Computadores

SEGUNDA-FEIRA 17 MAIO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

PUB
A nova Lei do … e as confusões Cisco aposta Os portáteis ‘SigStar’, um
E-comércio… sobre blogues mais no ensino em Portugal jogo da Sony
O seminário CiberLaw, A notícia do Expresso O programa de academias A Toshiba recuperou Para quem quer ser uma
do Centro Atlântico, Online sobre o seminário de ‘networking’ terá novo liderança no primeiro estrela ou saber se tem
permitiu um debate útil pôs tudo em polvorosa alento em Portugal trimestre nos ‘notebooks’ hipóteses
➜ págs. 2 ➜ pág. 4 ➜ pág. 5 ➜ pág. 6 ➜ pág.12

E3 MOSTROU UM MERCADO DAS CONSOLAS PORTÁTEIS PRONTO A EXPLODIR

Nintendo prepara defesa

Sony apresenta ataque
A
ANN JOHANSSON/AP
EDIÇÃO DESTE ano da Electronic Entertain-
ment Expo, vulgo E3, foi marcada pela
apresentação das formas finais de duas
consolas portáteis fundamentais. Na maior
feira de videojogos do mundo, realizada na
semana passada em Los Angeles (EUA), a Nintendo
mostrou a sua DS — o passo que se segue ao GameBoy
Advance SP (GBA SP) — e a Sony revelou a sua pri-
meira consola portátil, a PlayStation Portable (PSP),
que tanta expectativa gerou até agora.
A Nintendo, de modo a não perder muito do domí-
nio que tem no campo das consolas portáteis desde o
lançamento do primeiro GameBoy, em 1989, não ficou
parada, à espera que os rivais atacassem o seu reduto.
Apesar do sucesso, o GBA SP não está à altura do que
a Nokia já conseguiu com a N-Gage — cuja nova
versão, QD, chegará às lojas portuguesas ainda neste
mês — e do que a Sony promete com a PSP.
É neste contexto que surge a DS, cuja maior inovação
visível é o duplo ecrã, algo que a marca já fizera no início
da década de 80 mas, a partir daí, nunca mais. As primei-
ras imagens deixam antever uma máquina com o dobro
da largura de um SP (aliás, parece um SP encaixado
numa plataforma maior), com os comandos puxados para
o lado e quatro botões em vez dos dois habituais. Mas, em
termos de inovação, a habitualmente conservadora Nin-
tendo resolveu arriscar bastante com a máquina. Para já,
dotou-a de um ecrã táctil (o de baixo), bem ao estilo de um
PDA, com estilete e tudo. Quem já jogou num computador
de mão sabe que esta interface pode ser muito poderosa
— e a Nintendo parece querer aproveitá-la. ➜

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 ANN JOHANSSON/AP

➜ Mas, num tempo de comunicação global, não
podiam ficar de fora os recursos “wireless” que per-
mitam comunicação via Bluetooth ou Wi-Fi, com uma
mãozinha amiga da Motorola. Até porque a consola
tem reconhecimento de voz (poderemos dizer aos jogos
o que fazer) e sistema de “chat” escrito, manuscrito ou
desenhado…
Com dois processadores, capacidade 3D nos dois
ecrãs, som de 16 canais (acabou-se o som minima-
lista e sem voz decente do GBA), bateria
potente com sistema de poupança de ener- MIGUEL
gia, cartuchos com 1 gigabyte de memória
e compatibilidade com os jogos do GBA — além de cem
produtoras a desenvolverem jogos —, a Nintendo está
preparada para o combate. Falta o nome final, a data
de lançamento e o preço.
Mas, se a Nintendo surpreendeu, o que toda a
gente queria saber eram os planos concretos da Sony
e da sua PSP. E a verdade é que ninguém ficou defrau-
dado. A PlayStation Portable é muito parecida com as
imagens já conhecidas do protótipo, sendo a princi-
pal diferença uns cortes nos cantos e a existência de
botões reais e não tácteis.
O ecrã, de grandes dimensões e formato 16:9, con-
firma-se, bem como o uso de um novo tipo de suporte
de dados, o UMD — Universal Media Disc, uma espé-
cie de DVD de pequenas dimensões, com 6 centíme-
tros de diâmetro —, protegido dentro de uma película
plástica e com 1,8 GB de capacidade, que poderá ter
jogos mas também vídeo e áudio… e, logo, ser um ver-
dadeiro “media center”.
