Computadores

SEGUNDA-FEIRA 29 NOVEMBRO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

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A HP e a ‘adaptive PT em tribunal APDSI distingue A CeBIT 2005 De ‘Burnout 3’ a
enterprise’ contra Anacom João Picoito em antevisão ‘Ford Racing 3’
‘Software’ para as empresas Em causa a publicação O CEO da Siemens Ligeiro crescimento num De novo cinco jogos mas,
em constante mudança e da informação sobre as Communications foi eleito cenário de feiras canceladas desta vez, em torno das
com novas necessidades condutas da rede fixa personalidade do ano em todo o mundo quatro rodas e a acelerar
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ANACOM VOLTA A APONTAR FALHAS NA CONCORRÊNCIA

Portugal em banda
(pouco) larga
A
BANDA LARGA CONTINUA a ser
reconhecida pelos operadores
como o grande impulsionador
do crescimento nas teleco-
municações — mas, embora o
discurso seja o mesmo há alguns anos,
a generalização do acesso a ligações de
maior velocidade à Internet continuam a
ser reconhecidas como a “meta” e a “pró-
xima fronteira” ainda não concretizadas.
As várias tecnologias concorrentes para
garantir aos cidadãos maior largura de
banda têm vindo a ser apresentadas, com
o ADSL e o cabo óptico a revelarem maior
potencial, mas a adesão efectiva e os
objectivos quanto a utilizadores e a lares corrência, até porque a banda larga com
ligados teimam em não ser cumpridos.
Ainda neste mês, a Unidade de Missão
Inovação e Conhecimento (UMIC) apre-
sentou um novo estudo sobre a utilização
da Internet nos agregados familiares,
onde se revelava um crescimento anual
de 40 por cento — calculando-se que 43
por cento dos lares possuía já
uma ligação à Net. Embora FÁTIMA CAÇADOR
com uma taxa de cresci- / Casa dos Bits
mento mais elevada (de 90
por cento), a ligação em banda larga
corresponde apenas a 19 por cento dos
lares, um número baixo se pensarmos que
o objectivo é concretizar uma penetração
em 50 por cento dos lares até 2005.
Diogo Vasconcelos, gestor da UMIC,
teima, porém, em manter as metas defi-
nidas na Iniciativa da Banda Larga. “Os
objectivos são mobilizadores e não incre-
mentais”, corrige o gestor da UMIC. “Só
faz sentido haver políticas públicas se
houver efectiva mobilização do mercado”,
reforça Diogo Vasconcelos, lembrando que
o Governo tem em curso uma série de ini-
ciativas que visam promover a utilização
dos acessos por banda larga e avançando
que, no próximo ano, será lançada uma
campanha de promoção da Internet sob
o ponto de vista da utilidade e não da
tecnologia.
O gestor não deixa de reconhecer que,
para alcançar os objectivos, é imprescin-
dível garantir maiores condições de con-
preços efectivamente concorrenciais só
está disponível nos meios urbanos.
É, de facto, este retrato de ligações
muito centradas no litoral e nos centros
urbanos que os mapas da distribuição geo-
gráfica da disponibilidade de serviços de
banda larga revelam (ver na pág. 2). As
diferentes tecnologias de banda
larga que chegam aos cidadãos
e às empresas — embora estas
tenham acesso a outras formas
de ligação mais rápidas mas com modelos
de negócio exclusivamente empresariais,
como é o caso da fibra óptica e das linhas
dedicadas — sobrepõem-se geografica-
mente e mesmo o cruzamento do ADSL,
do cabo e das telecomunicações móveis de
terceira geração (3G) acaba por ser quase
sempre nas mesmas zonas do ➜

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➜ território. São os locais onde
há maiores densidades populacionais
e onde a rendibilidade do investimento
é mais elevada. E por isso se mantêm
em branco as zonas do interior e as
regiões mais afastadas das capitais
de distrito.
Depois dos adiamentos impostos
pela estabilização da tecnologia e pela
disponibilidade de equipamentos, os
três operadores móveis lançaram no
primeiro semestre as suas ofertas de
3G (baseada na norma UMTS). Com
esta tecnologia, alarga-se o potencial
de tornar mais móveis as ligações em
banda larga mas espera-se uma pro-
gressão lenta da migração dos utili-
zadores do GSM para o 3G. Quanto à
cobertura do território, são igualmente
as zonas litorais e as capitais de dis-
trito as privilegiadas, mas os objectivos,
até ao final do primeiro semestre de
2005, passam por chegar a mais de 60
por cento da população.
Mesmo as tecnologias “wireless” de
maior débito e menores necessidades de
investimento, como o Wi-Fi, se concen-
tram ainda em zonas onde o potencial
de utilização é mais elevado, identificado
entre utilizadores profissionais e estudan-
tes, não contribuindo para a verdadeira
“massificação” do acesso à tecnologia.
Note-se ainda que é necessário
reconhecer que a precisão dos mapas
apresentados é algo falaciosa. Numa
escala como a apresentada, é mais
fácil fazer uma projecção positiva, para
além do que alguns limites da tecnolo-
gia impõem. É o caso do ADSL, onde,
nalgumas zonas onde se refere a exis-
tência de cobertura, parte das linhas
não suportarem a tecnologia.
Para as regiões mais remotas, o pro-
jecto de redes comunitárias, liderado
pela UMIC, apresenta-se como uma
esperança para mudar a realidade
instituída — onde o potencial de ren-
dibilidade é reduzido e não justifica o
investimento dos operadores, a garantia
da criação de uma infra-estrutura de
banda larga através de investimento
público directo, da partilha de redes
de domínio público ou de parcerias
público-privadas.
Perante o cenário, o grupo PT
mostra uma atitude de segurança com
base nos investimento de infra-estru-
turação realizados, tendo Miguel Horta
e Costa apresentado, no Congresso da
APDC, um retrato onde destacava a
posição de Portugal entre os países
mais evoluídos da Europa a nível de
telecomunicações.
Cabo
Mais dependente da infra-estrutura instalada pelos operadores, na rede de cabo existe uma
dualidade significativa entre a TV Cabo (do grupo PT) e a Cabovisão, embora outros operadores
de menor âmbito geográfico mantenham também ofertas de acesso à Internet através desta
tecnologia. O primeiro mapa, da Anacom, ilustra este contraste. A Cabovisão (a que se referem os
dois mapas seguintes) acaba por ser o maior operador de rede de banda larga fora do grupo PT,
sendo igualmente inovadora nos pacotes de oferta (que conjugam TV, telefone fixo e Internet)
e nas respectivas velocidades de acesso. A Bragatel dispõe de uma oferta agressiva idêntica á da
Cabovisão mas apenas nos concelhos de Braga, Barcelos e Esposende.
computadores .2
Cobertura de ADSL
pela PT
Fonte: PT Comunicações
Mas a opinião não é partilhada pelos
responsáveis da Oni e da Novis, que
demonstram inquietação com a evolu-
ção das condições de mercado na banda
larga. “A Oni está preocupada com o
caminho seguido no passado mais ou
menos recente e que conduziu a que,
no último trimestre, Portugal tivesse
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
perdido dois lugares no ‘ranking’ e
tivesse passado a ser o terceiro país
da União Europeia [a 15] com a mais
baixa taxa de penetração de banda
larga (pouco superior a 6 acessos por
100 habitantes), com base em dados da
ECTA-European Competitive Telecom-
munications Association”, refere fonte
oficial da empresa liderada por Pedro
Norton de Matos.
Já Pedro Carlos, da Novis, lembra
a Computadores que, se “se olhar para
trás, para o que se passou em 2004,
vamos ficar um pouco desiludidos ao
constatar a regressão que vivemos
no sector: a lamentável situação
de monopólio que se viveu permitiu
que o incumbente voltasse às ofertas
de 256 Kbps quando, por pressão dos
novos operadores, já estávamos nos
512 Kbps”.
A corroborar os protestos dos ope-
radores face às dificuldades enfrenta-
das, a Anacom publicou, no final da
semana passada, uma consulta pública
para avaliação do mercado grossista
de acesso por banda larga. Segundo o
regulador, pretende-se proceder à defi-
nição e análise da concorrência nestes
mercados, declarando as empresas com
poder de mercado significativo e deter-
minar as obrigações regulamentares
adequadas. Em conjunto com estas
consultas, a Anacom publicou já um
sentido provável de decisão, onde numa
exaustiva análise ao mercado grossista
e retalhista aponta as falhas e as bar-
reiras ao seu desenvolvimento.
ADSL
O uso da tecnologia de ligação à Internet
baseada na rede de cobre tem-se mantido
bastante dependente da oferta grossista
da PT Comunicações e só com a crescente
abertura do lacete local os novos operadores
têm lançado produtos mais inovadores em
termos de preços e velocidades — como é
o caso do OniDuo e da oferta Clix-Novis, que
vão até aos 8 Mbps. A PT Comunicações tem
continuado progressivamente a alargar o
número de centrais onde garante ligações
por ADSL, tendo atingido neste mês todas as
centrais dos 308 concelhos do país. Segundo
dados da operadora, 96 por cento dos
clientes de rede fixa dispõem já de condições
para aderir aos acessos por ADSL, devendo
os restantes 4 por cento estar cobertos no
decorrer do próximo ano.
Traçando um cenário onde a con-
centração é elevada e onde as quotas
de mercado do grupo PT indiciam uma
falta de concorrência efectiva, a Anacom
sublinha que as obrigações grossistas
impostas ao operador histórico não
parecem ter atingido os objectivos de
melhorar a capacidade concorrencial.
Os operadores foram previamente
consultados pelo regulador no sentido
de avaliar a sua apreciação das bar-
reiras ao mercado, notando-se que,
enquanto o grupo PT considera não
existirem barreiras significativas à
expansão da oferta por parte de outras
empresas, a OniTelecom e a Sonaecom
apresentam contestações a nível das
economias de escala, das dificuldades
do processo de migração de serviços
e de replicação das infra-estruturas
instaladas pelo operador histórico (ver
notícia na pág. 7).
A Anacom conclui que o grupo PT
detém um “poder de mercado signifi-
cativo”, impondo a este operador uma
série de obrigações no acesso e utili-
zação dos recursos de rede, transpa-
rência na publicação de informações,
não discriminação da oferta de acesso,
separação de contas de actividades
específicas e controlo de preços e
contabilização de custos. Além disso,
a Anacom lançou ainda uma consulta
em relação à desagregação do lacete
local, também sustentada num sen-
tido provável de decisão. As mesmas
conclusões, por razões semelhantes,
são apontadas neste relatório, onde
se definem igualmente obrigações a
impor ao grupo PT por este deter um
“poder de mercado significativo”.
A desagregação do lacete local é um
processo que decorre em toda a Europa
e pretende garantir aos novos opera-
dores o acesso às redes fixas instala-
das e detidas, durante décadas, pelos
operadores históricos. Em Portugal, a
abertura das centrais e das linhas dos
clientes a outros operadores tem sido
um processo moroso e polémico. A PT
garante ter 1600 centrais desagregadas,
um número não contestado pelo regu-
lador (Anacom) mas a fracção destas
centrais a que os novos operadores já
chegaram não ultrapassa a centena.
O novo Presidente da Anacom pre-
nunciou já, para breve, intervenções
ao nível de preços, reconhecendo que,
no lacete local, os preços se situavam
acima da média europeia. E as promes-
sas de Paulo Azevedo, da Sonaecom,
e de Pedro Norton de Matos, da Oni,
vão para a duplicação do número de
centrais onde oferecem serviços de
acesso directo para o próximo ano,
alargando desta forma o potencial de
concorrência na voz mas também na
banda larga por rede fixa, com veloci-
dades e preços que se distanciam dos
espartilhos impostos pela PT Comuni-
cações na sua oferta grossista. ●
 UMA FERRAMENTA RENOVADA PARA RECUPERAR OS DADOS NAS EMPRESAS

