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º 11 /2009
PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O
RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES (IRS)
DIÁRIO DA REPÚBLICA 68
Quinta – Feira, 8 de Outubro de 2009
Versão 1.0
Carlos Neves
Dedico este livro a minha querida esposa que me deu dois lindos filhos
Carlos Neves
LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
IRS
LEI N.º 11/2009
PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O
RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES (IRS)
DIÁRIO DA REPÚBLICA Nº 68
Quinta – Feira, 8 de Outubro de 2009
Titulo
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS)
Lei n.º 11 /2009
Autor
Carlos Neves
Editor
Carlos Neves
Projeto Gráfico
Carlos Neves
gemboo@hotmail.com
Versão 1.0
Organizado e paginado por: Carlos Neves 2
DIÁRIO DA REPÚBLICA Nº 68 - Quinta – Feira, 8 de Outubro de 2009
Índice
3i
LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
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iii
LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
v7
LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Título I
Incidência
Capítulo I
Incidência Real
Secção I
Disposição introdutória
Artigo 1.º
Caracterização do Imposto
1. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) incide sobre o valor
dos rendimentos tal como determinado nos termos deste Código.
Secção II
Categoria A
Artigo 2.º
Objeto
Artigo 3.º
Rendimentos de trabalho dependente
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 4.º
Conceito de trabalho dependente e de entidade patronal
2. Para efeitos deste imposto, considera-se entidade patronal toda aquela que pague
ou coloque à disposição remunerações que constituam rendimentos de trabalho
dependente nos termos dos artigos seguintes, sendo a ela equiparada qualquer
outra entidade que com ela tenha relações especiais, nos termos definidos no
Código do Imposto sobre Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC).
Artigo 5.º
Pensões
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
3. Os rendimentos referidos neste artigo ficam sujeitos à tributação desde que pagos
ou colocados à disposição dos respetivos titulares.
Artigo 6.º
Rendimentos da categoria A isentos
2. Não se aplica o disposto da alínea d), do n.º 1 na parte que ultrapasse os limites
estabelecidos em regulamento, os quais não podem exceder o dobro dos
montantes das bolsas que o Estado São-tomense pague, em condições
equiparáveis.
Artigo 7.º
Isenção do pessoal estrangeiro das missões diplomáticas
Secção III
Categoria B
Artigo 8.º
Objeto
Artigo 9.º
Conceito de rendimentos empresariais e profissionais
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 10.º
Conceito de atividades empresariais ou profissionais
Artigo 10.ºA
Isenção
Artigo 11.º
Atividades comerciais e industriais, agrícolas, silvícolas ou pecuárias
a) Compra e venda;
b) Fabricação;
c) Pesca;
e) Transportes;
f) Construção civil;
j) Artesanato;
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
d) Explorações apícolas.
Artigo 11.ºA
Facto gerador do imposto
Secção IV
Categoria C
Artigo 12.º
Objeto
Artigo 13.º
Rendimentos de capitais
Artigo 14.º
Rendimentos de capital mobiliário
Artigo 15.º
Rendimentos obtidos pela participação no capital de qualquer tipo de
entidades
Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 13.° estão incluídos nos
rendimentos obtidos pela participação no capital de entidades, entre outros, os
dividendos e quaisquer participações nos lucros das sociedades, incluindo os
adiantamentos por conta de lucros e os apurados na liquidação, bem como qualquer
outra utilidade recebida por um sujeito em virtude da sua condição de sócio,
acionista, associado, membro de uma fundação, de uma cooperativa, ou de outra
qualquer entidade de direito público ou privado.
Artigo 16.º
Rendimentos obtidos pela cessão temporária a terceiros de capitais
próprios
Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 13.° estão incluídos nos
rendimentos obtidos pela cessão temporária a terceiros de capitais próprios, as
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 17.º
Rendimento de capital imobiliário
Artigo 18.º
Facto gerador dos rendimentos de capitais
Secção V
Categoria D
Artigo 19.º
Objeto
Ficam compreendidos na categoria D os incrementos patrimoniais.