No entanto, o que impressiona mais é o vídeo apre-
sentado como representativo da máquina. E aí encon-
tramos qualidade e capacidade tecnológica muito
similar à da PlayStation 2… mas em versão portátil.
Ainda por cima, um dos jogos do lançamento deverá
ser uma versão de “Gran Turismo 4”, o que garante
logo um êxito inicial sem precedentes.
CRESPO O lançamento deverá ocorrer ainda
este ano no Japão, chegando aos EUA
e à Europa na Primavera de 2005. Com 170 mm de
largura, 74 de altura e 23 de profundidade, a PSP
pesará apenas 260 gramas. O ecrã de LCD TFT — que
tem 480 x 272 pixels e suporta 16 milhões de cores —
inclui altifalantes internos, saídas para auscultado-
res, controlo de luminosidade e de som, e o sistema de
comandos habituais (digitais) da linha PlayStation.
A conectividade é assegurada por portas USB e
Wi-Fi, permitindo a ligação sem fios de várias con-
solas, pelo suporte de memórias Flash no formato
Memory Stick Duo e por infravermelhos. Nos aces-
sórios, haverá uma câmara, um teclado ou um GPS.
Some-se o anúncio da existência de 99 empresas a
desenvolverem jogos para a consola — entre as quais
as maiores produtoras do mundo — e parece que está
tudo a postos para tornar a PSP num sucesso logo no
ANN JOHANSSON/AP
Mercado duplicará até 2009
Em simultâneo com a E3 mas na cidade de São
Francisco, também na Califórnia, a empresa de
consultoria Jupiter Research apresentou um estudo
que prevê que, até 2009, o número de consolas
portáteis duplicará os valores actuais, passando
dos 23 milhões para os 43 milhões de unidades,
num mercado que valerá 2700 milhões de dólares.
E mais: as mulheres adultas constituirão uma parte
importante deste mercado, subindo muito dos
actuais 17 por cento e, eventualmente, ultrapassando
os 34 por cento de mulheres adolescentes que
hoje joga com regularidade. O estudo baseia-se em
dados de comportamento dos utilizadores actuais
do GBA ou da Nokia N-Gage, bem como daqueles
que jogam mais de cinco horas por semana em
computadores de bolso ou em telemóveis — um
mercado que crescerá 16 por cento ao ano. A Jupiter
acrescenta que os jogos são a aplicação dominante
em aparelhos portáteis, ultrapassando a música ou a
fotografia. ● M.C.
arranque. Ainda mais porque a Sony tornou pública a
intenção de promover a PSP e o UMD como a plata-
forma para o entretenimento do futuro. ●

CIBERLAW 2004 JUNTOU JURISTAS ESPECIALIZADOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

O Direito aborda as questões do E-comércio

O
S DESAFIOS que o comércio
electrónico coloca à área do
Direito, a forma como o “spam”
(mensagens promocionais não
solicitadas de correio electró-
nico) é tratado na legislação portuguesa,
bem como a questão da atribuição de nomes
de domínio na Internet, foram alguns dos
temas abordados no CiberLaw 2004, um
seminário que o Centro Atlântico organi-
zou na semana passada em Lisboa. A Lei
do Comércio Electrónico (Decreto-Lei nº7/
2004), que resulta da transposição da direc-
tiva comunitária 200/31/CE, ocupou boa
parte dos debates, que reuniu, em distintos
painéis, diversos juristas ligados aos temas
da sociedade da informação.
Pedro Amorim, jurista da consultora
PriceWaterhouseCoopers em Portugal,
referiu que a lei agora adoptada se pauta
por alguma “originalidade”, introduzindo
medidas que não integravam a directiva
comunitária. Considerou este jurista que
“Portugal não pode nem deve dar-se ao luxo
de ser original nesta matéria”,
pois essas diferenças legisla- ISABEL GORJÃO
SANTOS
tivas poderão constituir um
obstáculo ao investimento de empresas
europeias em Portugal.
Uma reapreciação parlamentar daquele
Decreto-Lei foi já pedida por um grupo de
deputados e deverá ter lugar até ao Verão.