Symantec lançou LiveState Recovery

N
OVAS SOLUÇÕES PARA TORNAR mais seguros os instaladas em 180 países. O objectivo é detectar sinais mais rápidas e fiáveis, bem como aumentar a segurança
sistemas informáticos das empresas foram de possíveis ataques e, desta forma, ajudar os clientes do processo de migração ou eliminação de dados.
apresentadas, na semana passada, pela a protegerem-se de tais ataques. Por fim, a Symantec apresentou a versão 11.5 do
Symantec. Esta empresa norte-americana, Entretanto, a Symantec lançou também a Client pcAnywhere, um programa para controlo remoto de com-
especializada em segurança informática e Migration 3.0, uma solução que permite reduzir os custos putadores destinado a pequenas ou médias empresas
utilitários para computadores pessoas, lançou, entre e o tempo de indisponibilidade associado a migrações ou mesmo a profissionais liberais. Com o pcAnywhere
outras soluções, a nova versão do LiveState Recovery, nos PC. Com uma interface semelhante à da Web, os 11.5, os utilizadores de sistemas baseados em Windows,
que permite efectuar a restauração utilizadores podem efectuar a migração Windows Pocket PC, Pocket PC Phone Edition ou em
completa de dados. “As empresas ISABEL GORJÃO SANTOS dos dados e das aplicações de forma Linux podem gerir remotamente uma vasta gama de dis-
necessitam de ‘software’ que permita simples, utilizando-se também um positivos a partir de uma única interface de gestão.
gerir os sistemas e que dê garantias de segurança de processo de codificação na transferência de dados que No ano fiscal de 2004, que terminou no passado
forma consistente, possibilitando a rápida recuperação torna seguro todo o processo de transporte. dia 31 de Março, a Symantec facturou 1870 milhões
de dados e do próprio sistema em caso de desastre”, A Symantec Ghost Solution Suite, por sua vez, é uma de dólares. Em Portugal, grande parte dos clientes
considerou Thomas Groehl, director de “marketing” da nova solução para migração de dados que integra, para da Symantec (40 por cento) são pequenas e médias
Symantec para a região da Europa, Médio Oriente e além da Client Migration, a Ghost Corporate Edition e empresas. Os restantes 60 por cento dividem-se, em
África (EMEA), que esteve presente na apresentação em a DeployCenter Library. Esta solução será lançada em idêntica percentagem, pelas grandes empresas e pelos
Lisboa das novas soluções. breve e pretende tornar as actualizações dos sistemas utilizadores individuais. ●
A nova versão do Symantec LiveState Recovery
permite repor todo o sistema operativo, as aplicações
e os dados guardados num computador usando os
recursos de armazenamento de dados e a memória
existentes — isto sem que seja necessária uma confi-
guração especial do disco e minimizando o tempo de
indisponibilidade do sistema.
O Symantec LiveState Recovery — antes conhecido
por Symantec V2i Protector — integra três diferentes
edições, nomeadamente a Advanced Server 3.0, a Stan-
dard Server 3.0 e a Recovery Desktop 3.0. Destinados
a servidores ou computadores de secretária que corram
uma das diversas versões do sistema operativo Windows,
estes produtos possibilitam a recuperação rápida das
informações cruciais. Para além disso, este “software”
analisa também o estado de funcionamento do compu-
tador ou do servidor, o que inclui o sistema operativo,
as aplicações e, claro, os próprios dados.
Os produtos Symantec LiveState Recovery irão
também suportar o servidor de protecção de dados
da Microsoft, o Data Protection Server (DPS), cujo
lançamento está previsto para o segundo semestre
de 2005. O objectivo é aumentar a disponibilidade
do sistema e dos dados, possibilitando a recuperação
rápida dos dados em caso de acidente. “A combinação
da família de produtos Symantec LiveState Recovery
com o Microsoft DPS pretende fornecer às empresas
de várias dimensões cópias de segurança e recupera-
ção baseadas em disco para a protecção dos sistemas
e dados empresariais”, explicam os responsáveis da
Symantec em comunicado. Jim Herbert, respon-
sável pela Windows Server Division da Microsoft,
salientou também que “a combinação das soluções
LiveState Recovery com o DPS permitirá proteger
os dados cruciais e assegurar a recuperação rápida
de sistemas completos com o mínimo de impacto na
organização”.
Miguel Castro Fernandes, director-geral da Symantec
em Portugal, explicou que a empresa possui seis centros
a receberem permanentemente dados de monitorização
da Internet, os quais são captados por 20 mil “sondas”

