Computadores

SEGUNDA-FEIRA 15 NOVEMBRO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

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Os compromissos Telecomunicações A geração das Net e liberdade De ‘Halo 2’
do Governo e concorrência tecnologias de expressão a ‘Men of Valor’
380 milhões de euros para O Congresso da APDC foi, Um estudo entre estudantes O debate havido na Quatro jogos de acção
a sociedade da informação mais uma vez, palco das do Instituto Politécnico de conferência da APDSI para a Xbox, a consola
e do conhecimento controvérsias de operadores Lisboa mostra apetência nesta semana, em Lisboa da Microsoft
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NOVIDADES HOJE ANUNCIADAS PELA XEROX PODERÃO REVOLUCIONAR GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Classificar imagens para busca e

digitalizar documentos com o telemóvel
A
XEROX ANUNCIOU HOJE aquilo que clas- cores, as luminosidades, os contrastes, etc.
sifica como “a primeira tecnologia “As imagens desempenham cada vez mais um
genérica de categorização de ima- papel-chave na maioria dos documentos. Mas, na
gens”. O trabalho foi realizado no seu maioria dos repositórios de documentos hoje exis-
centro de investigação e desenvolvi- tentes, só era possível classificar e procurar texto”,
mento (I&D) na cidade Grenoble, disse Christopher Dance, cientista
RUI JORGE CRUZ
no Sudeste de França, dele tendo especializado em processamento de
em Grenoble (França)
resultado um “software” capaz de imagens que lidera a equipa respon-
determinar, numa imagem, elementos constitu- sável pelo desenvolvimento do novo “software” no
tivos que permitam a pesquisa neles baseados. Xerox Research Centre Europe.
Por outras palavras, tal como hoje é possível A inovação agora anunciada poderá vir a mos-
pôr um motor de busca a passar a pente fino um trar-se de uma importância idêntica ou superior
repositório de textos e deles seleccionar os que à do “papel electrónico”, há uns anos ➜
contenham certas palavras ou
expressões, a tecnologia de cate-
gorização de imagens que a Xerox
agora anunciou permite fazer algo
semelhante mas com repositórios
de imagens, nos quais pode buscar
as que contenham elementos (ou
“palavras” gráficas) como mãos,
sapatos, pneus, faróis, etc.
O “software” desenvolvido
pelos investigadores da Xerox
em Grenoble proporciona, pois, a
identificação de imagens do dia-
a-dia com base no seu conteúdo,
sejam elas de edifícios, animais,
aviões, livros ou rostos de pessoas.
Para além da definição operacio-
nal dos elementos identificativos,
a nova aplicação teve que ser
apurada de forma a ser capaz de
distinguir os elementos relevan-
tes de uma imagem do fundo sobre
o qual eles surgem representados,
seja qual for a sua natureza, as

