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Retrospectiva

Agosto/2017
Furacão Harvey fez mais de 60 mortos
O número de mortos em consequência da passagem da tempestade Harvey
chegou a 60 nesta segunda-feira, de acordo com autoridades de saúde dos
Estados Unidos.

Muitas das mortes são de pessoas que se afogaram em inundações repentinas


no Texas e na Louisiana. Porém, autoridades de emergência de diversos
condados disseram à Associated Press que na contabilidade de vítimas estão
incluídas pessoas que morreram por complicações indiretas do Harvey.

A falta de eletricidade deixou sem funcionamento equipamentos que ajudam


a manter idosos vivos. Além disso, autoridades disseram que as inundações
causaram chamados de diversas emergências médicas
Temer vai à China para reunião do BRICS e em
busca de investimentos
O presidente Michel Temer embarca na manhã desta terça-feira (29) para a China, onde
fará visita de Estado e participará da 9ª cúpula do Brics, grupo formado pelo Brasil, a
Rússia, China, Índia e África do Sul. No país asiático, que é o principal parceiro comercial
do Brasil, Temer vai apresentar o pacote de concessões e privatizações de aeroportos,
portos, rodovias e linhas de transmissão, lançado na semana passada pelo governo, que
inclui a venda de parte da Eletrobras.
O embaixador brasileiro na China, Marcos Caramuru, identifica o setor elétrico, as
rodovias, ferrovias e os portos como as áreas de maior potencial de interesse dos chineses
no Brasil. “Tem ativos na área de infraestrutura que vão interessar aos chineses e fazer
com que eles se posicionem para participar dos leilões. A China foi o país que mais investiu
em infraestrutura no mundo. Por trás disso, eles têm uma capacidade de financiamento
robusta”, disse.
Temer chegou em no dia 31. No dia 1º de setembro, ele teve reuniões com o presidente
chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro Li Keqiang. Temer vai participar do Seminário
Empresarial Brasil-China, organizado pela Apex-Brasil, que reunirá líderes empresariais
chineses que já investem ou têm interesse em investir no Brasil.
Durante a visita, está prevista a assinatura de acordos nas áreas de comércio,
investimentos e intercâmbio entre pessoas, por meio da extensão da validade de vistos
para turismo e negócios.
Entre os dias 3 e 5 de setembro, o presidente participará da cúpula do BRICS na cidade
chinesa de Xiamen.
Desemprego recua para 12,8% no trimestre de maio,
junho e julho
O desemprego ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho, segundo
dados da Pnad Contínua, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o Brasil tinha 13,3
milhões de desempregados.
Em relação ao trimestre terminado em junho, o recuo da taxa foi de 0,2 ponto
percentual (veja o gráfico abaixo). Já em relação ao trimestre móvel terminado
em abril, o recuo foi ainda maior, de 0,8 ponto percentual. No entanto, frente
ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,2 ponto percentual maior,
quando o desemprego estava em 11,6%.
A taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel
trimestral, ou seja, de três meses, portanto, o dado de julho se refere ao
período de maio a julho. O instituto divulga a taxa mensalmente.
Brasil faz teste de telefonia 5G, que promete
levar internet mais longe
O Brasil fez agora em agosto o primeiro teste com telefonia 5G, que vai levar mais longe o sinal da internet pelo celular.
A escola do Luiz Augusto fica a só sete quilômetros do perímetro urbano. Até tem sinal de celular, mas internet...
“Não funciona, no computador só dá pra usar os jogos que já tem”, reclama o menino Luiz Augusto Antônio Ribeiro, de
11 anos.
“Eles leem, digitam resumo, usam o computador com outras ferramentas, mas a internet mesmo não funciona”,
confirma a coordenadora pedagógica Mônica Maria do Rosário.
Quem está no campo e precisa acompanhar a previsão do tempo, a cotação agrícola, as novidades do agronegócio,
enfrenta a mesma situação.
“Se a gente pudesse ter um monitoramento online com câmeras e sistema de alarme isso nos ajudaria muito”, afirma o
produtor rural Lucas Moreira Alckmin.
Foi justamente para melhorar o sinal em áreas rurais que pesquisadores do Instituto Nacional de Telecomunicações no
Sul de Minas Gerais começaram a desenvolver a nova geração de dados móveis: o 5G. Foram dois anos e meio de
pesquisas para chegar num modelo que promete um alcance bem maior do que o atual: de até 50 quilômetros.
