù cr io u tudo o que ex ist e, O o dua, O lo dumar e).
Ele cr io u t udo o que ex ist ia na cabaça.
Nó s ( seres humano s ) est amo s t o do s viv endo dent ro da ca baça.

16 – 2 (t r adução do ver so )

A r ug bo - ile-fi- ir e- sa-k ejek eje co ns ulto u I fá par a O lo fi n


quando ele ia fazer nas cer o s dezesseis Ir únmale
(o dù s pr incipais ).
F o i pr edito que o s filho s ser iam po br es.
Se ele quises se que eles co nseg uis sem dinheir o , ele ter ia que
sa cr ificar dezessei s caba ças de far inha de milho , dezessei s ca baças
de ek ur u, dezessei s o lele (feit o de feijõ es v er melho s), e dezesseis ov elhas.
O lo fin se r ecu so u à realizar o sacr ifí cio .
Ele dis se que est av a sat isfeit o apenas po r fazer na scer as cr iança s.
Ele sa cr ifico u apenas par a si mes mo e ig nor o u as cr ianças.
Po rt ant o , o s Babalawo nun ca dev em ficar ans io so s por
j unt ar dinheir o ao inv és de adquir ir sabedo r ia e po der ao lo ng o de
s uas v idas.

16 – 3 (...)
co ns ulto u I fá par a Ejio g be e o s r est ant es dezesseis o dùs
pr incipai s.
F o i pedido a eles par a pag ar em o débit o de sacr ifí cio dev ido po r sua
mãe.
Eles se r ecusar am a r ealizar o sacr ifí cio .
Eis o po r que o s Babalawo nun ca fo r am r ico s,
embo r a eles seja m r ico s em sa bedor ia.

16 - 4
A g bag ba-ilu f’ idiko di co nsult o u par a Or ang unmeji, à quem fo i pedido sacr ifi car uma
o velha, dezes seis po mba s, e t rê s mil duzent o s búzio s. Ele seg uiu o co nsel ho e
sa cr ifico u. O Babala wo div idiu o s mat er iais de sa cr ifí cio em duas par t es, r eserv ando
met ade par a si pró pr io e dando a o utr a met ade par a Or ang unmeji par a u sar par a
pro pi ciar sua ca beça (o r i) quando ele r et or na sse par a casa.

48
A o cheg ar em ca sa, fo i dit o a Or ang un meji que sua mãe go st ar ia de v ê-lo e a seus
ir mão s mais velho s na fazenda. A ssi m, ele est av a in capacit ado de realizar o sacr ifí cio
de pr o piciar seu or i em casa. C arr eg ando o s mater iais co m ele, ele se j unt o u à seus
ir mão s mais velho s de fo r ma que t o do s pude ssem v isit ar sua mãe co mo dito . Q uando
eles cheg ar am na fr o nt eir a, o f uncio nár io da alfândeg a pediu a eles par a pag ar em uma
t ax a de alfâ ndeg a. Ejiog be, o lí der do s odù s, não tinha o s duzento s búzio s ex ig ido s, e
nenh um o utr o do s quato r ze o dùs t inha dinheir o par a pag ar . Apenas Or ang unmeji, o
déci mo -sext o Odù, t inha o dinheiro , que ele pago u por to do s eles ant es que eles
pude ssem atr av essar [a fr o nteir a] par a ir à fazenda. A ssim, quando eles c heg ar am à
fazenda, o s quato r ze odù s r est ant es decidir am t or nar a ambo s Ejio g be e Or ang unmeji
o s chefes da famí lia. Desde aquele dia, nó s sem pre chama mo s Or ang un meji de
“O funme ji ”. Desde aquele dia, fala mo s, “Nenhum I fá é maio r do que Ejio g be, e
nenh um I fá é maio r do que O funmeji .”
Po r est a razão , ao lan çar a sor t e (ibo ) na div inação de I fá , se Ejiog be o u O funmeji
fo r em lançado s, nó s sempr e decidimo s a sor t e em favo r deles.

Orác ulo 17

49
Ogbe‘Yeku

Nes se Odù so mo s aco nselhado s a usar a int elig ência ao co nt r ár io da for ça o u


co nfr o nt ação par a su per ar o bst ác ulo s ou inimig o s. Não impo rt a quanto
impo rt ant e alg uém seja, est a pesso a neces sit a o bt er e seg uir o co n selho s de um
Babala wo . Cr ença inabaláv e l em I fá ir á sempr e reco mpensar o "client e".

O bser v ação o cident al: O client e est á g er alment e dedicando m uit a ener g ia a
quest õ es t empor ais e pr eci sa se "abr ir " espir it ualment e e emo cio nalment e.

No O dù O g be’ Y ek u, O g be est á na dir eit a, r epr esent ando o pr incí pio masc ulino , e
O yek u est á na esquer da, represent ando o pr incí pio femin ino . Q uando Og be vai visit ar
co m O yek u, as t r ansfo r maçõ es result ant es dest e mo v imento são si mbo lizadas por O dù
O g be’ Y ek u. (C o mo ant er io r ment e discut ido , ex ist em 256 o dùs no si st ema I fá de
div inação : dezesseis o dùs pr incipai s e 240 ramifi caçõ es o u co mbinaçõ es de Odù. O dù
O g be’ Y ek u é o pr imeiro das co mbina çõ es de o dùs e ele o cupa o décimo - sét imo lug ar na
o rdem fix a de Òr únmì là.)

17 – 1 (t r adução do ver so )

Ek umini, Ek umini co n sult o u I fá par a Oluk ot un A jamlo lo ,


o pai de O it o lu. F o i pr ev isto que ele
ser ia g randement e fav or ecido por I fá est e ano .
Po u co depo is, Olo fin pr o cur o u por O luko t un
par a que v iesse e co ns ult asse I fá par a ele. O luko t un pediu
que disses sem a O lo fin que ele est av a incapa cit ado de v ir
imediat ament e por que ele est av a cult uando se u I fá naquele
mo ment o . Olo fin c hamo u por O luk ot un pela
seg unda vez.
O luko t un respo ndeu repet indo o que ele hav ia dito
ant es. Ele ainda est av a cu lt uando seu I fá .
O lo fin r espo ndeu e dis se, “Q ual I fá O luko t un
A jamlo lo est á cult uando ? O I fá fav or ece u a ele?”
M ais t ar de , O luk ot un A jamlo lo c hego u par a r ealizar
div inação de I fá par a Olo fin. I fá disse que não hav ia nada de

50
err ado co m O lo fin; ele apenas est av a sent indo dific uldade par a dor mir à no it e.
Po rt ant o , co mo par t e do sa cr ifí cio , ele dev er ia
co nceder à O luko t un: sua filha mais velha ado r nada co m
co nt as em seus pulso s e to rno zelo s, uma cabr a gr ande,
e quat ro mil e quat r o cento s búzio s.
O lo fin r ealizo u o sa cr ifí cio .
A ssi m que O luk ot un est av a indo par a casa co m o s mater iais do sa cr ifí cio ,
as pesso as co meçar am a ridi cular izá-lo e a O lo fin, per g unt ando ,
“C o mo po de O lo fin co nceder sua filha à est e
po br e Oluk ot un ?”. Eles ar r ancar am a bela garo t a de
O luko t un e a der am par a um o ba (r ei).
Ela se to r no u a espo sa do rei.
O o ba també m não po dia do r mir bem e fo i fo r çado
a pro c ur ar por O luk ot un A jamlo lo par a v ir e co nsult ar
I fá par a ele. Oluk o t un v eio e dis se ao oba que
ele est av a incapacit ado de dor mir pro fu ndament e à no it e. Po rt ant o ,
se ele quises se afast ar a mor t e súbit a, ele t er ia que co nceder
ao Babalawo que co nsult o u I fá par a ele: sua
jo v em rainha, duas cabr as g rande s, e quatr o mil e quat ro cent o s b úzio s.
O o ba realizo u o sacr ifí cio . O luk ot un A jamlo lo
car r eg o u o s mat er iais do sacr ifí cio par a casa e canto u a
seg uint e can ção : Ek umini, Ek umin i, eis co mo I fá
po de ser favo r áv el, e ass im por diant e.
C o m est e O dù nó s apr endemo s co mo Oluk o t un A jamlo lo fo i belament e reco mpen sado e
fav or ecido dev ido à sua inabaláv el cr ença em I fá .

17 – 2 (t r adução do ver so )

(...)
(...) co nsult o u I fá par a A lag emo (ca maleão ) quando ele ia celebr ar as fe st iv idades
anuai s co m Olok un.
F o i pedido a ele par a sacr ifi car vint e mil búz io s,
duzent o s po mbo s, e uma v ar iedade de t ecido s. Ele seg ui u o
co nsel ho . O s div inado r es pr epar ar am remédio de I fá par a ele.
A lag emo ent ão env io u uma mensag em par a O lo k un dizendo que
ele ia part ic ipar das fest iv idades.

51
Ele g o st ar ia de co mpet ir co m Olo k un ao usar
r o upas idênt icas. O lo k un r espo ndeu, “Tudo bem! Co mo v o cê
se at r ev e, A lag emo ?” Ele disse que ag uar dar ia a cheg ada
de A lag emo . A lag emo chego u no dia pr o po st o . O lo k un
ini cio u a co mpet ição . Q ualquer ro upa que O lok un
u sasse, A lag emo usar ia a mes ma e as ig ualar ia.
A pó s um cur to t empo , Olok un fico u zang ado e decidiu
que ele t ent ar ia blo quear o caminho de fo r ma que A lag emo
achar ia impo s sí vel reto r nar par a casa. Ele fo i
bu scar o aux í lio do s feit iceir o s e br ux as par a co lo car
o bst ácu lo s no caminho de A lag emo . Alag emo po r sua vez fo i
co ns ult ar o s Babala wo s so br e o que ele dev er ia fazer par a ev it ar
qualq uer impedi mento em seu cam inho par a casa. Ele fo i o r ient ado a
sa cr ificar eni- ag bafi (uma est eir a de r áfia), ig ba- ewo (uma cabaça [co m]
inhame s as sado s amas sado s), e alg uma s o utr as co isas.
Ele seg ui u o co nselho . O remédio de I fá fo i pr epar ado par a
ele. F oi ens inado a ele a seg uint e canção :
O so ibe e jo wo mi. A je ibe e jo wo mi. Bi I g un ba j’ ebo
a jo o eg ba. (Po ssa m as feit iceir as aqui me deix ar em paz
Po s sam as br ux as aqui me deix ar em em paz
Se um abut r e co me o sacr ifí cio , ele deix a a caba ça aqui).
F o i ainda pedido a ele que est icas se a est eir a
no r io e se sent as se so br e ela. A lag emo fez co mo fo i dit o
por se us Babalawo e ele fo i capaz de vo lt ar par a ca sa.
A lag emo realizo u o s sa cr ifí cio s pres cr it o s por seus Babala wo e fo i por t anto capaz de
s uper ar o s o bst áculo s que O lo k un ameaço u co lo car em seu cam inho .

O rác ulo 18

Oyekulogbe

52
Est e Odù s ug er e que o client e ir á enco ntr ar um co nf lito . Ao inv és de env o lv er -
se, o client e dev e ser um mediado r . E assim fazendo , ele o u ela ir á t er v ant ag em.
Est e O dù t ambém no s pr ev ine par a ser mo s cuidado so s co m amigo s que po ssam
ca usar dest r uição da ca sa/ famí lia. Um ca minho de t rabalho ou car r eir a
apar ecem blo queado s o u dificu lto so s.

Na filo so fia Yo r ùbá , não há ida sem vo lt a. Odù O yek ulo g be , o déci mo -o it avo O dù na
o rdem fix a de Òr únmì là, r epr esent a a v isit a de ret or no de Oy ek u, no lado dir eito do
O dù, à Og be , ago r a na esquer da. Po rt ant o est e Odù co mplet a o cic lo de mo v iment o s de
O g be a Oy ek u e de Oy ek u de vo lt a a O g be .

18 – 1 (t r adução do ver so )

A g ila A wo , Ag ila A wo , Opa g ilag ila A wo co nsult o u I fá par a alade


mer indilo g un (dezes seis reis) e Òr únmì là.
I fá pr ev iu a cheg ada de alg uns est r anho s que ir iam
lut ar um co nt r a o o utr o . Fo i por t anto o rient ado a eles par a ofer ecer sacr ifí cio s
de fo r ma a ter paz apó s a part ida do s est r anho s.
O sacr ifí cio : dezes seis car acó is, duas cabr as, e t r int a e do is
mil búzio s.
Ò r únmì là fo i o único que r ealizo u o sa cr ifí cio .
Q uando o s estr anho s cheg ar am, eles entr ar am na casa de A lar a
e co meçar am a bat er um no o utr o . A lar a o s co lo co u par a for a. O s
est r anho s t ambém v ier am par a a ca sa de A jero e par a as [ca sas ] do s quat or ze
r eis r est ant es. To do s eles puser am o s est r anho s par a for a. M as quando o s
est r anho s cheg ar am à casa de Òr únmì là e co meçar am a bater um
no o utr o , Òr únmì là t ento u pac ificá -lo s. Din heiro e co nt as
est av am caindo dest es estr anho s em lut a. Òr únmì là est av a
o cupado r eco lhendo to do o dinheir o e co nt as e jó ias pr ecio sas.
A lut a entr e o s est r anho s co nt inuo u por dias, at é que
a ca sa de Ò r únmì là est av a r eplet a de dinheir o e to das as co isas bo as.
O yek ulo g be ! Edu se t ranqu ilizo u. O s no mes do s dezes seis
r eis pr incipai s são : O lo w u, O libini, Alar a, A jer o , O rang un,
Ewi, A laafin- Oy o, O wor e, Elepe, O ba- A dada, Alaajo g un, Olu-
O y inbo , Olu- Sabe, Olo wo , O lu-Tapa, e Olok o o u O sinle.
O s r eis po ss uem r iquezas e t o das as bo as co isas, mas não t em paz.

53
Ò r únmì là, o único a r ealizar o sacr ifí cio , t ev e paz
co mplet a.
Est a é a r azão po r que to do s o s r eis dev em mant er Babala wo co mo
co nsel heiro s, especialment e quando eles se co nfr o nt am co m pro blema s o u
pr eo c upaçõ es.

18 – 2 (t r adução do ver so )

A r un-po se- ir ek e co nsult o u I fá par a O mo - nle (lag ar t ix a)


quando ele ia mo r ar co m Or o (par ede de barr o ).
O mo -nle fo i o rient ado a sacr ificar
quat ro po mbas de mo do a as seg ur ar um lug ar co nfo rt áv el par a mo r ar .
Ele fez o sa cr ifí cio .
O ro fo i aco nselhada a sacr ifi car
de mo do a não aceit ar amizade co m qualquer um
que a escav asse.
U m g alo fo i pedido par a est e sacr ifí cio .
O ro se r ecuso u a sacr ifi car .
Po r que Or o se recu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr es cr it o po r I fá, ela t ev e que fo r necer
alo jament o par a O mo -nle. Em o ut r as palavr as, as lag ar t ix as ago r a viv em em par edes
de bar ro .

O rác ulo 19

Ogbewehin

Est e O dù fala de co nfusão emo cio nal. Também asseg ur a co nclu sõ es bem
s ucedida s. Ele no s fala par a co nfiar em ex per iências ant er io r es.

54
O bser v ação o cident al: O client e est á fr eqüent ement e co meçando o u ter minando
um relacio nament o .

19 – 1 (t r adução do ver so )

(...)
r ealizo u div ina ção de I fá par a O g be
quando ele ia v isit ar co m I wor i.
F o i pedido a ele par a sacr ifi car
t rês bo des, t rês g alo s, a r o upa que ele est av a v est indo ,
e um rato do mat o (o r ato dev e ser mant ido em pé atr ás de Èsù ).
Po r que ele ret or nar ia co m r iquezas, ele dev er ia se asseg ur ar que
a r iqueza não escapar ia dele.
Ele fez o sa cr ifí cio .

Q ualquer pesso a par a quem est e O dù é lançado dev e sempr e o fer ecer sacr ifí cio par a
g ar ant ir um final feliz o u bem suced ido .

19 – 2 (t r adução do ver so )

O g beho faa faa co ns ulto u I fá par a A luk unr in (o co rv o ).


F o i dito a ele par a sacr ifi car as duas única s ro upas que ele po ss uí a ( uma pr et a, u ma
br anca ), um bo de, e u m car neir o de mo do à não enlo uque cer , e se ele desejas se ser
t rat ado pelo s Babalawo .
O remédio de I fá (se ele fizesse o sa cr ifí cio ) :
Der r amar o sang ue do bo de dent ro de um po t e g rande antes de co lo car masin win
(o g bo e fo lhas de esu su) dentr o do po t e. Adic io ne ág ua par a ele se lav ar .
A luk unr in se recu so u a fazer o sa cr ifí cio .
A queles nascido s por est e O dù ger alment e enlo uquecem.

55
Orác ulo 20

Iworibogbe

Est e Odù fala pr imeir amente de fil ho s e enco r aja uma at mo sfer a so cial po sit iv a
par a mant er o bem est ar da famí lia.

O bser v ação o cident al: O client e é muit o sér io e pr ecisa de "r ecr eio " — Ter
alg uma div er são simples e puer il par a r est aur ar o equilí br io .

56
20 – 1 (t r adução do ver so )

(...)
Ele dis se que alg o dev er ia ser o fer ecido à
cr iança de for ma que a cr iança não v iesse a mo rr er :
inhame amassa do , uma g alinha, e t rês mil e duzent o s búzio s.
I fá dis se que eles dev er iam co zinhar a co mida e a g alinha
pr escr ito s, reunir t o das as cr iança s,
e per mit ir que o s co mpan heiro s de recr eação da cr iança do ent e co mam
da co mida o fer ecida. I fá disse que a cr iança do ent e ir ia
fi car bem se u ma fest a fo s se feit a par a se us co mpanheiro de r ecr eação .

20 – 2 (t r adução do ver so )

(...)
co ns ulto u I fá par a Er uk uk u-ile (po mbo ) e Er uk uk u -o ko
(po mba ).
A mbo s est av am so fr endo por falt a de filho t es.
F o i pedido a eles par a sacr ifi car quiabo , bast ant e inha me, u m feix e de v ar et as, um pot e
g rande, e t rês mil e duzent o s búz io s.
O po mbo realizo u o sacr ifí cio
mas a po mba se recu so u.
A po mba t ev e do is fil hot es e o po mbo tev e do is filho t es.
A po mba dis se que ela não sa cr ifico u e ainda assim tev e do is filho t es.
Ela fo i co n str uir seu ninho na árv or e eg ung un.
Veio uma tempest ade, a árv o re eg ung un fo i ar r ancada co m r aí zes, e o s filho t es da
po mba mo rr er am.
Ela g r it o u, “O pr imeir o e o seg undo eu não v i.”
O po mbo gr it o u, “Eu fiquei de co st as par a o pot e e não
mo rr i.”

O pot e era u m do s mat er iais que o po m bo tinha sacr ificado . Ele fo i capaz de pro t eg er
seu s fil hot es co m o po t e. Eles so br ev iv er am.

57
Orác ulo 21

Ogbedi

Est e O dù fala da nece ssidade de ex ecut ar o sacr ifí cio cor r et o par a que se ev it e
co nfu sõ es o u zo m bar ia.

O bserv ação o cident al: O client e est á sent indo o u est á co m medo de pr essõ es
emo cio nais. Po ssi bilidades pr at ica s não po dem ser realizadas at é que est a
pr es são seja aliv iada. A pr essão vem muit as v ezes de quest õ es de
relacio nament o s.

58
21 – 1 (t r adução do ver so )

K uk ut e-ag bo n Ko ro jiji co nsult o u I fá par a Og be


Q uando O g be fo i ca çar em uma ex pedição .
F o i pedido a ele que sacr ifica sse
De maneir a que ele não enco nt r asse obst ác ulo s ali;
Tr ês ca br it o s, t rês fr ang o s e 6 000 búzio s.
Ele se recu so u a sa cr ificar .
Q uando ele cheg o u à flor est a, a ch uv a caiu
Enqua nto ele co rr ia, v iu um bur aco lar g o
que penso u ele est ar em uma árv or e o u em um for mig ueir o
Ele ent ro u no bur aco e não so ube que er a
um elefant e que t inha abert o seu ânus.
O elefant e fecho u seu ânu s co m ele dent ro .
Ele não pô de desco br ir uma saí da.
Se us co mpan heiro s co meçar am a pro cur a- lo .
Depo is de um t empo , quando eles não o puder am achar , eles decidir am
ex ecut ar o sacr ifí cio que ele t inha neg lig enciado .
Ele fo i ex cr et ado ent ão pelo elefant e.
Po r ém, eles dis ser am: O Og be que sai u de um ânus
dev er ia ser chama do Og bedi.

21 – 2 (t r adução do ver so )

O g bedik ak a, O g bedilele co nsult ar am I fá par a Èsù quando ele est av a sat is fazendo
um per í o do de t rabal ho duro co m Ò r únmì là, O risa- nla, O risa -o ko , e Òg ún. A Ès ù fo i
pedido que o fer ecesse Eesan, no ve po mbo s e o it o mil b úzio s. O remédio de I fá dev er ia
ser pr epar ado par a per mit i-lo pag ar seu s débit o s.
Ès ù se recu so u a sacr ifi car .
Ès ù fo i um pes cador naqueles t empo s. Sempr e que ele peg av a muit o peix e em sua
ar madilha, o s I r unmo le (as quatr o cent as deidades ) sent iam inv eja dele. Eles pensar am
que log o Ès ù ganhar ia dinheiro suf icient e par a se afiançar destes dilema s financeir o s.
Po r est a razão , eles decidir am env ia- lo em mi ssão a lug ar es dist ant es no mesmo dia.
A pó s o env io da mensag em Ò rúnmì là penso u em co nsult ar o or áculo de I fá so br e o
as sunt o . Ele chamo u o s babalawo que co nsult ar am I fá e dis ser am Og bedik ak a.
Ò r únmì là fo i or ient ado a sa cr ificar sei s co elho s, sei s po mbo s e do ze mil búzio s.

59
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .
O remédio de I fá fo i pr epar ado par a ele amar r ando o s seis co elho s na bo lsa. Eles o
adv er t ir am a sempr e lev ar a bo lsa co m ele. O r isa-nla pediu a Èsù ir a at é Ì r ànje e tr azer
seu bo r dão (o pa-o sor o ) e s ua saco la. Òr ì sà-o ko env io u Ès ù a Ò de-I rawo . Òg ún pediu a
Ès ù ir à Ò de- Ir e e tr azer seu g bamdar i (um alfanje lar go ). R apidament e Èsù se
lev anto u e fo i at é um ar b ust o pert o o nde ele supl ico u e o bt ev e to das as co isas pedidas.
Lo go apó s Ès ù part ir , t odo s o s I r unmo le for am co let ar o s peix es da ar madilha dele.
A ssi m que ele r et or no u, enco nt ro u eles part ilhando se us peix es. Quando ele apar eceu
inesper adament e, t o do o mundo embo lso u o peix e. Ele entr ego u t o do s o s it ens que eles
pedir am par a ele ir bu scar . Èsù ent ão co meço u a quest io nar t odo mundo , “O nde v o ces
o bt iv er am o peix e que est av am r epar t indo ?”. A lg un s est av am se des culpando ; out ro s
não so uber am o que dizer . Ent ão implo r ando o per dão dele, decid ir am abr ir mão do
seu s direit o s so br e dinheiro ele o s dev ia. Ele não dev er ia deix ar ning uém o uv ir que
eles o t inham ro ubado . Er a co st ume em I fe naqueles t empo s que ning uém dev ia
r o ubar . Ò rúnmì là dis se que ele não r oubo u o peix e de Èsù . Ès ù disse que Òr únmì là
dev ia ter ro ubado o peixe que fo i co lo cado na bo lsa que ele est av a seg ur ando . Ès ù
penso u que o nar iz do peix e est av a saindo par a for a da bo lsa. Eles lev ar am o as sunt o
par a cor t e na cidade de I fe. Eles dis cut ir am. O t r ibunal deci diu pedir par a Òr únmì là
que desv elasse o co nt eúdo de sua bo lsa. Ele so lt o u a bo lsa e eles v ir am o s seis co elho s
que ele jo g o u par a fo r a. Eles co me çar am a culpar Ès ù. Èsù implo ro u per dão a
Ò r únmì là. Òr únmì là se rec uso u a des culpa -lo . Ès ù empenho u sua ca sa e o utr as
po sse ssõ es par a Ò rúnmì là. Òr únmì là ainda recu so u aceit ar o arg ume nto dele. O s O t u
I fe (o s anciõ es de I fe) perg unt ar am par a Ès ù o que ele pr et endia fazer . Èsù respo ndeu
que ele ir ia par a casa co m Òr únmì là e co nt inuar ia lhe ser v indo par a sempr e. Eles
entr eg ar am Èsù par a Ò r únmì là. Q uando eles cheg ar am à casa de Òr únmì là, Èsù quis
entr ar co m Ò r únmì là. Ò r únmì là recu so u e pediu par a Ès ù que se sent as se do lado de
fo r a. Òr únmì là dis se que o que ele co mes se dentr o da casa, ele co mpart ilhar ia do lado
de fo r a co m Èsù .
Ès ù t em v iv ido ent ão desde aquele dia do lado de fo r a.

60
Orác ulo 22

Idigbe

Est e O dù fala do pr esent e o u pr o blema iminent e e det er mina o sacr ifí cio
nece ssár io par a v encer .

O bser v ação o cident al: M edo s t empo r ais, m uit as v ezes relacio nado s a serv iço s ou
part e mo net ár ia, dev em ser tr at ado s. M uit as vezes relacio name nto s emo cio nais
est ão causa ndo inquiet ação e desequilí br io .

22 – 1 (t r adução do ver so )

61
Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando
Tant o a Mo rt e (I k u) quant o a Mo lést ia (À r ùn)
ameaçar am visit ar sua casa.
Ele fo i o r ient ado a pr epar ar do is sig idi amo nu (u ma fo r ma de Èsù -Eleg bar a)
co m do is mil eer u (t ipo de erv a) fix ado s neles:
Lhes dê alfanje s de madeir a par a ser em co nt ido s po r suas as mão s e po nha pedaço s de
o bì nas suas bo cas.
Ent ão mate u m cabr it o e v er t a o sang ue dele so br e eles.
C o lo que um na po rt a da fr ent e da casa e o o utr o na por t a de tr ás.
Ò r únmì là realizo u o sacr ifí c io .
Ele ag iu de aco r do co m as inst r uçõ es de I fá.
I k ú veio até a po rt a da fr ent e da casa e saudo u o sig idi da seg uint e maneir a:
Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i,
por fav or dê pas sag em, que o A wo at r av esse
Sig idi nada respo ndeu. Ik u deu meia—vo lt a.
Ele fo i par a tr ás da casa e r epet iu a mesma co isa.
À r ùn v eio e dis se as mes mas palav r as. Sig idi nada respo ndeu
Foi isto que Ò r únmì là fez par a prev enir que Ik ú (M or t e) e À r ùn (Mo lést ia)
adent r assem sua ca sa.

22 – 2 (t r adução do ver so )

Ì dig ba, Ì díg be co ns ult o u I fá par a Sà ngó


quando ele est av a ro deado po r inimig o s.
I fá as seg ur o u a ele v it ó r ia do br e o s inimig o s.
U m car neiro e 6 600 b úzio s fo r am o fer ecido s em sacr ifí cio .
Sàng ó r ealizo u o sa cr ifí cio
e fo i v it or io so do br e seus inimigo s.

62
Orác ulo 23

Ogbe’rosu

Est e Odù det er mina a so lução par a a ameaça de mor t e, do ença, caso s ju diciai s,
per das e infer t ilidade.

O bser v ação o cident al: O client e est á sempr e met ido em alg um tipo de pro blema.
So ment e ação espir it ual po de rest aur ar o equilí br io .

23 – 1 (t r adução do ver so )

Ò nag bo nr ang o ndo n- nt i-I fe-wa co nsult o u I fá par a A bat i,


o filho de À ramfè, que fo i co nfr o nt ado por t o do s o s males.

63
Ele fo i as seg ur ado que a mo rt e (ik ú) não ir ia derr o t a-lo ,
que a mo lést ia (àr ùn ) ir ia der ro t a-lo ,
que caso s j udiciai s (ejo ) não ir ia derr ot a- lo ,
que pr ejuí zo (o fo ) não ir ia der ro t a-lo .
A ele fo i pedido sacr ifi car um car neiro e fo lhas de I fá.
Ele o bedeceu e ex ecut o u o sacr ifí c io .

Orác ulo 24

Irosu-ogbe

Est e O dù enfat iza que relacio nament o s espir it uais pesso ais são co nt r ár io s
àqueles mo net ár io s o u co mer ciais.

O bser v ação o cident al: Emo çõ es t êm pr efer ência enquant o t rabalho pesado
cam inha a paço s lento s.

24 – 1 (t r adução do ver so )

O hun tio se báalé ilé ti k o ni ko ng ar a ide, o un li o se iy ale


ile t i k o ni’ bu sun ala
F o i aquele que co nsu lto u I fá par a A g be-I mor imo dor i

64
quando ele fo i t o mar Bio jela, a fil ha de O ló fin,
co mo sua espo sa.
O sacr ifí cio :
Do is rato s, do is peix es, uma galinha e 3 200 búzio s.
I fá diz: A jo v em dev er ia ser dada a um ba balawo co mo espo sa.

24 – 2 (t r adução do ver so )

A ig bo niwo nr an awo Olú -O je


C o nsult o u I fá par a O dùg bem i, que fo i um ho mem bast ant e r ico
e po pular na Terr a.
O dùg bemi fo i o r ient ado a fazer sacr ifí cio par a ev it ar se to r nar
um ho mem bast ant e r ico e po pular no Par aí so .
U m po mbo dev er ia ser sacr ifi cado se o Odù fo sse div inado no
esent ay e de um r ecém- nascido .
U ma o velha dev er ia ser sa cr ificada se o Odù fo sse div inado no
I tefa.

No t a: Esent ay e (o pr imeiro paço na Ter r a) é realizado no ter ceiro dia apó s o


nas ciment o da cr iança. It efá (I nicia ção em I fá) po de ser realizado em qualquer épo ca
ex ceto se a cr iança é su scet ív el à do ença s o u enfr ent a out ro s pr o blemas.

65
Orác ulo 25

Ogbewonri (Ogbèwúnlé)

Est e Odù fala da esco lha entr e mar ido s o u espo sa s po t enciais. Sa cr ifí cio s
as se g ur am a esco lha co rr et a e a asso cia ção bem su cedida.

O bser v ação o cident al: U m gr ande mo ment o par a capit alizar , t ant o co mer cial
co mo emo cio nalment e, no s atr at iv o s do s client es par a o s o ut ro s.

25 – 1 (t r adução do ver so )

A jaje co nsult o u I fá par a Ko ko


quando ela est av a po nder ando casar o u co m Apat a o u co m A k ur o .
Ela fo i aco n selhada a o fer ecer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s e quat ro pedaço s de
t ecido no do so .

66
Ela o uv iu e at endeu o co nselho .
Lhe fo i falado que Ak ur o ser ia o mar ido fav or ecido .
Se Ko ko t iv esse êx it o , Ak uro t ambém ter ia êx it o .

25 – 2 (t r adução do ver so )

O k it i- bamba- tiipek un- o po po co nsult o u I fá par a O lo fin.


Ele fo i o r ient ado o fer ecer sacr ifí cio de maneir a que Og bè dar ia
a ele bo as co mapnias.
Tr ês g alo s, t rês bo las de inhame pilado ,
e so pa dev er ia ser o fer ecido .
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .

Orác ulo 26

Owonrinsogbe

Est e Odù fala de feit içar ia o u vibr açõ es neg at iv as int er fer indo co m a paz
ment al do client e.

O bser v ação o cident al: O client e est á muit as vezes env o lv ido em um
r elacio nament o emo cio nal que tem nublado seu julg ament o .

26 – 1 (t r adução do ver so )

Bo nro ny in awo Ò de-I do , O go ro nbi awo Ò de- Esa, Er ig idúdú awo .


I lú Sak o n fo i que co n sult o u I fá par a Olo fin O beleje
quando ele fo i do r mir e desper to u co m más vibr açõ es.
F o i dit o a ele do r mir for a de ca sa e de sua s r edo ndezas,

67
mat ar um cabr it o so bre o lixo , e lev ar t udo isso
par a a flor est a.
Di sser am a ele que se uma pes so a lev as se o mal par a a flor est a,
ele v olt ar ia par a casa co m o bem.
A fo lha se mo st ro u ser olo wo nr an-nsan -san.
Ho je A lade ex pulso u o mal par a a flo rest a.
Sa cr ifí cio par a Pr o sper idade (A jé): 2 po mbo s — um deles dev e ser u sado par a
apazig uar a cabeça (or í ) do client e.
Sa cr ifí cio par a uma espo sa (ay a): 2 galinha s — uma delas dev e ser usada usado par a
apazig uar a cabeça (or í ) do client e, co nt anto que ele tenha sa cr ificado um cabr ito .
O clie nt e deve varr er s ua casa co m fo lhas de o lo wo nr an- nsan- san (o sok o t u) co mo
pr escr ito aci ma.

26 – 2 (t r adução do ver so )

Èsì - per ewe, Eg ba- per ewe co nsult o u I fá par a Olú Og e,


Q ue é ext r emament e amar g o co m a fo lha jo g bo .

O sacr ifí cio : 3 g alo s, 2 600 búzio s e


fo lha de Jo g bo (amar go ).
Se a pesso a par a quem est e I fá é div inado realizar o sa cr ifí cio ,
ent ão esmag ue as fo lhas amarg as na ág ua e adicio ne iy è—ir ò su (pó )
dest e O dù na so lu ção , e peça ao client e par a be ber .
I fá r ev ela que o client e não tem paz ment al o u encar a opo sição das pesso as.

68
Orác ulo 27

Ogbe’bara

Est e O dù fala de enfer midades t al co mo aler g ias per ió dicas.

O bser v ação o cident al: O client e t em se esfo r çado muit o no serv iço .

27 – 1 (t r adução do ver so )

K uo mi, o div inado r par a a g alinha (adiy e),


A eles pediu par a o fer ecer sacr ifí cio co mo uma fo r ma de pr ev enção
a uma doen ça que o s as so lo u dur ant e a est ação de seca.
Dez o bì e 20 000 búzio s dev er iam ser sacr ifi cado s.
A lg uns deles r ealizar am o sacr ifí cio ; out ro s não .

27 – 2 (t r adução do ver so )

69
I palero -ab’ enu mog imo g imamo ’ nilo wo co nsult o u I fá par a Òr únmì là
quando a mo rt e (k awo k awo ) v eio fazer uma visit a v indo do Par aiso .
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car uma cabr a e dezes seis Ik in.
A cabr a dev er ia ser mor t a do lado de fo r a de maneir a que a mor t e não est ar ia apt a a
apr isio na- lo co m o utr o s.
Ò r únmì là prest o u at enção ao co nselho e fez o sacr ifí cio .

Orác ulo 28

Obarabogbe

Est e Odù fala de gr ande r espeit o e po der par a o client e que fielment e seg uir as
pr ev isõ es de I fá.

O bser v ação o cident al: O cept ici smo ger al do client e est á blo queando o s uces so .

28 – 1 (t r adução do ver so )

O bar abo bo awo Ek o co nsult o u I fá


par a Eko , o filho de A jalor un.
F o i pr edito que as palavr as de Ek o ser iam sempr e r espeit adas
co mo sendo a palavr a fi nal.
U ma o velha fo i ofer ecida co mo sa cr ifí cio .
I fá diz que par a qualq uer um que est e I fá é div inado , ex er cer á uma g r ande infl uência
no mundo .
Ele v iv er á muit o tempo .

70
28 – 2 (t r adução do ver so )

I ro fá- abeenújig ini, o adv inho de Òr únmì là, fo i quem co nsult o u I fá par a A difala, que
est av a indo div inar par a O sin. A difala pediu a O sin fazer sacr ifí cio de maneir a a
afa st ar mo r te repent ina dentr o do s set e dias seg uint es. Set e car neir o s e 1 000 búzio s
dev er iam ser o fer ecido s. O sin não r ealizo u o sa cr ifí cio mas ag arr o u A difala e o
amar ro u. A difala cant o u a seg uint e can ção : Eu, um adiv inho cuja s pr ediçõ es de I fá
pas sar ão imediat ament e na t ábua de adiv inha ção (o po n), I bar at iele, I bar at iele.
C ert ament e O sin mo rr er á amanhã, I bar at iele, I bar at iele. O sin peg ar á um po t e e ir á at é
o r io , I bar at iele, I bar at iele. Ele peg ar á uma v asso ur a e v ar r er á o chão , I bar at iele,
I bar at iele. Ele peg ar á uma escada e sub ir á no t elhado , e assim po r diant e.
O babala wo canto u essa ca nção t odo s o s dias at é que um dia quando eles est av am
t razendo uma no iv a nov a (iy àwó ) par a O sin de u m lug ar dist ant e. O sin disse que ele
v ar r er ia a ca sa r apidament e ant es da cheg ada da no iv a. Ele peg o u a v asso ur a e varr eu
a casa. A ssi m que t er mino u, decidi u subir no t elhado par a espia- lo s. Ele pego u uma
es cada e fo i ao telhado par a ver a no iv a que v inha ao lo ng e. Ele caiu e a par ede
desmo r o no u so bre ele. Eles env iar am pes so as par a libert ar e tr azer A difala. A difala
dis se que eles dev er iam o fer ecer r apidament e um sa cr ifí cio de dez ov elhas, dez galo s,
dez v acas, e a espo sa nov a que est av a vindo a O sin. O sin despert o u enquant o eles
est av am ex ec ut ando o sacr ifí cio .
I fá diz que nó s nunca dev emo s duv idar das pr ediçõ es de um baba lawo .

71
Orác ulo 29

Ogbe’kanran

Est e Odù fala de po s sív el per da de lucro s ant er io r es dev ido à falha ao ex ec ut ar
um co mpleto sa cr ifí cio . Meias medidas sempr e res ult ar ão em per das.

O bser v ação o cident al: O client e est á co m mu it a pr essa, ele pr ecisa cam inhar
mai s dev ag ar e co m cuidado .

29 – 1 (t r adução do ver so )

O k it ibam ba-t ii- pek un- o po po co nsult o u I fá fo r Og bè quando O g bè fo i a Òt uufè. A ele


fo i pedido que sacr ifi casse quat ro pr eg o s ( Ser in) e 8 000 búzio s. Ele sacr ifi co u apenas
t rês pr eg o s e 6 000 búzio s. O babalawo disse que ele dev er ia cr av ar o s pr ego s no chão
da r ua pr incipal, um por v ez. Ele se dir ig iu à r ua pr in cipal e pr eg o u o pr imeir o pr eg o
no chão . U ma por ção de dinheir o aparece u e ele a pego u. Ele pr ego u o seg undo pr eg o
no chão . U m pequeno g r upo de g ar o t as apar ecer am e ele as r euniu ao seu r edo r . Ele
ent ão esper o u por u m cur to per ío do de tempo e pr eg o u o ter ceiro pr eg o no chão .
Vár ias cr ian ças apar ecer am e ele as r euniu ao seu redo r . Ele disse: Há! O que
aco nt ecer ia se eu t iv esse r ealizado o sacr ifí cio co mplet ament e? Eu ter ia t ido muit o

72
mai s. Ele v olto u e ret ir o u o pr imeir o pr ego . Ele ent ão o cr avo u de fro nt e a ele e caso s
j udiciai s (ejo ), pr ej uí zo s (o fo ) e o ut ro s males apar ecer am par a ele.
A part ir dest e dia Og be enco nt ro u dificul dades, e est e o dù t em sido chama do de
O g be’ K anr an.

Orác ulo 30

Okanransode

Est e O dù fala de so brepu jar no sso s inim igo s o u co mpet ido r es par a co nseg uir
uma po sição de pro eminên cia.

O bser v ação o cident al: U m nov o t rabalho , uma pro mo ção o u um aument o est ão
em u m fut ur o pr óx imo .

30 – 1 (t r adução do ver so )

Pander e- fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un,


o filho mais velho de Èwi (rei) de A do .
A ele fo i pedido distr ib uir 180 ak ar a de maneir a a
o bt er v it ór ia so br e o s inimig o s.
U m ca br it o e 3 200 búzio s fo r am t ambém sa cr ificado s.
O lit ik un realizo u o sacr ifí cio .

30 – 2 (t r adução do ver so )

Pander e- fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un

73
o filho mais velho de Èwi (rei) de A do .
Sei s g alo s e 12 000 búzio s dev er iam ser o fer ecido s co mo sa cr ifí cio .
O lit ik un realizo u o sacr ifí cio .
Ele fo i in st alado co mo o T’ ewise (por t a—v o z de Èwi).

Orác ulo 31

Ogbe’gunda (Ogbeyonu)

Est e O dù fala de eminent e suce sso mo net ár io o u mat er ial.

O bser v ação o cident al: U ma o por t unidade de neg ó cio s ir á se apr esent ar . A
pr incí pio o client e ir á r ejeit ar co mo se não v alesse a pena. U ma sér ia
co nsi der ação da opor t unidade lev ar á a gr ande suce sso .

31 – 1 (t r adução do ver so )

K uk u-nd uk un, Pet e-ino k i


F or am o s que co n sult ar am I fá par a as pesso as de Eg ún Majo .
F o i pr edito que eles ser iam r ico s.
Q uatr o por co s, 80 000 b úzio s e quat ro barr is de v inho
dev er iam ser sa cr ificado s.
Eles o uv ir am e realizar am o sacr ifí cio .

31 – 2 (t r adução do ver so )

I binu, o adv inho de A lár á, co ns ult o u I fá par a A lár á.

74
Edo fu fu, o adv inho de A jer ò , co nsult o u I fá par a A jer ò .
Pelet ur u, o adv inho de Òr àng ún, co nsult o u I fá par a Òr àng ún.
I fá pr ev eniu que alg uma co isa ser ia env iada a eles
e que eles não dev er iam recu sar . A pó s alg um tempo ,
a mãe deles env io u a A lár á um pr esent e embr ulhado co m fo lhas seca s de K ok o.
A lár á fico u irr it ado e espant ado de co mo sua mãe po der ia env iar algo embr ulhado em
fo lhas se cas de Ko ko ; Ele rec uso u aceit a-lo . A mãe deles fez a mesma co isa co m A jer ò e
ele t ambém recu so u aceit a-lo . A bor r ecido s, eles o lev ar am a Ò ràng ún, que aceit o u o
embr ulho . Ele o desem br ulho u e enco ntr o u co nt as. Ò ràng ún já t inha r ealizado o
sa cr ifí cio pr escr ito pelo babala wo . Ò ràng ún o ferece u: tecido de v eado 1 , um po mbo e 16
000 búz io s. Ò ràng ún fio u um quint o das co nt as e env io u o co lar par a A lár á por que ele
sent iu que isso o sat isfar ia. Alár á co mpro u o co lar de Òr àng ún. Ò ràng ún fio u o ut ro
co lar e o env io u par a A jerò , que t ambém pag o u a Òr àng ún po r ele. Òr àng ún fo i capaz
de v ender o s co lar es por que ele o s embr ulho u eleg ant ement e. Ò ràng ún fi co u co m as
co nt as r est ant es par a si.

1
N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’ s È d è A w o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m
e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .

75
Orác ulo 32

Ògúndábèdé

Est e Odù enfat iza a neces sidade de ho nest idade e int egr idade.

O bserv ação o cident al: A quest ão de infidelidade mat r imo nial em um


relacio nament o muit as vezes apar ece.

32 – 1 (t r adução do ver so )

O ment ir o so v iajo u por v int e ano s e não fo i capaz de reto r nar .


O ment ir o so v iajo u por mais seis meses e não fo i capaz de reto r nar .
A Ho nest idade-é- a-melhor - dir etr iz co nsult o u I fá par a Baba Ì màle,
que est av a tr ajado em r o upõ es. Fo i dito par a ele que ele ser ia um ment ir o so po r to da
s ua v ida. Par a ele fo i pedido sa cr ificar mas ele se r ecuso u. At é ho je, o s ì màle
(M uç ulmano s ) ainda est ão ment indo . Eles est ão sempr e dizendo que anualment e
je juam por Deus. U m dia, Ès ù o s quest io no u do por que diziam eles que je juav am a
Deu s anualment e. Vo cês est ão dizendo que Deu s est á mor t o ? O u est á Deu s tr ist e?
Vo cês não co mpr eendem que Deu s é a ver dade co ng ênit a? Ele ( Èsù ) dis se: Hen! v o cês
je juam por Deus; De us jamai s mo rr er á. Edù mar e nun ca ado ecer á. Oló dùnmar è nunca
fi car á tr ist e. Ès ù fo i fo r çado a disper sa- lo s. A ca nção que Èsù cant o u naquele dia fo i:
Nó s nunca o uv imo s falar so br e a mor t e de Oló dùnmar è, senão aquilo que pr ov em da
bo ca do s ment ir o so s, e ass im por diant e.

76
32 – 2 (t r adução do ver so )

K anr ang bada -À kàr à-ng bada!


Est o u na ca sa de O wá.
Q ue dinheir o no v o me pr o cur e.
Q ue espo sas nov as me pr o cur em.
Q ue cr iança s nov as me pro cur em.
Se uma cr iança vê A làk àr à, ela jo g ar á fo r a seu pedaço de inha me.
Ò g úndáso rí ir ef’O g bè, t rag a-me bo a so rt e.
R emédio de I fá: Co ma seis àk àr à fr es co s co m pó de iy è-irò sù no qual
o o dù Òg úndá sor í ir ef’ O g bè tenha sido mar cado e rezado co mo mo st r ado acima.

77
Orác ulo 33

Ogbèsá

Est e O dù fala de falsidade de amigo s e da necessi dade de t er minar qualquer


co isa co meçada.

O bser v ação o cident al: É uma sit uação difí cil que ago r a est á cheg ando , mas se
v o cê não se ent r eg ar nem desi st ir t r iunfar á no final.

33 – 1 (t r adução do ver so )

Lek elek e, o adv inho de O g bè, co nsult o u I fá par a Og bè,


Q ue est av a viajando par a A lahusa.
Ele pr ev iu que ele pro sper ar ia ali.
Po r essa razão , ele dev er ia ofer ecer um sa cr ifí cio de dezesseis po mbo s e
3 200 búz io s.
Ele at endeu ao co nselho e fez o sacr ifí c io .

33 – 2 (t r adução do ver so )

A fefeleg eleg e, adv inho da Terr a,


Ef ufulele, o adv inho do Céu,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt err âneo .
O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado po r Ik i,
que fo i pr evenido acer ca de um amig o

78
t ão gr ande quanto um car neiro . Ele fo i or ient ado a o ferecer um sacr ifí cio de maneir a a
pr ev enir que seu amigo o eng anasse e o fix asse par a ser mo rt o .
uma por ção de o bì , br acelet es de ferr o , 2 200 búzio s e um gr ande r ecipient e de madeir a
co m tampa o nde ser á co lo cada a o ferenda.
I k i fez o sa cr ifí cio .
U m dia; o car neiro fo i v isit ar O lo fin e r epar o u que o sant uár io do eg úng ún dele est av a
v azio . Ele per g unto u a Olo fin o que ele usav a em seu c ulto de eg úng ún. O lo fin
r espo ndeu que ele ut ilizav a o bì co mo sacr ifí cio . O car neir o r iu e disse que embo r a isso
fo s se bo m, ele t rar ia Ik i par a um sa cr ifí cio . Olo fin o agr adeceu. U m dia, o car neir o fo i
v isit ar Ik i. O car neir o per g unto u a Ik i se o pai dele sempr e co nt av a par a ele so br e um
jo go que ele e o car neir o co st umav am jo g ar . Ik i per g unto u que jog o que er a. O car neiro
dis se a I k i que o jo g o er a dar vo lt as uma car r eg ando o o ut ro por quat ro pé enquant o
um est av a o cult o dent ro de um r ecipient e de madeir a. I k i dis se que seu pai nun ca
t inha falado so br e o jog o apesar de par ecer div er t ido . O car neiro co lo co u um
r ecipient e de madeir a no chão e ent ro u dent r o . Ele pediu a I ki que tampa sse e ent ão o
car r eg as se por quat ro pés. Per co rr ida a dist ância, o car neiro dis se que er a a sua v ez. O
car neiro ent ão carr ego u I ki por quat r o pés co lo co u-o no chão e ao seu t ur no ent ro u no
r ecipient e. E fo i a v ez de I k i entr ar no recipient e. O car neiro o carr ego u por quatr o
pés, po r ém quando I k i pediu que o co lo casse no c hão , o car neiro o ig no ro u e co nt in uo u
cam inhando . I k i implor o u mas o car neiro t or no u a não dar ouv ido s a ele. I ki co meço u
a cant ar a cant ig a que o babalawo ensi no u-lhe quando realizo u o sacr ifí cio :
A fefeleg eleg e, adv inho da Terr a,
Ef ufulele, o adv inho do Céu,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt err âneo .
O car neir o est á me lev ando par a O lo fin par a ser mo rt o .
Eu não sa bia que est av a jo g ando um jo go de mor t e co m o car neir o .
A fefeleg eleg e, adv inho da Terr a,
Ef ufulele, o adv inho do Céu,
Venha m po der o sament e liber t ar I ki do r ecipient e.
A pó s alg un s mo ment o s, o car neiro sacud iu p r ecipient e e o uv iu o so m do s br aceletes
de ferr o e penso u que fo s se I k i. Q uando ele cheg o u na casa de O lo fin est e o fer eceu
aj uda co m o recip ient e. Ele recu so u e dis se que pr ecisav a ir at é o quint al do s fu ndo s.
Q uando eles fo r am par a o s fundo s, eles ajudar am o car neiro co m o r ecipient e.
A br indo o r ecipient e, ele desco br iu que ik i não est av a dentr o . Olo fin di sse que dev ido
o car neir o t ent ar eng ana-lo , ele ser ia sa cr ificado a Eeg un. Desde esse dia, um car neiro
sempr e é o fer ecido a Eeg un co mo sacr ifí cio .

79
Orác ulo 34

Oságbè

Est e Odù fala da neces sidade to mar o seu t empo e do uso da per cepção
espir it ual par a se apr eciar o s pr azer es da v ida.

O bser v ação o cident al: O client e est á ar r iscando t udo pôr est ar sendo
demas iadament e tempo r al e per dendo seu equilí br io espir it ual.

34 – 1 (t r adução do ver so )

Ele dis se O sa, eu disse O sa’ Gbe.


Ele dis se que o r at o que v em de O sa ser ia pr ot eg ido po r O sa.
Ele dis se que o peix e que vem de O sa ser ia pr ot eg ido po r O sa.
Pe sso as pr ov enient es de O sa ser iam pr ot eg ido po r O sa.

34 – 2 (t r adução do ver so )

A t iba mato u um cão ma s não tev e tempo par a co me-lo .


A t iba mato u um car neir o mas não tev e tempo par a co me-lo .
A t imumu mato u um cabr it o mas não t ev e t empo par a co me- lo .
Ès ù-Ò dàr à per mit ir ia-me lev ar meu s t eso ur o s de ca sa.
Pr o piciação par a est e I fá: Vert a azeit e-de-dendê no so lo
dent ro o u for a de ca sa o u em Ès ù.

80
Orác ulo 35

Ogbèká

Est e O dù fala de ter que super ar ciúme e inv eja par a alcan çar fama e r espeito .

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa injet ar mai s senso co mum e meno s
imag inação na s at iv idades cot idiana s.

35 – 1 (t r adução do ver so )

Es umar e co m um lindo do r so
co ns ulto u I fá par a a C huv a t or renc ial.
A ela fo i pedido que o fer ece sse u m sacr ifí c io
de uma enx ada, um alfan je e um cabr ito par a ev it ar
que as pesso as a lev as sem par a dentr o da flor est a.
Q uando ela finalme nt e veio a realizar o sa cr ifí cio , as pes so as
co meçar am a dar at enção a ela.