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➜ apresentado pela Xerox numa edição de
Outono da Comdex, em Las Vegas (EUA). Consiste este
“papel electrónico” (conforme se pode ver nas imagens da
pág. 1) numa película transparente dotada de partículas
que, de invisíveis, se tornam negras ou cinzentas consoante
uma diferente voltagem é aplicada no respectivo ponto.
Esta tecnologia do “papel electrónico” já está a ser
comercializada pela Gyricon, uma “spin off” da Xerox, sob
a forma de soluções para grandes cartazes ou avisos — por
exemplo, em grandes lojas ou supermercados, a fim de
exibirem mensagens ou preços que vão mudando ao longo
do tempo através de ligações em rede sem fios. Com novos
aperfeiçoamentos e evoluções, talvez não tarde o dia em
que também possamos ler os jornais (sobretudo, os nossos
preferidos quando se está longe do país) neste “papel elec-
trónico” da Xerox…
Outro anúncio hoje feito pela Xerox — e também ele
graças ao esforço de investigação e desenvolvimento reali-
zado em Grenoble — chama-se Mobile Document Imaging
(MDI) e reside numa tecnologia a aplicar nos novos telemó-
computadores .2
veis que venham dotados com máquinas fotográficas digi-
tais com resolução igual ou superior a 1 megapixel. Esta
tecnologia permitirá fazer destes telemóveis autênticos
“scanners” para a digitalização de documentos, com todas
as vantagens de reduzida dimensão física, portabilidade e
simplicidade no uso que já caracterizam os telemóveis de
hoje.
Este trabalho tem já alguns anos na Xerox, tendo permi-
tido à empresa colaborar com a Philips ao fazer acompanhar
certos modelos das “Web cameras” do fabricante holandês
com o “software” PageCam, tornado-as capazes de parafra-
sear pequenas porções de texto. A evolução deste “software”
e a das próprias máquinas fotográficas digitais permitiu
avançar para uma versão PageCam Pro associada a uma
câmara não só com os recursos adequados de resolução mas
também com funções de correcção da distorção associada à
recolha de imagens a curta distância dos objectos.
O MDI, por sua vez, permitirá produzir ficheiros de
imagem — a usar em mensagens de correio electrónico,
de fax, de SMS ou MMS — com uma taxa de redução da
dimensão na ordem de um décimo do equivalente
em formato JPEG. A Xerox está convicta de que
estas tecnologias poderão, a breve trecho, viabili-
zar serviços de grande utilidade, como a verificação
remota de assinaturas para efeitos legais, a produ-
ção de elementos de prova por imagem para fins
judiciais ou de seguros… ou para a transmissão a
outrem de simples notas manuscritas.
A Xerox está convicta de que cerca de 25 por
cento dos telemóveis vendidos neste ano de 2004
já estarão equipados com máquinas fotográficas
digitais com 1 ou mais megapixels de resolução – e
aponta modelos que cumprem este requisito e já
estão no mercado: o Nokia 7610 (com 1 megapixel,
lançado na Europa em Março), o Sharp V602SH,
com 2 megapixels e disponibilizado no Japão em
Maio, o Casio A5406CA (com 3,2 megapixels, lan-
çado também neste país asiático e igualmente em
Maio) e o Samsung, disponível desde Setembro na
Coreia do Sul e com a espantosa resolução de 5
megapixels.
Estas inovações estão, pois, à altura não só
do “papel electrónico” atrás referido mas também
do chamado “laser azul”, cuja produção de feixes
contínuos foi alcançada e demonstrada pelos enge-
nheiros do Palo Alto Research Center, da Xerox
— e cujos pergaminhos na inovação vêm já dos
anos 60 e 70 (ver, nesta página, Uma pergunta
a Monica Beltrametti, vice-presidente da Xerox e
directora do Xerox Research Centre Europe, em
Grenoble). É que seria este “laser azul” a dar um
contributo decisivo para as tecnologias em que
assentarão as futuras normas de gravação de
DVD com capacidade para dezenas de megabytes
em cada disco. ●
COMPUTADORES efectuou esta viagem a convite da Xerox Inc.
S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
uma pergunta a
Monica Beltrametti
Vice-presidente da Xerox e
directora do Xerox Research
Centre Europe, em Grenoble
Uma nova relação
entre inovação
e produtos
O potencial de inovação da Xerox sempre
foi elevado, tendo mesmo atingido expo-
entes de consequências incomensuráveis:
para além da fotocópia, a interface gráfica
para os computadores, o rato e a tecnolo-
gia Ethernet para as redes foram expoen-
tes do trabalho dos engenheiros do seu
Palo Alto Research Center, na Califórnia,
mas nunca aproveitadas pela própria
Xerox (sendo a Apple a primeira a fazê-lo
nos dois primeiros casos). O que há hoje
de novo na estratégia da Xerox para que
isso não volte a acontecer, em seu prejuízo
e para frustração dos investigadores?
Antes do mais, há que salientar que só a invenção da foto-
cópia e da fotocopiadora — no final dos anos 30, pelo
fundador da Xerox, Chester Carlson — já deu origem, ao
longo de todos estes anos, a um negócio de milhões de
milhões de dólares. E as empresas nem sempre conse-
guem tirar proveito de todas as tecnologias e invenções
que geram no seu seio.
Eu concordo que a Xerox não conseguiu tirar o
melhor partido da invenção da interface gráfica e do
rato, bem como da Ethernet, e que o seu negócio de
computadores pessoais constituiu um fracasso total
— havendo quem diga que isso se deveu ao facto de
a empresa ter tentado vender os seus computadores
através dos mesmos canais de distribuição e revenda
das suas máquinas fotocopiadoras… Mas se era aí que
estava a grande força da Xerox, que outra coisa seria
de esperar, sobretudo numa altura em que os canais de
distribuição e venda dos computadores pessoais ainda
estavam tão imaturos?
Mas é verdade que, hoje, a Xerox tem uma estratégia
bem mais adequada a uma eficiente articulação entre
a investigação e desenvolvimento (I&D), por um lado, e
a transformação ou incorporação dos resultados desse
esforço em produtos ou serviços que, por um lado, sejam
úteis às pessoas e ao mercado, e, por outro, tenham um
reflexo positivo nos activos da empresa.
E isso era fundamental, pois, actualmente, a aposta
da Xerox na inovação é enorme — traduzida, entre
outras coisas, na existência de nada menos que cinco
grandes pólos de investigação e desenvolvimento:
para além deste, em Grenoble (França), há os mais
antigos, os Webster Research & Technology Centers
(no estado de Nova Iorque), o Research Center of
Canada (no Ontário), o conhecido Palo Alto Rese-
arch Center (PARC), na Califórnia, não longe do mais
recente, o Imaging & Services Technology Center, em
El Segundo, no mesmo estado.
À partida, os frutos do trabalho de qualquer destes
centros é posto à disposição das unidades de negócio
da Xerox. Quando estas não se mostram interessadas ou
não estão em condições de dar uso às tecnologias e às
inovações geradas pelos centros de I&D, tentamos tirar
partido delas através da IP Value, uma empresa 100 por
cento propriedade da Xerox que, sozinha ou angariando
capital de risco, procura transformar essas inovações em
produtos ou serviços a apresentar ao mercado.
Antes do “crash” das “dot-com”, a Xerox ainda lançou
empresas dedicadas á exploração de certas tecnologias,
como é o caso da ScanSoft — que usa um “software” de
reconhecimento óptico de caracteres (OCR) desenvolvido
pela Xerox — ou da Gyricon, para comercializar produtos
e soluções de papel electrónico. Mas deixámos de o fazer
e agora canalizamos as inovações para a IP Value sempre
que as nossas unidades de negócio não estão em condi-
ções de lhes dar uso. ●
Depoimento colhido por Rui Jorge Cruz
 ANUNCIADO O CONCURSO PARA A T V DIGITAL TERRESTRE NO 14º CONGRESSO DA APDC
Da comparação entre
supermercados e telecomunicações
O
CONCURSO PARA A televisão
digital terrestre (TDT) será
lançado no primeiro trimestre
do próximo ano. E também a
aquisição de serviços de tele-
comunicações pela administração pública
passará a sujeitar-se a concursos públicos
obrigatórios. Estas foram as novidades
anunciadas pelo Governo no 14º Con-
gresso da Comunicações, promovido pela
Associação Portuguesa para o Desenvol-
vimento das Comunicações (APDC), que
decorreu na semana passada, em Lisboa.
Jorge Borrego, secretário de Estado dos
Transportes e Comunicações, anunciou o lan-
çamento do concurso para a TDT na sessão de
encerramento do congresso, justificado pela
“necessidade de potenciar redes e capacidades
já existentes em conjunto com novos investi-
mentos”. O Estado “deve garantir a acessibili-
dade digital a todos os cidadãos”, motivo pelo
qual “estão em curso vários investimentos
relacionados com o acesso à Internet, também
na área dos transportes”. Já à margem do con-
gresso, João Pereira Coutinho, presidente do
consórcio que venceu o primeiro concurso para
a TDT (e que viria a devolver a licença que lhe e mobilidade serão os
fora atribuída) não excluiu a hipótese de voltar grandes temas”.
a concorrer, embora queira saber mais sobre as
condições do novo concurso.
Há cerca de um mês, num colóquio
sobre Rádio e Televisão de Portugal, Nuno
Morais Sarmento, ministro da Presidência,
salientara a necessidade de observar as
experiências de TDT noutros países: “Não
devemos voltar a cometer o erro de achar
que devemos ser pioneiros na Europa.” Na
abertura do congresso da APDC, Morais
Sarmento adiantou que iria ser apreciado
em Conselho de Ministros um diploma
que torna obrigatória, aos organismos da
administração pública, a realização de con-
sultas públicas ao mercado para a aquisição
de serviços de comunicações — diploma que
seria aprovado no Conselho de Ministros
realizado na quinta-feira, em Bragança, e
segundo o qual terão de ser consultados pelo
menos três operadores de telecomunicações,
ficando também proibida a renovação dos
contratos públicos de serviços entretanto
firmados.
Para Morais Sarmento, o congresso da
APDC surgiu num período de “profunda
mudança” e reconheceu
que Portugal apresenta ISABEL GORJÃO SANTOS
“atrasos significativos”
face aos outros países europeus no acesso
à Internet por banda larga.
Ainda na sessão de abertura, Artur
Santos Silva (na foto), presidente do Banco
Português de Investimento (BPI) e também
deste 14º Congresso das Comunicações, con-
siderara que as tecnologias são “um pode-
roso meio para aumentar a produtividade
e a competitividade”, das quais depende
“o progresso económico e o bem-estar dos
portugueses”.
Já há anos que o Congresso da APDC
tem um momento alto no debate sobre “O
Estado da Nação das Comunicações” — o
que voltou a verificar-se em torno de ques-
tões como a concorrência no sector, a aliena-
ção da TV Cabo pela Portugal Telecom (PT)
ou a desagregação do lacete local, pautadas
pelas metáforas e pelo humor de alguns dos
intervenientes.
Carlos Horta e Costa, presidente do conse-
lho de administração dos CTT, referiu que “o
sector postal está cada vez mais competitivo”
e adiantou que se verifica, hoje, uma grande
retracção no tráfego postal tradicional. Con-
tudo, “uma estação de correio já não é apenas
uma estação de correio”: os CTT querem estar
presentes nas mais diver- depois incitou os operadores
RUI GAUDÊNCIO
sas formas de entrega, concorrentes a investirem
“seja ela física, electrónica antes na rede fixa, “uma
ou mista”. opção mais barata”.
Pedro Norton de Quanto à questão da
Matos, presidente da desagregação do lacete
Oni, referiu que vinha local, Miguel Horta e Costa
“falar contra a ideologia adiantou que existem cerca
dominante e as menti- de 1600 centrais disponíveis
ras” — uma das quais para desagregar, embora os
consistiria em apelidar novos operadores apenas
os novos operadores de estejam presentes em 60.
“chorões”. “Diz-se que “Os operadores alternati-
os novos operadores vos têm, em Portugal, as
‘choram’ mas não inves- condições necessárias para
tem; mas a verdade é que competir no mercado e as
temos investido muito e melhores margens de negó-
vamos continuar a inves- cio da Europa”, defendeu.
tir”. Fazendo um balanço Ainda sobre a eventual
negativo de como tem alienação da TV Cabo pela
evoluído o sector da PT, o presidente desta iro-
comunicações nos últi- nizou: “Passados os anos
mos cinco anos, Norton das expropriações, já não
de Matos salientou que existe espaço para esse tipo
os próximos cinco serão de acções”. E, respondendo
decisivos: “Banda larga a quem acusa a PT de ser
monopolista, Horta e Costa
diz não ver necessidade de
Considerando que separar, por exemplo, as redes
“é melhor esquecer” a de supermercados Modelo e
questão da separação Continente, do grupo Sonae
das redes de cabo e de — ao que respondeu Paulo
cobre (ambas detidas Azevedo, presidente da Sona-
pela PT), o responsável ecom, para quem a situação
da Oni referiu-se antes no sector da distribuição é
à desagregação do bastante diferente: “Para a
lacete local. Contou que, situação ser igual, era preciso
um dia, fez uma pes- ter impedido, durante anos,
quisa no motor de busca a existência de mercearias;
Google sobre este tema, entretanto, quem detinha o
enganou-se ao ‘teclar’ e monopólio começava também
surgiu-lhe a pergunta: a construir restaurantes e, por
“Será que quer dizer fim, deixava [os concorrentes]
degradação do lacete usar as suas prateleiras, mas
local?” — e acrescentou, sem que fosse possível falar
em jeito de brincadeira, com os responsáveis por essas
ter ficado “surpreendido com a inteligência seu sentido de humor “para falar de coisas prateleiras”. Para além disso, “o mercado da
do motor de busca”. sérias”, Pedro Norton de Matos recorreu a distribuição foi regulado, pois, durante muito
Porque a estratégia da Oni passa pelo um anúncio da TV: “Perguntam-me como é tempo, o maior distribuidor foi impedido de
acesso directo aos clientes — e, portanto, que eu fico perante tudo isto? Pois fico cha- abrir grandes lojas e, posteriormente, foi proi-
pela desagregação do lacete local —, Pedro teado, com certeza que fico chateado”. bida a abertura aos domingos e aos feriados”.
Norton de Matos acusou a PT (detentora Miguel Horta e Costa, presidente da PT, O responsável da Sonaecom anunciaria
desse mesmo lacete) de cobrar “preços ele- respondeu às críticas de Norton de Matos, ainda, no congresso da APDC, uma nova
vadíssimos” e praticar muitas das quais seriam depois reiteradas oferta de banda larga pelo Clix (ver caixa) e
“prazos impossíveis”. pelos responsáveis da Sonaecom (detentora salientou a necessidade de simplificar a por-
E assegurou que a Oni da Optimus e da Novis) e da Vodafone. A PT tabilidade dos números de telefone — que
está disposta a investir em mais do dobro “não está disponível para vender a TV Cabo”, permite aos clientes mudarem de operador
das centrais em que já está presente, disse Horta e Costa — lembrando que esta sem alterarem o número de telemóvel — e
“assim haja sinais de que tudo vai aconte- empresa está avaliada, por bancos de inves- de baixar as tarifas praticadas nas chama-
cer de forma competitiva”. Sempre com o timento, em 3500 milhões de euros —, que das entre diferentes operadores móveis.
Para Paulo Azevedo, para além da “posi-
ção de domínio do operador incumbente”,
Clix relançou oferta de ADSL também os conteúdos serão decisivos nos
próximos tempos.
Depois de ter retirado do mercado, em Janeiro passado, a sua oferta de acesso à Internet António Carrapatoso, presidente da
em banda larga, o Clix, fornecedor de acesso à Internet (ISP) da Sonaecom, lançou na Vodafone Portugal, afirmou que “a con-
passada quinta-feira uma nova oferta de ADSL. A falta de condições concorrenciais e de corrência é a melhor forma de garantir
regulação — motivadas pelos preços grossistas praticados pela PT, foram os motivos os melhores serviços para os cidadãos” e
apresentados pelos responsáveis do Clix quando, no início do ano, este ISP deixou salientou que, no Reino Unido, “a British
de aceitar novas subscrições para a sua oferta de ADSL. Onze meses depois, o Clix Telecom não foi autorizada a lançar televi-
apresenta-se com três ofertas de acesso, com débitos entre os 2 e os 8 megabits por são por cabo”.
segundo (Mbps) e mensalidades entre os 22,5 e os 54,9 euros. Naquela que foi a primeira intervenção
“Lançamos hoje um serviço de acesso residencial para cerca de 3 milhões de pública enquanto presidente do conselho
portugueses, com uma velocidade de 4 Mbps, ou, por pouco mais, 8 Mbps. Este produto de administração da Autoridade Nacio-
inclui voz e não tem qualquer assinatura mensal”, explicou Paulo Azevedo no congresso nal das Comunicações (Anacom), Pedro
da APDC, que se comprometeu ainda a disponibilizar os novos serviços a um universo Duarte Neves considerou que o papel do
de 6 milhões de pessoas “se as condições grossistas e de desagregação do lacete local órgão regulador passa por “estabelecer
melhorarem”. compromissos e dialogar com os vários
Disponível nas regiões de Lisboa, Porto, Braga e Guimarães, a oferta do Clix integra três intervenientes presentes no mercado”. E
variantes: o Clix ADSL 2 Megas (por 22,5 euros mensais, com direito a 10 GB de tráfego disse que as medidas de regulação deve-
internacional ou nacional), o Clix ADSL 4 Megas (por 38,9 euros, com 25 GB de tráfego) e rão ser “as mínimas possíveis”, embora a
o Clix ADSL 8 Megas, por 54,9 euros e 50 GB de tráfego. ● I.G.S. Anacom deva levar a cabo “uma fiscaliza-
ção activa e não reactiva”. ●
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 POSSE DE PC E TELEMÓVEL RONDA OS 100 POR CENTO ENTRE ALUNOS DO POLITÉCNICO

Uma geração digital ‘viciada’