Hoje, o 4G só chega a cinco, dez quilômetros das torres. O modelo brasileiro não é o único: Japão, Coreia e Estados
Unidos também criaram os seus 5Gs.
“A alta vazão de dados, a baixa no tempo de resposta e a internet das coisas estão sendo pesquisadas de forma muito
intensa nos Estados Unidos, Europa, Japão e Coreia. A questão do alcance foi deixada de lado então o Brasil está
levando essa discussão adiante”, explica Luciano Leonel Mendes, pesquisador do Inatel.
A primeira transmissão dessa nova tecnologia foi feita em Brasília.
“O 3G levou um tempo maior para entrar no Brasil que no resto do mundo. O 4G a gente entrou junto com o mundo. O
5G a gente está tendo a oportunidade de desenvolver junto com o resto do mundo”, disse o secretário de Política de
Informática, Maximiliano Martinhão.
Tecnologia desenvolvida a partir das necessidades dos brasileiros.
“Tecnologia e educação caminham juntas mesmo, então seria maravilhoso”, afirma a coordenadora pedagógica Mônica.
Justiça Federal suspende liberação de área da
Amazônia para mineração
A Justiça Federal suspendeu o decreto que liberava para a mineração em uma reserva ambiental na Amazônia.
Na decisão, o juiz Rolando Spanholo diz que é “inadequada a pretensão do Executivo Federal em extinguir (total ou
parcialmente) a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), por meio de simples decreto e sem a prévia
deliberação do Congresso”.
A reserva fica entre o Pará e o Amapá. É do tamanho do estado do Espírito Santo. Tem nove áreas de preservação -
parques, florestas, reservas biológicas e terras indígenas.
Com um decreto, semana passada, o governo extinguiu a reserva. Abriu caminho para a exploração mineral na região
rica em ouro, ferro, cobre, manganês e outros minérios. A decisão agradou as mineradoras, mas foi criticada por
ambientalistas e até por aliados.
O próprio ministério do Meio Ambiente já havia feito uma nota técnica contrária ao fim da reserva.
No texto, a secretaria de mudanças do clima e florestas afirma que, em 2016, constavam no banco de dados do
departamento nacional de produção mineral 646 requerimentos de pesquisa de lavra na área da Renca. Quarenta e uma
em terras indígenas e 600, aproximadamente, estariam dentro de unidades de conservação. E que "muitos garimpos
ocupam a área há décadas", mas que "a existência de garimpeiros pequenos e locais não deve servir de argumento para
justificar alterações que acarretem perdas ambientais".
Na segunda-feira (28), o governo tentou acalmar os ânimos com outro decreto, detalhando alguma garantia ao meio
ambiente e aos índios. Mas os protestos continuaram.
Nesta quarta-feira (30), no Salão Verde, se juntaram parlamentares e ambientalistas. Eles alertam sobre os riscos de
desmatamento, garimpos e contaminação de rios, por causa da mineração.
O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, reconheceu que o tema é delicado. “Todos esses temas que
envolvem a região Amazônica precisam ser tratados com cuidado porque eles atingem um seguimento importante da
sociedade brasileira e também tem repercussão internacional”, disse.
A Advocacia Geral da União vai recorrer ao TRF da 1ª Região, em Brasília, contra a decisão do juiz.
OMC pede que Brasil retire subsídios à
indústria em até 90 dias
Organização Mundial do Comércio (OMC) confirmou nesta quarta-feira (30) a decisão que considerou como subsídios
ilegais e regras discriminatórias uma série de programas de incentivo do governo à indústria brasileira. Trata-se da maior
condenação contra subsídios à indústria que o Brasil já sofreu.
Após queixas da União Europeia e Japão, o painel aberto pelo órgão internacional concluiu que programas estabelecidos
nos últimos anos no Brasil taxam excessivamente produtos importados na comparação com os nacionais. O motivo é
que eles oferecem isenções fiscais ou vantagens competitivas tendo como base regras de uso de conteúdo local ou
desempenho em exportações.
Na conclusão, o painel da OMC considera que a grande maioria das medidas adotadas pelo Brasil não estão em
conformidade com as regras do comércio internacional e deu um prazo de 90 dias para o Brasil suspender 7 programas
adotados em maior parte durante o governo de Dilma Rousseff e, em alguns casos, ainda mantidos pelo governo de
Michel Temer.