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 da.net
Compradores valorizam informação
‘on-line’ sobre automóveis…
A facilidade com que se encontra informação na
Internet sobre automóveis e respectivos preços, e
ainda os configuradores de opções para veículos com
cálculo de custos é valorizada pelos compradores
de automóveis — indica um estudo da empresa
consultora Capgemini. Metade dos consumidores
que responderam a um inquérito da Capgemini
afirmaram que estariam mais predispostos a efectuar
a compra de uma marca que pusesse à sua disposição
na Internet aquele tipo de ferramentas. A consultora
defende, assim, que uma estratégia de forte aposta
na Internet pode ter impacte apreciável nas decisões
de compra dos consumidores, aumentar a captação
de oportunidades de negócio e potenciar as vendas.
O inquérito foi efectuado junto de consumidores,
concessionários e fabricantes no Canadá, EUA, Reino
Unido, Alemanha, França, Suécia, Itália e, pela primeira
vez, na República Popular da China. ●
… e mostram grande fidelidade
às marcas
O estudo da Capgemini, intitulado “Cars Online 2004/
05”, revela que metade dos consumidores admitem
optar pela mesma marca que já possuem e 40 por
cento privilegiaria a compra no mesmo concessionário,
sendo maior a fidelização à marca entre os
proprietários de veículos da BMW, Volvo Toyota,
Honda e Mercedes. O estudo conclui que há grandes
diferenças entre os compradores de automóveis e
refere que os factores que mais influenciam as opções
de compra são o preço, o consumo de combustível,
a qualidade de construção e o serviço pós-venda,
sendo também importantes factores como os juros
praticados para a compra a crédito. A Capgemini
assinala que o serviço de pós-venda e de assistência
representa uma oportunidade importante mas pouco
usada para ganhar novos clientes e construir uma
fidelização à marca. O estudo, feito pela primeira
vez na China, indica que os compradores do maior
mercado do mundo em número de consumidores
preferem adquirir automóveis novos a usados mas são
muito menos fiéis às marcas ou aos concessionários
do que os seus congéneres ocidentais. ●
Pombal inaugura hoje portal
na Internet
O novo portal do Município de Pombal vai ser
lançado oficialmente hoje, em cerimónia no grande
auditório do Teatro-Cine local. Para a cerimónia
foram convidados Pedro Martins, gestor do Eixo
II do Programa Operacional para a Sociedade da
Informação (POSI), o ministro da Administração Local,
José Luís Arnaut, e outros membros do Governo,
deputados do distrito de Leiria à Assembleia
da República, representantes da Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro,
o governador civil e presidentes de câmara do distrito,
a Associação Nacional de Municípios Portugueses,
e os deputados à Assembleia Municipal de Pombal.
O lançamento deste portal municipal — “o primeiro
do país com serviços ‘on-line’ de última geração”,
conforme apontam os seus impulsionadores, citados
pela Lusa — contará ainda com a presença de outros
responsáveis pelo POSI, para além de técnicos de
todas as Regiões Digitais do país e de gabinetes de
obras particulares, associações, escolas e presidentes
de juntas de freguesia do concelho de Pombal. Assim,
a partir de hoje (dia 29 de Novembro), o novo portal
estará completamente disponível para prestar os mais
diversos serviços camarários através da Web. ●
computadores .4
APDSI DISTINGUIU CEO DA SIEMENS COMMUNICATIONS PORTUGAL
João Picoito é
personalidade do ano na
sociedade da informação
J
OÃO PICOITO, de 40 anos,
membro da comissão execu-
tiva da Siemens Portugal e
“chief executive officer” (CEO)
do grupo Siemens Communi-
cations Portugal, foi distinguido pela
Associação Portuguesa para o Desen-
volvimento da Sociedade da Infor-
mação (APDSI) como personalidade
do ano na sociedade da informação
— nomeação celebrada durante
uma cerimónia realizada na passada
quinta-feira, em Lisboa.
O principal responsável da Sie-
mens Communications Portugal
foi assim distinguido devido a “um
percurso profissional que tem vindo
a contribuir para a prossecução dos
objectivos da APDSI, nomeadamente
no que se refere à promoção e à dina-
mização de projectos de utilidade
pública no âmbito da sociedade de
informação”, explicam os responsáveis
desta associação em comunicado sobre
a atribuição do prémio.
“Não há desenvolvimento sem ino-
vação, não há inovação sem tecnologia,
não há tecnologia sem engenheiros
e não há engenheiros sem uma forte
educação científica” — lembrou João
Picoito ao receber o prémio, após
agradecer o galardão à APDSI e às
pessoas e entidades
que o têm “ajudado a ISABEL GORJÃO SANTOS
tornar possível e con-
cretizar uma ideia de há alguns anos”.
Do projecto referido fazem parte os dois titui um factor decisivo para a fixação
centros de inovação em alta tecnologia, em Portugal de investimentos para
de nível mundial, da Siemens Portugal,
que foram criados por João Picoito e
pela sua equipa de gestão.
O responsável da Siemens refe-
riu-se também às principais questões
relacionadas com a sociedade da infor-
mação em Portugal. Considerou que “o
projecto da banda larga é um desafio
FLEETDATA DISPONIBILIZA EM PORTUGAL ‘SOFT WARE’ DA MOTORCONSULT
Maintbook para melhor gerir frotas
A
EMPRESA PORTUGUESA
FleetData anunciou, na
semana passada, que
passará a disponibilizar,
em Portugal, a aplicação
para gestão da manutenção de frotas
automóveis Maintbook, desenvolvida
pela editora britânica Motorconsult.
Luís Frazão, director do grupo Fle-
etAudit, adiantou que o “software”
foi adaptado para Portugal a partir
de informação recolhida junto de
marcas e importadores, concessio-
nários e outras empresas ligadas ao
sector automóvel.
O grupo FleetAudit engloba a
consultora FleetAudit, a FleetData,
empresa de fornecimento de dados,
e a FleetLink, empresa de serviços
relacionados com a Internet. O director
do grupo FleetAudit salientou ainda
que o Maintbook permite calcular, de
forma precisa, os custos de manuten-
ção de uma frota de viaturas ligeiras
em função do tipo de utilização.
Luís Frazão explicou ainda que
este “software” permite calcular os
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
para o país, sendo determinante para a
construção de uma economia baseada
no conhecimento” e que “o Portal do
Cidadão é um projecto agregador de
um vasto conjunto de serviços presta-
dos pela administração central e por
outras entidades, com óbvias vanta-
gens para todos os intervenientes”.
Outro dos aspectos que o responsá-
vel da Siemens considerou importante
está relacionado com
a cooperação entre as
universidades e as
empresas de tecnologia, a qual “cons-
criação de um ‘cluster hight tech’”.
José Dias Coelho, presidente da
APDSI, referiu que os critérios que
levaram à escolha de João Picoito como
personalidade do ano na sociedade da
informação “passaram pela análise do
contributo dado ao longo do tempo”,
sendo o responsável da Siemens “uma
custos de manutenção para diversos
tipos de viaturas ligeiras e comparar
custos de manutenção previsíveis para
dois ou mais modelos — factor impor-
tante nas opções de compra de viatu-
ras por parte de empresas que gerem
grandes frotas. Os cálculos de custos
de manutenção prováveis são feitos
com base nos planos de manutenção
definidos pelas marcas, estimativas de
desgaste de componentes e probabili-
dade de avarias.
O director da FleetData afirmou
que, em função do número de quiló-
metros que a empresa espera que a
viatura percorra num ano, o “software”
permite estimar o custo anual e o custo
por quilómetro da manutenção, e
ainda desagregar os factores que expli-
cam esse custo. Adiantou ainda que a
FleetData garante a actualização dos
factores de custo em função da evolu-
ção dos preços do mercado, podendo os
clientes do Maintbook actualizar essa
informação pela Internet (através de
uma palavra-passe) ou receber um CD
com a actualização.
figura incontornável no panorama da
sociedade da informação em Portugal”.
Licenciado em Engenharia Elec-
trotécnica e de Computadores pelo
Instituto Superior Técnico (IST) da
Universidade Técnica de Lisboa, João
Picoito concluiu posteriormente o
Advanced General Management Pro-
gram da European School of Mana-
gement and Technologies, em Berlim
(Alemanha). Para além de CEO da
Siemens Communications Portugal,
João Picoito é ainda membro do
conselho estratégico da Associação
Portuguesa para o Desenvolvimento
das Comunicações (APDC), vice-pre-
sidente da mesa da assembleia geral
da Associação Nacional das Empre-
sas das Tecnologias de Informação
e Electrónica (ANETIE), membro
do conselho consultivo da APDSI e
fundador da Associação Portuguesa
para o Desenvolvimento da Teleme-
dicina (ADT). ●
Luís Frazão assinalou que cada
empresa pode parametrizar o seu
“software” por forma a incluir acordos
de desconto do preço da mão-de-obra,
de peças ou de pneus, por exemplo,
podendo utilizar-se também um
histórico da empresa para essa para-
metrização. Stephen Dilley, director
da Motorconsult — a empresa que
desenvolveu a aplicação informática
apresentada —, afirmou que a versão
3 do Maintbook saiu neste ano, sendo
este “software” usado por mais de 80
por cento do mercado de “leasing” auto-
móvel britânico.
O Maintbook é utilizado no Reino
Unido, na Irlanda e na Austrália. As
empresas que o adoptaram gerem
aproximadamente 1 milhão de viatu-
ras ligeiras. Rui Nascimento, director
do grupo, assinalou que a empresa
FleetAudit foi criada em Abril de
2003, tendo facturado 150 mil euros
no ano passado e atingido resultados
equilibrados no final de 2003. O grupo
prevê facturar meio milhão de euros
em 2004. ●
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .5
 virose
‘Hackers’ exploram a falha Iframe
Na semana que passou, foi detectado um ataque generalizado a
sítios da Web na Europa, desencadeado por “hackers” que usam
anúncios do tipo “banner” para reencaminhar os utilizadores
para “sites” que descarregam código mal-intencionado para os
computadores das suas vítimas. Esta técnica — de incluir código
mal-intencionado em “banners” distribuídos por centenas de sítios
da Web — permite aos “hackers” aumentar grandemente o número
de potenciais vítimas dos seus ataques.
Um dos sítios afectados por este ataque foi o The Register, um “site”
de notícias tecnológicas, que identificou como origem do ataque o
seu fornecedor de serviços publicitários. Os “banners” espalhavam
uma forma de exploração da falha Iframe do Internet Explorer, da
Microsoft, à imagem do que se verifica com o “worm” Bofra (ou
MyDoom), de que demos conta na Virose de há duas semanas.
Através da exploração desta falha, os intrusos poderiam instalar
algo como 8 MB de código no computador de um utilizador, entre
vírus, “cavalos de Tróia”,“scripts” ou programas de “dial” para sítios
pornográficos, de “spyware” ou “adware”. Também nos EUA, em sítios
como o de um conhecido estúdio cinematográfico de Hollywood,
foram detectadas ocorrências deste ataque.
Como já antes dissemos, a falha Iframe só não afecta o Windows
XP já com o Service Pack 2. No entanto, já terá sido tornado público
código que permite explorar a falha também nesta versão do
Windows.
Como a Microsoft ainda não desenvolveu nenhum “patch” para
esta falha, muitos especilistas de segurança sugerem que, até que
este surja, os utilizadores usem outro programa para navegar na
Internet.
Inzae simula jogo
Também no princípio da semana, foi detectado um novo tipo
de “worm” de distribuição em massa por E-mail, que, dado o
seu carácter destrutivo, pode vir a representar algum perigo
importante. Este novo “worm” foi denominado Inzae, Anzae ou
Tasin e, só na primeira semana da sua existência, registou três
variantes.
O Inzae é propagado através de mensagens escritas em
castelhano, com assuntos e textos muito variáveis, seleccionados
aleatoriamente de uma lista de opções. Alguns exemplos de
computadores .6
OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 29
W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/
Beko.a@MM, VBS/Gaggle@MM, W97M/
Bablas.aj, VBS/Valentin@MM, VBS/San@M,
assunto são: WM/MDMA.C;D;H
“re:Crees
que Dia 30
puede WM/MDMA.C;D;H, FHD.A, VBS/Loveletter.ar,
ser AOS.A, W97M/Jackal.A, XM/Laroux.IC, VBS/
verdad?” Gaggle@MM, X97M/Anis, W32/Urick@MM,
ou “re: Tribute.A;B, W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
Amor X97M/Clonar, VBS/Terrosist.ow, W97M/Fifteen.a
verdadero
(True love)”. Dia 1
Os textos VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae, W97M/Kolop,
correspondentes W97M/Ekiam, W97M/Alamat, W32/PetLil@MM,
a estes WM/BADBOY.A;B;C, Tribute.A;B, Acid.A (intended),
assuntos são, WM/CVCK1.B;E, W97M/Change.A, W97M/Jany.a,
respectivamente: X97M/Hopper.r, VBS/Bhong, WM/Theatre.A,
“Crees en el amor W97M/Tarap, VBS/LoveLetter.bi, VBS/Count,
de verdad?,miralo y W97M/Bablas.aj, JS/Gigger.a@MM, W97M/Shore.p
ya hablamos,ciaooo”
e “Mira lo que te mando y ya verás que los detalles mas pequeños Dia 2
son los que importan,ciaoo”. VBS/Baracu.A@mm, W97M/Jany.a, WM/
Os ficheiros anexos que contêm o “worm” podem ter um dos
Helper.C;D;E, WM/Alliance.A, Flip, W97M/
seguintes nomes: D-Incógnito.zip, EL_rechazo.zip, Love-Me.zip,
Alamat, W97M/Trugbar.a, VBS/Aqui
Moon(Luna).zip, My life(Mi vida).zip, Para-Brisas.zip, Planetario.zip,
Psíquico-Mix.zip, Rimaz.zip ou Voodoo!.zip.
Dia 3
Uma importante característica do Inzae é que, quando é excutado,
VBS/Aqui, W97M/Alamat, WM/Eraser.A:Tw,
faz aparecer uma sequência de janelas que sugere tratar-se de
WM/HELPER.F;G;H
uma espécie de jogo. A primeira tem o título “ Wolas” e o texto
“Pulse aceptar para seguir...” Seguem-se outras duas com os títulos
Dia 4
“Intro” e “Final”. Esta última tem o texto “Ya casi estamos listos para
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E, W97M/
empezar si ustd lo está pulse aceptar...”
Seguem-se duas janelas de alarme com os títulos “Te jodes y cayao” Alamat, VBS/Aqui
e “Y toma y dale y mas de lo mismo xDDD”. No final, aparece uma
janela de fundo branco com o texto “Pulse CONTROL + 0 + 8 + N + Dia 5
6 PARA PASAR VER LAS FOTOS SIGUIENTES...” VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Irvine@MM, VBS/
O “worm” está programado para apagar do computador Alphae, W32/Winur.worm.a, W32/Winur.worm.b,
infectado ficheiros com qualquer das seguintes extensões: .asm, W97M/Alamat, X97M/Anis, W32/Urick@MM,
.asp, .bdsproj, .bmp, .c, .cpp, .cs, .csproj, .css, .doc, .dpr, .frm, .gif, .h, W32/Supova.d.worm, W32/Supova.e.worm,
.htm, .html, .iso, .jpeg, .jpg, .mdb, .mp3, .nfm, .nrg, .pas, .pcx, .pdf, W32/Supova.f.worm, X97M/Hopper.r, W97M/
.php, .ppt, .rar, .rc, .rc2, .reg, .resx, .rpt, .sln, .txt, .vb, .vbp, .vbproj, Jackal.A, WM/Eraser.A:Tw, WM/HELPER.F;G;H,
.wav e .xls. ● JOSÉ DOUTIL AOS.A, VBS/Count, JS/Gigger.a@MM
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
 PROPOSTA DA AUTORIDADE REGULADORA CONTESTADA NOS TRIBUNAIS
PT resiste à cessão dos
dados sobre a sua rede
A
PORTUGAL TELECOM
(PT) requereu em
tribunal a anula-
ção da proposta da
autoridade regula-
dora Anacom no que respeita
ao acesso à informação sobre as
suas condutas e infra-estrutura
da rede fixa de telecomunicações,
num processo judicial que ainda
está a decorrer nos tribunais.
“Condutas” são, para a Anacom,
os “tubos ou conjuntos de tubos,
geralmente subterrâneos, ou
dispostos ao longo de vias de
comunicação, que suportam,
acondicionam e protegem outros
tubos (subcondutas) ou cabos de
comunicações electrónicas”.
Uma providência cautelar
— deferida a 15 de Novembro
pela juíza Ana Palma no Tribunal
Administrativo e Fiscal de Lisboa
— visa a anulação da deliberação
de 17 de Julho da Anacom sobre
a oferta de acesso às condutas
da PT, onde se pede que o órgão
regulador seja “condenado ao
restabelecimento da situação que
existiria se o acto” da deliberação
“não tivesse sido praticado”.
“É só um anúncio, o tribunal
não suspendeu nada e chama as
partes interessadas” a pronun-
ciarem-se — especifica Fátima
Botelho, responsável do departa-
mento de Comunicação e Imagem
da Anacom, lembrando também
que o processo se encontra em
segredo de justiça.
O tribunal propõe a audição
dos operadores interessados no
assunto — curiosamente, num
outro anúncio
sem data precisa PEDRO
(apenas “11.2004”)
— mas onde são dados cinco dias
para a constituição desses interes-
sados. Este documento propõe “a
suspensão jurisdicional das obri-
gações constantes” da deliberação
de Julho, nomeadamente de a PT
fazer à autoridade reguladora