nas comunicações RUI GAUDÊNCIO

N
OVENTA E OITO POR CENTO dos
jovens alunos de 20 anos
de um instituto politécnico
possui um telemóvel e 97
por cento tem computador
em casa, enquanto 80 por cento tem
acesso à Internet. Os números não
foram recolhidos num qualquer país
do Norte da Europa mas em Portugal
— num inquérito realizado pela Escola
Superior de Comunicação do Instituto
Politécnico de Lisboa para a Associação
Portuguesa para o Desenvolvimento
das Comunicações (APDC) e apresen-
tados no respectivo 14º Congresso —,
reflectindo uma progressiva “digitali-
zação” da nova geração que chega às
universidades.
É verdade que a amostra utilizada
para o estudo é específica, não reflectindo
a realidade do país, já que foi feita aos
estudantes do primeiro ano das escolas do
Instituto Politécnico de Lisboa, mas pode
ser alargada à população estudantil do
ensino superior com idade equivalente.
Conduzido por António Belo, José
Viegas Soares e Francisco Costa Pereira,
todos professores da Escola Superior de
Comunicação Social de Lisboa, o estudo
dividiu-se em duas fases: a primeira de
criação de um “focus group” de onde
sairia a definição de 12 dimensões de
análise; e a segunda consistindo numa
entrevista a uma amostra constituída
por 373 alunos.
Apontando para a existência de uma
“geração digital”, o estudo mostra que Os novos quotidianos e a forma como Francisco Carvajal, consultor da tégias dos operadores — ponto de vista
os jovens não dispensam a utilização do usam a tecnologia vão transformar a Accenture, considerou mesmo que a corroborado por Roberto Citton, também
telemóvel e da Inter- realidade social e personalização de serviços assumirá um “partner” da Accenture e presente no
net, sendo o computa- FÁTIMA CAÇADOR e CRISTINA empresarial, trazendo papel cada vez mais central na escolha mesmo painel.
dor e as consolas uma A. FERREIRA / Casa dos Bits também desafios às dos utilizadores relativamente aos servi- Carvajal disse acreditar, por isso, que
presença constante no empresas, que têm ços de telecomunicações à sua disposição. é essencial “saber ouvir o mercado” para
seu quotidiano, condicionando a forma de responder a novas necessidades no seu Segundo este especialista, “a simplicidade definir políticas, assim como melhorar a
como comunicam e estudam. ambiente de trabalho e facilitar o acesso a dos serviços e a possibilidade de persona- comunicação com os consumidores, refor-
A importância conferida às novas instrumentos tecnológicos que são poten- lização facilita a massificação”, e deverá çando os esforços de “marketing” e de edu-
tecnologias é bastante elevada, atri- ciadores de inovação — concluiu-se ainda ser aspecto central da definição de estra- cação do mercado, por forma a ajudar os
buindo ao telemóvel e ao PC um valor no painel de apresentação clientes a saberem tirar o melhor partido
médio de 4,5 numa escala entre 1 e 6, deste estudo. dos serviços à sua disposição.
enquanto a televisão é relegada para Idêntico desafio se O painel debateu a evolução dos serviços
terceiro lugar, com uma classificação coloca às empresas que móveis e fixos de nova geração, tentando
de 4,1; segue-se a máquina fotográfica desenvolvem serviços para — sem sucesso — identificar as “killer
(3,2), a câmara de vídeo (2,3) e, por fim, os clientes, já que, a médio applications”. Foi posição consensual que
a consola de jogos (1,8). prazo, esta geração habi- a aplicação de maior sucesso explorada até
A grande maioria dos inquiridos reve- tuada às novas tecnologias à data residiu nas comunicações por voz: é
lou dispor de acesso à Internet em suas ganhará poder de compra, daí que os operadores extraem os maiores
casas, embora não ficasse esclarecido no transformando-se num volumes de receitas e assim deverá conti-
estudo se esta ligação era de banda larga leque de consumidores nuar a ser num futuro próximo, sublinhou
ou ainda a convencional telefónica com mais exigentes, que procu- António Carriço, da Vodafone.
modem (“dial-up”). O principal objectivo ram serviços personalizá- Roberto Citton acrescentou ao diag-
do uso que fazem da Internet são as veis — foi apontado num nóstico de evolução de novos serviços e
pesquisas de informação (88 por cento), outro painel, dedicado às aplicações a falta de disponibilidade finan-
seguindo-se o trabalho (80 por cento), as aplicações, conteúdos e ceira dos operadores. Em sua opinião, a
conversas (77 por cento) e os jogos (33 por novos estilos de vida. tecnologia está geralmente à frente das
cento). necessidades dos consumidores, aos quais
O elevado número de horas passadas vai chegando de acordo com as políticas de
em frente ao computador é apresentado em A Internet como vício investimento dos operadores.
confronto com o baixo número de horas de Nesta batalha de quotas de um mer-
estudo diário — contraste apresentado como No estudo da Escola Superior de Comunicação do Instituto Politécnico de Lisboa, é cado, é cada vez mais decisivo ser capaz
preocupante. Mas é possível que uma parte destacada a conclusão de que os jovens são viciados na utilização da Internet e dos de prever os desejos dos consumidores,
das horas frente ao computador seja mesmo telemóveis — mas que a consciência deste facto os leva a “tirar férias” da sua utilização em particular de uma geração familia-
usada para trabalho, já que, segundo o intensiva. A estes dados acrescenta-se ainda que 59 por cento dos inquiridos consideram rizada com as novas tecnologias — e,
estudo, 75 por cento dos inquiridos se mos- que a Internet afecta a unidade familiar, percebendo-se que novas formas de relações neste quadro, Graça Bau, presidente
traram completamente de acordo com a virtuais tendem, por vezes, a substituir as relações interpessoais de proximidade. da TV Cabo, afirmou que os operadores
afirmação de que a Internet substitui a vida O mesmo tipo de conclusões vem sendo apontado noutros estudos a nível internacional, de telecomunicações fixas ocupam uma
real e as outras tecnologias da informação e que revelam novas formas de isolamento (e, em casos extremos, de clausura), que, posição privilegiada. Segundo ele, são
comunicação (TIC) e é um excelente meio de segundo o sociólogo José Paquete de Oliveira, deverão ser acautelados e combatidos. estes operadores aqueles que reúnem
trabalho. A Internet é também reconhecida Comentando o estudo, Paquete de Oliveira lembrou que, com os novos quotidianos, mais condições para promover a integra-
como uma forma de passar o tempo e está a estamos a desconstruir a sociedade e que a família, a escola e as associações deveriam ção de serviços que o mercado pede, pro-
tornar-se numa fonte de dependência para tentar uma sua reconstrução, obtendo um reequilíbrio. ● F.C./CdB curando “uma resposta junto de marcas
os jovens (ver caixa). consolidadas”. ●

computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .5
 virose
Novas variantes do MyDoom exploram a falha Iframe
Surgiram, durante a semana passada, duas novas variantes do
“worm” MyDoom que exploram a falha Iframe do Internet Explorer
que referimos na Virose da anterior edição de Computadores.
Elas apresentam nomes diferentes, conforme os fabricantes de
programas antivírus (MyDoom.AG, AH ou AI), chegando mesmo a
empresa Sophos a dar-lhes um nome totalmente diferente — Bofra-
A e B — por achar que o facto de explorarem a falha Iframe confere
a estes “worms” uma nova identidade.
Estes vírus são propagados por mensagens de correio electrónico
com os assuntos “Hello”ou “funny photos :)” na primeira variante e
“Confirmation” na segunda. O texto da primeira é um dos seguintes:
“Look at my homepage with my last webcam photos!” ou “FREE
ADULT VIDEO! SIGN UP NOW!”. O da segunda variante tenta
aproveitar-se do prestígio de um dos mais conhecidos e usados
sistemas de pagamentos electrónicos da Net, o PayPal (pertencente
à eBay, o maior “site” de leilões na Web)
e reza assim: “Congratulations! PayPal
has successfully charged $175 to
your credit card. Your order tracking
number is A866DEC0, and your
item will be shipped within
computadores .6
OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 15
W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b, W32/
Winur.worm.a, VBS/Alphae, VBS/Zync, VBS/Aqui,
W97M/Alamat, X97M/Anis, W32/PetLil@MM,
three business days. To see details please click this link. DO NOT W32/Urick@MM, Tribute.A;B, W97M/Yous,
REPLY TO THIS MESSAGE VIA EMAIL! This email is being sent by VBS/Count, W97M/Courage.a, WM/Theatre.A,
an automated message system and the reply will not be received. WM/Eraser.A:Tw, AOS.A, Habir.A, W97M/
Thank you for using PayPal.” ou “Hi! I am looking for new friends. Jackal.A, X97M/Hopper.r, W97M/Class.ed, JS/
My name is Jane, I am from Miami, FL. See my homepage with my Gigger.a@MM, W97M/Fifteen.a
weblog and last webcam photos! See you!”
Em qualquer dos casos, as mensagens contêm ligações a páginas da Dia 16
Web geradas pelo vírus e localizadas no computador infectado que XM/Laroux.IC, WM/ERASER.H, WM/Eraser.A:
enviou a mensagem de E-mail. O “worm” usa a falha para executar Tw, W97M/Yous, Tribute.A;B, WM/Concept.F;G;J,
código no computador da vítima, infectando o sistema; depois W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/Cash,
procura endereços de correio electrónico neste computador para se W97M/Akuma
reenviar para outros; tenta ainda contactar vários servidores de IRC
a fim de notificar o seu criador da infecção de mais um sistema. Dia 17
Como se disse na última semana, a falha afecta o Internet Explorer W97M/Akuma, W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
6.0 a correr no Windows XP com o Service Pack 1 ou no Windows W97M/Yous, VBS/Mantie.ow, W97M/Serpent,
2000 e com todos os “patches” instalados — estando imunes os WM/Eraser.A:Tw, Acid.A (intended), W97M/
computadores com Windows XP e o respectivo Service Pack 2 já Jackal.A, W32/Mypics.worm.25600
instalado.
Dia 18
Microsoft disponibiliza novo ‘patch’ WM/Eraser.A:Tw, VBS/SWVK.ow.gen, W97M/Yous,
W97M/Chameleon.a, W97M/Alamat, W97M/
A Microsoft divulgou na semana que passou a existência de uma
Trugbar.a, W97M/Akuma, W97M/Cobra.a1
falha de segurança no Internet Security and Acceleration (ISA)
Server 2000 e no Proxy Server 2.0, que classificou de “importante”,
Dia 19
tendo disponibilizado desde logo um “patch” que a resolve.
W97M/Cobra.a1, W97M/Nebo, W97M/Alamat,
O ISA Server funciona como uma “firewall”, um
Tribute.A;B, W95/Firkin.worm, W97M/Yous,
filtro de conteúdos e “cache” para conteúdos na
WM/Eraser.A:Tw, W97M/Assilem.H
Web, sendo vendido como produto isolado ou
incluído num pacote chamado Small Business
Dia 20
Server. A falha — que não afecta a versão 2004
deste Server — reside na função de “cache”, JS/Gigger.a@MM, WM/Eraser.A:Tw, Gurre.A,
permitindo a um intruso inserir conteúdo mal AOS.A, X97M/Hopper.r, W97M/Mck.e, W97M/Yous,
intencionado nessa “cache”, dando-lhe outro nome, VBS/Count, W97M/Erab, W97M/Bablas.aj, VBS/
de modo a parecer proveniente de um “site” legítimo. Baracu.A@mm, VBS/Loveletter.ar, WM/MDMA.C;D;H,
Assim, os utilizadores podem pensar que estão a W32/Urick@MM, W97M/Alamat, X97M/Anis, VBS/
aceder a páginas de confiança quando estão, afinal, a Gaggle@MM, VBS/Zync, W97M/Cobra.a1
aceder a sítios onde poderão ser pedidas informações
destinadas, por exemplo, a serem usadas com fins Dia 21
ilícitos. ● JOSÉ DOUTIL W97M/Cobra.a1, W97M/Opey.bg, W97M/Alamat,
WM/MDMA.C;D;H, W97M/Yous
S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO COM NOVA AGÊNCIA E 380 MILHÕES DE EUROS
As acções do Governo
para o Portugal
do conhecimento
O
GOVERNO vai investir,
aolongo do próximo ano,
mais de 380 milhões de
euros na sociedade da
informação. O anúncio
foi feito na semana passada pelo
primeiro-ministro, Santana Lopes,
numa sessão convocada para o audi-
tório do Tagus Park, nos arredores
de Lisboa, para divulgar a estraté-
gia governamental nesta área para
os próximos dois anos e anunciar a
reconversão da Unidade de Missão
Inovação e Conhecimento (UMIC) em
UMIC-Agência para a Sociedade do
Conhecimento.
A estratégia para o biénio passa
por melhores e mais eficientes ser-
viços públicos, reduzir a burocracia
para o cidadão e as empresas, ter
mais inovação ou melho-
rar a qualificação e a PEDRO
produtividade. “O sector
público deve continuar a ambicionar
ser o melhor prestador de serviços do
país”, referiu Santana Lopes.
Revelando “uma dedicação sem pre-
cedentes” a esta área e acompanhado
pelo Executivo em peso, o primeiro-
ministro apadrinhou a apresentação
de novos projectos e salientou outros já
em concretização (ver caixa), enquanto
anunciava a criação da nova agência
governamental, que será dotada de um
orçamento e de um quadro de pessoal
próprios, e que poderá candidatar-se a
fundos comunitários para a concretiza-
ção de projectos. A nova UMIC terá o
estatuto jurídico de instituto público e
“por missão o planeamento, a gestão,
a coordenação e o desenvolvimento de
projectos nas áreas da sociedade da
informação e do governo electrónico”,
de acordo com o comunicado do Conse-
lho de Ministros.
O actual gestor da UMIC, Diogo
Vasconcelos, manter-se-á na direcção
da nova agência, que contará, para
o próximo ano, com um orçamento
de 32,9 milhões de euros. Este res-
ponsável salientou o facto de terem
sido “colocadas fasquias altas de
propósito” nos objectivos da estraté-
gia para o biénio, bem como o esforço
financeiro em investigação e desen-
volvimento (I&D) centrados em áreas
concretas como tecnologias emergen-
tes na banda larga, computação em
rede, “software” aberto, tecnologias
de segurança ou de comunicação sem
fios. A agência vai ainda adoptar a
marca “TIC Nacional” para apoiar a
divulgação no estrangeiro de empre-
sas tecnológicas nacionais.
Santana Lopes disse ainda que
a Internet por banda larga é uma
“condição essencial para o sucesso
FONSECA
das iniciativas” apre-
sentadas, salientando o
objectivo de chegar em
2005 aos 50 por cento dos agregados
familiares com acesso deste tipo à
Web. O responsável governamental
salientou ainda o projecto da Biblio-
teca Online do Conhecimento (B-On),
que dá actualmente acesso a 3500
revistas técnicas e científicas de todo
o mundo — número que aumentará
para 10 mil no próximo ano. Diogo
Vasconcelos revelou também que vai
disponibilizar conteúdos culturais
— do Ministério da Cultura e, nome-
adamente, da Biblioteca Nacional —,
que assim se juntam aos anteriores
“pilares” da ciência e da sociedade da
informação.
O Conselho de Ministros da
semana passada aprovou ainda
diplomas para a administração
pública relativos à adopção de um
“Guia para as Comunicações”, con-
tendo boas práticas e recomenda-
ções para a aquisição de serviços de
comunicações, o regime de aquisição
S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
JOÃO CORTESÃO
de bens e serviços por via electró-
nica, e, por fim, sobre a contratação
relativa à locação e aquisição de
bens, serviços e redes de comunica-
ções electrónicas — bem como dos
equipamentos e serviços conexos
com a obrigatoriedade de passar a
escrito os contratos, proibir a reno-
vação de contratos quando entrar
em vigor o diploma e consulta ao
mercado envolvendo pelo menos três
entidades. Neste caso, o ministro da
Presidência, Morais Sarmento, reve-
laria à margem do encontro que não
será criado nenhum órgão específico
para gerir este assunto, ficando a
responsabilidade no Ministério das
Finanças.
Todos estes anúncios foram
efectuados uma semana depois de
o Grupo de Alto Nível para a Estra-
tégia de Lisboa, da União Europeia,
ter divulgado o seu relatório, onde
revela desapontamento quanto à sua
concretização na Europa — e onde as
responsabilidades são atribuídas “à
falta de uma acção política determi-
nada”. O documento salienta que se
tratou de “um plano sobrecarregado,
com fraca coordenação e prioridades
conflituantes”, mas, apesar dos três
pilares — económico, social e ambien-
tal — se manterem válidos, as prio-
ridades vão agora para o crescimento
económico e do emprego.
O documento, apresentado à
Comissão Europeia, apela a uma
acção política determinada e urgente
em cinco áreas políticas, económicas
e ambientais, salientando que, no
caso da sociedade do conhecimento,
se deverá aumentar o atractivo
para os investigadores trabalharem
na Europa, tornar a investigação e
desenvolvimento uma prioridade de
topo e promover o uso das tecnologias
da informação e comunicação. ●
Profusão de projectos
e iniciativas
A estratégia nacional para a sociedade da informação
agora anunciada pelo Governo para os próximos
dois anos assenta em cinco linhas de acção e no
arranque ou consolidação, entre outras, das seguintes
iniciativas em torno das tecnologias de informação e
das comunicações (TIC):
..
Melhores serviços públicos
.
criação de bases de dados de problemas e reclamações
divulgação de indicadores de qualidade dos serviços
agenda “on-line” de marcação de actos civis e sistema de
.
informação de óbitos
serviço de marcação de consultas em centros de saúde
..
por telefone e pela Internet
lançamento de um portal tributário e financeiro
atendimento telefónico e pela Internet nas repartições
..
de Finanças
criação de um portal Edu.pt para o sistema educativo
.
rede nacional integrada de serviços públicos,
adopção de um modelo de “back office” comum e de
..
serviços a serem partilhados na administração pública
alargamento dos serviços de telemedicina
desmaterialização de processos (como a alteração da
morada num único acto, válido e efectivo para todas as
entidades públicas)
.
Maior qualificação e produtividade
lançamento da aprendizagem intergeracional das TIC
.
(projecto Avôs e Netos Aprendem Juntos)
criação de centros de dia com núcleos de aprendizagem
..
digital
um sistema nacional de certificação em TIC
.desenvolvimento de um portal de formação em TIC
criação de uma bolsa de emprego e estágios
profissionais
.
Menos burocracia
desmaterialização de certidões dos registos civil, predial
e comercial, da emissão da declaração contributiva, das
comunicações de admissão e cessação de vínculo laboral,
.
e da certidão de não dívida para as empresas
criação de um portal da empresa, com contas “on-line” e
..
emissão de licenciamentos
simplificar a criação de empresas
estimular o uso do domínio .pt, visando duplicar o
.
número de registos em 2005
lançamento de portais para as áreas do turismo, do
.
ambiente e da cultura
criação da rede de cinema digital para distribuição “on-
.
line” de filmes
massificação da Internet de banda larga através de
uma maior concorrência, de redes comunitárias em
regiões desfavorecidas, de novos modelos de negócio e
..
plataformas tecnológicas
aposta na segurança de redes e informação
dinamização da factura electrónica e do comércio
.
electrónico nas PME
difusão dos ambientes de acesso à Net sem fios por
banda larga em áreas muito frequentadas
.
Mais iniciativa e inovação
projecto NeoTec para estímulo a ideias de
desenvolvimento e uso das TIC com aplicação de mercado
.
e estímulo ao empreendedorismo académico e científico
criação das OTIC-Oficinas de Transferência de Tecnologia
..
e Conhecimento para o mercado
lançamento de um portal na Web dedicado à inovação
criação de centros e redes de excelência
.
Comunidades mais participativas
implantação de redes comunitárias em concelhos
.
desfavorecidos
projecto Cid.Net para instalação de 70 centros de
..
inclusão digital
sistema de informação integrado para imigrantes
queixa “on-line” às polícias e acompanhamento pela
.
Internet
Sistema Estratégico de Informação da PSP e Sistema
..
Informático de Apoio às Operações da GNR
rede de apoio às vítimas de violência doméstica
.
portal das comunidades portuguesas
“escolas navegadoras” do ensino secundário, com
..
equipamentos de TIC (quadros interactivos, redes sem fios),
portal Bread-Base de Dados de Recursos Educativos
..
vigilância e protecção das florestas contra incêndios
voto electrónico vinculativo nas eleições autárquicas de 2005
.
portal Participar.pt para acesso a recursos participativos
acesso gratuito à I Série do “Diário da República” até final
de 2005
.
“Kit Democracia Electrónica” (com fóruns “on-line”,
videoconferência de assembleias municipais, por exemplo)
.
para sítios na Web dos municípios portugueses
implantação de quiosques móveis, para realização de
consultas ou referendos locais. ●
computadores .7
 da.net CONFERÊNCIA DA APDSI DISCUTIU UM TEMA CANDENTE E ACTUAL
A liberdade de expressão na
Net face aos outros meios
O
S BLOGUES INTRODUZIRAM
um novo panorama na
liberdade de expressão
mas muitos dos proble-
mas actuais não são,
na realidade, novos — “já existiam
há mais de 15 anos, com os ‘news-
Internautas europeus preferem groups’, com a difamação, os insul-
tos ou a usurpação de identidade”.
a Web a jornais e revistas… Apesar de não serem novos, são um
Os internautas europeus recorrem mais à Web do “tema candente”. Esta afirmação de
que à imprensa para obterem informação, embora Paulo Querido, jornalista e autor do
a televisão e a rádio continuem a ser os média mais livro “Blogs”, foi feita no
usados — de acordo com um estudo da Associação colóquio “A Liberdade PEDRO
Europeia de Publicidade Interactiva. 20 por cento de Expressão na Inter-
dos entrevistados afirmaram usar a Internet para se net”, promovido na semana passada
manterem a par da actualidade mas apenas 8 por pela Associação para a Promoção e
cento recorre às revistas e 11 por cento a jornais. A Desenvolvimento da Sociedade da
televisão é o meio de comunicação escolhido por 33 Informação (APDSI).
por cento dos inquiridos e a rádio por 30 por cento. De Paulo Querido, que é também o
acordo com o estudo divulgado na passada semana principal responsável pela comunidade
pela associação, 61 por cento dos europeus visita Weblog.com.pt, lembrou alguns exem-
“sites” noticiosos e 88 por cento usa o E-mail com plos recentes do impacto da expressão
regularidade. Mais de um terço dos cibernautas diz ter livre na Internet em Portugal. O primeiro
reduzido o tempo que dedica à televisão devido a uma caso sintomático foi o Terràvista, um pro-
maior utilização da Web. O estudo conclui ainda que o jecto lançado em 1997 por Manuel Maria
meio digital faz crescer as vendas “off-line”, já que 2 em Carrilho (então ministro da Cultura)
cada 5 pessoas procuram informação na Web sobre para agregação de conteúdos
bilhetes para espectáculos e viagens para depois os lusófonos e que esteve próximo
comprarem através dos canais tradicionais. ● do encerramento em 1998,
quando notícias do semanário
… e estudo confirma uso crescente “Tal e Qual” deram conta da
existência de páginas com
da Internet conteúdos pornográficos. O
Este estudo da Associação Europeia de Publicidade ministro abandonou o projecto
Interactiva demonstra ainda que o número de e as sucessivas transacções do
utilizadores da Internet tem vindo a aumentar: 42 por portal culminaram em Setem-
cento dos respondentes admite ligar-se diariamente bro passado com o fim da sua
e 10 por cento dedica mais de 25 horas por semana a motivação original: as páginas
navegar na Net. Para metade dos inquiridos, a Internet pessoais de utilizadores.
é a sua fonte de informação preferida; 70 por cento Mais recente, o caso do
define-a como a melhor forma para encontrar “o que blogue “Muito Mentiroso”
se quer quando se quer” e 80 por cento considera-a o salientou a “questão da rapi-
meio onde melhor se aproveita o tempo. Um em cada dez do boato mas também do
três utilizadores afirma mesmo que “não poderia viver aparecimento de vacinas” para
sem Internet”. A grande maioria dos entrevistados o mesmo na blogosfera. Este
(83 por cento) acha que a televisão tem demasiada blogue divulgou informação
publicidade, enquanto apenas metade pensa o não sustentada sobre o processo
mesmo quanto à Internet. O estudo baseou-se em Casa Pia, até acabar por desapa-
7000 entrevistas telefónicas feitas aleatoriamente recer e eliminar da Web os seus
durante os meses de Setembro e Outubro deste ano, a conteúdos. Para o historiador
cidadãos de Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, e analista político Pacheco
Itália, países nórdicos, Bélgica e Holanda. ● Pereira, também orador no
colóquio, tratou-se de uma ope-
Três séries do ‘Diário da República’ já ração com base policial, saliente
para quem conviveu com “certos
disponíveis em produto da Jurinfor processos” antes do 25 de Abril.
A empresa portuguesa Jurinfor anunciou um novo pacote O caso serviu para demonstrar a
de colectâneas compreendendo as três séries do “Diário da rapidez na “desmontagem” dos alegados
República”,em CD-ROM e DVD. O novo pacote de legislação factos ali disponibilizados e do atraso
é composto pelo histórico das I, II e III Séries do diário oficial, da comunicação social nestas matérias
reunindo textos integrais publicados ao longo de mais de — porque, “quando os jornais tablóides
quatro décadas. Quanto à I Série, o pacote inclui todos os pegaram no assunto, já a blogosfera se ria
sumários publicados desde 1962 e ainda uma “rigorosa do mesmo”, lembrou Paulo Querido.
selecção” de textos integrais desde 1962 a 1986, e todos os O terceiro exemplo, mais recente e
textos integrais da I Série desde 1986 até hoje. Este pacote ainda a decorrer, está relacionado com
da Jurinfor é vendido por 175 euros, incluindo ainda uma o blogue “Do Portugal Profundo”, em
selecção de textos da II e III Séries desde 1997. Por mais que um professor de Leiria foi abordado
75 euros,“o actual pacote de histórico das três séries do pelas autoridades e os seus computado-
‘Diário da República’ compreende o acesso a todas as res confiscados por divulgar material
actualizações a publicar diariamente” ao longo de 2005, relacionado com o processo Casa Pia e
através do endereço www.LexPortugal.com. As “Colectâneas a pedofilia em Portugal. Paulo Querido
do Diário da República”,da Jurinfor, permitem pesquisas considera que não se trata de um caso de
e consultas ilimitadas aos diplomas publicados no “Diário censura, como o autor do blogue tentou
da República” e são actualizadas diariamente no seu “site” fazer prevalecer, até porque ele continua
www.LexPortugal.com e, para assinantes, mensalmente em a escrever naquele espaço.
CD-ROM. Para Helena Marcos, directora de “marketing” da O último caso, relacionado com a
Jurinfor,“parte dos bons resultados obtidos com a utilização” usurpação de identidade, passou-se
destas colectâneas resultam da “incorporação de um com o blogue Púrpura Secreta, que
sistema de busca, desenvolvido pela Jurinfor, que possibilita, viu aparecer um outro com um ende-
com um só produto e uma só consulta, efectuar pesquisas reço na Web semelhante e com a cópia
em simultâneo sobre todos os conteúdos legislativos integral dos seus conteúdos — gerando
nacionais e comunitários em língua portuguesa.” ● a confusão entre alguns blogues que
“linkavam” a cópia e não o original.
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
Segundo Paulo Querido, nunca se
percebeu a motivação do acto.
Para Pacheco Pereira, este tipo de
casos não lhe é estranho porque teve
várias experiências no campo da difa-
mação ou da usurpação de identidade
— em comentários deixados nos blogues,
na criação de blogues semelhantes ou
mesmo na transformação e publicação de
textos seus em algo que não defenderia.
Considerando tratar-se de “pro-
blemas tradicionais”, Pacheco Pereira
optou por chamar a aten-
FONSECA ção para o futuro, nomea-
damente a “biologização”
dos equipamentos e as “futuras litera-
cias”, em que “a luta de classes será entre
os ricos que podem pagar a realidade e
os pobres que apenas têm um acesso
mais barato ao virtual”. Por um lado,
será essa literacia digital que permitirá
aos utilizadores da Internet detectarem
o que é falso ou manipulador — como
certas teorias da conspiração ou racistas
facilmente disseminadas na Internet.
Por outro lado ainda, a Internet “é
uma memória colectiva mas não oferece
esquecimento”, referiu o ex-deputado
europeu. O que hoje é escrito por uma
apaixonada sobre o seu amante poderá
amanhã querer ser apagado mas não é
possível. “A Internet é um meio pegajoso
para a intimidade”, onde existe o “efeito
da aldeia global: não se gosta da aldeia
porque todos sabem tudo de todos”.
Para Pacheco Pereira, um dos
instrumentos que vai moldar o futuro
tecnológico passa pela “fractura social”
em que os ricos vão usar a Internet de
uma forma diferente da dos pobres,
pelo que a escola e outros meios de
mediação social — como a família ou os
sindicatos, apesar da má preparação
actual — serão importantes.
A réplica surgiria de Paulo Querido:
se a escola não conseguiu tornar a televi-
são educativa, o mesmo não ocorrerá com
a Internet. Enquanto este interveniente
considera que existe uma “preocupação
colectiva” por parte dos autores de blo-
gues em terem uma protecção jurídica
para a liberdade de expressão — “e isso
é novo”, como detectou numa reunião
recente de blogues em Beja, onde o
assunto foi abordado e se apelou a mais
legislação —, Pacheco Pereira tem uma
visão mais simples sobre o assunto: “O
que é crime cá fora, é crime dentro” da
Internet e “não vale a pena fazer legisla-
ção específica”.
Lembrando que alguns blogues
— como o próprio “Abrupto”, de Pacheco
Pereira — já “concorrem com jornais
e revistas” em termos de audiência,
Querido considera que este meio de
expressão se encontra mais próximo de
um órgão de comunicação social, pois as
palavras escritas ficam registadas, “há
uma perenidade”. Por isso, é necessário
estabelecer o que é a blogosfera antes de
criar mais leis e ter atenção aos seus cria-
dores. “Quem a vai fazer?” — questionou,
salientando que tanto a Assembleia da
República como os juristas em geral “não
estão conscientes dos desafios digitais”.
Em contraponto, Fernando Resina
da Silva, da firma de advocacia Vieira
de Almeida & Associados, mostrou-se
consciente das questões da legislação
referentes ao mundo digital. Para este
advogado, duas das principais
preocupações sobre a liber-
dade de expressão na Internet
passam pelo anonimato e as
legislações internacionais não
harmonizadas.
Concedendo que a lei por-
tuguesa garante a liberdade
de expressão em todos os meios
mas também lhe coloca certos
limites — o direito ao bom
nome, à reserva da vida pri-
vada ou a protecção de meno-
res, por exemplo —, Resina
da Silva salientou algumas
particularidades da Internet
para demonstrar a dificuldade
da eficácia da regulação neste
meio. A imaterialidade, a faci-
lidade de reprodução e modifi-
cação de conteúdos, bem como
a rápida transmissão, nacional
ou para outros países, consti-
tuem dificuldades na actuação
das autoridades perante as
infracções.
No ambiente dos blogues,
no caso de serem excedidos os
limites legais, existe sempre
a responsabilidade do autor
que pratica esses crimes.
Mesmo em caso de anonimato, exis-
tem meios técnicos e de cooperação
policial transfronteiriça para desco-
brir a autoria mas o problema coloca-
se quando certos sítios na Web são
disponibilizados em “paraísos legais,
onde os conteúdos não são ilegais” e até
podem ser fonte de receitas. Um exem-
plo disso verificou-se quando um sítio
na Web nacional disponibilizou faces
de figuras conhecidas em corpos nus.
Após queixas e apesar da decisão do
tribunal para serem removidos esses
conteúdos, os mesmos foram migrados
para um servidor no estrangeiro, man-
tendo-se acessíveis.
“Na Internet, a liberdade de expres-
são não é muito diferente da dos outros
meios, mesmo que tenha primazia”,
observou aquele advogado. A questão é
que o direito ao anonimato — que todos os
participantes da primeira parte do coló-
quio consideraram dever existir — e os
“paraísos legais” acabam por ser proble-
mas para accionar judicialmente quem
transpõe a linha da legalidade. ●
 VODAFONE LIVE! TEM AGORA NOVOS SERVIÇOS

