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ELLEN ARGÔLO
CAMPINAS
2009
ELLEN ARGÔLO
PUC-CAMPINAS
2009
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE
TECNOLOGIAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
BANCA EXAMINADORA
2° Examinador Prof.________________________________________________
A vocês, que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la
com dignidade, não bastaria um obrigada. A vocês, que
iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para
que os trilhasse sem medo e cheia de esperanças, não bastaria
um muito obrigada. A vocês, que se doaram inteiros e
renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudesse
realizar os meus. A vocês, pais por natureza, por opção e amor,
não bastaria dizer, que não tenho palavras para agradecer tudo
isso. Mas é o que me acontece agora, quando procuro
arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar.
Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e meus irmãos, pelo apoio em todos os momentos de minha vida,
gostaria de dizer: devo tudo a vocês.
Ao Fábio, meu namorado, pelo carinho, dedicação e apoio.
À professora Ana Elisabete, pelo cuidadoso trabalho de orientação e inestimáveis
contribuições durante essa pesquisa.
Às amigas Flávia e Alice pelo exemplo de amizade verdadeira, me incentivando e
fazendo os meus dias melhores.
A todos os professores que fizeram parte da minha graduação e contribuíram para
minha formação acadêmica.
Aos funcionários e amigos da Kreft Engenharia pela amizade e apoio.
Aos engenheiros José Nilson Furlan, Eliana Nakamura e Sérgio Russo, pela
amizade e valiosa contribuição para meu aprendizado durante minha formação
profissional.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para mais essa realização em
minha vida.
Acima de tudo a Deus, maior razão de tudo.
“Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar
que somos pérolas únicas no teatro da vida e
entender que não existem pessoas de sucesso e
pessoas fracassadas. O que existem são pessoas
que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.”
Augusto Cury
RESUMO
ARGOLO, Ellen C. D.. Dimensionamento de lajes nervuradas 2009. 74f. Trabalho de
conclusão de curso - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências
Exatas, Ambientais e de Tecnologias, Campinas, 2009.
ABSTRACT
ARGOLO, Ellen C. D.. Design of ribbed slabs 2009. 74f. Work of completion - Pontifical
Catholic University of Campinas, Center of Exact Sciences, Environmental and
Technology, Campinas, 2009.
The analysis of structures composed of ribbed slabs is important due to the increasing
demand for this constructive method that reduce the production costs and material in
construction when he employs this structural type and the possibility of free will employ
more. Your little use is basically due to lack of more knowledge about their behavior on
the part of design engineers, as well as the difficulties encountered in the analysis of
unusual structures. This work has as main objective the analysis of the behavior of
structural systems of ribbed slabs and ribbed type mushroom. The study offers initial
basics on the subject dealing with the characteristics of the systems adopted. Having
done the analysis of the design of a ribbed slab structure and subsequently a ribbed slab
supported directly on foundations (slab mushroom) under the effects of puncture of the
pillars in the region, trying to analyze the two situations.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Detalhe das nervuras de uma laje nervurada................................................15
FIGURA 3- Pilar com alargamento da sua seção na ligação coma laje – Capitel.............17
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Momentos fletores nas faixas...................................................................50
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO....................................................................................................14
1.1-Lajes Nervuradas........................................................................................14
2- OBJETIVOS..................................................................................................................23
3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................24
4- METODOLOGIA...........................................................................................................30
5.3- Carregamentos...........................................................................................33
6.4- Momentos fletores atuantes......................................................................50
7- ANÁLISE DA PUNÇÃO................................................................................................55
8- CONCLUSÕES.............................................................................................................69
9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................71
10- ANEXOS.....................................................................................................................72
1- Introdução
Segundo Dias (2004) esse sistema tem sua origem em 1854, quando
William Boutland Wilkinson patenteou um sistema em concreto armado de
pequenas vigas regularmente espaçadas, onde os vazios entre as nervuras foram
obtidos pela colocação de moldes de gesso, sendo uma fina capa de concreto
executada como plano de piso.
Com base nesses conceitos, podemos ressaltar que há uma região de
concreto que não colabora na resistência aos esforços principais, é claro que
essa zona é importante para garantir a tão necessária aderência entre esses dois
materiais. Tal região é considerada inerte na resistência, e, portanto, poderá ser
reduzida, diminuindo assim o peso próprio da laje e da estrutura em geral.
espessura da mesa passa para 4 cm quando existirem tubulações embutidas de
diâmetro máximo 12,5 mm.
e) Se a distância entre eixos de nervuras for maior que 65 cm, elas deverão ser
verificadas ao cisalhamento como vigas. Nesses casos, as nervuras deverão ter
estribos, obrigatoriamente. Se essa distância for menor ou igual a 65cm, as
nervuras podem ser verificadas ao cisalhamento como lajes.