Artigo 20.º
Incrementos patrimoniais
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 21.º
Avaliação dos incrementos patrimoniais
Artigo 22.º
Valor de aquisição e de transmissão
3. Para efeitos do n.º 1, os juros só são tomados em consideração, desde que não
tenha sido autorizada nenhuma dedução dos mesmos.
Artigo 23.º
Montante efetivo da aquisição dos elementos patrimoniais
Artigo 24.º
Valor de aquisição a título gratuito
Artigo 25.º
Valor de aquisição a título oneroso de bens imóveis
2. Não havendo lugar à liquidação da sisa, considera-se o valor que lhe serviria de
base, caso fosse devida, determinado de harmonia com as regras próprias
daquele imposto.
Artigo 26.º
Valor de aquisição de transferência entre patrimónios
Artigo 27.º
Valor de aquisição a título oneroso de partes sociais e de outros valores
mobiliários
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 28.º
Valor de aquisição a título oneroso de bens importados
Artigo 29.º
Valor de aquisição a título oneroso de outros elementos patrimoniais
Artigo 30.º
Montante efetivo da alienação dos elementos patrimoniais
2. Nos casos das alíneas a), b) e c) do número anterior, tratando-se de direitos reais
sobre bens imóveis, prevalecerão, quando superiores, os valores porque os bens
houverem sido considerados para efeitos de liquidação de sisa ou, não havendo
lugar a esta liquidação, os que devessem ser, caso fosse devida.
Artigo 31.º
Divergência de valores
Artigo 32.º
Relações especiais
A avaliação das operações entre entidades com relações especiais entre elas faz-se
segundo o valor de mercado tal como determinado no Código do IRC.
Artigo 33.º
Isenção parcial na alienação de casa própria
Capítulo II
Incidência Pessoal
Artigo 34.º
Sujeito passivo
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 35.º
Âmbito da sujeição
Artigo 36.º
Residência
Artigo 37.º
Rendimentos obtidos em território são-tomense
Artigo 38.º
Cotitularidade de rendimentos
Artigo 39.º
Imputação especial
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Título II
Determinação do rendimento coletável
Capítulo I
Regras Gerais
Artigo 40.º
Determinação do rendimento coletável das categorias A e B
Artigo 41.º
Determinação do rendimento coletável das categorias C e D
Não são englobados para efeitos da sua tributação os rendimentos das categorias C e
D, sem prejuízo da opção pelo englobamento dos rendimentos da categoria D nos
termos previstos no artigo 71.º.
Artigo 42.º
Valores fixados em moeda diversa da dobra
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 43.º
Rendimentos em espécie
b) Não havendo renda, o valor do uso é igual ao valor da renda de mercado, ou,
não sendo possível apurar este, a um sexto do total da remuneração anual
auferida pelo beneficiário.
5. Quando não for concedida pela entidade patronal casa de habitação, e estiver
fixado por lei subsídio de residência ou equivalente, o valor de uso não poderá
exceder, em qualquer caso, o montante desse subsídio.
Capítulo II
Rendimentos do Trabalho Dependente
Artigo 44.º
Determinação do rendimento coletável
Aos rendimentos brutos da Categoria A deduzir-se-ão, por cada titular que os tenha
auferido, os seguintes montantes:
b) As quotizações sindicais;
Capítulo III
Rendimentos Empresariais e Profissionais
Artigo 45.º
Regras de determinação dos rendimentos empresariais e profissionais
Artigo 46.º
Delimitação do património empresarial
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 47.º
Rendimento de atos isolados
Artigo 48.º
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Artigo 49.º
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
1. Para além das limitações previstas no Código do IRC, não são dedutíveis para
efeitos de determinação do rendimento da Categoria B, mesmo quando
contabilizados como custos ou perdas do exercício as despesas de deslocações,
viagens e estadas do sujeito passivo ou membro do seu agregado familiar, que
com ele trabalham, na parte que exceder, no seu conjunto, 10% do total dos
proveitos contabilizados, sujeitos e não isentos deste imposto.