O governo brasileiro já informou que irá recorrer de pelo menos parte da decisão, o que fará com que o processo se
arraste até pelo menos metade de 2018.
Ainda que o governo consiga rever alguns dos pontos da condenação, a decisão da OMC deverá levar a uma revisão dos
programas que foram considerados subsídios ilegais, o que coloca em xeque a continuidade ou prorrogação das
medidas de incentivo sob questionamento.
"Há uma consciência muito clara e um esforço para que programas que eventualmente substituam os existentes não
tenham os problemas mencionados", informou o subsecretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty,
Carlos Márcio Cozendey.
Entre os setores hoje beneficiados pelos programas e que podem ser afetados pela decisão da OMC estão os de
informática, automobilístico e aqueles voltados à exportação.
A concessão de isenção ou redução de impostos para um setor específico da economia não é considerada ilegal pelas
regras do comércio internacional. O que foi considerado como subsídio irregular e protecionismo foi a vinculação de
benefícios ao desempenho em exportações ou à utilização obrigatória de conteúdo local na produção.
‘Democracia na Venezuela está à beira da
morte’, diz chefe da ONU
Governos de 12 países das Américas, incluindo o Brasil, emitiram em julho, na cidade de Lima, no Peru, uma declaração
conjunta na qual afirmam que existe uma “ruptura da ordem democrática” na Venezuela.
O grupo – composto pelos governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras,
México, Panamá, Paraguai e Peru – pediu, na mesma declaração, o “restabelecimento da democracia” pelo governo do
presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A palavra “ditadura” não foi usada nos meios em que impera a linguagem
diplomática.
Mas os sinais de que, para a maioria dos governos da região, a Venezuela não é mais uma democracia estavam
presentes desde três dias antes, quando, em 5 de agosto, chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai decidiram
impor nova suspensão da Venezuela do Mercosul, com base em cláusula que pune membros que atentem contra a
democracia.
As críticas a Maduro não começaram agora, mas cresceram depois de o governo venezuelano ter chamado os eleitores
às urnas para que eles escolhessem, no dia 30 de julho, os integrantes de uma Assembleia Nacional Constituinte com
plenos poderes. Para membros da oposição venezuelana, a iniciativa é um golpe. Eles consideram que a Assembleia
Constituinte não passa de uma maneira encontrada por Maduro para substituir na prática a Assembleia Nacional, na
qual a oposição, pela primeira vez em 16 anos, conquistou maioria, após a eleição parlamentar de 2015.
Os governistas, por sua vez, respondem dizendo que a formação de uma Assembleia Constituinte está prevista em três
artigos da Constituição de 1999, e, além disso, a escolha de seus membros foi feita em votação nacional aberta à
participação de todos os venezuelanos. As acusações mútuas não têm fim.
Para a oposição, Maduro fraudou o número de votantes. Para o governo, a oposição ergueu barricadas nas ruas para
impedir o comparecimentos dos eleitores. Para os opositores, não houve observadores internacionais independentes.
Para os governistas, os organismos internacionais que poderiam enviar observadores estão contaminados por interesses
“imperialistas”. Todo esse debate se desenrola num ambiente de extrema polarização e violência.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou “altos mandos do governo venezuelano” por
prisões arbitrárias, tortura e morte de opositores. Além disso, os venezuelanos sofrem com a escassez de produtos
básicos nos supermercados e com altas taxas de inflação e de desemprego.
TV norte-coreana confirma que míssil de
médio alcance sobrevoou Japão
A TV estatal norte-coreana confirmou, que o míssil que sobrevoou o Japão era de médio alcance.
Japoneses, chineses e sul-coreanos protestaram contra o lançamento.
Os moradores do norte do Japão acordaram, dia 29 de agosto em meio a um pesadelo real. A
sirene alerta para um míssil lançado da Coreia do Norte e a gravação fala: “Busquem local seguro”.
O foguete foi lançado de uma base próxima a Pyongyang. Passou por cima da segunda maior ilha
do Japão, Hokkaido, indo cair no Oceano Pacífico, a quase 1.200 quilômetros do litoral. O voo de 14
minutos alcançou a distância de 2.700 quilômetros.