35 – 2 (t r adução do ver so )

O wó ni pebe, Esè ni pebe co ns ulto u I fá par a A r inwak a,


que fo i o médico de O wo ni..
A ele fo i dito que ter ia fama pelo mundo int eiro .
Ent ão , ele dev er ia sacr ificar um rat o , um peix e e uma g alinha.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .

81
Orác ulo 36

Ikagbè

Est e O dù fala em ter que defender no sso s dir eito s e ex ig ir respeit o .

O bser v ação o cident al: O client e dev e apr ender a mo der ar suas palavr as e açõ es
quando ex por um po nt o de vist a.

36 – 1 (t r adução do ver so )

Ele disse g ro sser ia, eu disse inso lência. Ele disse que nun ca é po ssí v el r o lar pano seco
no fo g o . Eu dis se que não é po ssí v el ut ilizar uma co br a co mo cint o . Eles não dev em ser
t ão r ude quant o o go lpe do fil ho do che fe na ca beça. que eu seja respeit ado ent ão at é
ho je. I nv o que est e I fá no iy è- ir ò sù que t enha sido mar cado co m o O dù Ìk ág bè e
esfr eg ue na s ua cabe ça (o rí ).

36 – 2 (t r adução do ver so )

O rir ot eer e, o adv inho da flor est a, co nsu lto u I fá par a A deiloy e,
que est av a lament ando sua falt a de filho s.
O sacr ifí cio : do is car neir o s e 44 000 o u 120 000 búzio s.
Ela pr est o u at enão nas palav r as e r ealizo u o sa cr ifí cio .
Ela fi co u muit o r ica e tev e filho s.
C ant ig a: Deiloy e, d’ o pag un.
Veja um mo nt e de cr ianças atr ás de mi m / veja u m mo nt e de cr ian ças at r ás de mim, e
as sim po r diante.

82
Orác ulo 37

Ogbètúrúpòn

Est e Odù fala so br e o client e fi car par a t rás em uma co mpet ição . Ele po de
v encer at r av és do sa cr ifí cio .

O bser v ação o cident al: U m no vo r elacio nament o ou desper t ar espir it ual ir á


aliv iar o fo co t empo r al co rr ent e do client e.

37 – 1 (t r adução do ver so )

Jig bin ni co ns ulto u I fá par a o cav alo (e sin) e também par a a v aca (er anla).
A v aca fo i aco nselhada a o fer ecer sacr ifí cio de maneir a que a ela ser ia dada a po si ção
so cial do cav alo .
Tr ês enx adas e 6 600 b úzio s dev er iam ser u sado s co m sa cr ifí cio .
A v aca o uv iu po r ém não realizo u o sacr ifí cio .
O cav alo o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .
No s t empo s que pas sar am, a v aca o cupav a uma po si ção so cial s uper io r ao cav alo .
Ès ù per suadiu as pes so as a t rat ar em o cav alo co mo u m bo m co mpanheir o
por que Èsù é se mpr e a fav or de qualq uer um que r ealiza seu s sacr ifí cio s.
I fá cant a: Jig bi nni o (sí mbo lo de car go ) est á no pesco ço do cav alo / est á no pesco ço do
cav alo .

37 – 2 (t r adução do ver so )

Ò g bèt ún mo po n- Sun mo si, Bi- omo -ba -nk e-iy á-r e-ni-aag befu n.
co ns ulto u I fá par a A lawo ro - Òr ì sà,
que est av a so fr endo co m falt a de filho s e est av a saindo co m o abut r e.
Ela fo i aco n selhada a fazer sacr ifí c io
um pedaço de teci do br an co co lo cado no Ò rì sà,
3 200 búz io s e duas galinha s.
Ela pr est o u at enção nas palavr as e realizo u o sacr ifí cio .

83
Orác ulo 38

Òtúrúpòngbè

Es se O dù fala de pr o blemas que est ão po r vir o u inquiet ação em casa causa da


pôr cr ian ças.

O bser v ação o cident al: Est e é um bo m mo mento par a co ncep ção .

38 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Do ’ nido ni- o-g bo do fo r i-ok o -ba- iná, O so ro -o -g bo doy i- wo’ nu -eg un-so r o , O
jo pur ut upar at aniilemok ur o -l’ alede co n sult ar am I fá par a o cr iado de Olo fin, um famo so
acr o bat a (at ak it i-g ba- eg bewá ). Dis ser am que pro ble mas despo nt av am mais adiant e;
lo go , dev er ia sacr ifi car do is g alo s, 12 000 búzio s e uma cor da.
Ele o uv iu mas não realizo u o sacr ifí cio .
A mãe do rapaz r ealizo u o sacr ifí cio quando seu filho t ev e pro blema s.
A histo r ia de I fá: Er a uma vez, um ho mem entr o u na casa do O lo fin e do r miu co m as
espo sa dele. Est e ato cr uel sur pr eendeu o O lo fin que dese jo u saber co mo alg uém
po der ia ser t ão cor ajo so a po nt o de entr ar no apar t amento de sua espo sa, desde que
hav ia apenas um por t ão que lev av a at é a s ua área. Po r isso , ele ini cio u uma
inv est ig ação . A inv est ig ação fr acasso u em rev elar a pes so a mal int encio nada. Ele
co nv o co u t o do s o s habit antes da cidade, co lo co u no chão 20 000 b úzio s e um cabr it o , e
o fer eceu ent ão u m pr êmio par a a pesso a que pudesse pular por sua par ede e cheg ar at é
a sua área. A S pesso as tent ar am e fal har am; por ém um r apaz da casa de Olo fin t omo u
a fr ent e e faci lment e pulo u at é a ár ea. O Olo fin ag ar ro u o r apaz, que fo i co nsider ado
co mo sendo o seu ofenso r , e o amar ro u. Q uando a mãe do r apaz so ube do aco nt ecido ,
r apidament e realizo u o sacr ifí cio que seu fil ho hav ia neg lig enciado . Tão rápido quant o
ela r ealizo u o sa cr ifí cio , Èsù co lo co u as seg uint es palav r as na bo ca do s filho s de
O lo fin: Vo cê. O lo fin, fo i o úni co que dor miu co m sua espo sa. Po r que amarr ar ia o fil ho
de alg uém e desejar ia mat a-lo ? O lo fin Q uando ele desa marr o u o rapaz e final ment e lhe
deu o cabr it o e o s 20 000 búzio s.

Orác ulo 39

84
Ogbètúrá

Es se O dù fala de sacr ifí cio g ar ant indo paz e felicidade.

O bser v ação o cident al: U m co nf lito no serv iço ser á r eso lv ido a favo r do client e.

39 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Par a, o amigo da enx ada (ok o ), e O debe, o amig o do fo ice (àdá ), co nsult ar am I fá par a
Ò r únmì là enquant o ele est av a v indo par a o mundo . Ele [I fá] disse que Òr únmì là nunca
cair ia em desgr aça. U ma ca br a, um r at o e um peix e dever iam ser sacr ifi cado s.
Ò r únmì là o uv iu e realizo u o sacr ifí cio .
Ent ão , desde a cr iação do mu ndo at é o s dias at uai s, Òr únmì là nunca cai u em desg r aça.
Ele fo i quem pr imeiro nele [ mundo ] piso u. Ele tr eino u o s A dv inho s de I fá e sit uo u o s
o dù em s uas respect iv as po si çõ es. A pesar de to das es sas co isa s, ele nun ca
neg lig enciar ia o s sacr ifí cio s pr es cr it o s par a ele, por que ele demo nst ro u ao s ser es
hu mano s que "não po de hav er paz alg uma sem sacr ifí cio ". Est a clar ament e ex pr esso em
v ár ias liçõ es em I fá que “o s seres hu mano s não v iv em em paz sem o fer ecer sacr ifí cio s”.
A lém do mais, pequeno s sacr ifí cio s pr ev inem a mor t e pr emat ur a. Q ualquer pes so a que
dese ja t er bo a sor t e sempr e o fer ecer á sacr ifí cio s. Q ualquer um que cult iv a o hábit o de
fazer o bem, especia lment e ao po br e, sempr e ser á feliz.

39 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A jiwo y e-o dede co nsult o u I fá par a O lo mo -A g bet i.


F o i pr edito que to das as suas aquisi çõ es v ir iam facilment e a ele nes sa v ar anda.
U m r at o , um peix e e duas imag ens dev er iam ser sa cr ificado s.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .

Orác ulo 40

85
Òtùrà-Oríkò

Est e O dù fala que o client e est á necessit ando de aut o co nfian ça, po is ele t em
so fr ido per das.

O bser v ação o cident al: Se a client e est á gr av ida, uma o fer enda par a g ar ant ir uma
cr iança saudáv el dev e ser feit a.

40 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Penr enmiy enmi, Penr enmiy enmi, Ò ràn mi d’et e, Òr àn mi d’ ero


C o nsult o u I fá par a o mil ho (Àg bàdo )
Q uando ele est av a v indo ao mu ndo pela pr imeir a v ez.
F o i dit o a ele que o fer ece sse sa cr ifí cio de maneir a a pr ev enir que as pes so as
v iessem co mer se us der iv ado s.
um tecido no vo e um cabr ito dev er iam ser sa cr ificado s.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

Est á é a r azão pela qual as pes so as co mem milho e seus der iv ado s.

40 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A luk er ese -f’ ir ak or or in co nsult o u I fá par a Oló k un-So nde,


Q ue sent o u-se pacient ement e e fico u o lhando a v ida passar .
F o i pedido a ela que o fer eces se sacr ifí cio quando par eceu -lhe inút il a sua v ida. F oi
pr edito que ela se to r nar ia g rande.
Dezes seis po t es d’ ág ua, duas ov elhas e 3 200 búzio s dev er iam ser sa cr ificado s.
Ela se to r no u a rainha de t o das as cor rent ezas.

Orác ulo 41

86
Ogbèatè

Est e O dù fala so bre ev it ar pro blema s e pot encia l cr iat iv o em v iag ens e esfor ço s
que est ão pôr v ir .

O bser v ação o cident al: O client e encar a po s sív el per da de empr ego ou
r elacio nament o .

41 –1 (Tr adu ção do v er so )

I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ewo n.


I y alet ajaja co nsult o u I fá par a I ro .
I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ì gèdè, o filho de A g bo nnir eg un.
Eles for am adv er t ido s a não irem par a a r o ça. Se fo sse m at é lá ir iam enco nt r ar I k ú (a
mo rt e).
Eles não ouv ir am.
Na manhã seg uint e eles fo r am at é a ro ça e enco nt r ar am Ik ú, que mato u Ewo n e I ro . Ele
t rag o u Ì g èdè, o filho de A g bo nnireg un. Q uando as no tí cia s cheg ar am ao s ouv ido s de
A g bo nnir eg un, ele fo i at é seu babalawo , que co nsult o u I fá par a ele. A ele fo i pedido
as cr ificar penas de papag aio , co nt as t ut u-o po n, tr ês g randes bo las de inhame pilado e
set e po mbo s. Ele t ambém fo i or ient ado a lev ar o sacr ifí cio à r o ça ao amanhecer .
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
C heg ando à ro ça, ele enco ntr o u o cor po de Ewo n, no chão .
Ele enco nt ro u o co r po de I ro no chão .
I k ú cha mo u Ag bo nnir eg un. Ele vo mito u Ì gèdè nas mão s de A g bo nnir eg un e pediu par a
que ele eng o lisse Ìg èdè. Ele disse: Ag bo nnir eg un sempr e dever ia v omit ar Ìg èdè em
dias terr iv elment e tr ist es.

41 – 2 (Tr adu ção do v er so )

87
A saig bo ro , A rinnig bo ro , O bur in- bur in bu -o mi bo ’ ju
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i pr edito que Òr únmì là ser ia enr iquecido na ci dade.
Ent ão ele dev er ia o fer ecer um sa cr ifí cio : um r ato , um peix e e uma galinha.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
O rat o , o peix e e a galinha for am ut ilizado s par a sat is fazer I fá.

Orác ulo 42

88
Ireteogbe

Est e O dù fala de pr o sper idade, felicida de e sat isfa ção sex ual.

O bser v ação o cident al: U m nov o r elacio nament o o u u m aumento na int ensi dade
do relacio name nto co rr ent e é pr ov áv el.

42 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A t eg be, A t eg be, o A dv inho de O lok un, co nsult o u I fá par a Olo k un.


U ma o velha e 18 000 b úzio s dev er iam ser o fer ecido s co mo sacr ifí cio .
F o i pr edito que ele ser ia r ico e ter ia muit o s filho s.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio
Ele fi co u r ico e tev e muito s filho s.

42 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I re- nt eg be, o A dv inho de A k isa,


co ns ulto u I fá par a A k isa quando est e est av a a po nt o de dar mel ao I fá dele.
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car mel, aadun ( milho e azeit e) e o bi.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
I fá ent ão deu-lhe dinheir o

Orác ulo 43

89
Ogbese

Est e O dù fala de bo as not í cia s e realizaçõ es que chama m por cele br ações.

O bser v ação o cident al: O client e po de esper ar muda nças po sit iv as em seu
r elacio nament o emo cio nal.

43 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ero - ilé-k o mo pet ’o na- nbo co nsult o u I fá par a Olo ide,


que est av a indo se ca sar co m A mi. Lhe fo i falado que o mundo sair ia par a celebr ar co m
eles quando eles fica ssem muit o pr ó spero s em v ida. U ma cabr a dev er ia ser usada em
sa cr ifí cio .
Ele o uv iu a o rient ação e realizo u o sacr ifí c io .
A hist or ia de I fá: U m dia to do s o s pássar o s se junt ar am par a pedir a O lo ide que
apr esent asse sua no iv a A mi. Olo ide co nco r do u e or deno u que eles se reuni ssem no
mer cado , pr ov idencia ssem v inho de palma e o utr as bebida s alco ó licas e as sim pôr
diant e. No dia apo nt ado , t odo s o s pás saro s da flor est a se junt ar am co m o v inho de
palma requis it ado . Depo is de ter em ter minado de beber e de co mer , o papag aio
(O dider e) pô s -se de pé e mo st ro u a mar ca em sua cauda (a mi) par a t odo s o s pás saro s.
Ele cant o u e dan ço u: Eu v im par a lhe mo str ar ami, O lo ide. Eu vim par a lhe mo st r ar
ami, Olo ide. Eu v im par a lhe mo str ar ami ao s pás saro s da flor est a. F icar am to do s eles
felize s e junt ar am- se a ele a cant ar e dan çar .

43 – 2 (Tr adu ção do v er so )

See se Woo wo co ns ulto u I fá par a I res u-ele,


Q ue est av a vindo v isit ar O de A jalaye.
F o i dit o que Ò g ún ser ia o úni co a repar ar s ua cabe ça (o rí ).
Lo go , dev er ia sacr ifi car uma ce st a de iwen [ ing . palm ker nel shell ],
t rês galo s, um inhame assado e 6 600 búzio s.
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .
Orác ulo 44

Oso-Ogbe (Osomina)

90
Est e O dù pr ev ine co nt r a asso cia çõ es co m pes so as más. U m lig eir o so fr iment o
ser á su bst it uí do pô r pr o sper idade.

O bser v ação o cident al: A tr açõ es emo cio nai s r esult am em r ev o lt a tempor ár ia.

44 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A r innaper an je-Ese, Olo g bo f’ o si’ or un -o -njar eg e.


Ò r únmì là disse que ele ser ia ensinado a so fr er no iní cio e pr o sper ar no final.
U ma ca br a dev er ia ser dada a Èdú (Òr ún mì là).
Ele dis se que eles co mer am, eles não der am nada a Ig aliy er e co mer .
Eles beber am, eles não der am nada a I galiy ere be ber .
I g aliy er e o fusco u o s olho s deles.
I g aliy er e é o no me que nó s c hamamo s a Èsù.

44 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I re- y ue co nsult o u I fá par a Olo ja- er u.


Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car
um cabr ito e 6 600 búz io s de maneir a a ev it ar pesso as
que retr ibuir iam a ele co m o mal.
Ele se recu so u a o ferecer sa cr ifí cio .
Ele aj udo u a car reg ar peso at é a fe ir a e a sua genero sidade fo i retr ib uí da co m mal.

Orác ulo 45

Ogbèfún

91
Est e O dù fala de instr u mento s que quando so am af ug ent am a mo rt e e o s mau s
espí r ito s.

O bser v ação o cident al: C o mpor t amento não mo nóg amo po de cau sar gr ande dano .

45 – 1 (Tr adu ção do v er so )

M o saa-li- o -ni-o pa, Er o g bo nr e-o -mese co nsult ar am I fá par a Og bè.


O g bè est a indo seduzir a espo sa de Ò fún.
Ele fo i as seg ur ado do su cesso .
U ma g alinha, um rat o , e 4 400 búzio s dev er iam ser sa cr ificado s.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .

45 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O liwo wo ji, Oliwo wo ji wo . Eles co ns ult ar am I fá par a a mo rt e I k ú (a mor t e).


Ele co ns ult ar am I fá par a À r ùn (do ença). A mbo s quer iam despo sar Las unwo nt an, a
filha de Òr ì sà. Ò rì sà di sse que dar ia s ua filha par a qualq uer jo v em que pude sse cr iar
201 nov as cabe ças (or í ). Eles part ir am e for am pensar no que fazer . Ik ú fo i at é a ro ça
pro c ur ar 201 pes so as, que fo r am mo rt as imediat ament e. Suas ca beças fo r am peg as,
amar r adas junt as e lev adas pôr ele. A ssim que ele fo i par a o cami nho que lev av a à casa
de O risa, ele o uv iu alg uém cant ando o seg uint e cant o :
Se eu ver Ik ú, eu ir ei lut ar co m ele. O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Se eu ver Ik ú, eu ir ei lut ar co m ele. O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Q uando I k ú , co lo co u as 201 cabe ças no chão e sai u co rr endo , espant ado que alg uém
ser ia su ficient ement e co r ajo so par a ameaçar a ele e a A r un. Ele não sabia que Ar un
est av a pô r tr ás dest e ato diabó li co . Ar un t inha aca bado de ir v er um babala wo par a
est e o aux iliasse imag inar uma maneir a de co nseg uir que Lasu nwo nt an filha de Or isa
se t or nasse sua espo sa. O ba balawo disse a ele par a que co nseg uis se 200 co ncha s de
car amu jo , o s quais ele pr ov idencio u. O ba balawo fio u as co ncha s, co lo co u-as ao r edor
do pesco ço de A r un e dis se ensino u a ele a cant ig a que ele dev er ia cant ar . Q uando Ik ú
jo go u as 201 cabeça s for a e fug iu, A r un j unt o u as 201 cabeça s e as levo u par a O risa.
O risa por sua vez deu Lasunwo nt an, s ua filha, a Ar un. Ent ão nó s t emo s um dit ado que
diz: “A M or te t inha sa cr ificado par a a doen ça par a ter suce sso ”. Est a hist o r ia no s co nt a
que qualquer instr u mento so no ro afug ent ar á a mo rt e o u o utr o s espí r ito s malig no s.

92
Est a é a razão pela qual a medi cina tr adicio nal as pesso as co lo cam inst r ument o s dest a
nat ur eza no àbìk ù (nasci do par a mo rr er ) o u no ut r as cr iança s do ent es.

Orác ulo 46

Òfún’gbè

Est e O dù fala de um po der o so inimig o . U ma br ig a o u pro ble ma é est á par a


aco nt ecer .

O bser v ação o cident al: O client e fr eqüent ement e encar a co nflit o s leg ais e/o u
g ov er nament ais.

93
46 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I g i-rer e, Ig i-ig bo , I gi- rer e, Ig i-o dan,


Per eg un nwani ni, o A dv inho de Esu mer i, co nsult o u I fá par a Ò fún
quando Ò fún est av a indo sur r ar O g bè at é a mo rt e.
O fun fo i or ient ado a sa cr ificar , de maneir a que O g be so br ev iv es se à sur r a.
U m car neiro dev er ia ser sa cr ificado .
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
Est e I fá mo st r a que uma br ig a o u pr o blema est á par a aco nt ecer .

46 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún no ’ r a, aja no ’r a
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (O lo bahu n Ì japá)
quando ele est av a indo ao mer cado co m o s mo nst ro s (ewele).
Ele fo i o r int ado a o fer ecer sacr ifí c io de maneir a a reto r nar a salv o .
Tr ês g alo s, 6 600 búzio s e lag o st a (ede) dev er iam ser sacr ificado s.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .

Orác ulo 47

Oyekubiworilodo

Est e O dù o fer ece so luçõ es par a est er ilidade e impot ência sex ual.

O bser v ação o cident al: É um mo mento per feito par a g rav idez.

94
47 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O yek ubir i co ns ulto u I fá par a o po mbo .


F o i pr edito que o po mbo ser ia fért il.
Ent ão ele dev er ia sacr ificar
2 000 fei jõ es e 20 000 búzio s
Ele seg ui u a o rient ação e fez o sacr ifí cio .
O po mbo se t or no u fért il.
O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a a po mba (ada ba)
F o i pedida a ela que fizes se um sacr ifí cio .
A po mba r ealizo u o sa cr ifí cio
Ela se tr o no u fér t il.

47 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O yek u- awo -o mo de, I wo r i-awo -ag balag ba


co ns ulto u I fá par a o Pênis (Or o mina),
que est av a indo lut ar em uma bat alha na ci dade A jat ir i.
Di sser am que ele não penetr ar ia se falha sse em realizar sacr ifí cio .
O sacr ifí cio : Tr ês car neir o s, t rês cabr it o s, t rês cães macho s, t rês galo s,
t rês tart ar ug as mac ho e 6 600 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
Ele penet ro u.
O ro mina é o no me pelo qual chama mo s o pênis (o kó ).

Orác ulo 48

Iwori-Yeku

Es se O dù fala so br e per ig o s imi nent es e co mo ev it ar ou mini mizar as


co nseq üência s.

O bser v ação o cident al: Blo queio s emo cio nai s pr ecisam ser eliminado s atr av és do
C ult o A ncest r al o u ofer endas.

95
48 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O g un-ag bot ele k iip’ ar o co nsult o u I fá par a Ì wòr ì .


A ele fo i pedido est ar pr epar ado . A Mo rt e est av a cheg ando .
M as, se ele sacr ifica sse,
ela ser ia afast ada.
O sacr ifí cio : u ma caba ça co nt endo inhames co zido s co m ó leo (ewo ),
uma por ção de o bì par a ser em dist r ibuí do s às pesso as,
um fr ang o , uma ov elha e 240 000 búzio s.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .

48 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O hun- t iy oo senik iig bai se’ ni, Èny ì àn-k an-dandan- lio -maabi -A yek un- o mo
co ns ulto u I fá par a O lo fin.
Eles disser am que um r ecém- nascido ado ecer ia. A pó s um per ío do pr o lo ng ado de
t rat amento , ele t er ia melho r as ma s ficar ia aleija do .
Eles aco nsel har am par a que O lo fin não ficas se zang ado ; se ele o fer eces se sacr ifí cio , o
bebê ainda pro sper ar ia.
O sa cr ifí cio : u ma ov elha, 440 000 búz io s, e o r emédio de I fá (quinar fo lhas de ir oy in e
de ewur o na ág ua co m sa bão par a banhar a pes so a par a quem I fá fo i co nsult ado ).

Orác ulo 49

Oyekuf’oworadi

Em ir e esse O dù fala de su ces so pes so al e financeir o co m mulher es. M as em ibi


ele pede sa cr ifí cio par a ev it ar mor t e.

O bser v ação o cident al: O client e est á dando muit a impor t ância em at iv idade
sex ual ameaçando o bem est ar .

96
49 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Bi o y in bi A do co nsult o u I fá par a Òr únmì là.


I fá est av a indo em uma v iagem de div ina çaõ par a a cidade das mul heres.
F o i pr edito que Òr únmì là t er ia mu ito su ces so ali.
Ent ão ele dev er ia o fer ecer co mo sacr ifí cio
dezes seis po mbo s e 3 200 búzio s.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .

49 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O g ido l’ Eg ba, Sag amo o Adv inho de Esa.


A mbo s co nsult ar am I fá par a Òr únmì là
no dia em que a mo r te est av a per g unt ando pôr sua casa;
a do ença est av a per g unt ado pô r sua casa.
Eles disser am que se Ò rúnmì là falhas se em r ealizar o sacr ifí cio , mo rr er ia.
O sacr ifí cio : do is cães neg ro s e 4 400 b úzio s.
Ele es cut o u e realizo u o sacr ifí cio .

Orác ulo 50

Idiyeku

Em ir e, esse Odù fala de su ces so financeir o atr avés da pro picia ção do O rí . Em
ibi, especif ica sa cr ifí cio par a ev it ar mo rt e.

O bser v ação o cident al: É necessár io se co mu nicar co m o s A ncest r ais par a aux iliar
o s neg ó cio s o u aliv iar pr essõ es quo t idianas.

50 – 1 (Tr adu ção do v er so )

97
I diy ek uy ek et e co nsu lto u I fá par a O lo r i-o ga.
A ele fo i pedido que o fer ece sse um pedaço de t ecido br anca que ele t inha em s ua ca sa,
uma o velha e 3 200 búzio s de maneir a que se u cor po não ser ia envo lv ido co m o tecido
aquele ano .
Ele o uv iu mas não realizo u o sacr ifí cio pr escr ito .
C ant ing a de I fá: Edi-o yey e, Edi- oy ey e / Olor i- og a co br iu a si mesmo co m se u t ecido /
Edi- oy eye, Edi -o yey e.

50 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A wo -ir e-ir e-niit fi- ehin-t an’ na co nsu lto u I fá par a O k unk un su,
que se dir ig ia à cidade de I fe. Ele fo i or ient ado a adent r ar à cidade pela no it e, apó s
Ter o fer ecido um sacr ifí cio — um r at o , um peix e e uma g alinha — par a pro piciar s ua
ca beça. I fá dis se que ele ser ia mu ito bem sucedi do ali.
Hist o r ia de I fá:
C heg ando na cidade à no it e, Ès ù co meço u pô r v isit ar to das as casa s par a anunc iar a
cheg ada de O k unk unsu e dizer que um baba lawo hav ia acabado de cheg ar . Ele não ir ia
na casa de ning uém. A s pes so as dev er iam se es for çar par a ir e v ê-lo o nde ele
per manecer ia, por que se ja o que for que fizesse pela pesso a ir ia fazer co m que ela
est iv esse bem, ainda que sua per so nalidade não fo s se gr ande. I st o fo i o que Ès ù
des cr ev eu par a as pesso as. O k unk un su final ment e r et or no u par a casa co m muit o
dinheir o e po s ses.
Orác ulo 51

Oyeku’rosu

Es se Odù fala da impor t ância de se o bedecer I fá par a o bt er s uces so e ev it ar


mo rt e.

O bser v ação o cident al: Bo m pensament o dev em ser tr aduzido s em bo as açõ es


par a ev it ar pr o blemas.

51 – 1 (Tr adu ção do v er so )

98
A jawe so la, At e-iy e-ir o su- se-o la
co ns ulto u I fá par a G ber ef u, o filho mais velho de Òr únmì là.
Eles disser am que seus ik in o enr iquecer ia.
F o i pedido que ele sacr ifica sse um r at o , um peix e e uma ca br a.
Ele seg ui u a o rient ação e fez o sacr ifí cio .

51 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A wo k ek ere- ilé-eni- ko t n’ ni je co nsult o u I fá par a O lo fin.


F o i pedido que ele sacr ifica sse um cão , um inhame assado . vinho de palma e 6 600
búz io s de maneir a a ev it ar o despr azer de Òg ún.
Ele o uv iu e se r ecu so u a sacr ifi car . Òg ún o mato u.
I fá adv ert iu que nenhu m babalawo dev er ia ser desrespeit ado , nem mesmo u m jov em
A wo .

Orác ulo 52

Irosu Takeleku

Es se O dù fala de inv eja e sedução e pede pôr sa cr ifí cio s par a ev it ar gr av es


co nseq üência s.

O bser v ação o cident al: U ma m udança de serv iço ir á tr azer melho r amento .

52 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O ro dudu awo inú ig bó co nsult o u I fá par a A mur e,


quando A mur e est av a indo lev ar a espo sa de Sang o par a ca sa.

99
Eles disser am que se ele falhas se e m sa cr ificar , a mo rt e o lev ar ia.
O sacr ifí cio :
t rês cabr ito s e 6 600 búzio s.
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .

52 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I t ak ut ali- ait a- aso , Ir ik ur ili- air i- o fi


co ns ult ar am I fá par a Ò r únmì là, que se dir ig ia à casa de
O lok in- sande.
F o i dit o que a casa de O lo k in-san de ser ia muit o pr o mis sor a a ele;
lo go , dev er ia ele sacr ifi car quatr o po m bo s, iy e-iro su, 8 800 búzio s.
por que ele ser ia inv ejado as sim que reco lhes se seu s ho nor ár io s.
Ele o fer eceu o sacr ifí cio .
F o i pedido par a sacr ifi car mais a fr ent e tr ês ca br it o s e 6 600 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e apr esent o u o sacr ifí cio . Ele fo i inv ejado quando
r eco lheu seu s ho nor ár io s.
Ele cant o u a seg uint e ca nt ig a:
A wo est á indo par a ca sa par a se r eabast ecer co m pó de iy è
o pó de iy e do A wo acabo u.
o pó de iy e do A wo acabo u.
A wo est á indo par a ca sa par a to r nar a encher seu pó de iy è
o pó de iy e do A wo acabo u.

100
Orác ulo 53

Oyeku Wonrin

Es se Odù o fer ece cur a par a po ssí v eis co nseqüên cias sér ias de adult ér io e per igo
de v iag ens dist ant es.

O bser v ação o cident al: A çõ es impensa das ir ão result ar em blo queio s no s


neg ó cio s.

53 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O k it ibi- aket ek iit an- nidi- ope co ns ulto u I fá par a Laweni bu.
F o i pedido a ela que co nfessa sse seu adult ér io se não quises se mor r er .

101
U ma ca br a dev er ia ser o fer ecida co mo sacr ifí c io , se ela não quises se mo rr er
dev ido ao adult ér io .
Ela apr esent o u o sacr ifí cio .
I fá diz que a mulher par a quem est e o dù é div inado est á co met endo adult ér io .

53 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Jaf ir ijafi K emk ejade, A gadag idiwo nu -o do - ef’ ar abo - omi


co ns ulto u I fá par a o caçado r (o de), co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
O caçado r se dir ig ia à flor est a de O lik or o bo jo .
F o i pedido a ele que sacr ifica sse de maneir a a ev it ar que ali ele mo rr esse:
set e g alo s e 14 400 búzio s.
O caçado r realizo u o sacr ifí cio .
Ò r únmì là est av a em jor nada a um lo cal dist ant e.
F o i pedido a ele que sacr ifica sse de maneir a a ev it ar que ali ele mo rr esse:
um barr il de azeit e-de- dendê, no v e galo s, no v e cabr ito s, no v e rato s, nov e peix es e
po mbo s.
Ò r únmì là seg uiu a or ient ação e fez o sa cr ifí cio .

Orác ulo 54

Owonrin Yeku

Es se O dù fala da necessi dade de caut ela em no s sas at iv idades.

O bser v ação o cident al: Pen sament o s irr acio nai s r esult ar ão em r eper cu ssõ es
emo cio nais sér ias.

54 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Sip isipi -li- a-nr i’ g ba- A je, Dug bedug be- li-anlu -a- g bee- Yeba,
A k iilu ag bee Y eba k io madun ker edudu ker edudu
co ns ulto u I fá par a O r isa-nla po r que sua espo sa Y emo wo , est av a indo
par a a ro ça co met er adult ér io . Par a que ela não mor r esse dev ido a s ua infidelidade, ela
dev er ia o fer ecer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s, 8 000 búzio s e quat ro car amu jo s.

102
Ela r ealizo u o sacr ifí cio .
O mesmo I fá fo i div inado par a A janaa -Werepe, que er a o amant e de Yemo wo .
F o i pedido a ele que sacr ifica sse tr ês cabr ito s e seis mil búzio s par a ev it ar sua mor t e.
Ele seg ui u a o rient ação e fez o sacr ifí cio .

54 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A jalo r um I k uk ut ek u awo eba’ no


co ns ulto u I fá par a K ut er un be, quando est e se dir ig ia à
r o ça de A lo ro par a o fe st iv al anual.
Ele fo i adv er t ido que se ele não to mas se pr ecauçõ es aquele ano , ele ser ia mo rt o pelo
pro dut o de sua ro ça.
O sacr ifí cio : t o do o pr o dut o da ro ça. set e g alo s e 14 000 búzio s.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

Orác ulo 55

Oyekubara

Es se O dù pede por sa cr ifí cio s par a ev it ar as co nseqüên cias de at iv idades


no r mais do dia-a- dia.

O bser v ação o cident al: Es se O dù o fer ece ao cl ient e a opor t unidade de ev it ar as


co nseq üência s de más açõ es ant er ior es.

55 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O yek u- pabala, O yek u-pabala co nsult o u I fá par a a t ar t ar ug a (aw un)


quando ela est av a serv indo Esi pô r dinheiro que a ele dev ia.
Eles dis ser am que se ela ofer ecesse sa cr ifí cio — 3 600 búzio s e uma cabr a dev er iam ser
o fer ecido s — ela ev it ar ia o r eembo lso dest e empr ést imo . Ela seg uiu a o rient ação e fez
o sacr ifí cio .

103
A hist or ia de I fá:
Pô r lo ng o tempo , a t ar t ar ug a t em est ado a ser v iço de seu co nt r ato de r eem bo lso de
dí v ida. ela decidiu fi car em casa e falt ar co m seu cr edor pôr cinco dias. Ela embr ulho u
um paco t e de pedr as co m uma co nt a especial e o lev o u at é a casa de Esi. Q uando Esi
cheg o u em ca sa, o paco te fo i dado a ele, o qual ele jo go u for a em um ar bu sto . A wun
perg unt o u se ele v iu o pacot e que ele t inha deix ado em sua casa. Es i disse que viu e
que o jo go u for a em um ar bu st o . A wun dis se, “Há! v o cê jo g o u for a co nt as de cor al
(iy un ) em um ar b ust o ?”. Par a encur t ar a hi sto r ia, o hi sto r ia viro u caso ju dicial. Eles
fo r am até o s an ciõ es na cidade que ag ir am em juí zo . Esi fo i j ulg ado c ulpado . Fo i
pedido a ele que u sasse as co nt as co mo r eembo lso pelo dinheir o que ele empr esto u a
A wo n.

55 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O yek u- pabala, O yek u-pabala, o Adv inho de Esin (cav alo ),


co ns ulto u I fá par a Esi n. F oi pedido que ela o fer ecesse um sa cr ifí cio
par a que ev it as se puni ção apó s Ter um bebê; 2 000 v ar as, um ca br it o e 2 600 búzio s.
Esi n o uv iu. Esin se rec uso u a sa cr ificar .
S ua hist or ia:
Esi n fo i v isit ar O yo quando ele t ev e um bebê. Èsù pesiu par a as pesso as a cav alg ar .
Eles dis ser am, “Há! ela aca bo u de t er um bebê”. Èsù disse que is so não sig ni ficav a q
ela não pudes se andar . Ele dis se que eles dev er iam usar uma var a par a aço it ar . Eles a
mo nt ar am. Ela ando u. To da vez que ela não andas se cor r et ament e, ela er a aço it ada.
Esi n lamento u não Ter feit o o sa cr ifí cio pr escr it o pôr Oy ek u -pabala, O yek u-pabala,
O yek u- pabala, pabala, e assim po r diant e.

104
Orác ulo 56

Obara Yeku

Es se O dù pr ev ine co nt r a insubo r dinação no lar e no t rabalho .

O bser v ação o cident al: O client e é encar ado co mo sendo o par ceiro do minant e.

56 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A luk o so O ba (r ei) disse que ele pr ov av elment e não ser v ir ia ao r ei.


I bar a-O yek u, v o cê alg uma vez o uv iu co isa assim ?
A lu’ lu- O ba (o per c ussio ni st a do r ei) dis se que ele po ssiv elment e não
ser v ir ia ao rei.
O bar a-O yek u v o cê alg uma vez o uv iu co isa as sim ?
Er ú (u m escr avo ) disse que ela po ssiv elment e não ser v ir ia seu mest r e.
I fá dev er ia ser pro picia do co m uma g alinha.
Se nó s apazig uássemo s I fá co m uma galinha,

105
I fá aceit ar ia no ssa o fer enda.

56 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là


quando se us client es se r ecu sar am a pat r o cina- lo .
Dez rato s (ek u-awo sin ), fo lhas de ir e e sabão fo r am sa cr ificadas.
Ele o uv iu as palav r as e r ealizo u o sa cr ifí cio .
O babala wo pilo u to do s o mat er ial junt o par a ele se banhar co m o prepar ado .

Orác ulo 57

Oyekupelekan

Es se Odù fala de co mo o sacr ifí cio po de no s pr o t eg er co ntr a más int ençõ es e


per da de pr est í g io .

O bser v ação o cident al: O client e é t eimo so e r ecu sa bo ns co nselho s.

57 – 1 (Tr adu ção do v er so )

K abek uk utek uro lo na- kar ibipade- ijapek ipek i


co ns ulto u I fá par a A k ibo la quando est e se dir ig ia à ro ça par a
o fest iv al anual mat ar o filho de Oy i (maca co ).
Ele plane jo u ex ibir s ua pele.
F o i pedido que Oy i o fer eces se um sacr ifí cio :
t rês lanças, tr ês g alo s e 6 600 búzio s.
Ele se recu so u a fazer o sacr ifí cio .
Ele fo i mo rt o .

106
57 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A to r ir or ay o -I lelaba-I ro ko - ng be
co ns ulto u I fá par a I r awo sasa, es cr av o de Olo dunmar e.
F o i pr edito que se ele falhas se em seg uir o caminho de O luwa,
s ua r eput ação ser ia bani da.
U ma ca br a e 2 000 b úzio s dev er iam ser o fer ecido s em sa cr ifí cio .
I rawo (a estr ela) se rec uso u a sa cr ificar .
Ent ão , o dia que Olo dunmar e r eflet ir ia na v aidade de uma estr ela, nó s v er í amo s uma
est r ela repent inament e cair do céu par a dentr o da escur idão .

Orác ulo 58

Okanran Yeku

Es se O dù fala de sacr ifí cio s pr o po r cio nando r iquezas e sacr ifí cio não r ealizado s
t razendo dest r uição .

O bser v ação o cident al: O client e g o st a de co rr er ris co s o u "cami nhar po r


ext r emo s" e deve t r abalhar co m seus ancest r ais par a ev it ar dificu ldades.

58 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Tek ut u, o A dv inho faz cr ian ças,


Tek at a o A dv inho do s adulto s,
O k u ik a k an k io di Eji- Oy e
co ns ulto u I fá par a as pesso as em Ig bey in-o do , e também na casa
de I to r i.
F o i pedido a eles que sacr ifi cas sem dez g alo s e 20 000 búzio s.
A s pes so as de ò de It or i não sacr ifi car am.
A g uer r a que t er ia mat ado as pesso as de Ig bey in- odo fo i par a a ca sa de I to r i.

107
58 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O kanr an’ Y ek u disse r iquezas.


Eu disse mais r iquezas.
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de dendê,
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de ban ha de ò rí ,
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de adin,
o co nfor t o de uma ca sa facil it ar á a umidade do
banheir o e em v olt a de um po t e d’ ág ua.
Sa cr ifique o ito car amu jo s e 16 000 búzio s.
Se o client e r ealizar o sacr ifí cio , I fá diz que t udo cor r er á bem co m ele.

Orác ulo 59

Oyeku-Eguntan

Es se O dù o fer ece pr ot eção co nt r a mo r te imi nent e.

O bser v ação o cident al: U m serv iço o u r elacio nament o per ig a ter minar dev ido a
bat alhas emo cio nais.

59 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eni l’ o ja Ewo n, Ola l’ o ja O we


co ns ulto u I fá par a O yek u, c uja a mo rt e fo i pr edit a em quatr o dias.
F o i pedido a ele que sacr ifica sse um car neiro .
Ele o uv iu as palav r as e fez o sacr ifí cio .
O dia pr edit o não veio passar .
A r ev o lt a so br e a mor t e de Oy ek u não se mat er ializo u.

108
Orác ulo 60

Ogunda’Yeku

Es se O dù fala de bo ndade e genero sidade tr azendo co nfor to , cr es ciment o e


pro sper idade.

O bser v ação o cident al: U m for t e aux ilio ancest r al pro po r cio na um fi m par a
difi culdade s.

60 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Po ro k ipor ok i mo le hun’ so ,
K ek ek e mo le r’ er ù,
M o t a mo jer e,
I di eni li aiwo biot i l’ aro si.
I fá fo i co ns ult ado par a Tet er eg un
quando ele est av a par a ent reg ar a “ág ua do co nfo rt o ” a O lo k un.
F o i pedido a ele que sacr ifica sse
banha de òr í , do is car amujo s, e 16 000 búzio s.
Ele seg ui u as in str uçõ es e realizo u o sacr ifí cio
ele entr ego u a ág ua a Olo k un.

109
O lok un disse Vo cê, Tet er eg un! de ag or a em diant e, v o cê sempr e est ar á
em co nfo r to . Vo cê nu nca sent ir á falt a de r o upas. Eu co nt inuar ei a aben ço a-lo .
C ant ig a de I fá: Tet er eg un pr o spero u / ele entr eg o u a “ág ua do co nfo r to ” a O lo k un.

60 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ek ik an-ilé- abar ag bar ado do g bar ado do


co ns ulto u I fá par a Enu -o na-ilé, A r in-k er e- kan’ bi.
F o i pedido a ele que ofer ecesse sacr ifí cio
[de maneir a] que ele nun ca t iv es se falt a de pesso as:
quat ro po mbo s e 3 200 b úzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e fez o sacr ifí cio .

110
Orác ulo 61

Oyeku Gasa

Es se O dù sug er e co mpro mis so par a ev it ar per da to tal.

O bser v ação o cident al: Es se O dù muit as vezes deno t a co nflit o na so ciedade ou


no r elacio namento .

61 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I le-ewu -ab’ o ju sok ot o


co ns ulto u I fá par a as pesso as em Og er e- eg be.
F o i pedido que eles sacr ifi cas sem de maneir a
a ev it ar pe sar es em s uas v idas.
O sacr ifí cio : u ma caba ça de v inho de palma, quat ro po mbo s
e 8 000 búzio s.
Eles se r ecusar am a r ealizar o sacr ifí cio .

61 – 2 (Tr adu ção do v er so )

U m elefant e mo rr eu na r o ça de O lijede, mas sua cal da fico u

111
na r o ça de O nit iy o . O s habit antes da cidade de Onit iyo dis ser am que o elefant e
pert encia a eles. O s habit ant es da cidade de O lijede dis ser am que o elefant e per t encia
a eles. O elefant e que mo rr eu so br e as duas t er r as admin ist r adas sim bo liza a g uer r a.
Eles fo r am adv er t ido s a r ealizar em sacr ifí cio , po is ir iam lut ar por alg u ma co isa. U m
ca br it o e 12 000 búzio s dev er iam ser o fer ecido s em sacr ifí c io . A pó s t rês mese s, eles
r ealizar am o sa cr ifí cio que hav iam ig no r ado . O elefant e se deco mpô s. Èsù ent ão
div idiu o mar fim ent r e as duas par t es e o s aco nsel ho u a desist ir em da g uerr a.

Orác ulo 62

Osa Yeku

Es se Odù pede sacr ifí cio par a asseg ur ar lo ng ev idade e par a ev it ar po ssí v eis
t ur bulênc ias.

O bser v ação o cident al: Pr o ces so s judic iais o u ser v iço s duv ido so s co mb inam co m
blo queio s emo cio nai s cr iando sit uaçõ es caót ica s.

62 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O say ek u co nsult o u I fá par a O nat oo ro .


O say ek u co nsult o u I fá par a O nag bo or o .
F o i pr edito que o s dias de est r ada da vida ser iam pr o lo ng ado s.
Lo go dev er ia o fer ecer sa cr ifí cio : um po mbo , uma ov elha e 4 200 búzio s.
eles o uv ir am e realizar am o sacr ifí cio .

62 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O say ek u: I sak u sa-I y ak uy a niim uniiy e’k un


co ns ulto u I fá par a o g alho de uma ár v or e.

112
F o i pedido que o fer eces se sacr ifí cio par a asseg ur ar sua seg ur ança
no dia em que um t or nado vies se.
F o i pedido que o fer eces se uma tart ar ug a, um po mbo e 2 000 búzio s.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

Orác ulo 63

Oyekubeka

Es se O dù fala da necessi dade do babalawo div idir seus sacr ifí cio s co m Es u e
o utr o s. Sa cr ifí cio s g ar ant indo seg ur ança.

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa dar mais ênfa se em s ua nat ur eza
espir it ual e meno s nas "co isa s" o u dinheir o .

63 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Gb ing bin er ek e, A div inho do lado do cór r eg o , co nsult o u I fá par a


O yek u e Ek a. Fo i pedido que sa cr ificas sem dua s g alinha, milho e
3 200 búz io s.
O yek u não r ealizo u o sacr ifí cio .
A hist or ia de I fá:
Tant o Oy ek u quant o Ek a fo r am em uma per egr inação div inató r ia.
Ek a tev e su cesso ma s O yek u não . Ek a di sse, “Vamo s par a ca sa”. A ssi m que eles
est av am ret or nando , eles co nt r at ar am um bar queir o . Oy ek u, o pr imeiro em cheg ar lá,
pediu par a o bar queiro que aj udas se a empur r ar Ek a no rio . A pr imeir a pesso a pag o u
ao bar queir o 2 000 búzio s. Q uem or deno u Er inwo I fè fo s se jog ado na ág ua? A ág ua
nun ca lev ar ia u m car ang uejo embo r a. Ele nadar ia par a seg ur ança. Oy ek u in st ig o u o
bar queir o a deix ar Ek a cair na ág ua. Edu n (ma caco ) fo i aquele quem r esg at o u Ek a.

113
63 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A dero mo k un o Adv inho de I jesa.


A debor i o A dv inho de Eg ba.
K ok o fako ko y er e- o-ba wo n-pin- er u -l’o g bo og ba- or un- niit ii-wa que é
o no me dado a Èsù- Òdàr à.
O yek u e Ek a co nsult ar am I fá par a O wá, que ut ilizo u
cin co búzio s par a co ns ult ar em no me das mulher es infecun das na casa. Dev ido a
fr acas sar em int er pr et ar cor r et ament e, O wa mat o u a ambo s na encr uzilhada.
K ok o fako ko y er e des ceu do C éu par a o lo cal do aco nt eciment o .
ele pux o u uma fo lha e esfr eg o u no s olho s e nas cabeça s deles. Ele cant o u:
Er ir ug ale- g bende, g bende o. Gbe nde. Er ir ug ale-g bende. Eles despert ar am. Ele o s
es co lt o u at é O wa. Ele pr es cr ev eu sacr ifí cio par a O wa em 2 000. Eles dis ser am, “o
pro pó sit o de sua co nsult a a I fá fo i a infer t ilidade das mulher es em s ua casa. Vo cê
pr efer ir ia que elas fo s sem fért eis”. Fo i pedido que ele sacr ifi casse se não qui sesse
mo rr er naquele mesmo dia. O wá fez o sa cr ifí cio . Eles div idir am o mater ial do
sa cr ifí cio e der am a Èsù sua pró pr ia par t e. Èsù dis se que ele não sab ia que er a pôr isso
que o s babalawo est iv er am so fr endo . Ele t o mo u s ua por ção , e ele dis se que ele fi car ia
part ic ular ment e no cé u zelando por eles. M as eles dev er iam separ ar pr imeiro s ua
pró pr ia por ção de t o das as co isa s sa cr ificada s.
Ès ù fo i bo m par a o s ba balawo . Desde aquele dia, o s babalawo r eso lv er am r epar t ir seus
pr iv ilég io s sa cr ificiai s co m Ès ù.

114
Orác ulo 64

Ika yeku

Es se O dù o fer ece uma so lu ção par a est er ilidade mas culina e pede mais
po sit iv idade na nat ureza do client e.

O bser v ação o cident al: U m r elacio nament o est á acabando o u acabo u. Ele po de
ser r est abelecido .

64 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A k usaba -I yanda, o A dv inho de O nimer i-apala, co nsult o u I fá par a Onimer i- apala


quando ele est av a est ér il e to das meno s uma de s uas 1 440 mulher es o hav ia
abando nado . F o i pedido um sa cr ifí cio de dezessei s po mbo s, dezes seis car amu jo s,
dezes seis g alinhas e fo lhas de I fá ( co m 12 000 búzio s pr eço do sabão , vá e t ambém
co let e as fo r mig as de A ladin e uma par t e do fo r mig ueiro ; pile j unto co m as fo lhas de
o luse saju, sa werepepe e o r iji; po nha sabão em uma cabaça que t enha uma t ampa; mat e
uma galinha e vert a se u sang ue ni sto , par a to mar banho ). I sso per mit ir á que to das s uas
mul heres que o abando nar am reto r nar par a ele, co nt inuem fért eis e dêem a luz a
cr iança s. Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio . O r emédio de I fá cit ado acima
fo i pr epar ado par a ele banhar -se. Num inst ant e, a única m ulher que per mane ceu co m
ele engr av ido u e tev e um bebê. A quelas que o hav iam deix ado reto r nar am à casa de
O nimer i quando o uv ir am as bo as nov as. Elas t ambém eng r av idar am e t iv er am filho s.

115
64 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A r isa-iná, Ak ot a-g ir i-ejo co nsult o u I fá par a a co br a e par a um animal da flor est a


espe cial (aik a) quando as pesso as o s r idicular izar am pela falt a de cor ag em deles.
fo s sem desaf iado s par a um co mbat e, eles fug iam par a ev it ar desg r aça, in jur ias e mo rt e.
Se fo sse m ameaçado s pelas pesso as e pela mor t e, eles se enco lher iam. er a assim que
eles pro t eg iam a si mesmo co nt r a at aques e mo rt e. Dev ido a es sa co ndut a eles er am
despr ezado s pelas pesso as. Depo is de alg um t empo , eles co meçar am a sent ir -se
insat i sfeit o s e muit o infelizes co m a sit uação . eles co nv idar am o s A dv inho s par a
co ns ult ar o or áculo par a eles. O s A dv inho s dis ser am que se eles desejas sem ser em
r espeit ado s na v ida. dev er iam o fer ecer sacr ifí cio s e r eceber o remédio de I fá. Eles
perg unt ar a, “qual é o sacr ifí cio ?”. O s A dv inho s dis ser am que eles dev er iam o fer ecer
uma fle cha, uma faca, uma pedr a de raio , u m galo , piment a- da-co st a, 2 400 búzio s e
r emédio de I fá (pulv er izar limalha de fer ro co m piment a-da- co st a que ser ia to mado
co m um ming au; a pedr a de r aio aquec ida at é ficar ver melha, dev e ser co lo cada no
ming au, que dev e ser co ber to co m k ok o – fo lhas de inhame na caba ça; o remédio dev e
ser bebido pelo client e. A penas a co br a realizo u o sacr ifí c io , por ém sem a flecha. C er to
dia t ev e ela lut o u co m alg uma s pes so as. U ma delas ag arr o u a co br a de maneir a a
derr uba -la co mo de co st ume. Èsù perg unt o u à co br a, “Po r que v o cê sacr ifi ca a fa ca?”.
Se alg uém ia der r uba- lo o u to car sua calda, ele dev ia co nt inuar o at aque seus
as salt antes co m a faca que ele sacr ifi co u. A co br a at aco u ent ão . Q uando duas das
pes so as caír am ao so lo , o s demais fug ir am. O animal da flo r est a (aik a), apó s
pro lo ng ado so fr imento , fo i ao fim par a realizar par te do sacr ifí cio pr escr ito . Ele
o fer eceu um caco de lo uça e out r as co isas. Seu cor po fo i co bert o co m escama s dur as
que t or nar am impo ssí v el às pesso as infr ing ir alg um puniment o a ele. Não hav ia
nenh um per ig o par a aik a no passa do .