Artigo 50.º
Dedução de prejuízos fiscais
Nos casos de sucessão por morte, a dedução de prejuízos fiscais prevista no artigo
52.º do Código do IRC só aproveita ao sujeito passivo que suceder àquele que
suportou o prejuízo.
Artigo 51.º
Realização do capital social com entrada do património empresarial
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
3. Os ganhos resultantes da transmissão onerosa, qualquer que não seja o seu título,
e das partes de capital recebidas em contrapartida da transmissão referida no n.º1
são considerados, antes de decorridos cinco anos a contar da data desta, como
rendimentos empresariais e profissionais.
Artigo 52.º
Deduções de perdas
Se, nos termos das disposições anteriores relativas ao cálculo, for apurado um
resultado líquido negativo, o seu montante é dedutível ao resultado líquido positivo
do conjunto dos rendimentos nos 5 anos seguintes.
Capítulo IV
Rendimentos de Capitais e Incrementos Patrimoniais
Artigo 53.º
Regras de determinação dos rendimentos de capitais e dos incrementos
patrimoniais
Artigo 54.º
Eliminação da dupla tributação económica de rendimentos obtidos pela
participação em fundos próprios de qualquer tipo de entidades
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Título III
Processo de determinação do rendimento coletável
Artigo 55.º
Declaração de rendimentos
Artigo 56.º
Dispensa de apresentação de declaração
Artigo 57.º
Rendimentos litigiosos
Artigo 58.º
Falecimento de titular de rendimentos
Artigo 59.º
Apuramento do rendimento coletável com base na declaração anual
2. O disposto no número anterior aplica-se aos casos em que não tenha ocorrido
autoliquidação, sendo esta obrigatória, desde que a declaração anual de
rendimentos tenha sido apresentada no prazo legal, e sem prejuízo da multa
aplicável nos termos do Código Geral Tributário.
Artigo 60.º
Apuramento do rendimento coletável com base em outros elementos
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
3. O disposto no n.º 1 aplica-se também aos casos em que a declaração anual seja
apresentada fora do prazo legal, salvo se for possível efetuar a liquidação com
base na declaração apresentada.
Artigo 61.º
Aplicação de métodos indiciários
Artigo 62.º
Alterações dos elementos declarados
Nos casos do artigo 60.°, a Administração Tributária pode proceder à alteração dos
elementos declarados sempre que, sendo apresentada a declaração dentro do prazo
legal e não se verificando os pressupostos para aplicação dos métodos indiciários,
devam ser efetuadas correções decorrentes de erros evidenciados nas próprias
declarações, de omissões nelas praticadas ou correções decorrentes de divergência
na qualificação dos atos, factos ou documentos com relevância para a liquidação do
imposto.
Artigo 63.º
Competência para o apuramento ou alteração do rendimento coletável
Artigo 64.º
Notificação e fundamentação dos atos
2. A fundamentação deve ser expressa, através de exposição, ainda que sucinta, das
razões de facto e de direito da decisão, equivalendo à falta de fundamentação a
adoção de fundamentos que, por obscuridade, contradição ou insuficiência, não
esclareçam concretamente a sua motivação.
Artigo 65.º
Revisão dos atos de fixação
2. A revisão a que se refere este artigo pode ser feita oficiosamente ou suscitada pelo
interessado.
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Título IV
Taxas
Artigo 66.º
Taxas de englobamento aplicáveis às categorias A, B e D
Artigo 67.º
Taxas de retenção por conta dos rendimentos da categoria A
Artigo 68.º
Taxa de retenção por conta sobre rendimentos da categoria B de residentes
Estão sujeitos a retenção na fonte, por conta do imposto devido a final, à taxa de
15%, os rendimentos ilíquidos da categoria B, obtidos em território são-tomense por
residentes e devidos pelas entidades referidas no artigo 92.°.