Apesar de ser a segunda maior ilha do Japão, Hokkaido possui grandes áreas verdes e uma
população pequena. Já houve outros casos em que mísseis norte-coreanos sobrevoaram território
japonês, o último em 2009, mas se tratava de um foguete levando um satélite. Desta vez, o
objetivo era testar uma arma de guerra, deixando a população japonesa na linha de fogo.
O primeiro-ministro do Japão disse que foi a mais grave ameaça ao país. Shinzo Abe conversou por
telefone com o presidente americano Donald Trump; ambos concordaram em aumentar a pressão
sobre a Coreia do Norte.
A Coreia do Sul respondeu com treinamentos para bombardear o inimigo e avisou: “Se
continuarem as ameaças, nossa Força Aérea vai exterminar a liderança deles”.
A Coreia do Norte alega que só quer se defender das intenções hostis dos Estados Unidos. E a
China, principal aliada dos norte-coreanos, pediu a todos que transformem uma situação crítica em
oportunidade para negociar a paz.
Só em 2017, a Coreia do Norte já lançou mais de 20 foguetes, apesar de toda a pressão
internacional e de sanções recém-impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Deputados dizem achar impossível votar
regras eleitorais para 2018
Depois de semanas de discussões na Câmara, os deputados passaram a considerar praticamente impossível
votar mudanças nas regras eleitorais para 2018.
Mais uma vez, Rodrigo Maia, como presidente da República em exercício, fez de tudo em busca de um
acordo. Chamou ao Planalto os líderes dos partidos. Todos saíram certos de que a proposta que cria o
“distritão” e o fundo público para financiar campanhas está praticamente sepultada.
A 38 dias do fim do prazo para mudar as regras eleitorais para as eleições de 2018, o desânimo tomou conta
da Câmara.
“A minha impressão é que tudo é organizado para não se fazer reforma política. Repara que criaram três
comissões para fazer uma reforma política. Uma só já é uma dificuldade enorme para decidir. Duas parece
impossível. Três é loucura. Criaram três. Então, acho que dificilmente sairá alguma coisa”, afirmou o
deputado Miro Teixeira (Rede-RJ).
Ao chegar à Câmara, o presidente interino, André Fufuca, ainda achava que poderia ter votação:“Vamos
votar, né?”. Mas a reforma política nem entrou na pauta.
Fracassou também a tentativa de votar a proposta que passou no Senado e cria a cláusula de barreira, com
exigência de desempenho mínimo nas urnas para os partidos receberem verba do fundo partidário, e
proíbe a coligação de partidos para a eleição de deputado a partir de 2018.
“Infelizmente, a agenda econômica ganhou prioridade e o diálogo a respeito da reforma política não
amadureceu. E cada dia está mais parecido que a resposta será não fazer nada, não votar nada. É a pior
demonstração que o Congresso Nacional pode dar à sociedade. É a inércia, é a omissão, é deixar, inclusive,
uma lacuna e um vazio aberto para que os tribunais possam fazer aquilo que o Congresso Nacional preferiu
não fazer”, disse o deputado Efraim Filho (DEM-PB), líder do partido.
Maior reservatório de água do Ceará tem nível
mais baixo da história
No Nordeste do Brasil, o maior reservatório do Ceará nunca esteve com o nível tão baixo.
Quando o leito de um dos maiores açudes do país fica exposto, seca também a fonte de renda de quem vive dele. Das águas do Castanhão, a
240 quilômetros de Fortaleza, saíam 5% das tilápias produzidas no país. Três anos atrás eram 16 mil toneladas. Em 2017, não vão passar de 800.
"Aqui tinha a faixa de uns 15 a 20 produtores. Hoje está na faixa de uns cinco aqui. O pessoal vai desistindo, né?", afirmou o técnico de manejo
Fábio Oliveira.
O Gonçalves é um dos que desistiram. Ele chegou a fornecer 4,5 toneladas de peixes por mês para uma associação de produtores, que agora
também está abandonada.

"Aqui trabalhava em média de 15 a 18 pessoas. Fazia filé, a bolinha, linguiça e a carne moída. Processava aqui o peixe", disse Gonçalves
Rodrigues Saldanha.
O reservatório está com 4% da capacidade. É o menor nível desde a inauguração, 15 anos atrás.
“Diariamente uma altura de três centímetros são perdidos através da soltura para o leito do rio, a captação para Fortaleza e a evaporação”,
afirmou o coordenador do açude, Fernando Pimentel.
