Computadores

SEGUNDA-FEIRA 6 DEZEMBRO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

PUB
Serviços Dell Televisão Os novos ecrãs Push to Talk O espanto com
chegam à Europa nos telemóveis que interessam está a chegar ‘Half-Life 2’
Os ‘enterprise services’ Começam a surgir os Analógicos ou digitais, A nova norma, que junta Um implacável termo de
foram inaugurados em serviços de vídeo para de LCD ou plasma, e ainda as vantagens do telemóvel comparação para os jogos
pleno nesta semana modelos de 3ª geração a qualidade do som às do ‘walkie talkie’ que vierem a seguir
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O ENCERRAR DE UM CICLO QUE DUROU QUASE UM QUARTO DE SÉCULO

IBM quer vender negócio dos PC

A
IBM ESTÁ A CONSIDERAR a alie-
nação das suas divisões de
computadores pessoais, sejam
eles de secretária ou portáteis.
A notícia veio a lume na manhã
da passada sexta-feira — na primeira
página do diário norte-americano “New
York Times” mas também na secção de
tecnologias do “Wall Street Journal”.
Um estudo realizado por uma destacada
consultora — e cujas conclusões haviam
sido tornadas públicas há umas semanas
— apontava curiosamente como uma das
tendências no domínio dos PC para os pró-
ximos anos a redução do número de gran-
des fabricantes de computadores pessoais.
O que poucos esperariam era que fosse a
IBM, a pioneira dos “personal computers”
em 1981, o primeiro fabricante global a, 23
anos decorridos, “atirar a toalha ao chão”
e a desistir de um mercado tão significa-
tivo, apesar da drástica compressão das
margens de lucro verificada ao longo dos
últimos dez a doze anos.
É certo que, de acordo com os números
da consultora IDC relativos ao último
trimestre, a IBM detinha uma quota de
mercado de apenas 6 por cento a nível
mundial — a que corresponderam menos
de 2,7 milhões de computadores vendidos
—, num terceiro lugar atrás da HP (com
16,1 por cento e 7,176 milhões de unida-
des) e da Dell, com 18 por cento e mais de
8 milhões de computadores vendidos. E, se
se olhar apenas para o mercado dos EUA,
a posição relativa da IBM foi ainda ➜

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➜ mais modesta, com um quarto lugar “ex
aequo” com a quase falida Gateway — ambas
com 5,2 por cento e 800 mil computadores
vendidos — mas bem atrás da HP (cuja
quota foi de 20,5 por cento) e da Dell, que
assegurou 32,8 por cento das vendas, com
mais de 5 milhões de computadores.
E se é um facto que há muito a venda de
computadores pessoais, portáteis ou não, há
muito que deixara de ser lucrativa para a
IBM, a empresa sempre os mantivera porque
seria impensável que um dos maiores forne-
cedores mundiais de tecnologias de informa-
ção — dos “mainframes” aos servidores de
quase todo o tipo, dos sistemas operativos
às aplicações mais especializadas — não
pudesse ter na sua oferta também os com-
putadores pessoais. E, no mais exigente seg-
mento dos portáteis para uso profissional, a
IBM sempre conseguira manter uma (quase
sempre) merecida imagem de competência e
robustez, quando não mesmo de inovação,
desde que lançou os primeiros modelos da
sua família ThinkPad.
Mas parece ter prevalecido a tese de que
os computadores pessoais se transformaram
definitivamente num produto de consumo,
crescentemente indiferenciável e cujas
magras margens de rendibilidade não seriam
compatíveis com uma pesada estrutura de
custos como é a da IBM, com todos os seus
investimentos em investigação e desenvolvi-
mento (I&D) e que faz dela a empresa que,
desde há dezenas de anos, maior número
de patentes regista em cada ano. Mas isso
já não a impedira de, há pouco mais de um
ano, vender a sua divisão de discos rígidos à
Hitachi, quando a sua quota de mercado era
bastante invejável.
Embora os porta-vozes da IBM tanto nos
EUA como em Portugal tenham respondido
com a proverbial posição de que a empresa
“não confirma nem desmente rumores”, o
que é certo é que tanto os dois jornais diá-
rios atrás referidos como, depois, os “sites”
noticiosos mais importantes, como a Cnet,
são unânimes nos “rumores”: a Big Blue está
mesmo no mercado em busca de quem lhe
compre o seu negócio dos PC — que repre-
senta cerca de 12 por cento da facturação
total da IBM — e o candidato que se perfila
como o mais provável seria a Lenovo, o maior
fabricante chinês (da República Popular da
China, não de Taiwan) de computadores pes-
soais, que em tempos usou o nome de Legend
e já foi distribuidora na região dos computa-
dores da IBM e da AST, de Taiwan.
Mas tal desfecho já não será tão sur-
preendente se se atentar, por um lado, na
crescente transferência do fabrico de compo-
nentes cada vez mais complexos e integrados
para o continente asiático (e para a China e
Taiwan em particular) e, por outro, no facto
de o mercado chinês ser aquele que maiores
taxas de crescimento na procura de PC vai
registar nos próximos anos. A própria IBM
há muito que deixara de fabricar os seus
computadores pessoais, cedendo à tendên-
cia generalizada de subcontratar a sua
manufactura aos OEM do Extremo Oriente
e mantendo apenas o projecto e “design” de
alguns modelos mais inovadores na linha dos
portáteis.
Fechar-se-á assim um ciclo de quase um
quarto de século, em que a determinação
do então presidente da IBM, Frank Cary,
permitiu ao engenheiro Don Estridge e 40
colaboradores “esconderem-se” do resto da
empresa num laboratório abandonado em
Boca Raton, na Florida, para desenvolve-
rem o IBM PC 5150 (na imagem da pág. 1).
Não era uma grande máquina, mesmo para
os padrões da época: com um processador
8088, da Intel, que trabalhava à frequência
de relógio de 4,77 MHz, apenas 16 KB de
memória e uma unidade para disquetes de
5,25 polegadas com 160 KB de capacidade
— e custaria em Portugal bastante mais de
mil contos na época. Mas foi o arranque de
uma vertiginosa evolução, graças à qual,
hoje, um PC corriqueiro tem mais poder
computacional que um “mainframe” de
então. ● RUI JORGE CRUZ
computadores .2
PORTUGAL MANTÉM RESULTADOS ABAIXO DA MÉDIA MAS ACERCA-SE DA FRENTE
Inovação continua a ser o
calcanhar de Aquiles da Europa
A
quarta edição do Índice
Europeu de Inovação mostra
que a maioria dos países da
União Europeia não registou
grandes evoluções nos seus
indicadores relacionados com a inovação
no último ano e que a distância em rela-
ção aos EUA se mantém grande, apesar
dos esforços desenvolvidos internamente
para acelerar o ritmo.
Recorrendo a 20 indicadores — que
medem os recursos humanos, a criação
de conhecimento, a transmissão e apli-
cação do conhecimento, assim como o
financiamento à inovação —, este índice
destina-se a medir o desempenho euro-
peu nesta área na sequência dos objecti-
vos definidos pela Estratégia de Lisboa.
Incluindo os 25 Estados da União
Europeia — o que fez baixar a média em
quase todos os indicadores do índice —,
esta análise demonstra que os Estados-
membros não têm evoluído significati-
vamente nos 12 principais indicadores,
enquanto os EUA e o Japão revelam
melhorias constantes no desempenho da
inovação. Os principais factores de dis-
tanciamento entre os EUA e a Europa
situam-se ao nível das patentes, com 50
por cento, da população activa com for-
mação de ensino superior (26 por cento)
e gastos em investigação e desenvolvi-
mento (I&D), com 11 por cento, sobre-
tudo ao nível das empresas.
Do lado europeu, a Suécia e a Fin-
lândia mantêm as suas posições de lide-
rança mas a Alemanha e a Dinamarca
figuram este ano muito acima da média
de desempenho da União Europeia (UE).
O índice indica ainda que a Dinamarca
tem vindo a avançar rapidamente,
enquanto a Holanda, a Irlanda e a
França estão a abrandar o crescimento
dos seus indicadores.
Portugal aparece mais uma vez entre Orçamento do MCIES para 2005 atribui
o grupo de países que está a ganhar
terreno, mantendo-se abaixo da média
18 por cento à ciência e à inovação
europeia em todos os indicadores tradi- A necessidade de melhorar os indicadores ano de 2004 — cabendo à área de ciência
cionais mas mostrando um bom desem- da ciência e da inovação foi reconhecida e inovação cerca de 18 por cento daquele
penho nos indicadores não técnicos pelo Governo cessante, sendo considerada montante.
— uma nova medida introduzida nesta esta área uma aposta estratégica. Da No ano que agora termina, o orçamento
edição do Índice de Inovação. Esta nova proposta de Orçamento de Estado do deste ministério para a área da ciência
avaliação é considerada bastante impor- Governo para 2005 — que não se sabe foi de 239,1 milhões de euros e a taxa de
tante na análise da inovação, suge- ainda se virá a ser posto à votação no execução do PIDDAC situar-se-á nos 97,36
rindo-se que possa ser uma das áreas Parlamento virtualmente dissolvido por cento, enquanto, no que se refere
que mantém o atraso dos resultados da — sobressai a referência à área da inovação, ao orçamento de funcionamento dos
Europa em relação aos EUA já que mede onde os principais eixos definidos irão respectivos organismos, a taxa de execução
o crescimento da produtividade baseado para o aumento de investimento público é de 75 por cento, segundo dados do
em indicadores não apenas tecnológicos. nesta área, a promoção de um ambiente próprio ministério.
O Ministério da Ciência, Inovação e facilitador para o investimento privado em O “Relatório do Orçamento de Estado”
Ensino Superior (MCIES) considera que, ciência e inovação, assim como a promoção indica ainda que 2005 seria o ano de
com estes indicadores, se confirma a dinâ- da internacionalização do sistema científico, consolidação de diversas iniciativas que
mica crescente na investigação e no desen- tecnológico e de inovação. foram alinhadas durante os anos de
volvimento. “Portugal apresenta uma Apesar da conjuntura política criada pela 2003 e 2004 na área da Sociedade da
tendência crescente dos indicadores euro- intenção do Presidente da República de Informação. No âmbito da administração
peus de inovação, estando em primeiro dissolver a Assembleia da República e central, a verba total inscrita no PIDDAC
lugar em indicadores como a despesa em convocar eleições legislativas antecipadas, de 2005 para a sociedade da informação
I&D empresarial e a população activa com o orçamento não foi alterado, mantendo- e governo electrónico é de 387,4
o 3º nível de educação”, salienta o gabinete se para o Ministério da Ciência, Inovação e milhões de euros, sendo o financiamento
de imprensa do MCIES. Ensino Superior uma dotação global de 2120 comunitário previsto de 165,6 milhões de
Com a introdução dos indicadores milhões de euros, mais 6,6 por cento que no euros. ● F.C./CdB
não técnicos e o alargamento da União
Europeia a 25 países, Portugal acaba por
ser beneficiado no “retrato”, passando de seus desempenhos com a introdução dos nas melhores médias europeias em
uma classificação de 0,22 para 0,30, indicadores não técnicos. Este factor é con- três indicadores analisados — como as
ainda abaixo da média de 0,44 da União siderado no relatório como encorajador, já vendas de novos produtos no mercado,
Europeia; ao mesmo tempo, o país sobe que mudanças na organização e na gestão, a população com educação de terceiro
na tabela de posições, passando do 17º no contexto dos processos de moderniza- nível e a I&D face ao PIB — um desta-
para o 16º lugar. ção, podem garantir a fundamentação que que se espera ser ainda melhorado
Tal como Portugal, o Luxemburgo, a necessária para o aumento do PIB “per em 2005 se Portugal conseguir manter
Itália, a Grécia, a Estónia e a Eslovénia capita” e da capacidade de inovar. a tendência de evolução que tem mos-
apresentavam fracos indicadores neste Nesta área não técnica, Portugal trado nos últimos anos.● FÁTIMA CAÇA-
Índice de inovação, tendo melhorado os integra pela primeira vez a liderança DOR / Casa dos Bits
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 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O A C AMINHO DA CONVERGÊNCIA ENTRE A TELEVISÃO E OS TELEMÓVEIS