Música e jogos Pós-Graduação em Formação Online

Vai decorrer o curso

em 3D no telemóvel “Certificate in Online Education

and Training”

T
RAZER A MÚSICA PREFERIDA no ou outras competições euro- câmaras fotográficas digitais com realizado pelo
telemóvel, com qualidade peias. 2 megapixels de resolução, um
de CD, ou descarregar Para promover o novo cartão de memória de 32 MB Institute of Education
jogos tridimensionais (3D) serviço, a Vodafone lançou e permite aceder ao Mobile Universidade de Londres
para o pequeno dispositivo campanhas que permitem Music pois lê ficheiros de
que se usa sobretudo para conversar aos clientes navegar à borla música em formato MP3. O Programa de 10 semanas em part-time,
são as novas propostas da Vodafone. no Vodafone Live! 3G até 1 Sharp 802 é mais barato totalmente on-line, ministrado em português e inglês
Depois da partilha de fotografias de Março de 2005 — e, nesse (549,9 euros) apesar das de 28 Janeiro a 7 Abril 2005 *
ou da videochamada, há agora período, poder-se-á fazer vide- características idênti- Directora do Curso: Anita Pincas
novos serviços ochamadas ao cas, à excepção da
para impulsionar ISABEL GORJÃO SANTOS mesmo preço das câmara fotográfica, Inscrições abertas até 26 de Novembro de 2004
a terceira gera- chamadas de voz, cuja resolução é de *vai também decorrer uma modalidade presencial em Londres durante 4 semanas em Abril-Maio 2005
ção de comunicações móveis (3G). bem como descarregar gratuita- 1,3 megapixels.
É a segunda versão do Vodafone mente para o telemóvel cinco faixas O Sony Para mais informações, consultar o site
http://www.ioe.ac.uk/english/OET.htm
Live! “Durante 2004, assistimos de música em cada mês. Ericsson V800
sobretudo ao arranque da terceira Os clientes dos serviços 3G é outra das ou contactar directamente:
geração de comunicações poderão também escolher um propostas para Bill Williams, Portuguese OET group coordinator
móveis. Mas, agora, os número da rede Vodafone para rea- o Vodafone Live! POET@netvisao.pt
clientes vão con- lizar chamadas de voz ou de vídeo 3G. Também permite
frontar-se com com 50 por cento de desconto aceder ao Mobile Music,
uma nova fase”, — ou, então, subscrever integra uma câmara de 1,3
disse António um pacote mensal de megapixels e um cartão
Carrapatoso, mil minutos de cha- Memory Stick de 32
presidente da madas de voz ou de MB, indo custar 549,9
Vodafone Portugal, vídeo para a rede euros. Quem prefe-
na apresentação do Vodafone, ou de rir os telemóveis
novo serviço. chamadas de voz da Nokia poderá
Fazer uma chamada para a rede fixa, por optar pelo 6630,
e ver quem está do outro 80 euros por mês. com caracterís-
lado, ver televisão no Hoje, a rede 3G da ticas idênticas
telemóvel (a Euronews, Vodafone cobre 45 por cento às dos modelos já
por exemplo) ou usar o serviço da população portuguesa. Até ao referidos (câmara
Mobile Music para descarregar as final do ano, ficarão abrangidas de 1,3 megapixels,
faixas preferidas é agora possível todas as capitais de distrito, as acesso ao Mobile Music,
com o Vodafone Live! áreas de maior densidade popu- cartão de memória de 32 MB, etc.),
3G. A que se junta o lacional, as ilhas e as prin- por 489,9 euros.
acesso a jogos 3D ou cipais zonas de veraneio. Da Samsung virá o Z107, com dois
a outros conteúdos, Mas os novos serviços ecrãs a cores e câmara de 1,3 mega-
como pequenos de nada servirão pixels capaz de rodar 180 graus
vídeos com o se não existirem — mas o único que não permitirá
resumo da terminais compa- aceder ao Mobile Music — a
jornada da tíveis e, por isso, a custar 499,9 euros. A Moto-
Superliga, Vodafone anunciou rola será a marca com mais
imagens também a chegada equipamentos para aceder
d o s ao mercado, até ao ao Vodafone Live! 3G: o
jogos Natal, de oito modelos E1000, o V980 e o C980
d a de telemóveis com acesso serão propostas
Liga ao Vodafone Live! 3G. de características
dos Dois modelos serão da diferentes e preços
Cam- Sharp: o 902 e o 802. O pri- que vão dos 299,9
peões meiro (649,9 euros) integra duas aos 499,9 euros. ●

