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O que chamamos de “signo” nada mais é do que a posição do SOL no céu, no momento de

nascimento de cada pessoa, mas para termos uma idéia das energias que estão
presentes (e que precisam ser desenvolvidas ou utilizadas) na encarnação de cada
um, precisamos observar também os planetas (lua, mercúrio, vênus, marte, júpiter,
saturno, urano, netuno e plutão), bem como em qual casa astrológica estas energias
se encontram. O princípio básico sobre o qual tudo isto está edificado chama-se
SINCRONICIDADE ou ACAUSAL (voltarei a falar sobre isso em próximas colunas) mas,
por enquanto, para vocês viajarem até a semana que vem, fica o seguinte pensamento:

Se acreditarmos que todos os planetas seguem órbitas perfeitamente mensuráveis, com


ciclos matematicamente ordenados e previsíveis (ou seja, você pode prever com
exatidão onde cada planeta estará posicionado no céu em qualquer data e em qualquer
local da superfície da terra);
Se acreditarmos que existe reencarnação e que, pela lei da afinidade, grupos de
pessoas precisam desenvolver e trabalhar suas essências de acordo com determinadas
energias;
Podemos assumir, por absurdo, que os seres responsáveis por organizar estas
encarnações (os chamados “Engenheiros de Karma”) precisariam de um sistema que
fosse ao mesmo tempo preciso e confiável o suficiente para posicionar o nascimento
de cada espírito em determinado lugar em determinado dia/mês/ano. Por que não
utilizar um “computador celeste” que já funciona com precisão absoluta?
Supondo-se que esta estrutura exista, hackeando este computador, obtém-se a
astrologia.

Sem mais delongas, vamos à Santa Ceia:

“E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a
Deus. E quando já era dia, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze deles a
quem também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e André
seu irmão; Tiago (menor) e João, Filipe e Bartolomeu; e Mateus e Tomé, Tiago
(maior) filho de Alfeu e Simão chamado o Zelador e Judas (Tadeu) filho de Tiago e
Judas Iscariotes, que foi o traidor”. LC:6 12-16

Para compreender melhor, colocamos Aqui uma reprodução da imagem.


Os apóstolos devem ser observados da direita para a esquerda.

Quem está na cabeceira da mesa é São Simão, que corresponde ao signo de Áries
(Signo de fogo e de ação). Simão indica com as mãos a direção a tomar. Áries rege a
cabeça na anatomia astrológica, e a testa de Simão é bem realçada na pintura. Sua
prontidão ariana também é mostrada pelas mãos desembaraçadas, para agirem conforme
a vontade e coragem dos arianos.

Ao seu lado direito, Judas Tadeu, representando Touro. Seu semblante é sereno
enquanto escuta Simão (Áries) e vai digerindo lentamente suas impressões, suas mãos
na postura de quem recebe algo, caracterizando a possessividade de Touro (que é
terra/receptivo, o signo que acumula). No corpo humano, Touro rege o pescoço e a
garganta, e o de Judas Tadeu está bem destacado.

Mateus vem em seguida, correspondendo à Gêmeos, signo duplo que rege a interação
com as pessoas e a habilidade de colher informações. Mateus tem as mãos dispostas
para um lado e o rosto para o outro, revelando o hábito geminiano de falar e ouvir
à todos ao mesmo tempo. Mateus era escriba e historiador da vida de Jesus (escreveu
um dos 4 livros aceitos como verdadeiros pela Igreja Católica) e Gêmeos rege a casa
III, setor de comunicação e conhecimento.

Logo após está São Filipe, representando Câncer. Suas mãos em direção ao peito
mostram a tendência canceriana para acolher, proteger e cuidar das coisas. Regido
pela Lua, Câncer trabalha com o sentir. Filipe está inclinado, retratado como se
estivesse se oferecendo para realizar alguma tarefa.
Ao seu lado está Tiago Menor, o Leonino, de braços abertos, revelando nesse gesto
largo o poder de irradiar amor (Leão rege o coração e o chacra cardíaco), ele se
impõe nesse gesto confiante, centralizando atenções.

Atrás dele, quase que escondido, está São Tomé, o Virginiano, o famoso “ver para
crer”, que, apesar de modesto, não deixa de expressar o lado crítico e inquisitivo
de Virgem – com o dedo em riste ele contesta diante de Cristo.

Libra é simbolizado por Maria Madalena, esposa de Jesus. Com as mãos entrelaçadas,
ela pondera e considera todas as opiniões antes de tomar posições – Libra rege a
casa VII, é o setor do casamento e parcerias, deixado também como mais uma
evidência de que os templários possuíam conhecimento sobre o casamento de Jesus e
seus descendentes.

Ao seu lado, está Judas Iscariotes, guarda-costas de Jesus, representando


Escorpião. Com uma das mãos ele segura um saco de dinheiro (Escorpião rege a casa
VIII, que trata dos bens e valores dos outros) e com a outra mão ele bate na mesa,
protestando.

Em seguida, Pedro, o Pescador de Almas, representando o alegre Sagitário. Foi ele


quem fez o dogma e instituiu a lei da Igreja – Sagitário rege a casa IX, setor das
leis, religiões e filosofia. Seu dedo aponta para Jesus – a meta de Sagitário é
espiritual. Ele se coloca entre Maria e Judas, trazendo esclarecimentos (luz) à
discussão (Sagitário é o “alto-astral” do zodíaco).

Ao seu lado está Santo André, Capricórnio. O signo mais responsável do zodíaco, que
com seu gesto restritivo, impõe limites. Seu rosto magro e ossos salientes revelam
o biotipo capricorniano. Seus cabelos e barbas brancas e seu semblante sério
mostram a relação de Capricórnio com o tempo e a sabedoria.

Ao lado, Tiago Maior, Aquariano, que debruça uma de suas mãos sobre seus ombros,
num gesto amigável, enquanto a outra se estende aos demais. Ele visualiza o
conjunto, percebendo ali o trabalho em grupo liderado por Jesus. Aquário rege a
casa XI, que é o setor dos grupos, amigos e esperanças.

Finalmente, sentado à esquerda, temos São Bartolomeu, o viajante, representando


Peixes. Seus pés estão em destaque (que são regidos por Peixes na anatomia
astrológica). Ele parece absorvido pelo que acontece à mesa e, com as mãos
apoiadas, quase debruçado, revela devoção envolvido pelo clima desse encontro.

Como já disse anteriormente, os iniciados possuem diversas maneiras de passar


mensagens uns para os outros bem debaixo das barbas dos profanos. Como disse o
Mestre, “quem tiver ouvidos que ouça”.

Até a próxima semana, crianças,


Votos de paz profunda.

Marcelo Del Debbio

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