uma “descrição do espaço em con-
dutas e infra-estrutura associada”
e a sua identificação pela PT, que
deveria ainda, “numa óptica de
transparência e disponibilização
de informação às entidades bene-
ficiárias, [...] proceder à constru-
ção, manutenção e actualização
de uma base de dados que dis-
ponibilize informação descritiva
das condutas e infra-estrutura
associada”.
“Os dados sobre a rede são
conhecidos da Anacom e dos con-
correntes”, argumenta o gabinete
de comunicação da PT, até porque
“a proposta de oferta grossista
inclui a divulgação desses dados”
à concorrência. Esta operadora
afirma que vai “cumprir a deli-
beração porque ela está em vigor”
— para não incorrer em crime de
desobediência—mas,pornãocon-
cordar com ela, tenta impugná-la
em tribunal, lembrando que
entidades como a Novis fizeram o
mesmo. Se a decisão for favorável
à PT, a empresa admite pedir res-
sarcimento, porque “vão ter de se
assumir responsabilidades”.
A hiena e a avestruz
O conhecimento das infra-estruturas de
telecomunicações visa agilizar a acção
dos operadores concorrentes, que, desde
o processo de liberalização do sector,
deveriam ter acesso a esses dados.
O seu desconhecimento provoca
situações como a de um cliente que,
A deliberação da de infra-estruturas [e] perto da Ericeira, por exemplo, pretende
Anacom surgiu no sen- a exigência de preços ter uma ligação de ADSL e pesquisa
tido da Lei das Comu- excessivos e de condi- pelo seu número telefónico no sítio da
nicações Electrónicas ções que poderão ser Web dos concorrentes da PT e descobre
(5/2004), onde se refere consideradas discrimi- que o serviço não está disponível. Mas,
que “a concessionária natórias”. se fizer essa pesquisa no endereço
do serviço público de No relatório, a da Telepac na Web, é~lhe dito que o
telecomunicações [a PT] Anacom divulgava serviço está acessível — sendo um dos
deve disponibilizar, por que a Autoridade da desenlaces prováveis que o cliente
acordo e com remune- Concorrência aplau- adquira um dos pacotes propostos pela
ração, às empresas que dia a regulamentação Telepac ou pelo Sapo para descobrir,
oferecem redes e ser- proposta de acesso às demasiado tarde, que afinal a central
viços de comunicações condutas, enquanto a da zona não está realmente a fornecer
electrónicas acessíveis PT argumentava com a o serviço dito disponível; o processo
ao público o acesso a legislação comunitária de devolução desse pacote arrasta-se
condutas, postes, outras revelando que a Lei 5/ durante semanas, em que a PT mantém
instalações e locais de 2004 infringe directivas o dinheiro na sua conta.
que seja proprietária ou comunitárias quando O caso em que se baseia este exemplo
cuja gestão lhe incumba, obriga a [PT Comuni- verificou-se ainda há umas semanas. Mas,
para instalação e manu- cações] a disponibilizar nos últimos dias, a PT anunciou que tinha
tenção dos seus sistemas, uma oferta de acesso 96 por cento das linhas preparadas para
equipamentos e demais às suas instalações, em oferecer acesso em banda larga, embora o
recursos”. condições determinadas anúncio não signifique a disponibilidade
No entanto, a lei pela Anacom e orienta- na mesma proporção nas centrais
necessita de ser regu- das para os custos. telefónicas ou nos espaços concelhios
lamentada em vários A Anacom mos- (Ver artigo de abertura desta edição).
aspectos, nomeadamente trava-se a favor do O gabinete de comunicação da PT
neste, salientou Fátima quadro legal, lembrando esclarece que a situação de diferença nos
Botelho. O próprio Minis- que a alienação da rede resultados obtidos é culpa dos operadores
tério das Obras Públicas, básica de telecomunica- alternativos.“Das 1600 centrais com acesso
Transportes e Comunicações, pelo evitando quer a duplicação ine- ções à PT garantiu “de forma ine- aberto aos concorrentes e preparadas
assessor de imprensa António ficiente de infra-estruturas, quívoca o acesso às condutas” às para a ‘last mile’ [a ligação directa à casa do
Marques, considera que se trata quer os inconvenientes para entidades que oferecem redes ou utilizador] apenas 60 estão a ser usadas”.
de “matérias complexas” e que os cidadãos e actividades eco- serviços de comunicações electró- Estes defendem que esta abertura não é
cabe à Anacom definir as priori- nómicas devidos à realização nicas acessíveis ao público mas a tão fácil na prática como o afirma a PT e,
dades para a regulamentação. frequente e extensa de obras no operadora alegou que “a obrigação anualmente, as queixas são patentes nos
O regulador lançou uma con- solo e subsolo, com consequentes de proporcionar o acesso às con- conclaves dedicados às telecomunicações
sulta pública em 29 de Abril sobre perturbações ao nível do tráfego dutas só pode ser imposta” a ope- — como o da APDC, que decorreu no
o acesso às condutas da PT, sendo e do planeamento do território, radores previamente designados início do mês em Lisboa).
a deliberação tomada a 17 de Julho além das repercussões de ordem como tendo posição dominante no Pedro Norton de Matos, da Oni, salientou
e entretanto questionada pela PT ambiental daí decorrentes”. mercado. então que “há 17 meses que não se faz
em tribunal — mesmo quando o O regulador afirmava ter A autoridade reguladora nada” no acesso ao lacete local”, o último
próprio contrato de concessão do “recebido reclamações de opera- anunciou, na passada semana, segmento da rede que dá acesso directo
serviço público de dores de redes telefónicas fixas e consultas públicas sobre mercados aos clientes e está na posse da PT.“Desde
FONSECA telecomunicações de operadores de rede de distri- grossistas de acesso desagregado 2000 que queremos estar em todas
garante “o acesso buição por cabo, relacionadas com e de acesso em banda larga para as centrais da PT”, referiu, lembrando
às funcionalidades da rede básica a utilização de infra-estruturas proceder “à definição e análise da que “mais de 90 psor cento das
de telecomunicações, incluindo o da concessionária”. As queixas concorrência nestes mercados”, e reivindicações [da Oni] são consideradas
acesso às condutas”, como explica visavam “a impossibilidade de declarar às empresas com poder correctas… mas fora de prazo”. Estas
a Anacom na decisão de Julho. os operadores prosseguirem os de mercado significativo as obri- têm sobretudo a ver com os preços de
A posição era sustentada respectivos planos de expansão gações regulamentares (“remé- interligação às centrais e a demora na
porque “o investimento em con- por via da imposição de restri- dios”) adequadas. O prazo de concretização da ligação.“A ‘portagem’
dutas deverá ser compatível com ções, por parte da concessioná- recepção de comentários termina para entrar nas centrais da PT, directa ou
critérios de eficiência económica, ria, nas condições de cedência a 10 de Janeiro de 2005. ● indirectamente, é a mais cara da Europa”.
António Carrapatoso, da Vodafone,
salientou que a PT tem 78 por cento
Um mapa com fraca resolução do mercado de voz e 89 por cento do
mercado de banda larga, algo que deveria
Em 2003, a Anacom estabeleceu um protocolo europeus, não só o regulador possui informação “despertar” o regulador, que deveria ser
com a UMIC para concretizar o mapa das vias detalhada e exaustiva sobre as infra-estruturas “mais pró-activo e rápido a responder
digitais de Portugal, que deveria estar finalizado de comunicações electrónicas existentes no atempadamente” aos problemas do sector.
no primeiro semestre do ano. A ideia não era respectivo país, como inclusivamente em alguns Usando as habituais metáforas neste tipo
nova e surgira ainda nos governos de António casos essa informação (de forma agregada, de eventos, Norton de Matos considerara
Guterres — mas nunca foi concretizada. obviamente) é disponibilizada ao público”. a PT como uma hiena — “Ri-se disto tudo”
O protocolo UMIC-Anacom visava “traçar [o] A primeira reunião ocorreu a 10 de Fevereiro, — e a Anacom como uma avestruz.
mapa das infra-estruturas de comunicações dinamizada pelo Grupo de Acção para a Para Miguel Horta e Costa,“chief
existentes” e dispor de “um sistema que Banda Larga (G@BL), e o mapa deveria ter sido executive officer” (CEO) da PT, as
permita efectuar o levantamento e actualização construído com informação enviada pelos condições oferecidas pela empresa “são
permanente e sistemática das infra-estruturas de operadores até 5 de Abril, contemplando as adequadas para a voz e para a banda
redes de comunicações electrónicas e das infra- suas infra-estruturas. Esta informação, a enviar à larga” e os preços “alinhados com a
estruturas de suporte às mesmas, em utilização Anacom, seria mantida confidencial excepto se os média europeia”. Considerou ainda que as
ou potencialmente disponíveis, em Portugal”. operadores não se opusessem à sua divulgação, “condições regulatórias são mais do que
Este mapa é considerado pela UMIC “um e “salvaguardado o tratamento agregado dos adequadas” e lembrou que concorrentes
projecto crucial para o país ao permitir uma dados e sua disponibilização” pública. aos operadores incumbentes noutros
identificação detalhada, rigorosa e isenta das Sem revelar quais, tem sido referida publicamente países europeus “têm tido mais sucesso
infra-estruturas de comunicações electrónicas a dificuldade em obter dados de alguns do que em Portugal”, apelando para que
existentes no território nacional, tal como já operadores e concretizar esse mapa. Há “um as empresas nacionais “lutem por um
acontece actualmente para todos os restantes défice ao nível da colaboração por parte de lugar no mercado e não usem sempre o
tipos de infra-estrutura de rede (estradas, redes alguns agentes do mercado no fornecimento regulador”. E concluiu:“As condições de
de abastecimento de água e saneamento, da totalidade da informação solicitada até ao concorrência são melhores ou iguais do
rede eléctrica, etc.)”, referiu Diogo Vasconcelos, momento no âmbito das reuniões”, concorda que noutros países.” ● P.F.
gestor daquela entidade. “Na maioria dos países Diogo Vasconcelos, gestor da UMIC. ● P.F.
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .7
Lares de 2 milhões
de portugueses
com Internet
Perto de 2,5 milhões de
portugueses com 15 ou
mais anos residem em
lares onde existe ligação
à Internet — revelou o
estudo “Consumidor 2004”
realizado pela Marktest e
cujas conclusões foram
divulgadas na passada
semana. A análise desta
empresa de audiometria
contabilizou 2,490 milhões
de residentes no Continente
com 15 e mais anos em
lares com ligação à Net,
valor que corresponde a
quase um terço (30 por
cento) do universo em
estudo (mais de 8 milhões
de indivíduos). De acordo
com as conclusões do
estudo, o crescimento deste
indicador tem sido contínuo
desde 2000, registando
um crescimento médio
anual de 25 por cento, mais
do que tendo duplicado
nestes quatro anos. A
região da Grande Lisboa
destacou-se das restantes,
pois mais de 40 por cento
dos seus residentes já
possuirá ligação à Internet
em casa; no Grande Porto,
a percentagem de lares
ligados à rede é de 33,6
por cento, enquanto, no Sul
do país, o valor registado
é de 31,3 por cento. O
Interior Norte foi a região
de Portugal que apresentou
os índices mais baixos: 18,4
por cento. Quanto ao perfil
dos indivíduos, mais de
metade (51,9 por cento)
dos utilizadores da Internet
em casa são jovens entre
os 15 e os 17 anos de idade,
pertencendo mais de dois
terços (66,9 por cento) às
classes sócio-económicos
alta e média-alta — número
bastante elevado
face aos 6,7 por cento
registados pelos escalões
mais desfavorecidos da
sociedade portuguesa. O
estudo referiu ainda que
são os quadros médios e
superiores quem tem a
grande maioria dos lares
com ligação à Net (71,8 por
cento), contrariamente aos
reformados e pensionistas,
que apresentam apenas 9,7
por cento. ●
computadores .8
ANTEVISÃO DO QUE SERÁ A EDIÇÃO DE 2005 DA CEBIT
Maior feira mundial continuará a
apostar nos visitantes profissionais
R
EINHOLD U MMINGER ,
director da Deuts-
che Messe de
Hanover dedicado
à organização da
CeBIT, esteve recentemente
em Lisboa para traçar as
linhas gerais da edição de
2005 deste certame das
tecnologias de informação, a
maior e mais internacional
feira do sector. De acordo
com os dados existentes á
data de 1 de Outubro último,
a CeBIT 2005 contará com
6224 expositores — mais
cento e tal que neste ano —,
sendo os países estrangeiros
a contribuir mais para este
pequeno crescimento que os
expositores das empresas
alemãs (ou com sede na
Alemanha, como sucede com
as subsidiárias de multina-
cionais cuja sede europeia
se situa em território ger-
mânico). Segundo Reinhold
Umminger, este contributo
ligeiramente menor das
empresas alemãs reflecte a
recessão que tem afligido a
economia do seu país. os 2291 milhões de milhões em mento total mínimo de 8 a dez mil (adiada para 2006) e à própria
Consideram os responsáveis 2005. euros para a participação de uma CeBIT América, prevista para
da CeBIT que esta evolução O mercado norte-americano pequena empresa na CeBIT — o o próximo ano e que a Deutsche
positiva está de acordo com os deverá ser aquele que, proporcio- que, podendo não estar ao alcance Messe de Hanover decidiu cance-
mais recentes números divulga- nalmente, crescerá mais entre este de todas as potencialmente inte- lar dada a fraca experiência tida
dos pelo Observatório Europeu ano e o próximo — de 2,9 para 5 ressadas, tem sido apontado em Nova Iorque neste ano.
das Tecnologias de Informação por cento —, enquanto a Europa se como um bom investimento dada Este desaire relativo não
(EITO na sigla inglesa), segundo ficará por números mais modestos: a variedade geográfica e a ele- levará, no entanto e segundo
os quais o crescimento do mer- 3 por cento em 2004 e 4 por cento vada percentagem dos visitantes Reinhold Umminger, a empresa
cado mundial das tecnologias de no ano seguinte. Se se atentar no profissionais, e, portanto, das organizadora da CeBIT a des-
informação e das telecomunica- número de empresas portuguesas oportunidades de negócio que daí viar-se do rumo que adoptou há
ções deverá situar-se, em 2004, que estarão presentes na CeBIT resultam. uns anos: privilegiar a qualidade
nos 4,3 por cento e, 2005, tal “modéstia” Mas os tempos não estão dos visitantes e a sua condição
no próximo ano, à RUI JORGE CRUZ europeia fica mesmo fáceis nem para as empresas de de profissionais das tecnologias
roda dos 6 por cento sublinhada, pois as tecnologias de informação e de de informação e das telecomuni-
— numa clara ultrapassagem presenças confirmadas baixaram telecomunicações, nem para os cações, resistindo à tentação de
dos 0,7 por cento registados em de cinco em 2004 para apenas três organizadores de feiras nesta área baixar os preços a fim de anga-
2002 (o ano em que mais se fize- empresas em 2005 (admitindo-se — e a confirmá-lo está a lista dos riar maior número de visitantes
ram sentir os efeitos do “crash” que venha a surgir mais uma con- eventos que, desde 2002, foram entre os utilizadores individuais
das empresas “dot-com” e do firmação). cancelados ou desapareceram ou domésticos. Por isso as empre-
maciço desinvestimento neste O investimento mínimo de um mesmo do mapa, como foi o caso sas expositoras mantêm a sua
sector) e dos 1,4 por cento veri- expositor no aluguer do espaço da tradicional Comdex norte- aposta na CeBIT de Hanover,
ficados em 2003. Ainda segundo ronda os 2 mil euros por cerca de americana: primeiro foi a edição que, além de contar com mais
o Observatório Europeu das Tec- 10 a 15 metros quadrados, a que de Primavera a desaparecer, em cento e tal “stands” em 2005,
nologias de Informação, o mer- haverá que somar outro tanto pelo 2004, e agora foi a edição mais verá a área ocupada crescer
cado mundial das tecnologias “design” e montagem do “stand”, importante, a de Outono deste também. Por outro lado, a ver-
de informação e das telecomu- e ainda as despesas com viagem ano, devido à falência da empresa tente das conferências e debates
nicações deverá movimentar, em e estada das pessoas que nele organizadora. E o mesmo sucedeu à margem da exposição voltará
2004, algo como 2160 milhões de estarão a receber os visitantes. às Comdex de Pequim e de Nova a ser privilegiada na edição de
milhões de euros, para atingir Tudo isto redunda num investi- Dehli em 2004, ITU Telecom 2005 da CeBIT. ●
À VENDA
NAS LIVRARIAS
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
 ‘SOFT WARE’ E SOLUÇÕES PARA EMPRESAS EM CONSTANTE MUDANÇA

