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ENGENHARIA CIVIL
ARACAJU-SE
2018.1
ALINE AMORIM ALMEIDA
MARIANA SANTOS COSTA
MATEUS OLIVEIRA SOUSA
MICAELL NÍCOLAS BOMFIM GÓES
MICHAEL JONHATAN REIS SILVA
RAYSSA DE CARVALHO BARRETO
ARACAJU-SE
2018.1
TRATAMENTO DA ÁGUA - NÍVEL BRASIL
A água é um recurso fundamental para a vida. Foi na água que a vida surgiu, seria difícil
imaginarmos a sobrevivência de qualquer forma de vida na falta desse recurso vital. Assim,
percebemos porque a água é hoje uma das substâncias mais utilizadas pelo ser humano para a
sobrevivência, seu bem-estar e sua saúde.
Figura 2 –
A poluição das águas vem acontecendo desde as primeiras civilizações, quando o ser
humano interrompeu as práticas nômades. Uma vez instalado em um lugar, a produção de lixo se
mantinha em um determinado local, tendo como uma solução imediata jogar esses lixos em rios
para que a correnteza os levassem para outro lugar distante da habitação. Com o aumento da
população nas áreas urbanas em decorrência da revolução industrial, o acúmulo de lixo nas águas se
tornou um grande problema, infectando a população com doenças como a cólera e a febre tifoide.
Como a população estava doente, e não haviam trabalhadores, foi implementada em 1874 a
primeira Estação de Tratamento de Água (ETA), com o propósito de despoluir o rio Tâmisa na
Inglaterra, por meio de filtros formados por areia.
O primeiro registro de saneamento no Brasil ocorreu em 1561, quando o fundador Estácio
de Sá mandou escavar o primeiro poço para abastecer o Rio de Janeiro. Na capital, o primeiro
chafariz foi construído em 1744.
Durante a história do Saneamento no Brasil existiram fatores que dificultaram o progresso
ao longo dos anos. Podemos citar alguns obstáculos que impediram (e ainda impedem) que o
desenvolvimento dessa área não tenha atingido crescimento expressivo durante esse período, são
eles:
A baixa qualidade técnica dos projetos e a dificuldade para obter financiamentos e licenças para
as obras.
O consumo de água não tratada, também chamada de água crua, pode causar doenças como
diarreia, febre tifoide, hepatite A, infecção intestinal causada por E. Coli, leptospirose, salmonela e
outras doenças como cólera, rotavírus ou nora vírus.
Isto acontece porque as bactérias se desenvolvem facilmente na água e, embora seja mais
fácil isso acontecer em rios e lagos poluídos, a água de fontes cristalinas também pode ficar
contaminada por algum tipo específico de bactéria. Saiba mais sobre como identificar e tratar as
doenças causadas pela água contaminada.
Alguns sintomas que podemos indicar que a água está contaminada incluem:
➢ Febre e calafrios;
➢ Dor abdominal;
➢ Perda do apetite;
➢ Dor de barriga;
➢ Vômitos e diarreia.
Existem problemas que a população vem enfrentando e temos alguns pontos negativos,
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças que ocorrem nos
países em desenvolvimento são ocasionados pela contaminação da água, e que a cada ano, 15
milhões de crianças de zero a cinco anos de idade morrem direta ou indiretamente pela falta ou
deficiência dos sistemas de abastecimento de águas e esgotos. Ainda hoje, no Brasil, 55,5% da
população não são atendidos por rede de esgoto, sendo 48,9% da área urbana e 84,2% da área rural
(segundo relatório IBGE, 2000). No Brasil, 47,8% dos municípios não têm esgoto, o que afeta
diretamente a qualidade das águas de rios, mares e lagoas das cidades brasileiras.
Segundo o estudo, em 2008, apenas 33 dos 5.564 municípios brasileiros, espalhados em
nove estados, ainda permaneciam sem abastecimento de água por rede geral de distribuição, que é a
retirada da água bruta da natureza, adequação de sua qualidade, transporte e fornecimento à
população, em, pelo menos, um distrito ou parte em dele. Apesar do índice 99,4% dos municípios
abastecidos, o deficit na prestação do serviço continuou elevado, com cerca de12,4 milhões de
residências no País sem acesso à rede geral.
Dos 33 municípios que não dispunham de rede geral de distribuição de água em nenhum de
seus distritos, 21 (63,3%) são da região Nordeste, com destaque para a Paraíba (11 municípios) e
Piauí (5); e sete (21,2%) na região Norte, a maioria de Rondônia, com 4 municípios. Nas PNSB de
1989, eram 180 municípios brasileiros nessa situação e, em 2000, 116.