Também a Ordem dos Advogados — que já pria para o efeito e da coincidência exacta atribui — no caso de Portugal, a Fundação
emitira um parecer sobre a Lei do Comércio entre o nome de domínio e a expressão que para a Computação Científica Nacional
Electrónico a destacar diversas lacunas legitima a sua obtenção têm sido algumas (FCCN).
e contradições na transposição efectuada das medidas adoptadas. O comércio electrónico e os nomes de
— já solicitou uma nova apreciação do Também a associação entre quem tem domínio na Internet são, aliás, os temas
decreto-lei. direito a registar determinado nome e quem abordados por duas publicações do Centro
O jurista Miguel Almeida Andrade efectivamente o fez tem vindo a ser inviabi- Atlântico que recentemente chegaram às
— que recentemente publicou um livro lizada. Contudo, a questão dos livrarias: “Nomes de Domínio na Inter-
intitulado “Nomes de domínio na Internet registos não se fica por aqui, net — A regulamentação
- A regulamentação dos nomes de domínio uma vez que pode haver dos nomes de domínio
sobre .pt” — abordou no CiberLaw 2004 o mais do que uma pessoa ou sobre .pt”, de Miguel
tema do “cybersquatting”, o nome dado à entidade com direitos sobre Almeida Andrade,
apropriação por especuladores de nomes um nome — por exemplo, e “Guia da Lei do
de domínio (parte integrante dos endereços diversas marcas podem ter Comércio Electrónico”,
na Internet) para posterior venda aos legíti- o mesmo nome desde que de Manuel Lopes
mos utilizadores ou para impedir estes de os se refiram a áreas e pro- Rocha, Ana Margarida
registarem. Os nomes de uma empresa, por dutos diferentes. Pode-se Marques e André
exemplo, só podem ser registados por esta registar nomes de domínio Lencastre Bernardo.
e o mesmo acontece com as marcas, que só com base em pedidos de O seminário Ciber-
podem ser registadas pelos seus legítimos marcas ou recorrendo a Law 2004 constituiu
detentores. abreviaturas, mas não é também pretexto
Explicou Almeida Andrade que o objec- permitido o registo de para a apresentação
tivo dos “cybersquatters” é, na maior parte nomes que induzam pública destes tra-
das vezes, a venda dos nomes de domínio em erro ou confusão balhos. (Na sequên-
de Internet ou, por outro lado, por coincidirem com cia deste evento, uma
impedir a presença na Web de marcas notórias. Se notícia errónea sobre
certas empresas ou marcas. A as regras estipuladas o mesmo publicada
regulamentação e outros mecanismos de não forem cumpridas, no Expresso Online
resolução de conflitos têm sido a resposta é também possível a desencadeou na blo-
dada a estes casos. A delimitação rigorosa remoção de determinado gosfera, e não só, uma
dos tipos de expressões passíveis de registo, domínio, o que pode ser acesa polémica — ver
bem como a exigência de legitimidade pró- feito pela entidade que os notícia na pág. 4).●

computadores .2 S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 1
S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4 computadores .3
 tecpédia HENRIQUE CARREIRO
Cornice
C P
om o progressivo desaparecimento
das cassetes de vídeo dos gravadores
domésticos, o único reduto da gravação
em fita parece ser ainda o das “camcor-
ders”. A Sony tem vindo a investir no
desenvolvimento de “camcorders” com gravador
de DVD e a Matsushita tem produzido, através da
sua marca Panasonic, dispositivos de gravação de
vídeo baseados em cartões “secure digital”. Ambas
as abordagens levantam a sua dose de questões: a
da Sony coloca limites à miniaturização e ao custo,
uma vez que a componente de gravação de DVD é
algo complexa e necessariamente cara; a da Pana-
sonic ultrapassa as questões do tamanho mas não
as do custo, dado que os cartões de memória Flash
de alta capacidade (acima de 1GB) são ainda muito
caros, podendo constituir uma componente de
custo de quase 30 por cento quanto a este tipo
de dispositivo.
A Samsung começou a ensaiar uma abordagem
que, necessitando embora de refinamento,
poderá constituir uma alternativa interessante
a curto prazo: a “camcorder” dotada de disco
rígido. A opção, aqui, por um disco pode parecer
estranha mas, na realidade, é hoje possível usar
discos com capacidades até 4 GB, a preços de
menos de um terço face aos das memórias Flash
correspondentes. O leitor iPod, da Apple, foi o
primeiro dispositivo de electrónica de consumo
a mostrar que os discos rígidos de dimensão mais
reduzida podem aí ter sucesso — e uma legião de
seguidores tem vindo a consolidar no mercado
essa ideia.