Uma nova geração

de imagens móveis
A
S NOVAS CAPACIDADES mul- A revista cruza esta infor-
timédia dos telemóveis mação com a fornecida pela

High Definition de terceira geração (mais

conhecidos por 3G ou
UMTS) vão proporcionar
a recepção de programas televisivos
TiVo — uma empresa de venda
de videogravadores digitais que
permitem, por exemplo, não
gravar a publicidade televisiva
Multimedia nos pequenos aparelhos móveis. Novos
equipamentos, novas redes e conteú-
dos inovadores para um novo tipo de
—, que detectou que a maioria
dos utilizadores prefere ver
programas pequenos, como os

Interface utilizadores vão marcar os próximos

meses. Naturalmente, um país tão
adepto da televisão como são os EUA
telejornais ou vídeos musicais.
Mesmo perdendo alguma quali-
dade, este tipo de conteúdos con-

O
s aparelhos de televisão de ecrã plano
— quer sejam de tecnologia de plasma
quer de LCD — estão certamente na lista
de muitos compradores para este Natal.
Embora a economia deste tipo de ecrãs se
pareça cada vez mais com a dos computadores pessoais,
com as marcas ditas brancas a puxarem constantemente
os preços para baixo (a um ponto tal que, hoje, estes equi-
pamentos custam cerca de metade face ao ano passado
por esta altura), ainda assim muitos sentirão a urgência de
adquirir um destes exemplares durante o corrente mês.
O que é curioso é que muitos deste ecrãs raramente serão
usados por forma a que as suas capacidades surjam em pleno.
Não só o sinal de televisão actual poucas vezes faz justiça a um
ecrã com condições para mostrar TV de alta definição, como
mesmo as imagens provenientes de um leitor de DVD nem
sempre são transportados para o ecrã nas melhores condições.
O sinal de áudio é outra “vítima” da confusão que hoje existe
no que toca a normas de transmissão de sinais provenientes
de fontes digitais. Para se perceber a situação absurda que a
se chegou na área da electrónica de consumo no que toca à
transmissão de áudio e imagem,basta olhar para as dezenas de
conectores que adornam os painéis posteriores dos amplifica-
dores multicanal para sistemas de cinema em casa.
Por isso, há cerca de dois anos, vários fabricantes — entre os
quais a Hitachi, a Matsushita Electric (Panasonic), a Philips, a
Silicon Image, a Sony, a Thomson e a Toshiba — decidiram
criar um grupo que padronizasse uma interface digital
única, que permita começar a dispensar as inúmeros
interfaces analógicas. A interface seria designado por High
Definition Multimedia Interface (HDMI) e deveria combinar
vídeo de alta definição e áudio multicanal num único cabo.
Para além disso, o caderno de encargos especificava que o
HDMI pudesse ser compatível com a Digital Visual Interface
(DVI), uma norma de transmissão digital que já é usada em
ecrãs de computadores e em leitores de DVD. O sistema de
ligação acaba também por ser bastante semelhante ao do
USB, embora as fichas não sejam compatíveis.
O objectivo desta interface é permitir o transporte inalte-
rado (não comprimido) de sinais digitais entre as fontes e
os sistemas de amplificação ou reprodução. Assim se evitará
o passo que existe hoje em muitos destes sistemas — uma
conversão intermédia para analógico —, que contribui para
tornar o sinal reproduzido menos fiel ao original. Esta apro-
ximação de transporte dos sinais digitais sem qualquer con-
versão prévia comporta, em si, o risco de os sinais poderem
ser desviados indevidamente para um sistema de gravação
— por outras palavras, poderia facilitar a pirataria de conte-
údos. Por isso, o HDMI foi desenhado em conjunto com um
protocolo de controlo de cópias, chamado High-bandwidth
Digital Content Protection (HDCP). O HDCP, um protocolo
desenvolvido parcialmente pela Intel, garante que os dados
que circulam no cabo estão cifrados e que,portanto,se forem
desviados, a respectiva gravação resulta ininteligível.
Uma vez que a adopção de interfaces HDMI faz acrescer o custo
para os fabricantes de equipamentos,estes estão agora apenas
a incluí-los nos equipamentos de topo de gama. Mas, ainda
assim, já vai sendo possível constituir sistemas de cinema em
casa interligados por HDMI:existem já,por exemplo,televisores
da Philips com ecrã de LCD e sistemas de A/V de fabricantes
como a Yamaha ou a Marantz, incorporando a nova interface.
E uma vez que estes só são colocados no mercado depois de a
sua conectividade ter sido validada por laboratórios indepen-
dentes, a norma HDMI passará, em breve, a ser mais um item
obrigatório na lista de quem quiser a melhor qualidade de
imagem e de som. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
parece liderar esta tendência mas a segue ser facilmente visto num
Europa também está atenta. pequeno ecrã do telemóvel.
Blake Krikorian é um bom exemplo do Do lado dos fornecedores de
potencial utilizador. Há dois anos, numa equipamentos e serviços, vai assistir-se a nos distribuir conteúdos em qualquer
viagem, não conseguiu ver um jogo de um reforço nos investimentos nesta área. plataforma escolhida pelos adeptos”,
basebol da sua equipa preferida. Pensou A Sprint já tem, desde 2003, o serviço explicou John Skipper, vice-presidente
então na possibilidade de MobiTV, com conteúdos executivo da empresa — ou em qualquer
receber conteúdos de vídeo PEDRO FONSECA de 20 canais de televisão, telemóvel identificado com a marca
pelo telemóvel — e, em da CNN ao Discovery ESPN, como está previsto.
Junho passado, lançou a empresa Sling Channel. A empresa diz-se “muito satis- Outros fornecedores de conteúdos
Media cujo primeiro produto deverá estar feita” com os resultados do serviço mas estão também atentos e a formatar con-
disponível no primeiro trimestre de 2005, não divulga dados concretos. teúdos para as redes móveis. Na semana
segundo a revista “Business Week”. O Em meados do próximo ano, passada, o diário económico “Wall Street
conceito de enviar conteúdos de vídeo também a operadora Verizon Wireless Journal” anunciou o lançamento, asso-
para telemóveis ou outros equipamentos vai instalar uma nova rede de alto débito ciado ao fornecedor de conteúdos para
portáteis caiu bem aos investidores da preparada para a distribuição de vídeo telemóveis Summus, do “Wall Street
Sling, entre os quais se contam várias e até de serviços de “video on demand”, Journal Mobile”. A partir de 2005, o
empresas de capital de risco, a Microsoft à semelhança do que anunciou a Qual- serviço vai fornecer notícias, informação
e a Texas Instruments. comm para 2006. Esta vai disponibilizar bolsista e personalizada.
A televisão móvel constitui, como é uma rede para envio de 100 canais de O recente filme “The Incredibles”
normal nas novas tecnologias, motivo televisão à cadência de 30 imagens por tem sido publicitado na Disney Mobile,
de expectativas eufóricas, tanto para segundo, o dobro da da oferta actual da onde se pode obter “wall papers”, jogos
utilizadores como para empresas. Um Sprint TV. Também o fabricante de ou toques sonoros. A Disney deverá
estudo efectuado em Fevereiro pela telemóveis Nokia tem em testes uma lançar em breve a sua própria opera-
consultora tecnológica In- rede para vídeo móvel em dora virtual, subcontratando a rede e os
Stat junto de um milhar de Pittsburgh (EUA) e prevê serviços associados aos operadores com
inquiridos mostrou os norte- disponibilizar no início de rede própria, ao que se poderá seguir
americanos entusiasmados 2006 mais equipamentos o lançamento de uma rede própria. A
com a possibilidade de verem preparados para receber empresa sabe que, nos EUA, metade dos
televisão no telemóvel — um esses conteúdos. jovens entre os 11 e os 17 anos já têm
interesse acima de qual- As próprias empresas de um telemóvel, segundo dados do Yankee
quer outra oferta actual. “É TV por cabo estão atentas a Group, citados pela revista “Forbes”. São
realmente um serviço com este potencial de negócio, até também os jovens que usam mais minu-
muito potencial”, concorda porque estão habituadas a tos ao telemóvel e aderem aos serviços
Clint Wheelock, analista da segmentar a sua audiência. “premium” (pagos), como sucede com o
In-Stat, que estima o número O canal desportivo norte- “download” de jogos ou de toques.
de assinantes deste tipo de americano ESPN anunciou Na Europa, o operador alemão
serviços a aumentar dos 273 na semana passada a asso- T-Mobile vai disponibilizar nos seus
mil actuais para 1,2 milhões ciação com a Sprint para telemóveis os noticiários nocturnos da
durante 2005, podendo os oferecer notícias, resultados cadeia RTL. Os vídeos “RTL aktuell
lucros crescer de 32,8 milhões e jogos a partir de meados de mobil” vão ter a duração de um minuto e
de dólares para 47,5 milhões 2005. “Somos uma empresa serão grátis até Fevereiro de 2005, após
no próximo ano. de média desportivo e cabe- o que custarão 0,69 euros cada. ●
Da Internet para o telemóvel
Em Portugal, onde a penetração dos telemóveis já atingiu o Setembro, se ter ultrapassado a meia hora de visualização.
seu ponto de saturação — com quase um aparelho em média A explicação dada pela Marktest para o crescimento do número
por cada português —, a televisão móvel poderá ser um novo de utilizadores e de páginas visitadas mas uma diminuição do
dinamizador para serviços a comercializar. tempo gasto reside no aumento progressivo da velocidade de
Um barómetro interessante para prever a adesão a um acesso resultante da adesão à banda larga:“Se, em Setembro, a
serviço que fornecerá uma pior qualidade para uma imagem média de páginas vistas deste tipo de ‘sites’ se situou nas 45 por
mais reduzida relaciona-se com os utilizadores de Internet hora, em Outubro foram vistas 53 páginas por hora.”
que acedem às televisões “on-line”, onde sucede algo Os canais portugueses são os mais procurados, com 419 mil
semelhante. Os últimos dados disponíveis, revelados na utilizadores únicos (ou 67,6 por cento do total de visitantes das
passada semana pela Marktest, mostram que, em Outubro, televisões “on-line”), uma tendência consistente desde Junho,
foram 620 mil os visitantes diferentes que acederam aos ao mesmo tempo que decresce o acesso a canais estrangeiros:
sítios na Web de canais nacionais e estrangeiros. eram 199 mil os utilizadores que o faziam em Junho, comparados
O número — que conta apenas com os residentes no Continente com 134 mil em Outubro. Os canais da TV Cabo foram os mais
com 4 ou mais anos e que usaram a Internet em ambiente procurados, seguindo-se a SIC, a TVI, a RTP e a Cabovisão.
doméstico nos últimos dois meses — representa 48,5 por cento A Marktest detectou ainda, em termos horários, uma relação
do total de utilizadores no período e um aumento de 6,9 por entre as audiências da Internet e as da televisão: as primeiras
cento face ao mês anterior. De Maio, com 586 mil utilizadores tendem a diminuir ligeiramente nas horas de pico de
únicos, a Setembro (580 mil), as variações no número de audiência em frente ao televisor. Mas,“no acesso a televisões
utilizadores foram mínimas tendo em conta o período de férias. A ‘on-line’, não se regista, como nas audiências de TV, uma
média horária por utilizador tem crescido dos 20 minutos diários quebra tão acentuada de actividade durante o período da
em Maio para os 28 minutos em Outubro, apesar de, em Agosto e tarde, após a hora de almoço”, sublinha a Marktest. P.F. ●

