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UNIVERSIDADE TIRADENTES

ENGENHARIA CIVIL

ALINE AMORIM ALMEIDA


MARIANA SANTOS COSTA
MATEUS OLIVEIRA SOUSA
MICHAEL JONHATAN REIS SILVA
MICAELL NÍCOLAS BOMFIM GÓES
RAYSSA DE CARVALHO BARRETO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - TRATAMENTO DA ÁGUA NÍVEL BRASIL

ARACAJU-SE
2018.1
ALINE AMORIM ALMEIDA
MARIANA SANTOS COSTA
MATEUS OLIVEIRA SOUSA
MICAELL NÍCOLAS BOMFIM GÓES
MICHAEL JONHATAN REIS SILVA
RAYSSA DE CARVALHO BARRETO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - TRATAMENTO DA ÁGUA NÍVEL BRASIL

Pesquisa apresentada como requisito


parcial de avaliação da disciplina
SANEAMENTO, ministrada pelo Prof.
Leonardo Teixeira, no primeiro semestre de
2018.

ARACAJU-SE
2018.1
TRATAMENTO DA ÁGUA - NÍVEL BRASIL
A água é um recurso fundamental para a vida. Foi na água que a vida surgiu, seria difícil
imaginarmos a sobrevivência de qualquer forma de vida na falta desse recurso vital. Assim,
percebemos porque a água é hoje uma das substâncias mais utilizadas pelo ser humano para a
sobrevivência, seu bem-estar e sua saúde.

Figura 1 – Múltiplos usos de água no mundo.


Fonte: Disponível em: <http://w ww.cesan.com.br/e107_images/11-2.jpg> Acesso em 06 de abril de
2011.
SANEAMENTO BÁSICO
Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio
ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida
da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica, Logo, o saneamento
básico é o instrumento governamental pelo qual deve ser garantida água potável à população. No
Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e pela Lei nº. 11.445/2007,
porém, está em déficit, segundo o IBGE, 60% das residências localizadas em bairros carentes não
possuem saneamento básico.
Os trabalhos prestados são por empresas públicas ou, em regime de concessão (é a
permissão do estado para realizar algum serviço público a uma empresa privada), sendo estes
considerados essenciais. Entre os serviços prestados podemos citar: Tratamento de água;
canalização; tratamento de esgotos, limpeza pública nas vias, coleta e consequentemente o
tratamento de resíduos orgânicos e materiais por meio da reciclagem, garantindo assim uma maior
segurança tanto para a população (saúde), quanto para o meio ambiente.
Empresas de saneamento que fazem parte da Associação das Empresas de Saneamento
Básico Estaduais:

 CAEMA - Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão

 CAER - Companhia de Águas e Esgotos de Roraima

 CAERD - Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia

 CAERN - Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte

 CAESA - Companhia de Água e Esgoto do Amapá

 CAESB - Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal

 CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Ceará

 CAGEPA - Companhia de Água e Esgotos da Paraíba

 CASAL - Companhia de Saneamento de Alagoas

 CASAN - Companhia Catarinense de Águas e Saneamento

 CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro

 CESAN - Companhia Espírito Santense de Saneamento

 COMPESA - Companhia Pernambucana de Saneamento

 COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

 CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento

 COSANPA - Companhia de Saneamento do Pará

 DEPASA - Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento

 DESO - Companhia de Saneamento de Sergipe

 EMBASA - Empresa Baiana de Águas e Saneamento

 BRK Ambiental - BRK Ambiental

 SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

 SANEAGO - Saneamento de Goiás

 SANEATINS - Companhia de Saneamento do Tocantins


 SANEPAR - Companhia de Saneamento do Paraná

 SANESUL - Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul

 SANEMAT - Companhia Estadual de Saneamento do Estado de Mato Grosso

De maneira geral, o saneamento básico consiste:

● Tratar e distribuir a água em quantidade satisfatória para garantir as condições básicas de


sobrevivência;
● Coletar, tratar e dispor adequadamente as águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos
líquidos industriais e agrícolas);
● Recolher e destinar adequadamente o lixo;
● Coletar as águas pluviais e controlar empoçamentos e inundações.