Quando o espaçamento entre eixos de nervuras for maior que 110 cm, a
mesa deve ser projetada como laje maciça apoiada na grelha de vigas.
Figura 2- Laje apoiada diretamente em pilares e com engrossamento na região dos pilares
(www.vitruvius.com.br)
Figura 3- Pilar com alargamento da sua seção na ligação coma laje - Capitel
Araújo (2003) define a punção como sendo o estado limite último por
cisalhamento no entorno de forças concentradas (cargas ou reações),e que a
ruptura por punção se dá com a propagação de fissuras inclinadas através da
espessura da laje, com inclinação média de 30º. Acrescenta ainda que sua
análise é de fundamental importância no caso de lajes cogumelo.
Segundo a NBR 6118:2003 o modelo de cálculo corresponde à verificação
do cisalhamento em duas ou mais superfícies críticas definidas no entorno de
forças concentradas. Na primeira superfície crítica (contorno C) do pilar ou da
carga concentrada, deve ser verificada indiretamente a tensão de compressão
diagonal do concreto, por meio da tensão de cisalhamento.
Na segunda superfície crítica (contorno C’) afastada 2d do pilar ou carga
concentrada, deve ser verificada a capacidade da ligação à punção associada à
resistência à tração diagonal. Essa verificação também se faz por meio de uma
tensão de cisalhamento atuando no contorno C’. Caso haja necessidade a ligação
deve ser reforçada por armadura transversal. A terceira superfície crítica
(contorno C”) apenas deve ser verificada quando for necessário colocar armadura
transversal.
2- Objetivo
3- Revisão Bibliográfica
enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis.” Dessa forma, a
ligação laje-pilar é uma região submetida a altas tensões cisalhantes, podendo
ocasionar a punção. Por ser caracterizada pela atuação de forças concentradas
ou agindo em pequenas áreas sobre o elemento estrutural plano, a punção é o
fenômeno de perfuração que pode causar a ruína do elemento, sendo esse o
motivo pelo qual a capacidade resistente de lajes lisas nervuradas é ditada pela
resistência à punção, a qual pode ser aumentada através da utilização de
concreto de alta resistência, armadura de combate à punção, fazendo-se uso da
protensão, incorporação de fibras de aço ao concreto ou aumentando as
dimensões dos pilares.
3.3- Literatura
Melo (2004)
Gomes (1991)
• distribuição radial ou em dupla cruz;
• área dos elementos ( perfil I);
• número de camadas da armadura de cisalhamento.
O primeiro tipo de distribuição da armadura de cisalhamento, foi em linhas
duplas transversais (dupla cruz). O segundo tipo foi a distribuição em linhas
radiais e o terceiro e último tipo foi a distribuição em linhas radiais com linhas
adicionais intermediárias a partir da sexta camada.
Figura 12- Disposição radial da armadura de cisalhamento, Gomes (1991)
4- Metodologia
b) 27,5% dos momentos positivos para cada uma das faixas externas;
d) 37,5% dos momentos negativos para cada uma das faixas externas.
Os valores dos momentos negativos usados com este método devem ser
usados para o dimensionamento das armaduras, não sendo permitido o
arredondamento do diagrama.
lx
PORTICO NA DIREÇÃO Y
q lx
ly
q ly
Pórtico na direção x
ly/4
faixa externa
5- Dimensionamento da laje nervurada
Modelo de cálculo I
5.1- Fôrma
5.2- Seção transversal
5.3- Carregamentos
Cargas permanentes:
g1 – peso próprio
g2 – sobrecarga permanente = 1,50 kN/m2 (lajes de garagens impermeabilizadas)
Cargas variáveis
Com , temos:
Portanto:
Momentos máximos por nervura em cada direção
Portanto,
Finalmente:
Direção x = Direção y:
bf= bw+ 2. b1
a=10,00m
b2= 0,54 m (distância livre entre as nervuras)
bf= 0,64m
Recomenda-se que seja tomada como altura útil da laje a distância entre a
borda comprimida superior e o centro das barras da camada superior da
armadura positiva das nervuras,pois isto acarreta um valor menor para a altura útil
e maior para a área de aço; dessa maneira fica garantido o posicionamento
correto das barras na laje, pois na obra não é possível garantir se a armadura de
cada direção será colocada na camada correta, respeitando o cálculo caso ocorra
alturas úteis diferentes em cada direção .