Nesse ritmo, até o fim de 2017, o Castanhão vai chegar no volume morto e a água vai ter que ser bombeada.
A prioridade é o abastecimento humano, mas, mesmo as comunidades próximas já não podem mais contar com a água do açude. Um exemplo
está numa pequena adutora que foi instalada pelo governo a um custo de R$ 270 mil para captar água diretamente do Castanhão. Mas o cano
está à toa porque depois de seis anos seguidos de seca o volume do açude baixou tanto que a água está a três quilômetros de distância.
Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará vai ter que prolongar a adutora para captar água de um poço a quase 1,5 quilômetro
de distância.
"A gente jamais imaginava que o Castanhão estivesse na situação que está hoje."
Enquanto isso, o agricultor José Antônio espera o dia em que morar perto do açude seja garantia certa de água em casa.
"Ficou longe... Não tem condições. Só Deus mesmo", disse.
Perigo na travessia de barcos na Bahia
As causas do naufrágio do dia 24 de agosto, em Salvador, que deixou 18 mortos, estão
sob investigação, na Bahia. O Ministério Público Estadual afirmou que há mais de uma
década alerta sobre os perigos da travessia de passageiros na Baía de Todos-os-
Santos.
A embarcação Cavalo Marinho 1 ainda está na Baía de Todos-os-Santos, presa a
arrecifes.
Dia 24, a embarcação partiu, às 6h30, da Ilha de Itaparica, em direção a Salvador. Dez
minutos depois, virou. Estava com 124 pessoas a bordo.
A Capitania dos Portos começou a investigar as causas do acidente.
O Ministério Público da Bahia, que vai acompanhar a apuração do caso, informou que
há mais de dez anos vem alertando as autoridades sobre condições precárias do
transporte na Baía de Todos-os-Santos.
A Cavalo Marinho 1 foi fabricada em 1973. Pertence à empresa CL Transporte
Marítimo. Em nota, a empresa disse que a embarcação estava com documentação
regular.
Os peritos do Instituto Médico Legal terminaram de identificar os 18 mortos nesta
sexta. Foram dois homens, 13 mulheres e três crianças: dois meninos de dois anos e
um de apenas seis meses.
21 os mortos em naufrágio no Rio Xingu, no
Pará
O barco que naufragou no Pará transportava passageiros clandestinamente. O número de mortos chegou a 21, enquanto 25 pessoas foram
resgatadas com vida.
O local do naufrágio fica a 50 quilômetros da sede do município de Porto de Moz. Às 10h desta quinta-feira (24), a Polícia Militar informou que
equipes da Marinha e do Corpo de Bombeiros encontraram mais nove corpos: quatro homens e cinco mulheres. Entre as vítimas, uma grávida e
duas crianças.
Quando a equipe do JN chegou à região do naufrágio, mergulhadores haviam encontrado outros dois corpos: o de uma mulher e de uma criança. As
vítimas encontradas nesta quinta-feira não estavam presas na embarcação. Foram levadas pela correnteza do Xingu.
Uma balsa rebocou o barco Capitão Ribeiro para perto da margem do rio. O barco naufragou na terça-feira (22) à noite, um dia depois de ter saído
de Santarém em direção a Vitória do Xingu.
Mergulhadores encontraram o barco carregado de mantimentos e, no convés inferior, dá para ver um carro debaixo d’água. Os bombeiros também
disseram que havia 32 redes penduradas, ou seja, muitas pessoas deveriam estar dormindo no momento do naufrágio, o que pode ter dificultado ao
tentarem sair da embarcação.
Mergulhadores fizeram duas varreduras e constataram que não há mais corpos dentro do barco. Na quarta (23), a Secretaria de Segurança do Pará
havia informado que cerca de 70 pessoas estariam a bordo. Mas, depois de ouvir a tripulação e as famílias dos desaparecidos, a nova estimativa é de
que 49 pessoas viajavam no barco quando ele afundou.
“Somando desparecidos com sobreviventes e com mortos isso nos aponta um total de 49 pessoas na embarcação no momento do naufrágio“, disse
o coronel do Corpo de Bombeiros Andrade Luis Cunha.
Seu Azamor perdeu a nora, que estava grávida de 9 meses, e o filho dele, Alessandro, está desaparecido. “Deus é muito poderosos, mas eu não
tenho aquela fé que ele esteja vivo mais. Mas eu queria encontrar ele mesmo assim. Mesmo morto eu quero encontrar ele”, disse.