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Ericsson aposta
na tecnologia Push to Talk
C
ARREGAR NUM botão do telemó-
vel e falar, de imediato, com a
pessoa ou o grupo de pessoas
que se pretende é algo que pode
facilitar muito os contactos pes- a hipótese de usarem a tecnologia Push
soais e profissionais. A tecnologia chama-
se Push to Talk (PTT) e, de acordo com um
estudo apresentado pela Ericsson, acolhe
o interesse de um quinto dos utilizadores
de telemóveis.
A ideia é simples: usar um telemóvel
com a mesma facilidade com que se usa
um “walkie talkie”. Não é preciso procurar
o contacto na lista guardada no telemóvel,
não é necessário marcar qualquer número
— e, melhor do que isso, poderá definir-
se grupos de utilizadores e conversar, ao
mesmo tempo, com todos eles. Um vídeo
criado pela Ericsson para divulgar esta
tecnologia mostra-nos como o uso do Push
to Talk pode tornar mais simples os con-
tactos que se estabelece com os colegas de
trabalho ou com os familiares.
Nesse pequeno filme, um arquitecto
usa um telemóvel com a tecnologia Push
to Talk para esclarecer uma dúvida com
um grupo de colegas — e há sempre um
que tem a resposta —, para convocar um
grupo de amigos para uma bebida numa
esplanada, ao final da
tarde, e para combinar o ISABEL GORJÃO SANTOS
jantar com os seus quatro
filhos. Talvez o cenário real não seja tão
risonho como no filme da Ericsson, até
porque o Push to Talk não está ainda
disponível em Portugal (o que deverá
demorar alguns meses) e também porque,
de início, o número de pessoas com tele-
móveis compatíveis com esta tecnologia
deverá ser escasso. Contudo, a tecnologia
não deixa de ter aspectos bastante inte-
ressantes.
Na semana passada, Niclas Medman,
director de “marketing” da Ericsson,
esteve em Lisboa e aproveitou para divul-
gar a estratégia da empresa em relação
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO CONTRA A EXCLUSÃO DIGITAL E O SUBDESENVOLVIMENTO
UE e América Latina e Caraíbas
reforçam cooperação
A
U NIÃO EUROPEIA, a América
Latina e as Caraíbas chega-
ram a acordo para a criação
da primeira rede pan-latino-
americana de pesquisa e edu-
cação — que adoptará a designação de
Cooperação Latino-Americana para Redes
Avançadas (CLARA) —, bem como proce-
der à sua interligação directa com a rede
paneuropeia Géant. Para além desta deci-
são, os responsáveis das diferentes partes
iniciaram também um diálogo entre os
governos da América Latina e Caraíbas e
da União Europeia sobre políticas e temas
de regulação relacionados com a sociedade
da informação à luz do ponto de vista da
coesão social e da inclusão digital.
O lançamento destas iniciativas reali-
zou-se no âmbito do III Fórum Ministerial
América Latina e Caraíbas e União Euro-
peia para a Sociedade da Informação que
O TELEMÓVEL TRANSFORMADO NUM ‘ WALKIE TALKIE’
ao Push to Talk. Aliás, a própria Ericsson
realizou um estudo sobre esta tecnologia
que envolveu cerca de 13 mil pessoas de
dez países diferentes. Confrontadas com
to Talk, uma em cada cinco pessoas res-
ponderam que gostariam de experimen-
tar a nova funcionalidade. Longe de ser
um investimento exclusivo por parte da
Ericsson, o Push to Talk tem vindo a ser
testado pela generalidade dos operadores
de telecomunicações e dos fabricantes de
dispositivos móveis.
Ainda de acordo com o estudo da
Ericsson, são os grupos mais jovens os
que mais se mostram interessadas na
nova funcionalidade. Por
outro lado, também as
empresas encaram o Push
to Talk como uma boa ferramenta para
coordenar actividades de grupo, de forma
rápida e com custos reduzidos. Segundo os
responsáveis da Ericsson, isso será sobre-
tudo válido para as profissões ou serviços
que obrigam a deslocações constantes e
em que raras vezes os membros de uma
equipa se encontram no mesmo local, à
mesma hora.
Nos EUA, o serviço já está disponível e
custa entre 15 e 20 dólares mensais. Con-
tudo, e de acordo com o estudo da Ericsson,
poucas pessoas estariam dispostas a pagar,
na Europa, mais do que 20 dólares pelo ser-
decorreu no Rio de Janeiro (Brasil) nos
dias 22 e 23 do passado mês de Novembro
sob o tema “Uma Aliança para a Coesão
Social através da Inclusão Digital”. A
União Europeia e a América Latina e
Caraíbas reforçaram a cooperação para a
sociedade da informação através de uma
visão partilhada do potencial das tecnolo-
gias de informação e comunicação (TIC)
como ferramentas de coesão social.
O fórum contou com a participação de
ministros sectoriais de ambas as regiões,
coordenadores nacionais para a sociedade
da informação e a inclusão digital, e repre-
sentantes das entidades reguladoras.
Também participaram “representantes
de alto nível” da sociedade civil, do sector
privado e de organizações internacionais
convidadas para intervirem nas sessões
abertas. Portugal fez-se representar por
Diogo Vasconcelos, gestor da Unidade de
S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
viço. Aliás, a maioria “avalia” o serviço ao
equivalente a 5 ou 10 dólares mensais.
Para além dos resultados do estudo,
Niclas Medman avançou com uma data:
18 meses é o tempo estimado para a
chegada ao mercado europeu de ofertas
comerciais, telemóveis e serviços, associa-
dos ao Push to Talk. A Ericsson está já a
trabalhar com um conjunto de entidades
no desenvolvimento de uma norma que
permita a compatibilidade entre as várias
redes e fabricantes, a Push to Talk over
Cellular (PoC), já aceite pela Open Mobile
Missão Inovação e Conhecimento (UMIC),
o organismo governamental a quem com-
pete a coordenação das políticas tenden-
tes ao desenvolvimento da sociedade da
informação.
No decorrer da conferência, foram
debatidos temas considerados relevantes
para o desenvolvimento da sociedade da
informação, como o “software” livre ou de
código aberto, a interoperabilidade de sis-
temas, a gestão da Internet, a segurança e
os mecanismos de financiamento e apoio.
Os ministros e chefes de delegação
dos países da América Latina e Caraíbas
e da União Europeia aprovaram também
dois documentos. Conforme comunicado
difundido pela UMIC, o primeiro consistiu
numa declaração a nível ministerial “que
reflecte as visões sobre a inclusão digital
partilhadas pelas duas regiões, enfati-
zando as prioridades mais urgentes do
Alliance (OMA). Tal especificação baseia-
se em tecnologia IP (Internet Protocol) e
apenas requer largura de banda quando o
utilizador está a falar.
Consideram os responsáveis da Erics-
son que “os utilizadores apreciam a sim-
plicidade de premir um botão no telemóvel
e estar logo a conversar com um grupo de
amigos, com a família ou com colegas de
trabalho”. Desta forma, “o Push to Talk
vem preencher a lacuna existente entre as
mensagens de texto e as chamadas de voz
tradicionais”. ●
plano de acção da Cúpula Mundial sobre
a Sociedade da Informação (CMSI)”. Por
outro lado, começou-se a definir as bases
de um programa de trabalho multi-regio-
nal para o desenvolvimento da inclusão
digital baseado no plano de acção da
CMSI, incluindo propostas para transfe-
rência de tecnologia e a cooperação em
áreas específicas.
Este simpósio, organizado conjun-
tamente pelo governo brasileiro e pela
Comissão Europeia, teve como objectivo
dar continuidade aos debates havidos
durante os fóruns realizados em 2002, em
Sevilha (Espanha), e em 2003, em Lima,
no Peru. A conferência contou ainda com
o apoio do Programa @LIS, da Comissão
Europeia, e com o aconselhamento técnico
e institucional da Comissão Económica
das Nações Unidas para a América Latina
e Caraíbas. ●
computadores .7
 RECURSOS SEMPRE À MEDIDA DAS NECESSIDADES, NUMA PARTILHA SINGULAR DE RISCOS