Parte da proeza que consiste em reduzir o tama-
nho do disco ao nível de poder ser usado, por
exemplo, num telemóvel deve-se a uma empresa
quase desconhecida — a Cornice —, que come-
çou há menos de um ano a produzir discos com
capacidades de 1,5 e 2 GB, com 2,5 centímetros de
diâmetro, portanto capazes de rivalizar com car-
tões de memória Flash. A
Cornice afirma ainda que
os seus discos são capa-
zes de suportar uma
queda de uma altura
de 1 metro sobre
uma superfície rígida
(algo que certamente
ninguém quererá expe-
rimentar com frequência).
Estas unidades resultam de cerca de
três anos de desenvolvimento e são criadas por
uma equipa de luxo, baseada nalguns dos nomes
mais experientes da indústria dos discos — sobre-
tudo executivos e engenheiros oriundos da Quan-
tum, da Maxtor e da Seagate, entre outros.
O lema na concepção dos discos da Cornice foi
poupar na complexidade para conseguir baixar os
preços. Este disco tem cerca de 35 componentes,
contra os mais de 200 dos seus rivais mais próxi-
mos. Até os parafusos foram reduzidos a apenas
três (“versus” os 12 dos concorrentes). O resultado
é uma unidade que pode ser comercializada em
quantidade por menos de 50 euros, o que torna
viável a construção de leitores de musicais nela
baseados e a preços que possibilitem a compra
por impulso. A RCA-Thompson, um dos principais
fabricantes deste tipo de dispositivos, é um dos
clientes da Cornice.
É certo que os discos de 2 GB ficam muito aquém
dos 20 GB típicos de dispositivos como o iPod.
Mas, em contrapartida, tornam o leitor mais por-
tátil e bastante mais barato — e, ainda assim, per-
mite ao utilizador guardar cerca de 600 canções
em formato de elevada qualidade.
Mas a Cornice não está só neste mercado: a Hita-
chi, que ficou com o negócio de “microdrives” da
IBM, e a Toshiba, que faz os discos para o iPod,
são duas das suas maiores rivais. Mas a empresa
afirma ter um activo imbatível: a simplicidade. E
esta, ao que parece, não é uma vantagem que possa
ser facilmente copiável. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
computadores .4
ERRO JORNALÍSTICO PÕE EM EVIDÊNCIA FALHAS DA LEI DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO
A liberdade de expressão
EDRO AMORIM, um dos juristas
portugueses críticos da Lei do
Comércio Electrónico (Decreto-
Lei nº 7/2004, de 7 de Janeiro),
teve, na semana passada, uma
experiência reveladora da potencial ine-
ficácia desta lei. Presente no seminário
CyberLaw 2004 (ver pág. 2), terá sido
questionado após a sua intervenção por
uma jornalista do Expresso Online. O
texto, publicado horas depois no sítio do
semanário, afirmava que “a Autoridade
Nacional de Comunicações (Anacom)
pretende acabar com os chamados ‘blogs’,
páginas de opinião muito em voga na
Internet, alegando que estes sítios são fre-
quentemente utilizados para difamação”.
Estas declarações, que o autor nega,
estiveram publicadas na edição “on-line”
do semanário desde cerca das 18 horas
da tarde do dia 11 até às 13 horas do
dia seguinte sem qualquer desmentido.
Entretanto, na madrugada de dia 11 para
12, o deputado José Magalhães recorreu
ao seu blogue parlamentar (ver caixa)
para tentar desmistificar essas afirma-
ções e o próprio Pedro Amorim emitiu
posteriormente uma declaração onde
contrariava o texto do Expresso Online
— e que este publicaria nos comentários
e depois na página principal.
A Anacom só desmentiria a notícia
após o esclarecimento doa Expresso
Online mas o Partido Os Verdes ainda
emitiu uma nota de imprensa onde afir-
mava querer interpelar o Governo sobre
o assunto por ele colidir com a liberdade
de expressão. Entretanto, muitos blogues
já apresentavam textos (vários deles pes-
soalmente ofensivos) contra Amorim.
Conhecedor da Lei do E-Comércio,
enquanto membro da secção de Direito
das Novas Tecnologias e Comércio
Electrónico da Ordem dos Advogados, o
jurista poderia processar o “Expresso” e
os blogues por “ilicitude manifesta”, tanto
por abuso da liberdade de expressão como
por injúrias à sua pessoa e difamação
— casos previstos no Código Penal: Nos
blogues, “a difamação é manifesta”.