116
Orác ulo 65

Oyeku Batutu

Es se Odù o fer ece fug a de ca st igo po r más açõ es mas in sist e no co mpor t amento
mo r al no f ut uro .

O bser v ação o cident al: O client e encar a pr o blemas leg ais, po ssiv elment e co m o
g ov er no .

65 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò r únmì là me per do ar á. O C lement e per do ar á. Se a ág ua mat a uma pesso a, ela ser á


per do ada. Se um rei mat a uma pes so a, ele ser á per do ado .
Ò r únmì là! que po ssa eu ser per do ado nest e caso . Em to do s o s caso s, a chuv a (eeji) fo i
per do ada pela co munidade. Do is g alo s e 12 000 búzio s dev em ser o fer eci so em
sa cr ifí cio . R emédio de I fá: pilar fo lhas de t ude e mist ur ar co m iy e-iro su dest e I fá.
Po nha a mist ur a em do is búzio s, embr ulhe co m fio de alg o dão e ut ilize co mo co lar de
pro t eção .

65 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O y in-wo ny inwo ny in, o Adv inho da casa de O lufo n, junt o co m I bar ajuba. I bar aj uba
co ns ulto u I fá par a A r ibijo , o jov em pr ov enient e de Ok e-A pa. Ele fo i aco nselhado a
nun ca fazer aco r do s secr et o s co m r elação a dinheiro o u o utr o s assu nto s par a sempr e.
C ada acor do mo net ár io dev e ser feito abert ament e e em público . U m cabr it o , um rato ,
um peixe dua s g alinhas, vinho , o bì e 6 000 búzio s dev em ser sacr ifi cado s.

117
Orác ulo 66

Oturupon yeku

Es se O dù fala que o clie nt e sacr ifico u aleg r ias em s ua bu sca pô r dinheiro .

O bser v ação o cident al: F ix ação po r negó cio s result am em desav ença fami liar .

66 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O kebeebee, o A dv inho do mu ndo , co nsult o u par a o jo g o ay o e par a as cr ianças. eles


fo r am aco nselhado s a sempr e jog ar em o jog o ay o . Jo g ando co m as cr iança s a pesso a
po de par t ilhar de s ua aleg r ia. F o i is so que fo i div inado po r I fá, a um ho mem rico que
er a muit o infeliz.
O sacr ifí cio : U ma ca baça de inhame pilado , um po t e de so pa, vár io s it ens de co mer ,
2 000 búz io s e sement es de ay o em sua s bandejas. C o nv ide v ar ias pesso as par a uma
fest a par a jo g ar ayo co m vo cê em sua casa par a banir a t r ist eza e ev it ar a mor t e.

118
Orác ulo 67

Oyeku Batuye

Es se O dù fala so br e r emo ção de culpa e r est aur ação da liber dade de at iv idades.

O bser v ação o cident al: Q uest õ es leg ais são r eso lv idas e suced idas po r
div er t iment o so cial.

67 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O ro pot o co nsult o u I fá par a Sor ang un.


ele fo i o rient ado a fazer sa cr ifí cio de maneir a a ser ex o ner ado .
O sacr ifí cio : do is galo s, r at o s ig bég bé, 2 600 búzio s e remédio de I fá (embr ul he um rato
ig bég bé co m o ito fo lhas de g bég bé e ent er r e na flor est a).

67 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I y an-bi- at ung un, O be-bi- at un se, O keleg bo ng bo -di-at unb u-baale


co ns ulto u I fá par a O ni- alak an- esur u,
Q ue ser ia afor t unado em Ter duas espo sas um dia.
fo i pedido que ele sa cr ificas se dua s g alinhas e 16 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .

119
Orác ulo 68

Òtúrá-àikú

Es se Odù no s pr ev ine co nt r a a tent ação de entr ar em um relacio nament o


dest r ut iv o .

O bser v ação o cident al: A par ent ement e opor t unidade s at r at iv as dev em ser
ev it adas.

68 – 1 (Tr adu ção do v er so )

F or ilak u, o Adv inho de Òt ú, Òt ú um bar queiro . Fo i pr edito que uma mulher , j unt o co m
seu s pas sag eir o s, v ir ia a bo r do . A mu lher er a muit o bo nit a e ele qui s despo sa -la. Se ele
fize sse uma pro po st a a ele, est a a aceit ar ia. A mulher se chamav a Oy e. Ele dever ia
ex ecut ar sacr ifí cio t ão depr essa quanto po ssí v el par a impedir Èsù de in st ig a- lo a falar
à mul her que po der ia cau sar a mor t e dele. O sacr ifí cio : Dendê à v ont ade, 2 400 búzio s
e r emédio de I fá (quinar fo lhas de oluse saj u e eso na ág ua e mist ur a-las co m sabão
par a ban har -se). Ò t ú se rec uso u a sa cr ificar . ele acr edito u que seus sa cr ifí cio s pr év io s
fo r am aceit o s. Ele não pô de fazer sem casar co m uma mulher bo nit a.

120
Orác ulo 69

Oyeku-Irete

Est e o dù o fer ece uma so lu ção par a do ença.

O bser v ação o cident al: O client e est á o u ficar á do ent e.

69 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A fin juy ele, Ok unr un- ko jek ewafuy i, e A wo wo nsa n, o Adv inho da casa de K user u,
fo r am o s tr ês A dv inho s que co ns ult ar am I fá par a K user u. O s A dv inho s dis ser am que
em sua ca sa hav ia um jov em que est ev e fr aco . Ele fo i at acado por uma doen ça que fez
s uas mão s, per nas, olho s e nar iz inc hasse m. F oi pedido a K user u que ofer ecesse um
sa cr ifí cio por que I fá pr edisse que aquele r apaz ir ia se rest abelecer .
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e r emédio de I fá (ág ua de chuv a em casca de
uma árv or e ay e, fo lha de asunr un, um po uco de sal e alg uma s piment as ver melhas
pequena s; co zinhe em uma panela e u se o remédio co mo banho e t ambém par a beber ).

121
Orác ulo 70

Irete’yeku

Es se O dù pede pôr ini ciação e r ig or o so co mpor t amento mo r al.

O bser v ação o cident al: O client e pro v av elment e co mpo rt o u-se de maneir a
aut o medit at iv a que ago r a ameaça dest r uir seu neg ó cio .

70 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O rif usi, o pai de Elu, disse que ele est av a pr o cur ando um meio par a pr ev enir que a
mo rt e lev asse ele, seu s fil ho s e sua espo sa de sur pr esa, ao paço que eles est av am se
t or nando famo so s e r eno mado s. M ujimu wa o A dv inho de O paker e, Bo nr o ny in o
A dv inho do Est ado de I do , Og or o mbi, o A dv inho de do Est ado de Esa, Gbe miniy i o
A dv inho de Ilu jumo k e, K uy inmi nu o A dv inho da palmeir a, co ns ult ar am I fá par a
O rif usi e Per eg un, ambo s quer endo es capar da mor t e. O s A dv inho s di sser am: Se vo cê
dese ja escapar da mo rt e dev e o fer ecer sacr ifí cio e se iniciar . O sacr ifí cio co nsi st e de
dez po mbo s, dez galinha s, 20 000 búzio s e azeit e- de-dendê em g rande quant idade ao
lado de Èsù.
I fá ir á sempr e lhe mo str ar co mo se co nduzir e a co ndut a que afast a a mor t e de vo cê.
A lém disso , vo cê realizar á o sa cr ifí cio , vo cê co me çar ia cult iv ando o hábito desfazer o
bem co mo nunca t enha feit o ant es. Ser ia inút il se apó s vo cê Ter realizado o s sa cr ifí cio s
r eduzis se s ua benevo lência; v o cê mo rr er ia. Vo cê dev e peg ar o s po mbo s e as galinha s, e
so lt a-lo s e se abst enha do s mat a-lo s, mas lhes dê co mida sempr e que eles v o lt ar em à
s ua casa. Co meça ndo po r ho je, v o cê dev e se abst er de mat ar qualq uer co isa, po is
qualq uer um que não deseja ser lev ado pela mor t e, não dev e lev ar a mo rt e a ning uém,
co m ex ceção das co br as v eneno sa s. Per eg un seg uiu a or ient ação e r ealizo u o sacr ifí cio .
A cant ig a de I fá:
M or te, não lev e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at iquei o mal. Doen ça, não lev e minha
ca sa à r uí na. Eu não pr at iquei o mal. Eu so u bo m par a co m amigo s e inimigo s. Eu não

122
pr at iquei o mal. Q uando as pesso as for am env o lv idas em lití g io em Ak e, me apiedei e
o s aj udei. Eu não pr at iquei o mal. Q uando as pesso as for am env o lv idas em lití g io em
O ko , me apiedei e o s ajudei. Eu não pr at iquei o mal. Lit ig io , não lev e minha ca sa à
r uí na. Eu não pr at iquei o mal. Eu enco nt r ei dua s pesso as br ig ando ; me apiedei e o s
aj udei. Eu não pr at iquei o mal. Misér ia, não lev e minha ca sa à r uí na. Eu nun ca fu i
pr eg ui ço so . Èsù- Ò dàr à não co me piment a. Èsù -Ò dàr à não co me adin. Eu dei azeit e-de-
dendê par a o mo lest ador da huma nidade. Eu não pr at iquei o mal. Pr ejuí zo , não lev e
minha casa à r uí na. Eu nun ca fur t ar ei.

123
Orác ulo 71

Oyeku-Ise

Es se O dù ex plica a nece ssidade da mor t e co mo par t e da or dem nat ur al.

O bser v ação o cident al: O client e est á relut ant e em aceit ar o fim de um
r elacio nament o ou so cieda de.

71 – 1 (Tr adu ção do v er so )

K ’ amat et ek u, o A dv inho da casa da aleg r ia,


A it et ek u-ise o A dv inho da casa da tr ist eza,
Bi- ik u -ba- de-k a-y in-O luwa- log o , o A dv inho de Ig boy a ewa A lo g bo n-o n-mak u- ninu,
M asimale ninmey eniy i, Adv inho de A finj u-mak u- mase- baje O y ek eseniy i, co ns ulto u I fá
par a o s sábio s que co nv idar am o s babalawo a co nsi der ar em so br e o s pr o blemas da
M or te per g unt ando : Po r que a mo rt e dev e mat ar as pes so as e ning uém alg uma vez a
s upero u? O s babala wo dis ser am: I fá indico u que A muniway é cr io u a mor t e par a o bem
da hu manidade. A ág ua que não flui se t rans for ma em açude — um açude co m ág ua
po luí da; um açude co m ág ua que po de cau sar do enças. A ág ua carr eg a as pes so as
fa cilment e e ág ua o s dev o lve facil ment e. Q ue o do ent e r et or ne à casa par a cur a e
r eno v ação do cor po , e o mau par a reno v ação do car át er . O lo u co se pr eo cu po u co m sua
famí lia. O s babalawo perg unt ar am: O que é desagr adáv el so br e isto ? O s sábio s se
c urv ar am par a I fá dizendo : Ò r únmì là! I bor u, I boy e, I bo si se. To do s eles se disper sar am
e nunca mai s co nsider ar am mais a mor t e co mo um pr o blema. Òr ì sà-nla é aquele
cha mado A muniway é.

124
Orác ulo 72

Ose-Yeku

Es se O dù o fer ece pr o sper idade e po pular idade.

O bser v ação o cident al: O dia- a-dia na v ida do client e est á fluindo .

72 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A jiseg ir i, A nik ansek o sun wo n co n sult o u I fá par a O se, que pediu par a ele sacr ificar de
maneir a a t or nar -se po pular e não po br e.
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car :
U ma ca baça co m azeit e- de-dendê, uma cabaça de banha de ò rí , 3 200 búz io s e remédio
de I fá (pilar a ca sca da raiz da árv or e ir oy in co m o int er io r do ar idan); mi st ur ar o
co mpo st o co m sabão - da-co st a; co lo que um ping o de dendê e de ò rí na base do sabão na
ca baça). O r emédio dev e ser ut ilizado par a ban har -se.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

Orác ulo 73

125
Oyeku’fuu

Es se O dù pr ev ine de uma enfer midade iminent e e o ferece pr o teção co nt r a ela.

O bser v ação o cident al: O client e encar a um o bst áculo inesper ado no dia-a-dia
no s neg ó cio s.

73 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A dur og ang an o Adv inho do bor dão ,


A y eg ir idanu o A dv inho da pr ateleir a.
A mbo s co nsult ar am I fá par a A bar ile- o sise-o sabo ,
que nunca ado eceu.
Ele fo i pr ev enido so br e um do ença que est av a po r vir ,
uma doen ça impr ev ist a que o deix ar ia aleijado .
Ele perg unt o u, “Q ual é o sacr ifí cio ?”
F o i dit o : um car amu jo , um peix e, azeit e-de-dendê, 20 000 b úzio s e r emédio de I fá.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
A do ença o cor r eu por ém não de maneir a sev er a. Ele se recuper o u.

Orác ulo 74

126
Ofun’yeku

Es se O dù asseg ur a lo ng ev idade, r espeito e bo ns relacio nament o s co m o s


sa cr ifí cio s e co mpo rt ament o s apro pr iado s.

O bser v ação o cident al: O client e po de ag uar dar um per ío do de calma e de


r ealização .

74 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O A dv inho de A moo semat e, A mul udun I simibak ale co ns ulto u I fá par a


I simi bak ale, A nimasa wu, A fo joo j umo f unnini jijemi mu, O reo nile, O re- alejo , Eni-
alejik an- ko -g bo dok i. Ele dis se: Se vo cê est á co m fo me, v enha e co ma; se vo cê est á co m
sede, venha e beba.
A pó s r ealizar o sacr ifí cio , ele fo i o rient ado par a que tent asse ev it ar as pesso as
part indo par a a ro ça e v iajando r ar ament e. Ele dev e ser sem pre bo m co m o s po br es. Ele
o uv iu as palav r as e r ealizo u o sacr ifí cio .

Orác ulo 75

127
Iwori wo’di

Est e O dù det er mina o co nceit o de r enasciment o e imor t alidade em I fá.

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa de filho s par a enco ntr ar equilí br io
espir it ual.

75 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Não ex ist e u ma só mulher g ráv ida que não queir a dar a luz a um sa cer do t e de I fá. Não
ex ist e uma só gr áv ida que não que ir a dar a luz a Ò r únmì là. No s so pai, se ele deu- no s o
nas ciment o , inev it av elment e ao seu tempo nó s em tr o ca dar emo s nas ciment o a ele.
No ssa mãe, se ela deu- no s o nasci mento , inev it av elment e ao seu t empo nó s em tr o ca
dar emo s nasciment o a ela. O or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a Ò rúnmì là, que afir mo u
que ele dev er ia t r azer o s céu s par a a terr a, que ele dev er ia lev ar a t er r a de vo lt a ao s
céu s. A fim de cumpr ir co m sua mi ssão , fo i pedido a ele que o ferece sse t udo em par es,
um macho e uma fêmea — um car neir o e uma o velha, um ca br it o e uma ca br it a, um
g alo e u ma g alinha e assi m por diant e. Ò r únmì là seg uiu a or ient ação e r ealizo u o
sa cr ifí cio . A ssim a terr a t or no u-se fér t il se mult iplico u g r andement e.

Orác ulo 76

128
Idi’wori

Es se O dù fala da necessi dade de desenv o lv er no s so int electo e pr ev ine co ntr a


as so ciaçõ es co m malfeit or es.

O bser v ação o cident al: O client e est á ig nor ando o s riv ais po t enciais em negó cio s
o u em uma relação .

76 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì dí awo ejur i, Ì dí awo ejumo , O k unk un de’ nimo le-bi- or u,


o A dv inho da ca sa de Edu.
I fá est á fazendo alg o além do int elect o humano ?
É nece ssár io realizar sacr ifí cio de maneir a a não ser
r eleg ado a uma po si ção de menor impo rt ância.
sa cr ifí cio : quatr o po mbo s, 8 000 búzio s e remédio de I fá
(fo lha s de o mo e awun pilada s ju nt as; mist ur ar co m sabão )
Ele o uv iu as palav r as e r ealizo u o sa cr ifí cio .

76 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Se nó s temo s sabedor ia e fal hamo s em apli ca-la,


no s t or namo s ig nor ant es.
Se nó s temo s po der e falhamo s em aplica- lo ,
no s t or namo s indo lent es.
I fá fo i co ns ult ado par a as pesso as do su bmundo
que não est ão asso ciando co m o s ho mens sá bio s e t rabalhado r es.
I fá adv er t e, vo cê não est á se r elacio nando co m pesso as de bo m car áter .
.I st o fr eqüent ement e t rás má sor t e par a a pes so a.
O sacr ifí cio : dua s g alinhas e 4 400 búzio s.
Orác ulo 77

129
Iwori’rosu

Es se O dù fala da necessi dade de paciên cia par a o bt er so luçõ es e alca nçar


o bjet ivo s.

O bser v ação o cident al: Ger alment e o client e est á "encalhado ", in capaz de seg uir
em fr ent e na v ida.

77 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Bi o ju mo -banmo - ak o niiy’ o g ber ibi -o jo -ano co nsult o u I fá


par a Ko mo , que est av a pensando em co mo fazer alg o o nt em.
Ele medit o u e dor miu. No dia seg uint e ele ainda não sabia o que fazer .
Par a r eso lv er o pro blema, vo cê dev e po nder ar dia-a-dia, se po ssí v el, mês- a-mês,
at é que finalme nt e saiba o que fazer .
O sacr ifí cio : quat ro g alo s, 8 000 búzio s e remédio de I fá (co lo que quat ro car amu jo s em
ág ua fr ia par a beber ).
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .
ele as seg ur o u que suas idéias sempr e v ir iam à sua cabeça).

77 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I fá pr ev iu que ela se t or nar ia mãe.


Eu co mpr ar ia um po u co de sândalo (o sù 2 ) par a esfr eg ar em meu bebê.
U ma mãe não pô de ajudar co mpr ando sândalo por t er c uidado co m o cor po de seu
bebê ?
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là,
que disse que sua espo sa engr av idar ia e t er ia um bebê.
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, o sù e 4 400 búzio s.
Dê a ar vo r e o sù par a manter a esper ança que ela a usar á par a pas sar no bebê.
Orác ulo 78

2
osù, osùn: pó extraído da Baphia nitida, papilionácea, ou Pterocarpus osun, papilionácea.

130
Irosu wori

Es se O dù fala so br e não ex ist ir pr azer , paz o u g anho genuí no pro v enient e de


más açõ es. Di ficu ldades e m udança s são part e do cr esciment o e co nheci mento .

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa co ncent r ar - se no s o bjet ivo s e desejo s de
lo ngo pr azo do que nas sat isfa çõ es de cur t o pr azo .

78 – 1 (Tr adu ção do v er so )

F açamo s as co isas co m alegr ia. A quilo que deseja que se vá, ir á. A quilo que deseja que
r et or ne, ret or nar á. Defi nit iv ament e o s ser es humano s t em esco lhido t razer bo a sor t e ao
mu ndo . O nisciê ncia o A dv inho de Ò r únmì là, co nsult o u I fá par a Ò r únmì là, que dis se
que o s ser es huma no s vir iam e far iam uma per g unt a a ele. Ele fo i aco nsel hado a
o fer ecer um sacr ifí cio de peix es e de 2 000 g r ão s de far inha de milho (ag idi). Ò r únmì là
seg uiu a or ient ação e realizo u o sacr ifí cio .
C ert o dia to do tipo de pesso as, incl uindo ladrõ es e o utr o malfeit or es, se r eunir am e
fo r am ter co m Ò r únmì là par a r eclamar em que eles est av am “cansado s de dar em
ca beçadas pela terr a; Ò r únmì là! Per mit a-no s r efug iar mo s no s C éus”.
Ò r únmì là di sse que não po dia ev it ar que desse m cabeçada s pela t er r a at é que eles
co nqui st assem a bo a po si ção que O dudua or deno u par a cada indiv í duo ; só ent ão
po der iam eles r esidir em no s céu s. Eles per g unt ar am, “o que é bo a po si ção ?”. Òr únmì là
pediu a eles que co nfe ssa ssem sua ig nor ência. Eles dis ser am, “nó s so mo s ig nor ant es e
g o st ar í amo s de o bt er co nheciment o de O lo dun mar e”.
Ò r únmì là disse: A bo a po si ção é o mun do . U m mundo no qual hav er á co nhec iment o
co mplet o de to das as co isas, alegr ia em to do s lug ar es, vida sem ansiedade o u medo de
inimig o s, at aque de ser pent es o u o ut ro s animai s per igo so s. Se m medo da mo rt e,
do ença, lit í g io , per das, br ux o s, br ux as o u Esu, per ig o de acident es co m ág ua o u fo go ,
sem o medo da mi sér ia o u po br eza, dev ido ao seu po der int er no , bo m car át er e
sa bedor ia. Q uando vo cê se abst ém de r o ubar po r causa do so fr iment o pelo qual o do no
pas sa e a deso nr a co m est e co mpor t amento é t rat ado na pr esen ça de O dudua e out ro s
espí r ito s bo ns no céu que são sempr e amig áv eis e fr eqüent ement e no s dese jam o bem.
Est as fo r ças po dem r et o r nar so br e v o cês e per mit ir co m que r et or nem à escur idão do
mu ndo . Tenham em ment e que v o cês não recebe m nenhum favo r e t udo que é r o ubado
ser á reembo lsado . To do s ato s malig no s tem sua s reper cusõ es. I ndiv idualment e o que
ser á necessár io par a alcançar a bo a po si ção é: sabedo r ia que po de g ov er nar

131
adequadame nt e o mundo co mo um t o do ; sacr ifique o u cult iv e o hábit o de fazer co isa s
bo as par a o s po br es o u par a àqueles que nece ssit am de sua ajuda; um dese jo de
alment ar a pr o sper idade do mundo maio r do que dest r ui- lo .
A s pes so as co nt inuar ão a ir ao s céu s e v ir par a a terr a apó s a mo rt e at é que t odo s
alcan cem a bo a po sição . Há uma g rande quant idade de co isa s bo as no par aiso que
ainda não est ão dis po nív eis na terr a e ser ão o bt ida s ao dev ido c ur so . Q uando t o do s o s
filho s de O dudua est iv er em r eunido s, aqueles selec io nado s par a t r ansfer ir as bo as
co isa s par a o mu ndo ser ão cha mado s de èniy àn o u ser es huma no s.

78 – 2 (Tr adu ção do v er so )

U ma v ida de do çur a sem amar g ur a é massant e. Q ualquer um que não tenha


esper iment ado pr iv ação nun ca apr eciar á a pr o sper idade.
Est as fo r am as palav r as de I fá ao s fazendeir o s, que dis ser am que se to das as est açõ es
fo s se est açõ es de chuv a, o mundo ser ia agr adáv el. Di sser am eles que o fer ecer iam
as cr ifí cio e clamar iam a Bar a Ag bo nnir eg um por aux í lio .
Ò r únmì là di sse que eles dev er iam r ealizar sacr ifí cio deav ido à lo ucur a deles e que o
mu ndo per manecer ia inalt er ado co mo o rdenado por O ò dua: a est ação chuv o sa e a
est ação seca.
O sacr ifí cio : quat ro ca br as, 8 000 búzio s e assim por diant e. Eles se recu sar am a
sa cr ificar .
Ò r únmì là fez co m que chov es se pesado dur ant e o ano int er io sem nenhu ma luz do so l.
A s pes so as ado ecer am e vár ias mo rr er am aquele ano ; as co lheit as não v ing ar am. Ele
fo r am de vo lt a a Òr únmì là par a se des culpar em e r ealizar o sacr ifí cio . Ò r únmì là dis se
que o mat er ial de sacr ifí cio for am do br ado s. O sacr ifí cio t or no u -se o it o ca br as e 16 000
búz io s.

Orác ulo 79

132
Iwori’wonrin

Es se O dù fala de pr ot eção co ntr a desa str es nat ur ais e recuper ação de qualq uer
co isa que se t enha per dido .

O bser v ação o cident al: U m v elho relacio nament o po de ser r eacendido .

79 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O lug bemir o , o A dv inho de O k e-I lè,


Emi bajo , o Adv inho de O ju- omi.
I fá v oi co n sult ado par a Jo wo ro ,
que est a indo em uma v iag em.
Ele fo i aco nsel hado a sacr ifi car
camar õ es, uma ov elha e 4 000 búzio s.
Ele o uv iu as palav r as e r ealizo u o sa cr ifí cio .
O s A dv inho s dis ser am que Jo wor o nun ca ser ia mor to pela ág ua; ele sem pre nadar á e
sempr e fl ut uar á.

79 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I wor i’ wo nr in
fo i o I fá div inado par a o po vo de O t u-I fè
quando pr o cur av am po r cert a pes so a.
Eles est av am seg ur o s de si que eles so rr ir iam no final,
po is a pes so a ser ia enco ntr ada.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s e 8 000 búzio s.
Eles realizar am o sacr ifí cio .

Orác ulo 80

133
Owonrin’wori

Es se Odù fala de tr abalho ár duo co mo o remédio que c ur a a po br eza. Ele


t ambém o fer ece r emédio s par a enfer midade s emo cio nais.

O bser v ação o cident al: F requent ement e o client e é pr eg uiço so co mo r esult ado da
inquiet ação espir it ual.

80 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I nhames er am car o s, dendê er a car o , milho e o ut r as co midas er am car o s.


F o i realizado um jo g o div inat ór io par a I wo r i,
F o i obser v ado que to do s o s it ens er am caro s.
Lhe fo i r eco mendado que o ferece sse sacr ifí c io de for ma que o s it ens se to rnas sem
ace ssí v eis.
O sacr ifí cio : 2 000 enx adas, 2 000 fo ices, r at o s, peix es e 12 000 b úzio s.
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .
O babala wo disse que to do s o s ho mens dev er iam peg ar sua s enx adas e fo ices e ir
t rabalhar na ro ça de fo r ma que o s it ens se to rnas sem ace ssí v eis.
A penas tr abalho ár duo po de mo der ar a indig ência.

80 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Wer e-nse- eley ak a’ de-wo nnr er in


co ns ulto u I fá par a O juo g bebik an,
que fo i or ient ado a sacr ifi car par a pr ot eg er sua espo sa co ntr a lo uc ur a o u se ela já fo s se
lo uca, recuper ar sua sanidade.
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, 8 000 b úzio s e r emédio de I fá.

Orác ulo 81

134
Iwori’bara

Es se O dù insi st e na bo a co ndut a e o fer ece so luçõ es par a a educa ção de cr ianças


co nfiáv eis.

O bser v ação o cident al: O fo co do client e dev er ia ser questõ es pr át icas.

81 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I wor ibar abar a, I wor ibar abar a.


co ns ulto u I fá par a o s ladr õ es e par a o s ment ir o so s.
eles for am aco nsel hasdo s a realizer sacr ifí cio e abr ir mão
de mal co mpor t amento de maneir a a ev it ar terr ív eis pr o blemas.
O sacr ifí cio : u ma por ção de o bì , dendê, 44 000 búzio s, po m bo s, e assi m por diant e.
O s o bì e o s búzio s dev er iam ser do ado s.
Eles se r ecusar am a r ealizar o sacr ifí cio .

81 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I ná-k uf’ eer ub’ o jú, Og bedek uf’ o mo r er o ’ po


co ns ulto u I fá par a A bo wo aba, o filho de A feso say e.
F o i pr edito que ele viv er ia por muit o t empo e ser ia
capaz de co nt ar hist ór ias so br e sua famí lia.
M as de maneir a a t er filho s respo nsáv eis. dev er ia sacr ifi car seis po mbo s, 12 000 búzio s
e r emédio de I fá.
Ele o uv iu as po alavr as e realizo u o sacr ifí cio .

Orác ulo 82

135
Obara’wori

Es se O dù est abelece o co nceit o de dinheir o co mo sendo impor t ant e, mas nun ca


t ão impo r t ant e quant o a sabedo r ia, co nheciment o , saúde e bo m car át er .

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a pôr mai s ênfase no desenvo lv imento
espir it ual e equilí br io emo cio nal.

82 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O ro bant a-aw uwo bi- o wu co nsult o u I fá par a o mu ndo no dia em que as pesso as do
mu ndo declar ar am que o dinheir o é a co isa mai s impo rt ant e no mundo . ele ir iam
desi st ir de t udo e co nt inuar iam cor rendo at r ás do dinheir o . Ò rúnmì là dis se: Suas
idéias acer ca do dinheiro est ão cor r et as e não est ão . I fá é o que nó s dev emo s ho nr ar .
Nó s dev er í amo s co nt inuar a adro r a a ambo s. Dinheir o ex aut a uma pes so a; dinheir o
po de co rr o mper o car at er da pes so a. Se alg uém muit o apr eço pelo dinheir o , se u car at er
ser á co nrr o mpido . Bo m car át er é a essêcia da beleza. Tem dinheiro não quer dizer que
a pes so a est á isent a de ficar ceg a, lo uca, aleija da o u do ent e. Vo cês po dem ser
infe ct ado s por enfer midades. Vo cês dev er iam ir e aument ar vo ssa sabedo r ia, reaju st ar
v o sso s pensa mento s. C ult iv ar o bo m car at er , adquir ir sabedo r ia, realizr sacr ifí cio de
maneir a que v o cês po ssa m est ar t r anquilo s. Ele perg unt ar am, “qual é o sacr ifí cio ?”. O
sa cr ifí cio inclue rat o s, peix es, cabr ito s, uma ca baça de far inha de milho (ewo ;
co r nmeal), uma caba ça de ek ur u e 20 000 búzio s. eles se recu sar am a sacr ifi car . Eles
ins ult ar am e ricu lar izar am o s ba balawo e o utr o s pr at icant es da medicina tr adicio nal.
A pó s alg uns mo ment o seles co meçar am a pas sar mal. Eles est av am do ent es e tr ist es e
não tiv er am ning uém par a cuidar deles. Eles for am mor r endo a cada dia. Eles se
defr o nt ar am co m pr o blemas fí sico s e não puder am pedir aux í lio ao s babalawo e par a
o s o ut ro s. Q uando não puder am ma si supo rt ar a aflição , for am se descul par co m o s
baba lawo . Desde aquele dia, o s babala wo tem sido sempr e tr at ado s co m ho nr a no
mu ndo .

Orác ulo 83

136
Iwori-Okanran

Es se Odù est abelece a necessi dade de pr iv acidade entr e o babala wo e o client e.


I sso ênfat isa a impor t ância de planejament o pr év io .

O bser v ação o cident al: O client e muit as vezes não é sin cero co m o babala wo .

83 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A r imasako k a-I wo g be o A dv inho de Òr únmì là,


co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
Ele fo i aco nsel hado a sacr ifi car par a ev it ar se met er em pr o blemas co m as pesso as que
v em a ele se co ns ult ar . C o nv er sa des cuidada no r malment e mat a uma pesso a ig no r ant e.
Não há nada que um babala wo não po s sa v er .
Não há nada que um babala wo não po s sa saber .
U m baba lawo não po de ser t ag ar ela.
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, uma cabr a e 3 200 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

83 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O belewo belewo , se uma ca br a do r misse ela ex aminar ia o so lo ,


co ns ulto u I fá par a M ak anju- huwa Ir in-g ber e-o la.
F o i pr edito que o que ele est av a planejando ini ciar não cr iar ia dific uldade par a ele se
ele ex ecut asse sacr ifí cio .
O sa cr ifí cio : u ma cabr a, uma g alinha, 8 000 búzio s e remédio de I fá ( co lo que quat ro
car amu jo s em ág ua limpa par a o client e beber e dig a a ele que se us pensament o s
sempr e v ir ão à cabe ça).
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .

Orác ulo 84

137
Okanran-Iwori

Es se Odù av isa o client e par a div idir se us pro blema s co m o s o ut ro s. Tam bém
fala de um v isit ant e iminent e.

O bser v ação o cident al: M edo s e uma incapa cidade de div idi- lo s est ão
blo queando o camin ho do client e.

84 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Bi a dak e t ’ar a eni a bani dak e. Bi a k o wi t ’enu eni f’ Ay e g bo a kiin’ ag bor and un
co ns ulto u I fá par a o lag ar to e par a t o do s o s demais répt eis. Ele [o lag ar to ] que não
ex pr es sar ia seu s pr o blemas a ning uém. Ele bat eu co m a ca beça co ntr a a palmeir a e
co nt r a a par ede. F oi dit o ent ão que ning uém simpat izar ia co m ele.
O sacr ifí cio : u m cabr it o , um g alo , um po mbo e 8 000 búzio s.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

84 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A y unbo li- o wo -ny un -enu co n sult o u I fá Mo y ebo .


M oy ebo fo i em uma viag em e não co nseg uiu v o lt ar a tempo .
S ua mãe est av a esper ando po r ele. Se u pai est av a esper ando po r ele.
F o i dit o que M oy ebo reto r nar ia se eles fizes sem sacr ifí cio :
uma galinha, um po mbo , uma lago st a e 12 000 búzio s.
Eles o uv ir am as palav r as e realizar am o sacr ifí cio .

Orác ulo 85

138
Iwori-Eguntan

Es se O dù fala so br e ação adequada co mo sendo impor t ante par a uma mudança


po sit iv a na sor t e.

O bser v ação o cident al: A incapaci bilidade do clent e em "pux ar o gat ilho " est á
ca usando per da da dir eção .

85 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O g un t án, ot è tán, Eni-nbam iija- o -siwo - ija


co ns ulto u I fá par a O lúlat eja A bat asek er ek er eg b’o k o .
F o i pr ev isto que o desafo rt una do se to r nar ia afo rt unado .
O sacr ifí cio : u m po mbo , um pedaço de tecido br anco e 80 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e fez o sacr ifí cio .

85 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I wo wo t ir iwo co ns ulto u I fá par a O lo ba, cu jo dia de aniver sár io fo i a cinco dias.


Ele fo i aco nsel hado a sacr ifi car dez rato s, dez peix es e 2 000 búzio s de maneir a a t er
t empo par a celebr ar seu fest iv al. Olo ba se r ecu so u a sacr ifi car . Ele decidiu ir
r apidament e à flor est a e mat ar o s rato s requer ido s.
Q uando O lo ba adent ro u à flor est a, Ès ù o bstr ui u sua v isão e ele não pô de enco ntr ar o
cam inho de r et o r no par a casa. No dia ant er ior ao fest iv al, se us filho s v ier am realizar
o sacr ifí cio . na manhã do dia do fest iv al, eles se r eunir am e mar char am par a par a a
flo r est a I male Olo ba cant ando : I wo wot ir iwo o , ho je é o aniv er sár io de O lo ba. A cida de
int eir a o uv iu a cant ig a e junt ar am-se à pr o cis são em direção à flo r est a. F o i quando Èsù
r emov eu a es cur idão do s olho s de Olo ba. Ele ent ão po de seg uir o so m da cant ig a at é
cheg ar na flo rest a I male.

Orác ulo 86

139
Ògúndá’wòrì

Es se Odù fala de enfer midade s emo cio nai s e ment ais cau sadas por espí r it o s
malig no s.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a de limpeza espir it ual.

86 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O lo uco est á seg ur ando uma faca, uma fo ice, pr ag uejando e


per seg uindo as pes so as.
Nó s não g o st amo s da lo u cur a. Òg ún est á lo uco .
O que po demo s nó s fazer por Ò g ún?
Vamo s à casa de Òr únmì là e perg unt ar .
Q uando cheg amo s `a casa de Òr únmì là, Ò r únmì là co nsult o u
o Or áculo de I fá e dis se Ò g úndá Wòr ì .
Ò r únmì là di sse: Òg úndá Wòr ì ! est a é uma v ibr ação neg at iv a. U ma vibr ação neg at iv a
nun ca po de t er a chan ce arr ancar a fr ut a de Ir ók ò . O m undo é repleto de v ibr açõ es
neg at iv as, um t ipo de v ibr ação neg at iv a. Nada é melhor do que ser mais fo rt e que t o da
v ibr ação neg at iv a. Dev emo s nó s ser tão for t es quant o Òg ún e t ão sá bio s quant o I fá.
I fá diz: Tr ag a o lo uco par a ser tr at ado , po is ser á cur ado .
O sacr ifí cio : u m car amujo , uma cabr a, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.

Orác ulo 87

140
Iwori-Osa

Es se O dù fala da necessi dade de se t er r espo nsabil idade pelas no s sas at iv idades.

O bser v ação o cident al: O client e t em o co nheciment o o u habilidade de reso lver


seu pro blema mas se recu sa a v er o u a ut ilizar isso .

87 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eni a Sa, O la a Sa
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (o bah un ijapa )
que fug iu par a a flor est a dev ido à s ua má co nd ut a.
F o i decidido que quando a t ar t ar ug a fo s se capt ur ada
ser ia ela pr esa lev ada de vo lt a par a casa.
Ela fo i aco n selhada a sa cr ificar de maneir a que ser pr esa e
lev ada de vo lt a par a ca sa.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por ém não fez o sa cr ifí cio .

87 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A t ik ar eset e o adv inho do C éu,


co ns ulto u I fá par a O lo dunmar e e par a o mundo
quando as pesso as cor r er am at é O lo dunmar e pedir co nselho
so br e v ár io s pro blema s, cho r ando , “Papai, Papai, eu v im. Salv e-me po r favo r ”.
Ele dis se, “qual o pro ble ma?”
“A queles que Eu dei po der não u sam o po der . A queles que Eu dei sa bedor ia não usam
s ua sabedo r ia int er na que Eu lhe dei”.
O sacr ifí cio : Te cido pr eto , o velha pr et a, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá.
Ele o uv iu e fez o sacr ifí cio .
F o i assum ido que se uma cr iança não v ê seu pai, ela se defender á po r si só .

141
Orác ulo 88

Osa’wòrì

142
Es se O dù fala de bo a so r te ex cepcio nal. E també m ex plica a po sição sag r ada do
I g ún em I fá.

O serv ação o cident al: O client e ir á enco nt r ar s uces so mat er ial atr av és de ação
espir it ual.

88 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Temig b usi, o A dv inho de A jet unmo bi, pr edice bo a sor t e vinda do mar o u lago a par a
A jet unmo bi. Dinheir o , vir ia par a s ua casa.
So rr indo , ele o lho u par a o babalawo e dis se, “Vo cê não sabe que é por isso que t enho
me es for çado ?. Fo i pedido que ele sacr ifí cio par a o bt er a co mplet a felicida de: uma
o velha, po mbo s, banana mad ur a e 4 400 búzio s. Ele seg ui u a o rient ação e fez o
sa cr ifí cio . Lhe fo i dado alg u mas das banana s que ele o ferece u e fo i pedido que ele as
co mece. Fo i-lhe reco mendado a co mer bananas fr equentement e.

88 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O sa woo , I wor i woo co nsult o u I fá par a o ab utr e. O mundo int eiro veio esper ando par a
co mer I g ún. O ho mem sá bio fo i env iado ao C éu par a quest io nar , Ig ún fo i aco nsel hado
a sacr ifi car um paco t e de o bì uma ov elha e 86 000 búzio s par a ev it ar que seu s inimig o s
o co mes se tal qual o s o utr o s pássar o s. Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .
Q uando Omo c hego u ao C éu, ele entr ego u a Olo dumar e as men sag em sa s pesso as.
O lo dunmar e dis se que não est av a ápt o a respo nder po r est ar muit o o cupado e que
nece ssit av a de alg um o bì par a ter minar sua t arefa. Ele ent ã o rdeno u a O mo que fo sse
pro c ur ar por o bì . Q uando chego u à encr uzilhada ent r e o s Céu s e a Terr a, ao lado de
Ès ù ele enco ntr o alg uns obì que I g ún hav ia o fer ecido em sacr ifí cio . Ele levo u o s o bì
par a O lo dunmar e. A pó s alg uns inst ant es, o pr ó pr io I g ún fo i at é o par aiso visit ar
O lo dunmar e, que o r ecepcio no u co m alg uns do s o bì que O mo t inha t razido . Ig ún
ex amino u o o bì e dis se que est e se par ecia co m o que ele hav ia o fer ecido no o ut ro dia.
Ent ão ele nar r ao u a Olo dunmar e a seg uint e hist ór ia: Ele fo i ao babalawo par a uma
co ns ult a quando o uv iu que as pesso as est av am dis cut indo se I g ún dev er ia ser mor to e

143
co mido co mo o s demais pássar o s. Ele dis se, “Dev ido à co ntr ov er cia que se seg uiu, as
pes so as for am for çada s a env iar O mo ao C éu per g unt ar a v o cê se Ig ún dev er iaco mido
o u mant ido int acto . A pó s eu realizar o sacr ifí cio , Èsù me intr uiu a vir ao par aiso
v isit a-lo .”. O lo dumar e pediu que I g ún r et or nas se à Terr a. Ele disse, “Se as pesso as
fr acas sar am em v er O mo , não são capazer de mat ar vo cê. Seu sacr ifí cio fo i aceit o . O mo
entr eg o u a mensag em deles mas não hav er á nenh uma r espo st a. O mo per manecer á no
C éu. Vo cê po de reto r nar à Ter r a”. Enquant o as pesso as esper av am em vão pelo r et or no
de O mo , Èsù o rg ulho sament e fo i anun ciando que “ning uém co mer ia Ig ún na Ter r a”.
Ès ù aux ilia t o do aquele que o fer ece sa cr ifí cio . Fo i por is so que Èsù fo i at r ás de I g ún
pro t egendo - lhe. Desde aquele dia, o seg ui nt e pr ov ér bio tem sido usado : Se nó s não
v emo s O lumo , nó s não co memo s I g ún; Ig ún est á na terr a, O lumo no C éu.

Orác ulo 89

Iworioka

144
Es se O dù adv er t e co nt r a ro ubo e v io lência.

O bser v ação o cident al: O fo co do client e é mo net ár io em um mo mento em que


no vo s relacio nament o s o u ní veis de um relacio nament o cor r ent e o fer ecem
g rande opor t unidade.

89 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A nik anja- ole- ejo , A jumo ja- ole- ejo , I jo t iabam’ o le


O le-a’ -k a´r awo n co nsult o u I fá par a K usik a e seu bando ,
que tinhao o hábito de f urt ar à no it e so b o mant o da escur idão .
Eles for am adv er t ido s que em br ev e ser iam preso s.
Se eles não desejas sem ser em pr eso s,
t er iam que sacr ifi car to do s o s bens furt ado s que tinha m em sua s ca sas,
uma gr ande cabr a e 8 000 búz io s.
Se eles r ealiza sse o sacr ifí cio , ser iam or ient ado s a depo sit ar to do s o s bens fur t ado s
na encr uzil hada à meia no it e.
Dev er iam eles abr ir mão de pr at icar at o s maldo so s.

Orác ulo 90

Ika’wori

145
Es se O dù adv er t e so br e as reper cus sõ es de ato s malévo lo s. Tam bém fala so br e
pro t eção do s ent es famí liar es co nt r a a dissim inação de enfer midade.

O bser v ação o cident al: O camin ho mundano do client e est á blo queado por có ler a.

90 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ser ar e-Ser ar e.
A quele que jog a fo r a as cinza s é per seg uido pelas cinza s.
Ser ar e-Ser ar e.
U m malfeit o r ar r uina a si mesmo pela met ade do s seu s cr imes.
I fá fo i co ns ult ado par a I núko g un,
que pr anejav a pr at icar o mal.
Ele fo i adv er t ido de que sua s más açõ es planejada s t rar iam
r eper cu sõ es dano sas a ele.
Ele fo i o r ient ado a o fer ecer sacr ifí cio e abr ir mão de seu feit o malig no .
O sacr ifí cio : do is po mbo s, 4 000 búzio s e fo lha s de I fá.

90 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O kak ar ak a-af’ o wo -t i-ik ú


co ns ulto u I fá par a Ì k à
ele est av a pr o cur ando por uma pesso a deficie nt e em sua ca sa.
A pesso a defi cient e cert ament e ir ia mor r er .
Ele fo i o r ient ado a o fer ecer sacr ifí cio par a ev it ar que o ut r as pes so as
em s ua ca sa fo ssem infect ado s pela do ença: uma ca br a, uma g alinha,
um po uco de beb ida e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de cebo la e mist ur ar co m dende;
ut ilizar o cr eme result ant e par a esfr eg ar pelo co r po ).

146
Orác ulo 91

Ìwòrì’túrúpòn

Es se Odù fala so br e g rav idez bem s ucedida e da t rans for ma ção de sit uaçõ es
no civ as em suce sso atr av és de sacr ifí c io .

147
O bser v ação o cident al: O "nascime nto " espir it ual o u emo cio nal ir á t r azer fi m a
medo s mundano s.

91 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì wòr ì [fo i] o mar ido de Ò t úr úpò n, que tev e um bebê que mor r eu. I fá dis se que est a
mul her eng r av idar ia nov ament e e que car r eg ar ia o bebê em sua s co st as. Ì wò rì fo i
o rient ado a o fer ecer sa cr ifí cio par a ev it ar que se u filho mo rr esse pr emat ur ament e: uma
g alinha, uma cabr a, peix e ar o , 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar dez fo lha s de ela
co m um po uco de sement es iy er é; co zinhe em uma so pa junt o co m o peix e; a so pa dev e
ser co ns umida ao alvo r ecer daí a g rav idês v ir á em cinco mese s). ele v o uv iu as palavr as
e r ealizo u o sa cr ifí cio . Fo i o bserv ado que ela jama is deix ar ia cair suas fo lhas, quan do a
o utr as [plant as] sim.

91 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ek it ibababa co ns ulto u I fá par a Òr únmì là quando ele est av a eco no mizando dinheir o
par a co mpr ar um es cr av o . Ele fo i o rient ado a sacr ificar uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele
se recu so u a sacr ifi car . Òr únmì là co mpr o u o escr avo sem realizar o sa cr ifí cio pr escr ito .
O escr avo er a uma mul her . Ela mo rr eu tr ês dias apó s a aquisi ção . A s pesso as da casa
de Ò r únmì là co meçar am a cho r ar . Ès ù v eio at é a casa e o uv iu a lament ação .
Ele perg unt o u, “po r que vo cês est ão cho r ando dest a maneir a?”.
Ò r únmì là disse, “a escr av a que co mpr ei tr ês dias at r ás acabo u de mor r er ”.
Ès ù dis se, “meu senhor , v o cê co nsult o u o Or áculo de I fá ant es de co mpr ar ?.

Ò r únmì là respo ndeu que ele co ns ulto u I fá.


Ès ù dis se, “meu senhor , À bik újig bo ! Vo cê ex ecut o u o sacr ifí cio cer to ?
Ò r únmì là disse, “ainda não realizei o sacr ifí cio ”.
Ès ù disse, “Vo cê não fez o que se er a esper ado que fizes se ent ão . Vo cê deve ir e
r ealizar o sacr ifí cio se não quiser per der o dinheir o que g asto u co m a escr av a”.
Ò r únmì là fez o sa cr ifí cio . Ès ù peg o u o cadáv er da es cr av a e o lavo u e o vest iu
eleg antement e. Ele levo u o co r po par a o mer cado e o sent o u em um encr uzilhada.
C o lo co u em sua mão um gr av eto de mast ig ar e em s ua fr ent e co lo co u um t abuleiro

148
co nt endo pequena s mer cado r ias. O dia er a um dia de ,eir a. Co m muit as pes so as indo
ao mer cado . Elas saudav am est a mul her co mo se ela est iv esse v iv a. Co mo ela não
r espo ndia, rapidament e as pesso as fug iam dela. Èsù se esco ndeu em um ar b ust o . M ais
t ar de, A jé se apr o x imo u do mer cado co m se us 200 escr av o s ,que usualme nt e
car r eg av am as mer cado r ias que ela co mpr av a. Ela cheg o u at é o cor po mor t o e par o u
par a co mpr ar alg uma mer cado r ia. A po s de falar co m o co r po po r alg un s inst ant es sem
o bt er respo st a, A jé fi co u zang ada. Ela to mo u uma v ar a que est aco m co m um de seus
es cr av o s e bat eu co m a mes ma no cor po , o qual fo i ao so lo . Ès ù pulo u par a fo r a do
ar bust o que ele est av a esco ndido .
Ele dis se, Há! A jé o que fo i que v o cê fez? mat o u a escr av a de Òr únmì là! .
A jé co meço u a implor ar a Èsù, que r ecuso u sua aleg ação . Ele disse que A jé dev ia peg ar
t o do s o s seus escr avo s e ir co m ele at é a casa de Ò r únmì là. A jé co meço u a pr o po r a Èsù
que ela ir ia repor o escr avo de Ò r únmì là co m um de seus pró pr io s escr av o s. Èsù não
aceit o u. Ela o fer eceu mai s um par a que fo s sem do is escr av o s seu s a r essar cir
Ò r únmì là. Ès ù insist iu par a que A jé fo sse junt o co m o s escr avo s. A jé finalment e
co nco r do u e Èsù o s lev o u par a a ca sa de Ò rúnmì là par a r epo r a escr av a mor t a. Fo i
as sim que A jé se t or no u escr av a de Òr únmì là.

Orác ulo 92

Òtúrúpòn’wòrì

Es se O dù fala de mo rt e r esult ant e da falt a de cum pr imento do sacr ifí cio


pr escr ito .

O bser v ação o cident al: O client e est á se pr eo cupando demais acer ca de um no vo


filho ou neg ó cio .

149
92 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A bamo - ni-ng behin- or an, Ig bá li-a- nmu- re-er i, A k imu- awo -r e-er i fo i o I fá div inado
par a as pes so as em O t u-I fe no dia em que eles iam lev ar um pot e de cer âmica par a o
r io . Eles for am aco nselhado s a lev ar de pr efer ência uma caba ça do que um po t e de
cer âmica que ir ia cair . Eles ig no r ar am o co nselho e lev ar am um pot e. Q uando eles
est av a apanhando ág ua, um deles deixo u cair o pot e. No desejo de salv a- lo , ele caiu no
r io e af undo u. Eles disser am, “Há! Nó s sa bia- mo s que dever iamo s t er t razido uma
ca baça par a apanhar ág ua! ”. Desde aquele dia uma ca baça t em sido ut ilizada par a
apanhar ág ua. Eles sacr ifi car am 16 000 búzio s e fo lhas de I fá; eles nun ca dev iam t er
feit o lamet áv el co isa. A s fo lhas de I fá dev em ser pr epar adas: Tr it ur ar fo lhas de eso em
ág ua e quebr ar um car amu jo nela. To das as pesso as da cidade dev er iam es fr eg ar seus
co r po s co m a mist ur a par a ev it ar alg o que eles v iessem a lament ar .

92 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A g ber upo n co nsult o u I fá par a Àg bàdo (milho ). Ela fo i or ient ada a o fer ecer um
sa cr ifí cio de maneir a a ter um par to seg uro .
O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s, um cint ur ão (o ja- ik ale) e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu e se recu so u a sacr ifi car .

Orác ulo 93

Ìwòrì Wotúrá

Es se O dù fala so br e desar mo nia fami liar .

O bser v ação o cident al: O s cl ient es est ão tendo pr o blema s co m seu s fil ho s.
Per cebendo eles isso o u não .

150
93 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U ma árv or e t or t a disper sa o fog o .


U ma pes so a lo u ca se di sper sa em sua pr ó pr ia casa.
Est e fo i o I fá div inado par a pai co br a e seu s filho s.
Lhe fo i falado que seus filho sn unca co ncor dar iam em r epelir u m at aque junt o s.
Se o pai co br a dese jasse uni- lo s, dev er ia o fer ecer um sa cr ifí cio : dezessei s car amu jo s,
po mbo s. veneno e dezessei b úzio s.
Es se se r ecu so u a sacr ifi car .

Orác ulo 94

Òtúrá’wòrì

Es se Odù fala de não ag ir impet uo same nt e, co mo se t odas as co isa s bo as est eja m


em no s so caminho .

O bser v ação o cident al: O client e não dev e aceit ar de car a a pr imeir a o fert a.

94 – 1 (Tr adu ção do v er so )

151
Lu cro na ca sa, lu cro na fazenda per t encem a Ar uko .
A cr iança dev er ia co mer de t udo . A cr iança dev er ia t er uma
mul her liv r e de carg a.
I fá fo u co nsult ado po r Òr únmì là.
F o i dit o que ele t er ia t odas as co isa s livr es de carg a.
O sacr ifí cio : u ma o velha, um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .

94 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Nó s náo dev emo s lamber uma so pa quant e po r causa da fo me.


Se nó s lambes semo s so pa quente dev ido a fo me, queimar í amo s a bo ca.
I fá fo i co ns ult ado par a A k insuy i.
F o i dit o a ele, “est e é um ano de pr o sper idade”.
Ele dev e sacr ifi car uma cabr a, uma g alinha, um rato , um peixe e 18 000 b úzio s.
Ele o uv iu as palav r as e fez o sacr ifí cio .

Orác ulo 95

Ìwòrì-Ate

Es se O dù so br e inicia ção em I fá co mo um mo do de melhor ar a vida.

O bser v ação o cident al: O client e dev e co nsider ar ser iament e sua inicia ção .

95 – 1 (Tr adu ção do v er so )

152
O s inicie cuida do sament e, o s inicie cui dado sament e de for ma que as pesso as do
mu ndo não se por t em mal. Qualquer um que faz o bem, o faz po r si só . Q ualquer um
que faz o mal, o faz po r si só .. Est e fo i o I fá div inado par a o M undo . Vo cês ladrõ es
dev em pr iv ar -se do fur to . Eles disser am que não po dem se abst er do fur to . Q ualquer
um que r o ube ser á tr at ado co m zo mbar ia. Q ualquer um que ro ube um mil per der á do is
mil em sua v ida. Q ualquer um que v er um mending o dev er ia dar - lhe esmo las.
Q ualquer um que fa ça mil bo as açõ es o bt er á duas mil. Oò duà At erí g beji, meu se nho r ,
r eco mpensar á bo as açõ es. Eles fo r am aco nselhado s a sacr ificar em car amujo s, bag r e e 3
200 búz io s.

95 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì wòr ì t ejúmó ’ hun -t iise’ ni.


Se vo cê fo r iniciado em I fá, v o cê dev e r einiciar seu pr ó pr io espí r it o .
Ì wòr ì t ejúmó ’ hun -t iise’ ni.
A wo ! Não es cale a palmeir a co m uma cor da defeit uo sa.
Ì wòr ì t ejúmó ’ hun -t iise’ ni.
A wo ! não mer g ulhe na a´g ua se não sabe nadar .
Ì wòr ì t ejúmó ’ hun -t iise’ ni.
A wo ! Náo dese mbainhe uma fa ca co m r aiv a.
Ì wòr ì t ejúmó ’ hun -t iise’ ni.
A wo ! não use o av ent al de A wo .
Ì wòr ì t ejúmó ’ hun -t iise’ ni.
Eles pedir am que sa cr ifica sse bagr e, 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (co zinhe o bagr e co m
fo las de eso fazendo uma so pa e dando ao clint e par a que to me).

153
Orác ulo 96

Irete’wòrì

Es se Odù adv er t e co ntr a intr ig as e fala da pr at ica de I fá par a uma v ida


pró sper a.

O bser v ação o cident al: Pa ciência ao inv és de raiv a o u fr u str ação ir á pr o duzir
s uces so mat er ial.

96 – 1 (Tr adu ção do v er so )

154
A g uer r a pr ej udica o mu ndo . I nt r ig as ar uina m as pes so as.
Est e fo i o I fá div inado par a O lo fin I wat uk a.
O lo fin fo i adv er t ido que a g uer r a er a iminent e. Se Olo fin dese jasse
ser v it or io so , ele dev er ia sacr ifi car dezesseis ov o s, um car neir o ,
um cabr ito , um g alo e 2 200 búzio s e fo lhas de I fá.
O lo fin o uv iu as palav r as mas não sa cr ifico u.

96 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Pr imeir o , eu o uv i um bar ulho res so nant e.


Eu per g unt ei o que est ar ia aco nt ecendo .
Eles disser am que Ir et e est av a iniciando I wo r i.
I fá é o Pro po nent e. Or isa é o Co mandant e.
A g be negr o usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s.
A luk o ver melho usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s.
I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là Bar a Ag bo nnir eg un.
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car 2 000 piment as-da- co st a, o bì e 20 000 b úzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
Lhe fo i as seg ur ado que ele ser ia um co mandant e.
De sde ent ão I fá se to rno u Pr o po nent e e o Co mandant e.
Gber efu dev e se to r nar um A wo (A dv inho de I fá) par a se t or nar rico . A wo !

155
Orác ulo 97

Iwori-Ose

Es se O dù so br e tr ansfo r mar desgr aça em suce sso .

O bser v ação o cident al: M ulher de meia idade po de engr av idar .

97 – 1 (Tr adu ção do v er so )

So fr imer nto não v em sem seu s bo ns aspect o s..


O bem e o mal sempr e est ão junt o s.

156
I fá fo i co ns ult ado par a O wok o si- eny ian- ko su nwo n.
Lhe aco n selhar am que não fica sse abat ido por que ele est av a na po br eza.
ele dev er ia mant er seu bo m no me. Do ç ur a nor malme nt e t er mina o g o st o de uma fo lha
amar g a.
F o i falado par a ele o fer ecer sa cr ifí cio de maneir a que sua desgr aça pudesse se
t rans for mar em pro sper idade: po mbo s, 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (pilar as fo lhas
amar g as de o luseaj u; adicio nar ao sabão ).

97 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A uma mulher bo nit a que não menstr ua, co mo po de t er filho s ?


Est e fo i o I fá div inado par a O ju- o je deusa da beleza.
Ela fo i o r ient ada a sa cr ificar de maneir a a po der t er filho s.
O sacr ifí cio : u ma g alinha, uma cabr a, 2 400 búzio s e fo lhas de I fá.

Orác ulo 98

Ose’wori

Es se Odù fala de po der e gr andeza, po rém adv er t e que o mau empr eg o des ses
po de destr uir o lar ou fa mí lia.

O bser v ação o cident al: M uit o tempo o u ênfase no t r abalho est á ameaçando o
r elacio nament o e a fa mí lia do client e.

98 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Temi -a-set iwo n co nsult o u I fá par a O se e par a I wor i.

157
Q ualquer um que desafia sse A pa ser ia mo rt o po r A pa.
Q ualquer um que desafia sse I ro ko ser ia co nfr o nt ado co m Ir ok o.
F o i pr edito que O se’ wo r i se t or nar ia um g rande ho mem.
Ele t er ia co nt ro le so br a as dificul dades e v itó r ia so bre o s ini migo s.
O sacr ifí cio : u m car neiro , 2 000 pedr as, 2 200 búzio s,
e fo lhas de I fá (mo er g ranit o e piment a-da- co st a at é v ir ar pó par a ser to mado no
ming al)
Ele o uv iu e r ealizo u o sa cr ifí cio .

98 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Tulet ule -Eg a co nstr ui u e dest r uiu s ua pró pr ia tenda.


I fá fo i co ns ult ado par a O lufija bi A bin ut anfi- og bung bun -t u- ile-k a.
F o i pedido que sacr ifica sse de maneir a que sua casa não fo sse destr uida:
um car amujo , ban ha de ò rí , azeit e- de-denê, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.
Se ele tiv esse feito o sacr ifí c io , dev er iam ter -lhe aco nselhado a co mer fr eqüent ement e
baba nas madur as, v er t er azeit e-de-dendê em Eleg bar a, e dev er ia ter sido po sto ban ha
de ò rí em I fá.
Orác ulo 99

Iwori-Ofun

Es se O dù fala so br e melho r ias no s neg ó cio s e su ces so .

O bser v ação o cident al: A s pr eo cupaçõ es mo net ár ias o u co mer ciais do client e ir ão
lo go desapar ecer .

99 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U m bo m A wo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.


I fá seg uia em uma per eg r inação div inató r ia par a a lag o a e par a o mar .
F o i pr ev isto que I fá co nt inuar ia adquir indo pr est íg io e ho nr a. Ele r et or nar ia a

158
s ua casa co m finan ceir ament e bem.
Ele dev er ia sa cr ificar o velha br anca, po m bo s br anco s e 8 000 b úzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e realizo u o sacr ifí cio .

Orác ulo 100

Ofun’wori

Es se O dù ex plica que o uso co rr et o do dinheir o asseg ur a realização na vida.

O bser v ação o cident al: Q uest õ es mo net ár ias po dem causar co nt ro v er sia
emo cio nal.

100 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O lak anmi co nsu lto u I fá par a A jé.


A jé fo i o r ient ada a o fer ecer sa cr ifí cio de for ma que as pes so as do mundo co nt inuar iam
a pro c ur ar por ela pr a cima e pr a baix o .
F eijõ es br anco s, sal, mel e 2 000 búz io s ser iam o fereci do s.

159
Ela seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
U m dia, A jé irr it ada fo i at é o r io e as pesso as zelo sament e pr o cur ar am por e la no
fu ndo do r io .

100 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Se temo s bo m cor ação no s po demo s adot ar o s filho s de o ut r as pesso as co nsult o u par a


O bo nhunbo nh un, que fo i rico mas despro v ido de filho s, e por est a r azão fi co u mal-
afamado . F oi pedido que ele sa cr ificas se dez r at o s, dez peix es, dez po mbo s e 2 000
búz io s. A ssim ele fez. M asi tar de, Ès ù que sem pre apo ia aqueles que r ealizam o
sa cr ifí cio , o enco nt ro u no ca minho da r o ça e disse a Obo nhun bo nhun (beso ur o ) que
peg asse qualquer um do s jo v ens in seto s que ele at r aiu at é sua casa e co br is se co m
ar eia. Ele disse que O dudua o s t r ansfo r mar iam em cr ianças par a ele. O bo nhu nbo nhun
seg uiu est e co nselho e isso é o que ele ainda faz at é ho je.

Orác ulo 101

Ìdí-Rosù

Es se Odù adv er t e co ntr a uma enfer midade na ár ea da cint ur a o u nádeg a.


Tam bém pro g no st ica um incr emento no s neg ó cio s.

O bser v açaõ o cident al: U ma client e fr equent ement e enco nt r ar á dific uldades
men str uais o u ut er inas.

101 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ela pi ca, me dó i— a nádeg a do anc ião lhe causa dific uldades.


F o i co nsu lt ado par a Ag ba K uo mi, que t em alg um t ipo de enfer midade em sua s
nádeg as.
Ele fo i o r ient ado que se sa cr ifica sse e r eceber fo lhas de I fá ele fi car ia cur ado .

160
O sacr ifí cio : no v e car amujo s, 18 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele fez o sa cr ifí cio .

101 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Est a é a c sa do babalawo .
Est a é a v ar anda do babala wo .
O sù- g ag ar a (alto O sù), o A dv inho de At ande,
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
Ò r únmì là fo i or ient ado a sa cr ificar .
O sù o far ia po pular no mundo .
O papag aio é co nheci do po r sua calda v er melha. U ma g alinha,
azeit e-de-dendê, um r at o , um peix e, 20 000 búzio s e um o sù (bor dão de o fí cio de I fá)
dev er iam ser sa cr ificado s.
Ele r ealizo u o sa cr ifí cio .
O o sù fo i plant ado de fro nt e À casa de Ò r únmì là. O utr o s mat er iais de sacr ifí cio fo r am
co lo cado s ali, no s quais o azeit e-de-dendê er a vert ido .

161
Orác ulo 102

Ìrosù’dí

Es se Odù fala de uma pesso a que t em um talent o par a cur a e o fer ece so lu çõ es
par a co ncepção .

O bser v ação o cident al: O client e dev e medit ar so br e uma car r eir a difer ent e.

102 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Bimo ba wo ndi-a- san co ns ulto u I fá par a Ì ro sù que t inha ass umido que t o das as fer idas
enfaix adas po r ele ci catr izar iam. Fo i pedido que ele sacr ifi cas se bandag em, u m peix e
ar a, quat or ze mil búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de Ì ro sù em ág ua; ut ilizar a
mi st ur a par a lav ar o s ik in do client e). ele se t or nar ia médico . Se esse I fá é div inado em
um esent ay e o u It efá, o client e o client e s se to rnar á um espe cialist a em cur ar
mac hucado s.

162
102 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O ja- abiamo -adit u co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.


F o i pedido a elea sa cr ifí cio de mo do que ela se to r nasse mãe.
do is r ato s, do is po r quinho s da india e 20 000 búzio s.
Ela sa cr ifico u.

Orác ulo 103

Ìdí’owonrin

Es se Odù fala da cheg ada do r eco nheciment o e da impor t ância da car r eir a do
client e.

O bser v ação o cident al: O client e est á sendo pr essio nado no tr abalho .

103 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I diwo nr inwo n- Idiwo nr inwo n co n sult o u par a Obahu n I japa. F o i pedido a ela que
sa cr ificas se de maneir a de fo r ma que ele fo s se ho nr ado em to do lug ar que fo sse t o car .
O sacr ifí cio : co nt as de cor al, quat ro po mbo s e 8 000 b úzio s. Ele fez o sacr ifí c io .
O bahun se t or no u um impor t ant e t o cador . Ele sacr ifi co u co r al dev ido ao
int ert eniment o .

103 – 2 (Tr adu ção do v er so )

163
Emik o maak u-Y iy enninmaay e co nsult o u I fá par a Ope, que fo i or ient ado a fazer
sa cr ifí cio
de fo r ma que ele pudes se t er t er uma base fir me e ev it asse a mo rt e. O sacr ifí cio : uma
o velha, um ago go , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. Ope
fo i as seg ur aco co m um ba se fir me e v ida lo ng a. F olhas de I fá: Lav e o s ik in I fá co m
fo lhas de k ut i e co lo que o ag o go no ik in de I fá. C ant ig a de I fá: Eu est o u env er g o nhado
da mo rt e; em lug ar de mor r er eu me tr ansfo r mei na fo lha k ut i (r epet ir quatr o vez). O
ago g o dev e aco mpanhar est a cant ig a

Orác ulo 104

Owonrin’di

Es se O dù fala da genero sidade e ho nest idade co mo fór mula de suce sso e amor .

O bser v ação o cident al: O s neg ó cio s apar ent am est ar de "per nas par a o ar ".

104 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O wor in- dimo wo , O wo nr in-dime se fo i aco nselhado a pr at icar a car idade de for ma a
r eceber bênsão s. Ele não ag ir ia assim. I fá fo i co nsult ado par a O bahun I japa, que fo i
o rient ada a sa cr ificar de for ma que ela não ficas se desampar ada: uma pacot ede o bì ,
uma g rande t ig ela de inha me pilado , um gr ande po t e de so pa, quat ro po mbo s e 2 000
búz io s.

104 – 2 (Tr adu ção do v er so )

164
Seg ur e est a co isa, mant enha seg ur o . Se v o cê é quest io nado , a co isa dev er ia ser
pro duzi da em demanda. I fá fo i co ns ult ado par a cest as e saco las. C ada uma delas fo i
o riendada a dar sa cr ifí cio de for ma que as pes so as co nt inuar iam as amando . O
sa cr ifí cio : do is po mbo s e 2 400 búzio s. Elas sacr ificar am. Fo i declar ado que qualquer
um que devo lv esse co isa s a se us pr o pr iet ár io s ir ia sempr e pro sper ar .

Orác ulo 105

Ìdí’bàrà

Es se Odù fala so br e a neces sidade de r emo v er o bst áculo s e mau ent endido s
atr av és de sa cr ifí cio .

O bser v ação o cident al: O client e se depar a co m pr o blemas no r elacio nament o .


C o mpro mis s é nece ssár io par a salv a- lo .

105 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Edidi o s at r apalha, O bar a o s dá co ber t ur a fo i div inado par a a árv o re em um ar bu sto


espin ho so que fo i aco nselhado par a sacr ifi car o s seg uint es mat er iais de for ma que et i
(di ficu ldades) ser iam r emo v idas de se u camin ho . Também fo i div inado pr a O pe e fo i
pedido que sa cr ifique: u ma fo ice, um machado , u m cint o par a s upor t e (ig ba), uma
pr eá, um peix e ar o , po mbo s e 18 000 búzio s. Ela[a árv o re em um ar bust o espinho so ] se
r ecuso u a realizar o sa cr ifí cio dest as co isa s, mas O pe sacr ifi co u. Fo lhas de I fá fo r am
pr epar adas par a O pe e fo i dito que ele não ser ia atr asado pelo s ar bust o s. Èsù est á
sempr e ao lado de quem sa cr ifica. U m dia, Èsù di sse ao fazendeir o peg ar seus

165
apetr echo s e ir a O pe e vest ir O pe, po r que Èsù de ag or a em diant e t or nar ia Ope
benéf ico ao fazendeiro . O fazendeiro seg ui u a o rient ação e vest iu Ope. O pe ao se u
t empo se t or no u benéfico às pesso as.

105 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Edidi o A dv inho de Ok o (o ar bust o ), O bar a o A dv inho de Ilé (a casa). I fá fo i


co ns ult ado par a ambo s e fo i pedido par a sacr ificar em de fo r ma a ev it ar em mal -
ent endido s ent r e eles par a sempr e. O sacr ifí cio : duas av es(u m galo e uma galinha ),
uma cabr a, um cabr ito e 20 000 búzio s. Edidi se recu so u a sacr ifi car , mas Obar a não .
C o mo de co st ume, Edidi fo i a casa de se us parent es, na casa de Olo fin, par a
c umpr iment a-lo s apó s um dia de tr abalho na r o ça. Ev ent ualme nt e ele fo i aco nselhado a
v ir e pedir s ua no iv a em ca sament o , assi m que ela pudes se casar . S ua pr o met ida,
O bar a, não g o st a de Edidi, o qual ela r idicular iza co mo sendo um lenhador . Ela
perg unt o u, “o que dev o eu fazer co m um lenhado r ?”. Em seg uida, ele co meço u a
s uplicar O bar a par a encar a-lo co m bo ns o lho s. O bar a não qui s vê- lo . Edidi, finalment e
r ealizo u o sa cr ifí cio que lhe fo i pedido , po is de o utr a maneir a per der ia s ua espo sa.

166
Orác ulo 106

Obara’di

Es se O dù adv er t e co nt r a per da de no s sa independen cia e int eg r idade.

O bser v ação o cident al: O relacio nament o do cl ient e est á se deseq uilibr ando
dev ido a reclama çõ es do par ceir o .

106 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eesin -war a co nsult o u I fá par a O lo fin, que fo i adv ert ido que alg um ext r angeir o s
est av am po r v ir . Eles pr ender iam as pesso as nas casa s e na fazenda e o s lev ar ia pr a
cidade s ext r ang eir as. Fo i pedido que O lo fin sacr ifica sse azeit e- de dendê a ser ver it do
so br e Èsù, e dezes seis po mbo s, um deles par a ser usado par a a pr o piciação da cabeça
do client e. Esmag ue as fo lhas de olu sesaj u e o riji em ág ua; per mit a que o sang ue do
po mbo g ot eje na mi st ur a; lev e est e po t e de remédio de I fá ao mer caado de fo r ma que
t o das as pes so as da cidade po ssam esfr eg a- la em seus cor po s.

106 – 2 (Tr adu ção do v er so )

167
I g bá o rí - ami, o A dv inho das mul heres, co ns ult o u I fá par a uma pro st it ut a que est av a
indo pr a cama co m to do s o s ho mens. Ela fo i adv ert ida que est av a fazendo uma co isa
arr is cada. U ma pro st it ut a per de o respeit o . Nenhu ma mulher po de pr o sper ar pr a
sempr e na pr o st it ui ção . Ela fo i aco n selhada a co nfe ssar sua ig no r ância e a sacr ifi car
do is po mbo s, do is car amu jo s, banha de ò rí , 8 000 búzio s, e fo lha s de I fá (esmag ue
fo lhas de eso co m iyr e; co zinhe a mi st ur a co m um car amu jo fazendo uma so pa par a ela
co mer ; vo cê t ambém po de mi st ur ar eso mo ido co m banha de ò rí par a esfr eg ar na
v ag ina; as fo lhas de eso po dem ser pilada s co m sa bão par a banhar - se).

Orác ulo 107

Idi-Okanran

Es se Odù adv er t e que qualquer um que pr at ica at o s deso nesto s ir á cer t ament e
ser pego e punido .

O bser v ação o cident al: Tr aição por aquele s que o client e co nfia lev ar á a
pro ble mas.

107 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I diko nr andiko nr an, I diko nr an amarr o u do is inha mes j unt o s div ino u par a do is ladr õ es
que se dir ig iam à sua r o nda no r mal. Eles for am aco nsel hado s a sa cr ificar em par a
ev it ar ser em pr eso s po r for t e cor da enqua nto pro c ur av am s ua av ent ur a. A terr a pr ende
o ladr ão em no me do do no . R o ubo é um ato deso nr o so . Eles falar am, ‘ qual é o
sa cr ifí cio ?’ . Fo i dit o : quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (esmag ar fo lhas de
eso e o lusesa ju em ág ua e lav ar o co r po co m isso ). O s ladr õ es se r ecu sar am a
sa cr ificar . ele for am capt ur ado s e amarr ado s co m cor das e lament ar am po r não t er em
feit o o sa cr ifí cio .

168
Orác ulo 108

Okanran-Di

Es se O dù fala de um r elacio namento que ir á ev ent ualme nt e dar a cer to .

O bser v ação o cident al: U ma so cieda de o u relacio nament o ant er ior é r eaceso .

108 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U ma panela pr et a to ma cuida do co m to do o mu ndo além de si me sma. I fá fo i


co ns ult ado par a Ò r únmì là, que est av a indo despo sar Ehinmo la. To das as deidades
(I r únmale) tent ar am seduzir Ehinmo la sem su ces so . Òr únmì là fo i aco nsel hado a
sa cr ificar po mbo s e 12 000 búzio s. Òr únmì là o uv iu at ent ament e o co nselho e
sa cr ifico u. Ele mais a diant e fo i aco nselhado a não per der a paciên cia se a mulher não
lhe desse at enção imediat ament e. Ela b uscar ia por ele o nde quer que ele pudesse est ar .
Ela amaldiço ar á o dia em rec uso u a pr o po st a de Ò r únmì là. Ò r únmì là par t iu par a A do
A y iwo . U m ano depo is depo is que Ò rúnmì là part iu, Ehin mo la mudo u s ua opinião . Ela
dese jo u se ca sar . Ela fo i por to da par t e co m as deidades, mas ning uém co nseg ui u a
maldi ção que Ò rúnmì là jo go u so br e ela. To do s o s esfo r ço s se mo st r ar am inút eis.
Ehin mo la ev ent ualment e arr umo u suas malas e se dir ig iu à ca sa de Ò r únmì là em A do .
Ò r únmì là est av a fe st ejando o F est iv al do I nhame No vo quando Ehin mo la chego u. O
azeit e-de-dendê e o sal de Ò r únmì là t inham se esgo t ado , o que Ehinmo la pr o veu
alegr ement e quando ela des fez sua s malas. Q uando Òr únmì là t er mino u a o fer enda, ele

169
perg unt o u a Ehin mo la, “o que v o cê faz aqui?”. Ehinmo la r espo ndeu, “é v o cê”. Ent ão
Ò r únmì là apanho u dua s fat ias de inhame que ele sa cr ifico u. Ele esfr eg o u uma na o ut r a
e as deu a Ehinmo la dizendo , “ele est á pro nt o par a ser co mido , Ehinmo la. Ele est á
pro nt o par a ser bebido , Ehinmo la”.
F o i assim que Ehinmo la se to r no u espo sa de Òr únmì là. Desde ent ão , se quest io namo s
acer ca de quem co nhece o fut ur o , eles dir iam, “Òr ún mì là co nhece o fut ur o ”.

Orác ulo 109

Ìdí-Ògúndá

Es se Odù fala da necessi dade de sabedo r ia e car át er par a equili br ar a fo r ça


fí si ca.

O bser v ação o cident al: Pr o mis cuidade sex ual lev ar ão ao desast r e.

109 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò r únmì là disse Ì dì - Òg ún- dá


Eu disse Ìdì -Ò g ún-dá.
Ò r únmì là aco nselho u Òg ún a sa cr ificar uma ov elha, um po mbo ,
4 400 búz io s e fo lhas de I fá de fo r ma que s ua cabe ça fo s se t ão bo a
quant o o rest o do co r po .
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
Tudo est av am bem co m ele.

109 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò r únmì là disse que a r esidêcia de Òg ún est av a abando nada,


Eu disse que a residên cia de Ò g ún est av a abando nada.
Po r que nó s cheg amo s à residên cia de Ò g ún e não enco nt r amo s ning uém?

170
A casa fo i to t alment e abando nada.
Eles disser am que o car át er de Ò g ún est av a apavo r ando [to do mundo ].
Ent ão se nó s desejá ssemo s que a ca sa de Ò g ún fo sse abar ro t ada [de pes so as]
co mo esper amo s, ele dev er ia sacr ifi car uma ca br a, 20 000 búzio s, e fo lhas de I fá.

Orác ulo 110

Ògúndá’Dí

Es se O dù fala de uma jo r nada bem s ucedida, po r ém adv er t e so br e po ssí v el


des co nfor to int est inal.

O bser v ação o cident al: U ma client e gr áv ida tem fr eqüent ement e alg uma
hemo rr ag ia placent al. Sa cr ifí cio ir á c ur ar o pr o blema.

110 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g ún est a indo viajar . Ele fez suas malas.


Ò r únmì là disse que a v iajem de Ò g ún ser ia diver t ida e
queele r et o r nar ia co m seg ur ança.
O sacr ifí cio : u m g alo , azeit e-de-dendê. o bì e 4 400 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

110 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O jo -sur u sur u (v azament o s co nst ant es), A dv inho do par aí so ,


co ns ulto u I fá par a uma caba ça nov a (k er eg be).
F o i pr edito que a cabaça ir ia v azar .
Par a blo quear o vazament o , ela fo i or ient ada a sa cr ificar past a de cale fação (at e),

171
espin ho s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de dag ur o e co zinhe co m peix e
aro par a o client e co mer ).
I fá diz: se esse o dù fo r div inado , o client e so fr e de disent er ia.

Orác ulo 111

Ìdí’sá

Es se O dù fala de inquiet ação e desejo de fug ir de suas respo n sabilidade s.

O bser v ação o cident al: Pr es sõ es diár ias est ão causa ndo tr anst or no emo cio nal.

111 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì dí (a s nádeg as ) ent ro u, Ì dí fo i sent ar - se, Ì dí não po de sent ar - se, Ìdí se lev anto u, Ì dí
não pô de descan sar . Fo i pedido a Ìdí sa cr ificas se par a po der descan sar . O sa cr ifí cio :
um po mbo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de esò e jo ko je e mist ur e co m
sa bão -da-co st a; par a o client e usar sempr e par a lav ar seu co r po ).

111 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò r únmì là disse Ì dí - Ò sá, eu disse Ì dí - Ò sá. Ìdí co rr eu par a t ão lo ng e que ela est av a
sendo pr o cur ada par a se to r nar uma chefe. Ìdí (as nádeg as) par a lo ng e; ning uém a
pro c uro u mais. Ela se to r no u mo t iv o de deso nr a e de verg o nha. Ìdí fo i aco nselha da a
sa cr ificar dez fo lhas de o wa, dez po mbo s, dez ov elhas, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá
que ela dev er ia pro cur ar . Ela fez co mo fo i aco nselhado . É por isso que to do mundo
est a a pro c ur a de Ìdí .

172
Orác ulo 112

Osa’di

Es se O dù so br e remo ção de blo queio s par a o bter um relacio nament o bem


s ucedido .

O bser v ação o cident al: O medo da car êcia de relacio nament o do client e
t er minar á co m o apar eciment o de uma nov a pes so a.

112 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O s cam inho s de Ò sá não est ão aber t o s. O s camin ho s de Ò sá est ão blo queado s.


Ò r únmì là di sse que um sacr ifí cio tem que ser ex ecut ado par a abr ir o s caminho s par a
Ò sá. U ma lampar ina de barr o , azeit e-de- dendê, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá
(p ulv er izar fo lhas de quiabo e mist ur ar co m são par a ban har -se). A lampada dev e ser
ace sa no mo mento do sacr ifí cio .

112 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò r únmì là di sse que bo as no t í cias são mo t iv o de alegr ia. Eu disse bo as not í cias. Po r
fav or diag a a ot do mundo que a pes so a que est áv amo s pr o cur ando cheg o u. O bì ,
o ro g bo , piment a- da-co st a, v inhi de palma e 3 200 búzio s dev em ser sacr ifi cado s. O s
co mpo nent es do sacr ifí c io dev em ser ut ilizado s par a intr et er a pes so a.

173
Orác ulo 113

Ìdí’ká

Es se O dù adv er t e co nt r a puniment o s sev ero s po r más façanha s.

O bser v ação o cident al: O client e se depar a co m po ssí v eis tr aiçõ es em negó cio s o u
seg r edo s pesso ais.

113 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Nó s inv est ig amo s feit iceiro s, br ux as e quem ca usa dano s a o ut r em; A i da for mig a que
t em fer r ão e fer ro a quando fo r pêg a. I st o fo i div inado par a A bat enije, O sik apa-adiy e-
adug bo - run, At ’ eniy an- at ’ er ank o -k o n’ eewo , que di sse que seu fim est av a pr óx imo . O
sa cr ifí cio : Q ualquer co isa que o babala wo peça e fo lhas de I fá (esmag ue fo lhas de or iji
e olu sesaj u em ág ua; ut ilize uma espo n ja kanr ink an no v a e sa bão -da- co st a par a lav ar o
co r po do client e). O client e t ambém têm que at ender a a adv ert ênc ia e dar a maio r ia de
s uas po sse s co mo esmo las o u se iniciar em I fá.

113 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A sir ibo mo mo co ns ulto u I fá par a Olo k un e O lo sa. F or am or ient ado s a cada um deles
sa cr ificar quat r o pot es de bar r o , dezessei s po mbo s, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
A ssi m fizer am. Eles fo r am as seg ur ado s de que ning uém v er ia o u co nhe cer ia o s
seg r edo s deles.

174
Orác ulo 114

Ìká’dí

Es se O dù fala so br e mo st r ar r espeito par a ev it ar pr o blemas na vida.

O bser v ação o cident al: A falt a de espir it ualida de do client e est á blo queando as
at iv idade s munda nas.

114 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Biaba -r o -li-aro ju, Laise -lairo - bi- ominu -nk o’ ni, I ya K iig bai je’ ni co n sult o u I fá par a
K o dunmi- Ag ba. F o i pedido que ele sacr ifica sse de mo do que não so fr esse punição nã
v ida.
O sacr ifí cio : dez o vo s ce galinha, banha de òr í, pedr as de r aio , 4 400 búzio s e fo lhas de
I fá (t r it ur ar or iji e o luse saju co m piment a do reino ; fazer uma so pa co m essa mi st ur a
co m um o vo ; co lo que as pedr as de r aio na so pa apó s ela est ar pro nt a; A cor dar aao
r o mper do dia e to mar esse r emédio ). A g ba se r ecuso u a sacr ificar .

114 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Se um jo v em ho mem que é des car ado enco nt r a um v elho awo , ele o bo fet ear á. Se ele
enco nt r a um v elho her bo lár io , ele o cast ig ar á sev er ament e. Se ele enco ntr a um velho
sa cer do t e que se ajo elha em pr ece, aci dent alment e ele o lançar á ao so lo . I fá fo i
co ns ult ado par a o s deso bedient es, que disse que ning uém po der ia refo r ma-lo s. “Po r
quê? Vo cê não sabe que uma cr iança que bat e em um sacer dot e que est á r ezando est á
pro c ur ando po r sua pr ó pr ia mo rt e? Ver mes mor r em rapidament e, mu ito r apidament e”.

175
Orác ulo 115

Idi-Oturupon

Es se Odù fala de so luçõ es par a pr o blema s médico s que impo ssibil it am a


g rav idez.

O bser v ação o cident al: O client e po de ex per iment ar um despert ar emo cio nal o u
espir it ual.

115 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I dit ir ipo n, I dit ir ipo n, I di abiy amo tir ipo n-t ir ipo n fo i co ns ult ado par a O lu-O g an,
Q ue fo i o rient ada a sacr ifi car dezesseis sement es de ok or o, dezes seis inhames fêmea
(ew ur a), quat ro cabr as e 3 200 búzio s de mo do que ela po ssa par ir muit o s filho s.
Ela fez o que fo i pedido .

115 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O sun sun, o awo de O lúig bo ,


co ns ulto u I fá par a O dung be,
que fo i pediu par a sacr ificar
de mo do que ele não seja at acado por do enças nas nádeg as.
O sacr ifí cio : do is galo s, um cão , 6 600 búzio s e fo lha s de I fá.
E, se ele já t iv esse sido at acado , que ele po der ia ser cur ado .

176
O rác ulo 116

Oturupon’Di

Es se O dù fala de uma pesso a que est á espir it ual ment e abando nada e em
nece ssidade de uma r eno v ação espir it ual.

O bser v ação o cident al: O client e est á se aut o co nsu mindo e so fr endo dev ido a
ist o .

116 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O mundo é belo . O par aiso é mar av ilho so . O dùdùa a or iento u as pesso as do mundo
v olt arem a ele atr av és da r een car nação . as cr iança s se r ecu sar am a ir . A s pesso as
ido sas tam bém se recu sar am a ir . ele perg unt o u a r azão . Eles dis ser am, “Não é fá cil ir
ao par aiso e v o lt ar ”. Òr únmì là said, “O par aiso é g racio so e é o lar da beleza”. Odùd ùa
jama is v iver ia em um lug ar despr ezív el.O O risa é sempr eenco nt r ado em lug ar es
des cent es. Q ualquer um que é chamado dev e respo nder ao cha mado .. Nenhuma mãe
cha mar ia seu fil ho par a so fr er . A s pesso as do mundo ainda est av am esit ant es. Eles
fo r am or ient ado s a sacr ifi car de mo do que se us v éus de ecur idão pudessem ser
r emov ido s. Se eles est ão t r abalhando , eles dev em se mpr e o lhar par a o par aiso . O
sa cr ifí cio : Ef un, um pedaço de teci do br anco , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Se o
sa cr ifí cio pr es cr it o fo sse realizado , eles se abst er iam de sang ue. Eles se rec usar am a
sa cr ificar .

116 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ho je vo cê reclama que O t ur upo n' Di é culpado . A manhã vo cê r eclamar á que Èlà não
est á administ r ando o mu ndo co rr et ament e. Ele fez O dundu n o rei do to das as fo lhas e
Tet e seu repr esent ant e. Vo cê ainda est á reclama ndo que Èlà não administ r a o mundo

177
co rr et ament e. No fim., Èlà est iro u a sua co r da e ascende u ao s C éus. Èlà est ir ar ia a sua
co r da e descer ia par a receber bên ção s, Èlà! O sacr ifí cio : um po mbo , um peix e ar o e
fo lhas de I fá (tr it ur ar fo lhas de or iji co m sabão e dar ao client e ao qual est e I fá fo i
div inado ; ele dev er á se lav ar co m es sa mist ur a apó s realizar o sacr ifí cio de mo do que
s uas bo as façanha s no mundo não seja m v ist as co mo más ).

178
O rác ulo 117

Ìdí-Òtúrá

Es se O dù fala de restr içõ es dietét icas par a saúde e sa cr ifí cio par a har mo nia
fami liar .

O bser v ação o cident al: O client e fr eqüent ement e t em pr o blemas de saúde tal
co mo pr essão alt a o u co lest er o l.

117 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U m pai dese ja o bem ao seu filho . U ma mãe deseja o bem ao se u filho . Lo ng ev idade e
idade av ançada depende de Èdú. I fá fo i co ns ult ado par a O luy emi, que fo i o rient ado a
sa cr ificar par a pr ev enir do ença na s nádeg as. O sa cr ifí cio : um po mbo , uma galinha, u m
g alo , um peix e ar o , 18 000 búzio s e fo lha s de I fá. No esent ay e o u it efá, essa cr iança não
dev e se unir em mat r imô nio sem o co nsent iment o de seu pai o u de sua mãe. Eewo : O
client e não dev e co mer no z de co la o u car nemas dev e ut ilizar pixe o u car amu jo s em
s ua so pa.

117 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O ko (a pá), o úni co que pro c ur a o bem -est ar da terr a,


co ns ulto u par a A lár á,
que fo i or ient eado a sacr ifi car par a que sua famí lia se uni sse ao inv és de se di sper sar .
O sacr ifí cio : u m feix e de vas so ur as, um par de po mbo s jo v ens e 16 000 b úzio s.
A lár á fez o sa cr ifí cio .
Lhe fo i as seg ur ado que ser ia feliz par a se mpr e.
A lár a se to r no u bem su cedido .

179
O rác ulo 118

Òtúra’dí

Es se O dù fala so br e uma cr iança s ucedendo se u pai e um relacio nament o co m


um par ceir o do minant e.

O bser v ação o cident al: O out ro par ceir o no r elacio nament o é co nt ro lado r em
demas ia.

118 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A r iba de nádeg as v er melhas


co ns ulto u I fá par a O rí - A wo , que fo i saudado por O muk o -eg i.
F o i pr edito que ele usar ia a cor o a de seu pai, lo g o dev er ia
sa cr ificar uma ov elha par a t er v ida lo ng a.

118 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O A lv or ecer (iji mjik ut u) co nsult o u I fá par a A di.


A di est av a indo despo sar o Nas cer - do - so l (iy alet a).
Eles disser am que ele sempr e tr emer ia à v ist a de sua espo sa.
O sacr ifpi cio : tr ês g alo s e 6 600 búzio s.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

180
O rác ulo 119

Ìdí-Irete

Es se O dù fala da necessi dade de t rabalho ár duo par a alca nçar uma po si ção
elev ada.

O bser v ação o cident al: O client e t em u ma pr o mo ção o u no vo tr abalho em seu


cam inho por ém o medo po de blo quea- lo .

119 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O moy in, o A dv inho de bo m cor ação , lavo u o ut r a cabeça do ho mem.


A cabe ça fico u limpa.
O moy in lav o u o utr o cor po do ho mem. O co r po fi co u br ilhando .
I fá fo i co ns ult ado par a A wero ro g bo la.
F o i pr edito que Adeg bit e se t or nar ia rei no fut ur o . Dez po mbo s,
penas de papag aio e 2 000 búzio s
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

119 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I jimer e, o Adv inho da apt idão fí s ica e da beleza,


co ns ulto u I fá par a A r isemase Ìdí r et eret e.
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car de maneir a a tr abalhar e não
t er medo de t rabalhar .
O sacr ifí cio : u m car neiro , uma enx ada, uma fo ice e um cão .
Nó s perg unt amo s a razão .
I fá dis se: U ma enx ada nun ca falt a ao tr abalho . U ma fo ice nun ca ado ece.
U m cão peg a no tr abalho dur ament e. U m car neir o não teme nenhu ma o po si ção .

O rác ulo 120

181
Irete’di

Es se O dù ala de r esist ência à mudança, mas da necess idade da mes ma.

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa reav aliar um relacio nament o que não
est á dando mais cert o .

120 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I jo ko -ag ba- biik ’eni -ma- dide-mo , Ag ba- m’ o pa-l’o wo .


co ns ulto u I fá par a a M ó (o lo ) .
O lo não quer ia se lev ant ar do lug ar o nde ela est av a.
F o i pedido que ela sacr ifica sse do is po m bo s, 4 400 búzio s e fo lhas de g bég bé.
Ela o uv iu o co nselho e sacr ifi co u.
O lo sempr e ter ia alg uém par a car r eg a- la.

O rác ulo 121

182
Ìdí-Ose

Es se O dù fala so br e po ssí v eis pr o blemas pr ov enient es de o rg anis mo s


mi cro scó pi co s.

O bser v ação o cident al: Pr o mis cuidade ir á r esult ar em do ença.

121 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O s o lho s pro t eg em a cabeça; uma pequena co isa po de causar co nf usão inca lculáv el. I fá
fo i co ns ult ado par a 165 árv or es. Elas fo r am or ient adas a fazer sacr ifí cio par a ev it ar
r eceber um est r anho per igo so s. Q uat ro fa cas, azeit e-de- dendê, banha de òr í e 18 000
búz io s dev er iam ser sacr ificado s. Ela s ouv ir am o co nsel ho , por ém não sa cr ificar am.
O pe sacr ifi co u met ade do que fo i pedido e Per eg un seg uiu a or ient ação e realizo u
plenament e o sacr ifí cio . À queles que sacr ificar am fo r am dadas fo lha s de I fá. Ent ão fo i
declar ado que par asit as nunca arr uinar iam O pe e nem Per eg un. Par asit as teimo so s que
t ent am at acar Per eg un não so br ev iv em.

121 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Eles so fr er am um desast r e e quiser am saber qual fo i a causa, mas ning uém so ube co mo
ela v eio at é que r ealizar am sa cr ifí cio pr ev ist o po r Baale-ero , que aco nselho u a
sa cr ificar quatr o g alinhas, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá par a per mit ir a des cov ert a.

O rác ulo 122

183
Ose’dí

Es se O dù adv er t e co nt r a ser muit o amáv el, par a que um inimig o der ro t ado não
r et or ne.

O bser v ação o cident al: O client e encar a um co nflit o ao qual ele dev e se
co mpo rt ar ag r essiv ament e.

122 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Nó s não apanhamo s um g at uno e o deix amo s sem uma úni ca mar ca. Se nó s so mo s
v it o r io so s, nó s dev emo s prender o tr aidor . Se nó s não pr ender mo s o t raido r , a pesso a
que nó s co quist amo s, depo is de descançar u m po uco , clamar á v it ó r ia so br e nó s. I fá fo i
co ns ult ado par a Saan u-o t e, que fo i or ient ado a sa cr ificar par a ev it ar de t rat ar uma
falt a co m co mpaix ão . Deus ama a t o das as co isas não em ex ce sso . O sacr ifí cio : quatr o
g randes saco las, 3 200 búzio s e Fo lhas de I fá; U ma sa co la pr ende seu co nt eudo .

O rác ulo 123

184
Ìdí-Òfún

Es se O dù fala remo ção de blo queio s e de uma viag em inesper ada.

O bser v ação o cident al: O s negó cio s do clie nt e est ão indo mal; é reco mendado a
t o mada de uma no v a linha de ação .

123 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O jiji fir i co nsult o u I fá par a Ì dí e Ò fún.


F o i dit o a eles que u ma inesper ada v iajem est av a po r v ir e que dev er iam sa cr ificar
de maneir a que t iv essem suce sso nessa jor nada.
O sa cr ifí cio : u ma ov elha, um po mbo , 18 000 búzio s e fo lhas de I fá ( fazer uma so pa co m
fo lhas de aik ujeg unr e tr it ur adas, um po mbo e um peix e aro ; tev e ser co mida bem cedo
pela manha pela pesso a o u po r qualquer um na ca sa).

123 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Edidi o s seg ur a em casa. Ò fún o s blo queia na flo r est a.


Q uem ir á salv a-lo s?
A penas Òr únmì là o s liber t ar á;
A penas Òr únmì là.
I st o fo i div inado às pesso as de I fe- Oo ye no dia que eles
fo r am sit iado s.
Eles for am o r ient ado s a sa cr ificar um pent e, um po mbo e 2 400 búzio s po que
so o cabelo est á embar açado , apenas um pent e po de ar r uma- lo .

O rác ulo 124

185
Òfún’dí

Es se O dù adv er t e co nt r a g ula e eg o í smo .

O bser v ação o cident al: O client e est á se pr o cupando demai s co m seu s neg ó cio s;
is so resu lt a em dific uldades de relacio nament o .

124 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún limit a sua bo ndade, Wàr àg bà ag e depr essa de for ma que Ò fún não po ssa no s
mat ar . I fá fo i co ns ult ado par a O lo rí - Og a. Ele dis se: Q ualquer um que limit e a
benev alência em sua casa nunca receber á bo ndade da o utr a par te. Ele fo i or ient ado a
sa cr ificar um po mbo , uma o velha, uma por ção de o b`e 20 000 búzio s par a per mit ir que
a bo ndade fl ua par a dentr o da casa.

O rác ulo 125

186
Ìrosù’wonrin

Es se Odù adv er t e par a desfr ut ar a pr o sper idade que cheg a, dev emo s co nser v ar a
paz e har mo nia.

O bser v ação o cident al: O su cesso que cheg a po de causar pro blema s fam iliar es o u
de par cer ia.

125 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì ro sù wó nr í n, Ì ro sù wór in wo n co nsult o u I fá par a as pes so as de A lede-O wa. F oi


pedido a a eles que sacr ifica ssem dezessei s po mbo s, uma ov elha, dezessei s car amu jo s e
16 000 o u 160 000 búzio s de mo do que pude ssem apazig uar a ment e e ev it ar em g uer r a
civ il.

125 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Er int unde, nó s est amo s pr o sper ando . I fá fo i co n sult ado par a as pesso as de I fe- Oo ye.
Ele disse: Est e é um ano de dinheir o e filho s. U ma o velhas, um po mbo e 16 000 búzio s
dev er iam ser sa cr ificado s. A ssim eles fizer am.

O rác ulo 126

187
Oworin’rosu

Es se O dù fala da impor t ância do s so nho s.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a de co nt at o int imo co m sua ener g ia
ance str al par a cor r ig ir difi culdade s munda nas.

126 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , co nsult o u I fá par a O lawun mi quando O lawu nmi
dor mi u e so nho u. Pela manhã, pe diu que um sacer dot e de I fá v isse div inar par a ele.
Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , veio , co ns ult o u I fá e enco nt ro u O wo nr in’ ro s u.
A pó s curt a reflex ão , ele disse: O lawun mi! v o cê t ev e um so nho na ult ima no it e. Est a é a
r azão de t er co nv idado um babala wo . No so nho vo cê o uv iu o so m de si no s de dança e
v iu alg uém so rr ido par a vo cê. O so nho que vo cê t ev e t rás bo ns aug úr io s. Log o , vo ê
dev e sacr ificar : do is po mbo s, duas galinha s, do is paco t es de o bì , 2 400 búzio s. Ele
seg uiu a or ient ação e sacr ifico u. S ua cabeça fo i cult uada co m um po mbo . F o i declar ado
que “O lawu mi sempr e ser ia r espeit ado ”.

O rác ulo 127

Ìrosù-Obara

188
Es se O dù fala de div idir co m o s o utr o s de maneir a a g ar ant ir pr o sper idade e
feli cidade.

O bser v ação o cident al: U m enco nt ro de neg ó cio s o u o po rt uni dade que est á por
v ir ser á bem sucedi do .

127 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U ma v ida de peg ar —e—lev ar far ia o m undo um lug ar pr azeir o so par a se viv er .


I fá fo i div inado par a Ò r únmì là, que se dig ir ia a O t u-I fe par a ens inar as pesso as a
co nv iver em bem tant o em casa quanto na r o ça.
F o i pr edito que Òr únmì là est ar ia apt o a intr ui -lo s. Eles aceit ar iam seus ensinament o s.
M as antes de embar car em sua jo r nada, ele dev er ia sa cr ificar uma po r ção de or og bo ,
fo lhas de og bo , banana s e 16 000 búzio s.
A ssi m fez Ò r únmì là.

127 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O mo ko A lajé, o ta nt a wàr à
co ns ulto u I fápar a O y inbo .
O y inbo fo i aco nselhado a sacr ifi car de mo do a capa cit a-lo a
co mer ciar abunda nt ement e.
O sacr ifí cio : u ma quant idade de sal equiv alent e ao valo r de 200 búzio s,
uma galinha br anca, um po mbo br anco e 20 000 búzio s.
O y inbo sacr ifico u e se t or no u pr o spero .

O rác ulo 128

Obara-Ìrosù

Es se O dù pede por ini ciação em I fá par a asseg ur ar benção .

189
O bser v ação o cident al: O su cesso do client e depende de cr es ciment o espir it ual.

128 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O r ei t ev e um filho ; ele o chamo u de A de (a cor o a). O r ico t ev e u m filho ; o cha mo u de


A jé (di nheiro ). Nó s olhamo s em no sso quint al ant es de no mear mo s uma cr iança. Vo cê
não sabe que o filho de O bar a- Ìr o sù é um babala wo ? Est e fo i o I fá div inado ár a as
pes so as no dia que nó s v imo s O bar a-Ì ro sù no sant uár io de I fá. Fo i pedido que
sa cr ificas sem dez rato s, dea peix es, o sùn e 20 000 búzio s. O client e dev e sr iniciado em
I fá. Enquant o ele se t or na to t almente ver sado em I fá, um o sùn dev e ser plant ado par a
ele.

128 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I fá no s fav or eceu, que cu lt uemo s ent ão a I fá.


O risa no s favo r eceu, que cult uemo s ent ão Or isa.
O risa -nla no s fav o rece u co m fil ho s.
I fá fo i co ns ult ado par a Esu su.
F o i pr edito que Esus u ser ia fav or ecido co m fil ho s.
Lo go ele dever ia sacr ifi car uma ca br a, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá.

O rác ulo 129

Ìrosù’kanran

Es se O dù chama pôr aut o -afir mação .

190
O bser v ação o cident al: O client e é t imido e facilment e do minado no t rabalho .

129 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O luko nr an- iwo si, O luko y a-iwo si.


Q ualquer um que lev ar insult o s par a casa co nt inuar á so fr endo .
I fá fo i co ns ult ado par a O lo g bo , o fil ho de um sa cer do t e.
F o i det er minado que O lo g bo super ar ia to do s o s o bst áculo s e
co nqui st ar ia se us inimigo s.
F o i pedido que sacr ifica sse uma faca, piment a-da- co st a, 2 200 búzio s e fo lha s de I fá.

O rác ulo 130

Okanran’rosù

Es se O dù adv er t e so br e o s per igo s de ações ir r espo nsáv eis e declar a que


arr ependiment o g enuí no sempr e ser á per do ado ..

191
O bser v ação o cident al: O client e fr equent ement e t em pr o blemas co m seu
co mpanheir o o u filho s.

130 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O ran- k iiba’ nik iay e-o r i, Enibar i-o ran- Heepa-o nada,
O naniy iadur it iwo n co nsult o u I fá par a a galinha e seus pinto s
quando eles est av am per ambula ndo liv r ement e.
F o i pedido que eles sacr ifi cas sem se desejas sem co nt inuar
se mo v endo liv r ement e sem mo rr er .
O sacr ifí cio : u m o sùn, um r at o , um peix e, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.

130 – 2 (Tr adu ção do v er so )

M á ação pr o po sit al não é bo m. Se uma pesso a má se descul pa, não hav er á nenhum
pro ble ma. As pes so as sempr e per do ar ão o ig no r ant e. I mor an- se-ibik o sun wo n
co ns ulto u I fá par a O s’o r an-s’ ak in Mebelu fe. To do o mundo est av a se queix ando dele.
Se ele se desc ulpas se ser ia per do ado . A s br ux as, o s feit iceir o s e Èsù o pai deles est av a
blo queando sua bo a sor t e pro v eniente de O lo dunmar e. ele fo i co nt udo or ient ado a
sa cr ificar quat r o po mbo s, uma ov elha, no zes de co la, 3 200 búz io s e fo lhas de I fá (pilar
fo lhas de o lusesa ju e o riji co m sabão - da-co st a; u sar est e r emédio par a banho ). Ele
r ealiso u o sacr ifí cio . Lhe fo i asseg ur ado que Olo dunmar e pediar ia a Èsù que o
per do as se.

O rác ulo 131

Ìrosù-Egúntán

192
Es se Odù enfat iza a nece ssidade de sacr ifí cio e do u so da medicina her bal. Pede
par a que a pesso a se co nt enha em fazer mal e se dedicar ao cult ivo do bo m
car át er .

O bser v ação o cident al: A s co isas não est ão fluindo par a o client e.