Figura 2 –

Principais ações do saneamento básico.

Fonte: Disponível em: < http://ww w.cor renterioleca.com/fotos/cicloagua.jpg>

A poluição das águas vem acontecendo desde as primeiras civilizações, quando o ser
humano interrompeu as práticas nômades. Uma vez instalado em um lugar, a produção de lixo se
mantinha em um determinado local, tendo como uma solução imediata jogar esses lixos em rios
para que a correnteza os levassem para outro lugar distante da habitação. Com o aumento da
população nas áreas urbanas em decorrência da revolução industrial, o acúmulo de lixo nas águas se
tornou um grande problema, infectando a população com doenças como a cólera e a febre tifoide.
Como a população estava doente, e não haviam trabalhadores, foi implementada em 1874 a
primeira Estação de Tratamento de Água (ETA), com o propósito de despoluir o rio Tâmisa na
Inglaterra, por meio de filtros formados por areia.
O primeiro registro de saneamento no Brasil ocorreu em 1561, quando o fundador Estácio
de Sá mandou escavar o primeiro poço para abastecer o Rio de Janeiro. Na capital, o primeiro
chafariz foi construído em 1744.
Durante a história do Saneamento no Brasil existiram fatores que dificultaram o progresso
ao longo dos anos. Podemos citar alguns obstáculos que impediram (e ainda impedem) que o
desenvolvimento dessa área não tenha atingido crescimento expressivo durante esse período, são
eles:

 A falta de planejamento adequado;

 O volume insuficiente de investimentos;

 Deficiência na gestão das companhias de saneamento;

 A baixa qualidade técnica dos projetos e a dificuldade para obter financiamentos e licenças para
as obras.
O consumo de água não tratada, também chamada de água crua, pode causar doenças como
diarreia, febre tifoide, hepatite A, infecção intestinal causada por E. Coli, leptospirose, salmonela e
outras doenças como cólera, rotavírus ou nora vírus.
Isto acontece porque as bactérias se desenvolvem facilmente na água e, embora seja mais
fácil isso acontecer em rios e lagos poluídos, a água de fontes cristalinas também pode ficar
contaminada por algum tipo específico de bactéria. Saiba mais sobre como identificar e tratar as
doenças causadas pela água contaminada.
Alguns sintomas que podemos indicar que a água está contaminada incluem:
➢ Febre e calafrios;
➢ Dor abdominal;
➢ Perda do apetite;
➢ Dor de barriga;
➢ Vômitos e diarreia.

Existem problemas que a população vem enfrentando e temos alguns pontos negativos,
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças que ocorrem nos
países em desenvolvimento são ocasionados pela contaminação da água, e que a cada ano, 15
milhões de crianças de zero a cinco anos de idade morrem direta ou indiretamente pela falta ou
deficiência dos sistemas de abastecimento de águas e esgotos. Ainda hoje, no Brasil, 55,5% da
população não são atendidos por rede de esgoto, sendo 48,9% da área urbana e 84,2% da área rural
(segundo relatório IBGE, 2000). No Brasil, 47,8% dos municípios não têm esgoto, o que afeta
diretamente a qualidade das águas de rios, mares e lagoas das cidades brasileiras.
Segundo o estudo, em 2008, apenas 33 dos 5.564 municípios brasileiros, espalhados em
nove estados, ainda permaneciam sem abastecimento de água por rede geral de distribuição, que é a
retirada da água bruta da natureza, adequação de sua qualidade, transporte e fornecimento à
população, em, pelo menos, um distrito ou parte em dele. Apesar do índice 99,4% dos municípios
abastecidos, o deficit na prestação do serviço continuou elevado, com cerca de12,4 milhões de
residências no País sem acesso à rede geral.