Centenas de pessoas lotaram uma quadra esportiva de Porto de Moz durante o velório de sete vítimas.
“Perdi a minha irmã, e a minha sobrinha até agora não encontraram. Muito triste. Nós nunca esperamos uma morte”, disse a dona de casa
Deusarina Gil Chagas
A Arcon, a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará, informou que o barco Capitão Ribeiro não estava autorizado a transportar
passageiros. A Arcon também disse que, há mais de dois meses, notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação, dona do barco, por essa
irregularidade.
O dono do barco, Alcimar Almeida da Silva, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (24) na delegacia de Porto de Moz.
“Dentro da esfera penal, ele incorre no crime de ter colocado em risco a vida dessas pessoas dentro de uma embarcação“, afirmou o delegado
Helcio de Deus.
Herdeiro da Samsung é condenado à prisão
por corrupção na Coreia do Sul
O herdeiro do grupo empresarial Samsung foi condenado à prisão, na Coreia do Sul, por
corrupção.
Ao sair do chamado “julgamento do século” na Coreia do Sul, Lee Jae Yong foi diretamente
para a cadeia. A condenação a cinco anos de prisão é o novo capítulo de um caso que
mobiliza o país e derrubou uma presidente.
Park Geun Hye sofreu impeachment em março e também está presa, acusada de, junto
com uma amiga, ter recebido dinheiro de grandes corporações. Entre elas, a empresa de
Lee, a gigante Samsung que sozinha representa quase 20% da economia sul-coreana.
Depois que ele doou o equivalente a mais de R$ 110 milhões a ONGs da amiga de Park, o
governo sul-coreano facilitou uma fusão de empresas que garantiu mais poder a Lee.
Com uma fortuna estimada em US$ 18 bilhões, ele foi condenado por corrupção e
enriquecimento ilícito, entre outros crimes. A defesa disse que vai recorrer.
A pena foi a maior já aplicada a um empresário da Coreia do Sul. A procuradoria havia
pedido 12 anos de cadeia, mas a condenação a cinco anos já seria, segundo analistas sul-
coreanos, já seria uma grande mudança de que a Coreia do Sul vai ser mais rigorosa na
proximidade, muitas vezes suspeita, entre políticos e grandes grupos empresariais do país.
Itaipu e usinas nucleares vão ficar de fora da
privatização da Eletrobras
O governo anunciou dia 22 de agosto, que a hidrelétrica de Itaipu e as usinas nucleares vão ficar fora da privatização da
Eletrobrás.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a conta de luz deve ficar mais barata, com a venda da
estatal.
Deve levar algumas semanas até que o governo decida se a privatização da Eletrobras será feita por meio da venda do
controle da empresa ou por meio da oferta de ações.
As 14 maiores usinas da Eletrobras serão privatizadas. Hoje, o governo e o BNDES detêm 63% das ações da empresa.
O governo vai manter o chamado golden share, quando permanece com o poder de veto sobre decisões estratégicas.
A hidrelétrica de Itaipu e a Eletronuclear - que compreende Angra 1, 2 e 3 - ficam de fora da privatização.
O ministro de Minas e Energia afirmou que neste processo o preço da energia pode oscilar, mas tende a ficar mais baixo a
médio prazo.
Juntamente com a privatização, o governo quer mudar regras do setor elétrico estabelecidas pelo governo Dilma. Um dos
mecanismos baixou artificialmente as tarifas.
As usinas passaram a vender a energia a um preço que não cobria nem os custos de operação e manutenção. A crise foi
agravada pela falta de chuvas.
O governo agora prepara uma medida provisória para permitir que a energia seja vendida a preço de mercado. Os recursos
dessas operações seriam divididos entre Eletrobras, consumidores e União, que poderia usar o dinheiro para diminuir o
déficit das contas públicas.
Mas o dinheiro da privatização da Eletrobras não poderá ser usado para reduzir o déficit de 2018, de R$ 159 bilhões.
Se a privatização for através da venda do controle da empresa, o dinheiro vai para a União, mas não pode cobrir despesas do
orçamento. Caso a privatização seja pela oferta de ações da Eletrobras, o dinheiro volta para a empresa.
Presidente dos EUA autoriza envio de mais
soldados para o Afeganistão
O presidente americano, Donald Trump, autorizou o envio de mais soldados para o
Afeganistão.