131 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U m ca chor ro é agr adáv el at é o s dent es em sua bo ca. U m car neir o é agr adáv el at é seu s
chi fr es. I fá fo i co ns ult ado par a a pesso a malv ada. Deu s in str uiu às pes so as do mundo a
r ealizar em sacr ifí c io . Ò r únmì là inst r uiu no uso da medicina. Ele dis se que se as
pes so as r e alizam sacr ifi cio e o fer endas, elas dev er iam implo r ar a Eleg bar a par a que
est e lev e o s sacr ifí cio s at é O lo dun mar e. Deus não t or na o sacr ifí cio o br ig at ór io .
Q ualquer um que deseja ter suce sso far á o sacr ifí cio . O risa -nla inst r uiu as pes so as a
pr iv ar -se de env iar a Èsù mensag ens malig na s, dev ido às sua s reper cusõ es. Q uatr o
po mbo s, sabão -da- co st a, o sùn e 3 200 búzio s dev er iam ser sacr ifi cado s. Elas realizar am
o sacr ifí cio e desde ent ão . Ò rúnmì là tem falado às pesso as o hábit o de t o mar em seu s
banho s a cada quat ro dia s e o uso de o sùn par a esfr eg ar no cor po .

131 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ek it ipet e co ns ulto u I fá par a O de-ay e e par a O de-O r un, que for am or ient ado s a
sa cr ificar quatr o po mbo s e 8 000 búzio s de mo do que a caçada deles t er iam s uces so .
O de-ay e se r ecuso u a fazer o sacr ifí cio , O de-Or un realizo u o sacr ifí c io . A Hi stó r ia de
I fá: U m dia enqua nto ca çav am, Ode- Or un deu de car a co mcinco g r andes o vo s so b
alg umas fo lhas. ele o s peg o u. Q uando ele alcanço u uma encr uzilhada, ele chamo u po r
por se u co leg a e disse, “O de-ay e, venha e peg ue o que eu deix ei par a vo cê aqui”. Ele
ent ão r et or no u à sua ca çada. O de- ay e não co nseg uiu nada aquele dia. Quando ele
r et or no u à encr uzil hada e enco ntr o u do is gr andes ov o s, ele o s pego u co m alegr ia.
I mediat ament e apó s ele vo lt ar à caçada, ele co zinho o s ov o s e o s co meu. No dia
seg uint e, Ode- Or un fo i par a o lo cal que ele hav ia co let ado o s ov o s. Par a sua g rande
s ur pr esa, ele enco nt ro u 20 000 búzio s debaix o de cada ov o . Ele rapidament e embo lso u
as t rês por çõ es de dinheiro no pr imeir o , seg undo e t er ceir o dia. Ent ão ele enco nt ro u
O de-ay e e per g unto u a ele, “o que v o cê fez co m o s o vo o s do o ut ro dia?”

193
O de-ay e respo ndeu, “eu o s co zi e co mi”.
“C o mo ?”
“Eles est av am deli cio so s”.
Ent ão Ode- Or un dis se, “Há! est á ter minado . Vo cê est á mo rt o .
Vo cê O de-ay e nunca pro sper ar á”.
Ho je no s dizemo s: “Òr ún mì là”, que sig nif ica “Só Deus po ssu i pr o sper idade. Ele é
aquele que po der ia dar a qualquer pesso a de aco r do co m sua v o nt ade".

O rác ulo 132

Ògúndá-Rosù

Es se O dù fala do fim das difi culdade s e o co meço da bo a sor t e.

194
O bser v ação o cident al: Es se é o mo mento par a um no vo negó cio , u m nov o
r elacio nament o e no vo s uces so .

132 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A maldição ter mino u, eu est o u feliz.


Eu fui po br e, ag o r a so u rico .
A maldição ter mino u, eu est o u feliz.
Eu est av a só , ago r a esto u casado .
A maldição ter mino u, eu est o u feliz.
Eu nunca tiv e um fil ho , ag or a eu tenho v ár io s.
A maldição ter mino u, eu est o u feliz.
Eu est av a do ent e, ag or a est o u cur ado .
I fá fo i co ns ult adso par a a ov elha, que fo i amaldiço ada pelo s
mut ilado s e aleijado s.
F o i pedido que sacr ifica sse de mo do que as maldiçõ es so br e s ua cabe ça
fo s sem banida s.
O sacr ifí cio : po mbo s, o bì , piment a- as- co st a, or og bo e 2 800 búzio s.
Ela seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

132 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò g ún est av a pr o cur ando po r sua espo sa. Ele a enco ntr ar ia.
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là.
Ò r únmì là fo i or ient ado a sa cr ificar e lhe fo i g ar ant ido que
enco nt r ar ia sua espo sa queest av a desapar ecida.
O sacr ifí cio : u m r at o , um camar ão . um car amujo e 2 000 búzio s.
F o i decr et ado que, da mesma maneir a que a pesso a bat e em um car aco l,
Ede t rar ia de v olt a a sespo sa de Òr únmì là.

195
O rác ulo 133

Ìrosù-Osa

Es se O dù fala do impo rt ância do sacr ifí cio par a vencer o bst áculo s e inimig o s.

O bser v ação o cident al: Há pesso as que est ão co nst ant ement e co nspir ando par a
atr apalhar o client e.

196
133 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A fefese -o ri- ig i- her eher e, Efun funleleniit i- ewé-ag bo n-nik or o niko ro


co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i pedido que ele sacr ifica sse um cabr it o de mo do a ser v ito r io so so br e seu s inimig o s
e v encer to do s o s o bst áculo s.
Ele seg ui u a o rient ação e fez o sacr ifí cio .

O rác ulo 134

Osa-Rosù

Es se O dù fala de paz e dinheiro co mo sendo o s ingr edient es essenciai s par a o


s uces so e pr o sper idade.

O bser v ação o cident al: O client e se depar a co m uma mudan ça r epent ina em casa
o u no s neg o cio s.

197
134 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Paz per feit a, O sa’ Ro s u.


O car amujo v iv e uma v ida pací fica.
O sa’ Ro s u co ns ulto u I fá par a A lag emo .
F o i pedido a ele que viv esse uma vida pací fica e quiet a.
A v ida de A lag emo ser ia calma.
F o i pedido que ele sacr ifica sse azeit e-de- dendê, banha de òr í, um gr ande peix e ar o e
18 000 búz io s.
Ele fez o sa cr ifí cio .

134 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Q ualquer um que tem dinheiro est á apto a co mpr ar co isas bo as.


I fá fo i co ns ult ado par a Eek a-A laje.
Ek ik a fo i asseg ur ado que se t or nar ia pr ó spero . Ele t ev e muit o s fil ho s.
Q uatr o galinha s e 3 200 búz io s ser iam sa cr ificado s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 135

Ìrosù’Ká

Es se O dù fala de paz ment al e sacr ifí cio par a ev it ar do ença- do - so no .

O bser v ação o cident al: O s neg ó cio s est ão mais difí ceis do que dev er iam ser .
M iuto t r abalho par a co nseg uir r esult ado s mini mo s.

198
135 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O so m de um sino é o uv ido mundia lment e.


I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là.
fo i pr edito que o no me de Òr únmì là ser ia o uv ido mundialment e
e t odo mundo asp ir ar ia co nhece -lo .
Ele fo i o r ient ado a fazer sacr ifí cio par a apazig uar se u espí r it o .
O sacr ifí cio : u m peix e ar o , um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

135 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A ro k a-A g bo k a co nsult o u I fá par a O sù.


O sù fo i or ient ado a sacr ifi car pr a se pr ev enir co nt r a a do ença do so no
que po de r esult ar em mor t e.
O sacr ifí cio : u ma flecha em seu esto jo , uma ov elha e 4 400 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
F o i decr et ado que “uma fle cha nu nca do r me em seu esto jo ”.

O rác ulo 136

Ìká’rosù

Es se O dù fala de vida lo ng a e po pular idade.

O bser v ação o cident al: C o mpet ição em um r elacio namento po de ser r eso lv ido a
fav or do client e.

136 – 1 (Tr adu ção do v er so )

199
A y ink a, o A div inho de Ì ro sù,
co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.
F o i pedido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que ela fo sse
apo nt ada co mo a mais po pular das ár vo r es.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha br anca e 12 000 búzio s.
Ela seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

136 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A y ink a, o A div inho de Ì ro sù,


co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.
F o i pedido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que t iv esse vida lo ng a.
O sacr ifí cio : o velha, peper ek u e 3 200 búzio s.
Ela sa cr ifico u.
F o i decr et ado : “Peper ek u v iv er á lo ng ament e”.

O rác ulo 137

Ìrosù’Túrúpòn

Es se Odù adv er t e co ntr a mal car at er e ofer ece uma saida par a se ter filho s
sa udáv eis.

O bser v ação o cident al: Es se O dù aj uda as mulher es a ev it ar abor to s.

137 – 1 (Tr adu ção do v er so )

200
P upadamo fun fun co nsult o u I fá par a Sò pò nná A f’o lug bo ro da’ ju -o ran- r u,
c ujo car áter não deix av a que as pesso as fala ssem de seu no me. F o i pedido a ele que
sa cr ificas se de fo r ma que Ò r únmì là pudes se ajuda -lo a amenizar seu car at er .
O sacr ifí cio : u m po mbo (sem mancha s), 1 800 búzio s e fo lhas de I fá. Sò pò nná se
r ecuso u a sacr ifi car . Se ele t ives se feiro o sacr ifí cio , Òr únmì là ter ia amenizado seu
car át er de fo r ma que seu no me fo sse bem falado no mundo .

137 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì ro sù’ T ur upo n co nsult o u I fá par a A bimok u. A bimok u fo i or ient dado a fazer sacr ifí c io .
A bimo k u sempr e dar ia a luz a cr inaça s que so br ev iv er iam. O sacr ifí cio : uma t ar t ar ug a
e 16 000 búzio s. Ela sacr ifico u. F o i aco nselhado que o no me dela fo sse mudado par a
M o la (uma cr ian ça so br ev iv e). "É pro ibi do . U ma tart ar ug a jov em nu nca mo rr e".

O rác ulo 138

Oturupon’Rosù

Es se O dù adv er t e co nt r a desar mo nia em um relacio nament o .

O bser v ação o cident al: Es se O dù pede por maio r int imidade, r elação aber t a co m
o co mpanheir o da pesso a.

138 – 1 (Tr adu ção do v er so )

201
O t ur upo n’ R o su, A r iwo ni
co ns ulto u I fá par a Del umo .
Ela fo i pr ev enida de que seu mar ido a pert ubar ia.
Po r ém, se ela fize ssa sa cr ifí cio , seu mar ido lhe dar ia paz ment al.
O sacr ifí cio : do is car amujo s e 4 400 b úzio s.
Ela sa cr ifico u.
F o i declar ado : “do is car amu jo s nun ca se cho cam”.

138 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Es ur u awo Ir e
co ns ulto u I fá par a O t ur upo n quando est e est av a indo despo sar Ìr o sù.
Lhe fo i as seg ur ado que ele t er ia muito s filho s e net o s pelo casament o .
U ma por ção de o bì , uma galinha e 3 200 búzio s dev er iam ser sacr ificado s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 139

Ìrosù’Túrá

Es se O dù fala de co isas que são -no s bo as mesmo que não go st emo s delas.

O bser v ação o cident al: O client e t em u ma desagr adáv el por ém neces sár ia t ar efa a
c umpr ir .

139 – 1 (Tr adu ção do v er so )

202
Há dias em que nó s lo uv amo s as pes so as más. I fá fo i co nsult ado par a Olo dunmar e, que
fo i aco nsel hado a sacr ificar par a asseg ur ar que a pesso a que ele planejav a env iar em
mi ssão não recu sas se a t ar efa de fazer do mundo um lo cal pací fico . Duas t ar t ar ug as,
fo lhas de og bo e 6 600 búzio s for am sa cr ificado s. Apó s o sacr ifí c io , ele env io u
Ì ro sù’ T úr á ao mun do . A s pesso as queix ar am- se que o car át er de Ìr o sù’ Túr á não er a
bo m. O dùdùa disse que ele env io u Ìr o sù’ Túr á par a o bem da humanidade; ent ão ele
não o sub st it uir ia por out ro qualquer . Ele disse: Se um g r upo de pes so as se reune,
apó s alg um tempo o mesmo se dis per sa. Q ual impr essão dar ia se as pesso as se
r eunis sem dur ant e um t empo muit o lo ng o , at é fi carem impo ssib ilit ado s de se disper sar
e ir par a s uas respect iv as ca sas ?

O rác ulo 140

Òtúrá-Ìrosù

Es se O dù fala de a ho nest idade ser o único caminho par a se co nseg uir paz- de-
espí r ito e har mo nia.

O bser v ação o cident al: F reqüent ement e, as relaçõ es co mer ciais do client e est ão
em per igo .

140 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Gba sidig bar a co nsu lto u I fá par a O niko y i.


O niko y i to mar ia a pro pr iedade de alg uém.

203
O niko y i se decidir ia a ut ilizar a pro pr iedade par a si.
F o i pr edito que o ca so ger ar ia calo ro sa disc ussão .
Ent ão ele dev er ia fazer um sacr ifí cio de dez car am ujo s e 3 200 b úzio s.
F o i pedido que dev o lv es se t udo que não lhe per t ences se.

140 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr á des canço u, Ìr o sù dis canço u: ela co nsult o u I fá


par a O lú-I wo .
O lú- I wo e sua espo sa fo r am asseg ur ado s da paz- de-espí r it o .
U m po mbo e 4 400 búzio s ser iam o fer ecido s em sacr ifí cio .
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

O rác ulo 141

Irosu-Ate

Es se O dù pede por ini ciação em I fá par a co nseg uir su cesso e v ida lo ng a.

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa seg uir u m camin ho espir it ual.

141 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì ro sù -A te co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là.


fo i pr edito que Ò r únmì là iniciar ia pes so as por t o do o mundo .
F o i pedido que sacr ifica sse uma g alinha, fo lhas de tet e, 3 200 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

204
141 – 2 (Tr adu ção do v er so )

À ik ú-eg bo n-Ì wa co ns ult o u I fá par a Ì ro sù e Ìr ete,


que fo r am av isado s a sa cr ificar par a que co nt inuas sem a ser em fav or ecido s
por Ò r únmì là e não per ecer em.
U ma ca br a e 20 000 b úzio s ser iam sa cr ificado s.
Eles sacr ifi car am.
F o i declar ado que Ò r únmì là sempr e v iv er ia no iy è-ir ò sù.

O rác ulo 142

Irete’Rosù

Es se O dù fala de empecilho s e difi culdade s inesper adas.

O bser v ação o cident al: O client e co m fr eqüên cia est á sent indo pr essão — sem
uma cau sa facil ment e ident ificáv el.

142 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I ret e’R o su co nsult o u I fá par a O lo fin.


O lo fin fo i aco nselhado a ofer ecer sacr ifí cio dev ido pr o blemas inesper ado s.
U m po mbo br anco , uma galinha br anca e 20 000 búzio s. dev er iam ser sacr ifi cado s.

205
O rác ulo 143

Irosu-Ose

Es se O dù fala de vencer dific uldades e melhor ar o s neg ó cio s.

O bser v ação o cident al: C amin ho s nov o s o u apro x imaçõ es result am em su cesso .

143 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Nó s o uv imo s o so m do o sù de O se saudando as pesso as.


Nó s perg unt amo s o que O se est av a fazendo , so ando seu o sù.
O se est av a co nquist ando seus inimig o s. O se est ar ia pr eo c upado co m seu t rabalho de
div inhação .
O sacr ifí cio : u m po mbo , um r ato , um peix e e 2 800 búzio s.
Ele o bedeceu e sacr ifi co u.

206
O rác ulo 144

Ose-Rosù

Es se O dù fala da remo çaõ da dor e da t rist eza.

O bser v ação o cident al: A t iv idade mundana caót ica est á result ando em
infeli cidade.

144 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A bat alha é do lo r o sa, a cidade é mi ser áv el.


I fá fo i co ns ult ado po r O se.
O se fo i aco nselha do a sacr ificar de fo r ma que ele est ar ia sempr e feliz.
O sa cr ifí cio : u m sino , uma po r ção de obì , uma gr ande tijela de inhame pilado , uma
t ijela de so pa, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

207
144 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O biy enmey enme


co ns ulto u I fá par a o g alo e par a a galinha.
A s av es co nt inuar iam a ser pro dut iv as.
F o i pedido que sacr ifica ssem uma ca br a e 20 000 búzio s.
Eles sacr ifi car am.

O rác ulo 145

Ìrosù’fún

Est e O dù fala de pr ot eção co nt r a enfer midade s de fo r ma a ter bo a sor t e.

O bser v ação o cident al: O client e est á se pr eo cupando demais co m


r elacio nament o s prej udican do o s neg ó cio s.

145 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì ro sù’ f ún, o so m da ch uv a é o uv ido em to do lug ar .


I fá fo i co ns ult ado par a Ek un (o leo par do ). Lhe fo i pedido que
sa cr ificas se de fo r ma quenão pudes se ser at acado po r Sò npò nná.
O sacr ifí cio : v er t a azeite- de-dendê em u ma t ijela, milho t or rado e eko mist ur ado co m
ág ua em uma caba ça.
Ek un sa cr ifico u mas não fez co rr et ament e.
Elese gabo u que não tinha cer t eza que alg uém po der ia der ro t a-lo em co mbat e.
Ele fo i info r mado que Sò npò nná o at acar ia mas não po der ia mat a-lo .

208
145 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì ro sù’ f ún, uma ino cent e cr iança nas ceu.


Ì ro sù’ f ún, nó s dev emo s lav ar a ca beça do client e.
I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là.
Ele fo i as seg ur ado que bo a so rt e est av a em seu caminho .
U m po mbo e 2 000 búzio s dev er iam ser sacr ifi cado s.
Ele o uv iu e fez o sacr ifí cio .

O rác ulo 146

Òfún’Rosù

Es se O dù fala de sacr ifí cio par a remov er tr ist eza par a uma v ida lo ng a e feliz.

O bser v ação o cident al: Es se O dù é uma bo a indicação par a nov o s e int imo s
r elacio nament o s.

146 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún’ R o sùn co nsult o u I fá par a Ewa- olú.


F o i pr edito que Ewa-o lú ser ia t er ia u ma v ida feliz.
O sacr ifí cio : U ma g arr afa de mel e 14 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

146 – 2 (Tr adu ção do v er so )

209
Ò fún est á distr ib uindo bo ndade.
Ò fún não faz nenhum alar de so br e is so .
Pe sso as co mo Ò fún são difí ceis de se enco ntr ar na t er r a.
Q ualquer um que deseja realizar mar av ilhas dev e o lhar par a o par aiso . O Par aiso é o
lar da ho nr a.
I fá fo i co ns ult ado par a o s ser es hu mano s, que falar am que a mo rt e sempr e o s lev ar iam
a v er as mar av ilhas em céu.
F o i pedido que sacr ifi cas sem de maneir a que a esc ur idão e a tr ist eza fo s sem banidas
de seu s ca minho s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, quatr o t ar t ar ug as, quat ro pedaço s de teci do br an co e
quat ro paco t es de o bì .
Eles o uv ir am mas não sa cr ificar am.

O rác ulo 147

Owonrin’Bara

Es se O dù pede par a olhar mo s dent ro de nó s mes mo s par a o bt er mo s respo st as


par a no sso s pr o blemas.

O bser v ação o cident al: O client e po de esper ar uma mudan ça po sit iv a na sor t e.

147 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ele me ve, Eu não o vejo .


O wo nr in’ Bar a div ino u par a O wa.
F o i dit o que o que pro cur amo s est á per to de nó s,
mas por cir cu nst ancia s inesper adas.
F o i pedido sa cr ifí cio par a que Bar a A g bo nnireg un
po ssa mo str ar -no s.
Ò r únmì là, Test emunha do Dest ino , Seg undo Ser Supr emo de
O lo dunmar e disse:
O que est amo s pro c ur ando est á per to de nó s; nada no s impede de v er

210
que ele salv a da ig nor ân cia.
O sacr ifí cio : u ma g alinha, 20 000 búzio s e remédio de I fá (dua s O rí awo nr iwo n).
Ele sa cr ifico u.
F o i dit o ent ão que O o wa sempr e enco ntr ar ia o que ele pr o cur asse.

147 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A s r edes abu ndam par a o pescado r I bada div ino u par a De’ do .
F o i pr edito que ele dev er ia ser um pescado r .
F o i pedido que fizesse sacr ifí cio par a vida lo ng a e saúde.
O sacr ifí cio : peper ek u, uma o velha, um po mbo e 2 800 búzio s.
Ele fez o sa cr ifí cio .
O rác ulo 148

Obara’Wonrin

Em ibi, esse Odù fala de uma pesso a ag indo ir r acio nalment e; em ir é fala de
pro sper idade po t encial.

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa se tr anquilizar - se par a obt er s uces so .

148 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A g be tem a vo z de jog o . A luko t em a vo z de v eneno , O bar a’ Wo nr in tem a vo z de


maso r o masor o (e u far ei o mal, eu far ei o mal) fo i div inado par a Eg bi n-o l’o r un- go go ro ,
que est av a indo se enco nt r ar par a dançar e lhe fo i pedido que sacr ifi cas se duas
g alinhas e 3 200 búzio s. Eg bin o uv iu e sa cr ifico u. quando ele chego u ao lo cal, ele
ult r apasso u t odo s o s o utr o s na dança co mo pr edit o . Se us co mpanheir o s ficar am
fur io so s e env iar am Esin par a bu scar um veneno que eles pudesse m ut ilizar par mat ar
Eg bin. Q uando Esi n est av a r et o r nando , co meço u a chov er e a r oda de dançar ino s
disper so u -se. A ch uv a umedeceu a dr og a no co r po do cav alo (esin). O v eneno fez Esin
fi car fur io so e co rr er . Desde ent ão , o v eneno fez esin f ug ir r epent iname nt e co m medo e
co rr er sem ning uém o g uiar .

211
148 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O que sabe m v o cês so br e isto ?


Nó s co nhe cemo s ist o co mo aleg r ia.
I st o fo i div inado par a Òr únmì là A lade quando
est av a ele em dific uldade.
Eles disser am: O ano de riqueza s cheg o u.
F o i pedido que sacr ifica sse um po mbo , sal e 2 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 149

Owonrun’Konran

Em ibi esse Odù fala da nece ssidade de sacr ifí cio par a ev it ar ac usa çõ es co ntr a o
client e. Em ir é fala de mo ment o s de pr azer par a o client e.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a ser mais realist a co m respeit o
as sunt o s co t idiano s.

149 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Há u m dia, um dia de alegr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas.


Q ual dia é est e? Disser am eles que est e é um dia de tr ist eza.
I st o fo i div inado par a O bahun- I japa (t ar t ar ug a) af’o r an-bi- ek un -s’ er in.
Eles disser am: Ho je é dia de acusa çõ es inj ust as. Ent ão ela fo i aco nselhada a
sa cr ificar efun, o sùn, um po mbo , fo lhas de alg o do eir o e 2 200 búzio s. Ela o uv iu as
palavr as ma s ná fez o sacr ifí c io . Ela disse que não impo rt a quão g rande tr ist eza
pude sse r e cair so br e seus o mbr o s que ela não pude sse manter o sor r iso em seus lábio s.
Ela sa cr ifico u depo is, quando falsa s acu saçõ es se t or nar am muito s pesadas par a ela.
A nt es que fo lhas de I fá fo ssem pr epar adas par a Ì japá, fo i- lhe dit o que a o fer enda

212
do bro u. Ela o uv iu e sacr ifico u. Lhe for am dadas fo lhas de I fá (t r it ur ar as fo lhas co m
o utr o s ing r edient es mencio nado s aci ma co m sa bão par a o client e ut ilizar no ban ho ).

149 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Há u m dia, um dia de alegr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas.


I st o fo i div inado par a Eg ase se, o pássar o no alg o do eiro .
Ele perg unt o u, “que dia é esse?’ .
Lhe fo i dit o que é o dia de aleg r ia e de fo lg uedo .
Ele fo i aco nsel hado a sacr ifi car um po mbo , uma cabaça co nt endo inhame pilado ,
uma t ijela de so pa, v inho de palma e 3 200 búzio s.
Ele o uv iu o co nselho e sacr ifi co u.
O rác ulo 150

Okanra’wonrin

Es se Odù fala so br e pro ble mas judi ciais e de s uas reper cu ssõ es. Cr imes ser ão
puni do s.

O bser v ação o cident al: C o m fr equência, o cl ient e encar a pr o blemas judi ciais —
co m o g ov er no o u co m a R eceit a Feder al, por ex emplo .

150 – 1 (Tr adu ção do v er so )

So fr iment o pr o lo ng ado fo i div inado par a O kanr an co ntr a quem pro ces so s j udiciai s
fo r am inst ig ado s. Eles di sser am que sa cr ifí cio dev er ia ser feito de fo r ma que O kanr an
não falece sse dur ant e o pr o cesso . O sacr ifí cio : um po mbo , uma ov elha e 2 200 búzio s.
Ele sacr ifi co u. Fo i dit o que: Ok anr an des cançar á. Po mbo s junt am bênção s a to rt o e a
dir eito em ca sa.Lo ngo é o t empo de vida da o velha; ela recebeu a bênção de uma
ex ist ência pací fi ca. O mundo int eiro go st a de dinheir o . Not a: A maio r part e do
dinheir o de sacr ifí cio dev e ser dada ao s o utr o s; apenas uma pequena por ção ser á do
baba lawo .

150 – 2 (Tr adu ção do v er so )

213
Jek o sek a (lhe deix e fazer mal ) apo ia O sik a;
Jek o sebi (l he deix e pr at icar cr ueldade) apo ia A sebi.
I fá fo i co ns ult ado par a o pet ulant e, que diz que Ò rúnmì là é cheio de adv ert ência s ma s
que far á o que lhe der na telha. Eles est ão pr at icando o mal; eles est ão fazendo
maldade; as co isa s mundanas são bo as par a eles. I st o fo i relat ado a Òr únmì là, que
dis se, “Por ém, quant o t empo po ssa lev ar , v ing ança est á por v ir , da mesma maneir a que
as ondas d’o ceano que br am, suav ement e ar r uí na a car g a e o s neg o cio s enquant o
t rabalha. Q uando a ho r a cheg ar , eles fug ir ão ". U m sa cr ifí cio dev e ser feit o par a
impedir Jek o sek a e Jek o sebi adent r ar em em nó s, de for ma que semelhant es não no s
es car neça no fim.
O sacr ifí cio : dezes seis car amujo s, azeit e-de- dendê e 18 000 búzio s.
Eles o uv ir am e sacr ifi car am.

214
O rác ulo 151

215
Oworin-Egúntán

Es se O dù fala de co nflito s e dific uldades no s neg ó cio s e no lar .

O bser v ação o cident al: O client e est á envo lv ido em um co nfl ito que não po de
v encer . Deve co r t ar g asto s.

151 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O wo nr in-Eg únt án div ino u par a O dan


que est av a em meio a inimo go s (o u seja, to das as ár vo r es da fazenda
er am ho st is à árv or e Edan).
Eles co ntr at ar am um mo nstr o que po der ia bat er em O dan que est á dia e no ite ao ar
livr e.
F o i pedido a O dan sa cr ificar de maneir a que o mo nstr o náo pudesse peg a- lo .
O sacr ifí cio : u m r at o , um peix e ar o , dendê, banha de òr í , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
Eles disser am: “o mo nst ro não po de peg ar Odan ao ar liv r e. Odan se mpr e ser á
r espeit ado ”.

151 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Per eg un-s usu co nsult o u par a O wo n e Eg únt án. Fo i pedido


que sacr ifica ssem de maneir a que est ar ia bem co m O wo n e Eg únt án sua espo sa.
O sa cr ifí cio : u m po mbo , uma ov elha, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. ( esmag ar fo lha s
o loy inwi n em ág ua par a o client e lav ar sua ca beça co m sabão ). Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 152

216
Ogunda Wonrin

Es se O dù fala depo s sív el inv eja, ci úmes e co nflit o s dev ido ao suce sso do client e.

O bser v ação o cident al: O client e ev it o u uma co nfro nt ação . A co nfro nt ação dev e
se realizar .

152 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U ma pes so a pr eg uiço sa do r me enquant o um o per ár io tr abalha; o tr abalhado r finda s ua


jo r nada e o ut r o s co me çam a inv eja- lo . I sto fo i div inado par a Ò g ún. F o i pedido que ele
sa cr ificas se de mo do que aqueles que o inv ejav am fo s sem destr uido s. O sa cr ifí cio : u m
po te d’ ág ua, um car neiro , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. Fo i dit o que “A
ca baça que faz do po t e d’ ág ua um inimig o , quebr ar á a caminho do r io ; aqueles que tem
av er são por v o cê mor r er ão ”.

152 – 2 (Tr adu ção do v er so )

M ar que o O dù Ò g úndá Wo nr in no iy e-ì ro sù e inv o que I fá dest e mo do :


“Ò g úndá Wo nr in! Q ue a bat alha que eu lut ar ei se ja par a minha ho nr a. Vitó r ia apó s a
lut a pert ence ao leão . Vitó r ia apó s a lut a pert ence a Ààr á. Òg úndá! Vo cê o s jog a ao
chão no co mbat e to do s o s dias, em to do s o s lug ares. Q ue a bat alha que eu lut ar ei se ja
par a minha ho nr a. A jag buy i”. Po nha o iy e-ìr o sù no dendê e lambe ist o ant es de sair
par a o ca mpo de bat alha. O u mo a junt o co m ipe-ele (li malha de fer ro ), iy i- ek un (pele
de leo par do ) e piment a-da- co st a de aija co m edun -ààr á, mar que o O dù Ò g úndá Wo nr in
nele, e inv o que co mo assima. Esfr eg ue na cabe ça ant es de lut ar .

O rác ulo 153

217
Owonrin-Osa

Es se Odù fala da necessi dade de co r ag em em co nf lito s que est ão por vir e ter
ca ut ela co m nov o s r elacio namento s.

O bser v ação o cident al: O client e dev e t o mar cuidado no relacio nament o co m uma
pes so a ”po br e”.

153 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O wo nr in-O sa: Eleg bar a não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a
Eleg bar a. À àr á não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lor io sa bat alha par a À àr á .
Ek un (o leão ) não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a Ek un. Eu
não fug ir ei no dia de uma bat alha; que meus so ldado s não fu jam no dia de u ma
bat alha. Not a: Pro nun cie as palav r as acima so br e o iy e-ì ro sù mar cado co m O wo nr in-
O sa. Tr it ure ipe- ele, co lo que em uma ca baça e mist ur e co m ag idi (fu bá) e beba co m
seu s so ldado s.

153 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I k un, o A wo da est r ada, div ino u par a O wo nr in, aler t ando -o que uma mulher fug it iv a
v ir ia a ser s ua espo sa. F o i pedido que sacr ifi casse par a que ela pudesse adentr ar à sua
ca sa co m c uidado . O sacr ifí cio : car amu jo , 2 000 búzio s e fo lhas de I fá (co zinhar um
caldo co m fo lhas de èso co m car amu jo s par a ser t o mado pelo client e). ele o uv iu e
as cr ifico u.

O rác ulo 154

218
Osawonrin

Es se Odù fala so br e a inut ilidade de se fug ir de pro blema s e quest õ es


v er go nho sa s.

O bser v ação o cident al: O client e po de enco nt r ar mudança s sub it as desagr adáv eis
no s r elacio nament o s.

154 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ewé O mo div ino u par a O sa, aler t ando - o que fug ir ser ia inút il po r que o mundo o ver ia
e r ir ia dele. Lhe fo i aco nselhado fazer sacr ifí cio de mo do que o s ass unt o s verg o nho so s
não pudessem so br ev ir . O sacr ifí cio : um car amujo , um po mbo e 3 200 búzio s. Ele fez
co mo aco nselhado . Apó s o sacr ifí cio , o babala wo o uv iu a seg uint e cant ig a de I fá: O sa
não r oubo u, hen! O sa não ut ilizo u feit iço s maléfi co s, hen! O sa não co nto u o s seg r edo s
de seus amig o s, he! O sa não ment iu, hen! M inha quest ão se to r no u ho nr ada; Eu o fer eci
um pás saro em sacr ifí cio (tr ês vezes). M inha quest ão se t or no u ho nr ada, e assim po r
diant e. To das as pesso as que est av am ali cant ar am em cor o .

154 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A t ewog ba ( co nsent iment o ) div ino u par a A so le (sent inela; cão ). A so le fo i or ient ado a
sa cr ificar de maneir a que seu car át er pudes se ser aceit áv el pelas pesso as do mu ndo . O
sa cr ifí cio : mel, uma galinha e 2 000 búzio s. Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 155

Owonrin’Ká (Erinsija)

219
Es se Odù g ar ant e s uces so atr av és da mo der ação . Em ibi, ele pr ev ê so luçõ es
atr av és de sa cr ifí cio s, par a mor t e e ho st ilidade.

O bser v ação o cident al: O client e dev e pensar cuidado same nt e ant es de ag ir .

155 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò r únmì là disse O wo nr in’ K á, eu disse O wo nr in’ K á. Eu perg unt ei por que O wo n est á
r indo animada ment e. Ò r únmì là dis se: Há dinheir o , u ma espo sa, fil ho s e co isas bo as em
s ua casa. A v ida de O wo n é per feit a. O wo n co lo co u t udo em equilí br io . O wo n não
co me sem ant esav aliar aquilo que co me. O wo n não bebe ág ua sem antes av aliar aquilo
que bebe. O wo n não usa ro upas sem ant es av aliar aquilo que vest e. O wo n não co nst ro i
uma ca sa sem antesav aliar aquilo que co nst ro i. I st o fo i div inado por A fiwo n-se -o hun-
g bog bo em I fe- Oo ye, e t ambém par a O yinbo . F oi pedido que eles sacr ifica ssem par a
que nun ca per desse o equilí br io . O sacr ifí cio : quatr o piment as -da- co st a, quatr o bo lsa s,
fo lhas de meu, quat ro mo r cego s e 4 200 búzio s. Eles sacr ifi car am. Lhes fo r am dadas
fo lhas de I fá co m a gar ant ia que qualquer co isa que eles seg ur assem, não deix ar iam
cair . U ma mo r cego não se pr ende em uma ár vo r e par a depo is desi st ir e cair .

155 – 2 (Tr adu ção do v er so )

K ar inlo , K ar im bo wale. Se u ma cr iança não ca minha, não par ecer á ex pert a. I sto fo i
div inado par a par a Ademo or in Ay ank ale. Lhe fo i pedido que sacr ifi casse de maneir a a
não t ro peçar nas mão da mor t e, o u se ele se sent i sse nas mão s da mo rt e, que est a não
pude sse lev a-lo . O sacr ifí cio : uma tart ar ug a, eso -ik u (um t ipo de sement e) e 20 000
búz io s. Ele seg uiu a or ient ação e sacr ifico u.

155 – 3 (Tr adu ção do v er so )

O wo nr in’K á div ino u par a Òr únmì là, que est ar ia camin hando ao r edor do mundo . F oi
pedido que sa cr ifica sse par a que as mão s daqueles que o meno spr eza não t iv esse m

220
po der so br e ele. O sacr ifí cio : no zes de k o la secas, or og bo , o mo - ay o (um tipo de
sement e), um po mbo , uma galinha, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e
sa cr ifico u. Eles disser am: as unha s do s ho mens não in fect am as no zes de ko la, or og bo ,
o mo -ayo ; as mão s do s que meno spr ezam a t i não te afet ar ão .

O rác ulo 156

Ìká’wonrin

221
Es se O dù pede par a ev it ar açõ es pr ecipit adas par a que se ev it ar desgo st o s.

O bser v ação o cident al: De sequilí br io emo cio nal cau sar á per das a tr abalho .

156 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A pesso a má não pesa sua s açõ es. I st o fo i div inado par a A labamo (aquele que pesa),
que fo i or ient ado a sacr ifi car quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá par a que
ele po ssa fazer co isa s bo as. Ele o uv iu as palavr as mas não sacr ifi co u.

156 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á-npoy ink a’ wo n (mal feito r es são dando vo lt as em t or no de si); Ò wo n est av a


g ar g alhando . I st o fo i div inado par a as pesso as em I fe-O oy e. Elas fo r am or ient adas a
sa cr ificar de maneir a que seu s inimig o s não as ret ir as sem de s ua po sição o u as
r eleg as sem a t ar efa s sec undár ias. O sacr ifí cio : efun, o sùn, um po mbo , uma ov elha e 2
400 búzio s. Eles o uv ir am e sa cr ificar am. O babalawo dis se: F o i A bar iwo n que dis se que
I fe não dev er ia se ex pandir na terr a po is ser ia dest r uí da. Ò r únmì là! Nó s não dis semo s
que I fe não se ex pandir ia. Q ue viv amo s lo ng a vida. Q ue no ssa s peg adas no mundo não
se jam apag adas.

O rác ulo 157

Owonrin-Oturupon

222
Es se Odù pro põ e t anto so luçõ es par a mor t es pr emat ur as de cr ian ças, quant o
par a o s uces so de uma viag em que est á por v ir .

O bser v ação o cident al: Es se O dù o fer ece ao cl ient e pr ev enção co nt r a abor t o .

157 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Si mpat izant es div inar am par a Ek u- de’ de (o lamur iant e não faz nada)
dev ido `mor t e pr emat ur a de seu filho .
Ele fo i o r ient ado a fazer sacr ifí cio par a capacit a- lo a fin dar as
mo rt es pr e mat ur as de seu s filho s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.

157 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O wor in est av a indo em uma jor nada; ele enco nt ro u Ot ur upo n pelo ca minho .
I st o fo i div inado por Ò r únmì là.
Eles disser am: Ò r únmì là r et r ibuir á co m bo ndade.
O sacr ifí cio : do is po mbo s e 4 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 158

Oturupon-Owonrin

223
Es se O dù fala de aleg r ia que est á por v ir e da neces sidade de pr ot eg er sua
r eput ação .

O bser v ação o cident al: Um r elacio nament o não mo no g âmico po de causar


pro ble mas.

158 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O t ur upo n- O wo nr in, nó s est amo s dançando , nó s est amo s no s rego zijando .


O t ur upo n- O wo nr in nó s est amo s br in cando .
I st o fo i div inado par a aqueles em Oy o.
Eles dis ser am: A lgo que co nt ent ar á o s cor açõ es deles est á pró x imo . Se apr ox imando
r ápido , mas eles dev er iam sacr ifi car quat ro po mbo s, ba st ant e azeit e- de-dendê e 8 000
búz io s.
Eles o uv ir am e sacr ifi car am.
Eles disser am: Ès ù não ser á capaz de t ir ar sua aleg r ia.

158 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O dinheiro me vê e me seg ue, O t ur upo n- O wo nr in.


U ma espo sa me vê e me seg ue, Ot ur upo n-O wo nr in.
U m filho me vê e me seg ue, O t ur upo n- O wo nr in.
I sso fo i div inado par a Olasim bo At epamo se- Ko lamalelo , que
fo i aco nsel hado a sacr ificar de maneir a que sua ho nr a não lhe fo sse t ir ada.
O sacr ifí cio : u ma o velha e 4 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 159

Owonrin-Òtúrá

Es se O dù fala so br e ev it ar co nflit o s co m um for t e o po nent e.

224
O bser v ação o cident al: O client e dev e ev it ar um co nflit o fí sico o u um desejo de
"ir a desfo rr a" co m alg uém.

159 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I jam ja sempr e est á pr epar ado div ino u par a Ì g bí n (car am ujo ) O meso quando ele est av a
indo lut ar co m Ek un (leo par do ).
Eles diser am: O leo par do est á sem pre pr epar ado e o car amujo não dev er ia se av ent ur ar
[a desafia- lo ]. Nó s deix amo s po r co nt a daquele que é mais po der o so que nó s, O lo r un.
Ele fo i aco nsel hado a fazer sacr ifí cio de fo r ma que dest ino po der ia lut ar po r ele.
O sacr ifí cio : u m abahu n-ì japá (t ar t ar ug a) e 3 200 búz io s.
O car amujo sa cr ifico u.

159 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Nó s pr o cur amo s muit o por ist o ; nó s o ac hamo s.


I st o fo i div inado par a a fo lha g bég bé, a qual fo i or denada a sa cr ificar de for ma que
po desse ter bo a sor t e em co nfiar .
O sacr ifí cio : dezes seis or og bo e 4 400 búzio s.
Ela o uv iu as palav r as e sa cr ifico u.
Eles disser am: A mo rt e não lev ar á g bég bé, do ença não a jo g ar á ao so lo . Gbég bé sempr e
est ar á ver de.

O rác ulo 160

Otura-Wonrin

Es se Odù fala da mo r te co mo part e da o r dem có sm ica co mo t ambém da


nece ssidade de co nscient ização fí sica e espir it ual.

225
O bser v ação o cident al: O client e não est á sendo at encio so s o u amor o so o
s uficie nt e co m seus filho s.

160 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O O niscient e co nhece aqueles que tr at am o pró x imo co m maldade. Pesso as do ca mpo


r eco nhecem pesso as da ci dade. Viajant es da Terr a e v iajant es do C éu, nó s v er emo s
cada um deles no v ament e. C upins não se di sper sam sem lo g o em seg uida se
r eag r upar em. I sto fo i div inado par a nó s ser es humano s que se lament am pelo o mo r to .
A s pes so as da t er r a est ão r et or nando par a o nde eles v ier am. Par a quê as lagr imas ?
Par a quê t r ist eza? Par a quê mov er a si mes mo par a ci ma e par a baixo ? Par a quê jejuar ?
A quele que no s env ia é o mesmo que no s chama de vo lt a à ca sa. A quilo que no s agr ada
na terr a não agr ada a Edù mar è. A s pesso as na terr a se reunem e fazem o mal. Edù mar è
não go st a dis so ; Edù marè não aceit a isso . Ent ão , se eu dig o v ai, v o cê v ai e se eu digo
v em, vo cê v em. Se u ma cr iança não co nhe ce seu pai, a terr a não est á cert a. A mor t e é
aquilo que lev a uma cr iança a co nhecer o C éu. Q uem est á pensando em Edùmar è? Se
não ho uv esse Ès ù, o que pensar iam o s po br es? To do mundo est á pen sando em si
mes mo ; eles est ão pro cur ando co mida e bebida. M ist ér io da esc ur idão! U ma cr iança
não co nhece seu pai! F ale co mig o par a que eu fale co m v o cê; po r no ssa s vo zes
r eco nhecemo s um ao o utr o na esc ur idão . Se uma cr iança não co nhece seu pai, a terr a
não est á cert a. O sacr ifí cio : quatr o po mbo s br anco s, quat ro ov elhas e 8 000 búz io s. Eles
o uv ir am e sa cr ificar am de mo do que puder am t er v ida lo ng a e v er a bo ndade e
bên ção s.

O rác ulo 161

Owonrin-Irete

Es se O dù fala de não ser super st icio so ou par anó ico .

226
O bser v ação o cident al: É necessár io que o client e medit e so br e seus o bjet iv o s e
aja de maneir a a at ing i-lo s.

161 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Não há bat alha no campo ; não há co nsp ir ação na cidade.


I st o fo i div inado par a Olo fin I wajo .
Eles disser am que o mandat o dele co mo chefe ser ia bo m.
Eles disser am que Olo fin dev er ia sacr ificar par a que a alegr ia
de seu reinado não t or nar ia as pesso as pr eg uiço sa s o u más.
O sacr ifí cio : dezes seis car amujo s, um cão e 14 000 búzio s.
Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.

161 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O wo n riu desdenho same nt e de Ir et e, o desafiando a ag ir , perg unt ando , "o que far á
I ret e?”.
Eles disser am que Ir et e po de piso t ear e po de o s ubmer g ir .
I st o fo i div inado por A fi’ nis’ eg an (zo mbet eiro ),
Q ue fo i aco nselhado a sacr ificar de mo do que Èsù não o jo g asse co nt r a alg uém mais
po der o so .
O sacr ifí cio : u ma caba ça de ig ba ewo (inha me pilado e assado ) e no v e car amujo s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 162

Irete Wonrin

Es se O dù fala de se co nserv ar uma po si ção de ho nr a.

O bser v ação o cident al: O client e g anha; o po nent e per de!

227
162 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I ret e Wo nr in div ino u par a Òr únmì là, que disse que to do s aqueles que co nspir am
co nt r a ele, cair iam em verg o nha e que nó s não o uv ir í amo s mai s o s seu s no mes, mas
si m, nó s o uv ir emo s par a sempr e co m ho nr a o no me de Ò r únmì là pelo mundo .
O sacr ifí cio : u ma o velha, uma galinha d’ ango la e 3 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.

162 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A g be est á tr azendo bo ndade à casa; Ir et e est á apent ando -o s na mão .


I st o fo i div inado par a Temit ay o , a quem fo i pedido sa cr ificar par a ter
v ida lo ng a na terr a. O sacr ifí cio : uma ov elha, um po mbo , peper ek u (t ipo de erv a) e 4
400 búz io s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

O rác ulo 163

Owonrin-Se

Es se O dù fala de vitó r ia so br e adv er sár io s.

O bser v ação o cident al: O client e sempr e ser á acu sado de pro mis cuidade sex ual.

228
163 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O wo nr in-Se div ino u par Òr únmì là.


Eles disser am: Ò r únmì là e as pes so as de s ua casa nunca
t iv es sem do que se lament ar .
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car um po mbo e 3 200 búzio s.
ele sa cr ifico u.

163 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O wo nr in não peca; O wo nr in não pr at ica o mal; O wo nr in est a sendo


fal sament e acu sado .
F o i dit o que O wo nr in vencer ia e que ele dev er ia sa cr ificar
um galo , um edùn- ààr á e 2 200 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u e co lo co u a pedr a de r aio em seu I fá.

O rác ulo 164

Ose-Owonrin ( Ose-Oniwo, Ose-Oloogun )

Es se O dù fala de sacr ifí cio s par a r epar ar no s sa fo r ça e pro t eção .

O bser v ação o cident al: De sas so sseg o no neg ó cio o u car r eir a do client e po de ser
equili br ado atr av és de r eno v ação espir it ual.

229
164 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eu esto u desgo st o so , awo da Ter r a; eu est o u can sado awo do C éu.


I st o fo i div inado par a Pok o lak a quando est e est av a indo cur ar Og ir i (par ede).
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car de mo do que O g ir i não mor r esse so br e ele.
O sacr ifí cio : t rês galo s e 6 600 b úzio s.
Ele o uv iu por ém não sa cr ifico u.
Po ko lak a é o no me pelo qual chamamo s uma fo r quilha.

164 – 2 (Tr adu ção do v er so )

C o lo que iy e- ìr o sù que fo i mar cado co m o O dù O se-O niwo em em um pot e g rande;


adicio ne uma quant idade gener o sa de r aizes de ito e de eenu (t ipo de fr ut a); vert er
ág ua dentr o e co br ir o pot e; mist ur e cinza s à ág ua e lacr ar a mist ur a po r set e dias.
A marr e no v e eer u co m linha s pr et as e br ancas no pesco ço do po t e. A br a o ag bo
(in fusão ) no sét imo dia par a to mar banho . Seu efeit o : Enquant o v o cê est á usando est e
ag bo , nenhum feit iço nem encant o o afet ar ão , e t o das sua s bên ção s ser ão r ecebida s.

O rác ulo 165

Owonrin Fú

Es se O dù fala de calamidade imi nent e e a supr emacia de I fá.

O bser v ação o cident al: O client e não po de ficar fo cando em qualq uer co isa.

165 – 1 (Tr adu ção do v er so )

230
O wo nr in F ú, O wo nr in F ú div ino u par a as pesso as de I fe-O oy e.
Eles disser am: Tempo vir á no qual as cr iança s do mundo cam inhar ão a meio cam inho
do C éu e da Terr a ( co mo u m pássar o ).
F o i pedido às pesso as de I fe que fizesse m sacr ifí cio de maneir a a ev it ar que so fr es sem
uma gr ande per da naquele t empo . Náo co meçar ia em Ile- I fe ma s ser ia mundia l.
O sacr ifí cio : ò wú eg úng ún, quatr o po mbo s br anco s, quat r o vacas br ancas, quatr o
o velhas br ancas, iy e- àg be (t ipo de pás saro ) e 3 200 b úzio s.
Eles o uv ir am as palav r as mas não sacr ifi car am. Eles di sser am que eles já t inham
sa cr ificado par a andar no so lo . Eles não andam pelo ar .

165 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O wo nr in so pr a a t ro mbet a div ino u par a Òr únmì là.


Eles dis ser am que a casa de Òr únmì là não ficar ia deso cupada (v ár ias pesso as est ar iam
pro c ur ando po r ele). To das as pesso as ouv ir iam falar de sua fama e est ar iam a sua
pro c ur a. O sa cr ifí cio : um car amu jo e 20 000 búzio s além de fo lhas de I fá (e so ).
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
F o lhas de I fá fo r am pr epar adas par a ele e ele fo i asseg ur ado de que to das as bênção s
v ir iam facilment e.

O rác ulo 166

Òfún-Wonrin

Es se O dù fala de bo as açõ es que t r azem suas pr ó pr ias r eco mpensas.

O bser v ação o cident al: O client e se sent e depr eciado em lug ar de sat isfeit o .

166 – 1 (Tr adu ção do v er so )

231
Ò fún dá par a ser acar iciado ; Ò fún dá par a ser c uidado .
I st o fo i div inado par a Odùd ùa, que far á bem ao mu ndo inteir o . Ele disse que fazer bem
mu ndial é a melho r car act er í st ica do car át er .
Eles dis ser am: U ma part e do mundo não o agr adecer á. A lg uns nem mesmo saber ão o
bem que ele fez a eles. Eles não co nhecer ão se u uso . Ele disse: U m pai não dá senão
co isa s bo as ao s seus filho s. A mãe de uma cr iança não dá senão co isa s bo as à sua
cr iança. F o i pedido a O dùdùa que sacr ifica sse de mo do que t o as as co isa s bo uas dadas
a eles, se não apr ov eit adas, pude ssem reto r nar -lhe.
O sacr ifí cio : u m po mbo , um ewi (t ar t ar ug a do r io ), 16 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

166 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún o s deu a acar iciar ; Ò fún o s deu a rir .


I st o fo i div inado par a Olak anmi,
que disse que Edùmar è tr ar ia co isas bo as.
F o i pedido que ele sacr ifica sse de mo do que seu s inim igo s
não t iv esse m po der so br e ele e fizes sem co m que ele per desse sua pr o pr iedade.
O sacr ifí cio : t rês faca s, t rês g alo s e 6 000 búzio s.
O lak anmi sacr ifi co u.

O rác ulo 167

Òbàràkànràn

Es se Odù fala de uma po s sív el disco r dância co m amigo s e só cio s e de so luçõ es


par a as co nt ro lar .

O bser v ação o cident al: O client e encar a co nflit o s no t rabalho .

167 – 1 (Tr adu ção do v er so )

232
Ò bar àk ànr àn div ino u par a I wo (o papag aio ),
que fo i aco nselhado a sacr ifi car de mo do a ev it ar cair em desg o sto
co m o s out ro s pássar o s.
O sacr ifí cio : mil ho , piment a-da-co st a e 2 000 b úzio s.
Ele o uv iu as palav r as mas disse que não sacr ifi car ia.

167 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ele dese jo u falar mas fo i impedido po r Ò bàr àr àk ànr àn.


A quele que eu o fendi! Ele quis falar mas não pô de;
Ò bàr àr àk ànr àn impediu- lhe de se queix ar de mim par a o m undo .
A var a impede ao peix e de falar ; A v ar a impede ao rato de falar . Elember un nunca
falar á ao s o uv ido s das pes so as. A s fo lhas de I fá ut ilizadas: A v ar a na qual um peix e fo i
t o st ado , a v ar a na qual um r at o fo i to st ado , um o ro g bo e fo lha s de Elember un. Est es
element o s dev em ser amar r ado s em fazenda de alg o dão co m linhas pr et as e br ancas. O
paco t e dev e fi car bem apert ado . A pr epar ação dev e ser mant ida no bo lso do do no , e o
u suár io sempr e dev e mast ig ar piment a- da-co st a, no ve g r ão s em número , par a o s
encant ament o s.

O rác ulo 168

Òkànràn-Bàrà

Es se O dù fala de afast amento de mo rt e pr emat ur a e da pr ev enção de desa str e


nat ur al que po de abat er no ssa s ca sas.

O bser v ação o cident al: Es se Odù indi ca uma for t e po ssi bilidade de co nfl ito s co m
cr iança s e pais.

