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1. RESUMO
Graciliano Ramos marcou a literatura brasileira com obras que retratam a vida do homem
nordestino no sertão. O escritor fez parte da 2ª fase do modernismo, que teve o
regionalismo como principal característica.
Em importantes obras, como “Vidas Secas” e “São Bernardo”, é possível perceber o
realismo utilizado pelo autor para descrever as dificuldades da vida no sertão. Por ter
vivido grande parte da vida no interior de Alagoas, Graciliano conhecia de perto essa
realidade.
2. BIOGRAFIA
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3. MOVIMENTO LITERÁRIO.
O autor nordestino faz parte da geração de 30 ou modernismo da segunda fase, período
no qual os temas nacionalistas e regionalistas se fortalecem. Na época, 1930 a 1945, os
escritores nordestinos, em especial, retratam a realidade do sertão e a exploração do
homem. Alguns autores da fase regionalista são: Raquel de Queiroz, José Lins do Rego,
Jorge Amado e Érico Veríssimo.
O autor Graciliano Ramos não faz grandes inovações linguísticas, o foco dele é na
narrativa. Como o importante é o retrato da situação do homem nordestino, os floreios na
linguagem são evitados. O estilo de escrita é claro e conciso. Em certos trechos, lembra
o modo de fala mais rude do interior que Ramos retrata. O escritor busca contar como o
povo nordestino vive e as dificuldades no sertão. É possível identificar nas obras o
pessimismo e a crítica social.
4. CARACTERÍSTICAS JANAINA
Graciliano Ramos tornou sua obra mais uma vertente de nosso rico romance regionalista.
Com estilo seco, conciso e sintético, o autor deixa de lado o sentimentalismo a favor de
uma objetividade e clareza. Seu estilo seco, frio, enxuto e impessoal, repleto de senso
psicológico, aproxima-o de Machado de Assis, sendo considerado seu legítimo seguidor,
sabendo exprimir a amarga realidade do homem nordestino com agudeza.
Assim como José Lins do Rego, Graciliano vai descrever os tipos e as paisagens do
nordeste evocando os problemas que ali se encontram. Seus melhores romances (São
Bernardo, Angústia e Vidas Secas), mostram um perfil psicológico e sociopolítico que
nos indica uma versão crítica dos rumos que a sociedade moderna toma.
A análise psicológica tomada pelo autor com relação aos seus personagens, parte do
regional para o universal, confrontando o homem comum que vive com classes superiores
e autoritárias. O nordeste se torna o palco deste conflito, a preocupação com os problemas
do povo brasileiro sempre foram traços marcantes de suas obras.
O nordeste com todo o seu drama social é o palco desse conflito: a seca que muitas vezes
leva ao êxodo forçado, a desigualdade social alarmante, o coronelismo, a fatalidade e a
eterna guerra contra a hostilidade e a dureza da natureza, contrastando com o mundo
psicológico de cada personagem, que às vezes se mostra sonhador e utópico, e às vezes
se mostra mais seco e ríspido que o próprio cenário nordestino.