Donald Trump fez o discurso que não queria fazer: “Meu impulso original era ordenar a
retirada das tropas, e historicamente eu sigo meus instintos”, afirmou.
O presidente disse que foi convencido pelos generais de que uma retirada apressada
criaria um vácuo que seria preenchido por grupos terroristas como o Estado Islâmico e a
Al-Qaeda.
Informações ainda não oficiais do Pentágono indicam que o reforço nas tropas deverá ser
de quatro mil soldados, o que poderá levar o total de americanos lutando no Afeganistão
a 12.400. O conflito é o mais longo da história dos Estados Unidos.
A invasão do Afeganistão começou como uma caçada ao terrorista Osama bin Laden após
os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Dez anos depois, bin Laden foi encontrado e morto no país vizinho, o Paquistão.
Trump disse que o Paquistão, um antigo aliado americano, precisa deixar de ser um
santuário para terroristas e anunciou que vai contar com a Índia para combater o terror
na região.
Paquistão e Índia, que possuem armas nucleares, são inimigos históricos. O grupo talibã,
que governava o Afeganistão quando a guerra começou, disse que vai transformar o país
em um cemitério para o império americano.
Atropelamento em Barcelona: atentado terrorista
deixa vários mortos e feridos
Incidente aconteceu no calçadão La Rambla, uma famosa área turística da capital Catalã
O assassino que matou 13 pessoas e feriu mais de cem em um atropelamento coletivo,
dia 17 de agosto, em Barcelona foi morto, por policiais da Catalunha.
Era o motorista da van usada no atentado.
O terrorista passou quatro dias driblando a polícia da Catalunha. Foi o máximo que
conseguiu. O alerta foi o telefonema de uma moradora.
A mulher viu um homem rondando casas na região de Subirats, a 40 quilômetros de
Barcelona. Quando ela perguntou se ele procurava alguém, o homem saiu correndo na
direção de um vinhedo.
Pouco depois, foi cercado pelos policiais e gritou "Deus é grande", em árabe, antes de
ser baleado. Ele vestia o que parecia ser um cinto cheio de bombas, e os policiais só se
aproximaram do corpo depois de usar um robô para verificar os supostos explosivos.
Eram falsos.
Foi então que identificaram Yunez Abuyakub, o motorista da van que atropelou dezenas
de pessoas em ziguezague por quase 500 metros, até parar em cima do mosaico do
artista catalão Joan Miró. As batidas acionaram o airbag e o sistema de segurança
desligou o carro.
Eclipse total do sol encanta o planeta e é visto
nos EUA de costa a costa
O eclipse total do sol que aconteceu dia 21 foi um episódio raro: a última vez que a Terra teve um eclipse
solar com as mesmas características foi há 99 anos. O fenômeno vai poder ser observado em sua totalidade
do fenômeno, numa faixa de terra de cerca de 270 quilômetros de largura, que cruzará os Estados Unidos.
Serão 2 minutos e 40 segundo de completa escuridão para quem estiver entre as cidades de Charleston, na
Carolina do Sul (costa leste) e Salem, no Oregon (costa oeste).
O fenômeno foi visto em todo o território norte-americano de maneira parcial, no Canadá, Estados Unidos e
México, bem como em vários países da África e da Europa poderão acompanhar o eclipse. No Brasil,
moradores das regiões Norte e Nordeste poderão avistar o fenômeno entre 12h46 e 18h04, horário de
Brasília. No extremo norte, a previsão é que a escuridão chegue a 50%.
Nos EUA, o eclipse tornou-se um grande evento, com venda esgotada de óculos especiais para o fenômeno e
grande fluxo de turistas para as cidades mais expostas, como as já citadas Charleston, na Carolina do Sul, e
Salem, no Oregon.
Em muitos lugares dos Estados Unidos o Eclipse virou um negócio lucrativo. Camisetas com a frase: “Onde
você vai estar no dia 21 de agosto na hora do eclipse?”, foram vendidas em várias regiões. A cidade de
Charleston, que desde ontem começou a receber turistas, espera receber hoje um milhão de visitantes.
Os óculos especiais com filtro apropriado para apreciar o fenômeno estavam esgotados em várias cidades. A
associação de pais da Alpharetta High School, uma escola de ensino médio de Alpharetta (região norte de
Atlanta), arrecadou um dinheiro extra, depois de vender, diversos óculos próprios para o eclipse para pais e
alunos.