agenda
FMCAD 2004 – Formal Methods in Computer-Aided Design CSI 2004 - 5ª Conferência de Sistemas de Informação E-mail: conference@gms.org
Data: 14-11-2004 a 17-11-2004 Tema: Código Seguro URL: www.gmslab.org/conferences/icm2004/
Local: Austin, Texas, EUA Data: 25-11-2004
E-mail: fmcad2004chairs@cs.ubc.ca Local: Escola Superior de Tecnologia e Gestão – Instituto IC-FPT’04 – The 2004 International Conference
URL: www.cs.utexas.edu/users/hunt/FMCAD/2004/index.html Politécnico de Leiria on Field-Programmable Technology
URL: www.dei.estg.ipleiria.pt/events/csi2004 Data: 6-12-2004 a 8-12-2004
ISTFA 2004 – 30th International Symposium Local: Brisbane, Austrália
for Testing and Failure Analysis CSS 2004 – The IASTED International Conference E-mail: enquiries@icfpt04.itee.uq.edu.au
“From Vacuum Tubes to Nanotubes” on Circuits, Signals and Systems URL: icfpt04.itee.uq.edu.au
Data: 14-11-2004 a 18-11-2004 Data: 28-11-2004 a 1-12-2004
Local: Worcester, Massachusetts, EUA Local: Clearwater Beach, Florida, EUA Asia-Pacific Conference on Circuits and Systems
URL: www.asminternational.org/ms/electronicdevicefailureanaly Contacto: IASTED Secretariat Data: 6-12-2004 a 9-12-2004
sissociety/istfa/home.htm E-mail: calgary@iasted.org Local: Tainan, Taiwan
URL: www.iasted.org/conferences/2004/florida/css.htm URL: apccas.ee.ncku.edu.tw
ATS 2004 – IEEE Asian Test Symposium
Data: 15-11-2004 a 17-11-2004 Seminário DELL Technology & Solutions Tour IP/SOC 2004 – IP Based SoC Design Forum & Exhibition
Local: Kenting, Taiwan “Via rápida em direcção ao futuro” Data: 8-12-2004 a 9-12-2004
Contacto: Shi-Yu Huang Data: 29-11-2004 Local: Grenoble, França
E-mail: ats04@larc.ee.nthu.edu.tw Local: Hotel Corinthia Alfa, Lisboa URL: www.us.design-reuse.com/ipsol2004/
URL: ats04.ee.nthu.edu.tw/~ats04/ Contacto: 707 200 537
URL: www.dell-events.com/tst IEDM - 2004 IEEE International Electron
SoC – International Symposium on System-on-Chip 2004 Devices Meeting
Data: 16-11-2004 a 18-11-2004 ICM 2004 – The 16th International Conference Data: 13-12-2004 a 15-12-2004
Local: Tampere, Finlândia on Microelectronics Local: São Francisco, Califórnia, EUA
Contacto: Jari Nurmi Data: 6-12-2004 a 8-12-2004 Contacto: Phyllis Mahoney
E-mail: jari.nurmi@tut.fi Local: Tunis, Tunísia E-mail: idem@his.com
URL: www.cs.tut.fi/soc/soc2004.html Contacto: Conference Secretariat URL: www.his.com/~iedm/

S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .9

Telefone, fotografia
e música no mesmo bolso
A
SONY ERICSSON LANÇOU, na com capacidade de ligação a outros dispo-
semana passada, o telemóvel sitivos através de cabo, de infravermelhos
S700i, um modelo com um ou da tecnologia Bluetooth (que permite a
“design” inovador, ligação sem fios a equipamentos
em que as duas
partes sobrepostas giram
entre si, até 180 graus (ver
imagens). Para atender
o telemóvel, o utilizador
roda o seu topo — em vez
de o levantar, como acon-
tece nos habituais mode-
los em formato de concha
bivalve.
Com um ecrã de 2,3
polegadas e 262 mil cores,
o S700i tem uma câmara
digital de 1,3 megapi-
xels, pesa 137 gramas e
possui uma autonomia
até 7 horas de conver-
sação ou 300 horas (12
dias e meio) em modo de
espera. Trata-se também
de um telemóvel de tripla
banda, o que significa que
pode ser utilizado no maior
número de diversos países,
.com
McAfee cresceu 28 por cento…
A McAfee acaba de anunciar os seus resultados relativos ao
terceiro trimestre de 2004, findo a 30 de Setembro. Esta editora
de “software” de segurança e antivírus obteve receitas líquidas
consolidadas de 222 milhões de dólares e, de acordo com os
GAAP, os ganhos líquidos no terceiro trimestre ascenderam a
118 milhões de dólares. Não considerando os critérios GAAP,
os ganhos são de 31 milhões de dólares para o mesmo perí-
odo. Os proveitos à luz dos GAAP apontam uma receita de 189
milhões de dólares resultantes da venda dos activos da Sniffer.
As receitas, excluindo a Sniffer e a Magic, reflectiram uma taxa
de crescimento de 28 por cento face ao período homólogo do
ano anterior. A McAfee registou um aumento de receitas face
ao mesmo período do ano anterior em todas as regiões, tendo
na América do Norte crescido 17 por cento, na EMEA 36 por
cento, na Ásia-Pacífico 141 por cento, no Japão 65 por cento e
na América Latina 37 por cento. ●
… sobretudo graças às vendas ‘on-line’
As receitas do Online Consumer da McAfee cresceram 127 por
cento face ao período homólogo, registando 903 mil novas
adesões, resultando num total de 6,3 milhões de subscritores
do serviço. Verificou-se ainda um crescimento significativo do
McAfee IntruShield (mais de 136 por cento nas receitas deste
produto face ao mesmo período do ano anterior). As receitas
diferidas cresceram 31 milhões de dólares, terminando o
trimestre com 521 milhões de dólares, excluindo o balanço
de final de trimestre as receitas diferidas, associadas anterior-
mente ao negócio da Sniffer. A McAfee terminou o trimestre
com uma liquidez de 867 milhões de dólares, que inclui a
receita de 217 milhões de dólares resultantes da alienação
dos activos da Sniffer e despesas em numerário de 77 milhões
de dólares na reaquisição de cerca de 4 milhões de acções
ordinárias próprias e 265 milhões de dólares para reestrutu-
ração da sua dívida. “O nosso desempenho global foi muito
forte no terceiro trimestre, o que se deveu principalmente ao
crescimento no número de consumidores e do IntruShield, “
disse George Samenuk, presidente e CEO da McAfee. ●
Unisys reequipa o ‘Expresso’
O Grupo Sojornal, responsável pela edição do semanário
“Expresso”, adquiriu a última versão da solução editorial Unisys
Hermes 10.1, que integra o conjunto de soluções Unisys Media
Ensemble. O projecto também envolveu a modernização da
plataforma tecnológica que suporta a solução editorial para
servidores ES7000, da Unisys. Com este projecto, o “Expresso”
computadores .10
SONY ERICSSON APRESENTOU O S700I
consumidores rapidamente
se aperceberão das van-
tagens e potencialidades
deste novo sistema de
que integrem também essa comunicação digital”.
tecnologia e que se encon- Com o telemóvel
trem a menos de 10 metros “fechado”, é possível ver
de distância). as mensagens recebidas,
“O S700i revolucionará pesquisar nos menus ou
o mercado de telemóveis fazer chamadas recorrendo
com a inovadora tecnologia às teclas de acesso rápido.
japonesa agora disponível Rodando o telemóvel e “abrindo-
para todos os utilizadores.
O elevado nível das funcio-
nalidades apresentadas
neste terminal, tais como
imagens de alta resolução,
o ecrã de elevada defini-
ção e o desempenho dos
jogos tridimensionais vem
provar o compromisso que
a Sony Ericsson firmou
com os seus clientes”,
afirmou Miguel Rubio,
director de “marketing”
ibérico da Sony Ericsson,
no comunicado de apresen-
tação do novo telemóvel. “Os
tornou-se o primeiro cliente da Unisys Media, na Europa, a
migrar para a plataforma de servidores ES7000. Desta forma,
a Sojornal espera melhorar o fluxo de trabalho e a gestão
editorial do “Expresso”, reduzir custos ao mesmo tempo que
adquire maior rapidez e capacidade de armazenamento. A
nova solução editorial, integrada com as aplicações InDesign
e InCopy CS, da Adobe, vai permitir melhorar a produção e
o “layout” das publicações, porque “confere a flexibilidade
necessária para preparar e produzir novos suplementos,
revistas, guias de referência e secções”. Face à plataforma
anterior, o tempo necessário para gerar imagens em formato
PDF de cada secção do “Expresso” foi reduzido em cerca de
90 por cento. O semanário seleccionou o servidor ES7000, da
Unisys, e o sistema operativo Windows Server 2003 com o SQL
Server 2000, também da Microsoft, para poder aumentar a
capacidade de armazenamento do sistema e, por outro lado,
alargar o prazo de fecho das edições. ●
ParaRede volta aos lucros…
A ParaRede anunciou, na semana passada, que passou do pre-
juízo ao lucro nos nove primeiros meses do ano, registando
também melhorias operacionais e redução de custos. O resul-
tado líquido, no final de Setembro, fixou-se nos 871 mil euros,
um aumento significativo face aos 11,5 milhões de euros alcan-
çados no mesmo período do ano passado. O volume de negó-
cios cresceu 31 por cento, para 24,3 milhões de euros, o que
se deveu essencialmente aos segmentos de infra-estruturas
informáticas e soluções para gestão de empresas. O resultado
antes de impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) atin-
giu os 1,9 milhões de euros, depois de, em Setembro de 2003,
ter sido de menos 1,89 milhões de euros. A justificar a melhoria
dos resultados da ParaRede esteve também a redução de 14,8
por cento dos custos com o pessoal e a diminuição das provi-
sões. Os custos de funcionamento diminuíram 14,5 por cento.
Assim, os resultados correntes melhoraram 73 por cento mas
mantiveram-se negativos em 2,2 milhões de euros. A empresa
referiu em comunicado que, de acordo com as novas normas
contabilísticas que devem entrar em vigor em 2005 (IFRS), o
seu lucro foi de 3,44 milhões de euros. ●
… e anuncia aquisições
A ParaRede anunciou entretanto um acordo para a compra
da Damovo Portugal por 2 euros a fim de entrar no negócio
de soluções de comunicação empresariais de voz e dados.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM), a ParaRede explica que se comprome-
S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
o”, é possível escrever mensagens no
teclado para enviar por SMS ou por cor-
reio electrónico. A câmara incorporada
permite a criação de imagens digitais
e pode ser usada na horizontal, como é
habitual usar numa máquina fotográfica
convencional. O S700i vem também equi-
pado com um “iluminador”, que permite
fotografar e filmar mesmo com fracas con-
dições de luminosidade. O “zoom” digital
é de 8x.
No que se refere a aplicações de entre-
tenimento, este telemóvel integra um
leitor de ficheiros de música em formato
MP3, sons polifónicos com 40 tons e o com-
positor de melodias Music DJ. ● I.G.S.
teu a adquirir à Damovo Holdings Netherlands e à Damovo
UK Finance II “a totalidade do capital social da Damovo Por-
tugal”: “O preço global da prometida aquisição de quotas,
bem como da aquisição da totalidade dos créditos detidos
por entidades pertencentes ao grupo Damovo sobre a
Damovo Portugal é de 2 euros.”. A ParaRede justifica ainda a
aquisição com o objectivo de “alargar a actividade do grupo
à área de negócios de soluções de comunicação empresa-
riais de voz e dados”. O seu presidente, Paulo Ramos, diria na
passada semana hoje à Lusa que a empresa espera concre-
tizar mais uma aquisição neste ano, continuando em análise
vários “dossiers”. Paulo Ramos sublinhou que, ao contrário de
outras empresas portuguesas de tecnologias de informação
que se dedicam à prestação de serviços, a ParaRede aposta
no desenvolvimento de produtos inovadores e acredita que
o êxito das empresas passa pela inovação em produtos e
em processos: com patentes próprias, evita-se a situação de
concorrer no mercado sobretudo pelo preço, o que permite
aumentar a rentabilidade do negócio. ●
& pessoas
PAUL OTTELINI, de 54 anos, foi nomeado pela Intel Corp., o maior
fabricante mundial de semicondutores, para suceder a Craig Bar-
rett, de 65 anos, como “chief executive officer” (CEO) da empresa.
Barrett, por seu lado, passará a ocupar o cargo de presidente do
conselho de directores da Intel, função até agora desempenhada
por Andy Grove, hoje com 68 anos e que, como CEO, liderou a
empresa nos seus anos decisivos de afirmação no panorama dos
processadores para computadores pessoais, servidores e outros
dispositivos. Grove continuará ligado à Intel como consultor
especial dos seus órgãos de gestão ao mais alto nível. A ascensão
de Ottelini a “chief executive officer” era esperada desde que, em
Janeiro de 2002, fora escolhido para desempenhar as funções de
presidente e “chief operating officer” (COO) da Intel, apesar da
sua formação de base ser em Economia — algo que contrastava
com a tradicional supremacia dos tecnólogos e engenheiros na
condução dos destinos da empresa.
PAULO COSTA foi nomeado “country general manager” da Getro-
nics para Portugal, reforçando assim a estratégia de crescimento
da multinacional holandesa de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) no mercado ibérico. Paulo Costa tem 41 anos,
uma licenciatura em Engenharia Informática e vários programas
de formação para executivos em universidades nacionais e inter-
nacionais. Antes, fora vice-presidente para a área de Business
Development da Cap Gemini e responsável pela área de vendas
para o sector financeiro da Unisys. ●
WEBMANIA

