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CENTRO BRASILEIRO DE

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Breaking News #21

ABRIL 2018 | SEMINÁRIO

O Brasil e a
Economia Global

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Sobre o CEBRI

Independente, apartidário e multidisciplinar, o Centro Brasileiro de Relações


Internacionais é pautado pela excelência, ética e transparência na formu-
lação e disseminação de conteúdo de alta qualidade sobre o cenário in-
ternacional e o papel do Brasil. Engajando os setores público e privado, a
academia e a sociedade civil em um debate plural, o CEBRI influencia a cons-
trução da agenda internacional do país e subsidia a formulação de políticas
públicas, gerando ações de impacto e visão prospectiva.

Ao longo de dezenove anos de história, a instituição se destaca por seu acer-


vo intelectual, pela capacidade de congregar múltiplas visões de renomados
especialistas, pela envergadura de seu Conselho Curador e pela pluralidade
de seus mantenedores.

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Nesta edição, o CEBRI Breaking News relata o Seminário
“O Brasil e a Economia Global”, realizado no dia 13 de
abril, na Casa do Saber, Rio de Janeiro, em parceria com o
International Institute for Management Development (IMD).
O evento promoveu análises sobre os atuais desafios e
oportunidades para a inserção econômica internacional
do Brasil, levando em consideração as características da
estrutura produtiva nacional e as limitações do sistema
multilateral de comércio.

A discussão contou com contribuições de Carlos Primo


Braga, Professor e Diretor do IMD/Evian Group, José Pio
Borges, Presidente do Conselho Curador do CEBRI, e
Marcio Senne de Moraes, Diretor de Relações Externas da
Vale.

Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos


palestrantes, bem como aos Conselheiros do CEBRI e ao
público presente na ocasião. Agradecemos, ainda, ao IMD
e à Casa do Saber pelo apoio na realização do Seminário.

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ABRIL 2018 | SEMINÁRIO

O Brasil e a Economia
Global

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O Brasil e a Economia Global

P ara ser capaz de aproveitar as oportunidades que se vislumbram no cená-


rio internacional, o Brasil precisa alavancar a produtividade industrial. Em contraste
com a alta competitividade do agronegócio brasileiro, a indústria nacional está, em
larga medida, “lagging behind”. Esta opinião foi expressada por José Pio Borges, Presi-
dente do Conselho Curador do CEBRI, durante o Seminário “O Brasil e a Economia
Global”.

Assim como Pio Borges, os demais palestrantes presentes ao evento ofereceram aná-
lises e recomendações voltadas para o fortalecimento da economia brasileira. Nesse
sentido, ressaltaram a importância de maiores investimentos em infraestrutura, uma
vez que desenvolvimentos nesse setor poderiam reduzir o alto custo logístico das
exportações brasileiras.

Levando em conta o deslocamento do eixo do crescimento da economia global para


a Ásia, os participantes chamaram atenção para o potencial da China como fonte
de investimentos de longo prazo e, também, como mercado para recursos minerais,
energéticos e alimentares brasileiros. Antes de analisar as perspectivas para inserção
internacional do Brasil, porém, é importante entender a estrutura produtiva brasi-
leira e o legado das políticas protecionistas que foram adotadas ao longo das últimas
décadas.

O legado protecionista da substituição de importações

Substanciada pelos preceitos da “teoria da dependência”, a tradicional estratégia de


industrialização via substituição de importações surtiu impactos distintos para o
crescimento da economia brasileira no médio e no longo prazo. Para Pio Borges, a
estratégia resultou em indústrias que permaneceram “confortáveis com seus mercados
protegidos, altas tarifas, barreiras não tarifárias e regras de conteúdo nacional (...), não
se preocupando em obter ganhos de eficiência”.

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Embora as reformas econômicas e privatizações realizadas a partir de 1990 tenham
contribuído para a integração competitiva do Brasil à economia global, muitas destas
medidas sofreram retrocessos durante a primeira década do século XXI. Por outro
lado, alguns casos excepcionais de grandes players globais, como Vale e Embraer,
demonstram que é possível atingir altos níveis de competitividade a partir de processos
bem-sucedidos de internacionalização.