Segundo as autoridades, as ruas poderiam ficar escuras e sem a iluminação programada para as noites. Além
disso, as escolas teriam que garantir que as crianças e adolescentes olhariam para o sol de maneira segura –
usando os óculos de proteção. O ponto máximo da cobertura do sol pela Lua, acontece por volta de
14h35min em Atlanta e o fenômeno termina por volta das 4h da tarde.
Violentos ataques de neonazistas em
Charlottesville
Na noite do dia 12 de agosto, o governador da Virgínia, Terry McAuliffe,
declarou o estado de emergência após o atropelamento de uma multidão
de antifascistas realizado por neonazistas da chamada direita alternativa
dos EUA.
O incidente resultou em elevadíssima violência, deixando uma pessoa
morta e várias feridas. A manifestação de extrema direita em
Charlottesville foi inicialmente realizada em protesto contra a remoção de
uma estátua em homenagem ao general confederado Robert E. Lee do
parque central da cidade. Na sequência, ela coincidiu com uma
manifestação de um movimento antifascista, o que levou ao confronto
direto.
Donald Trump, alvo de muitas críticas por sua reação morna ao ataque de supremacistas brancos em
Charlottesville neste sábado condenou energicamente o racismo, chamando grupos neonazistas e a Ku Klux
Klan (KKK) de "repugnantes".
"O racismo é o mal", declarou o mandatário da Casa Branca. "E aqueles que provocaram a violência em seu
nome são criminosos e bandidos, incluindo a KKK, os neonazistas, os supremacistas brancos e outros grupos
que disseminam o ódio e são repugnantes a tudo que prezamos como americanos", completou.
Acusado por democratas e republicanos de ser indulgente com a extrema-direita depois dos distúrbios
registrados na Virgínia, que deixaram uma mulher morta e 19 feridos em um enfrentamento entre
supremacistas brancos e manifestantes antirracistas, Trump prometeu "justiça".
"Seja quem for que tenha atuado criminalmente na violência racista deste final de semana será plenamente
responsabilizado. A justiça será feita", afirmou o presidente, após viajar para Washington no meio de suas
férias para analisar o assunto com o procurador-geral Jeff Sessions e o diretor do FBI, Christopher Wray.
Até agora, Trump não tinha condenado diretamente os militantes de extrema-direta pelos ataques de
Charlottesville, alguns deles com bonés ou camisetas com imagens do milionário.
O mandatário, que durante a campanha eleitoral recebeu apoio de proeminentes supremacistas brancos,
tinha se limitado a culpar "ambas partes" envolvidas numa declaração no sábado de seu clube de golfe em
Nova Jersey.
Heather Heyer, de 32 anos, morreu quando um suposto simpatizante neonazista, James Field, de 20 anos,
intencionalmente avançou com seu veículo sobre uma multidão que se opunha à marcha racista.
Field, originário de Ohio, segue preso após um juiz lhe negar a liberdade e enfrenta acusações de assassinato
em segundo grau pelo ocorrido.
O FBI e procuradores federais abriram uma investigação sobre o ocorrido em Charlottesville.
Transferência de Neymar ao PSG é golpe de ‘soft
power’ do Catar a países do Golfo, dizem
especialistas
A transferência do fenômeno brasileiro Neymar ao Paris Saint-Germain (PSG)
representa uma estratégia de marketing e um golpe de ‘soft power’ do Catar contra
os países do Golfo que cortaram relações diplomáticas com o emirado.
Neymar se tornou o jogador mais caro da história do futebol, com o pagamento da
cláusula de rescisão no valor de € 222 milhões (R$ 812 milhões).
O Catar é um minúsculo estado em uma península posicionada no meio do Golfo
Pérsico, com uma extensão territorial que equivale a metade do estado de Sergipe
e uma população comparável ao estado de Rondônia.
Mas esse pequeno emirado é uma das maiores potências energéticas do mundo,
contando com a terceira reserva de gás natural do planeta e importantes jazidas de
petróleo.
Líbia, Iêmen, Egito, Arábia Saudita, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos
anunciaram que cortaram as relações diplomáticas com o Catar, acusado de criar
instabilidade na região do Golfo Pérsico, ao apoiar grupos terroristas. O Catar diz
que o rompimento é injustificado.

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