HP reforça aposta no
OpenView e no OpenCall
O
CONCEITO DE “ADAPTIVE enter- adaptabilidade, ou seja, na capacidade
prise” — que se aplica às
empresas que facilmente
conseguem adaptar a sua
infra-estrutura de tecnolo-
gias de informação a novas realidades — é de “adaptive enterprise” da HP, conside-
um dos mais usados pelos responsáveis da rou que, cada vez mais, a mudança nas
HP quando se referem
à área de “software”. ISABEL GORJÃO SANTOS
Afinal, “é cada vez mais
necessário fazer grandes mudanças em
pouco tempo”, dizem, salientando que
esse é um dos principais objectivos das
soluções da HP.
Na semana pas-
sada, A HP organizou
uma conferência de
imprensa para falar
da sua estratégia
relativa a “software”,
onde foram referidas as
soluções que a empresa
tem disponíveis no mer-
cado, bem como os desa-
fios que se colocam às
empresas no momento
de escolher o “software”
que irá suportar todo o
seu negócio. A disponi-
bilidade total e a escala-
bilidade — que permite
aumentar a capacidade
do sistema de acordo
com as necessidades
— são duas caracterís-
ticas importantes. No
entanto, a HP centrou
também o seu discurso na
que as empresas têm, ou não, de mudar
rapidamente os seus procedimentos
recorrendo a soluções de “software”.
António Freitas, responsável pela área
empresas é “constante e
inesperada”. Para além
disso, tanto os utilizado-
res das mais recentes tecnologias como os
que optam por soluções já bastante usadas
“têm que ser muito ágeis”.
Considera o responsável da HP que a tec-
nologia não pode “empatar o negócio”, ou
seja, uma empresa tem que ser ágil, “e é
tão mais ágil quanto menos tempo demorar
a concretizar as mudanças necessárias”.
Para António Freitas, o “software” é dos
aspectos mais críticos no processo de cria-
ção de uma “adaptive enterprise”.
Jorge Henriques, gestor da unidade de
negócio de “software” da HP, referiu-se às
soluções que a empresa disponibiliza actu-
almente, como é o caso do HP OpenView,
para gerir a infra-estrutura de tecnologias
de informação e os respectivos serviços,
e o HP OpenCall, para desenvolvimento
de serviços de voz e dados.
O objectivo da solução OpenView é
simplificar a gestão dos ambientes de
tecnologias de informação e analisar
a forma como estes têm impacto nos
negócios das empresas. As aplicações,
o armazenamento ou a utilização e dis-
tribuição de “software” são alguns
dos aspectos abrangidos por esta
plataforma. Quanto à HP Open-
Call, é uma família de produtos que
integra soluções completas para o
desenvolvimento e introdução de
serviços de voz e de dados — solu-
ções que permitem estabelecer a
ligação entre os mais diversos tipos
de redes, o que possibilita as comu-
nicações por voz ou o acesso a infor-
mações e realização de transacções
a partir de uma infra-estrutura de
elevada disponibilidade.
“A HP oferece uma gama
de produtos, serviços e
soluções que combinam
alta tecnologia, retorno
rápido de investimento e a
vasta experiência dos profis-
sionais da HP”, considerou Jorge
Henriques. Os objectivos da empresa
passam agora por duplicar as vendas
relativas a “software” já no próximo ano.
Entre os principais clientes encontram-se,
actualmente, empresas da área financeira
e do sector das telecomunicações. ●