Fundada em 1942 e privatizada em 1997, a Vale consolidou-se como a maior


produtora e exportadora global de minério de ferro – além de operar com commodities
como níquel, cobre e carvão, que compõem seu core business. Responsável por 8%
das exportações brasileiras em 2017, a empresa representa, ainda, a maior operadora
logística no Brasil, com operações de shipping também na Austrália e Canadá.
Após a crise de 2008, com a queda expressiva de preços no setor, a empresa tem

investido intensivamente em inovação para preservar


CONTEÚDO RECOMENDADO
sua competitividade, conforme relatou Marcio Senne de
Investimento em Moraes, Diretor de Relações Externas da Vale.
infraestrutura
Os economistas Claudio Frischtak e Apesar do sucesso da Vale, o Brasil ainda representa
João Mourão ressaltam a necessidade
“uma das economias mais fechadas do mundo, com
do aumento de investimentos em in-
fraestrutura para atualizar o setor no altas taxas de proteção efetiva”, segundo notou Carlos
Brasil, destacando a importância da Primo Braga, Professor do IMD. Para Braga, a estrutura
segurança jurídica e da previsibilidade
regulatória. de proteção no país é altamente desigual, com elevadas
taxas em setores específicos, como o automobilístico,
Estudo defende duplicar têxtil e de bens de capital. Para além das altas tarifas, o
investimento em infraestru-
tura equivalente tarifário às barreiras técnicas no país alcança
patamares superiores em 60% à média global – onerando
substancialmente as exportações no país. Ainda, na visão
do Professor, requisitos de conteúdo nacional no setor
de petróleo e gás da ordem de 65% tendem a prejudicar
substancialmente a eficiência da produção e a dificultar
https://goo.gl/JWH8Bn a atração de investimentos externos.

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O Brasil e a Economia Global

O momento atual da globalização e do comércio multilateral

Com relação ao plano internacional, Primo Braga abordou o estado atual da Organização
Mundial de Comércio (OMC). Em sua fala, o Professor destacou o contraste entre
duas faces do sistema multilateral de comércio e da atuação da OMC. Se, por um
lado, as negociações no âmbito da Rodada Doha permanecem paralisadas desde
2008, por outro, o mecanismo de solução de controvérsias da organização “funciona
relativamente bem, servindo de referência para arranjos similares em diversos acordos
preferenciais de comércio”. Ainda, Braga assinalou os avanços significativos observados
na área de facilitação de comércio desde a adoção do Pacote de Bali em 2013, com
grande potencial para reduzir custos de transação e, em última instância, sinalizar uma
liberalização comercial.

Entretanto, não se pode ignorar os fortes reveses sofridos pelo sistema multilateral
de comércio nos últimos anos, associados à perda de
ímpeto do próprio processo de globalização. Entre as CONTEÚDO RECOMENDADO

transformações da última década, o Professor destacou


Os riscos das tarifas
a mudança na composição da “estrutura de apoio” à
norte-americanas para o
globalização. Com a crescente reticência de potências
comércio multilateral
centrais, em particular dos Estados Unidos, sobre os
Segundo análise do Council on Foreign
benefícios da integração à economia global, a “bandeira” Relations, a imposição de tarifas sobre a
da globalização passou a ser defendida por países importação de aço e alumínio pelos EUA,
por razões de segurança nacional, podem
como Vietnã e Filipinas, altamente beneficiados pela culminar no enfraquecimento das regras
consolidação de cadeias globais de valor. do comércio multilateral.

Nesse cenário, o sistema multilateral de comércio The Risks of U.S. Steel and
Aluminum Tariffs
encontra-se ameaçado pelas recentes ações protecionistas
adotadas pelos Estados Unidos sob a presidência
de Donald Trump. Ao basear a adoção de tarifas à
importação de aço e alumínio no Artigo 21 do GATT,
bem como na seção 232 do Trade Expansion Act, os
Estados Unidos justificaram a medida por “razões de
segurança nacional”. Embora a consequência econômica https://goo.gl/FE7yR5
destas tarifas não seja alarmante, Carlos Primo Braga
destacou o forte impacto em potencial do recurso ao

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Artigo 21 para as regras do comércio multilateral no longo prazo – tendo em vista
processo já iniciado pela China na OMC, contra as tarifas norte-americanas. Caso a
disputa seja vencida pela China, cenário provável nos próximos dois ou três anos para
o Professor, o efeito poderia culminar em uma retirada dos EUA da OMC, tornando
“órfão” o sistema multilateral de comércio.