Dell arrancou com ‘enterprise

services’ na EMEA
A
DELL COMPUTER anunciou na
passada quarta-feira a entrada
em pleno funcionamento,
no espaço da Europa, Médio
Oriente e África (EMEA), dos
seus IT Services for Enterprises, ou seja,
dos seus serviços profissionais de assis-
tência e consultoria para clientes empre-
sariais. “Os clientes têm vindo a dizer à
Dell que pretendem reduzir os seus custos
[com as infra-estruturas de tecnologias de
informação], bem como os riscos da sua
operação, ao mesmo tempo que querem
dispor de acesso a um apoio
técnico do mais alto nível RUI JORGE CRUZ
— e a Dell quer ir ao encon- em Limerick (Irlanda)
tro destas necessidades dos
seus clientes”, disse Josh
Claman, vice-presidente da empresa res-
ponsável pelos Dell Services na EMEA,
em conferência de imprensa europeia
realizada em Limerick, no Sul da Irlanda,
nas instalações da unidade de montagem
de computadores e servidores da marca na
União Europeia.
Segundo Josh Claman, a Dell aplica
aos seus serviços profissionais a mesma
fórmula em que tem assentado o seu
sucesso nos computadores, servidores
e outros equipamentos: racionalizar ao
máximo a cadeia de fornecimento e os
processos logística e produção, de modo a
obter os mais baixos preços possíveis em
cada momento para cada produto — o que,
nos computadores, é conseguido através
da prática sistemática e draconiana de
princípios como o de só fabricar máquinas
já encomendadas e de acordo com as espe-
cificações dos clientes (o chamado “build
to order”), e só comprar os componentes
entre duas a três horas antes de iniciar
a montagem — o que permite tê-los aos
preços mais baixos e, por outro lado, nunca
acumular “stocks”, que redundam sempre
em custos financeiros acrescidos.
Ora e como é que a Dell aplica esta
estratégia aos serviços profis-
sionais? Muito simplesmente
reduzindo ao mínimo o número
de engenheiros e técnicos afec-
tos à prestação destes serviços
e criando uma rede de parceiros especializa-
dos em serviços de suporte e de consultoria
em tecnologias de informação (TI), com os
quais conta para o estabelecimento — e a
execução — de contratos de assistência ou de
projectos de reengenharia da infra-estrutura
tecnológica com os seus clientes.
Por outras palavras, por um lado, a
Dell compromete-se perante o cliente a
assegurar-lhe um certo nível de serviços de
assistência e suporte (com maior ou menor
rapidez, com maior ou menor amplitude
de incidências, consoante as necessidades
de cada empresa-cliente); por outro lado,
a mesma Dell como que subcontrata a
execução de tais contratos a empresas
especializadas neste tipo de serviços, da
manutenção à consultoria — passando a
monitorizar remotamente as infra-estru-
turas de TI dos clientes, a ocorrência ou
iminência de incidentes e a resposta que
o(s) parceiro(s) envolvidos, como a Unisys
em vários países, dão a cada problema de
forma a respeitar os termos e condições de
cada contrato.
Como clara mas ironicamente Josh
Claman afirma, “a Dell não tem nada
para vender aos seus clientes [em matéria
de serviços], pois não tem, nos seus qua-
dros, centenas ou milhares de engenhei-
ros e consultores que precisa de manter
ocupados”. “É como se, quando os nossos
clientes precisam de apoio e deste tipo de
serviços, nós fôssemos ao mercado ‘buscar’
as competências necessárias para resol-
ver os problemas, nas melhores condições
possíveis e apenas enquanto elas são
necessárias.”
Na ocasião, foi também anunciado
que o recém-criado Enterprise Command
Centre (ECC), também localizado em
Limerick, passara já a funcionar 24 horas
por dia em todos os dias da semana. O
ECC é um centro onde é centralizada toda
a informação relativa às infra-estruturas
dos clientes dos serviços profissionais da
Dell na EMEA e se procede à coordenação
de acções preventivas ou de resolução de
emergências nessas mesmas infra-estru-
turas de TI. Desta forma, a Dell poderá
gerir mais eficientemente os recursos
necessários em cada momento — em vez
de andar a gerir recursos sobredimensio-
nados — e, desse modo, proporcionar aos
seus clientes os benefícios destes ganhos
de eficiência global. ●
Computadores realizou esta viagem a convite da Dell Computer

virose

OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 6
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E, WM/
Microsoft lança ‘patch’ para falha Iframe… ao mesmo tempo que descobre outra KOMPU.A, W97M/Alamat, VBS/Aqui

Finalmente, no dia 1 de Dezembro, a Microsoft — “quebrando” o seu identificar os endereços de IP de computadores específicos dentro de Dia 7
esquema mensal de publicação de boletins de segurança, que calha uma rede, estando a falha numa função de replicação que permite aos VBS/Aqui, W97M/Alamat, WM/Alliance.A,
aos dias 7 de cada mês — disponibilizou um “patch” para a falha de servidores a correrem o WINS comunicar entre si. W32/Supova.f.worm, W32/Supova.e.worm,
segurança Iframe do Internet Explorer. No boletim de segurança A Microsoft — que ainda não criou um “patch” para esta falha — diz W32/Supova.d.worm, WM/Eraser.A:Tw,
em que a empresa explica a falha, esta é classificada como “crítica”, que aquela ferramenta não é activada por omissão nos sistemas, WM/ERASER.H
o escalão mais alto atribuído pela Microsoft. O “patch” está incluído não sendo mesmo frequente o seu uso em servidores ligados à
numa actualização cumulativa para o Internet Explorer, que engloba Internet. A empresa informa ainda que não tem notícia de já ter sido Dia 8
também uma outra actualização, já disponibilizada no mês de criada uma qualquer forma de exploração desta falha, esperando WM/Eraser.A:Tw, VBS/San@M, VBS/
Outubro. conseguir disponibilizar um “patch” na próxima actualização mensal Valentin@MM, WM/KOMPU.A, W97M/
Como já se explicou nas últimas edições da Virose, a falha Iframe de segurança. Alamat, VBS/Aqui, W97M/Tolu
afecta sistemas com o Internet Explorer 6.0 a correr no Windows XP Como forma de proteger os sistemas enquanto esta não surge, a
com o Service Pack 1 ou no Windows 2000 e com todos os “patches” Microsoft sugere que os utilizadores desactivem a função WINS desde Dia 9
instalados. Só os sistemas com o Service Pack 2 do Windows XP que ela não seja fundamental para o funcionamento dos servidores. VBS/Aqui, VBS/Alphae, VBS/Inself, W97M/
instalado não são vulneráveis. Surgiram, no entanto, já notícias há duas Outras hipóteses são bloquear, na “firewall” da rede, algumas portas, Alamat, TRASHER.D, WM/Eraser.A:Tw,
semanas de que teria sido publicado código capaz de explorar a falha como as 42 TCP e UDP ou utilizar a segurança IP para proteger o Acid.A (intended), W97M/Jackal.A
também nesta versão do Windows. tráfego entre servidores com WINS.
Como também se tem vindo a referir, nas últimas semanas foram Dia 10
detectadas várias formas de exploração desta falha, nomeadamente Eventual nova falha do Internet Explorer X97M/Hopper.r, W97M/Nono.A, WM/
através do “worm” Bofra e de anúncios do tipo “banner” colocados em Helper.B, AOS.A, WM/Eraser.A:Tw, WM/
sítios da Web. É, pois, muito recomendável que todos os utilizadores do A empresa de segurança Secunia divulgou, por seu lado, a descoberta Helper.A;B, VBS/Loveletter.ar, W97M/
Windows e do Internet Explorer actualizem os seus sistemas com este de nova falha no Internet Explorer. Tratar-se-á de uma falha causada Alina.a@mm, W97M/Melissa.ao@mm,
novo “patch” de modo a adequarem os seus níveis de segurança. pelo facto de o programa usar a extensão existente no nome da W97M/Hope.p, VBS/Baracu.A@mm,
A Microsoft já havia, entretanto, tornado pública a descoberta de URL quando grava imagens com o comando Save Picture As, ou de VBS/Count, VBS/Godzilla@M, W97M/
nova falha em programas seus: no dia 30 de Novembro, divulgou a apagar a última extensão quando o ficheiro tem um nome com várias Alamat, X97M/Anis, W32/Urick@MM,
existência de uma falha no Windows Internet Name Service (WINS), extensões. VBS/Zync, VBS/Aqui, JS/Gigger.a@MM,
um componente da infra-estrutura de rede dos programas de A exploração desta falha (de que já existirá uma VBS/IISDel.worm
servidor Windows NT 4.0 Server, Windows 2000 Server e Windows versão “proof-of-concept”) poderá ser feita através
Server 2003. A empresa define a falha como sendo um de um sítio na Web levando os utilizadores a Dia 11
“remote buffer overflow”, que pode permitir a um gravarem como uma imagem uma página de VBS/Aqui, W32/Blurt@MM, WM/Alliance.A,
intruso correr código mal-intencionado HTML contendo código mal-intencionado. Isto W97M/Alamat, W97M/Bablas.aj,
em servidores vulneráveis. só funciona se, no computador do utilizador, estiver WM/Eraser.A:Tw, W97M/AntiSocial.e,
O WINS é uma ferramenta activada a opção Esconder extensão WM/MERCY.B, WM/CVCK1.A, WM/
que permite para os tipos de ficheiros JUNKFACE.A;B
conhecidos. A Secunia afirma
ter confirmado a existência da Dia 12
falha até em computadores com o WM/Eraser.A:Tw, WM/Envader.A
Internet Explorer 6 e o Windows (Intended), W97M/Yous, W97M/Alamat,
XP SP2. Até sexta-feira última, a WM/Alliance.A, VBS/Aqui, W97M/Cobra.a1
Microsoft não comentara estas
notícias. ● JOSÉ DOUTIL

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
 PHC E OPTIMUS LANÇAM APLICAÇÃO PROFISSIONAL PARA ENVIO DE MENSAGENS MÚLTIPLAS

Solução de SMS
para uso empresarial
E
nviar uma mensagem escrita para um telemóvel solução ideal é o envio de SMS, visto que, em Portugal, Portugal ser ainda vista como eminentemente pessoal,
de um cliente a avisar que o seu equipamento a penetração de telemóveis é enorme e o custo das há uma multiplicidade de situações profissionais em
já está pronto, convocar depressa uma reunião mensagens reduzido”. que esta se aplica, tais como acções de ‘marketing’ ou a
com várias pessoas ou simplesmente divulgar Paulo Simões, director da unidade de novos negócios gestão de forças de vendas no terreno”.
uma festa num bar através da Optimus, considera, por seu lado, Compatível com as mais diversas redes, o SMS PHC
de SMS são possibilidades muito úteis ISABEL GORJÃO SANTOS em comunicado sobre a nova aplicação, estará disponível nesta semana e requer a aquisição de
para muitas empresas. A pensar nisso, que “as SMS são um excelente meio de um módulo de “software” que custa cerca de 200 euros.
a PHC e a Optimus lançaram o SMS PHC, um serviço comunicação para as empresas, pois chegam a todos, Depois, as empresas podem adquirir pacotes pré-pagos
que já está disponível e permite enviar mensagens, de são rápidas e de baixo custo”. Disse ainda o responsável de mil mensagens, custando o envio de cada mensagem
forma automática, para múltiplos telemóveis. da Optimus que, “apesar de a utilização de SMS em algo como 0,11 euros. ●
A PHC, uma empresa portuguesa especializada no
desenvolvimento de “software” de gestão, estabeleceu
agora uma parceria com a operadora de telecomunicações
móveis Optimus e criou a SMS PHC — uma nova
aplicação que permite enviar mensagens escritas,
de forma automática, para clientes, fornecedores
ou colaboradores de uma empresa. Se a PHC criou
a aplicação, a Optimus será agora responsável pela
disponibilização do serviço para o envio das mensagens.
Segundo os responsáveis da PHC, esta aplicação
permitirá às empresas comunicar a custos reduzidos
com as pessoas que mais lhe interessam, “visto o custo
do envio de uma mensagem de SMS ser inferior ao de
um fax ou de um contacto telefónico”.
Apesar de o novo serviço funcionar através da rede
da Optimus, as mensagens podem ser enviadas para
qualquer rede de comunicações móveis. Para além de
facilitar o envio de grandes quantidades de mensagens
escritas, a nova solução permite, por exemplo, programar
antecipadamente o envio de mensagens específicas,
que depois é processado de forma automática. Pode-se
configurar o programa para enviar uma mensagem a
avisar um cliente de que a sua encomenda está pronta
logo que seja criada a factura relativa a essa encomenda.
E pode-se também enviar informações sobre atrasos nos
pagamentos ou sobre campanhas e promoções, tudo de
forma automática.
A nova aplicação da PHC permite também definir
os utilizadores que podem enviar mensagens escritas,
que ficam armazenadas para poderem ser consultadas
posteriormente. Ricardo Pereira, director-geral da
PHC, considerou que, quando existe informação que
deve chegar instantaneamente aos destinatários, “a