Mas todos os textos continuaram
Os blogues da AR ‘tarde chegaram, mas a tempo…’
Os blogues da Assembleia da República
(AR) já estão a funcionar — e um deputado
já ajudou a desvendar um erro jornalístico
antes mesmo de o próprio jornal “on-line” o
desmentir e publicar a resposta do autor das
alegadas afirmações.
“Tarde chegaram, mas a tempo...” — assim
foi o título do texto inicial do primeiro
blogue parlamentar, o “República Digital
– Cenas da vida parlamentar” (em http:
//blogs.parlamento.pt/republicadigital/ ),
escrito a 6 de Maio por José Magalhães na
plataforma blogAR, destinada à criação de
blogues do Parlamento.
No início da madrugada da quarta-feira,
face ao caso Pedro Amorim (ver texto
principal) e sob o título “Chacina dos Blogs”,
Magalhães explicou que estivera “num dos
painéis do seminário em causa” (o CyberLaw
2004) e que o que ouvira “não tem remota
semelhança com esta declaração”:“O que se
criticou com razão foi o facto de a legislação
sobre comércio electrónico aprovada pelo
Governo [...] ter dado à Anacom poderes
para dirimir litígios no ciberespaço”.“O
equívoco sobre quem é o dr. Amorim
esbate-se consultando a revista ‘Direito
na Rede’, que coordena [na Ordem dos
Advogados]. O risco de que a Anacom seja
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“on-line” e, para serem retirados, pode-
ria usar-se a referida Lei do Comércio
Electrónico. Esta prevê que “o prestador
intermediário do serviço de armazenagem
em servidor só é responsável, nos termos
comuns, pela informação que armazena
se tiver conhecimento de actividade ou
informação cuja ilicitude for manifesta e
não retirar ou impossibilitar logo o acesso
a essa informação”. A lei é explicita: em
caso de conflito, “qualquer interessado
pode recorrer à entidade de supervisão
respectiva, que deve dar uma solução
provisória em 48 horas e logo a comunica
electronicamente aos intervenientes”.
Perante a lei e no caso do “Expresso”,
Pedro Amorim teria de reclamar inicial-
mente para a Alta Autoridade para a
Comunicação Social (AACS) por ser a
“entidade de supervisão respectiva”, que
teria de avaliar se havia abuso de liber-
dade de imprensa e promover a remoção
do texto. Mas, dado tratar-se de matéria
penal, a AACS iria pedir as medidas que
achasse correctas junto dos tribunais e
não da Anacom. Esta é a autoridade de
supervisão central na Lei do E-Comércio ,
enquanto a AACS é uma de muitas auto-
ridades reguladoras cujas competências
ainda não foram regulamentadas por lei.
No caso dos blogues e do crime de
difamação, isso deveria ser feito direc-
tamente à Anacom, que podia agir no
espaço nacional mas dificilmente conse-
confrontada com pedidos para ‘fechar blogs’
é real, porém. E a causa está no D.L.7/2004,
cuja apreciação parlamentar pedi e está
para subir a plenário. O tiro a dar é no aborto
legislativo e não no ‘pianista’…”
O texto, citado em diferentes blogues,
serviu também para aplaudir a entrada
de deputados neste tipo de comunicação
— quase um ano depois do seu anúncio,
quando os blogues ficaram na moda após
surgir o Abrupto, de Pacheco Pereira. Foi em
Julho de 2003 que a AR anunciou a criação
de uma página pessoal ou blogue para cada
deputado a fim de difundir a informação do
exercício do seu mandato e para uma mais
fácil interacção com os eleitores.
Mas o resultado demonstrado pelo
“República Digital” é pouco satisfatório: os
textos não têm parágrafos, os comentários
“encavalitam-se”,aponta-se para três
entradas (textos) mas existe a indicação
de 14 “artigos” (inacessíveis excepto pelo
motor de busca) e o sistema de subscrição
por E-mail não funcionou. No seu primeiro
texto, Magalhães descreve como,“entre a
deliberação em Julho e a compra, instalação
e entrada em testes da plataforma a usar,
decorreram muitos meses”,e que “vai ser
difícil conseguir multiplicar o mapa dos
guiria fazer triunfar este ponto de vista
nos EUA, onde a liberdade de expressão
é muito defendida, ao abrigo da Primeira
Emenda constitucional. Aliás, se a situ-
ação imposta pela Anacom fosse a de
fechar os blogues em servidores nacio-
nais, isso não impediria os seus autores
de abrirem outros em servidores norte-
americanos com os mesmo conteúdos.