Perspectivas para o futuro: o desafio do aumento da produtividade


no Brasil

Diante do panorama pouco promissor para o comércio multilateral, participantes


convergiram no diagnóstico da importância da liberalização comercial no Brasil,
particularmente através da assinatura de acordos preferenciais. Ainda, como requisitos
para a concretização de projeções sobre a recuperação econômica nacional no curto
prazo, realçaram a importância de preservar marcos legais estáveis e avançar na

“campanha anticorrupção” – além do imperativo do


CONTEÚDO RECOMENDADO
aumento da produtividade industrial.
Relatório da SAE
faz recomendações Os palestrantes convergiram na necessidade de
para aumento da atração de investimentos em infraestrutura, visando
produtividade no Brasil
reduzir o custo logístico das exportações brasileiras e,
Em Relatório de Conjuntura, a Secretaria
Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) em última instância, estimular a internacionalização
analisa o papel da integração comercial e competitividade de empresas nacionais. Segundo
internacional, da qualidade das agências
José Pio Borges, investimentos em infraestrutura
reguladoras e do ambiente de negócios
para o aumento da produtividade nacional. apresentaram queda de 25% entre 2016 e 2017,
representando cerca de 1% do PIB nacional no
Uma agenda de produtividade: último ano – aproximadamente um terço do patamar
o desenvolvimento como o necessário para sustentar a recuperação econômica.
interesse público.
Como exemplo de projeto de infraestrutura de
alto impacto, voltado ao escoamento da produção
agrícola brasileira, destacou-se o caso da ferrovia
Ferrogrão. Conectando os municípios de Sinop
(MT) e Itaituba (PA) através de 1.050 quilômetros,
o projeto da ferrovia teria sido concebido por
https://goo.gl/ECEGdh atores do setor privado e é responsável por atrair

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O Brasil e a Economia Global

grande interesse de atores chineses, em particular da estatal China Communications


Construction Company (CCCC).

Deste modo, reiterou-se o papel central desempenhado pela China na atração de


investimentos de longo prazo para o país, principalmente nos setores de energia,
agricultura e infraestrutura. Embora o Brasil não tenha sido oficialmente incluído na
iniciativa Belt & Road, o país já representaria o principal destino de investimentos
chineses na América do Sul. Ainda, destacou-se o papel da China como principal
parceiro comercial brasileiro, absorvendo cerca de 20% das exportações brasileiras
em 2017 – enquanto o restante do continente asiático representaria o segundo maior
mercado global para produtos brasileiros. Notavelmente, após o boom nas exportações
de soja para a China no início do século, José Pio Borges apontou para a possibilidade
de uma nova onda de exportações, no setor de proteína animal – tendo em vista as
importantes mudanças em curso na dinâmica demográfica chinesa e a abertura gradual
do país neste setor.

Em última instância, a análise dos setores nos quais o Brasil é competitivo – com
destaque para o agronegócio – revela a imprecisão da percepção, sustentada durante
o período da substituição de importações, de que o setor agrícola conotaria baixa
produtividade e a “indústria representaria o futuro e a modernidade”. Para Pio
Borges, há complementaridade entre a produtividade agrícola e industrial e o Brasil
deve explorar vantagens comparativas e competitivas na área de commodities como
plataforma para a modernização industrial.

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O crescimento das exportações agrícolas não deve ser
visto com maus olhos por aqueles que defendem o
setor industrial. É possível crescer, atendendo à onda de
commodities criada pela Ásia, e modernizar a indústria
ao mesmo tempo – mas o fator-chave é produtividade. O
mercado não pode ser protegido a ponto de estimular a
ineficiência”

Um dos problemas do lento crescimento brasileiro é o


baixo nível de investimento em infraestrutura – e a China,
com a iniciativa Belt & Road, pode ser um importante
parceiro, não apenas através de participação acionária, mas
para financiamento através do Banco de Desenvolvimento
da China e fundos chineses”
- José Pio Borges

A estrutura de proteção no Brasil é altamente desigual,


alguns setores – particularmente têxtil, automotivo e de
bens de capital – possuem taxas efetivas de proteção muito
altas. Além disso, o equivalente tarifário de barreiras não-
tarifárias no Brasil é um pesadelo – em alguns casos, 60%
acima da média global”
- Carlos Primo Braga

Manter canais comerciais abertos é crucial para a Vale, 90%


de nossas receitas vêm do exterior. Ninguém ganha em
uma guerra comercial. O clima de guerra comercial visto
atualmente não é positivo para nossa empresa ou para a
maioria das empresas multinacionais”
- Marcio Senne de Moraes

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Biografias

Carlos Primo Braga


Carlos Primo Braga é professor de Economia Política Internacional e Diretor do
Grupo Evian no IMD – International Institute for Management Development. An-
teriormente, foi Representante Especial e Diretor para a Europa do Banco Mundial,
onde também atuou como Diretor de Política Econômica e Dívida, entre outras
posições. Foi também Professor Visitante e Fulbright Scholar na Johns Hopkins
University, além de Consultor na Organização dos Estados Americanos (OEA). Suas
áreas de interesse incluem comércio internacional, investimento externo direto,
economia da inovação, propriedade intelectual e governança global.