Dos 33 municípios que não dispunham de rede geral de distribuição de água em nenhum de
seus distritos, 21 (63,3%) são da região Nordeste, com destaque para a Paraíba (11 municípios) e
Piauí (5); e sete (21,2%) na região Norte, a maioria de Rondônia, com 4 municípios. Nas PNSB de
1989, eram 180 municípios brasileiros nessa situação e, em 2000, 116.

TRATAMENTO DA ÁGUA

Longo processo de transformação pelo qual a água passa, até chegar em condições de
uso para abastecer a população, independente da função que ela terá. Assim, depois de captada
nos rios barragens ou poços, a água é levada para a estação de tratamento, onde passa por várias
etapas, que será mais complexo dependendo das impurezas existentes na água.

Seu tratamento é muito importante em toda e qualquer localidade, pois só podemos


consumi-la de forma saudável depois de ser tratada, existem ainda outros processos que também
fazem com a água se torne potável e não cause danos à saúde humana, animal e também vegetal,
cada processo de tratamento ou limpeza da água varia de acordo com que a mesma se encontra e
qual destino ela terá.

Captação de água bruta do manancial

Conjunto de equipamentos e instalações utilizadas para a retirada de água do manancial


ou água bruta, com a finalidade de conduzi-la ao sistema de abastecimento.
A captação pode ser superficial ou subterrânea.
A superficial é feita nos rios, lagos ou represas, por gravidade ou bombeamento. Se for feita
por bombeamento, é necessária a construção de uma casa de máquinas contendo conjuntos de motor
bomba junto à captação. A captação subterrânea é efetuada através de poços ar tesianos, perfurações
com 50 a 100 metros, feitas no terreno, para captar a água dos lençóis subterrâneos. Essa água
também é sugada por motores bombas, instalados perto do manancial, e enviada à superfície por
tubulações. É imprescindível que você saiba que a seleção da fonte abastecedora de água é muito
importante na construção de um sistema de abastecimento. Deve-se procurar um manancial com
vazão capaz de proporcionar o abastecimento de toda a comunidade. Além disto, lembre-se que
qualquer tipo de captação de águas para abastecimento não deve ser localizada a jusante de um
lançamento de esgotos.

Figura 3: Captação superficial de água no rio Paraguai


Fonte: Disp onível em: <http://w ww.r ios vivos.org.br/arquivos/27 73 4255.jpg>
Estação elevatória e adutora de água bruta
São instalações que levam a água até a ETA; são compostas por conjuntos de motor
bomba, tubulações de ferro fundido, PVC, aço ou concreto armado e peças acessórias, como
registros e válvulas.
Figura 4: À esquerda, estação elevatória de água. À direita, adutora com entrada de água bruta para
tratamento.
Fonte: Disponível em:
<http://www.boavista.rr.gov.br/produtos/produto7/07_DiagInt_SaneamAmbiental3.PDF

Estação de tratamento de água (ETA)

Corresponde a um bloco hidráulico ou aglomerado de processos, de ordem química e


microbiológica, pelo qual a água bruta passa para obter
requisitos de qualidade. Uma estação convencional, além da estrutura de captação de água bruta,
compreende em unidades de tratamento.
● Mistura rápida de (aeração/coagulação) e floculação

Figura 5: Esquema de unidade na qual ocorrem a mistura rápida e a floculação.


Fonte: Disp onível em: <http://w ww.o2engenhar ia.com.br/aba stecimento3.html
Figura 6: tanque de floculação com a formação dos flocos.
Fonte: Disponível em: <http://farm3.static.ickr.com/2262/2021583351_c7adb0b 89b.jpg

● Decantação

➢ Passagem da água por grandes tanques para decantar os flocos de sujeira.