168 – 1 (Tr adu ção do v er so )

233
Ò kànr àn- Bàr à div ino u par a Olaso ni,
que fo i or ient ado a sacr ifi car uma o velha e 4 400 búzio s de mo do que t iv esse vida
lo ng a e saudáv el.
ele não sacr ifi co u.

168 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò kànr àn- Bàr à div ino u par a Ola- Òg ún, que fo i or ient ado
a sa cr ificar de mo do que o r aio não dist r uis se sua casa.
O sacr ifí cio : u m car neiro , g ener o sa quant idade de azeit e-de- dendê,
pequena s banana s madur as, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá. C av e um bur aco no chão da
ca sa, vert a o azeit e- de-dendê nele e co lo que o r est ant e do s it ens descr ito s aci ma.
C ubr a t udo co m ar eia e suav ise o lug ar co m ág ua.

O rác ulo 169

Òbàrà-Ògùndà

Est e O dù fala da neces sidade de se repar ar uma má reput ação de fo r ma a


g ar ant ir suce sso .

O bser v ação o cident al: O tr abalho do cl ient e est á ficando pr a tr ás. A ção
espir it ual ir á co nser t ar isso .

169 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Nó s o lhamo s à fr ent e e ning uém é v isto ; nó s olhamo s at r ás e ning uém é v ist o .

234
I st o fo i div inado par a Olo fin I wat uk a,
a quem fo i pedido sacr ificar se desejas se t er uma casa cheia.
Ele perg unt o u, “qual é o sa cr ificio ?”
Eles disser am: u m po mbo , 20 000 búzio s, fo lhas de I fá (t r it ur e junt o fo lhas de
o luse saju e sawer epepe co m um pequeno for mig ueiro co m alg uma s fo r mig as dentr o ;
mi st ur e t udo co m sabão - da-co st a [o sabão no v alo r de 1 200 o u 2 000 búzio s]; que o
sang ue do po mbo seja vert ido em t o do o pr eparo ; u se par a lav ar o co r po do client e).
O client e ser á aco nselhado a mudar de no me apó s o sacr ifí c io .

169 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A casa de O lu é bo a; sua v ar anda é tão bo a quanto .


I st o fo i div inado par a Olu -I wo , que fo i dito que ele nu nca cair ia em descr édito .
Lhe fo i t ambem aco nsel hado a sacr ificar de mo do a ev it ar mor t e pr emat ur a; uma
o velha, uma t ar t ar ug a, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
F o lhas de I fá for am pr epar adas par a seu uso (tr it ur ar fo lhas de ifo si e or iji, iy er e e
ir ug ba; faça um caldo co m a car ne da ijapa; isso é par a ser co mido de manhã bem
cedo ).
Eles disser am: O r uí do de ifo si (sement e) não dani fica elet i (fo lha). Vo cê não ser á
mo v ido pelas fo fo cas da terr a.

235
O rác ulo 170

236
Ògúndá-Bàrà

Es se O dù fala da necessi dade de sacr ifí c io par a mant er um r elacio namento .

O bser v ação o cident al: O client e est á env o lv ido em um int enso mas fút il
r elacio nament o .

170 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O didi- A fidit i div ino u par a Òg ún quando ele est av a indo


t o mar Ò bàr à po r espo sa.
Er a de co nheciment o g er al que Ò bàr à nunca fico u muit o tempo co m um ho mem ant es
de mudar - se.
Ò g ún disse que ele est av a fa scinado po r ela. Ele fo i or ient ado a sa cr ificar uma galinha
epipi (uma av e co m penas escas sas ), um viv eir o de galinha, 4 400 búzio s e fo lha s de
I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

170 – 2 (Tr adu ção do v er so )

U m so lo em que há dança sempr e est á irr eg ular ; um cam po de bat alha t ambém é
desar r umado .
I st o fo i div inado par a Òg ún quando ele est av a indo lut ar co m Òbàr à.
Ele fo i as seg ur ado que t er ia suce sso mas que dev er ia sacr ifi car de mo do a ev it ar a
mo rt e de Ò bàr à na br ig a.
O sacr ifí cio : do is cest o s co m papel so lt o e fo lha s, duas g alinhas e 4 000 b úzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
Eles disser am: D uas galinha s não mor r em por lut ar . Cest o s cheio s de papel e fo lhas
não mor r e quando carr eg ado s.

O rác ulo 171

237
Òbàrà-Òsá

Es se O dù adv er t e co nt r a fr eg uesia fr audo lent a.

O bser v ação o cident al: De sas so sseg o emo cio nal co nduz a err o s pr át ico s..

171 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò bàr à-Ò sá div ino u par a Et a, que fo i info r mado que um de seus client es est av a
planeja ndo fug ir co m seu dinheiro . Ele fo i o rient ado a sacr ificar de mo do
que seu client e pr ov avelment e pag asse seus débito s. O sa cr ifí cio :
po mbo s, uma g alinha, 2 200 búzio s e fo lhas de I fá (pi lar junt o fo lhas de
eesin e tag ir i co m sabão -da- co st a; que o sang ue da galinha se ja vert ido na
mi st ur a).
Ele sa cr ifico u.
F o i-lhe dit o que Eesin não fr aca ssar ia em o bt er seu dinheir o na demanda. Est e sabão é
par a banho .

171 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Tr it ure fo lhas de jàsó kè co m sabão -da- co st a. C o lo que a mist ur a em uma caba ça limpa e
espar r ame so br e ele o pó da plant a se ca er un (o bo ). Tr ace o O dù Ò bàr à- Ò sá nele e
r ecit e o seg uint e encant ament o : Q uando o feit iceir o me v iu, per g unt o u que eu er a. Eu
dis se, “eu so u o fil ho de Ò bàr à-Ò sá”. Q uando a br ux a, a mor t e e Èsù me vir am e
quest io nar am que eu er a, eu dis se a cada um deles, “eu so u o filho de Ò bàr à-Ò sá”. O
filho de Òbàr à-Ò sá não co rr e; O filho de Ò bàr à- Ò sá nun ca mo rr e; ele nun ca adoece; ”.
“O fil ho de Ò bàr à-Ò sá nunca lev a má r eput ação ”. Not a: Po nha a caba ça em uma saco la
de pano br anco e pendur e-a no t et o se v o cê pr efer ir . I st o é par a ser usado no banho .

O rác ulo 172

238
Òsá-Bàrà

Es se O dù fala do per ig o de patr o cinado res per dido s o u de um indiv í duo .

O bser v ação o cident al: Es se O dù mo st r a par a o client e co mo reacender cha mas


apar entement e mo rt as.

172 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O s co v ar des cedem ao so fr imento fo i div inado par a A k er eg be (a ca baça),


que dependeu das mulher es e cr iança s jo ven s.
Ele fo i o r ient ado a sacr ifi car um po mbo , uma galinha e 6 600 búzio s de maneir a que ele
não se decep cio nasse de repent e co m seu s part idár io s enquant o ele est av a em g lór ia.
Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.

172 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sá r et or na rapidament e se ele f ug iu; ele ret or na à ca sa r apidament e;


despr ezív el v o lt a à ca sa r apidamete. U ma cr ian ça pequena sai cor r endo rapidament e
do campo eesin. Despr ezív el r et or na à casa r apidament e. Fo lhas de I fá; Part a um o bì
de sei s g o mo s; peg ue sei s fo lhas de eesin br anca s (eesin -wàr à); tr ace o Odù Ò sábàr à no
t abuleir o de I fá co m iy e-ìr o sù. co mo men cio nado acima, u sando o no me da pes so a que
part iu. Ent ão co lo que um po u co de Iy e-ì ro sù na fo lha de eesin co m um do s go mo s do
o bì e lev ar ist o a Èsù fo r a o u no po rt ão da cidade. R epit a isso sei s v ezes. I sto é
ut ilizado par a tr azer um fug it iv o de vo lt a à casa. A co isa sur preendent e acr ca disto é
que, não impo rt a a dist ân cia do fug it iv o , ele é o br ig ado a o uv ir seu no me sendo
cha mado . U ma fo lha de eesin, u m g omo de o bì e um po uco de iy e-ì ro sù usado seis
v ezes é su ficient e a esse pr o pó sit o . Ver t er azeit e-de- dendê as sim que co mplet ar a
o per ação .

O rác ulo 173

239
Òbàrà-Ká

Es se O dù fala fala de mant er po der e in fluênc ia..

O bser v ação o cident al: Di fic uldades mun danas po dem ser ev it adas atr avés de
uma nov a ex per iência espir it ual o u emo cio nal.

173 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò bàr à-K á div ino u par a O lubo laji,


que falo u que que ele ser ia uma pesso a impo rt ant e e amada por v ár ias pesso as mas que
dev er ia fazer sacr ifí c io de mo do a ev it ar per da de ben s.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha, uma t ar t ar ug a e 3 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
A pó s sacr ifi car ele cant o u: Eu est o u feliz, Òbàr à-K á. Nó s est amo s dançan do e
r eg o zijando , Ò bàr à-K á.

173 – 2 (Tr adu ção do v er so )

K o wee, o A div inho da terr a; Og big bi, o A div inho do s C éu s. Se K o wee, indi ca a
cheg ada do jo v em em terr a. O pé do Rei é co m um; O pé do Rei é co mu m. Eles
ut ilizar am encant ament o par a Òr únmì là, que fo i r o deado por ant ago nist as. Ele fo i
as seg ur ado da v it ór ia so br e eles. Fo i decr et ado que as fo lhas ewo dr ag ar iam seu s
ant ago nist as par a o C éu, e eer u lev ar ia a desgr aça a seus inimig o s. Ò bàr à-Ká seg ur ar ia
as mão s deles. A s fo lha s de I fá: Lev e fo lha s de ewo de casa (a s pequenas, ar r ancada s
co m seus dent es, não s uas mão s ). C o nsig a t ambém eer u awo ik a (aquele que ping a sem
arr ancar , um só ) e um car amujo . To rr ar t udo ju nto , pulv er ize e g uar de em uma àdó . Se
v o cê t em u m ou mais inimig o s, espalhe o pó no chão limpo de s ua casa. Tr ace o Odù
Ò bàr à-K á e recit e a invo ca ção acima. Es parr ame em g enuflex ão . F eito isso , vo cê dev e
ping ar azeit e- de-dendê em v olt a da medici na. F aça isso po r um mês.
O rác ulo 174

240
Ìká-Bàrà

Es se O dù fala de meio s de se t or nar ado r áv el e atr at iv o ao o utr o s.

O bser v ação o cident al: Há a pr o babilidade de co ncepção . O client e dev e ser


c uidado so se a co ncep ção não fo r desejada; gr at o se fo r .

174 – 1 (Tr adu ção do v er so )

C aminhe r apidament e que nó s po demo s fug ir ao tempo . Vo e rapidament e que nó s


po demo s reto r nar no t empo . I sto fo i div inado t anto par a A sa quento par a A wo di.
F or am- lhes pedido que sa cr ificas sem de mo do que fo sse m amado s po r to do s o s
ho mens.
O sacr ifí cio : o ito car amu jo s, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Eles o uv ir am as palav r as mas não acr ifi car am.

174 – 2 (Tr adu ção do v er so )

K ek e po de dançar , o pássar o po de v oar fo i div inado par a Lek elek e e sua espo sa.
Lhes fo i falado que o po m bo sempr e o s co nsult ar ia em qualquer co isa que ele quise sse
fazer , se eles sacr ifica ssem do is Efu n, do is mecan ismo s de fiação e 2 400 búzio s.
Eles sacr ifi car am.
No t a: Desde ent ão , nó s dizemo s, “vo cê não v ê a beleza de Lek elek e, cu ja eleg ância
afet o u a po mba?”.

O rác ulo 175

241
Òbàràtúrúpòn

Es se O dù fala das so luçõ es par a infer t ilidade e abo rt o s.

O bser v ação o cident al: Sa cr ifí cio ao Òr ì sà é indicado par a a co ncepção .

175 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O ladipupo div ino u par a A ro ko (quiabo ), que est av a chor ando po r que sua espo sa não
t inha filho s.
Lhe fo i dit o que sacr ifi cas se uma cabr a e 16 000 búzio s de mo do que seu s desejo s
fo s sem co ncedido s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

175 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O mo -M aar a div ino u par a Olo fin, que est av a indo co mpr ar uma escr av a.
ele fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do que não per des se dinheir o co m a escr av a dev ido
a co nst ant e per da de cr ianças dela.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma ov elha e 16 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele fo i as seg ur ado que a m ulher ser ia fér t il e que ele g anhar ia po r ela sem pesar es.

O rác ulo 176

242
Òtúrúpòn’Bàrà

Es se O dù fala da impor t ância de mant er a saúde par a asseg ur ar uma v ida lo ng a.

O bser v ação o cident al: O s F ilho s são ho st is a um nov o r elacio namento do s pais.

176 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ho nr a vai, ho nr a vem div ino u par a Iy amoo le,


que disse que sua fil ha ser ia saudáv el ma s que não desejar ia est ar em
s ua co mpanhia quando ela cr escer .
O sacr ifí cio : u m po mbo (ey elé-ejig ber e) e 12 000 búzio s.
Ela o uv iu e sa cr ifico u.

176 – 2 (Tr adu ção do v er so )

M ar ido s lo uv am as suas espo sas; o s mar ido s de o ut r as pesso as nunca no s lo uv ar iam.


I st o fo i div inado par a Tenimaas unwo n, o mar ido de A jemo o r in.
F o i dit o a Tenimaas unwo n que a mulher que ele est av a pr o po ndo ca sament o ser ia uma
bo a espo sa mas que dev er ia sacr ificar de mo do que ela não mor r esse jo v em.
O sacr ifí cio : u ma o velha, um car amujo e 3 200 búz io s.
Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.

O rác ulo 177

243
Òbàrà-Túrá

Es se o dù fo ca no r espeito em no s so lar e no tr abalho .

O bser v ação o cident al: U m r elacio nament o est á causan do desar mo nia.

177 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O pequeno adiv inho de Oloy o div ino u par a o rei de O loy o ,


que pr o po s co mpr ar a mulher que ele go sto u co mo es cr av a.
Ele fo i adv er t ido par a não co mpr ar a mu lher po is ela er a um disper disar or a.
O loy o disse, “qualo sacr ifí cio par a pr ev enir que ela disper dice se eu a co mpr ar ?”.
O sa cr ifí cio : o ito car amujo s, uma ca baça de ewo , quatr o po mbo s, 16 000 búzio s e fo lhas
de I fá.
Ele não sacr ifi co u.

177 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A papat iak o , A t uwo n-nilet uwo n- lok o


div ino u par a a galinha e seus pinto s.
Lhe fo i dit o que um for t e inimigo est av a vindo at aca- lo s;
se saisse m de casa par a o campo , ele o s per seg uir ia, mas
mas se sa cr ificas sem, tr iumfar iam.
O sa cr ifí cio : u m car am ujo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (fazer um caldo co m fo lhas de
o wo mo idas e co m o car amujo e t o mar ).
fo i declar ado que: O falcão não danifi car ia um car amu jo ; t udo que ele po de fazer é
o bser v a-lo . Vo cê ser á respeit ado .

O rác ulo 178

244
Òtúrá-Bàrà

Es se O dù fala da necessi dade de se não v io lar tab us.

O bser v ação o cident al: A o pinião o u decisão do client e ser ão que st io nado s.

178 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Paar ako da div ino u par a O lo bede I pet u, que dis se par a sacr ificar u m cabr it o e a fa ca
em s uas mão s ant es de ir par a a r o ça. Ele se r ecuso u e fo i par a o campo . A ssim que
est av a reto r nando par a ca sa apó s seu tr abalho na r o ça, ele tent o u co lher alg uma s
ber ing elas. Par a a sur pr esa dele, um cr ânio seco pert o da ber injela falo u a ele, “não me
t oque, não me to que, v o cê não me v ê?” O lo bede Ipet u fi co u co m medo e co rr eu par a
r elat ar o o co rr ido ao r ei. Ele implo ro u ao r ei que mandas se alg uém de v olt a co m ele,
dizendo que se eles enco ntr as sem alg uma co isa co nt r ar ia ao que ele dis se, ele po der ia
ser mor t o . O r ei apo nt o u do is ho mens par a ir co m ele. C heg ando ao lo cal, O lo bede fez
ex at ament e co mo t inha feit o na pr imeir a v ez, mas par a seu ho rr or não ho uv e nenhuma
r espo st a. Ele fo i mor to no lo cal de aco r do co m a pr o messa de O lo bede e as instr u çõ es
do r ei. A s sim que o s ho mens est av am se pr epar ando par a reto r nar ao rei par a co nt ar o
que fizer am, o cr ânio seco disse, “M uito o br ig ado , eu esto u mui co nt ent e”. Eles fo r am
narr ar o aco nt ecido . O rei env io u o utr o s o it o ho mens co m o s do is pr imeir o s. O s do is
ho mens dis ser am ex at ament e co mo fizer am, e par a o ho rr or deles o cr ênio seco nada
falo u. Eles t ambém for am mor t o s no lo cal. Par a encur t ar a hist o r ia. v ár ias pes so as
mo rr er am desas maneir a, quase cem pesso as. Ev ent ualment e, o o co rr ido fo i r elat ado a
Ò r únmì là, a quem fo i pedido co nsel ho so br e o que dev er ia ser feit o par a t er minar est a
cat ást ro fe. Ò r únmì là o rient o u a sacr ifi car uma ca br a, uma g alinha, 4 400 búzio s e
fo lhas de I fá. Eles seg uir am a o r ient ação e sa cr ificar am. Ò r únmì là em seg uida o s
o rient o u a ir ao lo cal e r emov er o cr ânio e ent err a- lo co mo um ser humano , em
co nfo r midade co m o s r it o s funer ár io s. Ele também o s aco nselho u a não to car qualq uer
co isa o nde quer que eles achas sem mar cada co m aale (uma mar ca par a uma co isa não
ser t o cado po r ning uém co m ex cessão do do no ). A mesma adv ert ência fo i passada ao
r edo r da cidade, que eles nun ca dev er iam mex er co m qualquer co isa mar cada co m aale.
O rác ulo 179

245
Òbàrà-Retè

Es se O dù fala de suce sso e est abilidade se sacr ifí cio fo r realizado .

O bser v ação o cident al: O client e t em bo as per spect iv as par a um no vo t rabalho o u


neg ó cio s.

179 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O bar a-r et e , bo as co isa s v ir ão at é min ha mão .


I st o fo i div inado par a Ag bo nnir eg um,
que fo i dit o que alg uma co isa bo a est áv a r eser v ado a ele e que
ele dev er ia sa cr ificar um po mbo , um car amujo e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.

179 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O bar a-r et e div ino u par a Ò r únmì là,


a quem fo i dito que dev er ia sa cr ificar de mo do que não enco nt r asse gr andes pr o blemas
e sempr e po desse est ar por ci ma o nde quer que ele fo sse.
O sacr ifí cio : u m car amujo , tecido br anco , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
F o i ent ão decr et ado que nada de de t ão difí cio at r av es sar ia seu ca minho . Ò r únmì là
ini ciuo a si mesmo em I fá, e ele sempr e iniciar ia t o do s o s est udant es de I fá.

179 – 2 (Tr adu ção do v er so )

246
O bar a-r et e div ino u par a A k intelu a quem fo i dit o que dev er ia sacr ifi car de mo do que o
v ilar ejo que ele fundo u t ives se su ces so .
O ito car amu jo s, uma ov elha, 16 000 búzio s e fo lha s de I fá dev er iam ser sa cr ificado s.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 180

247
Irete-Òbàrà

Es se O dù fala do uso de feit iço par a co ntr o lar dificul dades.

O bser v ação o cident al: C uidado co m pesso a t rapaceir a.

180 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ning uém est á além da regr a do r ei; ning uém est á além da impr es são de Tet e.
I st o fo i div inado por Ò r únmì là ao rei quando est e se enco nt r av a cer cado de inimig o s.
F o i-lhe asseg ur ada a v it ó r ia so br e eles.
O sacr ifí cio : u m cabr it o e 6 600 b úzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

180 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A seje jesay e, A sejeje say e, A sejejesay e, War awar amase,


War awar amase, War awar amase, I ret e-O bar a tr ag a t o da bo ndade
par a as fo lhas de I fá. C o zinhe fo lhas de t et e at et eday e co mo uma so pa par a ser co mida
em to da co mida. O u t rit ur e fo lhas de wor o e iy er e e as co zinhe em uma so pa par a
v elhaco s, co m peix e ar o par a co mida. Q uando a so pa esfr iar , tr ace o o dù I ret e-O bar a
no iy e-ìr o sù, recit e a invo ca ção acima e acr es cent e à so pa.

O rác ulo 181

248
Òbàrà-Òsé

Es se O dù fala de meio s de co ntr o lar as for ças nat ur ais.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a de pur ifica ção par a se liv r ar de
energ ias neg at iv as.

181 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eles dis ser am, “o nde est á meu pai?”. Eu dis se “meu pai mo rr eu”. “O nde est á min ha
mãe?”. Eu dis se “M inha mãe est á na cat acum ba e fala r uido sament e”. Eles di sser am,
“vo cê é filho de quem?”. Eu dis se ”eu so u o filho de Obar a-O se, que ig nor o u as
r eg r as”. Eu fui espancado sev er ament e e fui esbo fet eado aqui e lá, liv rement e co mo as
ca br as co mem. O filho de O bar a-O se nunca so fr e, O bar a-O se não per mite que seu fil ho
padeça sem nece ssidade. F o lhas de I fá: Pulv er ise fo lhas de eja (har iha) e fo lhas de
àr èr e que fo r am co lhidas da ár v or e mãe. Po nha o pó na face de um car amu jo e tr ace o
o du O bar a- O se nele. Recit e o encant ament o acima e o embr ulhe co m um pedaço de
t ecido pret o e co m linha pr et a. F eche o s o lho s e jo g ue em um ar bu sto .

181 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A isir e f’ ag bo n isale pale. Se a chuv a fo i inv o cada, ela deve cair . Se a pausa da chuv a é
inv o cada, ela dev e cessar . I sto fo i div inado par a Òr únmì là, que fo i asseg ur ado que
Er inwo O sin nu nca ser ia mo lhada pela chuv a. O bar a- O se, eu te inv o co , salv e est e
bo nit o vest ido de ser abat ido pela ch uv a. C ant ig a: Não deix e cho v er , não deix e chov er ,
O bar a-O se não deix e chov er . F o lhas de I fá: Peg ue um pedaço de t ecido br anco e t race
o o dù O bar a- O se co m iy e- ìr o sù em so lo seco do lado de for a [do lo cal]. R ecit e o
encant ament o acima e ent ão amarr e est e iy e-ìr o sù co m o t ecido br anco e pendur e a
t ro ux a em uma arv or e. Não chov e r á nes se dia. Se ning uém jo g ar ág ua naquele mes mo
lug ar o nde o I fá fo i plant ado , não c hov er á aquele dia.
O rác ulo 182

249
Òsébàrà

Es se Odù fala de meio s de gar ant ir o fut uro su cesso de u ma cr ian ça e adv er t e adult o s
so br e qualquer jo r nada que po ssa apar ecer .

O bser v ação o cident al: Há muit a bag unça nas at iv idade s quo t idianas do s client es. Ele
o u ela pr ecisa vo lt ar passo e r eco nsider ar s uas at iv idades.

182 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò sébàr à div ino u par a u m r ecém-nas cido , cu jo s pais for am or ient ado s a fazer um
sa cr ifí cio de mo do que a cr iança não so fr esse po r falt a de mo r adia quando cr esce sse.
O sacr ifí cio : bag r e, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá que a cr iança de for ma que a cr iança
po ssa lev ar uma v ida pró sper a.

182 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sébàr à div ino u par a o est alajadeir o que est av a indo à residên cia de o utr o ho mem em
uma terr a ext r ang eir a. F oi- lhe dito que sua jo r nada não ter ia su cesso ; lo go , não
dev er ia ir . Fo i-lhe pedido que sacr ifica sse duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá.

O rác ulo 183

250
Òbàrà-Òfún

Es se O dù fala de um g rande s uces so finan ceiro .

O bser v ação o cident al: Es se é um ót imo mo mento par a um no vo t rabalho o u um


r isco co mer cial.

183 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A r alemik ak a awo O bar a- Ò fún (t r ês vezes )!


O ro mi g bedeg bede awo O lipo mo je (t r ês v ezes)!
O ro mi po kele (t r ês v ezes)!
I fá fo i co ns ult ado par a A g bo nnir eg un.
C ant ig a: Há uma g rande quant idade de dinheiro nest e lug ar ; nenhum co nt ado r
co nt ar á o s lucro s do milho no so lo .
F o lhas de I fá: t rit ur e sement es de ajé e g r ão s de sor go 3 at é vir ar pó . Tr ace o odù O bar a-
O fun no pó . R ecit ar a inv o cação acima e mist ur e o pó co m sa bão -as- co st a; co lo que
alg uns iko o de e um t anto de sabão em uma lampar ina de bar ro no v a. Que a pena de
papag aio fique apo iada no bico da lampar ina e so ment e uma part e so br es saia. O sabão
é par a lav ar as mão s to das as manhãs. Faça um arr anjo de b úzio s [se m co nt ar quant o s]
ao redor da lampar ina de barr o . Q ue o sang ue de u m po mbo seja vert ido no sabão ;
met a t ambém a ca beça do po mbo no sabã. A br a um o bì de quat ro g o mo s e dispo nha ao
r edo r da lampar ina. Ent oe a ca nt ig a de I fá enquant o faz es sa pr epar ação .

183 – 2 (Tr adu ção do v er so )

3
É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentação
animal, principalmente de bovinos (guinea corn).

251
I t un est á refo r mando -me, I fá est á o s atr aindo co m seus dinheiro s. Visit ant es de uma
lo ng a dist ância est ão pro cur ando - me.
I st o fo i div inado po r Ò r únmì là, que o rient o u a sacr ifi car de mo do que ele vis se co isas
bo as to do s o s dias de s ua v ida.
O sa cr ifí cio : u m pedaço de pano br anco , u m po mbo br anco uma g alinha br anca e 4 400
búz io s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

183 – 3 (Tr adu ção do v er so )

dinheir o cing indo , espo sa cer cando . div ino u par a Tewo g bo la,
que fo i or ient ado a sacr ifi car quatr o po m bo s, uma galinha e 16 000 búzio s, po que
fo i pr ev ist o que um pássar o tr ar ia bo ndade a ele.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

O rác ulo 184

252
Òfún’Bàrà

Es se O dù fala da necessi dade de pro t eg er no s so s ben s.

O bser v ação o cident al: C o ndiçõ es de neg ó cio fav or áv eis po dem so fr er por causa de um
indiv í duo indig no de co nfiança.

184 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O fun’ Bar a div ino u par a O lu- Ot a, que diise que muit as pesso as o patr o cinar iam e
co nseq uent ement e ele fi car ia rico . Ele fo i aco nselhado a sacr ifi car co nt r a malfeit or es.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

184 – 2a (Tr adu ção do v er so )

Ò fún est av a dando O bar a, Ò fún est av a dando car inho à uma ingr at a. I st o fo i div inado
par a um ho mem a quem fo i dito que uma cert a mulher que ele go sto u, planejo u fur t a-
lo e abando na- lo . Ele dev er ia sa cr ificar um cabr ito , azeit e, o bì e fo lhas de I fá.

184 – 2b (Tr adução do ver so )

Ò fún est av a dando Obar a div ino u par a um ho mem cujo s pert ence s est av am sendo
ex ig ido s por um impo sto r . Ele fo i or ient ado a sacr ifi car um ca br it o , ax eite- de-dendê,
o bì e fo lhas de I fá de mo do que ele não fo sse seduzido por Ès ù a co nceder o s pert ences
ao impo sto r .

O rác ulo 185

253
Òkànràn-Egúntán

Es se O dù est abelece a cr iação da Ter r a.

O bser v ação o cident al: Est e é um mo ment o au spicio so par a um nov o t rabalho o u
r elacio nament o se for ini ciado co m caut ela.

185 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U ma co rr ent e cai e faz o so m wo r o jo . I st o fo i div inado par a Òr únmì là e o s


quat ro cent o s I r únmale quando O lo dunmar e reuni u t o da sua r iquesa em um úni co
lug ar . Ele co nvo co u t o do s o s Ir únmo le par a que eles a lev assem par a t er r a.
F o i pedido a eles que fize ssem sa cr ifí cio po r que O lo dunmar e dese jo u in cum bi-lo s de
uma t ar efa. O sa cr ifí cio : uma g enero sa quant idade de inhame pilado , uma panela cheia
de so pa, ba st ant e o bì , o velha, um po mbo , galinha e 3 200 búzio s. Eles dev er iam
entr et er o s v isit ant es co m a co mida usada par a o sa cr ifí cio . A penas Ò r únmì là r ealizo u
o sa cr ifí cio . A pó s alg un s dias, O lo dun mare junt o u seus per ten ces e o s env io u par a o s
quat ro cent o s Ir únmale. O men sag eir o de Olo dunmar e pr o cur o u o s quat ro cent o s
I r únmale e entr ego u a mensag em, po r ém nenhum deles o r ecepcio no u co m co mida.
Q uando ele fo i à casa de Òr únmì là, entr et ant o , Ò r únmì là animadament e deu-lhe bo as
v indas e o r ecepcio no u co m co mida. Dev ido a es sa g ent ileza o mensag eiro r ev elo u a
Ò r únmì là que ele não dev er ia fi car ansio so em lev ar as car g as r eunidas na fr ent e de
O lo dunmar e, desde que a car g a mais impor t ante est av a debaixo do asse nto de
O lo dunmar e. Q uando to dso o s Ir únmale se r eunir am, receber am a mensag em de
O lo dunmar e. Eles se lev ant ar am e co meçar am a br ig ar pelas carg as; alg uns peg ar am
dinheir o , o ut ro s alg umas ro upas e as sim suce ssiv ament e, mas o mensag eir o de
O lo dunmar e est av a falando pela sua t ro mbet a a Ò rúnmì là, dizendo , "Ò r únmì là, apenas
fiq ue quiet o sent ado . A co isa mais impo rt ant e est á na co ncha do car aco l”. A s sim
Ò r únmì là se sent o u e pacient ement e assi st iu o s o utr o s Ir únmale que leiv av am par a
t er r a to da a r iqueza, pr o sper idade, e o utr o s art igo s de vár io s t ipo s. A ssim que to do s o s
I r únmale part ir am, Ò r únmì là se lev ant o u e fo i dir et ament e par a a cadeir a de
O lo dunmar e; ele peg o u a co ncha do car aco l e par t iu em dir eção à terr a. Ò r únmì là
enco nt ro u o s out ro s Ir únmale ao final da estr ada que co nduz ao céu e perg unt o u- lhes o
que est av a er r ado . Eles lhe falar am que a terr a est av a co ber t a co m ág ua e não hav ia

254
nenh um lug ar seco onde eles pudesse m at err is sar . Ò rúnmì là met eu a mão dele na
co nc ha do car amujo , tiro u uma r ede, e a lanço u em cima da ág ua. Ele meteu a mão dele
no v ament e e t ir o u terr a que ele lanço u em cima da rede. Ent ão ele met eu a mão dele
uma ter ceir a vez, ele t ir o u uma galinha de cinco dedo s, e a lanço u na r ede par a
espar r amar a t er r a na r ede e na ág ua. A ág ua est av a retr o cedendo e o so lo est av a se
ex pandindo . Q uando par eceu que o tr abalho camin hav a mui lent o , o pró pr io Òr únmì là
des ceu e mando u a pequena quant ia de terr a aument ar : Se espalhe depr essa, se espalhe
depr essa, se espalhe depr essa! ! ! ". Ele paro u, e o mu ndo se ex pandiu. Hav ia g rande
alegr ia em céu. O lug ar o nde Ò r únmì là mando u o mu ndo se ex pandir é at é ho je
cha mado de I fe-War a, em Ile- I fe. To do s o s demais I r únmale descer am apó s Ò r únmì là.
F o i Ò rúnmì là quem cr io u a t er r a e fo i ele quem pr imeiro nela caminho u. C o mo t al, ele
não per mit iu naque nenhum do s Ir únmale des cesse na terr a até que ele t iv es se pêg o
t udo eles t ro ux er am e dado a cada um deles o que ele j ulgo u just o . Eles receber am
alegr ement e as suas po r çõ es. Ent ão Òr únmì là co meço u a cant ar , "O mundo ex ist iu,
ex ist ência na fr ent e, ex ist ência atr ás".
No t a: O 256 odù são chamado s I r únmale nest e caso ; at é mesmo um único imale ser ia
cha mado Ir únmale, co mo ele est á fo r a do s quatr o cent o s I male.

185 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Q uem é r ápido g er alment e é aux iliado por Òg un a ser v it or io so dur ant e as lut as.
A quele que não co nseg ue lut ar nem falar não po de caminhar na terr a por muit o t empo .
O co mbat e po de t razer r iqueza e ho nr a. I st o fo i div inado par a Ò g ún-g bemi, que fo i
o rient ado a não fug ir , mes mo que não sent isse cor ag em o bast ant e par a desafiar
alg uém dur ant e uma br ig a. É o po der o so que desfr ut a o mundo ; ning uém r espeit a u ma
pes so a fr aca. É o varo nil que co ntr o la a terr a; as pesso as não dão at enção ao s cov ar des.
Lhe pedir am que fizesse sacr ifí cio de fo r ma que ele não relax asse e pudesse ser
fi sicament e for t e. O sa cr ifí cio : um galo , t rês fa cas, uma piment a-da- co st a, 3 200 b úzio s
e fo lhas de I fá (po nha um gr ão de piment a- da-co st a na ág ua em u ma caba ça; dê a ág ua
par a o g alo beber ; o client e dev e ent ão beber a ág ua r emanescent e na ca baça e co mer a
piment a- da-co st a e mais alg un s g rão s).
O rác ulo 186

255
Ògúndá-Kànràn

Es se Odù fala de se u sar as capac idades t ant o espir it uais co mo int elect uais par a
se o bt er suce sso .

O bser v ação o cident al: Es se é o mo mento par a o client e m udar de tr abalho .

186 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g úndá k an, Òk ànr àn kan, Òk ànr àn- kàng ún -k àng e div ino u
par a Eg úng ún, que est av a em um co mér cio impr o dut iv o .
Ele dis se que o so fr iment o dele ter ia fim aquele ano . ele dev er ia sa cr ificar
uma cest a de o bì e um paco t e de chi cot es.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

186 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò g úndá o awo das mão s. Ò k ànr àn o awo do s pés.


F o i dit o que ambo s tr ar iam bo a sor t e à Ter r a,
lo go , eles dev er iam sacr ificar u ma o velha.
Eles o uv ir am e sacr ifi car am.

O rác ulo 187

256
Òkànràn-Sá

Es se O dù fala de se saber quando ev it ar co nfro nt açõ es.

O bser v ação o cident al: C o nflit o s em uma so cieda de dev em ser decidido s
paci ficame nt e.

187 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A k in é asso ciado co m o pr incí pio do "co mbat er e ev it ar ".


Q ualquer ak in (pes so a valent e) que sa be co mo lut ar ma s não se ev adir de cer t as lut as,
ser á capt ur ado po r o ut ro ak in.
I st o fo i div inado par a Ak ins uy i, que fo i aco nselhado a sa cr ificar de mo do a sempr e ser
r espeit ado .
O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, 3 200 búzio s efo lhas de I fá (e wé imo -o pe, o jeleewé,
ewé Oluse saj u par a fazer uma infu são que ser á usada par a ban har o client e, que
dev er á sempr e se co br ir co m t ecido et u ).
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

187 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Enx adas não c ult iv am uma r o ça po r si só . Nó s, ser es humano s so mo s a for ça po r det r ás


delas. M achado s não po dem empr eender nada co m êx it o . Nó s, ser es hu mano s so mo s a
fo r ça que o s põem a tr abalhar . O s alfang es não po dem po r si só abr ir uma clar eir a.
Nó s, ser es humano s so mo s o seu aux í lio . U m inha me co lo cado dent r o de um pilão não
po de mo er a si mesmo , mas nó s ser es huma no s o ajudamo s. M as, quais for ça s est ão
t rabalha ndo no aux í lio à humani dade, difer ent es de O lo r un e do s pró pr io s ser es
hu mano s? I st o fo i div inado par a o elefant e e par a o s ser es huma no s. F oi pedido ao
elefant e que fize sse sacr ifí cio de mo do que o s ser es humano s não pudesse capit ur a-lo .
O sacr ifí cio : dezes seis car amujo s, 660 búzio s e fo lhas de I fá (as fo lha s de o wo e o s
car amu jo s dev em ser co zido s e co mido s de manhã, antes que o client e fale co m
qualq uer o utr a pes so a).

257
O elefant e se r ecuso u a fazer o sacr ifí cio . O s ser es humano s seg uir am a or ient ação e
sa cr ificar am.

O rác ulo 188

258
Òsákànràn

Es se O dù fala do sa cr ifí cio de for ma a ev it ar info rt únio e as seg ur ar


t ranqui lidade.

O bser v ação o cident al: O client e é pro penso à ir r it ação

188 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O sak anr an fo i div inado par a o ant í lo pe,


que pediu um sacr ifí cio par a que ele não mor res se co mo r esult ado de incident es
ins ult ant es.
O sacr ifí cio : u m g alo , uma quant idade de aljav as, ar co s, flex as e 2 200 búzio s.
Ele o uv iu mas não sacr ifico u.
Ele aleg o u que seu s chi fr es g ar ant iam sua imunida de a insu lto s.
Eles disser am que inimig o s tr ar iam-lhe pr o blemas de lug ar es dist ant es.
Ele dis se ele depender ia do s seu s chi fr es.

188 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A pesso a que não po de so fr er in sult o s deve co n str uir sua casa em uma ár ea separ ada.
I st o fo i div inado par a o Ì g bí n (car amu jo ),
a quem fo i pedido que sacr ifi casse uma t art ar ug a e 18 000 b úzio s.
Ì g bí n sacr ifi co u, e ele fo i asseg ur ado que ele go zar ia de paz e tr anquilidade na casa
queele co n str uiu.
É dito que as pes so as nunca je juam na casa do car amu jo e que ning uém c hor a na ca sa
de A hun (t ar t ar ug a).

O rác ulo 189

259
Òkànràn-Ká

Es se O dù fala de cor ag em e ho nest idade par a se pr ev enir de info r t únio .

O bser v ação o cident al: O client e t em que su st ent ar o que ele acr edit a.

189 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Lut ando na fr ent e, lut ando na ret ag uar da, se não r esult a na mo rt e da pes so a,
no r malment e faz dela um co mpanheiro valent e que, po r lut ar , adquir e ho nr a e riqueza.
I st o fo i div inado par a a tart ar ug a, a quem fo i pedido que sa cr ifica sse um car neiro , 2
400 búz io s e fo lhas de I fá de maneir a a não mo rr er co mo r esult ado de uma lut a.
Ela o uv iu e sa cr ifico u.
F o lhas de I fá fo r am pr epar adas par a ela co m a pro meça de que ela nun ca mo rr er ia
dur ant e uma bat alha. F oi dito que ela nun ca ser ia mor t a dur ant e lut as que são
co nhec idas pelo mun do . Nunca for am mo rt o s car neiro s dur ant e br ig as.

189 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Não há ning uém cu ja casa seja in capaz de se to r nar uma fazenda. Não há ning uém cuja
fazenda se ja incapaz de se t or nar uma fazenda enor me e v elha. A ho nest idade em mim
não per mit ir á que a fazenda se t or ne um t er r eno baldio . Não há ning uém cuja mo rt e
não po ssa lev ar , e não há ning uém cu jo o filho a mo rt e não po ssa lev ar , ex cet o
O r unmila, meu senho r , àbik ú-jig bo , e aqueles dentr e o s filho s de Edùmar è que são
ho nr ado s.
I fá fo i co ns ult ado par a A pat a (ro c ha), que pediu um sacr ifí cio par a que ele nun ca
pude sse mo rr er , de for ma que as g rama po der ia cres cer .
O sacr ifí cio : u ma o velha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá.
Ela seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 190

260
Ìká-Kònràn

Es se Odù fala da necessi dade de sacr ifí c io par a ev it ar as co nseq üência s de açõ es
malig nas.

O bser v ação o cident al: U ma impor t ant e esco lha est á pendent e — U ma decisão
dev e ser to mada so br e o que é cer t o e bo m.

190 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á-Kò nr àn fo i div inado par a Ek a, a quem fo i dit o que a mor t e est av a chendo par a ele
dev ido ao s seus mau s at o s. Se Ek a não deseja sse mor r er , dev er ia ele sacr ificar uma
o velha e as r o upas pr et as que est av a u sando . Ele dev er ia também par ar de ser mau e
v est ir r o upas br anca s dali pr a fr ent e.
Ele o uv iu as palav r as mas se r ecuso u a sacr ificar .

190 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I to div ino u par a O wó (as mão s),


que fo r am o rient adas a fazer sa cr ifí cio de mo do a sem pre t er em co isas bo as
e nun ca ex per iemet ar o mau.
O sacr ifí cio : u m po mbo br anco , uma g alinha br anca, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Elas o uv ir am mas não sacr ificar am.
Eles ent ão dis ser am: A s mão s sempr e ex per iment ar ão do bem e do mal.

O rác ulo 191

Òkànràn’Túrúpòn

261
Es se O dù fala do co nheci mento de Ò r únmì là so br e to das as co isas, inclu indo a
art e da medi cina t radi cio nal.

O bser v ação o cident al: O client e não est á sendo ho nesto co m o Babalá wo .

191 – 1 (Tr adu ção do v er so )

È at r av és do est udo de I fá que a pesso a ent ende I fá. É per dendo -se pelo camin ho que a
pes so a se familiar iza co m o mes mo . A pes so a sempr e per am bula ao lo ng o de uma
est r ada que ela nunca pas so u. I fá fo i co n sult ado par a O sany in no dia em que
O lo dunmar e co br iu uma cabaça e co nv ido u a O r unmila ir e desco br ir -la atr av és da
co ns ult a ao o r áculo . O sany in insi st iu em aco mpanhar O r unmila, me smo sendo
aco nsel hado a ficar por que ele est av a em dific uldade. O sany in, po r ém, fo i inflex ív el.
A nt es que eles cheg as sem lá, O lo dunmar e t o co u o sa ng ue de sua espo sa co m um tecido
br anco de alg o dão , g uar do u em uma ca baça so br e a est eir a na qual O r unmila fo i se
sent ar enquant o co nsult av a I fá. Or unmila co ns ulto u I fá e dis se, “O k anr an’ Tur upo n”.
A pó s a div inação Or unmila so ube o que t inha dent ro da ca baça br anca. O lo dun mare o
lo uvo u. O r unmila ent ão pediu que O lo du nmar e sa cr ificar u m cão e u ma cabr a.
O lo dunmar e sacr ifi co u. O sany in emo cio nadament e se ju nto u a Or unmila na pr o cur a
do s mat er iais par a o sa cr ifí cio . Enquant o est av a se esfor çan do par a aju dar a mat ar o
ca chor ro , a fa ca que ele est av a seg ur ando escapo u de sua mão e caiu so br e a sua per na
fezendo uma fer ida muit o gr ande. O r unmila pediu que lev asse m O sany in par a a casa
de O r unmila. O r unmila o cur o u, mas O sany in nunca po der ia usar no v ament e a per na
par a tr abalho s ár duo s. O r unmila t ev e pena dele e deu -lhe v int e fo lha s de I fá par a cada
t ipo de enfer midade, par a pr o po r cio nar -lhe uma fo nt e de r enda. Fo i ass im que O sany in
se to rno u um her bo lár io .

O rác ulo 192

Òtúrúpòn Kòràn

262
Es se O dù fala de se ev it ar po ssí v eis dificu ldades co m as cr iança s e inimig o s.

O bser v ação o cident al: O client e dev e ter cuidado em pr o cediment o s


empr esar iais.

192 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O mot o lamoy o , Iy o wuk o de-maar ’eni s’ ehin- demi


fo i div inado par a Ef unb unmi,
a quem fo i dit o que ter ia v ár io s filho s, mas que ela dev er ia sacr ifi car de mo do que a
cr iança que ela est av a car r eg ando em s uas co st as não se t or nasse um cr imino so quando
cr esce sse.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 4 400 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por ém não sa cr ifico u.
Se tiv esse sacr ificado , a ela ser iam dadas fo lhas de I fá par a ban har a cr ian ça.
F o lhas de I fá: Mas cer e o lusesa ju e eso em ág ua, o u pile as fo lhas e mi st ur e co m sabão -
da- co st a par a o uso da cr iança quando ela for mai s v elha.

192 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O t ur upo n K o nr an, O t ur upo n Ko ran fo i div inado par a Or unmila.


Do is de seus inimig o s est av am fazendo um r elató r io so br e ele par a Èsù e pedindo a
Ès ù par a o s ajudar a mat ar O r unmila. F o i pedido a O r unmila que fizesse um sa cr ifí cio
co m duas ca baças, dua s galinha s e 480 búzio s. Ele ouv iu e sa cr ifico u. Ele amar ro u as
dua s cabaça s em se us o mbro s e pô - se em mar cha em dir eção ao sant uár io de Ès ù par a
fazer o sacr ifí cio . Enquant o ele ia, as duas ca baças bat iam uma co ntr a a o utr a co mo se
elas est iv esse m dizendo , "eu mat ar ei Ok anr an, eu mat ar ei O t ur upo n", e as sim po r
diant e. A ssi m que ele se apr ox imo u do sant uár io de Èsù, o s do is inimig o s o uv ir am es se
v ot o feit o pelas cabaça s e perg unt ar am a si me smo s o que aco nt ecer ia se O runmi la o s
v isse, uma v ez que ant es de o s v er já est av a fazendo t al j ur a. Eles ent ão fug ir am ant es
que O runmi la cheg asse ao sant uár io de Èsù. Fo i isso que O r unmila fez par a der ro t ar o s
seu s inim igo s.

263
O rác ulo 193

Òkànràn-Òtúrá

Es se O dù fala de co nflito s em famí lia e em out ro s relacio nament o s.

264
O bser v ação o cident al: O client e enfr ent a um co nfl ito co m par ent es co m r elação a
po sse ssõ es mat er iais.

193 – 1 (Tr adu ção do v er so )

“O que v o cê faz par a mi m, eu fa ço par a v o cê” sempr e difí cult a a r eso lução r ápida de
uma disput a.
I st o fo i div inado par a Olúk oy a,
que fo i aco nselhado a sacr ifi car par a que a disput a entr e ele e seu s paent es não
pr ejudi casse sua s amizades.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, azeite- de-dendê e 16 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

193 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò kànr àn- Òt úr á fo i div inado par a a lí der das co br as, que fo i av isado a não ent r ar em
uma br ig a que result ar ia em não ter mais amigo s ent r e seus pr ó pr io s par ent es. Se a
lí der das co br as dese jasse est ar em co ndi çõ es amig áveis co m o s seu s par entes, dev er ia
sa cr ificar v eneno s e flex as, uma aljav a, feit iço s per ig o so s, um cabr ito e 2 000 búzio s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Co mo r esult ado , as co br as nu nca fo r am
amig as umas das o utr as.

O rác ulo 194

Òtúrákònràn

És se O dù fala de se ev it ar as co nseqüên cias de maus co mpor t amento s.

O bser v ação o cident al: A "bo ca gr ande" do client e tem causado pr ejuí zo .

265
194 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr ákò nr àn, a cidade a cidade est á t ranqü ila fo i div isada par a A lafur a.
eles dis ser am: O s animais no bo sq ue nunca arg ument am co m o leo par do ; o s pássar o s
no bo sq ue nunca arg ument am co m o falcão . O s ser es huma no s nunca arg ument ar ão
co mig o acer ca de meu car át er t ampo u co acer ca so br e meu t rabalho . A s pesso as não
mat ar ão o s cães por cau sa de seu s lat ido s t ampo uco o s car neiro s po r seus balido s. A s
pes so as nunca entr ar ão em lit í g io co migo . Fo lhas de I fá: Tr ace o O dù Ò t úr ák ò nr àn no
iy e-ì ro sù e recit e o encant amento aci ma nele ant es de mi st ur ar -lo co m azeit e-de-dendê
e lambe -lo (par a ser usado sempr e que ho uv er um caso j uducia l).

194 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, co nsult o u I fá par a Òt ú, que desejav a
despo sar Òk òr àn, a filha do Olo fin. A s pesso as est av am dizendo que ist o ca usar ia uma
disp ut a. O ho mem a quem Ò kò ràn fo i pr o met ida co mo espo sa t inha gast ado muit o
nela.
M as O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, disse que Òt ú ca sar ia co m Ò kò ràn; no ent anto ,
ele dev er ia sa cr ificar o it o car amujo s. um po mbo , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 195

Òkànràn-Atè

Es se O dù fala da necessi dade do client e ser iniciado .

O bser v ação o cident al: O client e dev e tr abalhar sua espir it ualidade.

266
195 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò kànr à-A t è div ino u par a Eniay ewu,


que fo i aco nselhado a se iniciar em I fá, de mo do que sua v ida no mundo pudesse ser
agr adáv el.
O sacr ifí cio : do is po mbo s, um r ato , um peix e e 3 200 búzio s.

O rác ulo 196

Irete-Okanran

Es se O dù fala da necessi dade de caut ela co m relação a uma co nspir ação entr e
pes so as da mes ma idade da pes so a.

O bser v ação o cident al: O client e dev e ter cuidado co m co mpet içõ es no t r abalho .

267
196 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I ret e-O kanr an fo i div inado par a O r unmila no dia em que o s babalawo se reunir am na
ca sa do Olo fin par a pr epar ar v eneno co m o qual o mat ar iam quando ali cheg as se. Fo i-
lhe pedido que jejeuas se ao lo ng o daquele dia par a ev it ar ser env enenado . Ele dev er ia
sa cr ificar 3 200 búzio s e azeit e- de-dendê. Ele seg uiu a or ient ação e sacr ifico u. Naquele
dia, o s ba balawo que se r eunir am na ca sa deo Olo fin chamar am O runmi la par a que
fo s se part icipar co m eles de um banq uet e. Tendo co nspir ado junt o co m o Olo fin, eles
co lo car am v eneno no s vinho s e t ambém puser am at ar ag ba (v eneno que cau sa mo rt e)
no tecido e na est eir a par a Or unmila. Q uando Or unmila cheg o u na ca sa de O lo fin, eles
lhe der am v inho par a beber .Ele o lho u par a aquilo po r alg uns mo ment o s e dis se, “o que
est á bo iando no po t e (or u )? É veneno que est á bo iando no po t e. Ir et e- Ok anr an, não
beber á ho je, I ret e-O kanr an”. A pó s um cur t o espaço de tempo , eles t ro ux er am o g ur o
(v inho ) par a ele, mas Or unmila olho u e dis se a mes ma co isa. Apó s is so , o O lo fin
co lo co u seu I fá no chão par a co n sult a em no me do filho pr imog ênito dele que est av a
fing indo est ar do ent e. To do s o s ba balawo pr esent es dis ser am que a cr ian ça não
mo rr er ia. Q uando o O lo fin per g unt o u a o pinião de O r unmila, ele dis se que a cr iança
mo rr er ia a meno s que O lo fi n entr eg asse se u v est uár io r eal e a est eir a que
habit ual ment e est ende em se u tr ono de for ma que eles po der iam ser ut ilizado s na
fabr ica ção de um medicament o par a a cr iança. O lo fin que est av a pr o cur ando po r meio s
de mat ar Or unmila, penso u t er enco nt r ado uma chan ce, po is po der ia pôr at ar ag ba
dent ro do vest uár io e na est eir a ant es do s ent reg ar par a O r unmila. M as ass im que eles
fo r am tr azido s, um pássar o co meço u a g rit ar m per si st et ement e, dizendo a Or unmila,
“Or un mila, não sent e-se na est eir a ho je, não sent e-se na est eir a ho je. Se nt e-se no ifin,
sent e- se no ifin! ”. Q uando eles ter minar am de tr azer o v est uár io e a est eir a, O r unmila
pediu que eles u sasse m a est eir a par a se sent ar em. Eles o bedecer am e fo r am
env enenado s. O r unmila deixo u o lo cal se m ser pr ej udicado .