S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4 computadores .9
 da.net
Gulbenkian coopera com Universidade
do Porto no ensino através da Web
A Fundação Calouste Gulbenkian assinou na passada
sexta-feira, dia 3, um protocolo de cooperação com a
Universidade do Porto para o desenvolvimento de novas
soluções de ensino via Internet, o chamado E-learning.
Graças a este projecto, a Universidade do Porto (a maior
do país em número de alunos) passará a oferecer por via
electrónica conteúdos de apoio à aprendizagem para
vários cursos de pré e pós-graduação — explicou à agência
Lusa um porta-voz da Fundação Gulbenkian. Além desta
vertente, o projecto contempla ainda a avaliação do
impacto do recurso ao E-learning. A comparticipação da
Fundação Calouste Gulbenkian será de 247 mil euros — a
qual “terá como destino único a aquisição de ‘hardware’,
‘software’, bibliografia, serviços, inscrições em conferências e
divulgação dos produtos finais que resultarem do projecto”,
informou, por sua vez, a reitoria da Universidade do Porto.
Estes projectos estão a ser coordenados pelo Departamento
para a Universidade Digital do Instituto de Recursos e
Iniciativas Comuns da Universidade do Porto, que, em Março,
já havia subscrito um protocolo com a Microsoft para apoio
à formação de 8 mil dos seus 25 mil estudantes. ●
Câmara e juntas de freguesia das Caldas
da Rainha ligadas em rede
A Câmara Municipal das Caldas da Rainha e as 16 freguesias
do concelho estão a partir de hoje ligadas através de uma
rede de dados, o que permitirá aos habitantes das áreas
rurais consultarem processos através Internet nas juntas
de freguesia. O vereador Hugo Oliveira disse no passado
dia 25 de Novembro à agência Lusa que todos os edifícios
centrais da autarquia estão ligados em rede às juntas de
freguesia e, por isso, deixaria “de ser necessário as pessoas
terem que se dirigir à Câmara para consultarem processos
de obras”:“Basta dirigirem-se a uma junta de freguesia e
fornecerem ao funcionário o número do processo para
depois o poderem consultar”,afirmou o vereador. Hugo
Oliveira disse que a Câmara das Caldas é a primeira da
região a avançar com este sistema baseado no conceito
tecnológico de intranet e que, além de “encurtar a distância
dos cidadãos à Câmara”,permite também aos presidentes de
junta enviarem pedidos por correio electrónico, poupando
tempo em deslocações à sede do concelho. O vereador
Hugo Oliveira disse ainda que, depois dos processos de
obras, o sistema será alargado a outras áreas da actividade
dos serviços municipais. ●
Acervo de museus já pode
ser consultado via Internet
Uma colecção de 30 mil peças dos acervos de 28 museus
que integram o Instituto Português de Museus (IPM) pode
já ser vista desde meados do passado mês de Novembro
através do sítio www.matriznet.ipmuseus.pt na Web.
Conforme adiantou o IPM à agência Lusa, este sítio dispõe
do motor de pesquisa “on-line” MatrizNet, que fornece
informação sobre 30 mil peças dos acervos destes museus
e permite fazer pesquisa histórica. É também já possível
aceder gratuitamente à Internet no Museu Nacional de
Arte Antiga, no Museu Nacional do Azulejo (ambos em
Lisboa) e no Museu Soares dos Reis, no Porto, graças a
quiosques especialmente concebidos. Nos dois primeiros,
será ainda possível navegar na Net em PC portáteis
com recursos Wi-Fi graças aos “hotspots” instalados nas
respectivas áreas públicas, como jardins, cafetarias e
entradas dos edifícios. Nos planos do IPM está ainda o
alargamento, em 2005, desta experiência a outros museus:
Museu de Alberto Sampaio, Museu de Aveiro, Museu de
Évora, Museu de Francisco Tavares Proença Jr., Museu da
Guarda, Museu de José Malhoa, Museu de Lamego, Museu
Nacional de Machado de Castro e Museu Regional de
Arqueologia D. Diogo de Sousa. Estas iniciativas estão a
ser concretizadas com o apoio financeiro do Programa
Operacional para a Sociedade da Informação (POSI). ●
computadores .10
PIETER KNOOK, DA MICROSOFT, FALOU DE MOBILIDADE EM DEBATE DA APDC
Novos serviços e aplicações
para cativar clientes
N
ESTA FASE de introdução do
UMTS, os operadores de
telecomunicações móveis
têm como desafio manter
o crescimento das suas
receitas — o que poderá acontecer
através da disponibilização de novos
serviços de dados, da conquista de
novos clientes ou do aumento da receita
média por cliente. É assim que Pieter
Knook, vice-presidente da Microsoft
responsável pela divisão de dispositivos
móveis, encara o desafio que se coloca
aos operadores móveis face à entrada
em funcionamento das suas redes de
terceira geração (3G). Este executivo
da Microsoft esteve na passada semana
em Lisboa, onde participou num debate
organizado pela Associação Portuguesa
para o Desenvolvimento das Comuni-
cações (APDC).
“A tecnologia tem mudado, a
forma de desenvolver o negócio
altera-se drasticamente e o que
era apenas comunicações por voz
tem dado lugar às comunicações de
dados”, afirmou Pieter Knook, que
salientaria depois a necessidade de
se criar novos serviços. Que tipo de
serviços serão mais bem sucedidos
ou que aplicações deverão ser usadas
nas redes móveis foram perguntas
deixadas no ar pelo responsável da
Microsoft, que, sem arriscar res-
postas, preferiu levantar algumas
hipóteses, embora tenha formulado
a convicção de que “o entretenimento
será certamente uma área muito
importante”.
As redes sem fios, baseadas
na tecnologia Wi-Fi, ou as redes
de UMTS podem ser usadas pelas
empresas para disponibilizar novos Microsoft entra no serviço dos blogues
serviços e criar diferentes modelos
de negócio, defendeu Pieter Knook. A Microsoft procedeu na passada este da Microsoft para a criação e a
“Manter o crescimentos das receitas semana ao alargamento da sua oferta manutenção de blogues (também
é fundamental para os operadores de serviços à criação de blogues, com conhecidos por “Web logs”, expressão
de telecomunicações”, salientou os quais espera atrair mais utilizadores que, por corruptela, deu origem ao
o responsável da Microsoft, que da Internet ao seu universo de portais termo “blogue”), os quais abrangem
considerou como próxima grande e páginas na Web. O anúncio foi feito uma enorme variedade de temas,
mudança a utilização generalizada na passada quarta-feira e o novo desde antiguidades a comentários
do XML — a linguagem de progra- serviço — denominado MSN Spaces e políticos.
mação para criação de páginas na que começou desde logo a ser testado A América Online (AOL), o maior
Web que veio suceder ao HTML, — permite a criação de repositórios fornecedor de acesso à Internet nos
proporcionando maior flexibilidade diários onde os utilizadores sem EUA e no Canadá, desde meados de
e novas funções aos programadores grande experiência técnica podem 2003 que disponibiliza os chamados
no desenvolvimento de aplicações e expressar as suas opiniões sobre AOL Journals aos subscritores do seu
serviços a disponibilizar pela Net diversos temas ou trocar fotografias ou serviço; e o líder dos motores de busca,
nos dispositivos móveis. canções do seu agrado. a Google Inc., oferece também um
Enquanto responsável na Micro- O serviço será gratuito para quem serviço gratuito através do seu “site”
soft pelos desenvolvimentos destina- tiver uma conta de correio electrónico Blogger.com. Segundo Blake Irving,
dos a este tipo de plataformas, Knook no Hotmail ou uma conta no MSN vice-presidente da Microsoft para o
dedicou também parte da sua inter- Messenger (ambos também grátis) sector das comunicações, citado pela
venção a abordar questões relaciona- pois o MSN Spaces terá receitas de agência Lusa, a versão final do MSN
das com o “software” — defendendo a publicidade. Várias outras empresas Spaces deverá estar pronta em Junho
tese de que as aplicações desenvolvi- oferecem serviços semelhantes a do próximo ano. ●
das deverão permitir ao utilizador o
acesso à mesma informação, embora
a partir de diferentes locais e dos
mais diversos tipos de dispositivos. ter acesso à mesma informação em sua vez, “podem fazer as diferenças
O entretenimento e a informação casa, no carro, no escritório, no aero- entre os operadores e conduzir ao
pessoal e profissional reúnem-se, porto ou noutros locais. aumento das receitas por cliente”.
assim, num só dispositivo e num Knook defende que os telemóveis que E, referindo-se ainda à estratégia da
cenário de convergência. “As pessoas utilizam o sistema operativo Smar- Microsoft para a área dos dispositivos
querem ter acesso a tecnologia que tphone, da Microsoft, e que se caracte- móveis, Pieter Knook salientou que
lhes permita consultar a mesma rizam por combinar as funções de um o sistema operativo Windows Mobile
informação em diferentes locais”, telemóvel com as de um computador de permite um fácil acesso ao correio elec-
salientou Knook, para quem não é bolso, são fundamentais para os ope- trónico e aos dados empresarias mas
relevante a tecnologia de rede que se radores móveis porque representam também a outras aplicações, como
usa para determinado equipamento, uma oportunidade para a disponibi- jogos, música e serviços de voz atra-
mas sim as aplicações que permitem lização de novos serviços. Estes, por vés da Internet. ● ISABEL GORJÃO SANTOS
S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
 A balada A balada A balada Sob o signo
do mar salgado
Vol 1
do mar salgado do mar salgado
Vol 3
do Capricórnio
Vol 1
Vol 2

A Balada do Mar - vol. I A Balada do Mar - vol. II A Balada do Mar - vol. III Sob o signo do Capricórnio - vol. I

Sob o signo As Célticas As Célticas na Sibéria

do Capricórnio Vol 1 Vol 2
Vol 1

Vol 2

Sob o signo do Capricórnio - vol. II As Célticas - vol. I As Célticas - vol. II Na Sibéria - vol. I

Fábula de Veneza A casa dourada A casa dourada

na Sibéria
Vol 2
de Samarcanda de Samarcanda
Vol 1 Vol 2

Na Sibéria - vol. II Fábula de Veneza A Casa Dourada de Samarcanda - vol. I A Casa Dourada de Samarcanda - vol. II