Figura 7: Taques de Decantação

Fonte: Disponível em: <http://w ww.collett.com.br/upload/image ns/guandu _ 2.jpg

● Filtração
➢ Passagem da água por tanques que contêm leito de pedras, areia e carvão antracito para reter
a sujeira que restou.

Figura 8: Tanque de Filtração.


Fonte: Disponível em: <http://ww w.bo avista.rr.gov.br/pro dutos/p roduto7/07_ DiagInt _Saneam
Ambiental3.PDF

● Desinfecção, fluoretação, alcalização

➢ Desinfecção: Adição de cloro à água antes de sua saída da Estação de Tratamento para
garantir que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus;

➢ Fluoretação: Adição de flúor à água para a prevenção de cáries.

➢ Correção final do ph da água para evitar problemas de corrosão ou incrustação das


tubulações.
Regiões: a mais abastecida e a menos abastecida; Problemas enfrentados nas regiões
desfavorecidas e se há pontos negativos também nas que são mais abastecidas;

Segundo o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a região


norte é onde tem a maior concentração dos recursos hídricos cerca de 68,5% disponíveis no Brasil,
tudo isso graças a Bacia do Amazonas e dos Aquíferos Alter do Chão e Guarani, já o nordeste é a
região com a menor concentração com apenas 3,3% na qual tem uma densidade demográfica de
34,15 hab/km² tudo isso devida a seca, porém é preciso frisar que não é em todo nordeste que se
tem seca e sim na região do polígono das secas, na qual sofre eventualmente com a falta de água.
Por ordem o Centro-Oeste seria estaria em segundo é a região com o melhor equilíbrio com a maior
concentração dos recursos de 15,7% e 8,75 hab/km², a região sul seria a terceira com 48,58 hab/km²
e 6,5%, em seguida o Sudeste com 6% recursos hídricos e com densidade demográfica de 48,56
hab/km².
Na região nordeste alguns dos maiores problemas enfrentados para o tratamento de água é o
grande desperdício de água e a escassez pelo fato de 80% das descargas dos rios só passam por 5%
dos setores ocupados pela população, além da má gestão nas ações de desenvolvimento geral e da
água em partículas. Segundo a Agência Nacional de Água (ANA) em março de 2017, os
reservatórios do Nordeste contavam apenas 13,81% de água, nesse mesmo período em 2016 era
marcado 21%.
No Brasil cerca de 21,4% não tem acesso à água tratada, segundo o IBGE 2008, o estado de
São Paulo está localizado uma das maiores estações de tratamento do mundo, a de Guaraú.