268
O rác ulo 197

Okànràn’Se

Es se Odù fala da necessi dade de desenv o lv iment o espir it ual par a ev it ar


ang ust ia e t r ibulaçõ es.

O bser v ação o cident al: O client e so fr eu um rev és finan ceiro .

197 – 1 (Tr adu ção do v er so )

269
Q uest õ es de ang úst ia não são bo ns; u ma quest ão pr o blemát ica é um mau espet áculo .
I st o fo i div inado par a o filho de um ho mem abast ado , a quem fo i pedido sacr ificar de
mo do que ele não so fres se t rib ulaçõ es.
O filho do ho mem r ico per g unto u, “o que é so fr iment o ?”
Eles disser am: O ato de abr ang er é so fr iment o ; a vo nt ade das pesso as é ang ú st ia.
Ele dis se que isso era ba st ante.
O filho do ho mem r ico per g unto u qual ser ia o sacr ifí cio .
Eles disser am: u m t ecido br anco , um po mbo , uma ov elha, uma galinha e 20 000 búzio s.

197 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Lembr e- se do Po sses sor .


Nó s no s lembr amo s do Po sses sor , nó s ainda est amo s viv o s.
Lembr e- se do Po sses sor .
Nó s no s lembr amo s do Po sses sor , nó s est amo s rego zijando .
O Po sse sso r nunca apalpa no escur o ; Edumar e nun ca t em pr ej uizo s.
Não há nenhu ma t rist eza lá na ca sa do Po sse sso r , nenhuma po br eza o u penúr ia.
O r unmila Olo wa A iy er e dis se que se nó s no s depar ásse mo s co m qualq uer t ribula ção ,
dev er í amo s no s lembr ar do Po sses sor .
O Po sse sso r nunca se entr ist eceu.
O Po sse sso r sacr ifico u um po mbo , duas cabe ças de ig uana, 20 000 búzio s e fo lhas de
I fá (a ser em dadas À pesso a que é aplicada em se u t rabalho ).

270
O rác ulo 198

ÒséKòràn

Es se O dù fala da necessi dade de uma co mpanheir a na v ida do client e.

O bser v ação o cident al: C o ndiçõ es de tr abalho inco nst ant es nece ssit am de
equili br io emo cio nal par a se har mo nizarem.

198 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Vo cê não g o st a dele, Eu não go sto dele.


A po breza ca minho u po r si mesma.

271
I st o fo i div inado par a uma pes so a desafo rt unada,
que fo i aco nselhada sa cr ificar par a que pudes se adiquir ir uma co mpan heir a.
O sa cr ifí cio : dua s galinha s, do is c hapéus o u do is t ur bant es feminino s, 2 000 búzio s e
fo lhas de I fá.
Ele não sacr ifi co u.

198 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Sa samur a div ino u par a O seK o nr an,


A quem fo i dit o que t er ia inimig o s e s uces so so br e eles.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, efun, o sùn, 2 400 b úzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 199

Okanran-Òfún

Es se O dù fala do fim de pr o blema s e tr ibula çõ es.

O bser v ação o cident al: O client e ir á ex per iment ar um nov o relacio nament o o u
aument ar a int ensidade de um r elacio namento co rr ent e.

199 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Se alg uém tev e má so rt e po r lo ngo tempo , isto ser á mudado par a bo a so r te. I sto fo i
div inado par a O k anr an- A basewo lu, que fo i aco nsel hado a sacr ifi car um po mbo , u ma
g alinha e 12 000 búz io s.

272
Ele sa cr ifico u.

199 – 2 (Tr adu ção do v er so )

À r àbà-nlá (g r ande alamo ) div ino u par a Ok anr an e O fun.


F o i-lhes co nt ado que eles nu nca ser iam sujeit ado s a so fr er sem v ing ança. A lg uém
sempr e se recu sar ia a vê- lo s so frer sem ving ança.
F o i pedido que sacr ifica ssem um car neir o e 2 200 búzio s.
Eles sacr ifi car am par a que nunca so fres sem se m v ing ança.

O rác ulo 200

Òfún’Konran

Es se O dù adv er t e so br e ab uso de po der .

O bser v ação o cident al: O client e est á sendo pr esun ço so .

200 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún’ K ò nr àn fo i div inado par a Olo dunmar e quando ele est av a se prepar ando par a
env iar as pesso as par a a Terr a.
Eles dis ser am que O lo du nmar e est av a r eflet indo no cast ig o que os po dero so s
infl ig ir iam ao s fr aco s, no cast igo que o s reis e chefes in flig ir iam às pesso as que fo r am

273
dist it uida s o u em per ig o . Ele v iu pesso as ino cent es sendo mor t as na Ter r a e desejo u
defender aqueles que não t inham chan ce de se ving ar .
F o i pedido par a Ele sacr ifi car uma t ar t ar ug a, u ma faca, um ar co e uma fle cha, uma
piment a e 18 000 búz io s. Se Ele sacr ifica sse, po der ia o s deix ar livr e na Terr a.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 201

Ògúndá’Sá

Est e O dù fala de ganho mo net ár io par a a pes so a ver dadeir ament e espir it ual.

O bser v ação o cident al: F or ça no t rabalho co nduz a g anho sig nificant e.

201 – 1 (Tr adu ção do v er so )

C elibat o fo i div inado par a I fá quan do o mun do t odo est av a dizendo que ifá est av a só .
F o i pedido a I fá que esco lhesse uma co mpan heir a. I fá disse que esco lheu dinheiro
co mo sua co mpanheir a. Fo i pedido a ele que sa cr ificas se um po mbo e 24 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.

274
201 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò g úndá’ Sá fo i div inado par a o r ecém-nas cido .


Eles disser am que sacr ifí cio er a necessár io se o bebê fo s se v iv er e apr eciar a v ida.
O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, um po mbo e 24 000 b úzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

O rác ulo 202

Òsá’Gúndá

Es se O dù fala de bo a so r te que não v em sem sacr ifí cio .

O bser v ação o cident al: Há alg uém que o client e não dev e co nfiar .

202 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O sa’ Gunda po de lut ar . Oider e, o awo de I g bado , A luko , o awo de Ig bado ,


A ijag og or o go , o awo de Olibar a, t o do s div inar am par a Olibar a. O idere, o awo de
I g bado , disse que desco br iu bo a so rt e par a O libar a. ent ão Olibar a dev er ia sa cr ificar
um po mbo , uma o velha e 44 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. A luk o , o awo de I g bado , disse
que ele v iu nas ciment o de filho s (t ant o O ider e quant o Aluk o er am ex tr ang eir o s); ent ão ,
O libar a dev er ia sacr ifi car uma g alinha, uma cabr a e 32 000 búzio s. Olibar a sa cr ifico u.

275
A ijag og or o go , o awo da casa de Olibar a, que pr ev iu uma g uerr a. Ele t ambém pediu
que O libar a sacr ifi cas se: um car neir o e 66 000 búzio s. ele di sse que se O libar a não
o fer ecesse o sa cr ifí cio , hav er ia g uer r a em o nze dias. O libar a não ofer eceu o sacr ifí c io .
No décimo pr imeiro dia, a g uerr a v eio . O libar a fug iu da cidade.

202 – 2 (Tr adu ção do v er so )

S un- mis’ ebe, Sun -mis’ apo ro co nsult o u par a A ik u jeg unr e (t ipo de er v a) e O lok o
(faze ndeiro ). A ik u jeg unr e fo i aco nselhado a sacr ifi car um car amu jo , uma g alinha e u m
car neiro . Eles disser am a Aik ujeg unr e que não mo rr er ia mas est ar ia enr aizado e
co lo cado em um alt o o bjeto aci ma do chão .
A ik ujeg unr e sa cr ifico u. A o fazendeiro fo i pedido que ofer ecesse em sacr ifí c io um
car neiro , u m alfang e e 66 000 búzio s de mo do que ele não mo rr esse. Ele sacr ifi co u.
Q uando o fazendeiro est av a capinando , ele ju nto u Aik ujeg unr e co m o alfang e em um
lug ar . A ik ujeg unr e dis se, “Eu me fa ço no t ar sendo r eunido , as sim me ajude a falar
par a meus pais no C éu”. Q uando o fazendeiro finalizo u a capinag em e j unto u a er v a
cha mada A ik ujeg unr e co m um alfang e e o co lo co u em um tr o nco , a er v a disse, “dig a-
me pai do C éu que eu so u no t áv el”. Ent ão , as ult imas palav r as u sualment e falada s pela
erv a são : “que o fazendeiro não mor r a. Q ue eu t ambém não mo rr a, de fo r ma que ambo s
per maneçam par a sem pre”.

276
O rác ulo 203

Ògúndá’Kaa

Es se Odù fala da necessi dade de caut ela e sa cr ifí cio par a so lu cio nar pro blema s
mo net ár io s.

O bser v ação o cident al: O client e se depar a co m co nfl ito s o u acusa çõ es no


t rabalho .

203 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O r unmila dis se O g unda’K aa, Eu dig o O g unda’K aa.


I st o fo i div inado par a O mo t ade.
eles disser am que est amo s supli cando a Or unmila par a impedir que O mo t ade fo sse
co nt ado co mo ladr ão .
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, rat o s, peix e, azeit e-de- dendê e 8 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.

277
203 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O g unda’K aa fo i div inado par a Or unmila, o r ei, que est av a co m pr o blemas.


F o i-lhe asseg ur ado que co nseg uir ia alg um dinheir o log o .
O sacr ifí cio : do is po mbo s e 2 000 búzio s,
ele sa cr ifico u.

O rác ulo 204

Ìká-Ògúndá

Es se O dù fala de sacr ifí cio a O g un par a desenv o lver cor ag em em alg uém tí mido .

O bser v ação o cident al: O client e est á fing indo um pr o blema que não ex ist e.

204 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g ún pro v a minha ino cen cia


Ò g ún, por fav or me apó ie.
Não há ning uém co m pr o blema s que não peça aux í lio a Òg ún.
Q uem quer que se ja que fa ça o bem r eceber á o bem.
É uma pesso a em par t icular que Ò g ún aux iliar á.
I st o fo i div inado par a A det ut u, o filho do cov ar de que r espir a medr o sament e, que er a
meio -mo rt o ant es da br ig a.
Ele fo i aco nsel hado a sacr ifi car um cão , azeit e-de-dendê, inha me assado e v inho de
palma.

278
Ele o uv iu mas não sacr ifico u.

O rác ulo 205

Ògúndá-Òtúrúpòn

Es se O dù fala de bo a fo rt una res ult ante de melho r a de co mpor t amento .

O bser v ação o cident al: Di fic uldades e blo queio s são disso lv ido s co m
desenv o lv iment o espir it ual.

205 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g ún dir ecio no u bo a sor t e par a a ca sa de O t ur upo n.


I st o fo i div inado par a as pesso as em I fe-O oy e.
Eles disser am que um ano de r iquezas t inha v indo , um ano de abundâ ncia,
um ano de nascime nto de muit as cr ianças.
F o i-lhes pedido que sacr ifi cas sem dez po mbo s, dez galinha s e 20 000 búzio s de for ma
que eles não disput ar iam nov ament e.
Eles o fer ecer am o sacr ifí cio .

279
205 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A s árv o res est ão sent indo do res de cabeça na flo r est a.


O Ir ok o est á sent indo do r no peit o .
A árv or e cur at iv a est á r emediando a to do s.
I st o fo i div inado par a Òg ún e O t ur upo n.
De maneir a a co mpor t ar -se bem, fo i-lhes pedido que sa cr ificas se um cão , azeit e-de-
dendê, u m g alo e 18 000 búzio s.
Eles o fer ecer am o sacr ifí cio .
Ò g ún ent ão deu Ot ur upo n bo a sor t e.
Ò g ún libert o u O t ur upo n da escr av idão . Nó s est amo s r eg o zijando , nó s est amo s
dança ndo .

O rác ulo 206

Òtúrúpòn-Egúntán

Es se Odù fala do pr esent e, sendo um mal mo mento par a uma nov a cr ian ça, mas
mant ém u ma g rande pro me ssa par a o fut uro .

O bser v ação o cident al: O client e t ev e recent ement e per deu uma cr iança, ant es o u
lo go depo is do nasc iment o . Alg uma co isa est av a err ada co m a cr iança.

206 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O s ramo s do iro k o dever iam ser po dado s enqua nto a árv or e é jo v em. Q uando fica
v elha e alt a, seu s galho s já não po dem ser facil ment e co rt ado s. I st o fo i div inado par a
Ò t ú, a mãe de um bebê nov o . Eles dis ser am que a cr iança ser ia um lacr ão quando
cr esce sse. F oi pedido par a que o s pais o fer eces sem sacr ifí cio par a que a cr iança
pude ssem o bedece- lo s. O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um peix e ar o , um po mbo , uma
banana, 66 000 b úzio s e fo lhas de ifá. Se o sacr ifí cio for realizado , as fo lhas eso são as
fo lhas de I fá a ser em u sadas. Espr emer as fo lhas em ág ua co m flui do do car amu jo e
banhar a cr ian ça. Se a cr iança cr escer , dar - lhe uma so pa feit a co m fo lha eso , car amu jo
o u peix e ar o par a co mer . Ela t ambém dev e co mer bananas.

280
206 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O t ur upo n- Eg unt an fo i div inado par a Or unmila.


Eles disser am que a espo sa de O r unmila co nceber ia.
F o i pedido que Or unmila o fer eces se sacr ifí cio par a que a cr iança v ies se em um
mo ment o mais pr o pí cio a eles.
O sacr ifí cio : u ma g alinha g rande, uma cabr a e 66 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 207

Ògúndá-Túrá

Es se Odù fala da saúde do client e, ele sent indo -se fi sicament e do ent e co mo
r esult ado de pr es são e inimigo s.

O bser v ação o cident al: O client e é hipo co ndr í aco .

207 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Sak amda (Eu so u bast ant e limpo ) fo i div inado par a O t a (pedr a) na ág ua.
Nó s tememo s a do ença. F o i pedido a O ta- mi não t emar a do ença e lhe fo i pedido que
o fer ecesse sacr ifí cio de fo r ma que ele per maneces se fix o .
O sacr ifí cio : u m car amujo , um po mbo , 32 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u e se viu liv r e de do ença s.

207 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O g unda-Tur a. É bo m que per mit e à pes so a super ar u m inimig o . U ma pesso a mal


fav or ecida po de ser fac ilment e atr aida pelo seu inimigo .

281
Q uem me par iu?
Ò g úndát at úr ápa, faça co m que meu s inimig o s caiam um apó s o out ro e mat e-o s em
g rande quant idade. Eu não dev er ia co nhecer qualquer inimig o o u qualquer o po nent e.
Q uem é uma pesso a mal fav o reci da?
U ma pes so a mal favo r ecida é aquela a quem a maio r ia das pes so as acr edit a est ar
arr uinada e ela ainda pensa que é muit o amado . Em v ent o s fo rt es, plant a eg bee cai
uma so br e as out r as; de cert a for ma, meus ini migo s mo rr er ão um apó s o utr o . Eles
nun ca se ajudar ão mut uament e; o s lag art o s macho s não aj udam uns ao s o ut ro s em um
c urt o espaço de t empo .
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Og unda- Tur a no pó de ì ro sù e invo que I fá co mo
det er minado acima. U ma pequena po r ção do pó dev e ser co lo cado no t o po da ca beça e
esfr eg ado da test a à part e infer o -po st er ior da cabeça. I st o dev e ser feit o pela manhã, à
t ar de o u a no it e at é o pó aca bar . É par a ser ut ilizado apenas uma v ez ao dia.

282
O rác ulo 208

Òtúrá-Egúntán

Es se O dù fala da necessi dade de r emo v er energ ias neg at iv as do client e.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a de pur ifica ção par a remov er ener g ia
espir it ual neg at iv a.

208 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eles fizer am muit o mal a mim. Eu não so u maculado ; eles não me po dem super ar ; eles
est ão amaldi ço ando , jur ando , e me desejando mal. Ot ur a-Eg unt an di sse que eu não
dev er ia t er medo nem se pr eo cupar co m eles. Ele pr o met eu co rr ig ir meu s cami nho s de
fo r ma que eu po ssa v iv er u ma v ida melhor . Ele dis se que min ha v ida ser ia pr ó sper a. É
O t ur a- Eg unt an que que lav a minha ca beça de maneir a que nenhuma maldição ,
maledi cência, feit iço o u encanto me afet e.
F o lhas de I fá: Q ueimar junt o fo lhas o luse saju, ifen e eso . M ist ur e o pó co m sabão - da-
co st ae co lo que- o em uma cabaça. Jo g ue um po u co de pó de iy è-ì ro sù so br e o sabão ,
t race o o dù so br e ele e invo que o encant ament o acima. Ut ilizar par a t o mar banho .

283
O rác ulo 209

Ògúndáketè

Es se Odù fala de do is co nceit o s impor t ant es: o papel de Eleg bar a (E s u) co mo um


men sag eir o entr e o s ser es humano s e Deus; e Eg úng u n (ancest r ais) co mo o
cam inho do s ser es huma no s par a a supr emacia.

O bser v ação o cident al: O client e est á sendo do minado por uma femea.

209 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O s pes cador es não sa bem em qual lug ar o mar o bt em s uas ág uas nem a o rig e m da
lag o a. I st o fo i div inado par a Eleg bar a, a quem fo i dito que eles dev er iam sup licar a ele
uma var iedade de co isas de mo do que ele car r eg as se seu s sa cr ifí cio s par a o C éu.
O r unmila perg unt o u co mo Eleg bar a co nseg uir ia mo str ar par a eles que o s seus
sa cr ifí cio s tinha m alcançado o C éu. Eleg bar a disse que qualquer um c ujo sacr ifí cio
t enha sido aceit o saber ia por si só que ele fo i aceit o . Quando as pesso as que nunca
o fer ecer am sacr ifí cio fizer em uma o fer t a, eles t êm que dizer : M eu sa cr ifí cio chego u ao
mar e à lag una. Ele ser á aceit o . Mas qualquer um que tenha o fer ecido sacr ifí cio , e o
sa cr ifí cio fo i aceito , t em que dizer : M eu sacr ifí cio alca nço u o C éu. F oi pedido a
Eleg bar a que sacr ifi cas se de for ma que as pesso as do mu ndo o o bedeces sem.O
sa cr ifí cio : uma palmeir a, uma cor da de escalar , um g alo , um ò két é e 66 000 búzio s. ele
o uv iu e aceit o u.

284
209 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Se nó s desejamo s ment ir , nó s par ecer emo s est ar ag it ado s. Se nó s dese jamo s dizer a
v er dade, nó s par ecer emo s est ar co nfo r t áv eis. Nó s não po demo s eng anar um ao o ut ro
quando est amo s car a a car a. I sto fo i div inado par a Ò g ún, que est av a indo realisar o s
r it uai s pr e s cr it o s pela I y alo de nas r uas. To das as mu lher es est av am cast ig ando t odo s
o s ho mens. Fo i pedido que Ò g ún sacr ifi casse um bo né, um cão , 14 000 e alg umas
o utr as co isas desco nhecida s por não inic iado s. Ele sa cr ifico u.
Depo is dis so , o mi st ér io de Eg úng ún e de out ro s cult o s que co brem as sua s faces,
ca beças ou cor po s int eir o s tiv er am iní cio . As mul her es er am ant ig ament e as
co nt ro lador as dest e mist ér io . Elas assu st ar am o s ho men s co m ele e não o bedecer am o s
ho mens muit o . O s ho men s, especia lment e Òg ún, desco br ir am um mo do melhor que o
mo do das mul heres.

285
O rác ulo 210

Irete-Egúntán

Es se O dù fala da necessi dade de inicia ção .

O bser v ação o cident al: De senvo lv iment o espir it ual az-seé necessár io par a paz e
pro sper idade.

210 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Tet e, venha e aja de for ma que eles po ssa m ser co nfor mado s.
I st o fo i div inado par a Pèrèg ún (plant a de cer ca),
a quem fo i pedido o fer ecer sacr ifí cio de fo r ma que pude sse sent ir -se
bem sendo iniciado em I fá.
O sacr ifí cio : u ma banana, mant eig a de car it é e 44 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u. Ele fo i iniciado .
Eles dis ser am que ele se sent ir ia bem. De fat o , Pèr èg ún se sent ia mu ito tr anquilo e
co nfo rt áv e l.

210 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Bo a sor t e veio par a mim.


I st o fo i div inado por O r unmila ao rei quedo ele est av a em desgr aça.
Ele dis se que um ano de sor t e est av a por v ir .

286
F o i-lhe pedido que sacr ifica sse um po mbo , uma galinha, um camar ão (ede) e 2 000
búz io s.
Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 211

Egúntán’sé

Es se O dù fala par a não cast ig ar pes so as por s uas car acter í st icas fí sica s.

O bser v ação o cident al: O client e mar cha pela to que de seu pr ó pr io t ambor .

211 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g úndá ofendeu a ning uém, Òg úndá não ma chuco u ning uém. É pro ibido , não é bo m
ca st ig ar Òg úndá.
I st o fo i div inado par a Oló wó ,
a quem fo i pedido que o fer eces se sa cr ifí cio par a não ser punido dur ant e sua vida.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o velha e 44 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ho nr ais e r espeit ais o s o utr o s; é melho r deix ar o filho de um ho mem ho nr ado imp une.
U ma árv or e é r espeit ada po r cau sa de seu s nó s [de madeir a]; Ent ão t ambém é um
r espeit ado u m ho mem albino po r causa do Ò rì sà. Vo cê dev e t o da a ho nr a mim.

287
O rác ulo 212

Òsé-Egúntán

Es se O dù fala do impedime nto de bo a fo rt una.

O bser v ação o cident al: M udan ças r ápidas em at iv idades tempor ais ir ão r esult ar
em g anho s.

212 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Po br eza e so fr imento t er mina m fo i div inado par a To to .


F o i pedido a To to o fer ecer sa cr ifí cio de for ma que ele ser ia sempr e rico .
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o velha, uma g alinha e 32 000búz io s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

212 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì sé- Eg únt án, nó s co nhecemo s bo m tr aje em À g be.


Ì sé- Eg únt án, nó s co nhecemo s bo m tr aje em À lùk ò .
Ì sé- Eg únt án, nó s co nhecemo s bo m tr aje em O didere.
To da bo a so rt e est á nas mão s de O ló k un — O ló k un o chefe de to da ág ua.
Ì sé- Eg únt án To t o co manda a t oda bo a so rt e v enha a mim.
F o lhas de I fá: pulv er ize as penas àg be, àlùk ò e iko o de co m fo lhas de to to ;
co lo que em uma quant idade de sabão -da- co st a co rr espo ndent e a 2 000 búzio s e t race o
o dù Ò sé- Eg únt án nele; usar par a ban ho .

288
No t a: Em qualquer mo mento que a pena de um àg be é mencio nada, saiba que uma pena
de r abo dev er á ser u sada.
To do s o s mat er iai s a ser em usado s par a awur e (medicame nto par a sor t e bo a) deve
est ar limpo , per feit o e em bo m est ado .

O rác ulo 213

Ògúndá-Fú

Es se O dù fala de po s sív eis disput as so bre po sse s.

O bser v ação o cident al: O client e est á se depar ando co m alg uma espé cie de
dist r ibui ção de her ança o u cr ianças que sent em que o s pais não o s est ão
t rat ando ig ual ment e.

213 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g úndá, dê o co nt r at o ao do no . Se v o cê não der o co nt r ato ao do no , t o malo - ei de ti à


fo r ça e br ig ar ei, embo r a eu não ter adent r ado à sua ca sa pro c ur ando br ig a.
I st o fo i div inado par a um v iajant e que se ho spedar ia na casa de um ho mem av ar o . Fo i
pedido que ele o fer eces se sacr ifí cio par a que não per des se seus pert ence s par a o
patr ão av ar o .
O sa cr ifí cio : u ma galinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá (pilar fo lha s de t ag ir i e eesin-
war a e uma quant idade de sabão - da-co st a equiv alent e a 12 000 búzio s: co lo car em um
cant o da casa e vert er o sang ue da galinha nele; usar par a banho ).

213 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Dê par a mim, eu não vo u dá- lo a v o cê. Nó s não po demo s lut ar em cima de co nt as t odo
o caminho par a O yo e at é que nó s cheg amo s à casa do Olo fin. Se nó s lut amo s
se cret ament e, nó s devemo s falar a ver dade no dia em que a br ig a alca nça o r ei..

289
I st o fo i div inado par a o r ei quando um saco de co nt as fo i t razido por g uar diõ es e que
mai s t ar de decidir am env enenar o pr o pr iet ár io das co nt as de mo do que as mesmas
fi casse m par a eles.
F o i pedido que sacr ifica sse um po mbo e 2 000 búzio s.
A hist ór ia da quest ão : Hav ia um ho mem co m do is filho s. É um co st ume em no ssa terr a
que o s familiar es não per mit am ao s filho s de um pai falecido t er qualquer co isa fo r a
do pro pr iedade do pai deles. Po r est a r azão , a famí lia do pai do s do is filho s falecido
t o mar am a pr o pr iedade e a div idir am to t alment e ent r e eles.
Est es do is filho s ro ubar am uma bo lsa de co nt as e a mant iv er am es co ndida em alg um
lug ar , e vender am as v alio sas co nt as uma a uma. quando a bo lsa fi co u quase vazia, e
mai s da met ade já se fo r a, o filho mais v elho quis eng anar seu ir mão . Ele lev o u as
co nt as r est ant es ao rei par a cust ó dia e falo u par a seu ir mão que as co nt as t inham sido
r o ubadas. Além disso , o rei t ambém est av a pensando em um mo do de mat ar o filho
mai s v elho de fo r ma a po der mant er as co nt as co nsig o .

290
O rác ulo 214

Òfún-Egúntán

Es se O dù fala das co nse quên cias de se ig nor ar co mpor t amento mor al e


sa cr ifí cio .

O bser v ação o cident al: O client e est á envo lv ido o u desejo so de um po ssí v el
r elacio nament o sex ual no civo .

214 (Tr adu ção do v er so )

O supa jerejer e, adv inho de O nibar a, div ino u par a O nibar a, a quem fo i pedido que
sa cr ificas se um car neir o e 22 000 búzio s de mo do que ele não entr as se em pro blema s
por ca usa de uma mer et r iz.
O nibar a não o fer eceu o sa cr ifí cio .
Ele per g unt o u que t ipo de pr o blema po der ia ofer ecer uma mer et r iz a ele, o lí der de
uma nação ?
A histo r ia de O nibar a apó s ele t er recu sado sa cr ificar : No ano que I fá fo i co nsult ado
par a O nibar a, uma mulher cheg o u de uma terr a lo ng í qua par a despo sa-lo . A mulher fo i
pro st it ut a. Vár ias pes so as que a co nheciam e aquelas que o uv ir am falar so br e ela
v ier am par a pr ev eni- lo a não se ca sar co m ela. O nibar a sendo um r ei, r eg eit o u a
adv er t êcia das pesso as. Ele se recu so u a despr ezar a m ulher po is ela er a muit o bo nit a.
A imag em dest a mulher o cupo u a ment e do r ei de maneir a que ele não er a capaz de
r epelir o u mudar o s pedido s da mulher . A mulher dis se ao rei que não co mia o utr a
co isa senão car ne, ent ão o rei mat o u to das as aves, car neir o s e capr ino s que ele tinha
par a a cau sa da mulher . Ent ão o rei co meço u a ar mar ar apucas par a as av es, car neir o s
e capr ino s que pudesse m entr ar no seu palácio . Q uando o do no v iesse pr o cur ar o
animal no dia seg uint e, o rei dir ia que ele lhe est av a chamando de ladr ão . M as quando

291
não t inha mais av es, car neir o s e capr ino s na vizinhan ça, o rei penso u em uma o utr r a
maneir a par a o bt er car ne par a a mul her . ent ão ele co nseg uiu um feit iço co m o qual as
pes so as se t r ansfo r mav am em tigr es. A pó s isso , o rei ia t o da manhã at é o s po st es o nde
o s animais er am pr eso s par a ao abat e e o s lev av am dali. Co nseq uent ement e, as pesso as
co meçar am se cansar am co m o s hor ro r es que o t ig r e est av a cau sando pelo assas sí nio de
seu s animais do mést ico s. O s caçado r es da v izinhança fizer am uma vig ilia e at ir ar am
no t ig r e. Q uando ele fo i at ing ido pelas flex as, f ug iu e fo i cair na fr ent e da casa de
O nibar a. I nto o cor reu nas pr imeir as ho r as da no it e à luz da lua. Q uando aman heceu,
O nibar a fo i enco ntr ado na pele do tig re; to das as faca s que ele uso u par a per fur ar as
v ít imas est av am em suas mão s e o animal que ele hav ia abat ido est av a ao lado dele. A s
pes so as se s ur pr eender am em v er que o r ei delas t ev e tal hábit o r uim. Ent ão elas
achar am um lug ar depr essa par a o ent er r ar secr et ament e. Elas lev ar am cabo da
mul her , a mat ar am, e a ent err ar am na abó bada de O ba. Desde est e t empo , se um t ig r e é
mo rt o , sua face é co bert a, e ser á lev ado par a um lug ar secr eto ant es de ser esfo lado .
I sso é por que um tig re é cha mado de rei. Pro v ér bio : U m t igr e, apesar de s ua maldade,
pediu par a as pesso as que não deix em s ua face desco ber t a.

292
O rác ulo 214

Òsá-Ká

Es se O dù pr ev ê um no vo be bê e fala da pr ot eção do segr edo de alg uém.

O bser v ação o cident al: U m co ment ár io so br e um ant ig o empr eg ado po de cau sar
pro ble ma par a o client e.

215 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò sá caminha ao r edor div ino u par a um r ecém-nas cido . Fo i pr edito que ele ser ia um
apaix o nado po r viajar pelo mundo quando ele fo s se mais velho .
eles disser am: U m sa cr ifí cio dev e ser feit o de mo do que ele po ssa ter uma habit ação
em t er r a e po ssa est ar muit o bem.
O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um aik a (animal espec ial do mato ), sabão - da-co st a, 32 000
búz io s e fo lhas de I fá. A s fo lhas de I fá dev em ser mo idas e co zidas na so pa co m aik a
o u car amujo par a o client e beber e as fo lhas de I fá dev em ser mist ur adas no sa bão -da-
co st a.

215 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Palav r as par t icular es t or na-se- ão públi cas fo i div inado por Ay ék o g beje. U m co nfident e
est á r ev elando segr edo s. F o i pedido que sacr ifica sse par a que não fize sse co isa s
v er go nho sa s em seg r edo , e que se us seg r edo s não fo ssem div ulg ado s.
O sacr ifí cio : u m car amujo , azeit e-de- dênde, banha de òr i, um po mbo , 66 000 búzio s e
fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.

293
O rác ulo 216

Ìká-Sá

Es se O dù adv er t e às pesso as a não fazer em nada deso nesto .

O bser v ação o cident al: C o nfu são emo cio nal po de lev ar a decisõ es per igo sas.

216 – 1 (Tr adu ção do v er so )

U m mal car át er ger a um co v ar de


fo i div inado par a u m ladr ão .
Eles disser am que um ladr ão não ser ia t ão br avo quat o o pr o pr iet ár io .
O ladr ão fo i adv er t ido a sa cr ificar de maneir a a adquir ir co isas facilment e o u
ho nest ament e.
O sa cr ifí cio : quat ro car amujo s, 8 000 b úzio s e fo lhas de I fá (wo r o e èso par a ser em
co zidas e co midas co m o s car amujo s ).
ele não sacr ifi co u.

216 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O mundo é fr io . Nó s est amo s descan çando ; pes so as fr acas deix am a cidade.


I sso fo i div inado par a Jo k o je que desejo u descan çar , ele dev er ia sacr ificar pano br anco ,
um po mbo , uma o velha e 20 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.
Eles falar am que ele est ar ia usando v er de co mo pano pr o tet or .

294
O rác ulo 217

Òsá-Òtúrúpòn

Es se O dù fala de infert ilidade e de sa cr ifí cio par a vida lo ng a.

O bser v ação o cident al: Es se é o mo mento par a sacr ificar a Ò g ún par a co ncepção .

217 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ela- não -carr eg a-cr iança -em- suas -co st as fo i div inado par a Ò sá At inuso jo ,
a quem fo i pedido que sacr ifi casse de mo do a po der dar a luz.
O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ela se recu so u a sa cr ificar .

217 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sá- Òt úr úpò n, Ò sá-Ò t úr úpò n


fo i div inado par a a pele de u m animal.
eles disser am que a pele ser ia sa udáv el e viv er ia mai s que qualq uer o utr o animal no
mu ndo .
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o velha, o bì e 44 000 búz io s.
A pele sacr ifi co u.

O rác ulo 218

295
Òtúrúpòn-Òsá

Es se O dù fala de tir ar uma cr iança do per ig o .

O bser v ação o cident al: U ma nov a cr iança o u nov as r espo nsabil idades est ão
cr iando uma pr eo cupa ção tempo r ár ia.

218 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I g bo k eg bo do fo i div inado par a K o nk o n


Eles disser am que ele dev er ia fazer sa cr ifí cio par a que um r ecém- nascido não
envo lv esse o s pais em pr o blemas o u desasso s sego .
O sa cr ifí cio : u m pilão , um car amujo , azeite- de-dendê em ab undânc ia, 32 000 búzio s e
fo lhas de I fá (jo ko je e èso ).
K o nk o n may ik an se rec uso u a sa cr ificar .

218 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr úpò n- Ò sá fo i div inado par a as pes so as na cida de chamada I lar a.


Eles dis ser am que t odo s o s be bes nasci do s naquele ano ser iam car r eg ado s nas co st as
de s uas mãe s enquant o est as fug ir iam de uma bat alha.
A s pesso as perg unt ar am o que dev er iam sa cr ificar e fo i r espo ndido : azeit e-de- dendê,
banana s mad ur as, banha de or i, fo lhas I fen, fo lha s jo ko je, fo lha s wo ro e 42 000búzio s.
Eles não sacr ificar am.

O rác ulo 219

296
Òsa-Òtúrá

Es se O dù fala do s deuses favo r ecendo aqueles que falam a v er dade.

O bser v ação o cident al: O client e dev e co nfr o nt ar u m pr o blema que ele vem
ev it ando .

219 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò sá- Òt úr á diz, o que é ver dade?


Eu dig o , o que é ver dade?
Ò r unmila diz: Ver dade é o Senho r do Par aiso g uiando a t er r a.
Ò sá- Òt úr á diz, o que é ver dade?
Eu dig o , o que é ver dade?
Ò r unmila diz: Ver dade é o I nv isív el g uiando a terr a, a sabedo r ia que O lo dunmar e est á
u sando — gr ande sabedo r ia, muit as sabedo r ias.
Ò sá- Òt úr á diz, o que é ver dade?
Eu dig o , o que é ver dade?
Ò r unmila diz: Ver dade é o car át er de O lo dun mar e. Ver dade é a palavr a que não cai.
I fá é a v er dade. Ver dade é a palavr a que não se co rr o mpe. Po der que ultr apas sa a
t udo . Bênção per pét ua.
I st o fo i div inado par a a Ter r a. Eles dis ser am que as pesso as do mun do dev er iam ser
v er dadeir as. Par a capa cit a-lo s a ser em v er dadeiro s e ho nest o s que idabo (medic ina de
I fá) seja apli cada por mar car o Odù Ò sá-Òt úr á no iy è- ìr o sù. A pó s recit ar o I fá acima
so br e o pó , mist ur e-o co m eko e beba- o , o u co ló que- o no azeit e-de-denê e o co ma, de
mo do que sr á fácil ser ho nest o e v er dadeir ao .
C ant ig a de I fá: F ale a ver dade, dig a o s fato s. F ale a ver dade, dig a o s fat o s. Aquele s
que falam a v er dade são aqueles a quem as deidades aux iliam.

O rác ulo 220

297
Òtúrá-Sá

Es se Odù fala das co nsequen cias de se falhar co m o s sacr ifí cio s e da r eco mpen sa
daquele s que fazem sacr ifi cio .

O bser v ação o cident al: O t emper ament o do cl ient e est á causando pr o blemas.

220 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eu não t enho medo , eu não so u medr o so . M eu cor po é fr esco . I sso fo i div inado par a
O lók un a quem fo i pedido sacr ifi car de mo do que se u co r po pude sses est ar sempr e
fr esco .
O sa cr ifí cio : u ma cabaça de azeit e- de-dendê, uma cabaça de banha de o r i, uma caba ça
de adin, um car amu jo , uma o velha, um po mbo , um car neir o , uma pedr a-de- raio , 44 000
búz io s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.

220 – 2 (Tr adu ção do v er so )

C o mpr ar e fug ir , co mpr ar e fug ir . U ma pes so a má fug iu co m meu dinheir o . I sso fo i


div inado par a o pato .
Eles dis ser am que a pesso a má cheg o u par a co mpr ar dele e fug ir ia sem pag ar . Fo i-lhe
pedido que sa cr ifica sse de mo do que não per des se seu dinheiro .
O sacr ifí cio : 18 000 b úzio s, um po m bo e fo lha s de I fá (eesin e cas cas de car o ço de
palmeir a).
Ele não sacr ifi co u.
O ass unto se to r no u de âm bito int er ject iv o : Há! Há! Há! esse é a pr át ica do pat o par a
es se dia. Se t iv esse sa cr ificado co mo o rient ado , fo lhas de I fá ser iam pr epar adas par a
ele. Ent ão que ning uém se una à so ciedade de ag bebo mar ú (esses que fo r am o r ient ado s
à sa cr ificar mas assim não pr o ceder am).
O rác ulo 221

298
Òsá-Retè

Es se Odù indica que a única s so lução par a o s pro blema s cor r ent es v em das
deidades.

O bser v ação o cident al: O client e não est á recebe ndo supo rt e pr át ico nem mor al
de seu co mpanheir o .

221 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Se a pesso a que do r me so zinha dor me mal, so ment e deus po de disper t a-la.


I sso fo i div inado par a um est r ang eiro que est av a indo par a o campo (e juj u) par a
esper ar .
De for ma que a co nseg uir alg uém par a lhe aj udar a lev ar o far do em sua cabeça, lhe
pedir am que sa cr ifica sse u ma ave, 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá (fo lhas olu sesaj u par a
ser em espr emidas em ág ua par a banho co m sabão ).
Ele o uv iu o co nselho e sacr ifi co u.
O estr anho fo i ao campo e pr epar o u o seu far do . Ele o lho u par a dir eit a e par a a
esquer da, par a fr ente e par a tr ás, e não v iu ning uém.
Ele disse, “Est e far do é ago r a o far do de Deu s. Ent ão , Ef ufulele aux ilia- me a carr eg ar
est a car g a em minha cabeça, Efuf ulele. Vo cê não sabe que aqueles que não têm pes so as
depo sit ar ão sua co nfian ça no Senho r teu De us?”.

O rác ulo 222

299
Ìretè-Sá

Es se O dù fala que pr ev enir é melho r que r emediar .

O bser v ação o cident al: O client e po de se depar ar co m co mpet ição no seu


r elacio nament o amo ro so .

222 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A quele que guar da co ntr a mo t im não é um co v ar de. A s abelha s par t ir am ma s deix ar am


o seu fav o de mel; as for mig as so ldado part ir am e deichar am seus remanes cent es.
I st o fo i div inado par a o pov o da t er r a e no par aiso quando entr ar am em g uerr a. F oi
pedido que ambo s sa cr ifica ssem um jar ro de mel e u ma cabaça de ek o . A penas as
pes so as do C éu sacr ifi car am; as pes so as da t er r a não .
A hist ór ia: A s pesso as da terr a for a par a uma bat alha co m as pes so as do C éu, mas
as sim que cheg ar am ao por t ão do C éu, eles vir am u m po t e de ek o mi st ur ado co l mel.
Não sa bendo que ele est av a mist ur ado co m veneno , eles beber am a mi st ur a, e to do s
aqueles que beber am mo rr er am ali mesmo . A s pesso as do C éu mar char am at é o s
por t õ es do o ut ro lado do C éu e enco nt r ar am cor po s no chão . Eles bat er am em set e
co r po s co m uma v ar a ao s quat ro canto s da cabana deles. Eles mandar a aqueles set e
car r eg ar em o s cor po s do s out ro s mo rt o s par a lo ng e do por t ão .
A pó s o s set e t er em car reg ado seu s camar adas par a lo ng e do por t ão as pesso as do C éu
co meçar am a cant ar e escar necer - lo s verg o nho sament e assi m: “Nó s bebe mo s mel e não
co mbat emo s as pesso as do Céu; nó s bebemo s mel. To do s o s po v o s pr eg uiço so s est ão
em bat alha. Nó s bebemo s mel e não co mbat emo s as pesso as do Céu. To do s o s po vo s
pr eg ui ço so s est ão em bat alha. Nó s bebemo s mel e não co mbat emo s as pesso as do Céu;
nó s bebemo s mel”. At é ho je, v o cê não v ê as pes so as na t er r a car r eg ando seus mor t o s
aqui e ali? O s mo rt o s est ão carr eg ando o s mo rt o s.

222 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì ret è-Ò sá fo i div inado par a A dur o jà-A bay ako .

300
Eles pedir am par a ele v ir e fazer sacr ifí cio de maneir a a so br epu jar o s inimigo s.
O sacr ifí cio : u m car neiro , um galo e 22 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Eles disser am que A dur o jà- A bay ak o vencer ia seu s inimig o s.

O rác ulo 223

301
Òsá-Sé

Es se O dù adv er t e co nt r a falsa s acu saçõ es.

O bser v ação o cident al: O client e po de se depar ar repent inament e co m muda nças
em se u serv iço ou t r abalho .

223 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O sá- sé, Or in- sé, o filho seg ue o ex emplo do pai.


I sso fo i div inado par a Olúig bó e O lúo dàn.
F o i pedido a ambo s sacr ifi car uma ca br a.
O lúig bó sacr ifi co u so zinho .
Eles pedir am a O lúig bó que t odas as bo as co isas est iv essem em sua s mão s e pesso as
v ir iam supli car po r eles.

223 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sá não o fendeu. Ò sá não mag uo u. A pes so a que pensamo s t er no s o fendido , não no s


o fendeu.
I st o fo i div inado par a O wa que est av a pr o cur ando po r um ho mem co mo se fo sse um
ladr ão mas na v er dade er a ino cent e.
F o i-lhe pedido que sacr ifica sse de mo do que Ès ù não o impul sio nasse a acu sar
fal sament e um ho mem ino cent e.
O sa cr ifí cio : do is po mbo s, uma caba ça de inhame pilado e t or rado (e wo ) e 4 400
búz io s.

O rác ulo 224

Òsé-Sá

302
Es se Odù fala fala de co n ciliação em lug ar de co nfr o nt ação par a reso lv er
disp ut as.

O bser v ação o cident al: O client e est á numa disput a — m uit as v ezes co m o
g ov er no . O pag ament o est á em or dem.

224 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé- Sá fo i div inado par a Elég bár á.


F o i pedido a Elég bár á que sacr ifica sse de mo do a não mo rr a dev ido a pro blema s de
t rib unal.
O sacr ifí cio : pano , um o bì de tr ês go mo s, azeit e-de- dendê, 6 600 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi cao u.
F o lhas de I fá for am pr epar adas par a ele. Eles dis ser am-lhe: Ò sé-Sá o bì nu nca mor r e em
um caso co mo t al; Elég bár á não mor r er á em u m caso .

224 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A k in (uma br av a pesso a) est á asso ciada co m o pr incí pio de “lut a e esqu iv a”. I sso fo i
div inado par a O lo bahun Ì japá (a t ar t ar ug a). Fo i-lhe pedido que sa cr ifica sse de mo do a
não t er que lut ar e mor rer e per mane cer respit ado o nde quer que fo s se. O sacr ifí cio :
o ro g bo , sal, sement es ay o , um g alo e 3 200 b úzio s. Ele seg uiu a or ient ação e sacr ifico u
e fo i-lhe dado fo lhas de I fá. Eles dis ser am que as palavr as de s ua bo ca nunca ir ia
abo rr eçer as pes so as do mundo . A s pes so as sempr e pr o cur ar ão por dinheir o e sal.
Q uando nó s v emo s awun (uma tart ar ug a), nenhu m bast ão é neces sár io .

O rác ulo 225

Òsá-Fú

303
Es se O dù fala de ent endiment o e o bediência de t abu s.

O bser v ação o cident al: C ao s nas at iv idades diár ias est á dist or cendo o julg ament o
do client e.

225 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò r unmila disse Ò sá- Fú, Eu disse Ò sá- F ú. Nó s est amo s fug indo da picada da co br a. Nó s
est amo s f ug indo de maneir a que o elefant e não no s peg ue. Nó s est amo s fug indo de
maneir a que o búfalo (efò n) não lut e co no s co . Nó s est amo s f ug indo de maneir a que o
fo go não no s queime. Nó s est amo s fug indo das dív idas de maneir a que as pes so as da
t er r a não no s escar ne. Nó s est amo s fug indo da pr o pr iedade de o utr as pes so as par a não
no s to r nar mo s ladrõ es, de mo do que as pes so as de r epent e não elev em sua s vo zes
co nt r a nó s um dia. Nó s est amo s fug indo do amuleto de mo do que sua palavr a má não
no s afet e. Não há pr azer par a aqueles que dizem que não fug ir ão de nada na terr a.
I sso fo i div inado par a o s filho s do s ho mens, que disser am vir e sacr ificar de fo r ma que
eles so ubes sem ev it ar t udo aquilo que é èèwò ( um at o pr o ibido ).
O sa cr ifí cio : dezes seis car amu jo s, fo lha s omo , azeit e-de- dendê, sal e 32 000 búzio s.
A penas alg un s deles sacr ificar am.
Eles dis ser am: A queles dent r e v o cês que sacr ifi car am, ter ão vida lo ng a na t er r a e a
t er r a ser á bo a par a v o cês.

Oráculo 226

Òfún-Sá

304
Es se Odù fala da vida int eir a de uma pes so a v ir ando de cabe ça par a baixo , e da
r edenção espir it ual co mo única so lução .

O bser v ação o cident al: Enq uanto t udo parece bo m no mo ment o , desast r e se
apro x ima.

226 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O to or o! A Terr a g ir a em to r no de si no espa ço . Og baar a! A Terr a é r asg ada ex po ndo


seu nú cleo . Se o m undo fi ca po dr e em no ssa épo ca, é por que nó s já não sabemo s no s
co mpo rt ar . I fá fo i co nsult ado par a o s anciõ es de I fè quando a so ber ania de I fè
as semelhav a-se a uma cabaça r achado . Nó s dis semo s: Q uem no s aux iliar á a rest aur ar ia
a so ber ania de I fè t al qual r epar amo s uma caba ça r achada? Nó s mandamo s chamar
O lot a da cidade de A do . Ele v eio — po dero so s sacer do te — ma s nada pô de fazer . Nó s
manda mo s chamar Er inmi da cidade de O wo . ele veio mas nada pô de fazer . M esmo
sendo A do o do micí lio de I fá e O wo o assent o da sábia Et u. Nó s mandamo s chamar
Ò g ún em I re afim de r est aur ar a so ber ania de I fè. Ele v eio mas tent o u em v ão . O S
ho mens t or nar a-se ár vo r es secas em sua s raizes, a chuv a se r ecusav a a cair , a fo me
v eio ; ho mens e animais per ecer am. Eles chor ar am em dese spero : Q uem aca bar ia co m
no ssa misér ia e r est aur ar ia o est ado per dido de I fè?. U ma vo z disse: Vo cês ainda não
cha mar am por O balufo n em Iy inde, Lábér ijo em I do , Jig únrè em Ot unmo ba, e Eseg ba, o
A wo de Èg bá. Vo cê s ainda não mandar am c hamar A sada em I jesa e A kó dá e A sèdá em
I le-I fè par a vir em ajudar a rest aur ar I fè. Quando eles for am chamado s, eles v ier am e
t ent at am, po rém falhar am. F oi t udo em v ão .

226 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O po mbo co nhece o s seg r edo s mais int imo s de Eselu. O car amujo co nhece a sabedor ia
de A pako . eles div inar am par a o s anciõ es de I fè quando est á se assemelhav a a u ma
ca baça rac hada, quando ning uém pô de ser enco ntr ado par a par ar a mar é de dest r uição .
Nó s cha mamo s O lumo , o sacer dot e de I mor i em I jesa, por Ò g ún, o sa cer do t e de A lár á,

305
por O g bó n Enit aar a, o sacer dot e da mo nt anha de I jèro , por O dudug b unudu, o
sa cer do t e de Esemo we, po r O bo leboo g un, o lí der em Ket ú. Eles vier am e mo str ar am
t o da sua fo r ça, mas t udo er am em v ão . Eles for am impo t ent es co ntr a as for ças de
dest r uição que est av a lev ando I fè à r uí na.

. . .

Ent ão nó s chamamo s pr o A ko nilo g bo n, nó s env iamo s emis sár io s a A f’ò nàhan’ ni. Nó s
pro c ur amo s o aux í lio deles. Eles vier am e dis ser am par a nó s c hamar Ot ot o -eny ian, o
sa cer do t e dacidade A r ufin, par a ele vir e so ar a t ro bet a par a chamar A lajóg un, cha mar
por O lo fin meu senho r À jàláy é e meu Senho r À jàló r un e meu Sen hor Ag ir i-I ló g bó n, a
cr iança nasci da na mo nt anha I tase, o lug ar de o nde o so l nas ce. Po is ele so zinho po de
r est aur ar I fè. Ot ot o -eny ian (“o ho mem per feito ”) veio . Ele per g unto u: Por que vo cês
me c hamar am par a seu mu ndo ? Nó s r espo ndemo s: Vó s po deis to car a tr o mbet a par a
cha mar Alájo g un e que ele po r sua vez chame o C hefe Único . Ot ot o -eny ian recu so u- se
dizendo : Eu não to car ei. Bu scando desesper adament e mudar deci são dele, nó s
dis semo s: O esquilo não anun cia a v inda do jibó ia? Ele nov ament e se r ecuso u: Eu não
t o car ei a t ro mbet a. Nó s dis semo s: O sapo não pr o clama a pr esen ça da v í bo r a? Ele não
se render ia. A inda ele disse: Eu não so pr ar ei.Fo i ent ão que nó s disse mo s a ele: A
g alinho la so zinha pr o clama o deus de mar . O àlùk ò so zinho anuncia a deusa do r io . O
o lo buro so zinho anun cia o s ci dadão s do e céu. Vo cê so zinho , do amanhe cer de tempo ,
sempr e cha mo u A lájo g un (o capit ão das Ho st es M ilit ar es do céu ).

226 – 3 (Tr adu ção do v er so )

A go r a, o Ho mem Per feito respo ndeu. Ele to mo u sua tr o mbet a e to co u. O s Gr andes do


C éus descer am. O pânico envo lv eu o s filho s da Terr a. Elefant es cor r er am par a sua s
ca sas nas flo r est as. Bú falo s fug ir am par a a flor est a. A s av es aladas bu scar am seu
pró pr io hábit at ; o s r épteis, o s po der o so s animai s da ág ua aceler ar am às sua s r eg iõ es
pelo mar . O s ca chor ro s fo r am dir eto par a a t er r a do s cacho rr o s, as ov elha par a a t er r a
das o velhas, o s ser es humano s par a o lug ar do s humano s. C o nfusão abso lut a reinav a;
alg uns entr ar am nas ca sas er r adas e o ut r o s seg uir am as dir eçõ es err adas. Fo ram
r asg adas ro upas em fr ag ment o s. O ancião disse: reina! Eu respo ndi: C ao s reina. Vo cê
est á inco mplet o , eu est o u inco mplet o , at é mes mo o s dias do mês lunar est ão
inco mplet o s.