REGISTAR DOMÍNIOS E ALOJAR PÁGINAS NA WEB

Arsys Internet investe no mercado português

S
ERVIÇOS DE ALOJAMENTO de pági- Para além disso, “é Registar um domínio na
nas na Web e de registo de também um mercado Internet através da Arsys
domínios na Internet vão ser dis- que se caracteriza por custa 40 euros por ano no
ponibilizados, em Portugal, pela ser composto sobre- caso de domínios em .pt ou
Arsys Internet, uma empresa tudo por pequenas .com.pt; 10,8 euros anuais
espanhola que agora investe no mercado e médias empresas, se se tratar de domínios em
português. Depois de ter iniciado a sua tendo a Arsys.pt um .net, .org, .info ou .biz; ou
actividade em França, em 2002, a Arsys conjunto de produtos 24 euros no que se refere a
prossegue, desta forma, a sua estratégia que se adaptam às domínios .name.
de expansão. necessidades desse No caso de alojamento
“A entrada no mercado francês correu sector específico”. de páginas na Web, exis-
muito bem, o que impulsionou ainda mais Em Espanha e em tem também diferentes
a ideia de investir no mercado português”, França, a empresa planos, dependendo das
considerou Manuel Mañas, director-geral conta já com mais necessidades do utili-
da Arsys Internet. A empresa é agora um de 67 mil clientes, zador. Os preços podem
agente registador certificado pela Funda- possui 250 mil servi- variar entre os 2 euros
ção para a Computação Científica Nacional ços activos e 120 mil mensais — no caso das
(FCCN), a entidade que gere o registo dos domínios alojados. necessidades mais bási-
domínios .pt, e pela Internet Corporation for Em 2003, a empresa cas, que incluem apenas
Assigned Names and Numbers (ICANN), o facturou 13,1 milhões uma simples página de
organismo responsável pela gestão da infra- de euros. A par dos apresentação — até aos
estrutura nuclear da Internet. serviços relativos ao 99 euros mensais, o que
Numa primeira fase, a Arsys disponibi- registo de domínios já inclui 30 domínios, 1
lizará, em Portugal, os mesmos serviços que e de alojamento de GB de espaço em disco,
já lançou em Espanha e em França: o registo páginas — o qual 30 GB de tráfego mensal,
de domínios na Internet com os mais diver- pode ser disponibilizado em regime de alo- adequado, uma vez que o mercado está 400 caixas de correio e 300 contas de
sos “sufixos” (.pt, .net ou .gov, por exemplo), jamento partilhado ou dedicado —, a Arsys maduro e pode, em qualquer momento, FTP (File Transfer Protocol, um proto-
o alojamento de páginas na Web e o apoio Internet disponibiliza também outros ser- registar um novo impulso”. Nos primeiros colo muito usado para a transferência de
técnico através de uma linha telefónica e de viços, como é o caso dos certificados de dois anos de actividade em Portugal, a ficheiros através da Internet, sobretudo
um endereço de correio electrónico. segurança ou dos endereços de IP. empresa espera facturar entre 300 e 400 quando estes possuem elevadas dimen-
Considera o director-geral da Arsys Manuel Mañas salienta que os serviços mil euros, após o que conta registar “um sões). Todos os serviços disponibilizados
Internet que Portugal “é um mercado da Arsys se destinam, sobretudo, às peque- crescimento exponencial”. Em Espanha, pela Arsys Internet e respectivo tarifário
com um grande potencial de crescimento, nas e médias organizações. Para o início do por seu lado, a facturação anual ronda já os podem ser consultados e subscritos em
exigente e aberto às ofertas de qualidade”. negócio em Portugal, “este é o momento 23 milhões de euros. www.arsys.pt . ● I.G.S.