José Pio Borges


Presidente do Conselho Curador do CEBRI, o Sr. Pio Borges é Sócio-Gerente da RJX
Investimentos. Serviu como Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), onde exerceu numerosas posições através dos anos.
Foi também CEO da Pronor Petroquímica, Diretor do BBM- Banco da Bahia Inves-
timentos S.A, e Diretor da Violy, Byorum & Co. É atualmente membro do Conselho
de Administração da Captalys Investimentos e Diretor da Casa Stefan Zweig em
Petrópolis. O Sr. Pio Borges recebeu diploma de bacharel em Engenharia Mecânica
e mestrado em Engenharia Industrial da Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro e concluiu mestrado em Economia na New School for Social Research
em Nova York.

Marcio Senne de Moraes


Atual Diretor de Relações Externas da Vale, Marcio Senne juntou-se à empresa em
2006, tendo atuado como Gerente Geral e Chefe de Assuntos Corporativos para a
Europa e América do Norte. Anteriormente, foi Editor e Analista de Política Inter-
nacional Sênior da Folha de São Paulo, além de ter atuado junto à UNESCO, em
Paris. É mestre em Ciência Política pela Sciences Po e Bacharel em Administração
Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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Conselho Curador do CEBRI

Presidente Conselheiros
José Pio Borges Aldo Rebelo
André Clark
Presidente de Honra Anna Jaguaribe
Fernando Henrique Cardoso Armando Mariante
Arminio Fraga
Vice-Presidentes Carlos Mariani Bittencourt
José Luiz Alquéres Cláudio Frischtak
Luiz Felipe de Seixas Corrêa Demétrio Magnoli
Tomas Zinner Gelson Fonseca Jr.
Henrique Rzezinski
Vice-Presidentes Eméritos Joaquim Falcão
Daniel Klabin Jorge Marques de Toledo Camargo
José Botafogo Gonçalves José Alfredo Graça Lima
Luiz Augusto de Castro Neves José Roberto C. Neves
Rafael Benke Luiz Fernando Furlan
Luiz Ildefonso Simões Lopes
Conselheiros Eméritos Marcelo de Paiva Abreu
Celso Lafer Maria do Carmo (Kati) Nabuco de Almeida
Marcos Azambuja Braga
Pedro Malan Renato Galvão Flôres Jr.
Roberto Teixeira da Costa Roberto Abdenur
Rubens Ricupero Roberto Giannetti da Fonseca
Ronaldo Veirano
Sérgio Quintella
Sérgio Amaral
Vitor Hallack
Winston Fritsch

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Mantenedores

Patrocinadores

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Apoio

Associados Estrangeiros

Associados Diplomáticos

Sócios Individuais

Adriano Abdo Fernando Cariola Travassos Paulo Ferracioli


Aleksander Medvedovsky Fernão Bracher Pedro Brêtas
Álvaro Augusto Dias Monteiro Frederico Axel Lundgren Pedro Leitão da Cunha
Álvaro Otero Gilberto Prado Ricardo Haddad
Arminio Fraga Henrique Rzezinski Ricardo Levisky
Carlos Eduardo Ernanny Jacques Scvirer Roberto Abdenur
Carlos Leoni de Siqueira João Felipe Viegas Figueira de Mello Roberto Amadeu Milani
Carlos Mariani Bittencourt João Roberto Marinho Roberto Guimarães Martins-Costa
Celso Lafer José Francisco Gouvêa Vieira Roberto Pereira de Almeida
Christiane Aché Larissa Wachholz Roberto Prisco Paraiso Ramos
Claudine Bichara Leonardo Coelho Ribeiro Roberto Teixeira da Costa
Daniel Klabin Manuel Thedim Stelio Marcos Amarante
Décio Oddone Marcelo Weyland Barbosa Viera Tomas Zinner
Eduardo Marinho Christoph Marcio João de Andrade Fortes Vitor Hallack
Eduardo Prisco Paraíso Ramos Maria Pia Mussnich Winston Fritsch
Evangelina Seiler Mauro Ribeiro Viegas Neto
Fernando Bodstein Mauro Viegas Filho

15
Parceiros de Projetos:

Parceiros Institucionais:

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CENTRO BRASILEIRO DE
RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Desde 1998, o think tank de referência em relações


internacionais no Brasil. Eleito em 2018 o terceiro
melhor think tank da América do Sul e Central pelo
índice global do Think Tanks and Civil Societies
Program da Universidade de Pensilvânia.

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