Artigo 69.º
Taxa liberatória sobre rendimentos ilíquidos
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 70.º
Englobamento dos rendimentos líquidos da categoria D
2. Quando o sujeito passivo exerça a opção referida n.º 1, fica, por esse facto,
obrigado a declarar a totalidade dos rendimentos obtidos.
Título V
Liquidação
Artigo 71.º
Competência para a liquidação
Artigo 72. º
Prazo para liquidação
Artigo 73.º
Deduções à coleta
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
3. As deduções referidas neste artigo serão efetuadas pela ordem nele indicada e
apenas as previstas no número anterior, quando superiores à coleta, conferem
direito ao reembolso da diferença.
Artigo 74.º
Deduções relativas à situação pessoal e familiar
Artigo 75.º
Dupla tributação internacional
Artigo 76.º
Dedução à coleta relativas às despesas com a saúde
Artigo 77º
Dedução à coleta relativa às despesas com a educação e formação
Artigo 78º
Deduções à coleta relativas a encargo com os imóveis
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 79.º
Liquidação adicional
2. O disposto no número anterior aplica-se aos casos em que, por virtude de fiscalização
ou exame à escrita do contribuinte ou fixação de matéria coletável por métodos
indiciários, seja exigível imposto maior do que o que foi liquidado.
Artigo 80.º
Liquidações corretivas no regime de transparência fiscal
Artigo 81.º
Liquidações corretivas em caso de relações especiais
A Direção dos Impostos, bem como quaisquer outros serviços dele dependentes,
poderão efetuar as correções que sejam necessárias para a determinação do lucro
tributável, sempre que, em virtude das relações especiais entre o contribuinte e
outra pessoa sujeita ou não ao IRC, e independentemente do regime fiscal aplicável
às atividades exercidas, tenham sido estabelecidas condições distintas das que
seriam normalmente acordadas entre pessoas independentes, conduzindo a que o
Artigo 82.º
Juros compensatórios
1. São devidos juros compensatórios, nos termos do artigo 38.° do Código Geral
Tributário, sem prejuízo da multa cominada ao infrator, sempre que, por facto
imputável ao sujeito passivo, for retardada:
2. São ainda devidos juros compensatórios quando o sujeito passivo, por facto a si
imputável, tenha recebido reembolso superior ao devido.
a) O imposto devido;
c) O imposto por conta que autonomamente deva ser liquidado e entregue nos
cofres do Estado, sempre que os contribuintes cumpram as obrigações de
entrega fora dos prazos legalmente estabelecidos, ou não as cumpram.
Artigo 83.º
Prazo de caducidade
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 84.º
Revisão oficiosa
1. Sempre que, por motivos imputáveis aos serviços ou por duplicação de coleta, da
liquidação tenha resultado imposto superior ao devido, proceder-se-á à
revogação total ou parcial da liquidação.
Artigo 85.º
Limites mínimos
Artigo 86.º
Restituição oficiosa do imposto
1. A diferença entre o imposto devido a final e o que tiver sido entregue nos Cofres
do Estado em resultado de retenção na fonte ou de pagamentos por conta,
favorável ao sujeito passivo, deverá ser restituída até ao fim do terceiro mês
seguinte ao termo do prazo previsto no n.º 1 do artigo 88.°.
2. Se, por motivos imputáveis aos serviços, não for cumprido o prazo previsto no
número anterior, são devidos juros indemnizatórios, à taxa prevista para os juros
compensatórios no artigo 38.º do Código Geral Tributário, contados dia-a-dia,
desde o termo do prazo previsto para o reembolso até à data em que for emitida
a correspondente nota de crédito.
Título VI
Pagamento
Artigo 87.º
Pagamento do imposto
1. O IRS, acrescido de eventuais juros compensatórios devidos, deve ser pago até 30
de Setembro do ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos.
Artigo 88.º
Retenção na fonte - regras gerais
1. Nos casos previstos nos artigos 87.° a 89.° e noutros estabelecidos na lei, a
entidade devedora dos rendimentos sujeitos à retenção na fonte é obrigada, no
ato do pagamento, do vencimento, ainda que presumido, da sua colocação à
disposição, da sua liquidação ou do apuramento do respetivo quantitativo,
consoante os casos, a deduzir-lhes as importâncias correspondentes às taxas de
imposto aplicáveis respeitantes ao ano em que esses atos ocorrem.