S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .9
computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .11
 .com
Linux ajuda Novell a regressar aos lucros
A Novell anunciou há cerca de duas semanas os resultados do seu
quatro trimestre fiscal (findo em 31 de Outubro), os quais apresen-
tam lucros líquidos de 13,3 milhões de dólares, em boa parte graças
à procura das suas soluções baseadas na sua recente de oferta do
sistema operativo Linux, mais exactamente na distribuição do SuSe
Linux, cuja editora (alemã) a empresa norte-americana adquiriu
recentemente. Os referidos resultados líquidos da Novell no perí-
odo em apreço — 13,3 milhões de dólares — contrastam com as
perdas de 109 milhões de dólares registadas no período homólogo
anterior (e para que também muito contribuíram “pesados custos”
da reestruturação efectuada na empresa no de 2003). A facturação
da Novel neste seu trimestre fiscal ascendeu a 300,6 milhões de
dólares (4,9 por cento acima dos 286,7 milhões registados um ano
antes mas um pouco aquém dos 304 milhões de dólares esperados
pelos analistas), para os quais as soluções baseadas ou relacionadas
com o SuSe Linux contribuíram com cerca de 12 milhões de dólares.
Segundo Jack Messman,“chief executive officer” (CEO) da Novell,“o
ano fiscal de 2005 será outro ano de reconstrução” para a empresa,
que está a redireccionar os seus investimentos no sentido de com-
pensar o declínio daquele que fora até há bem pouco tempo o seu
negócio nuclear, em torno do NetWare, o seu “velhinho” sistema
operativo para redes. ●
Philips mantém previsões para 2004…
A Philips Electronics confirmou, também há cerca de duas sema-
nas, as suas previsões de resultados relativos a diversas unidades
e indicou que continuará a reduzir os seus custos de operação
na área da electrónica de consumo. Estas previsões tiveram lugar
um dia após a Philips ter anunciado que afectaria às suas contas
do quarto trimestre um encargo de 580 milhões de euros a fim
de actualizar o valor da sua participação de 70,9 por cento na
empresa norte-americana MedQuist. A divisão de electrónica
de consumo, que é a maior da Philips, registou no terceiro tri-
mestre fiscal perdas na ordem dos 15 milhões de euros, o que
corresponde a uma degradação significativa do seu desempenho
quando comparado com os 53 milhões de euros de lucros regista-
dos no trimestre anterior. Jan Hommen, seu“chief financial officer”
(CFO), pouco terá adiantado em explicações dos resultados apre-
sentados, para além de reafirmar que a divisão de equipamentos
e produtos médicos da Philips — que contribui para cerca de 20
por cento das vendas do grupo — deverá cumprir o objectivo de
uma margem de rendibilidade na ordem dos 14 por cento. ●
… e reorientação dos investimentos
Além de ter confirmado a estratégia da Philips de reorientar os
seus investimentos para áreas de maior rendibilidade e mais gera-
doras de liquidez (envolvendo, ao mesmo tempo, menor risco e
menos volatilidade), Jan Hommen referiu ainda que o programa
em curso de redução de custos deverá proporcionar à empresa
poupanças na ordem superiores a 400 milhões de euros até finais
do próximo ano. Por outro lado, o CFO da Philips afirmou que a
divisão de electrónica de consumo continuará a ser gerida à luz
dos critérios atrás referidos, os quais levaram, nos últimos anos, ao
recurso crescente à manufactura subcontratada (o chamado“out-
sourcing” no fabrico), que abrangerá já algo como 70 por cento
dos respectivos produtos. Em particular, na área dos produtos de
iluminação — cujas vendas no último trimestre se cifraram em
qualquer coisa como 1100 milhões de euros —, onde os lucros
operacionais deverão situar-se nos 124 milhões de euros. Já os
electrodomésticos e os aparelhos pessoais (como máquinas de
barbear ou de café, por exemplo) registaram lucros de 82 milhões
de euros num total de vendas de 466 milhões de euros. ●
Promosoft instala solução no Interatlântico
A empresa portuguesa Promosoft concluiu a instalação da sua
solução de “Internet banking” no Banco Interatlântico, de Cabo
Verde, instituição ligada ao grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).
João Brandão, presidente da administração do grupo Promosoft,
citado pela Lusa, indicou que a Promosoft tem 36 clientes na área
dos seus produtos para a banca, dos quais 15 em Portugal, nove
em Angola, seis em Cabo Verde, três em Moçambique, dois em São
Tomé e Príncipe, e um em Timor. Segundo os seus responsáveis,
a oferta da Promosoft em soluções para a banca cobre a genera-
lidade das necessidades das instituições bancárias, incluindo a
gestão de clientes, de salas de mercados e tesourarias, e a gestão
do atendimento. A Promosoft entrou também recentemente na
área das soluções multicanal, começando pelas aplicações de
banca para a Internet, área em que “tem seis contratos assinados
(um em Portugal), quatro dos quais com as soluções” já implanta-
das — e, em Janeiro, irá mesmo lançar uma solução de banca por
SMS. Em 2005, conta apresentar também uma aplicação de banca
por voz. A Promosoft tem soluções tecnológicas suas instaladas
em todos os cinco bancos que operam em Cabo Verde. A solução
eBanka foi desenvolvida pela Promosoft em parceria com a Link
Consulting e está integrada na solução de gestão bancária Promo-
soft Banka. João Brandão revelou ainda que a Promosoft teve, em
computadores .12
agenda
2003, um volume de vendas de 17,8 milhões de euros e registou CSS 2004 – The IASTED International Conference on
lucros de 293,4 mil euros, esperando um aumento de facturação Circuits, Signals and Systems
de 7 a 8 por cento em 2004. ● Data: 28-11-2004 a 1-12-2004
Local: Clearwater Beach, Florida, EUA
Information Builders cresceu 10,7%… Contacto: IASTED Secretariat
E-mail: calgary@iasted.org
A Information Builders divulgou os seus resultados do último URL: www.iasted.org/conferences/2004/florida/css.htm
trimestre, que registou um crescimento face ao anterior: 10,7 por
cento nas suas vendas em geral e de 28,6 por cento nas receitas Seminário DELL Technology & Solutions Tour
proporcionadas pelas novas licenças.A empresa aponta como prin- “Via rápida em direcção ao futuro”
cipais factores para “estes resultados positivos a crescente adesão Data: 29-11-2004
de organizações internacionais ao seu software WebFocus” e o Local: Hotel Corinthia Alfa, Lisboa
aumento significativo dos novos clientes — “o maior crescimento” Contacto: 707 200 537
desde sempre: 55 novos clientes a nível global, entre os quais o URL: www.dell-events.com/tst
Firts Bank of Delaware, o Carlson Hospitality Worldwide e a Union
Mutual of Vermont. “A actividade nos mercados verticais, tanto ICM 2004 – The 16th International Conference on
nos serviços governamentais como financeiros, manteve-se forte, Microelectronics
devido à crescente procura de soluções que permitam o cumpri- Data: 6-12-2004 a 8-12-2004
mento das regulamentações” oficiais. O crescimento no mercado Local: Tunis, Tunísia
japonês destacou-se (tanto em termos de penetração de mercado Contacto: Conference Secretariat
como de volume de negócios) e“a divisão internacional completou E-mail: conference@gms.org
a sua reestruturação organizacional, passando de um modelo país URL: www.gmslab.org/conferences/icm2004/
a país para uma perspectiva regional, permitindo uma afectação
mais eficiente dos recursos de vendas, ‘marketing’ e técnicos”. O IC-FPT’04 – The 2004 International Conference
desempenho da iWay Software,subsidiária da Information Builders, on Field-Programmable Technology
contribuiu para os resultados da empresa-mãe graças ao aumento Data: 6-12-2004 a 8-12-2004
de 32 por cento nas receitas das licenças desde o início do ano. ● Local: Brisbane, Austrália
E-mail: enquiries@icfpt04.itee.uq.edu.au
… apostando no ‘business intelligence’ URL: icfpt04.itee.uq.edu.au
Especializada em ferramentas de “business intelligence”, a Informa- Asia-Pacific Conference on Circuits and Systems
tion Builders tem vindo a explorar a apetência das empresas por este Data: 6-12-2004 a 9-12-2004
tipo de aplicações como elemento-chave para o apoio à tomada de Local: Tainan, Taiwan
decisões estratégicas.“Esta tendência impulsionou a procura de apli- URL: apccas.ee.ncku.edu.tw
cações mais sofisticadas e escaláveis, que disponibilizam uma ‘per-
formance’ superior aos utilizadores de todo o mundo” — tendência IP/SOC 2004 – IP Based SoC Design Forum & Exhibition
ilustrada pela adopção do seu “software” por empresas como o First Data: 8-12-2004 a 9-12-2004
Financial Planners, a Pierre Foods, Pharmascience Inc. e a Sybron Local: Grenoble, França
Dental. “Com a conclusão de mais um forte trimestre, o ‘business URL: www.us.design-reuse.com/ipsol2004/
intelligence’ continua a provar que é muito mais do que somente
uma tendência passageira”, afirmou Gerald Cohen, “chief executive IEDM - 2004 IEEE International
officer”(CEO) da Information Builders.“As organizações reconhecem Electron Devices Meeting
o valor das aplicações de ‘business intelligence’ que permitem obter Data: 13-12-2004 a 15-12-2004
resultados superiores ao simplificar a experiência do utilizador. A Local: São Francisco, Califórnia, EUA
Information Builders teve sucesso no mercado dado que possibili- Contacto: Phyllis Mahoney
tou aos seus clientes focalizarem-se nas actividades operacionais que E-mail: idem@his.com
reflectem benefícios directos nos seus resultados financeiros.” ● URL: www.his.com/~iedm/
& pessoas ICECS 2004 - International Conference
on Electronics, Circuits and Systems
TAKASHI KUKI é o novo presidente da Kyocera Mita Europe. Este Data: 13-12-2004 a 15-12-2004
gestor de 47 anos ocupou vários cargos na empresa, assumindo-se Local: Telavive, Israel
como herdeiro do lema do seu fundador,Kazuo Inamori:“Faça o que Contacto: Orly Yadid-Pecht
ninguém antes fez,procurando sempre melhores formas de o fazer”. E-mail: oyp@ee.bgu.ac.il
Tendo iniciado a sua carreira em 1982, na Kyocera Corporation, na URL: www.ee.bgu.ac.il/~icecs04/
área de venda de equipamentos de informação e comunicação no
sector de telecomunicações, esteve, entre 1986 e 1998, na Kyocera VLSI Design 2005 – 18th International
Unison, nos EUA, onde desenvolveu a distribuição das impressoras Conference on VLSI Design
a laser e do “software” da empresa. Em 1998, retornou à empresa- ICES 4 – 4th International Conference on Embedded
mãe, onde desempenhou o cargo de responsável pelas vendas Systems
mundiais das impressoras. Em 2003, juntou-se ao já consolidado Tema: “Power-aware design on VLSI Systems”
grupo Kyocera Mita,onde ocupou a posição de director-geral até ao Data: 3-01-2005 a 7-01-2005
Verão deste ano,altura em que foi nomeado presidente europeu da Local: Taj Bengal, Kolkata, Índia
Kyocera Mita B.V., cuja sede é em Hoofddorp, na Holanda. ● Contacto: Rana Dattagupta
E-mail: rdg@ieee.org
ANTÓNIO SARAIVA foi nomeado director da nova área de “support URL: vlsi.nj.nec.com
services” da Mainroad, onde irá assumir a responsabilidade directa
pelos serviços de gestão e suporte. Licenciado em Informática e IMAGINA – The 23rd International Digital
Matemática Aplicadas e com o Curso Geral de Gestão pelo Nova Entertainment & Interactive Content Trade Show
Forum, conta com experiência na área das TI. No âmbito de uma Data: 2-02-2005 a 5-02-2005
nova estrutura organizacional da empresa, centrada nos serviços Local: Monte Carlo, Mónaco
continuados de suporte,esta área está a ser organizada por clientes a Contacto: Head Office
fim de proporcionar uma oferta baseada numa visão e num controlo E-mail: info@imagina.mc
integrados. António Saraiva iniciou a sua actividade profissional na URL: www.imagina.mc
empresa A.Ludgero Castro,o seu percurso inclui as funções de“custo-
mer enginner”na HP,de responsável departamental na direcção de TI ISSCC 2005 – IEEE International
da Optimus. Antes de ingressar na Mainroad, como responsável pela Solid-State Circuits Conference
unidade de sistemas, trabalhou na WeDo Consulting. ● Data: 6-02-2005 a 10-02-2005
Local: São Francisco, Califórnia, EUA
Computadores errou Contacto: Frank Hewlett
E-mail: hewlettfw@sandia.gov
Na sua notícia da anterior edição sobre a nomeação de LUÍS URL: issc.org/isscc/
BARBOT para as funções de director-geral da Lexmark Portugal,
verificou-se um erro factual, de que pedimos desculpa aos leitores 3GSM World Congress 2005
e ao próprio. É que, onde se lia “Luís Barbot, de 40 anos, ingressou Data: 14-02-2005 a 17-02-2005
em Maio de 2002 na Lexmark Portugal ao cabo de 14 anos na HP, Local: Cannes, França
para assumir as funções de gestor comercial”, dever-se-ia ler:“Luís E-mail: info@3gsmworldcongress.com
Barbot ingressou em Novembro de 2004 na Lexmark Portugal, URL: www.3gsmworldcongress.com
após ter trabalhado 14 anos na HP, onde desempenhou, desde
Maio de 2002, o cargo de ‘commercial sales manager’.” ●
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
 S H A R E WA R E
Prevenir-se a tempo
com cópias de segurança
A
NECESSIDADE da realiza-
ção frequente de “back-
ups” ainda não é algo
muito interiorizado pe-
los utilizadores da infor-
mática. Apesar das constantes no-
tícias sobre vírus, “hackers” e fa-
lhas que, por vezes, atacam os equi-
pamentos informáticos, a grande
maioria dos utilizadores — em espe-
cial, os utilizadores individuais
— não tem por hábito realizar cópias
de segurança dos seus documentos
e ficheiros. Habitualmente, só nos
lembramos de realizar este tipo de
tarefa quando nos acontece algo ao
computador e perdemos aqueles fi-
cheiros importantes de que necessi-
tamos — mas, aí, já é bastante tarde.
Se o leitor se incluir neste leque
de utilizadores, ficam aqui algumas
dicas que poderão ajudá-lo na
realização periódica de cópias de
segurança. Para começar, esta não
é uma tarefa complexa. Existem,
no mercado, dezenas
de ferramentas que NUNO BERNARDO
permitem automatizar
todo o processo, permitindo ao
utilizador não mais ter problemas
com ficheiros perdidos ou apagados
indevidamente. Desta vez, escolhe-
mos uma das soluções mais anti-
gas disponíveis no mercado de
“shareware”, anteriormente conheci-
da como Azguard mas que agora
surge com o nome de Backup 2004.
Trata-se de uma aplicação
que permite aos utilizadores criar
cópias de segurança dos conteúdos
mais importantes ou mesmo da
totalidade dos ficheiros guardados
no disco rígido. O produto suporta
todas as versões de 32 bits dos
sistemas operativos Windows, da
Microsoft, como o Windows 9x, o
Windows NT, o Windows 2000,
o Windows ME e o Windows XP.
A gravação dos ficheiros pode ser
realizada em CD-ROM ou CD-RW,
DVD ou DVD-RW, além de outros
suportes, como sejam os discos
Zip, Jaz ou mesmo em unidades
de memória portátil. No entanto,
o programa poderá ser usado
de forma mais económica se se
recorrer a um gravador de CD ou
mesmo de DVD.
Uma cópia para testes do
Backup 2004 pode ser obtida
gratuitamente em http:// e documentos — para “arrumar”
www.backup2004.com/ e instalada
no computador sem grandes
BACKUP 2004, DA RD TECHNOLOGIES
problemas. No final deste processo,
é possível correr o programa
e começar desde logo a definir
quais os documentos e as pastas
mais importantes a proteger.
O programa inclui
um assistente, que
auxilia os utilizadores
menos experientes a realizarem
as tarefas básicas do programa
— onde se inclui a definição de
quais as pastas e directorias que
deverão ser alvo de uma cópia de
segurança e qual o tipo de ficheiros
a arquivar. Finda esta etapa, basta
definir a periodicidade com que as
cópias de segurança deverão ser
efectuadas.
Ao definir o horário de cada
tarefa, o utilizador está a criar
um conjunto de processos que
serão executados pelo computador
na sua ausência — por exemplo,
durante a madrugada, quando não
estiver a usar o seu PC. Para tal,
apenas necessita de introduzir um
CD, DVD, disco ZIP ou qualquer
outra unidade de armazenamento
seleccionada para realizar as suas
cópias de segurança. Pelas suas
características e pelo seu baixo
preço, aconselha-se a utilização
de discos CD-RW (o formato
regravável de CD-ROM) ou DVD-
RW (o DVD regravável) para fazer
as cópias de segurança periódicas,
nomeadamente as diárias e as
semanais.
No caso de o leitor pretender
o arquivo definitivo de ficheiros
documentos e os remover do
disco rígido —, aconselha-se o
S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
uso de um CD-R ou de um DVD-
R. Poder-se-á guardar todos os
meses o trabalho realizado nesse
mês em CD ou DVD, removendo
do disco rígido documentos que
não se usa no quotidiano. Assim,
estar-se-á a libertar espaço em
disco e a criar um arquivo com
documentos importantes. A documentos dos ficheiros mais
qualquer momento, poder-se-á
sempre repor esses documentos no
disco, bastando para tal introduzir
o CD respectivo no leitor e copiar o
ficheiro de volta para o disco. Neste
caso, aconselha-se a realização de
duas cópias de segurança destes
ficheiros para serem mantidas em
locais diferentes, de forma a evitar
as consequências de qualquer
acidente num desses locais.
O programador de tarefas per-
mite ao utilizador definir qualquer
tipo de operação de segurança.
Ele poderá, por exemplo, definir
que, todos os dias, o programa
deverá guardar cópias dos ficheiros
alterados ao longo desse dia de
trabalho. Qualquer tarefa pode
mesmo tornar-se num
ícone alojado na área
de trabalho do sistema
operativo, de modo a ser
desencadeada com um
simples clique do rato. A
informação será arquivada
de forma compactada num
arquivo do tipo .zip.
No caso de qualquer
coisa correr mal com o
seu computador, a reposi-
ção de ficheiros e de
arquivos poderá ser feita
de forma bastante simples:
bastará introdu-zir os
CD ou DVD onde foram
guardados os documentos
importantes e seleccionar
a opção Restaurar. Em
poucos segundos, os docu-
mentos apagados ou dani-
ficados serão substituídos
pelascópiascompletasefun-
cionais. Em alternativa, o utilizador
poderá seleccionar uma opção de
restauro para outra directoria,
não substituindo documentos que
pense que se encontram alterados
ou danificados. O Backup 2004
permite que cada ficheiro ou ar-
quivo protegido possa ser cata-
logado directamente com um nome
definido pelo utilizador, com a
data dessa operação, entre outras
possibilidades.
O Backup 2004 é uma daque-
las aplicações que devem fazer
parte de qualquer solução infor-
mática. Se se possuir um gra-
vador de CD-ROM ou de DVD,
esta é a aplicação de adequada a
realizar cópias de segurança dos
importantes. Depois de algumas
utilizações, o utilizador verificará
que o processo não custa nada: é
só programar o temporizador para
gravar num CD todos os ficheiros
alterados ao longo do dia e intro-
duzir um CD-RW no seu gravador
de CD no final de cada dia de tra-
balho — processo simples e que
poderá evitar muitos dissabores
no futuro. O programa poderá ser
obtido gratuitamente no sítio da
RD Technologies na Web e usado
sem custos durante 30 dias. Findo
este prazo, o utilizador deverá
proceder ao seu registo e pagar 50
euros… ou deixar de usá-lo. ●
FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro
Fonseca (pedrof@journalist.com),
Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
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Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
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Resto do Mundo €189.80
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para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
computadores .13
 JOGOS
‘BURNOUT 3: TAKEDOWN’, ‘FORD RACING 3’, ‘FLATOUT’, ‘XPAND RALLY’ E ‘WRC4’
Delírios de pé a fundo
Cada vez que se possa pensar que é difícil
ir mais longe, os produtores de videojogos
surpreendem o jogador. A cada ano que
passa, o realismo aumenta, a física é mais
realista e até os efeitos especiais à moda de
Hollywood se tornam mais espectaculares.
É por essa componente de espectáculo que
jogos como “Burnout 3” ou “Flatout” se des-
tacam. Já o realismo fica por conta de “WRC
4”, “Xpand Rally” ou “Ford Racing 3”, ainda
que com opções diferentes.
Deste quinteto dedicado ao desporto
automóvel — ou apenas à diversão sobre
quatro rodas —, “Burnout 3: Takedown” é
a estrela da companhia. O jogo anterior já
era uma das melhores propostas de arcada.
Esperava-se uma evolução mas nada prepa-
rava os jogadores para enfren-
tar o terceiro jogo da série: MIGUEL
“Burnout 3” é um completo
assombro, como é impressionante a espec-
tacularidade que foi dada a cada momento
da acção.
A sensação de velocidade é estonteante
a cada momento, seja qual for a visão uti-
lizada. O ritmo de condução é infernal, pois
as estradas estão pejadas de adversários e
de trânsito, fazendo com que uma distrac-
ção de uma fracção de segundo resulte num
espectacular acidente. A palavra espectacu-
lar não e usada por acaso, porque a especta-
cularidade dos acidentes não tem paralelo
nem sequer aproximações. A acção é inter-
computadores .14
rompida automaticamente para mostrar,
em câmara lenta, o destruir dos carros, em
rodopios aéreos impressionantes. Depois
volta-se à acção sem se sentir cortes mas
certamente de queixo caído.
A lógica do jogo pode parecer perigosa
mas a sua realidade é tão fantasiosa que
ninguém se lembraria de tentar reproduzir
aqueles acidentes na vida real. Como jogo
de arcada, a condução é mais uma diversão
que uma simulação — mas isso permite
que seja jogado por todo o tipo de pessoas,
o que só pode ser positivo tendo em conta a
sua qualidade. Os modos de jogo cresceram
e todos eles têm um óptimo tutorial, que
elucida o jogador sobre o que está a jogar.
World Tour é o principal e aquele que mais
tempo de prazer proporciona,
CRESPO pois leva o jogador por inúme-
ras pistas à conquista de 173
medalhas. Como só para obter Ouro numa
já é o cabo dos trabalhos, é fácil imaginar
que o jogo pode durar muito além da melhor
expectativa. Como é habitual vão sendo
desbloqueados novas pistas, carros e outros
extras.
Os outros modos são igualmente um
desafio e ainda em maior número que antes.
Por outro lado, a existência de jogo “on-line”
dá um sabor muito especial a “Burnout 3”,
até porque há modos de jogo em equipa que
exigem muito empenho. Claro que tudo isto
é servido com um grafismo soberbo em qual-
S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4
quer das versões, som (incluindo uma banda
sonora com muitas músicas bem conheci-
das) e efeitos especiais a condizer, e uma
fluidez de jogo ímpar. Quem quer diversão
dificilmente pode encontrar melhor.
Apesar de substancialmente diferente,
também é o lado do espectáculo dos carros
que “Flatout” evoca. Não tem tanta pirotec-
nia nem impressiona tanto visualmente,
mas nunca vimos carros que mostrassem de
forma tão realista o resultado dos acidentes.
Na boa escola arcada clássica, é sobretudo
“pé no pedal e toca a andar”. A grande
novidade é que, aqui, a chapa amolga-se de
forma realista, as partes do carro vão sendo
arrancados e, com sorte, chega-se ao final
das provas com o “chassis” do tamanho de
um Mini depois de se ter começado com uma
“banheira” americana…
Os carros são apenas 16 e têm de
ser comprados com o dinheiro que se vai
ganhando, mas, como há uma acentuada
componente de “tuning”, aumenta a varie-
dade visual. Muito fluido, fácil de jogar e
divertido de ver, “Flatout” peca pelos poucos
modos de jogo e por se tornar algo repetitivo
com facilidade.
Passando à vertente realista, é obri-
gatório explorar a fundo “WRC 4”, o jogo
oficial do campeonato mundial de ralis.
Este exclusivo para a PS2 melhora a cada
ano que passa, sendo uma excelente opção
no que toca aos ralis. Conservando alguma
vertente de arcada — o que ajuda jogadores
menos ferrenhos —, permite mostrar a dife-
rença entre quem sabe conduzir e os outros,
mas sem afastar ninguém. Com todas as
provas, equipas e pilotos oficiais, representa
a realidade actual, permitindo aos fãs dos
ralis defrontar os seus ídolos e tentar ser
campeão do mundo.
O grafismo é apurado e a fluidez mais do
que suficiente; no entanto, a física dos carros
ainda não é perfeita. Mesmo assim, permite
um empenho sério no modo de carreira, que
termina com o título mundial. Os cenários
são fabulosos e primorosos os detalhes do
carro, tanto à superfície como no interior,
como se vê mal se tenha um acidente mais
forte. Por falar em carros, voltam a surgir os
protótipos imaginados pelas equipas (reais)
do mundial, que permite sonhar um pouco
em relação ao futuro. Outro atractivo é o
jogo “on-line”, pois um rali contra adversá-
rios reais é desafio bem maior.
Apesar de limitado a uma só marca,
“Ford Racing 3” mostra que o retorno é
positivo e daí esta nova edição. O GT, de
que só virá um exemplar para Portugal,
é a cereja em cima do bolo, pois o super-
desportivo da marca da oval é uma delícia
para os olhos e para os dedos. Mas há mais
54 carros da marca, desde o primogénito T
até aos vários protótipos que foram sendo
imaginados ao longo dos anos, passando
pelos carros de competição, como os mons-
 JOGOS