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S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4 computadores .11
 .com
Intel revê previsões em alta
A Intel reviu em alta as suas previsões para o último trimestre
fiscal, o que significa que o ano deverá terminar com uma sur-
presa positiva por parte deste fabricante de processadores. A
empresa, cujos resultados são muito influenciados pela procura
global em diversas áreas, está agora a beneficiar de um signi-
ficativo aumento das vendas de computadores portáteis e de
servidores equipados com processadores da Intel. No dia deste
anúncio, a passada sexta-feira, as acções da Intel aumentaram
7 por cento. Numa actualização que habitualmente a empresa
efectua a meio do trimestre, os responsáveis da Intel adianta-
ram que as vendas relativas ao quarto trimestre do ano fiscal
deverão situar-se entre os 9300 e os 9500 milhões de dólares,
mais do que os 8600 a 9200 milhões de dólares previstos em
meados de Outubro. As previsões agora apresentadas pela Intel
representam o contrário do que aconteceu no passado mês de
Setembro, quando a empresa reviu em baixa as suas projecções
relativas a vendas e a margens de lucro. ●
eBay remodela administração executiva…
A eBay, a empresa norte-americana responsável pelo maior sítio
de leilões na Internet, vai proceder a uma profunda remode-
lação na sua estrutura executiva, naquilo que vários analistas
interpretam como um primeiro passo preparatório da sucessão
da actual presidente, “chief executive officer” (CEO) e fundadora,
Meg Whitman, de 48 anos. Assim, Jeff Jordan, de 45 anos (até
aqui vice-presidente da eBay North America), foi nomeado
presidente da PayPal, a divisão de pagamentos electrónicos da
eBay, que esta comprou há uns anos após ela se tornar no mais
usado serviço de pagamentos na Web baseados em cartões de
crédito (e que então “cilindrou” o serviço concorrente BidPay, que
havia sido lançado pela própria eBay). Bill Cobb, de 48 anos, por
seu lado, substituirá Jeff Jordan à frente da eBay North America,
que gera cerca de 60 por cento da facturação da empresa. Até
há dias, Cobb desempenhara as funções de vice-presidente da
eBay International. Por fim, Matt Bannick, de 40 anos, ex-vice-
presidente da PayPal, assumirá as funções de vice-presidente da
eBay International, antes desempenhadas por Bill Cobb. ●
… e prepara futura sucessão no topo
Os porta-vozes da eBay fizeram saber que estas mudanças
visam ampliar o leque de experiências entre os responsáveis
computadores .12
executivos da empresa e estimular a partilha de conhecimento
do negócio nos seus níveis decisórios. Por outro lado, os secto-
res-alvo desta remodelação são aqueles em que deverá assentar,
no plano estratégico, o crescimento da empresa nos próximos
anos: o mercado norte-americano, o mercado global e os paga-
mentos electrónicos (sobretudo através da PayPal mas também
da BidPay, serviço que nunca chegou a ser extinto ou integrado
na PayPal, mesmo depois da aquisição desta pela eBay).“Um dos
objectivos [desta remodelação] foi o reforço da administração”,
afirmou Hani Durzy, porta-voz da empresa, citado pelo “Wall
Street Journal”. Assim, se e quando a fundadora Meg Whitman
pretender retirar-se ou assumir um papel menos interveniente,
mais numerosas serão as opções para a recomposição dos
órgãos executivos da eBay. Sinal de que há um fio condutor de
continuidade nesta recomposição da gestão de topo da empresa
é o facto de qualquer dos três executivos em causa continuarem
a responder perante Rajiv Dutta, “chief financial officer” (CFO), e
Maynard Webb, “chief operating officer” (COO) da eBay. ●
Oki Ibérica facturou 52,7 milhões de euros
A Oki Systems Ibérica, empresa fabricante de impressoras, anun-
ciou os resultados relativos ao primeiro semestre do ano fiscal
de 2004, tendo registado uma facturação de 52,7 milhões de
euros. Dessa facturação, 46 milhões de euros foram alcançados
em Espanha e os restantes 6,7 milhões de euros em Portugal. Tal
valor representa um crescimento de 22 por cento quando com-
parado com o mesmo período do ano passado e supera em 11,4
por cento as previsões que a empresa fizera para este período do
ano fiscal. De acordo com dados da Dataquest, empresa de estu-
dos de mercado, a Oki possui actualmente 25 por cento da quota
de mercado no que se refere a impressoras a laser a cores.“Estes
resultados demonstram que a nossa aposta na impressão a laser
a cores com a tecnologia digital LED está a dar os seus frutos”,
considerou Pedro Madeira, director-geral da Oki Systems em
Portugal, que justifica os resultados obtidos com “a carteira de
produtos, o sólido canal de distribuição apoiado por programas
específicos e campanhas de ‘marketing’, e os esforços constantes
na área da investigação e desenvolvimento”. ●
Samsung prevê recessão nas memórias
A Samsung Electronics prevê para 2005 uma diminuição de
cerca de 30 por cento no preço dos “chips” de memória para
S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
computadores pessoais. Esta previsão significa que se poderá
estar perante um longo período de estabilização dos preços,
que, para além de não ser comum, poderá representar uma
diminuição dos lucros alcançados pela empresa. Por se tratar
de uma empresa que é das principais fabricantes de compo-
nentes de memória, tais declarações antevêem um momento
de viragem que não surpreende os investidores e analistas do
sector. Também noutras áreas fundamentais para a Samsung,
como a dos telemóveis e a dos ecrãs de cristais líquidos, prevê-
se uma diminuição dos lucros, tal como anunciou na passada
sexta-feira Chu Woosik, director da Samsung responsável pela
relação com os investidores. Analistas do sector consideram
que as margens operacionais na área dos telemóveis, que fora
de 13 por cento no terceiro trimestre deste ano, descerão para
menos de 10 por cento no quarto trimestre. Quanto aos “chips”
de memória, Chu Woosik acrescentou que “o sector caminha
de um ano bom para um ano mau” e que “em 2005, e especial-
mente no segundo semestre, haverá um aumento da procura
e os preços voltarão a subir”. ●
AOL investe no seu ‘site’ gratuito
Nos últimos dois anos, a AOL procurou combater a erosão do seu
negócio de serviços de acesso à Internet. Mas os seus últimos
planos, que passam por colocar grande parte dos seus serviços
e conteúdos no “site” de acesso gratuito www.aol.com, parecem
representar um esforço que tornará possível a sobrevivência a
longo prazo. Apesar de alguns serviços continuarem a ser pagos,
a verdade é que a medida da AOL já se reflectiu num aumento
da publicidade na Internet que teve lugar nos últimos meses, isto
depois da abrupta queda verificada no ano 2000. O objectivo da
AOL é também ombrear com outros portais que registam maior
número de acessos, como é o caso do Google, do Yahoo ou do
MSN, da Microsoft. A longo prazo, esta nova estratégia poderá
também determinar se a AOL permanecerá, ou não, integrada
na Time Warner, que ainda este ano optou por manter o maior
fornecedor de acesso à Internet nos EUA, dando-lhe tempo para
recuperar em vez de o vender por baixo preço. No entanto, John
Buckley, porta-voz da AOL, refere-se ao “site” gratuito da AOL
como “uma ferramenta de ‘marketing’ para o serviço pago”. Aliás,
“podemos olhar para o portal gratuito actual como se fosse um
Yugo”, disse Buckley, referindo-se ao carro barato construído na
antiga Jugoslávia. “Mas a verdade é que também vamos cons-
truir um Bentley”. ●
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E squecemos muitas vezes a tradição enófila que

faz parte integrante da nossa cultura. E, por isso,
tantas vezes bebemos vinho sem as devidas exigên-
cias de qualidade, sem tempo nem conhecimentos
para o apreciarmos devidamente. Afirma o par de
amigos que construiu esta página na Web que “o Sítio
do Vinho teve a sua origem num gosto comum pelo

O BEIJO
vinho”. E como os segredos do prazer não devem ser
guardados a sete chaves, decidiram transmitir, através
da Internet, o gosto do vinho. Podendo os visitantes
verificar que se trata de uma verdadeira ciência,
tentam ensinar o muito que aprenderam com estudos
e ligações familiares ao mundo vitivinícola. É um con-
vite a passar de simples consumidor a apreciador com
os sentidos aguçados e uma capacidade de degusta-
ção mais afinada. ● mulher.aranha@publico.pt

www.sitiodovinho.com

W
WEBBMMAANNI IAA
www.umass.edu/peri www.voiceyourself.com www.cm-pombal.pt www.showstudio.com

E ste é o “novo portal do Município de

Pombal”! [Informação para os mais
sensíveis a questões poéticas: nem todo
o seu texto é feito em rima]. Tornou-se,

S ob o lema “Transformando o mundo

juntos”, defendem a natureza, o
planeta e os seres vivos. “Toda a vida
na Terra é sagrada”. Têm por missão
devolver ao planeta o seu equilíbrio e
harmonia, sobretudo através da criação
de uma consciência individual. Dizem
que “VoiceYourself é mais do que uma
página na Net: é uma expressão do
nosso compromisso colectivo e da
nossa diversidade para servir a comu-
nidade.” Este movimento foi criado
há pouco mais de umas semanas, no
mais completo instrumento que a
municipalidade colocou ao serviço dos
seus cidadãos e fornecedores. Através
dele, podem os munícipes de Pombal
aceder a uma panóplia de informação,
seguir, em tempo real, o desenrolar dos
seus processos variados a decorrer na
Câmara, pagar serviços por cartão de
crédito ou MBNet, entre muitas outras
facilidades. Para quem deseje conhecer
S howstudio constitui um espaço
“on-line” por excelência para criati-
vos “de ponta” desenvolverem os seus
Pombal ao pormenor, basta clicar em trabalhos experimentais nos novos

E ste é o sítio do Political Economy

Research Institute, uma unidade
de investigação na Universidade de
pelo actor norte-americano Woody
Harrelson. ●
“Tudo sobre Pombal”. ● campos da imagem em movimento e
da interactividade. Para comemorar o
seu trigésimo aniversário, este estúdio
Massachusetts Amherst que (embora e galeria virtual não deixa agora por
independente desta) foi criada em mãos alheias a produção da imagem:
1998. Dedica-se à investigação, dis- virou-se para a sua prática e decidiu
seminação, consultoria política e à mostrá-la ao mundo. É ver para crer! ●
formação em áreas como globaliza-
ção e macroeconomia, os mercados
de trabalho e os salários, desenvol-
vimento, ambiente, construção da
paz. Desenvolve trabalho nas áreas
do bem-estar humano e ecológico
através da produção de investigação
escrita para o público em geral, os
políticos e fazedores de políticas, e as
audiências académicas. ●

www.metacritic.com

P ara os consumidores de cinema, de vídeo, dos DVD, de música e jogos de computador que
gostam de ler as opiniões críticas de outros antes de adquirirem ou consumirem os produtos.
Nesta página têm a oportunidade de se “infiltrarem” em fóruns de discussão e trocar as mais varia-
das impressões. Com uma completa gama de recensões, escritas por críticos conceituados, vale a
pena procurar algumas dicas no Metacritic… ●