C onhece bem aquela sensação repentina

de já ter vivido aquela mesma situação
no passado mas não faz ideia de quando
nem como… Claro que 99,9 por cento das
vezes não a viveu realmente: foi apenas o seu

O BEIJO
cérebro que, sorrateiramente, se esticou e lhe
pregou uma rasteira! E imagina que podem
fazer-lhe um retrato de personalidade pelo
perfil dos “snacks” e da “junk food” que ingere?
Pois… está tudo em “Science & Nature:
Human Body & Mind”, a página da BBC dedi-
cada à ciência e à natureza humana — um
sítio para conhecer mais, sobretudo com uma
abordagem diferente. Divirta-se com os varia-
díssimos testes psicológicos ou com o “corpo
interactivo” que ali se encontra para ser explo-
rado. ● mulher.aranha@publico.pt
www.bbc.co.uk/science/humanbody/

W
WEBBMMAANNI IAA www.map24.com www.hivstopswithme.org www.wiretapmag.org www.keralafilm.com

C aminhando ou não para o fede-

ralismo, a Europa está a tornar-se
cada vez mais pequena aos nossos
olhos. Experimentamos cada vez mais
programas de mobilidade de estudo,
de intercâmbio, de estágios interna-
cionais. Viajamos mais, partilhamos a
mesma moeda com alguns e sentimo-
nos cada vez mais cidadãos europeus.
Para demonstrar que estamos real-
mente mais próximos uns dos outros,
pode usar esta página: indicar-lhe-á
qual o melhor caminho a percorrer,
rua a rua, metro a metro, entre dois
quaisquer pontos na Europa. Vai ficar
fantasticamente surpreendido com a
exactidão! Dá-lhe o melhor caminho
de todos os que vão dar a Roma! ●
A pergunta do mês: “Qual a sua opi-
nião sobre os medicamentos de
tratamento do VIH/SIDA?” A resposta:
“Penso que me salvaram a vida.” É
assim, através de testemunhos bem
reais, que a campanha de intervenção
social norte-americana “HIV stops with
me” alerta para as questões essenciais
que as pessoas infectadas pelo vírus
devem ter em conta. Para o fim da
epidemia, são prioridades a redução
do estigma associado à doença e fazer
compreender a responsabilidade a
quem acusa positivo. A medicação e o
uso de preservativos são também cava-
los de batalha desta campanha. ●
A liberdade de informação e de opi-
nião não é, infelizmente, um dado
adquirido nem na mais democrática
das democracias sobre a Terra, seja
ela qual for. Sucedem-se os casos a
advertirem-nos para a necessidade de
manter uma vigilância apertada e de
alimentar mecanismos e organismos
independentes que zelem pela defesa
destes direitos fundamentais. Alguns
dos órgãos de informação alternativa
à escala global, que elegem a Internet
como veículo prioritário, são os primei-
ros alvos dessas tentativas de ataque.
A AlterNet, uma enorme fonte de
informação alternativa, é um exemplo
de resistência; e o Wire Tap Magazine é
uma das suas publicações “on-line” ela-
borada por jovens para os jovens. ●
G osta de filmes indianos? Certa-
mente já ouviu falar de Bollywood,
o Hollywood indiano? Não?!… É o
centro de indústria cinematográfica
deste país asiático, com uma produção
a ritmo delirante — e esta é a página
de divulgação do Festival Internacional
de Cinema de Kerala, que vai já na sua
nona edição (IFFK2004) e que decorrerá
de 10 a 17 de Dezembro próximos. É
promovido pela Kerala State Chala-
chitra Academy, a única Academia de
Cinema da Índia, que diz trabalhar para
a promoção do cinema como forma de
expressão. ●

www.exploratorium.edu

O Exploratorium é um museu da ciência situado

na cidade norte-americana de San Francisco, na
Califórnia. Fundado em 1969 pelo físico e professor
Frank Oppenheimer, é um “patchwork” de 650 expo-
sições sobre ciência, arte e outros temas. Gaba-se
de ter sido um dos primeiros museus da ciência a
lançar-se na World Wide Web, a melhor auto-estrada
para o conhecimento à escala planetária. A sua
página na Net é realmente fantástica, tendo mais
de 15 mil outras páginas associadas e abordando
centenas de temas. A visitar sem falta! ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .11
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ou G200 (PCI)
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E-mail: rnsilva@mail.refer.pt
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Em bom estado, que não
tenha sofrido overcloking.
Com preferência para a zona
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Contacto: Rusty@mail.pt
Portátil
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modem e/ou cd-rom.
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Pentium II/III ou equivalente,
completo (placa som,
gráfica, modem, colunas,
Windows 98 e Office 2000
Premium) e, eventualmente,
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Pago a dinheiro.
Contacto: 964529110-
239995314 (Lousã-Coimbra)
E-mail: frst@aeiou.pt
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No mínimo 12 megas para
slote Pci, com drivers, cabos
e placa em boas condições.
Preço discutível. E-mail:
Gustavo.Cardoso@clix.pt
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Barata, com pouco uso e
em boas condições. Estou
disposto a dar 169,59
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Christian Pires (Lisboa) Tel:
93 8379228
E-mail: christian@netc.pt
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12,47 euros
Contacto:
tiagopinho@yahoo.com
Dimm 128 Mb PC133
Barato. Máximo: 139,66
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Contacto: Christian Pires
(Lisboa)
E-mail: christian@netc.pt
Portátil
Em bom estado, com
modem e cd-rom. Barato, ie,
por menos de 249.4 euros
Contacto: pe_
lu@esoterica.pt
DIMM 64 MB pc100
no máximo 57,36 euros
E-mail: jriocoles@mail.tel
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AMD K6-2 300mhz
E-mail: jriocoles@mail.tel
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K6-III 450
Processador AMD k6-III a
450Mhz ou 500Mhz Pago
bem.
Contacto: Daniel Mota Leire
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Board
Compro barata. Contacto:
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PIII 500 ou superior
Por não mais de 25.000$.
Em bom estado, funcional,
que não tenha sofrido
overclocking. Preço não
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E-mail: christian@netc.pt
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Com mais de 8 MB (2d,2d/
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 S H A R E WA R E FICHA

MAGIC DVD RIPPER

Cópias de segurança de
filmes nos melhores formatos
Por todos estes motivos, o for-
mato com melhor relação quali- Editor
dade/custo é o formato DiVX. Para Rui Jorge Cruz
tal, precisar-se-á de converter Redactores, colaboradores
os DVD para este formato — e e cronistas

A
TECNOLOGIA para a cópia
e gravação de suportes
ópticos passou a estar
acessível a qualquer
utilizador graças ao
continuado abaixamento dos
preços dos gravadores de CD e
de DVD. Hoje em dia, qualquer
pessoa pode fazer cópias privadas
dos seus filmes ou músicas
favoritas. Mas a proliferação da
tecnologia não significa que a
mesma seja apenas usada para
fins ilegais — por exemplo, o
leitor comprou um novo CD e quer
transferi-lo para um leitor portátil
a fim de o ouvir enquanto anda
de carro e prevenindo que o CD
original se risque ou danifique.
Ou, ainda por exemplo, o
leitor pretende criar uma cópia de
segurança do seu filme preferido
para evitar que o mesmo se
danifique quando o for ler no DVD
da viatura ou quando
o levar para férias. NUNO BERNARDO
Ao fazer estas cópias
de segurança, o utilizador não está qualidade é muito próxima da
a cometer nenhuma ilegalidade
— está a fazer uma cópia privada
de um produto que adquiriu.
Desde que não passe esta cópia a
amigos, familiares ou estranhos,
ou não a distribua via Internet,
o leitor estará a usar a tecnologia tecnologia de compressão mais
disponível de uma forma legal.
No caso dos filmes, existem
várias formas de realizar cópias de que torna possível colocar 70 a
segurança dos mesmos. Por exem-
plo poder-se-á copiar o conteúdo
de um DVD para o disco rígido do
computador e visualizá-lo a partir
daí; ou, então, gravar o formato
num novo disco (em formato DVD-
R ou DVD+R). Esta é a forma de
garantir uma maior qualidade
mas também a mais dispendiosa: o
leitor terá de possuir um gravador
de DVD e de adquirir discos DVD
graváveis, mais dispendiosos que
os CD-ROM também graváveis.
Mas, se o leitor não possuir um
gravador de DVD, poderá recorrer
a soluções mais económicas, como
sejam a conversão dos filmes
em ficheiros em formatos DIVX,
VideoCD ou SuperVideoCD.
O formato DiVX é um formato
de compressão baseado na
tecnologia MPEG4, que permite
reduzir a dimensão de um filme
de 2 horas (com vários gigabytes)
a 700 megabytes (MB) de forma a
caberem num simples CD-ROM.
Este material poderá ser depois
lido em qualquer computador,
“media center” ou nos novos leito-
res de DVD que pos-
suem compatibilidade
com este formato. A
qualidade do DVD mas o tamanho
do ficheiro significativamente me-
nor, o que reduz bastante o res-
pectivo custo de arquivo e arma-
zenamento.
O formato VideoCD usa uma
antiga, a MPEG1. Este é um for-
mato de baixa qualidade mas
80 minutos de vídeo num simples
CD gravável. A vantagem des-
te formato reside na sua compa-
tibilidade: os CD com vídeo em
formato VideoCD podem ser lidos
não só em computadores como
também na maioria dos leitores
de DVD disponíveis no mercado.
O leitor só deverá optar por este
formato — e não pelo DiVX — se
não possuir forma de ler ficheiros
neste último formato, quer através
do PC quer através do leitor de
DVD.
Se o utilizador pretender um
pouco mais de qualidade, o ideal
é usar o formato SuperVideoCD,
onde é usada uma compressão
MPEG2 (a mesma utilizada nos
DVD). Mas, neste caso, apenas
é possível colocar cerca de 25
minutos de vídeo num simples
CD de 700 MB — o que significa
que se precisará de 4 ou 5 discos
CD-ROM para gravar um único
filme. Por outro lado, nem todos
os leitores de DVD disponíveis
no mercado são capazes de ler
discos no formato SuperVideoCD.
Aconselha-se, assim, o recurso
a este formato para filmes de
pequena duração — por exemplo,
para criar cópias de segurança de
vídeos domésticos ou de vídeos
com apresentações empresariais.
com a aplicação de “shareware”
MagicDVD não podia ser mais
fácil, pois o programa inclui um
menu específico para realizar esta
tarefa. É só introduzir o
DVD no leitor, escolher
a taxa de compressão e a
qualidade pretendidas…
e já está. Em poucos mi-
nutos, o programa irá
gravar no disco rígido
um ficheiro DiVX com o
conteúdo do DVD. De-
pois, é só usar uma apli-
cação para gravação de
CD e proceder ao arquivo
dos filmes... e libertar es-
paço em disco.
As funções mais inte-
ressantes do Magic DVD
Ripper residem no facto
de o utilizador poder con-
figurar se pretende gra-
var todo o DVD ou apenas
alguns capítulos, qual a
pista de áudio (tendo em
conta os idiomas, por
exemplo) e quais as legen-
das a usar. Desta forma,
a gravação irá conter os
parâmetros que o utiliza-
dor pretender, manten-
do as legendas em português.
Por outro lado, o utilizador po-
de seleccionar ainda quais os
extras que pretende ver gravados
— embora quantos mais extras
gravar, de mais espaço precisará
para arquivar o seu filme (dois
DVD ou vários CD-ROM).
Por cerca de 30 euros, o uti-
lizador poderá comprar uma fer-
ramenta que lhe permitirá rea-
lizar cópias de segurança dos
seus DVD favoritos (evitando que
estes se estraguem) ou de filmes
familiares. As cópias podem ser
gravadas em CD ou DVD num dos
formatos disponíveis, dependendo
a escolha do formato do resultado
pretendido e da duração dos
vídeos a gravar. Ao visitar http:
//www.magicdvdripper.com/
encontrará uma lista completa
de funcionalidades, extensos fi-
cheiros de ajuda e uma cópia de
demonstração do programa, que
poderá ser usada livremente du-
rante 30 dias. ●
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
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S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4