dica
Título “Burnout 3: Takedown”
Estilo Corridas 9 /10

Plataforma PS2, Xbox Apagar Hiberfil.sys

Produtor Electronic Arts
Distribuidor Electronic Arts
antes de desfragmentar
Edição Outubro 2004
Nos computadores portáteis com o sistema
operativo Windows XP, uma das formas de
Título “Ford Racing 3”
Estilo Corridas 7 /10
poupança de energia — e, portanto, da
autonomia proporcionada pela bateria — é
Plataforma PS2, Xbox fornecida pela função de hibernação.
Produtor Empire Esta funcionalidade guarda para o disco todos
Distribuidor Infocapital os dados existentes na memória — tanto
Edição Novembro 2004 programas que estejam a correr como os
documentos abertos —, desligando o monitor
Título “WRC4” e o disco rígido e, em seguida, o próprio
Estilo Corridas 8 /10
computador. Quando se reinicia o computador,
Plataforma PS2 todos os programas e documentos que estavam
Produtor Sony abertos quando o computador foi colocado em
Distribuidor Sony hibernação são restaurados para o ambiente de
Edição Outubro 2004 trabalho.

Título: “Xpand Rally”

Estilo Corridas 7 /10

Plataforma PC
Produtor Techland
Distribuidor Playgames
Edição Novembro 2004

Título “Flatout”
Estilo Corridas 7 /10

Plataforma PS2, PC
Produtor Empire
Distribuidor Infocapital
Edição Novembro 2004

Quando o sistema guarda os dados para o disco,

cria o ficheiro Hiberfil.sys, não o apagando
quando se retoma a sessão de trabalho. Ora este
ficheiro pode ser bastante grande e, quando se
quer fazer uma desfragmentação do disco —
por se tratar de um ficheiro especial de sistema
—, este não consegue desfragmentá-lo. Isto
leva a que os resultados da desfragmentação
não sejam os óptimos se não se apagar aquele
ficheiro.
Para se poder apagar o Hiberfil.sys, tem que
se aceder ao Painel de Controlo através do
tros do campeonato americano Nascar. São
11 os desafios propostos, passando por 26 menu Iniciar. A seguir, escolhe-se a categoria
pistas, que garantem variedade suficiente. Desempenho e Manutenção — e, no quadro
O realismo até é bastante razoável mas o seguinte, escolhe-se a função Opções de Energia.
jogo parece um pouco lento, o que se torna Abre-se, então, a janela Propriedades de
vantagem para os menos hábeis, especial- Opções de Energia, onde se abre o separador
mente quando se defronta adversários reais
(“on-line” só na Xbox). Hibernar (como se pode ver na imagem). No
Para o fim ficou um jogo exclusivamente campo Hibernar, desactiva-se a opção Permitir
para PC, “Xpand Rally”, que prova que não Hibernação e carrega-se no botão Aplicar.
é só nas consolas que se pode acelerar bem. A partir deste momento, o Windows XP apaga
Esta proposta, sem grandes referências
automaticamente o ficheiro Hiberfil.sys do disco.
históricas, é uma muito boa surpresa, apre-
sentado um realismo muito grande, que os Pode-se, então, dar início à desfragmentação do
amantes dos ralis vão apreciar. Claro que disco de forma optimizada. Finda esta, pode-se
faltam as licenças oficiais; mas os “carros- voltar a activar a função de hibernação.
sósia” estão muito bem conseguidos. Um computador pode ser posto em estado de
Os danos e as condições meteorológi-
hibernação manualmente, através do menu
cas são realistas, sente-se a diferença de
pisos e há muitos desafios a ultrapassar. Iniciar, e do comando Encerrar, pois a janela de
Usando as capacidades do computador, opções de encerramento inclui também a opção
“Xpand Rally” aposta muito nos extras Hibernar.
ao jogo, que começam por se poder gravar Também se pode configurar o sistema para
um vídeo digital (AVI) das actuações para
mais tarde recordar e terminam o completo
que entre em hibernação automaticamente. A
sistema de aperfeiçoamento dos 35 carros, configuração da hibernação é feita no separador
com um catálogo de 800 peças à disposição. Esquemas de Energia, onde, no campo O Sistema
E convém não esquecer o editor de pistas e Hiberna, se pode definir ao fim de quanto tempo
de carros, fácil de usar e que promete eter- de inactividade do computador o sistema
nizar a vida deste jogo — uma alternativa
muito interessante a outros jogos de ralis e, entrará em modo de hibernação. ● JOSÉ DOUTIL
em especial, para quem elege o PC como a
sua plataforma de jogos. ●

S E G U N D A - F E I R A . 2 9 . N O V E M B R O . 2 0 0 4 computadores .15
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