S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4 computadores .15
 agenda IMPRIMIR COM MAIOR RAPIDEZ MESMO NAS EMPRESAS DE MÉDIA DIMENSÃO
ICM 2004 – The 16th International Conference on
Microelectronics
Data: 6-12-2004 a 8-12-2004
Local: Tunis, Tunísia
Contacto: Conference Secretariat
Oki lançou novos
E-mail: conference@gms.org
URL: www.gmslab.org/conferences/icm2004/
IC-FPT’04 – The 2004 International Conference on Field-
Programmable Technology
modelos C7350
A
Data: 6-12-2004 a 8-12-2004 OK I LANÇOU uma nova
Local: Brisbane, Austrália gama de impressoras a
E-mail: enquiries@icfpt04.itee.uq.edu.au cores, a C7350, destinada
URL: icfpt04.itee.uq.edu.au a empresas de média ou
grande dimensão e com
Asia-Pacific Conference on Circuits and Systems um volume de produção de vários
Data: 6-12-2004 a 9-12-2004 milhares de páginas mensais. Os
Local: Tainan, Taiwan novos modelos possuem uma veloci-
URL: apccas.ee.ncku.edu.tw dade de impressão de 24 páginas por
minuto (ppm) a cores ou 26 páginas
IP/SOC 2004 – IP Based SoC Design Forum & Exhibition em modo monocromático.
Data: 8-12-2004 a 9-12-2004 A nova gama de impressoras da
Local: Grenoble, França Oki é composta por três modelos: a
URL: www.us.design-reuse.com/ipsol2004/ C730n, a C730dn e a C730dtn. As
diferenças entre estas impressoras
IEDM - 2004 IEEE International residem na quantidade e na capaci-
Electron Devices Meeting dade dos tabuleiros de alimentação
Data: 13-12-2004 a 15-12-2004 onde se colocam as folhas de papel
Local: São Francisco, Califórnia, EUA e na possibilidade de imprimir em
Contacto: Phyllis Mahoney modo “duplex” (ou seja, em ambos
E-mail: idem@his.com os lados da folha). As três ver-
URL: www.his.com/~iedm/ sões desta nova gama
de impressoras inte-
ICECS 2004 - International Conference on Electronics, gram placa de rede e
Circuits and Systems apresentam preços a
Data: 13-12-2004 a 15-12-2004 partir de 1349 euros
Local: Telavive, Israel (antes de IVA).
Contacto: Orly Yadid-Pecht “A Oki está
E-mail: oyp@ee.bgu.ac.il a centrar a sua
URL: www.ee.bgu.ac.il/~icecs04/ estratégia comer-
cial na melhoria da
VLSI Design 2005 – 18th International velocidade dos seus
Conference on VLSI Design equipamentos e na
ICES 4 – 4th International Conference on Embedded Systems redução dos custos”,
Tema:“Power-aware design on VLSI Systems” explicou Pedro
Data: 3-01-2005 a 7-01-2005 Madeira, recente-
Local: Taj Bengal, Kolkata, Índia mente nomeado
Contacto: Rana Dattagupta director-geral da
E-mail: rdg@ieee.org Oki Systems Ibérica
URL: vlsi.nj.nec.com em Portugal. Quanto à nova gama
de impressoras, este responsável
IMAGINA – The 23rd International Digital Entertainment da Oki considera que “a velocidade,
& Interactive Content Trade Show a qualidade e a fiabilidade que a
Data: 2-02-2005 a 5-02-2005
Local: Monte Carlo, Mónaco
Contacto: Head Office
E-mail: info@imagina.mc CONCELHO DA MARGEM SUL DO TEJO ULTRAPASSA EM DOBRO A META DA UMIC
URL: www.imagina.mc
ISSCC 2005 – IEEE International
Solid-State Circuits Conference
Data: 6-02-2005 a 10-02-2005
Seixal inaugurou o seu primeiro
Local: São Francisco, Califórnia, EUA
Contacto: Frank Hewlett
E-mail: hewlettfw@sandia.gov
espaço dedicado apenas à Internet
O
URL: issc.org/isscc/ PRIMEIRO ESPAÇO do con-
celho do Seixal total-
3GSM World Congress 2005 mente dedicado ao uso
Data: 14-02-2005 a 17-02-2005 da Internet pelos muní-
Local: Cannes, França cipes foi inaugurado no
E-mail: info@3gsmworldcongress.com sábado pela respectiva edilidade.
URL: www.3gsmworldcongress.com Dotado de sete computadores — um
dos quais preparado para deficien-
ASPDAC 2005 – ACM/IEEE Asia and South Pacific Design tes — e de uma sala de leitura de
Automation Conference periódicos e publicações temáticas, o
Data: 18-02-2005 a 21-02-2005 Espaço Internet, situado na fregue-
Local: Xangai, China sia de Corroios, propõe-se facilitar o
URL: www.aspdac2005.com acesso da população às novas tec-
nologias de informação e promover
FPGA 2005 – 13th ACM/SIGDA International Sysposium cursos de formação nesta área.
on Field-Programmable Gate Arrays A instalação deste Espaço Inter-
Data: 20-02-2005 a 22-02-2005 net, comparticipada em mais de 50
Local: Monterey, Califórnia, EUA por cento pelo Programa Operacio-
URL: isfpga.cs.caltech.edu nal para a Sociedade de Informação
(POSI), implicou um investimento
CeBIT 2005 – FEIRA DE Tecnologias de Informação, na ordem dos 231 mil euros. Ainda
Telecomunicações, Software & Serviços segundo a autarquia, com esta inau-
Data: 10-03-2005 A 16-03-2005 guração, o concelho do Seixal passou
Local: Hannover, Alemanha a ter 35 postos de acesso gratuito à
URL: www.cebit.de Internet — ultrapassando, em mais
do dobro, o objectivo quantitativo
computadores .16 S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
C7350 oferece, juntamente com as MB e a primeira página é impressa
ferramentas e as aplicações para em 9 segundos. Os três modelos
gestão do trabalho disponí- que compõem
vel em todas as versões, esta nova gama
destacam este equi- possuem um
pamento”. processador a
Uma das ferra- 500 MHz e o
mentas incluídas seu volume de
na nova impressora produção reco-
é a PrintSuperVi- mendado ronda
sion, a qual per- as 100 mil pági-
mite administrar a nas de produção
impressão em rede mensal.
e aumentar a pro- Com a
dutividade do grupo função Auto
de trabalho que Colour Balance,
usa a impressora. procura a Oki
Tal administração garantir a con-
pode ser efectuada sistência da cor ao
de forma remota, longo de todo o tempo
inclusive através de duração dos consu-
da Internet. míveis. Por outro lado, a
Para além disso, a função Auto Media Detect permite
C7350 tem também identificar as variações de gramagem
instalado o Print do papel, evitando-se o seu encrava-
Control, uma apli- mento no mecanismo que o trans-
cação que monito- porta ao longo do percurso no interior
riza e acompanha das máquinas. O modelo mais barato
o funcionamento da gama é o C7350n (1349 euros), o
da impressora, per- qual, não tendo integrada tal funcio-
mitindo calcular o nalidade, pode depois ser actualizado
volume de trabalho para imprimir documentos em frente
e os custos associa- e verso, de forma automática.
dos. Com o Tem- Quanto à C7350dn, já integra
plate Manager, por a função “duplex” e custará 1499
outro lado, é possí- euros mais IVA. No topo desta
vel criar documen- gama está a C7350dtn, que vem
tos-tipo, tais como equipada com um segundo alimen-
cartões de visita ou tador para papel e possui também
etiquetas. Os três modelos da nova espaço para armazenar os “toners”
gama possuem uma resolução de e o papel. Este modelo possui um
1200 x 600 pontos por polegada preço recomendado de 1729 euros
(ppp), a memória RAM é de 192 mais IVA. ● ISABEL GORJÃO SANTOS
apontado pela Unidade de Missão e encaminha reclamações ou suges-
Inovação e Conhecimento (UMIC), tões, assim como distribui senhas de
o organismo que o actual Governo passe a estudantes.
criou para o desenvolvimento da Segundo a agência Lusa, as
sociedade de informação. pessoas que acorrerem a este novo
Estes 35 postos do concelho do equipamento poderão ainda obter
Seixal dispõem de computadores licenças de publicidade e ocupação
com ligação à Internet e distribuem- do espaço público, celebrar contratos
se por bibliotecas, oficinas da juven- de fornecimento e pagamento dos
tude e pelas lojas do munícipe. Até esgotos, inscrever-se em iniciativas
ao final do próximo ano, a Câmara camarárias ou requisitar livros,
pretende disponibilizar mais 24 vídeos e discos sem se deslocarem
postos de acesso gratuito à Net. à biblioteca central do município,
Também no mesmo dia foi inau- situada na cidade do Seixal.
gurada mais uma Loja do Munícipe As Lojas do Munícipe, abertas
— desta vez, em Santa Marta do de segunda-feira a sábado, já exis-
Pinhal —, a sexta do concelho, onde tiam nas localidades de Amora,
os habitantes da freguesia de Cor- Arrentela, Miratejo, Paio Pires
roios passaram a poder fazer coisas e Fernão Ferro — e, segundo a
tão diversas como pagar a conta da autarquia, entre Janeiro e Outubro
água ou requisitar livros à biblio- deste ano já efectuaram cerca de 75
teca municipal. Criada para facilitar mil atendimentos aos seus balcões.
o acesso dos cidadãos a uma série de Pagamentos de água e esgotos,
serviços da autarquia, a Loja do leitura de jornais e revistas, e utili-
Munícipe faculta informação geral zação de computadores com ligação
sobre a actividade concelhia, recebe à Internet foram os serviços mais
 S H A R E WA R E FICHA