3. As quantias retidas nos termos dos artigos 90.° a 92.° deverão ser entregues até
ao dia 10 do mês seguinte àquele em que foram deduzidas.
Artigo 89.º
Retenção na fonte sobre rendimentos da categoria A
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 90.º
Retenção na fonte em caso de rendimentos da categoria A devidos por uma
única entidade
Artigo 91.º
Retenção sobre rendimentos de outras categorias
Artigo 92.º
Pagamentos por conta
4. Os pagamentos por conta poderão ser reduzidos pelos sujeitos passivos quando o
pagamento por conta a efetuar for superior à diferença entre o imposto total que
os sujeitos passivos julgarem devido e os pagamentos já feitos.
Artigo 93.º
Juros compensatórios nos casos de retenção na fonte
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
3. Sempre que a retenção na fonte tenha carácter definitivo, e a entidade que a deva
efetuar a não tenha feito, total ou parcialmente, ou, tendo-a feito, não tenha
entregue o imposto ou o tenha entregue fora do prazo, serão por ela devidos
juros compensatórios sobre as respetivas importâncias, contados desde o dia
imediato àquele em que deviam ter sido entregues até à data do pagamento ou da
liquidação, sem prejuízo da responsabilidade que ao caso couber.
Artigo 94.º
Responsabilidade do substituto por quantias não retidas
2. Quando o dever de retenção tenha carácter definitivo, e o tributo não tenha sido
retido, cabe ao substituto a responsabilidade solidária pelo pagamento do tributo
não retido e respetivos juros compensatórios nos termos do n.º 3 e alínea a) do
n.º 4 do artigo 94.º.
Artigo 95.º
Responsabilidade do substituto por quantias retidas e não entregues
Artigo 96.º
Responsabilidade do substituto por registo incorreto na contabilidade
Artigo 97.º
Regras de pagamento dos rendimentos da categoria B
Artigo 98.º
Falta de pagamento do imposto autoliquidado
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 99.º
Pagamento do imposto anual liquidado pelos serviços
3. Quando a liquidação do imposto anual não puder ser paga de uma só vez, poderão
requerer no prazo de quinze dias a contar da notificação, o pagamento até três
prestações mensais, com limite de pagamento em Dezembro.
Artigo 100.º
Falta de pagamento de retenções na fonte e de pagamentos por conta
1. Nos casos de retenção na fonte, bem como nos casos em que sejam devidos
pagamentos por conta a entregar nos cofres do Estado, a Administração
Tributária, independentemente do procedimento de transgressões ou criminal
que no caso couber, notificará as entidades devedoras para efetuarem o
pagamento do imposto e juros compensatórios devidos, no prazo de trinta dias a
contar da notificação.
Artigo 101.º
Modalidades de pagamento
Artigo 102.º
Local de pagamento
Artigo 103.º
Impressos de pagamento
Artigo 104.º
Compensação
Artigo 105.º
Juros de mora
Artigo 106.º
Privilégios creditórios
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 107.º
Transferência de rendimentos para o estrangeiro
Título VII
Obrigações Acessórias
Artigo 108.º
Obrigações declarativas
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 109.º
Prazos de apresentação das declarações
1. As declarações a que se refere esta Secção devem ser apresentadas nos prazos a
seguir indicados:
Artigo 110.º
Local de apresentação das declarações
Artigo 111.º
Emissão de recibos e faturas
Artigo 112.º
Obrigações contabilísticas
Artigo 113.º
Obrigações de escrituração do grupo 2
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 114.º
Transição entre grupos
Artigo 115.º
Centralização, arquivo e escrituração de livros
Artigo 116.º
Comunicação de rendimentos e retenções
Artigo 117.º
Rendimentos isentos, dispensados de retenção
As entidades devedoras dos rendimentos a que se refere o artigo 70.°, cujos titulares
beneficiem de isenção, são obrigadas a:
Artigo 118.º
Informação das seguradoras
Artigo 119.º
Notários, conservadores e oficiais de justiça
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 120.º
Sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem
Artigo 121.º
Documentos comprovativos de encargos
Artigo 122.º
Obrigação de comprovar os elementos das declarações
1. As pessoas sujeitas a IRS deverão apresentar, no prazo que lhes for fixado, os
documentos comprovativos dos rendimentos auferidos, das deduções e
abatimentos e de outros factos ou situações mencionadas na respetiva
declaração, quando a Administração Tributária os exija.