Resíduos dos sistemas de tratamento de água


O setor de saneamento brasileiro enfrenta grandes dificuldades no gerenciamento dos
resíduos gerados nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) e sua disposição final adequada. Há
muito tempo, segundo Richter (2001), o destino dos resíduos gerados em ETAs tem sido corpos de
água receptores próximos a estação, e muitas vezes até a própria fonte que a estação processa.
Nas últimas décadas, esse panorama vem se alterando a medida que a legislação ambiental
brasileira vem tornando-se mais restritiva com a promulgação de Leis Federais (CORDEIRO,
2001), como a Lei N° 9.433/97 e a Resolução CONAMA N° 430/11, e de Leis Estaduais, como a
Lei N° 14.675/09. Destaca-se também o Art. 48 do Código Estadual do Meio Ambiente, que exige
procedimentos de licenciamento ambiental para obtenção da outorga de direito de uso de recursos
hídricos e de lançamento de efluentes, e por sua vez, exige o tratamento dos efluentes gerados
(BRASIL, 2009), o que provoca mudanças na postura de gerentes e órgãos de fiscalização perante
do problema.
Nesse contexto, os responsáveis pelos sistemas de tratamento de água se vêem enquadrados
por essas legislações e obrigados a tomar as devidas providências. Para solucionar o problema,
existem diversos métodos de gerenciamento de efluentes gerados em estações de tratamento de
água que tratam e recuperam o lodo proveniente de lavagem dos filtros e purgas de decantadores, e
buscam mitigar os impactos nos corpos d’água receptores.
A Constituição Federal de 1988 especifica em seu art. 225 que “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988).
Com esta perspectiva, o tratamento de efluentes de ETAs e sua destinação adequada visa
somente assegurar esses direitos e defender o meio ambiente de impactos ambientais irreversíveis.
Gonçalves (1999) alerta para os danos causados no meio ambiente e seres humanos pelo conteúdo
elevado de metais e sólidos devido à disposição do lodo sem tratamento.
Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), existem
aproximadamente 7.500 ETAs de ciclo completo ou convencional que empregam a coagulação,
floculação, sedimentação, filtração e desinfecção como processo de tratamento de água
(CORDEIRO, 2001).
Andreoli et al (2006) ressaltam que a disposição final inadequada desse lodo causa significativo
impacto ambiental, como assoreamento dos rios e alteração das propriedades físico-químico da
água, e pode comprometer a saúde dos indivíduos que fazem uso dessa água.
A NBR 10.004/04 classifica o lodo proveniente de ETA como resíduo sólido Classe II A,
não inerte, em função de sua biodegradabilidade e solubilidade em água (ABNT, 2004). O resíduo
gerado deve ser disposto em aterro sanitário, e para isso, Richter (2001) diz que o lodo deve ser
desidratado, de modo a obter teores de sólidos inferiores a 20%, através de sistemas de desidratação
de lodos, que levam em consideração os seguintes aspectos para seu dimensionamento:

a) Característica do lodo;
b) Estimativa da quantidade de lodo produzida;
c) Métodos para minimizar a quantidade de lodo produzida;
d) Métodos de desidratação.
Coelho et al (2011) afirmam que o gerenciamento adequado do lodo gerado tem caráter
especial por tratar a ideia de redução de geração de resíduos ligada a economia de matéria-prima,
afetando diretamente os custos de operação. Uma vez que a ETA é vista como uma indústria, seu
efluente é tratado como resíduo industrial. Sendo assim, deve passar pelo mesmo conceito de
gerenciamento de resíduos sólidos, passando pela minimização da geração dos resíduos,
reutilização, reciclagem e disposição final.
O tratamento de lodo visa obter condições adequadas para sua disposição final, processo que
envolve a remoção de água para concentrar os sólidos e chegar a um estado final sólido ou semi-
sólido (RICHTER, 2001). Von Sperling (2005) mostra as principais etapas do gerenciamento de
lodos:
 Adensamento: processo físico que visa reduzir sua umidade e, em decorrência, seu volume;
 Estabilização: processo de remoção da matéria orgânica e sólidos voláteis do lodo que visam
atenuar os maus odores no seu processamento;
 Condicionamento: preparação para a desidratação;
 Desaguamento ou desidratação: remoção de água e redução ainda maior da umidade, deixando o
lodo com comportamento mecânico próximo ao dos sólidos;
 Higienização: remoção de organismos patogênicos;
 Disposição final: destinação final aos subprodutos.
Andreoli et al (2006) mostram que a principal etapa do tratamento de efluentes de ETAs é o
desaguamento, etapa em que o lodo é reduzido facilitando seu manuseio, transporte e destinação
final, e que pode ser realizado de duas formas: sistema de secagem natural e sistema de desidratação
mecânica.
Depois o processo de desaguamento, a definição final do destino do lodo se configura a segunda
etapa mais importante no tratamento do lodo da ETA e uma das mais difíceis para os
administradores do sistema por envolver elevados custos de transporte e diversas restrições
ambientais (RICHTER, 2001).
Quanto à disposição final do subproduto do deságue do lodo, que muitos estudos vêm sendo
realizados com lodo de ETA utilizando-o em aplicações controladas em solos degradados
(BITTENCOURT et al, 2012), fabricação de materiais cerâmicos (TARTARI et al, 2011) e
aplicação em concreto (SOUZA, 2010).
Uma outra alternativa para o descarte do lodo de ETA está sendo a disposição em aterros sanitários,
com a recuperação e reciclagem dos coagulantes com descarte do lodo excedente em aterros
(GONÇALVES, 1999).