STOP-THE-POP-UP, DA SURESHOT SOFT WARE

Mais um escudo
contra as intrusões
O
ST O P - T H E - P O P - U P ,
desenvolvido pela
SureShot Software, é
uma aplicação infor-
mática que permite
ao seus utilizadores evitarem os
anúncios que cada vez mais inva-
dem os ecrãs dos computadores
sempre que se navega na Internet.
O programa permite que o seu
utilizador mantenha um maior
controlo sobre toda a publicidade
que recebe, a abertura de novas
janelas ou a execução de determi-
nados comandos. O programa está
disponível em duas versões distin-
tas: uma versão gratuita (Lite) e
uma versão registada, que obriga
ao pagamento de 20 euros (http:
//www.sureshotsoftware.com).
Dado que este programa foi
centrado na protecção do com-
putador e na remoção de janelas
com mensagens informáticas que
surgem no ecrã sempre que se usa
programas de partilha de ficheiros
— como o Kazaa, o Kazaa Lite, o
Morpheus, o Grokster, o iMesh e
o Direct Connect —, com o Stop-
the-Pop-Up Lite o utilizador não
terá de se preocupar com as suces-
sivas janelas publicitárias que
aparecem sempre que se recorre
a estas aplicações para copiar
ficheiros da Internet. Ao evitar
que estas janelas abram no ecrã
do PC, o programa está não só a
evitar o aparecimento de mensa-
gens publicitárias como também
a prevenir que elas instalem vírus
potencialmente danosos para o
sistema informático.
O Stop-the-Pop-Up Lite per-
mite anular uma nova forma de
mensagens publicitárias — deno-
minadas “Messenger Service
spam” — que, quando instaladas
no PC, abrem sucessivas janelas
do “browser”, mesmo quando este
se encontra “fechado”. O programa
é ainda capaz de reconhecer e
destruir controlos de ActiveX
existentes nalguns sítios da Web,
que, se instalados no computador,
irão desenvolver várias formas
de “spyware” (uma
espécie de vírus infor- NUNO BERNARDO
mático que regista e
controla todas as acções do utiliza-
dor, podendo passar dados e infor-
mação confidenciais a terceiros) e
“addware” — outro tipo de vírus
informático que, quando insta-
lado, passa a controlar o acesso
do computador à Net e sucessiva-
mente lhe vai apresentando sítios
e informação publicitária.
Esta aplicação de “shareware”
é, assim, capaz de anular os mais
conhecidos perigos informáticos
para quem navega na Web: Gator,
Gain, C2, Comet Systems, Cydoor
e Marketscore. O programa ins-
tala-se no PC e, a partir daí, fica
residente na memória e controla
todos os acessos à Internet — evi-
tando o aparecimento das mensa-
gens publicitárias. O programa é
compatível com as diferentes ver-
sões do mais usado sistema opera-
tivo da Microsoft: os Windows 95,
98, ME, NT, 2000 e XP.
Mas se todas estas funções
não forem suficientes, o utilizador
poderá optar por pagar 20 euros
e, assim, usufruir
das funcionalidades
Stop-the-Pop-Up, que
adiciona o controlo de mensagens
publicitárias nos principais “bro-
wsers” da Web: Netscape, Opera,
Mozilla, NetCaptor, and MSN
Explorer, bem como a apresen-
tação de “banners” e mensagens
rotativas em programas da Inter-
net, como o Kazaa, o Kazaa Lite,
o Morpheus, o ICQ e o MSN Mes-
senger, entre outros.
Qualquer que seja a versão
escolhida, o utilizador poderá
aceder a todas as funcionali-
dades do programa a partir da
Stop-the-Pop-Up Toolbar, que
se instala automaticamente, na
barra inferior do Windows (no
chamado “system tray”). Esta é
uma barra de ferramentas que
passará a estar acessível a partir
de qualquer programa, permitindo
executar um conjunto de funções
que antes não estavam disponí-
veis. Estas permitem navegar na
Web de forma mais segura, sem
correr o risco de ver dados pesso-
ais ou preferências divulgados a
terceiros.
Na sua lista de funções do
Stop-the-Pop-Up, encontramos
o menu Controlo, um utilitário
que anula a abertura de todas
aquelas novas janelas de dimen-
sões reduzidas que surgem com
publicidade quando se entra em
muitos dos “sites” da Web. Este
tipo de publicidade tem vindo
a difundir-se — remetendo o
utilizador para as páginas dos
anunciantes — mas irritam quem
simplesmente está na Internet em
busca de certa informação especí-
fica. O programa permite, assim,
que o utilizador navegue nas suas
páginas favoritas, siga as ligações
pretendidas a outras páginas, sem
ser bombardeado como novas jane-
las e anúncios publicitários.
Como toda a publicidade é fil-
trada — ou seja, não é carregada
—, as páginas abrem muito mais
rapidamente, gastando menos
largura de banda (o que pode sig-
nificar menores custos se se tiver
uma ligação cobrada pelo tráfego
transferido para o PC). No que se
refere à segurança, o Stop-the-
Pop-Up oferece uma ferramenta
que permite limpar os “cookies”,
ficheiros gravados pelo “browser”
no computador com dados e prefe-
rências pessoais.
O utilizador pode, assim, evitar
que os sítios de algumas empresas
— e respectivos sistemas informá-
ticos de gestão de publicidade e
gestão de dados sobre utilizado-
res — possam ficar a conhecê-lo
melhor e monitorizarem os seus
movimentos. Mas o programa vai
um pouco mais longe e permite
que o utilizador limpe, com um só
clique do rato, a memória “cache”,
local onde temporariamente são
gravadas as páginas e imagens
visualizadas pelo “browser”, bem
como toda o registo histórico dos
sítios visitados, não deixando
rasto da navegação na Web.
Quanto a requisitos, o Stop-
the-Pop-Up exige um computador
equipado com um dos sistemas
operativos Windows e um “brow-
ser” para a Web. Para os utiliza-
dores que partilham o acesso a um
PC com outras pessoas, as funcio-
nalidades de limpeza de dados e
registos efectuados pelo “browser”
podem ser interessantes. O registo
do Stop-the-Pop-Up Pro custa 20
euros, ou seja, um valor que se
pode considerar baixo atendendo
às funcionalidades oferecidas. Se
não quiser pagar qualquer valor
pelo uso do programa, poder-se-á
ainda recorrer à versão Lite, que
garante algumas das funcionalida-
des aqui descritas a custo zero. ●
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
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André Ruivo, António Granado,
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S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4

S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4 computadores .17
 JOGOS
‘HALF-LIFE 2’
Nada será como dantes
H
ALF -L IFE ” FOI,
já há uns bons
‘ anos, um marco nos video-
jogos. O muito aguardado
“Half-Life 2” tinha todas as
expectativas e responsabi-
lidades. Cumpre? Não! — ultrapassa-as.
E está tudo dito. Ou talvez não. O que é
garantido é que, depois de “Half-Life 2”,
nada será como dantes. Os excelentes
jogos de acção de 2004 passam a apenas
bons, os outros desaparecem nas brumas
da memória. E os que aí vêm passam a ter
um termo de comparação implacável.
Mas o que faz de “Half-Life 2” algo de único
e arrasador? A pergunta é difícil de responder;
mas, se há perfeição num jogo,
é algo como a experiência de MIGUEL
“Half-Life 2”: completamente
cativante, completamente surpreendente,
comple-tamente espectacular.
Há seis anos, o jogo original inovou
na excelência técnica, na recriação dos
jogos de acção na primeira pessoa, com
uma história em que o não visível era
tão assustador como o visível, em que as
surpresas se sucediam, em que cada passo
parecia ser o último.
O derradeiro grau de “suspense” man-
tém-se neste jogo: o jogador está sempre
computadores .18 S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
Título
Estilo
Plataforma:
“Half-Life 2”
Acção
PC
10 /10
Produtor Sierra
Distribuidor Inforjogos
Edição Novembro 2004
a ser surpreendido, sempre a imaginar de
onde virá a próxima ameaça, o próximo
pedido de ajuda. A narrativa — quase
sem recorrer a sequências não interacti-
vas — é clara e densa, sem a linearidade
básica de muitos jogos de
CRESPO acção. Há sempre tensão, os
personagens, amigos e inimi-
gos, são muito credíveis, e surgem e agem
sempre no momento certo. O ambiente
pós-apocalíptico, de sociedade controlada
ao milímetro, com um elevado estado de
degradação física e humana, ajuda a aper-
tar o círculo psicológico.
A jogabilidade vem na mesma linha:
qualquer jogador pode jogar, mesmo sem
experiência. Aliás, a primeira par-te do
jogo funciona como um tutorial enca-
potado, já que não há qualquer dano,
 JOGOS
permitindo a adaptação à interface
(comum no estilo) e ao ambiente.
Depois, é fácil executar as tarefas,
descobrir percursos e ir avançando,
não se exigindo a perícia de um espe-
cialista.
O grafismo é uma das grandes mais-
valias de “Half-Life 2”. A modelação
de todos os objectos é perfeita, a
iluminação de deixar o queixo caído
— e tudo sem uma assinalável perda
de fluidez. As cambiantes de cor
são assombrosas e o detalhe é foto-
realista, tornando “Half-Life 2” numa
experiência muito real.
É impossível descrever as emoções
provocadas apenas pela observação
mas elas são constantes. Ainda
para mais não falamos de cenários
estáticos: tudo em “Half-Life 2” é
dinâmico, tudo se pode pegar, tudo
se pode destruir, tudo se move. E com
uma física irrepreensível, notável
mesmo a nível de corpos ou efeitos
impressionantes, como o sangue a
espirrar (sim, o jogo é para maiores de
18, mas não ultrapassa a maioria do
que se vê nos filmes que as televisões
portuguesas passam nas “matinés”).
Junte-se som envolvente e cheio de
“nuances”, banda sonora arrepiante e
locuções perfeitas, e tem-se o jogo
perfeito, aquele em que o tempo passa
sem se dar por ele, em que nada
parece ter sido visto antes.
Agora, que a lista dos elogios já
vai longa, convém referir que não
há bela sem senão. No que toca ao
jogo propriamente dito, a grande
crítica vai para os “loadings”: numa
acção tão perfeita, é criminoso que
se quebre o ritmo durante eternos
segundos de cada vez que se muda de
zona — e pronto.
Mas, antes de começar o jogo, há
muito que criticar. Primeiro, ele só
pode ser instalado se se estiver ligado
à Internet, ao contrário do que diz a
etiqueta em português na caixa. A
seguir, mal termina a instalação, o
jogador é obrigado a registar-se no
Steam (a ferramenta de gestão de
jogo “on-line” da Valve), isto após uma
actualização automática, que pode
demorar longos minutos.
Depois — sempre sem que o
jogador possa fazer nada —, tem de
se desbloquear os ficheiros de jogo,
S E G U N D A - F E I R A . 6 . D E Z E M B R O . 2 0 0 4
o que demora dezenas de minutos.
Segue-se uma tentativa de actua-
lização (sem pedir autorização) do
próprio jogo. Mas não pensem que
acabou. Se tudo tiver corrido bem
(várias vezes sucede que qualquer
dos processos anteriores pára sem
que se dê por isso, sendo preciso
recomeçar), segue-se ainda uma
tentativa forçada de importar mais
30 MB do Deathmatch, que pode
ser jogado “on-line”, quer se queira
quer não.
Terminado isto tudo — e, se não
se tem uma ligação à Internet por
banda larga, é melhor esquecer…
—, ainda há que descobrir como
jogar quando “off-line”. Sim, porque
nem na caixa do jogo nem no próprio
Steam há algum tipo de explicação
do que quer que seja. Percebe-se
que o processo é para dificultar a
pirataria mas quem compra o jogo
merece bastante mais respeito e
informação. Para jogar “Half-Life
2”, vale a pena o esforço; mas, se
repetem a brincadeira com outros
jogos, são capazes de começar a ter
surpresas desagradáveis... ●
dica
Avançar texto numa
célula do Excel
Por omissão, o texto dentro de uma célula
do Excel surge alinhado à esquerda e quase
encostado ao limite da mesma. Para conseguir
“descolar” o texto dos limites da célula não
serve de nada utilizar a tecla Tab, por exemplo,
pois o que ela faz é passar o cursor para a
célula seguinte à direita. Também não é boa
ideia inserir espaços no princípio do texto…
Este programa da Microsoft inclui funções
de formatação que permitem afastar
automaticamente o texto dos limites esquerdo
e direito, ou dos dois. A maneira mais fácil de
o fazer é, seleccionada uma célula, carregar
no botão Aumentar Avanço da barra de
ferramentas Formatação: isso faz o texto
avançar ligeiramente para a direita, numa
distância equivalente a uns três espaços (como
se pode ver na imagem). Esta distância pode
ser progressivamente aumentada carregando
sucessivas vezes no botão. Do mesmo modo,
para voltar atrás, basta carregar no botão
Diminuir Avanço as vezes que for preciso.
Mas o Excel tem mais opções para esta
funcionalidade. Com a célula seleccionada,
escolhe-se Células no menu Formatar e, em
seguida, carrega-se no separador Alinhamento.
O programa permite criar avanços no texto à
esquerda, à direita ou de ambos os lados da
célula se o texto tiver definida a orientação
horizontal.
Para escolher o tipo de avanço, basta clicar,
na área Alinhamento do Texto, no campo Na
Horizontal, e escolher Esquerda (Avanço),
Direita (Avanço) ou Distribuído (Avanço). Em
seguida, na caixa Avanço, escolhe-se o valor
desejado para o avanço.
Se a orientação do texto for vertical, no campo
Na Vertical pode-se definir avanços nas partes
superior e/ou inferior da célula. As opções
são Superior (Avanço), Inferior (Avanço) ou
Distribuído (Avanço).
Se uma célula for formatada com avanços
laterais, esquerdo e/ou direito, ou verticais,
superior e/ou inferior, quando se usa os botões
da barra de ferramentas Formatação são
aumentados ou reduzidos todos os avanços
aplicados.
Se o texto da célula for muito grande, pode-se
fazer aumentar automaticamente a altura da
célula, acompanhando o aumento do texto
introduzido. Para tal escolhe-se, no mesmo
menu Formatar, função Células; e, na área
Controlo do Texto, activa-se a opção Moldar
Texto. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .19
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552