306
226 – 4 (Tr adu ção do v er so )

Eles div inar am par a o Senhor do s Po der es da Ter r a. Eles div inar am par a o s po der es do
C éu e par a meu Se nhor , o Senho r da Per feit a Sabedo r ia, a cr iança nas cida na mo nt anha
de I t ase, a C asa do A lv or ecer . F oi ele quem disse: Se r ealment e I fè dev e ser cur ada e
r est abelecida, depr essa a fo lha de alasu walu (a fo lha que r efor ma o car át er do ho mem,
limpa -o e pur ifica- o ) dev e ser cult iv ada. Ent ão e não ant es a paz r et or nar á par a a terr a.
F renet icament e nó s b usca mo s a fo lha alasu walu. Nó s lev amo s uma fo lha a ele. Ele
dis se: não é a fo lha. Nó s lev amo s o ut r a fo lha a ele. I sso não é a fo lha. Ent ão , em
co mpaix ão ele disse a nó s: Co nfe sse sua maldade que eu po sso co br ir sua nu dez.
Depr essa nó s r espo ndemo s: Nó s co nfes samo s no ssa maldade, Senho r , c ubr a no s sa
nudez. Ent ão ele met eu sua mão na bo lsa de Sabedo r ia Pr imo r dial e tir o u a fo lha
alas uwalu. Nó s est áv amo s lado a lado co m alív io e co m aleg r ia. Nó s dançamo s.Nó s no s
r eg o zijamo s. Nó s cant amo s:

"Nó s r ecebemo s a fo lha de alasu walu.


A cr iança co m a cabeça cor o ada no s do to u,
Do to u a to do s nó s de car át er per fe ito ! “

Naquele dia, a ch uv a cai u de céu. A so ber ania de I fè fo i r enov ada, se r eg ener o u. F o i


r est abelecida a cabaça que rac ho u.

Oráculo 227

Ìká-Òtúrúpòn

Es se O dù fala da necessi dade de um relacio nament o espir it ual.

307
O bser v ação o cident al: O client e v em abr indo máo de u m r elacio namento que
po der ia ser bené fico .

227 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A tart ar ug a est á reco lhendo o benefí cio do casco em sua part e de t rás. I rer e t em um
peit o bem g rande. U m v elho Àir á (r edemo inho de v ento ) fr eqüent ement e co rt a o to po
da co pa de uma árv or e ir ók ò . I sso fo i div inado par a uma pr o pr iet ár ia de terr as que
co nst r uiu uma man são de dezesseis quar to s. fo i pedido que ela sa cr ifica sse de mo do
que ela pudesse enco nt r ar uma bo a e ho nest a pesso as que ir ia pro t eg e- la co ntr a o
r o ubo de sua pr o pr iedade, fat o que lhe t rar ia gr ande dor . O sacr ifí cio : dezes seis
po mbo s, do is pat o s, dezes seis car am ujo s, 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá. A pr o pr iet ár ia
de t er r as se recu so u a sacr ifi car . Ela disse que não neces sit av a de um seg ur ança.
Do nde um ladr ão vir ia r o ubar a sua pro pr iedade co m dezessei s quart o s? O balùfò n
t ento u despo sa- la e ela r ecuso u. Ò g ún t ento u despo sa- la e ela r ecu so u. O r unmila
t ento u e ela r ecuso u. A pr o pr iet ár ia de terr as co st u mav a do r mir no s dezesseis quart o s
de mo do que não pudes se ser capt ur ada por nenhuma pes so a má. Ela també m fechar ia
à no it e as po rt as da casa quando ela qui sesse dor mir . No dia em que O runmi la e st av a
pr epar ado par a env erg o nhar a mulher , co m o iro fá em sua mão e declar açõ es de I fá em
s ua bo ca, O r unmila abr iu to das as po rt as e chego u at é à mulher . Dur ante t udo aquilo
que Or unmila fez à casa e a mulher , ning uém desper to u. Ela o lho u o co r po dela e v iu
t udo aquilo que tinha sido feito a ela, e ela não so ube quem t inha feito isto . Ela
perg unt o u par a o s v ig ilant es da ca sa; eles só puder am lhe falar que eles t inham
dor mido at é de manhã. Ela co mando u par a to das as cr ianças da casa dela sair so ando
o s sino s e jur ar naquele ho mem que t inha v indo par a a ca sa dela par a ex ec ut ar t al ação
má dur ant e a no it e. Eles di sser am t udo que eles puder am, e r aio t udo que que eles
puder am, ma s eles não adquir ir am ning uém par a r espo nder a eles. M uit o cedo a
manhã que v em. Or unmila saiu co m o s camar adas dele, so a o sino e cant a t hus ly :
S wear ling will k ill the swear er - awerepepe, swear ing will kill t he s wear er -
awer epepe, and so o n. quando a mul her so u be que er a Or unmila que t inha tent ado a
ca sar er a uma vez, ela o chamo u e lhe falo u que ele só po der ia ser o mar ido e ent ão ele
dev e, venha par a a casa dela.
O sig nifi cado dest e I fá: Se est e I fá é div ined dur ant e o g big bo - ri o u esent ay e de uma
menina, par a o pai dev er ia ser falado que a menina dev e ser a espo sa de um babala wo .
Ela ser á pró sper a, e est ar tr anqüilo em v ida, a deixe si do dado a um babala wo .

308
Oráculo 228

Òtúrúpòn-Ká

Es se O dù fala de gr ande pr o sper idade e saúde.

O bser v ação o cident al: O client e est á pr eo cu pado co m do ença.

309
228 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A ument o na casa, aument o maior na fazenda fo i div inado par a Òt ú.


F o i-lhe pedido que sacr ifica sse; sua s espo sas engr av idar am e o s fr uto s das árv or es de
s ua r o ça der am bo ns fr uto s em gr ande quant idade.
O sacr ifí cio : u ma banana, bast ant e o bì , ba st ant e o ro g bo , ar eia e fo lhas de I fá.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u to do s o s í ten s.

228 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O sang edeg be b’o k unr in- já div ino u par a De jug be O k unr unt ag o bo le, A wuwo lapa. Eles
dis ser am que se Dejug be dese jas se que seu br aço fo sse c ur ado , ele dev er ia sa cr ificar
do is po mbo s, duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas it apàr a
mi st ur ar co m sabão - da-co st a e azeit e-de-dendê; esfr eg ar no co r po ).
Ele seg ui u a inst r ução e sacr ifi co u.

Oráculo 229

Ìká-Òtúrá

Es se O dù fala do fim de um pr o blema e do iní cio de bo a sor t e.

O bser v ação o cident al: A so rt e do client e est á a po nt o de mudar de má par a bo a


so rt e.

310
229 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á me empurr o u; Eu nunca caí . Ìk á est á env iando males par a minha ca sa; minha casa
não disper so u. To das as co isa s bo as est av am acumu landas. I sto fo i div inado par a
O r unmila. Eles disser am que o mo t im co ntr a O r unmila ser ia mo t iv o de verg o nha. F oi
pedido que ele sa cr ificas se sei s po mbo s, 12 000 b úzio s, piment a- da-co st a e fo lhas de
I fá (t or r ar fo lhas k ut i, fo lha s ito e piment a- da-co st a t udo junt o ; mist ur ar co m sabão -
da- co st a. U sar par a banho ).
Ele sa cr ifico u.

229 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á-Òt úr á, O ac umulado r , o reunido r , aux ilia- me a junt ar dinheir o , aux ilia -me a r eunir
espo sa s, aux ilia- me a ter muit o s filho s. Venha e r euna t oda as co isas bo as em minha
v ida. Fo lhas de I fá: Tr açar o O dù Ì kà- Òt úr á no Ì ro sù; invo que co mo mo st r ado aci ma
so br e o pó ; u sar par a mar car a cabeça o u co lo car no azeit e e co mer .

Oráculo 230

Òtúrá-Ká

Es se O dù fala de disper sar no s so s inimig o s par a g ar ant ir no ssa pro sper idade.

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa ser limpo espir it ualment e das ener g ias
neg at iv as.

311
230 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A sar eg eg e é o no me dado à M or te,


A bir ing bere é o no me dado à Mo lé st ia.
Se o elefant e cheg a à est r ada, ele se alegr ar á.
Se o bú falo cheg a a um lo cal pant ano so , ele est ar á liv r e e se alegr ar á.
Ò t úr ák át úr ák á! ajuda i-me a disper sar br uxo s e feit iceir as; ajudai- me a disper sar meu s
inimig o s e o po nentes.
F o lhas de I fá: mo er fo lha èla e ìy er e. C o lo que em um mo nt e de co zinhar ar g ila e as
fo lhas mo idas co m um peix e aro . Ent ão co lo car so br e essa so pa um po uco de pó de I fá
no qual o Odù Ò t úr á-K á t enha sido t açado e a incant ação de I fá aci ma dev e ser
r ecit ada. Vert er azeit e no chão ao redor do mo nt e ant es de t o mar a so pa.

230 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr á- Ká fo i div inado par a A dey ibo ,


a quem fo i pedido sacr ifí cio de maneir a que um ladr ão não pude sse falsa ment e
men cio nar se u no me.
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, um po mbo , 16 000 búzio s e fo lha s de I fá.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

230 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O r unmila dis se Ò t úr á- Ká, eu dis se Ò t úr á- Ká.


Eles per g unt ar am o que Òt úr á est av a calc ulando .
O r unmila dis se que Ò t úr á est av a co nt ando dinheir o .
I st o fo i div inado par a Ilé- sanmi que er a ext r emament e po br e.
Eles disser am a ele que seu ano de pro sper idade cheg o u.
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 32 000 búz io s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

312
Oráculo 231

Ìká-Ìretè

Es se O dù fala de ag ir independent ement e par a g ar ant ir pr o sper idade.

O bser v ação o cident al: U m no vo neg ó cio não dev e env o lver uma so ciedade.

231 – 1 (Tr adu ção do v er so )

313
Ì k á-Ìr etè fo i div inado par a A wo f usi.
Eles disser am que em qualquer lug ar que ele fo sse, bo as co isas est ar iam em su
cam inho .
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se um po mbo , uma g alinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá
(t or r ar a ca beça de uma co br a [ok á] co m o lusesa ju e fo lhas èso ; mist ur e o pó co m
sa bão -da-co st a; u sar par a banho ).
Ele sa cr ifico u.

231 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á-Ìr etè fo i div inado par a At ik ar eset e.


Eles disser am que At ik ar eset e não dev er ia co nfiar em ning uém e nem ter par cer ia em
neg ó cio s.
F o i-lhe ent ão pedido que sa cr ifica sse uma g ar r afa de mel, quat ro po mbo s, um aik a
(ani mal espec ial do mato ), e 20 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.
Eles disser am que a vida de A t ik ar eset ir e ser ia muit o bo a. Bo am, muit o bo a, nó s
falamo s do mel.

Oráculo 232

Ìretè-Ká

Es se O dù fala de pr o eminência e suce sso .

O bser v ação o cident al: O client e ir á tr iunfar nu ma disp ut a cor r ent e (at ual).

232 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì ret è-K á fo i div inado par a Or unmila.

314
Eles disser am que Or unmila sempr e ter ia tr abalho de awo par a fazer ; ele ser ia
cha mando em t odo s lug ar es par a realizar o t r abalho de um awo .
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 8 000 búz io s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

232 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì ret è-K á fo i div inado par a o rei de Benin, À g bÀ I lesi A dak et e-pempe par i ak un.
Eles disser am que o r ei de Benin est ar ia apt o à go v er nar o seu paí s.
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se uma cor da de es calar feit a de palmeir a e 24 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.

Oráculo 233

Ìká-Sé

Est e O dù fala da neces sidade de se revert er a po br eza e a falt a de so rt e.

O bser v ação o cident al: M udan ças emo cio nais est ão cau sando r esult ado s
mat er iais neg at iv o s.

233 – 1 (Tr adu ção do v er so )

315
Ì k ásé, Ìk ásé fo i div inado par a O sì k àlek à.
Eles disser am que ele ser ia muito po br e em sua vida.
Ele perg unt o u o que ser ia nece ssár io sacr ificar par a que ele não fo sse po br e.
Eles pedir am que ele sacr ifi casse seis po mbo s, bast ant e o bì , to do s o s feit iço s mau s que
est iv essem em sua casa o u r o ça e fo lhas de I fá.
Ele se recu so u a sa cr ificar .

233 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Eles est av am ac usando fal sament e um ho mem que er a ino cent e de qualq uer cr ime.
Depo is de muit o tempo , o ving ador lev ar iam v ing ança nes ses que acu so u um ho mem
ino cent e falsa ment e.
I st o fo i div inado par a Olabo sipo , a quem as pes so as o lhav am viam co mo sen do um
ho mem muit o cr uel. F oi- lhe pedido que sa cr ifica sse for ma que seus inim igo s pudes sem
ser pêgo s pelas fo r ças da terr a.
O sagr ifí c io : casca de caro ço de dendê, no v e po mbo s, um galo e dezo it o mil búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

Oráculo 234

Òsé-Ká

Est e O dù fala do co nt ro le das dific uldades e vitó r ias so br e o s inimig o s.

O bser v ação o cident al: Há uma po ssí v el amea ça leg al par a o client e de
as so ciaçõ es ou neg ó cio s do passado .

234 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé- Kaa fo i div inado par a Dey unlen u A bo wo ser in.

316
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se de maneir a que ele não fo sse mencio nado pelo s
pecado r es em um dia muit o r uim.
O sacr ifi ce: o it o ov o s, a var et a de ma st ig ação que ele est av a usando e 16 000 b úzio s.
Ele não sacr ifi co u.

234 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé super ando o mu ndo fo i div inado par a Or unmila. Eles di sser am que O r unmila
v encer ia to do s seu s inimig o s po r to do o mundo .
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se um car neir o , uma pedr a-de- raio e 22 000 búzio s.

Oráculo 235

Ìká-Fú

Es se O dù fala da necessi dade de dar par a po der r eceber .

O bser v ação o cident al: O client e t eme est ar emo cio nalment e "abert o " (o u
ex po st o ).

235 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á-F ú fo i div inado par a a t ar t ar ug a.

317
F o i-lhe pedido que sacr ifica sse dez po mbo s, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá de maneir a
que uma g rande dádiv a pudes se ser dada a ala.
Ela se recu so u a sa cr ificar .
Eles disser am: A quele que não co nt r ibui po r si só não po de receber do s o utr o s.
No t a: A pes so a par a qual esse I fá fo r div inado est á esper ando present es, mas nada
r eceber á.

235 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì k á-F ú fo i div inado par a a t art ar ug a, a qual fo i pedido que sacr ifi cas se dee maneir a
que seus dev edor es pag as sem o dinheiro q lhe dev iam.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 2 000 búzio s e fo lha s de I fá (es fr eg ar a test a co m fo lhas
br anca s eesin; as fo lhas dev em ser t or radas co m piment a-da- co st a e usada s par a
masr car a ca beça; g uar de o prepar ado em uma ado e cubr a-a co m tecido et u; ut ilizar
quando fo r co br ar o dinheiro de um dev edo r ).

Oráculo 236

Òfún-Ká

Es se O dù fala do fim de dific uldades financeir as e o co meço de pr o eminência.

O bser v ação o cident al: O t rabalho do client e o u sua carr eir a est á a po nt o de
melho r ar sig nif icament e.

236 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò g ún difun diu co isa s bo as fo i div inado par a Or unmila o pr í ncipe que est av a so fr endo
co m a po br eza.

318
Eles dis ser am que O r unmila receber ia dinheiro mas que dev er ia sa cr ificar um po mbo ,
o bì em abun dância (par a ser em distr ib uí do s co mo pr esent es), azeite- de-dendê e 32 000
búz io s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u. O azeit e deve ser v er t ido so br e Ès ù. O client e
dev e ado r nar sua ca beça co m o po mbo apó s t o mar banho e co lo car uma bo a r o upa).

236 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún -K á fo i div inado par a Dek asi (o ho mem que o r ei não qui s r eco nhecer ), a quem fo i
dit o que dev er ia o cupar o t ro no de seu pai.
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se seis po mbo s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.

Oráculo 237

Òtúrúpòn-Túrá

Es se O dù fala do est abeleci mento da o r dem e da impor t ância (o u sig nifica do )


do s dias da semana.

O bser v ação o cident al: O client e dev e planejar suas açõ es de acor do co m dias
fav or áv eis no s O dù.

237 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A lako ner i (“um so nho não tem nenh uma t est emunha”), o adv inho de A lár á.

319
U ma pesso a não se co mpor t a impa cient ement e e implor a ao s pés de out ro ho mem par a
par ar co m sua impa ciêcia.
Est a fo i a base de adiv inha ção par a O r unmila que ia implo r ar luz do dia ( so l) par a
O lo dunmar e (Deu s) de fo r ma que ele pude sse ter po der so bre o so l.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse dezesseis car amujo s, dezesseis galinha s, dezes seis cabr as
e 32 000 búzio s.
O r unmila o bedeceu e sacr ifico u.
Ent ão O lo du mar e dis se que não lhe po der ia dar o co ntr o le so br e a luz do dia, por ém o
deix ar ia co nhecer o s no mes do s dias e as co isas que est ão mais de acor do par a realizar
neles.

O bser v ação :
O risa -nla fo i o pr imeir o a esco lher um dia.
O r unmila es co lheu o seg undo .
Ò g ún esco lheu o t er ceir o .
Sàng ó esco lheu o quar t o .

Est es quat ro dias são o s dias ut ilizado s par a cult uar t o do s o s Òr ì sà na s terr as Yo r ubas:
I jebu, Èg bá e assi m por diant e. Ent ão , há quatr o dias na sema na. M as no sso s pais
diziam que eles c ult uav am seus Òr ì sà t odo quint o dia; são o s quatr o dias que eles
cha mar am de cinco . Par a un ificar o s dias do s Ò rì sà, o s dias de mer cado de to da a terr a
o u cidades menc io nadas de I lé-I fè são quat ro dias que per faz uma semana. Em o utr o
arr anjo , no s so s pais têm o utr o s set e dias co m o s seu s sig nifi cado s:

O jó À ik ú — O dia da imo rt alidade.


O jó A jé — O dia da deusa das r iquezas.
O jó I ség un — O dia da vit ór ia.
O jó ’r ú — O dia de abr ir a po rt a e sair .
O jó ’ bo — O dia do ret or no do so l em seu c ur so no r mal.
O jó Et i — O dia das dific uldades o u disput a.
O jó A ba-(Eemo ) — O dia do s tr ês desejo s o u o dia das tr ês mar av ilhas.

Sai ba po is que só um Òr ì sà t em um dia co m seu no me dentr o desse s set e dias. Est e é


A jé (a deusa das r iquezas). Or unmila não cr io u est es set e dias par a c ult uar qualquer
Ò rì sà. Ele o s cr io u co m a finalidade de o bser v ar mat r imô nio s e aniver sár io s, par a
co meçar um negó cio o u paar a se mudar par a uma casa no v a, e as sim por diant e. O s

320
dias da semana do s Òr ì sà est ão em um ci clo dentr o dest es dias em favo r de
o bser v ância impor t ante de t udo que po de aco nt ecer no dia do Òr ì sà. Vint e e o it o dias,
que fo r mam se manas de sete dia s do s Ò rì sà, fo r mam um mês.

Oráculo 238

Òtúrá-Tutu

Es se O dù fala da necessi dade de co mplet ar o sacr ifí c io int eir o .

O bser v ação o cident al: O client e po de ter pr o blema s de su bst ância -abu so .

238 – 1 (Tr adu ção do v er so )

A zeit e-de-dendê separ adament e, t ecido br anco separ adament e, fo i div inado par a
O bat ala Ò seer è-Ig bo quando ele est av a cheg ando de Ìr ànje (C éu) par a ser ent ro nado no
mu ndo .
Di sser am- lhe que sacr ifi cas se um pano de env o lt ur a br anco , um car aco l e vint e mil
búz io s. Lhe lhe aco nsel har am que não bebes se v inho de palma nada. Ele o bedeceu e

321
sa cr ifico u a meio caminho . Dis ser am-lhe que se vest isse em pano br anco que é a
v est iment a do Ò rì sà. Disser am- lhe que u sasse ist o no mu ndo . Ele uso u o pano br anco ,
mas ele não at endeu a adv ert ência co ntr a v inho de palma. Ele se embe bedo u e dendê
espir ro u -lhe nas ro upas dele. Ele ent ão finalme nt e sacr ifi co u um car aco l e co m
v er go nha jur o u nunca mais beber vinho s.
No t a: Par a qualq uer um quem est e é div inado em sua inicia ção , tem que se pr iv ar
t ot alment e de álco o l.

238 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr á- Tut u fo i div inado par a O lubo lade.


Eles disser am que Olu bo lade ter ia uma espo sa que dar ia a ele muito s filho s.
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se par a que seu s filho s não fo s sem mu do s.
O sa cr ifí cio : dua s av es (u ma galinha e um galo ), do is po mbo s, duas g alinhas d’ A ngo la
e 8 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Eles ent ão dis ser am: o s pint inho s da g alinha d’ A ngo la nun ca são mudo s. Não há um
dia em que o g alo não ca nt e.

322
Oráculo 239

Òtúrúpòn-Retè

Es se O dù fala da necessi dade de sacr ifí c io co m a finalidade de ev it ar do ença e


inimig o s.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a de est r at ég ia e planejament o par a
alcan çar o s uces so .

239 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a a mãe de A depò n.


A mãe de A depò n adv ert ida a fazer sa cr ifí cio de mo do que seus filho s não so fr essem
de lepr a.
O sacr ifí cio : quat ro av es negr as (g alo s e galinha s), 66 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ela não sa cr ifico u.
A mãe de A depò n é o no me pelo qual cha mamo s o mamão .

323
239 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a O wá de I lesa.


Eles disser am: O wá de I lesa uma g uer r a est á por v ir !
Ele fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do a se defender de seu s inimig o s.
O sacr ifí cio : a ca beça de um car neiro , fo lhas de I fá e 22 000 búzio s.
( Se o client e sa cr ificar , nó s dev emo s no I fá do clienet co m a seg uint e inv o cação , “co m
a ca beça que o A ise [ car neir o ] v ence a bat alha”.
O wá o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.

Oráculo 240

Ìretè-Tutu

Es se O dù fala da necessi dade de o bedecer a auto r idade e sacr ifi car de fo r ma a


t er muit o s filho s.

O bser v ação o cident al: a palavr a o u idéias do client e ser ão co nsider adas
ser iament e.

240 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eu ter ei um filho par a car reg ar em meu dor so . Eu ter ei uma cr iança co m a qual
br incar .
I st o fo i div inado par a À dó n (o mo r ceg o ) e t ambém par a O ode.
Eles falar am par a sacr ificar de maneir a que elas t iv essem uit o s filho s no mu ndo .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as, e 32 000 búzio s.
Eles o uv ir am e sacr ifi car am.

324
240 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A g rande ser pent e (ok á) viv e na casa do pai e t em sua pr ó pr ia peço nha em sua bo ca.
Er e viv e na casa do pai e tem s ua pró pr ia vendit a (o wu n).
A ho nr a dada ao elefant e é a r azão de que, embo r a não alt o , ele tem uma bo ca lo ng a.
Ey o é a quali dade de mar iwo (fo lhag em jo v em de palmeir a).
I st o fo i div inado par a O bat ala Ò seer e-ig bó que ia se sent ar em um lug ar e ser
aliment ado pelo s quat ro cent o s I r únmalè.
Ele dis se que se desse par a qualquer um deles uma or dem que não fo s se o bedecida,
eles ir iam to do s junt o s quest io na- lo .
Ele sa cr ifico u um g alo , v int e mil búzio s e fo lhas de I fá.

Oráculo 241

Òtúrúpòn-Sé

Es se O dù fala da necessi dade de sacr ifí c io par a se ter vida pr azeir o sa.

O bser v ação o cident al: O client e nece ssit a relax ar e ex per iment ar pr azer es
po sit ivo s, ino cent es.

241 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O mu ndo não é do ce o bast ant e par a v iv er pr a sempr e nele. Só uma cr iança diz que o
mu ndo é ag r adáv el.
I st o fo i div inado par a Or unmila e par a as pesso as.
F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se de maneir a que o mundo fo s se agr adáv el ao s ser es
hu mano s.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha d’ A ngo la, mel e 42 000 búzio s.
O r unmila dis se que se eles não fizes sem por si mesmo s, co mo po der iam eles co nhe cer a
alegr ia do mundo ? “U ma cr iança co me aquilo que g anha, embo r a o pai da cr iança
t enha que g anhar pr imeir o par a que a cr iança co ma”.

325
O r unmila o bedecu e sacr ifi co u.
Ent ão o s seres hu mano s for am or ient ado s a sacr ifi car em por sua v ez. A penas alg uns
po uco s sacr ificar am. Aquele s que sa cr ificar am t iver am uma vida ag r adáv el.

241 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr úpò n- Sé fo i div inado par a a árv or e je were, que tev e um bebê. Eles dis ser am que
t anto a mãe quant o o bebê par asar iam por pr iv açõ es. Se eles não quise sse padecer ,
dev er iam sacr ifi car sei s po mbo s, sei s galinha s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá. A ár vo r e
je wer e é o no me pelo qual chamamo s as piment eir a.
Ela não sa cr ifico u.

Oráculo 242

Òsé-Òtúrúpòn

Es se O dù fala de uma r elação que é difí cil embor a po ssa ser fr ut í fer a.

O bser v ação o cident al: O client e est á envo lv ido em um r elacio nament o sem
v encedor es.

242 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé- Òt úr úpò n fo i div inado par a O lú-nla.


Eles disser am que seus filho s se defender iam co ntr a co nsp ir ações e inimig o s mas
dev er iam sacr ificar um por ret e, um car neir o , um g alo e 22 000 b úzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

242 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé- Òt úr úpò n fo i div inado par a uma m ulher .

326
Eles dis ser am que um ho mem que ela est av a a po nt o de despo sar ir ia deix a-la po br e e
ia faze- la so fr er , embo r a ela est iv es se g ráv ida.
F o i pedido que ela sacr ifica sse par a se pr evenir co ntr a is so .
F o i-lhe dito que sacr ifica sse do is car amujo s, tecido et u, um po t e de azeite- de-dendê e
18 000 búz io s. Eles disser am: “Do is car amujo s nunca disput am”.
Ela não sa cr ifico u.
Ela di sse, “Vo cê disse que eu ter ei filho s. I sso é o bast ant e".

Oráculo 243

Òtúrúpòn-Fún

Es se O dù fala da necessi dade de part ilhar -mo s no s sa bo a so rt e.

O bser v ação o cident al: A vida do client e est á r eplet a de bo a sor t e,


mo net ar iament e e emo cio nalment e.

243 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado pat a a árv or e o san.


A ár vo r e o san fo i inst r uida a dar de beber e co mer par a o s o ut ro s e que nu nca passar ia
por pr iv açõ es se ela sa cr ificas se.
O sacr ifí cio : u m paco t e de sal, um cest o de camarõ es, tecido br anco e 18 000 búz io s.
Ela o bedeceu e sacr ifi co u.
Ò t úr úpò n- F ún (ele s disser am): Q ualquer um que t enha ab undânc ia, dev e dar alg o par a
aqueles que pas sam po r necessida des. F o nt e et er na! Vo cê nun ca pas sar á po r pr iv açõ es.

243 – 2 (Tr adu ção do v er so )

327
Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado par a o pr o pr iet ár io .
Eles disser am que o pro pr iet ár io receber ia lo go uma estr anha, uma mulher em
lact ação .
F o i-lhe dit o que sacr ifi cas se de maneir a que ele adent r asse à sua casa co m bo ns pés
( sor t e).
O sacr ifí cio : do is po mbo s e 44 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

Oráculo 244

Òfún-Òtúrúpòn

Es se O dù fala da fer t ilidade e da nece ssidade de sacr ifí cio par a se ev it ar


disp ut as em r elacio nament o s.

O bser v ação o cident al: C r ianças ir ão t razer aleg r ia, mas u m r elacio namento
pr ecisa de ajuda.

244 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a O bat ala Ò seer è-ig bó , a quem fo i dito que ter ia
muit o s filho s.
O mundo int eiro v ir ia implo r ar as cr ianças dela.
M ais à fr ent e fo i-lhe dit o que ela ser ia lo uv ada po r est as cr ianças.
O bat ala disse, “O r unmila o s tr einar á”.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mo do que O r unmila pude sse est ar feliz co m seu
t rabalho .
Ela sa cr ifico u mel, sal, v ár io s po mbo s e 42 000 búzio s.

328
244 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a uma mulher que est av a pr o cur ando por um mar ido .
Eles dis ser am que o ho mem que ela est av a indo despo sar a surr ar ia co nst ant ement e se
ela não sacr ifi cas se um aik a, do is car amu jo s ( Do is car amu jo s nun ca br ig am entr e si) e
32 000 búz io s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u, dizendo que seu mar ido er a muito bo nit o
par a br ig ar co m ning uém. U ma pesso a bo nit a não br ig a o u sua beleza ser á distr uida.

Oráculo 245

Òtúrá-Retè

Es se O dù fala da reafir mação de no ssa espir it uali dade.

O bser v ação o cident al: M o der ação é difí cio par a o client e.

245 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò r úr á- Ret è lev ant e-se no v ament e. Se v o cê nasce, t ent e ger ar a si mesmo nov ament e.
Ò r úr á- Ret è, A muwo n,A mu wo n, aquele que co nhece a mo der ação nun ca cair á em
desg r aça.
Eu dig o : Q uem co nhece a mo der ação ?
O r unmila diz: A quele que est á tr abalhando .
Eu dig o : Q uem co nhece a mo der ação ?
O r unmila diz: A quele que não desper diçar á se u dinheir o .
Eu dig o : Q uem co nhece a mo der ação ?
O r unmila diz: A quele que não r o uba.
Eu dig o : Q uem co nhece a mo der ação ?
O r unmila diz: A quele que não t em dí v idas.
Eu dig o : Q uem co nhece a mo der ação ?

329
O r unmila diz: A quele que nunca bebe alco o l, aquele que nunca quebr a sua palav r a co m
o s amig o s. Ò r úr á-R et è, aquele que lev ant a bem cedo e medit a em sua s at iv idades!
Ent r e o s espinho s e car do s, a jo v em fo lhag em de palma cr escer á, Jo wo ro nu nca u sar á
t o do o seu dinheir o , jo ko je nu nca co nt r air á dí v idas. Se Eesan dev e muit o dinheiro , ele
pag ar á a dí v ida. A muwo n é o ameso (aquele que tem senso do que é co rr eto ).
F o lhas de I fá: Mo er fo lhas de jo wó ro , èso e jok o je junt o s e mist ur ar co m sabão - da-co st a
no v alo r do pr eço de 120 o u 200 búzio s.C o lo que nov e búzio s um a u m no sabão . Tr ace
o O dù Òt úr á-R etè em iy è- ìr o sù so br e o sa bão na caba ça. Banhar -se co m ele.

245 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò r úr á- Ret è fo i div inado par a Ewi na cidade A do . Ele fo i recent ement e entr o nado rei.
Eles disser am: Se Ewi po de sacr ifi car , não hav er á g uer r a ou desent endi mento s dur ant e
o seu reinado .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas d’A ng o la e do is o u quatr o po m bo s (br anco s ).
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.

330
Oráculo 246

Ìretè-Túrá

Es se Odù fala da incant ação necessár ia par a ev it ar sit uaçõ es (pr ox ima s da
mo rt e).

O bser v ação o cident al: Es se O dù o fer ece uma so lu ção par a do ença/ enfer midade.

246 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Enca nt amento :
A mor t e não co nhece um awo ; o C éu não co nhece um médi co .
A mor t e lev o u O lamba e pr eo cupo u o rei de Ejio .
Ela lev o u Eji- Og og o -A g bebiko po n’ wo la.
O s v ent o s do lado direit o est ão ag it ando as fo lhas do co queiro v io lent ament e.
O s v ent o s do lado esquer do est ão ag it ando as fo lhas do co queiro v io lent ament e.
I fá fo i co ns ult ado par a O r unmila À g bo nnir èg ún,
Q ue est av a indo fazer I k ú (mo r te) em um ho mem de I fá. Ele acho u melho r pedir A go
(de sculpa ) por ser um vig ilant e.
A mor t e que mat ar ia A wo ho je, par a tr ás! par a tr ás!
A wo est á indo , par a t r ás! par a t rás!
A wo est á indo , par a t r ás! par a t rás!
A do ença que mat ar ia A wo ho je, par a t rás! par a t rás!

331
A wo est á indo , par a t r ás! par a t rás!
No t a: Nó s po demo s ut ilizar est e I fá dizendo (ì g èdè) par a u ma pesso a que desfalece u
de r epent e o u est á mo rr endo . Odù Ìr et è- Túr á ser á mar cado na ar eia em que est a pes so a
enfer ma est á deit ada. A ar eia ser á seg ur ada na fr ent e do ho mem que est á do ent e, o
no me dele ser á chamado , e ent ão nó s dir emo s o encant ament o acima. O no me do
enfer mo ser á usado ao invés de “A wo ”. Se nó s est amo s co m medo quan do v iajamo s,
dev emo s sempr e r ecit ar o ìg èdè acima. Ent ão a areia ser ia lev ada à uma ár vo r e gr ande
no Bo sque de Sa cr ifí cio s.

Oráculo 247

Òtúrá-Sé

Es se O dù fala da cheg ada do per igo em ca sa o u no tr abalho .

O bser v ação o cident al: M udan ças emo cio nais dev em ser t r at adas
c uidado sament e.

247 – 1 (Tr adu ção do v er so )

O yer e (Oy eher e) do to po da fo lhag em da palmeir a fo i div inado par a Òt ú.


Ò t ú est av a indo g uer r ear na cidade de A jase.
F o i-lhe aco selhado a sa cr ificar par a vencecer a bat alha:
do is ca br it o s e 44 000 búz io s.
Ele o uv iu o co nselho , sacr ifi co u e v enceu o inimig o .

247 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé o s pr ejudi co u fo i div inado par a as pesso as da ci dade de O yo . Fo i pedido que eles


sa cr ificas sem um cest o de esur u, sabão , um car neiro , um po mbo , uma g alinha e 20 000
búz io s. Eles sacr ificar am tudo . Eles não so fr er am masi infor t únio s. Ò sé não mais o s
pr ejudi co u. O sabão lav ao u t o do s o s seus pr o blemas.

332
247 – 3 (Tr adu ção do v er so )

Ò sé o s pr ejudi co u ser iament e fo i div inado par a par a eles quando Ik umi ja fo i sit iar a
cidade de Eyó . F oi- lhes pedido que sa cr ifica ssem no v e cabr ito s e 180 000 búzio s.
Eles não sacr ificar am.

Oráculo 248

Òsétúrá

Es se O dù fala da encar nação de Èsú- Ò dàr à.

O bser v ação o cident al: Nada aco nt ece sem a aju da de Èsú.

248 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Enca nt amento :
A k ak anik a, A kak anik a, A lak ak anik a, Alapasa pa-ijak a’ lu.
um pássar o vo a v io lent ament e par a dent ro da ca sa.
A k ak anik a é o no me dado a I fá.
A lak ak anik a é o no me dado ao s O dù.
A lapasapa -ijak a’ lu é o nome dado a Èsú- Ò dàr à.
um pássar o vo a v io lent ament e par a dent ro da ca sa, é o no me dado à A jé,
o filho de O ló k un- sande, o rei das ág uas abu ndant es, Ò gò -O wo ni.
Ès ú-Ò dàr à, t u fundast e est a cidade.
Tu livr ast e o s babalá wo da cidade da fo me.
Tu livr ast e o s o s médico s da cidade da fo me, e o mesmo fize st es co m o s her balist as.
Eu so u o babaláwo da ci dade.
Eu so u o médico da cidade.
Eu so u o her bali st a da cidade.
Ès ú-Ò dàr à, não deix ai que eu passe fo me.

333
F o lhas de I fá: Peg ue uma fo lhas de abamo da, ar eia de uma lo ja de fer r eir o , efun e
o sùn. Mar que o Odù Ò set úr á na fo lha de abamo da. Mist ur e efun co m a areia da lo ja de
fer reir o , mar que o Odù Ò sé e o sùn co m a ar eia e mar que Ò t úr á na fo lha de abamo da.
Par t a um o bì de quatr o go mo s. U t ilize set e gr ão s de at aar e e um go mo de o bì par a
inv o caar na fo lha de abamo da diár iament e, co mo acima. pendur e a fo lha co m linhas
br anca s e pr et as na casa.

248 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Enca nt amento :
Ò sét úr á A muker e (gr av et o ), I tek un Ò rì sà Daji, Apo jo jo mat e.
Din heiro é bo m par a a ho nr a, dinheir o é bo m par a alt a po sição . Nó s u samo s dinheir o
par a ter co nt as de co r al no pes co ço , que dig nifica a pesso a.
Tu, Ò sét úr á, so ube co mo dar .
Tu dest e A lér á e ele pô s a cor o a.
Tu dest e A jer ò e ele uso u u m v est ido enfeit ado de co nt as.
Tu dest e Òr àng ún e ele uso u uma v ar a de ferr o par a ir at é o cam po .
Tu dest e Olúpo po A muy un-bo ’ le; Er inmag aji -ehin- ek u- jamo o rei de A do , o ancião de
I lese u sando um pequeno bo né em cima de A k un, O lú- Oy inbo A m’o k un- su’ r e; o r ei de
I jebu O g bor og an- nida Ak oy ebey ebey a’ g un, Eleyo -A jo r i, A je’ g i-emi- san’ r a, O lo mu -
A per an, Olor o -ag og o ; Olú -Tapa Lempe odo do ina jo bar ausa, O jo pat apat a mule
d’ Ek ùn, Olo wo Ar ing injin A dubule f’ ag ada ide ju’ r a. O lo w u Odur u . . ., tu dest e O lo fa-
A r innilu Ay ink inni bo omo l’ enu, e assim por diant e. O h! Jala, dê- me; Ès ù-Ò dàr à, dê-
me; Bar a-Pet u, dê-me co isa s bo as.
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Ò sét úr á no iyè- ìr o sù em fino óleo e lamber o dedo médio .
To das as co isas bo as v ir ão a t i. Ho nr a e r espeit o est ar ão co nt ig o atr av és do s ano s
quando v o cê usar esse encant ament o .

334
Oráculo 249

Òtúrá-Fún

Es se O dù fala de bo a so r te imi nent e se o client e ev it ar mau s ato s.

O bser v ação o cident al: O client e dev e resist ir à pr át ica de adult ér io .

249 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò t úr á dá. Ò t úr á co mpro u pr a ele fo i div inado par a O lúji mi U ma pesso a impo rt ant e ir á
no s co n ceder bo as co isas. Fo i-lhe pedido que sacr ifica sse, par a a fo rt una da deusas do
dinheir o est ar à mão .
O sacr ifí cio : u m t ecido br anco , ifere ( sement e), do is po mbo s br anco s e 2 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
F o i-lhe dito que não co met esse adult ér io .

249 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A t uwo nk a, A dawo nnu fo i div inado par a O ló fin I wat uk a.


O ló fin fo i aco nselhado a sacr ificar par a que ele não aceit asse um mau co nselho que
po der ia acabar co m a sua cidade.
O sa cr ifí cio : u ma cabr a, o ito fr ang o s, azeit e- de-dendê, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá
(k o lejo ).
Ele não sacr ifi co u.

335
Oráculo 250

Òfún-Túrá

Es se O dù fala da necessi dade de sacr ifí c io par a est abilizar um relacio nament o .

O bser v ação o cident al: C asa mento co m at ual par ceiro do client e é apr o pr iado e
benéf ico .

250 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún pr ov o u azeit e, Ò fún derr ubo u olele ( bo lo feit o de feijão ) no sal. Ò fún pro c uro u
por t o das as co isas ag r adáv eis par a co mer . I st o fo i div inado par a Ès ù-Ò dàr à que ia
despo sar Epo (azeit e-de- dendê). Fo i-lhe aco nselhado a sa cr ificar de mo do que eles
nun ca se separ assem. O sa cr ifí cio : tr ês g alo s e 6 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.

250 – 2 (Tr adu ção do v er so )

A rer emar e, Ar er emar e fo i div inado par a O ló wu.


Eles dis ser am que t udo ia tão bem par a Oló wu que ele dev er ia sacr ifi car de maneir aa
t or nar -se um ho mem do campo .
O sacr ifí cio : t rês car neir o s, t rês enx ada, tr ês fo ices e 6 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.

336
Oráculo 251

Ìretè-Sé

Es se Odù fala da necessi dade de sacr ifí c io par a ev it ar feit içar ia e t odo s as
o utr as ener g ias neg at iv as.

O bser v ação o cident al: O client e se depar a co m um co nflit o go ver nament al o u em


s ua so ciedade.

251 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Enca nt amento :
A g bog bo niwo nr an, A g bo g bo niwo nr an, Ag bo g bo niwo nr an.
Ek un A mo mo nibu u, Ek un A mo mo nibuu, Ek un A mo mo nibuu.
Ele que co lide co m espinho s ès ù, o s espinho s ès ù o fer ir á; ele que co lide co m Èsù, Ès ù
o far á mal; e assi m ser á.
F o lhas de I fá: Peg ue uma pedr a lat er it a, t rês facas nov as ( feit as pelo ferr eiro lo cal),
ca sca da ár vo r e ipar a, v ár io s t ipo s árv or es e plant as espin has (u se a cas ca o u part e da
plant a), e v ár io s tipo s de espin ho s, plant as r ast eijant es ( cor t e pedaço s dela). Po nha
t udo em um po t e. tr it ur e a ca sca de ipar a at é vir ar pó . Po nha o pó de fr ent e ao po t e,
t race o O dù Ìr èt è- Sé nele, e recit e o encant amento acima. Junt e ent ão o pó no pot e co m
ág ua. C o br ir e lacr ar o pot e co m ar g ila o u cinzas úmidas. A pó s setr e dias, abr a e u se
co mo banho . Não deve ser bebi do .

251 – 2 (Tr adu ção do v er so )

I jala, I jala, I jala.

337
A lag er e-ide, A lag er e- ide, Alag er e- ide.
O wor o niko k o , O wo ro nik ok o , O wo ro nik ok o .
O ndese é s ua mãe. Q uando eles des cer am em duas co isa s co lo s sais, O lo du nmar e
est abelece u a r eg r a que duas co isa s co lo s sais não caem u ma so br e a o utr a. O bebê
t ar t ar ug a não seg ue a t ar t ar ug a de mãe; O bebÊ car amujo não seg ue a mãe car amu jo ; o
bebê ser pe nt e não seg ue a mãe ser pent e; e assim po r diant e. U m ho mem mo r to de I fá
não afet a o fil ho de o ut ro ho mem. Q ue t o da feit içar ia lançada so br e mim sejam
inafet iv a.
F o lhas de I fá: To me uma tart ar ug a, um car amu jo , uma co br a, a ca sca de duas árv or es
I ro ko e I fá o k ú (mor to de I fá). Tor r ar t uo do s o s elemento s junt o s e mant er o pó em um
ado . Peg ue uma pequena por ção na o casião e t r ace o O dù I r u-Ek ùn (O dù Ìr et è- Sé) nele,
e r ecit e o encant ament o um po uco ant es de mist ur ar co m dendê e lambe- lo . Tam bém
po de ser usado co mo ung üent o par a esfr eg ar no co r po . U m po uco dele po de ser dado
par a o ut r a pesso a u sar . Est e I fá é u ma pr ecaução co nt r a feit içar ia.

338
Oráculo 252

Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé

Es se O dù fala de bo a fo rt una par a dinheiro , r espeito e infl uencia.

O bser v ação o cident al: O client e dev er ia pro ceder co nfiden cialment e co m
per spect iv as e r elacio namento s.

252 – 1 (Tr adu ção do v er so )

I fá dis se, se to rno u A láju bar ak a.


Eu disse, se to r no u A lájubar ak a.
Se nó s usamo s jubar ak a, que ele seja Jubar ak a.
ele deu nasciment o a O lo t oo ro , O lo t eer e, e O nàwo fun mir in.
O nàwo fun mir in par iu A jé.
A jé par iu o s ser es humano s. A jé se pr epar o u e fo i pelo mar . O s seres hu mano s també m
se pr epar ar am e fo r am par a Ir ada.
Ò sé co rr a r apidament e par a o deus do mar e me t rag a dinheiro .
Ì ret è cor r a rapidament e par a I rada par a me t razer pesso as.
A pe não deix e min ha bo a sor t e cheg ar at r asada a mim.
Ejir in não deix e que minha bo a sor t e v ag ueie ao lo ng e ant es de v ir a mim. Se nó s
v ar r emo s a casa e o cam inho , o refug o é lev ado at é a lix eir a.
I ngr edient es de I fá: Pilar fo lhas ape e ejir in, su jeir a de ent ulho , sabão - da-co st a na
medida de 1 200 búzio s. Tr ace o Odù Ò sé-Ì ret è na par ede do quar to usando efun par a
mar car O se e o sun par a mar car Ìr et è. O efun e o o sun dev em ser mist ur ado s
separ adament e co m ág ua antes do uso . A bat er do is po mbo s bem bo nit o s, um par a O se
e o o ut ro par a Ìr et e. O sang ue deve ser mi st ur ado co m o sa bao pilado co m as fo lhas.
F ix ar o sabão aci ma do s O dù feito s na par ede. U se o sabão fr equent ement e par a
banhar - se.

339
252 – 2a (Tr adu ção do v er so )

A sewaa nit i À ir á (po deres do minant es pert encet es ao t ro vão ).


Q uando nó s damo s a ár vo r e de palma a cor da de palma, ela se ag ar r a nist a
I st o fo i div inado par a o g alo ,
A quem fo i pedido que sacr ifi cas se de mo do que seus co leg as aceit asse qualquer co isa
que ele di sses se par a eles.
O sacr ifí cio : u m po mbo e 2 000 búzio s.
ele sa cr ifico u.
ele ent ão o r deno u que qualquer co isa que o g alo disses se, seu s co leg as aceit ar iam.

252 – 2b (Tr adução do ver so )

Ò sé- bi-Ì ret è (Ò sé par iu Ì ret è) fo i div inado par a O ló fi n.


F o i-lhe pedido que sacr ifi cas se um car neir o e 20 000 búzio s.
Ele seg ui u a o rient ação e sacr ifi co u.
F o i pr o clamado que “a o r dem dele fundar á uma cidade”

340
Oráculo 253

Ìretè-Òfún

Es se O dù fala da po pular idade e s uces so de I fá.

O bser v ação o cident al: O s neg ó cio s do client e o u seu tr abalho ir ão cr escer .

253 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ì ret è-Ò fún fo i div inado par a Or unmila.


Eles disser am que Or unmila ter ia muit o s client es. M uit o s v ir iam receber I fá; muit o s
v ir iam par a se iniciar ; muit o s v ir iam a ele par a div inação .
F o i-lhe pedido um sa cr ificio de um po mbo , uma g alinha e 20 000 b úzio s.
Ele o bedeceu e sacr ifi co u.

253 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ì ret è-Ò fún fo i div inado par a A nimo -o la A nimasahun.


F o i-lhe dito par a que sa cr ificas se. Eles disser am que ele dev er ia sacr ificar t udo que
fo s se co mest ív el.
O sa cr ifí cio : u ma cabaça de inhame pilado , um po te de so pa, bast ant e obì e 20 000
búz io s.
Ele o bedeceu e sacr ifi co u.
Eles disser am: U ma pes so a gener o sa nun ca passar á po r pr iv açõ es.

341
Oráculo 254

Òfún-Retè

Es se O dù fala da necessi dade de sacr ifí c io par a o bt er r espeito e pro t eção .

O bser v ação o cident al: O client e pr ecisa quebr ar uma sit uação e ser mais seg ur o .

254 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Eles me tr einar am, eu t or nei a me t reinar fo i div inado par a O lúseso .


Eles disser am que Olú seso co nt inuar ia fazendo o que est av a agr adando par a o m undo .
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de maneir a que as pes so as do mundo pudes sem respeit a-
lo .
O sa cr ifí cio : quat ro po mbo s, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur e fo lhas de
ag bay unk un e ay ì nr é em ág ua; ut ilizar par a lav ar a cabeça e o I fá do client e).
Ele fez o sa cr ifí cio .

254 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún -R et è fo i div inado par a O mi (ág ua).


F o i dito que ele sacr ifi cas se de maneir a que ning uém pude sse co nspir ar co ntr a ele o u
bo ico t a-lo .
O sacr ifí cio : sal, um po mbo , uma t ar t ar ug a, t ecido et u e 32 000 b úzio s.
ele o bedeceu e sacr ifico u.
Eles dis ser am: Q uem inst it uir a si mesmo co mo inimig o da ág ua, mor r er á
pr emat ur ament e. O tecido et u é par a co br ir o cor po do client e.

342
Oráculo 255

Òséfú

Es se O dù fala da habilidade de I fá em reso lv er t odo s o s pro ble mas.

O bser v ação o cident al: Q ualquer que se ja o pr o blema do client e, ex ist e uma
so lu ção .

255 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Se a pesso a é azar ada, ela não é sá bia o bast ant e.


Há ág ua na casa do deus do mar ; o mar é a ca beça das ág uas.Há ág ua na casa do deus
da lag o a; a lag o a é a seg unda ca beça de t o das as ág uas.
Há sa bedor ia em Ak ó dá, Ak ó dá que fala a palavr a de I fá.
Há sa bedor ia em A sèdá, A sèdá que fala o co nselho de t o do s o s sábio s anciõ es.
Há sabedo r ia em O runmi la, o or ient ado r das fo r ças do mundo , o r epar ador da so rt e,
aquele cujo empenho é r eco nstr uir a cr iat ur a co m um or í r uim.
I st o fo i div inado par a os ko moo sek o moo wa (pesso a não -int elig ent e) que se
lament av am diar iament e po r não terer em bo a so rt e, dizendo que o cr iado r o s est av a
malt r at ando .
Eles for am o r ient ado s a sa cr ificar sabão - da-co st a, lenço l br anco e 2 000 b úzio s. A o s
po uco s que realizar am o sacr ifí cio fo i dit o que se lav as sem co m o sabão (eles dev er iam
se lav ar po r tr ês o u cin co dias enqua nto se vest iam co m o lenço l br anco ). eles for am
par a casa e se iniciar am em I fá, e apó s a iniciação eles apr ender am I fá.
Eles seg uir am a or ient ação e sacr ificar am.
É dit o que o s ko mo o sek o moo wa que apr ender am I fá t er ão so rt e em fim.

343
255 – 2 (Tr adu ção do v er so )

O r unmila disse A ro le, Eu di sse Ar o le, fo i div inado par a umas cr ianc inhas que se
dir ig iam par a o mundo que est av am sen do mandado s de v olt a pelo po rt e iro e
mo rr endo co mo bebês.
eles per g ut ar am a r azão .
I st o por que não esper am po r O r unmila. Or unmila que st io no u do is deles (um menino e
a o utr a menina ). dizendo , “Po r quem v o cês esper am?”.
Eles disser am, “Po r Or unmila”.
Ele disse, “Bo m, ent ão sig am -me”. Ent ão elesseg uir am Or unmila at é o por t ão , é o
por t eiro quis manda- lo s de vo lt a. O r unmila int er cedeu e pag o u 240 búzio s por cada
um deles. Est a é a quant ia que nó s pag amo s ho je em resg ate par a um bebê r ecém-
nas cido .

344
Oráculo 256

Òfún-Sé

Es se O dù fala de ving ança e adv er t e so br e po s sív eis per das.

O bser v ação o cident al: A queles que est ão tent ando impedir o pro g res so do
client e ir ão so fr er .

253 – 1 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún -Sé fo i div inado par a o enimani da cidade de O só .


F o i-lhe pedido um sa cr ifí cio de mo do que suas pr imeir as po s ses sõ es não fo ssem
per didadas..
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, um car amujo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele não sacr ifi co u.

253 – 2 (Tr adu ção do v er so )

Ò fún não o fendeu, Ò fún não planejo u o mal co nt r a ning uém.


Eles co nspir ar am co ntr a Ò fún.
Ò fún fo i aco nselhado a sacr ifi car par a que o v ing ado r pude sse ajudar a pag uar nas
s uas v er dadeir as mo edas.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma faca, ca sca de caro ço de dendê e 18 000 búz io s.
Ele sa cr ifico u.
F o lhas de I fá fo r am pr epar adas par a co lo car so b o t r av esseir o do s client es.



345

You might also like