x = Kx . d
5.5- Determinação da área de aço necessária:
Kz=0,9665, portanto :
As = 3,94 cm2
qx=Kx . p. (lx/10)
qy=Ky . p. (lx/10)
τrsdx = 10,64 KN/ (10cmx 31,6 cm) = 336,70 KN/m2 = 0,34 Mpa
τrsdy = 10,64 KN/ (10cmx 31,6 cm) = 336,70 KN/m2 = 0,34 Mpa
K = 1,6 - d
K = 1,6-0,316 = 1,284
ρ "! #%$
Portanto:
Como τrsd < τrd1 para as duas direções, não será necessária armadura de
corte (estribos) nas nervuras.
Figura 18- Diagrama de momento das nervuras
Modelo de cálculo II
6.1- Fôrma
,
Segundo a NBR 6118:2003 o pórtico equivalente, constitui-se de uma viga
apoiada na linha central dos pilares, de largura igual a metade do vão do painel
para cada lado e altura correspondente à altura equivalente, como citado.
O cálculo dos momentos fletores nos pórticos equivalentes pode ser feito
por qualquer um dos métodos que possibilite o cálculo dos esforços.
Seção equivalente
Pórtico equivalente
Figura 22- Definição dos pórticos equivalentes
6.3- Diagramas dos esforços solicitantes
Figura 26- Diagrama dos esforços cortantes no pórtico
equivalente
Figura 28- Diagrama de momentos fletores no pórtico
equivalente
6.4- Momentos fletores atuantes
A
B
Tabela 2- Momentos máximos por nervura
C
6.5- Cálculo da área de aço necessária
A
6.6- Armadura contra o colapso progressivo
As é a somatória de todas as áreas das barras que cruzam cada uma das faces
do pilar
EGFHIKJ
Portanto:
1,4 x110
As =
50 / 1,15
As = 3,54cm 2
7- Análise da punção na laje nervurada cogumelo
b
- perímetro do contorno C’;
A
Fsd – força ou reação concentrada, de cálculo.
Essa verificação deve ser feita no contorno C, em lajes com ou sem armadura
de punção.
A
d - Altura útil da laje no contorno C’, em cm;
c c
,
x y
- taxa geométrica de armadura da laje
d
- ângulo de inclinação entre o eixo da armadura de punção e o plano da laje;
b
- perímetro crítico;
e
. fywd 300 MPa para conectores;
e
. fywd 250 MPa para CA-50 ou CA-60;
Para lajes com espessura maior que 15cm esses valores podem ser
aumentados. Essa armadura deve ser preferencialmente constituída por três ou
mais linhas de conectores tipo pino com extremidades alargadas, dispostas
radialmente a partir do perímetro do pilar. Cada uma dessas extremidades deve
estar ancorada fora do plano da armadura de flexão correspondente.
A
Tensão resistente na superfície crítica C’’
f g f
sd rd
A
Figura 38- Disposição das armaduras
A
As=3,54 cm2
Contorno C:
Contorno C’ :
B
Tensões resistentes de cálculo nas superfícies críticas :
Contorno C:
Portanto:
Altura total: 20 cm
Fsd= 250 Kn ( considerou-se uma força cortante nos pilares maior para melhor
visualização dos resultados).
A
Tensões solicitantes nas superfícies críticas :
Contorno C:
Contorno C’ :
Contorno C:
portanto não há problema de ruptura do concreto à compressão no
contorno C.
Portanto:
Punção no contorno C’
A
, adotado Sr = 8 cm
A
Distribuição da armadura: 5 linhas com 8 conectores cada, distante uma da outra
de 8 cm.
Punção no contorno C”
A
Então:
A
8- Conclusões
A
Notou-se também que outros fatores determinantes na verificação da
punção são a resistência do concreto à compressão (fck) e também a área de
aço da armadura longitudinal existente nessa região, pois, quanto maiores forem
esses valores , melhor a contribuição para minimizar os esforços de punção.
A
9- Referências Bibliográficas
B
10- Anexo A – Quadro de valores para cálculo de armadura longitudinal de
seções retangulares (CARVALHO e FIGUEIREDO FILHO (2007) )
C
A