S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .13
 JOGOS
‘HALO 2’, ‘ THE CHRONICLES OF RIDDICK’, ‘ VIETCONG: PURPLE HAZE’ E ‘MEN OF VALOR’
Grande acção em tons de verde
P
ROMESSA É PROMESSA! Com esta
máxima presente, chegou às
mãos dos jogadores o jogo mais
esperado de sempre para a
consola Xbox, da Microsoft. Fala-
se obviamente de “Halo 2”, o grande jogo
de acção que mostra o que vale a consola
verde. Depois do mega-sucesso de “Halo”,
a espera foi longa mas é recompensadora
— apesar de, oficialmente, os portugue-
ses não poderem aproveitar uma das
sua grandes novidades: uma
diversidade considerável de MIGUEL
modos de jogo “on-line”, atra-
vés do serviço Live, que teima em não
chegar a Portugal (excepto a Olivença…).
Começando pelo fim, “Halo 2” não só
é o melhor jogo de sempre para a Xbox
(independentemente de preferências pes-
soais) como é um dos melhores jogos de
sempre, seja qual for a plataforma. Porquê?
Porque é variado, bem estruturado, con-
cretizado de forma exemplar e viciante
desde o primeiro minuto. E porque não
tem falhas, não há paragens inesperadas,
não tem erros ou “bugs” que prejudiquem
o jogo. Se há jogos a roçar a perfeição,
“Halo 2” é um deles.
Mas um jogo que dura duas dezenas de
horas no modo principal, que deixa água
computadores .14
na boca no final e que apela particular-
mente a um tipo de público e deixa mui-
tos outros jogadores de fora fica a déci-
mas do Euromilhões. Todas as boas carac-
terísticas de “Halo” estão presentes e to-
das elas estão melhores — evolução notá-
vel, mostrando que a Bungie é, definiti-
vamente, uma das melhores produtoras
de jogos do mundo.
“Halo 2” é um jogo de acção futurista,
maioritariamente na primeira pessoa, em
que o jogador encarna Master-
CRESPO chief, o herói dos humanos.
A missão, na continuação da
guerra contra os alienígenas Covenants,
é agora defender a Terra de um ataque
maciço. Para isso, há que matar todos
os inimigos, num esquema sequencial de
missões mas com bastante liberdade. Essa
liberdade é não só de movimentos mas
também de utilização de objectos. Como é
habitual no género, apanha-se as armas
deixadas por amigos — embora também
as possamos tirar das mãos dos colegas
— e inimigos, e a gestão das armas a
carregar (pode sempre usar-se uma em
cada mão) é fundamental.
É que há armas pesadas, fixas (que
podem igualmente ser usadas) e uma gran-
de variedade de veículos, das duas fac-
S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
ções, que podem ser conduzidos. Isto já
não é propriamente novidade, excepto o
poder deixar a condução para um colega e
instalarmo-nos nas armas — mas a possibi-
lidade de roubar veículos e usá-los tem
grande interesse e é muito divertida. Como
o ritmo é sempre frenético, mesmo no mo-
do normal (há dois mais violentos…), a en-
volvência do jogo é constante e facilmente
o jogador se deixa imergir naquele uni-
verso fantástico. A naturalidade com que
todas as funções foram integradas no co-
mando da Xbox é outra mais-valia.
O lado multijogador — o tal que é para
português ver — tem modos a solo e em
equipa, com os mais variados objectivos,
sempre dentro da lógica habitual mas
com “Unreal Championship” a parecer
a inspiração óbvia. Indispensável para
quem tem ou vai ter uma Xbox. Esperemos
é que o “3” não demore tanto tempo…
Mas nem só de “Halo 2” vive a boa acção
na Xbox. Igualmente futurista é o jogo ba-
seado no filme “As Crónicas de Riddick”,
também exclusivo da consola. Além da cu-
riosidade de Joaquim de Almeida ser o
dono de uma das vozes dos personagens,
a par de Vin Diesel, este é um jogo muito
cinematográfico, com excelente ambiente,
gráficos de alta qualidade e missões bas-
tante interessantes. Segue a linha domi-
nante no género, mistura a acção de con-
fronto puro e duro com o “stealth” à Splinter
Cell e é bastante atractivo de jogar — sem
dúvida, um bom complemento ou alter-
nativa a “Halo 2”.
Recuando no tempo, chega-se ao Viet-
name, que parece estar de novo na moda,
agora como cenário favorito para jogos.
De um lado, “Vietcong: Purple Haze”; do
outro, “Men of Valor”. O primeiro apos-
ta numa muito boa construção da am-
biência, com base em imagens e na mú-
sica que estava na moda em 1967. Com
mais acção que táctica, tem missões bem
construídas (duas novas), de aspecto vi-
sual rico e variadas. Visto na primeira
pessoa, é interessante para ir evoluindo
em território inimigo, sendo de lamentar
que os nossos colegas virtuais sejam, às
vezes, um bocadinho burros de mais.
A acção de “Men of Valor” passa-se
dois anos antes e tenta colocar o jogador
em locais e batalhas históricas. Tem
menos missões, é mais pobre em termos
de ambiente e os personagens também
devem algo à inteligência. Tem piada
começar com um frase pacifista, sobre
a inutilidade da guerra, mas é algo
monótono. ●
 JOGOS

dica

Importância da conta
de utilizador Administrador
Quando se instala o Windows XP Home Edition,
no fim da instalação propriamente dita é
pedido para criar um ou mais utilizadores para
além do Administrador. A conta com o nome
Administrador é criada automaticamente
durante a instalação do sistema operativo e,
obviamente, tem “poderes” totais — permitindo
efectuar alterações no computador com
implicações em todo o sistema, incluindo a
instalação de programas e o acesso a todos os
ficheiros do PC (mesmo aos de outras pessoas
que usam a máquina), podendo criar, alterar e
eliminar as contas de outros utilizadores.
Uma importante novidade do Windows XP em
termos de utilizadores é o facto de permitir que
vários utilizadores tenham sessões abertas no
computador ao mesmo tempo, podendo saltar
entre essas sessões sem ter que se fechar os
programas abertos em cada uma delas. É, assim,
possível criar contas de utilizador para todos
os membros de uma família, por exemplo, e
qualquer um deles abrir uma sessão pessoal sem
que isso interfira na sessão de outro que esteja
já a trabalhar.
É aconselhável que todas estas contas
de membros de uma família não sejam
configuradas como “administradores”, isto é, que
sejam configuradas como contas limitadas. Isto
porque, por um lado, isso garante a privacidade
a cada um dos utilizadores (visto uma conta
limitada não dar acesso aos ficheiros dos outros
utilizadores) e, por outro lado, os utilizadores
destas contas estão proibidos de alterar a
maior parte das definições do computador e de
eliminar ficheiros importantes.
Mas, mesmo que um computador não deva
ser utilizado por várias pessoas, é preferível ter
uma segunda conta de utilizador para além
da conta Administrador — mesmo que essa
segunda conta tenha características de conta de
administrador do computador. Se se proceder
desta maneira, diminuem-se as probabilidades
de não se conseguir entrar no sistema.
Passamos a explicar: há várias situações em
que — nomeadamente por via de certo tipo de
ataques de vírus — não se consegue entrar num
computador com uma determinada conta de
utilizador (aquela que foi vítima desses ataques)
mas já se consegue entrar com uma outra conta.
Numa situação destas, pode-se sempre entrar
no computador como Administrador, guardar os
ficheiros importantes da conta com problemas
e apagar de seguida esta conta — criando
depois uma conta totalmente nova para aquele
Título “Halo 2” utilizador.
Estilo Acção 9
/10 Quando se tem pelo menos uma conta para
além da do Administrador, esta só é acessível
Plataforma Xbox
Produtor Microsoft através do Modo de Segurança, não aparecendo
Distribuidor Microsoft no ecrã de boas-vindas do Windows. Aliás,
Edição: Novembro 2004 neste modo só são acessíveis as contas com
características de administração. Para aceder
Título “The Chronicles of ao Modo de Segurança, tem que se carregar
Riddick: Escape 8
/10 na tecla F8 antes de o computador começar a
From Butcher Bay” carregar o Windows, aparecendo então o ecrã
Estilo Acção de boas-vindas onde já é visível a conta do
Plataforma Xbox Administrador (ver imagem). ● JOSÉ DOUTIL
Produtor: Sierra
Distribuidor Infocapital
Edição Novembro 2004

Título “Vietcong: Purple Haze”

Estilo Acção 7
/10
Plataforma Xbox
Produtor Gathering
Distribuidor Infocapital
Edição: Novembro 2004

Título “Men of Valor”

Estilo Acção 6
/10
Plataforma Xbox
Produtor Sierra
Distribuidor Infocapital
Edição Novembro 2004

S E G U N D A - F E I R A . 1 5 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .15
Complete a sua colecção
Para completar a sua colecção TASCHEN pode fazê-lo nas lojas
PÚBLICO de Lisboa - Rua Viriato, 13 ou no Centro Comercial
Colombo e/ ou nas lojas PÚBLICO do Porto, Rua João de Barros,
265, ou no Centro Comercial Norteshopping
37 - Gaudí 38 - Turner 39 - Botero

40 - Klee 41 - Seurat 42 - Klimt 43 - Bruegel 44 - Chagall 45 - O’Keeffe 46 - Kahlo

47 - Dürer 48 - Schiele 49 - Rubens 50 - Rousseau 51 - De Lempicka 52 - Escher 53 - Macke

54 - Hundertwasser 55 - Friedrich 56 - Vieira da Silva 57 - Bacon 58 - Pollock 59 - Duchamp 60 - Grosz

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552