Artigo 123.º
Representantes
1. Os não residentes que obtenham rendimentos sujeitos a IRS, bem como os que,
embora residentes em território nacional, se ausentem deste por um período
superior a seis meses devem, para efeitos tributários, designar uma pessoa
singular ou coletiva com residência em São Tomé e Príncipe para os representar
perante a Administração Tributária e garantir o cumprimento dos seus deveres
fiscais.
Artigo 124.º
Pluralidade de obrigados
Artigo 125.º
Alienação de valores mobiliários
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 126.º
Depósito de ações e outros valores mobiliários
Título VIII
Disposições finais
Artigo 127.º
Competência territorial
1. Para efeitos deste imposto, os atos tributários, qualquer que seja a sua natureza,
consideram-se praticados na Direção dos Impostos ou na Delegação do Príncipe,
consoante o domicílio fiscal do sujeito passivo.
Artigo 128.º
Ano fiscal
Artigo 129.º
Declarações e outros documentos
Sempre que, neste Código, não se exija a utilização de impressos de modelo oficial,
podem as declarações, relações, requerimentos ou outros documentos ser
apresentados em papel comum de formato A4, ou em suporte que, com os requisitos
estabelecidos pela Administração Tributária, permita tratamento informático.
Artigo 130.º
Envio de documentos pelo correio
1. As declarações e outros documentos que, nos termos deste Código, devam ser
apresentados em qualquer serviço da Administração Tributária podem ser
remetidos pelo correio, sob registo postal, acompanhados de um sobrescrito,
devidamente endereçado, para a devolução imediata dos duplicados ou dos
documentos, quando for caso disso.
3. Ocorrendo extravio, a Administração Tributária poderá exigir 2.a via, que, para
todos os efeitos, se considera como remetida na data em que, comprovadamente,
o tiver sido o original.
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LEI N.º 11/2009 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IRS
Artigo 131.º
Registo dos sujeitos passivos
Artigo 132.º
Classificação das atividades
As atividades exercidas pelos sujeitos passivos do IRS serão classificadas, para efeitos
deste imposto, de acordo com a Classificação das Atividades Económicas são-
tomenses por Ramos de Atividade (CAE), do Instituto Nacional de Estatística ou de
acordo com os códigos mencionados na tabela de atividades.
Artigo 133.º
Atualização de valores
Artigo 134.º
Fixação do salário mínimo nacional
Para efeitos de aplicação do presente Código o valor do salário mínimo nacional deve
ser fixado por Despacho do Ministro do Plano e Finanças.
Artigo 1.º
Alteração a Lei n.º 17/2008, de 31 de Dezembro
São alterados os artigos 20.°, 21.°, 43.°, 49.°, 66.°, 68.°, 70.°, 75.°, 77.°, 78.º, 79.º e 91.°
do Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), que passam a ter as
seguintes redações:
Artigo 2.º
Aditamento dos artigos 10.ºA, 11.ºA e 135.º
São aditados os artigos 10.°A, 11.ºA e 135.° ao Código do Imposto Sobre o Rendimento
de Pessoas Singulares com a seguinte redação:
Artigo 3.º
Norma revogatória
1. São revogados a alínea k) do n.º1 do artigo 3.º e o artigo 67.º do Código de Imposto
sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS).
Artigo 4.º
Republicação
Artigo 5.º
Entrada em vigor
A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Publique-se.
O Presidente da República,