TRATAMENTO DA ÁGUA
Longo processo de transformação pelo qual a água passa, até chegar em condições de
uso para abastecer a população, independente da função que ela terá. Assim, depois de captada
nos rios barragens ou poços, a água é levada para a estação de tratamento, onde passa por várias
etapas, que será mais complexo dependendo das impurezas existentes na água.
● Decantação
● Filtração
➢ Passagem da água por tanques que contêm leito de pedras, areia e carvão antracito para reter
a sujeira que restou.
➢ Desinfecção: Adição de cloro à água antes de sua saída da Estação de Tratamento para
garantir que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus;
a) Característica do lodo;
b) Estimativa da quantidade de lodo produzida;
c) Métodos para minimizar a quantidade de lodo produzida;
d) Métodos de desidratação.
Coelho et al (2011) afirmam que o gerenciamento adequado do lodo gerado tem caráter
especial por tratar a ideia de redução de geração de resíduos ligada a economia de matéria-prima,
afetando diretamente os custos de operação. Uma vez que a ETA é vista como uma indústria, seu
efluente é tratado como resíduo industrial. Sendo assim, deve passar pelo mesmo conceito de
gerenciamento de resíduos sólidos, passando pela minimização da geração dos resíduos,
reutilização, reciclagem e disposição final.
O tratamento de lodo visa obter condições adequadas para sua disposição final, processo que
envolve a remoção de água para concentrar os sólidos e chegar a um estado final sólido ou semi-
sólido (RICHTER, 2001). Von Sperling (2005) mostra as principais etapas do gerenciamento de
lodos:
Adensamento: processo físico que visa reduzir sua umidade e, em decorrência, seu volume;
Estabilização: processo de remoção da matéria orgânica e sólidos voláteis do lodo que visam
atenuar os maus odores no seu processamento;
Condicionamento: preparação para a desidratação;
Desaguamento ou desidratação: remoção de água e redução ainda maior da umidade, deixando o
lodo com comportamento mecânico próximo ao dos sólidos;
Higienização: remoção de organismos patogênicos;
Disposição final: destinação final aos subprodutos.
Andreoli et al (2006) mostram que a principal etapa do tratamento de efluentes de ETAs é o
desaguamento, etapa em que o lodo é reduzido facilitando seu manuseio, transporte e destinação
final, e que pode ser realizado de duas formas: sistema de secagem natural e sistema de desidratação
mecânica.
Depois o processo de desaguamento, a definição final do destino do lodo se configura a segunda
etapa mais importante no tratamento do lodo da ETA e uma das mais difíceis para os
administradores do sistema por envolver elevados custos de transporte e diversas restrições
ambientais (RICHTER, 2001).
Quanto à disposição final do subproduto do deságue do lodo, que muitos estudos vêm sendo
realizados com lodo de ETA utilizando-o em aplicações controladas em solos degradados
(BITTENCOURT et al, 2012), fabricação de materiais cerâmicos (TARTARI et al, 2011) e
aplicação em concreto (SOUZA, 2010).
Uma outra alternativa para o descarte do lodo de ETA está sendo a disposição em aterros sanitários,
com a recuperação e reciclagem dos coagulantes com descarte do lodo excedente em aterros
(GONÇALVES, 1999).
Conscientização é o caminho para preservação da água, isso pode ajudar a mudar a realidade
de muitos que sofrem com a falta desse líquido tão necessário, ou seja, as pessoas podem contribuir
evitando o desperdício de água com pequenas mudanças em seu cotidiano, sejam em suas casas,
propriedades ou estabelecimentos comerciais.
A grande importância de poupar água só acontece depois que a população se conscientiza e
começa a economizar. A escassez de água não é real para muitas pessoas, talvez esse problema
esteja longe de muitos e, por isso, eles acreditam que a água não acabará. Com isso, uma boa parte
da população não economiza.
É preciso alertar e instruir as pessoas a usar a água de modo equilibrado, fazendo alguns
projetos específicos de conscientização, levando as pessoas a ter cuidado maior quanto ao uso de
água.
É possível reciclar a água, não para beber, mas para irrigar um jardim, dar descarga nos
vasos sanitários, lavar carros e até usar para lavar as calçadas. Pequenos gestos que fazem a
diferença.
Além disso, devem ser tomadas algumas medidas para evitar o desperdício:
Em vez de utilizar a mangueira para lavar algo, use balde e pano. A mangueira desperdiça
muita água;
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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288-293.