Uso da água com consciência e medidas para preservar a água

Conscientização é o caminho para preservação da água, isso pode ajudar a mudar a realidade
de muitos que sofrem com a falta desse líquido tão necessário, ou seja, as pessoas podem contribuir
evitando o desperdício de água com pequenas mudanças em seu cotidiano, sejam em suas casas,
propriedades ou estabelecimentos comerciais.
A grande importância de poupar água só acontece depois que a população se conscientiza e
começa a economizar. A escassez de água não é real para muitas pessoas, talvez esse problema
esteja longe de muitos e, por isso, eles acreditam que a água não acabará. Com isso, uma boa parte
da população não economiza.

É preciso alertar e instruir as pessoas a usar a água de modo equilibrado, fazendo alguns
projetos específicos de conscientização, levando as pessoas a ter cuidado maior quanto ao uso de
água.

É possível reciclar a água, não para beber, mas para irrigar um jardim, dar descarga nos
vasos sanitários, lavar carros e até usar para lavar as calçadas. Pequenos gestos que fazem a
diferença.

Além disso, devem ser tomadas algumas medidas para evitar o desperdício:

 Crie campanhas de conscientização e engaje seus colaboradores

 Em vez de utilizar a mangueira para lavar algo, use balde e pano. A mangueira desperdiça
muita água;

 Ao lavar louças, abra a torneira apenas para enxaguá-las;·.


 Previna vazamentos em torneiras e vasos sanitários, com inspeções periódicas.
 Desligue o chuveiro enquanto se ensaboar ou lavar o cabelo. Ligue o chuveiro para
enxaguar.
 Quando escovar os dentes, use a água corrente somente para enxaguar a escova e
feche a torneira enquanto estiver escovando.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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brasil.htm>ACESSADO: 17/03/2018
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persegue-o-nordeste/ > ACESSADO: 18/03/2018
< http://www.aesbe.org.br/ > ACESSADO: 18/03/2018
<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-saneamento-basico.htm > ACESSADO:
18/03/2018
<http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/o-que-e-saneamento > ACESSADO: 18/03/2018
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Saneamento_no_Brasil > ACESSADO: 18/03/2018
<Último Segundo – iG@ http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/abastecimento-de-
agua-nao-chega-a-215-das-casas-diz-estudo/n1237753848396.html >ACESSADO:
19/03/2018
<https://www.infoescola.com/geografia/tratamento-de-agua/ >ACESSADO: 19/03/2018
<http://www.eosconsultores.com.br/historia-saneamento-basico-e-tratamento-de-agua-e-
esgoto/> ACESSADO: 19/03/2018
<https://www.tuasaude.com/consequencias-de-beber-agua-contaminada/> ACESSADO:
19/03/2018
<http://www.educacao.cc/ambiental/contaminacao-da-agua-causas-e-
consequencias/> ACESSADO: 19/03/2018
<http://adra.org.br/noticias/conscientizacao-e-o-caminho-para-preservacao-da-
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<https://pt.wikihow.com/Conservar-e-Preservar-a-Qualidade-da-
%C3%81gua>ACESSADO: 19/03/2018

<https://www.passeidireto.com>ACESSADO: 19/03/2018

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COELHO, Hosmanny M. G.; LANGE, Liséte C.; JESUS, Lucas Filipe L.; SARTORI, Matheus R..
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SOUZA, Francis Rodrigues. Compósito de lodo de estação de tratamento de água e serragem de


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TARTARI, R.; DIAZ-MORA, N.; MODENES, A. N.; PIANARO, S. A. Lodo gerado na estação de
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Von Sperling. v. 1, 3 ed. – Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental;
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