E “não acredito que eles os fechas-
sem”, salienta Pedro Amorim. Tal como
não acredita que um blogue com conteú-
dos difamatórios à sua pessoa e colocado
num servidor europeu, por exemplo,
acedesse a um pedido de remoção desses
conteúdos por parte da AACS, pois a
directiva comunitária que originou a Lei
7/2004 foi adoptada de forma diferente e
porque ela não contempla a intervenção
das autoridades de supervisão sectoriais,
pelo que teriam de ser os tribunais a
requerer a suspensão dos conteúdos. Em
Portugal, “a questão principal é que não
é um juiz mas a Anacom” quem trata
destas questões penais.
A Ordem dos Advogados, num pare-
cer de Fevereiro (onde alertava para a
potencial inconstitucionalidade da lei)
levantava dúvidas sobre o seu âmbito na
liberdade de expressão e informação, con-
sagradas na Constituição e que só podem
ser apreciadas por tribunais judiciais. A
prática, com a lei, é a de que um sítio na
Web que cometa o crime de difamação
pode ser apreciado pela Anacom caso a
AACS não consiga pronunciar-se ou agir
junto dos tribunais. Nos blogues, será
mesmo a Anacom, por estes não estarem
registados como órgãos de comunicação
com publicação periódica.
O Ministério da Justiça, numa nota
de Outubro, afirmava que a Anacom
pode resolver, “de forma provisória, se
o conteúdo deve ou não ser retirado,
sem prejuízo da solução definitiva do
litígio, a qual apenas pode ter lugar por
via judicial”. Assim, em vez de agilizar
o processo — que poderá sempre ter-
minar em tribunal —, a lei acaba por
“confundir o consumidor”, refere Pedro
Amorim. ● PEDRO FONSECA
blogues parlamentares num ápice”.“Mas
sou optimista e sinto-me aliviado, e mesmo
ressarcido, de bocarras serpentinas vazadas
na Web por malta da pesada” (houve quem
lhe chamasse “abutre tecno-populista”).
Quanto ao “perigoso e temível ‘Livro
de Estilo’” que explica as características
da plataforma”,como se lhe refere
Magalhães, este tem o título de “Manual
de Administração do Sistema de Blogs da
Assembleia da República (versão 1.0)” e foi
publicado a 30 de Abril, na versão a que
Computadores teve acesso.
Explica o que é um blogue e como o “Master
Blogger, que possui as mesmas permissões
de um ‘blogger’, com a permissão acrescida
de gerir os restantes ‘bloggers’.” No caso
de um deputado que “não se encontre em
efectividade de funções mas disponha de
um blogue, este continua acessível aos seus
visitantes, embora não seja possível efectuar
a sua actualização”.
O espaço disponível é de 20 MB e está
arrumado em notícias, entradas (“posts”),
temas de entradas, artigos, temas de
artigos, imagens, galerias, comentários,
ligações e categorias. Os seus autores
podem eliminar ou apagar definitivamente
artigos, imagens ou temas. ● P.F.
 TRANSFERIR ‘KNOW HOW’ E PREPARAR TÉCNICOS PARA O FUTURO IMEDIATO
Cisco intensifica criação
de academias de ‘networking’
A
CISCO ANUNCIA hoje, 17 de Maio,
a entrada numa nova fase do
seu Programa de Academias de
Networking, que existe nos EUA
desde 1997 e na Europa desde
1999, e hoje cada vez mais tira partido de
processos como o E-learning — conteúdos
baseados na Web, avaliação “on-line”,
acompanhamento dos alunos, práticas labo-
ratoriais, formação e suporte a instrutores
— para proporcionar o conhecimentos das
suas tecnologias e soluções ao mais variado
tipo de interessados, que assim podem cer-
tificações muito valorizadas no mercado de
trabalho.
