Professional Documents
Culture Documents
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
O Brasil e a
Economia Global
1
Sobre o CEBRI
www.cebri.org
EQUIPE Diretora Executiva: Julia Dias Leite | Gerente Geral: Luciana Gama Muniz |
Superintendente de Projetos: Renata Dalaqua | Coordenadora Administrativa: Fernanda
Sancier | Coordenadora de Comunicação e Eventos: Giselle Galdi | Coordenadora de Relações
Institucionais: Barbara Brant | Assistentes: Carlos Arthur Ortenblad Júnior; Gabriel
Torres; Teresa Rossi | Estagiários: Danielle Batista; Evandro Osuna; Luiz Gustavo
Carlos; Mônica Pereira; Nathália Miranda Diniz Neves; Thais Barbosa | Consultores:
Gina Leal; Cintia Hoskinson | Projeto Gráfico: Presto Design | Foto da Capa: Correia
Transportadora
2
Nesta edição, o CEBRI Breaking News relata o Seminário
“O Brasil e a Economia Global”, realizado no dia 13 de
abril, na Casa do Saber, Rio de Janeiro, em parceria com o
International Institute for Management Development (IMD).
O evento promoveu análises sobre os atuais desafios e
oportunidades para a inserção econômica internacional
do Brasil, levando em consideração as características da
estrutura produtiva nacional e as limitações do sistema
multilateral de comércio.
3
ABRIL 2018 | SEMINÁRIO
O Brasil e a Economia
Global
4
O Brasil e a Economia Global
Assim como Pio Borges, os demais palestrantes presentes ao evento ofereceram aná-
lises e recomendações voltadas para o fortalecimento da economia brasileira. Nesse
sentido, ressaltaram a importância de maiores investimentos em infraestrutura, uma
vez que desenvolvimentos nesse setor poderiam reduzir o alto custo logístico das
exportações brasileiras.
5
Embora as reformas econômicas e privatizações realizadas a partir de 1990 tenham
contribuído para a integração competitiva do Brasil à economia global, muitas destas
medidas sofreram retrocessos durante a primeira década do século XXI. Por outro
lado, alguns casos excepcionais de grandes players globais, como Vale e Embraer,
demonstram que é possível atingir altos níveis de competitividade a partir de processos
bem-sucedidos de internacionalização.
6
O Brasil e a Economia Global
Com relação ao plano internacional, Primo Braga abordou o estado atual da Organização
Mundial de Comércio (OMC). Em sua fala, o Professor destacou o contraste entre
duas faces do sistema multilateral de comércio e da atuação da OMC. Se, por um
lado, as negociações no âmbito da Rodada Doha permanecem paralisadas desde
2008, por outro, o mecanismo de solução de controvérsias da organização “funciona
relativamente bem, servindo de referência para arranjos similares em diversos acordos
preferenciais de comércio”. Ainda, Braga assinalou os avanços significativos observados
na área de facilitação de comércio desde a adoção do Pacote de Bali em 2013, com
grande potencial para reduzir custos de transação e, em última instância, sinalizar uma
liberalização comercial.
Entretanto, não se pode ignorar os fortes reveses sofridos pelo sistema multilateral
de comércio nos últimos anos, associados à perda de
ímpeto do próprio processo de globalização. Entre as CONTEÚDO RECOMENDADO
Nesse cenário, o sistema multilateral de comércio The Risks of U.S. Steel and
Aluminum Tariffs
encontra-se ameaçado pelas recentes ações protecionistas
adotadas pelos Estados Unidos sob a presidência
de Donald Trump. Ao basear a adoção de tarifas à
importação de aço e alumínio no Artigo 21 do GATT,
bem como na seção 232 do Trade Expansion Act, os
Estados Unidos justificaram a medida por “razões de
segurança nacional”. Embora a consequência econômica https://goo.gl/FE7yR5
destas tarifas não seja alarmante, Carlos Primo Braga
destacou o forte impacto em potencial do recurso ao
7
Artigo 21 para as regras do comércio multilateral no longo prazo – tendo em vista
processo já iniciado pela China na OMC, contra as tarifas norte-americanas. Caso a
disputa seja vencida pela China, cenário provável nos próximos dois ou três anos para
o Professor, o efeito poderia culminar em uma retirada dos EUA da OMC, tornando
“órfão” o sistema multilateral de comércio.
8
O Brasil e a Economia Global
Em última instância, a análise dos setores nos quais o Brasil é competitivo – com
destaque para o agronegócio – revela a imprecisão da percepção, sustentada durante
o período da substituição de importações, de que o setor agrícola conotaria baixa
produtividade e a “indústria representaria o futuro e a modernidade”. Para Pio
Borges, há complementaridade entre a produtividade agrícola e industrial e o Brasil
deve explorar vantagens comparativas e competitivas na área de commodities como
plataforma para a modernização industrial.
9
O crescimento das exportações agrícolas não deve ser
visto com maus olhos por aqueles que defendem o
setor industrial. É possível crescer, atendendo à onda de
commodities criada pela Ásia, e modernizar a indústria
ao mesmo tempo – mas o fator-chave é produtividade. O
mercado não pode ser protegido a ponto de estimular a
ineficiência”
10
11
Biografias
12
Conselho Curador do CEBRI
Presidente Conselheiros
José Pio Borges Aldo Rebelo
André Clark
Presidente de Honra Anna Jaguaribe
Fernando Henrique Cardoso Armando Mariante
Arminio Fraga
Vice-Presidentes Carlos Mariani Bittencourt
José Luiz Alquéres Cláudio Frischtak
Luiz Felipe de Seixas Corrêa Demétrio Magnoli
Tomas Zinner Gelson Fonseca Jr.
Henrique Rzezinski
Vice-Presidentes Eméritos Joaquim Falcão
Daniel Klabin Jorge Marques de Toledo Camargo
José Botafogo Gonçalves José Alfredo Graça Lima
Luiz Augusto de Castro Neves José Roberto C. Neves
Rafael Benke Luiz Fernando Furlan
Luiz Ildefonso Simões Lopes
Conselheiros Eméritos Marcelo de Paiva Abreu
Celso Lafer Maria do Carmo (Kati) Nabuco de Almeida
Marcos Azambuja Braga
Pedro Malan Renato Galvão Flôres Jr.
Roberto Teixeira da Costa Roberto Abdenur
Rubens Ricupero Roberto Giannetti da Fonseca
Ronaldo Veirano
Sérgio Quintella
Sérgio Amaral
Vitor Hallack
Winston Fritsch
13
Mantenedores
Patrocinadores
14
Apoio
Associados Estrangeiros
Associados Diplomáticos
Sócios Individuais
15
Parceiros de Projetos:
Parceiros Institucionais:
16
CENTRO BRASILEIRO DE
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
www.cebri.org