Hoje, o programa está já a funcionar em
cerca de 150 países, abrangendo mais de
478 mil alunos de 10.132 academias insta-
ladas em escolas secundárias, profissionais,
politécnicos, universidades, organizações
comunitárias, etc., perfazendo um investi-
mento total de cerca de 300 milhões de dóla-
res. Segundo Carlos Brazão, director-geral
da Cisco em Portugal (onde o programa foi
também lançado em 1999), existem hoje 41
academias — cujos 81 formadores já certifi-
caram a formação de mais de 900 técnicos
— e são actualmente frequentadas por mais
de 500 alunos.
A Cisco apoia a formação destas aca-
demias em parceria com instituições de
ensino, fornecendo sempre gratuitamente
os meios de conhecimento necessários. Nas
academias de âmbito regional, o laborató- nicação patrocinado
rio é totalmente montado a expensas da pela Cisco Systems,
empresa mas esta comparticipação desce a empresa líder
para 50 por cento nas academias de âmbito mundial no fabrico
local. A intensificação do investimento da de equipamentos
Cisco Portugal neste programa levou à e soluções para
contratação de Nuno Guarda, novo direc- esta área. Esta
tor da empresa que ficará exclusivamente academia surgiu
dedicado às actividades do Programa de em parceria com
Academias de Networking. a Escola Superior
O currículo destas academias, criado de Tecnologia e
inicialmente para preparar estudantes Gestão (ESTG)
para as certificações CCNA (Cisco Certified do Instituto Poli-
Network Associate) e CCNP (Cisco Certified técnico de Leiria
Networking Professional), expandiu-se para e a respectiva
outros cursos patrocinados por parceiros. licenciatura em
Estes cursos opcionais incluem: Fundamen- Engenharia Infor-
tals of Web Design, patrocinado pela Adobe mática no Ramo de
Systems; IT Essentials: PC Hardware and Redes e Sistemas
Software e IT Essentials: Network Ope- de Comunicação. A
rating Systems, patrocinados pela Hew- criação deste centro
lett-Packard; Fundamentals of Voice and estudantes universitários, trabalhadores no foi ainda apoiada por empresas como a
Data Cabling, patrocinado pela Panduit; activo, desempregados e existindo já mesmo Microsoft, a SAP e a Datamex, que também
Fundamentals of UNIX e Fundamentals of experiências com populações prisionais. Os celebraram protocolos com a ESTG.
Java, patrocinados pela Sun conteúdos foram desenvolvi- As aulas do centro de formação de
Microsystems. Mais recente- RUI JORGE CRUZ dos de forma a poderem ser Leiria começaram logo no início do semes-
mente, passou a integrar dois transmitidos a pessoas sem tre lectivo seguinte da ESTG com um
novos cursos: Fundamentals of Network formação prévia em tecnologias de infor- total de 120 formandos. Esta iniciativa
Security e Fundamentals of Wireless LAN. mação. apontava depois para a criação de duas
Os destinatários primeiros são toda a Exemplo destas academias é a existente academias locais em regime experimen-
população estudantil — das escolas do 2º em Leiria, inaugurada em de Janeiro de tal, em escolas secundárias da região de
e 3º ciclos, secundárias e profissionais —, 2000, como o primeiro centro regional de Leiria, com arranque em pleno previsto
jovens que procuram o primeiro emprego, formação em tecnologias de redes de comu- para o início do ano lectivo seguinte. ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4 computadores .5
 dica
Manter o Windows
actualizado (3)
Para os utilizadores que não querem depender
das opções das actualizações automáticas
do Windows, existe o Windows Update, uma
função que dá ao utilizador todo o controlo
sobre o processo de actualização do sistema.
Há três maneiras para iniciar o Windows
Update: escolhendo o programa com o mesmo
nome no menu Iniciar, em Todos os Programas;
através da Ajuda e Suporte, em Escolher uma
Tarefa, na opção Mantenha o Computador
Actualizado através do Windows Update; e,
por fim, no Painel de Controlo, Adicionar ou
Remover Programas, clicando em Adicionar
Novos Programas e, em seguida, carregando
no botão Windows Update.
Qualquer destes caminhos leva à abertura de
uma sessão
do Internet
Explorer com
ligação ao
endereço http:
//windowsupd
ate.microsoft.c
om . Assim que
é estabelecida
ligação a
este sítio, o
programa
começa por
verificar se a
sua própria
versão é a
mais recente
(caso contrário, surgirá uma janela a pedir
para o actualizar). Efectuada esta, no painel
direito da janela carrega-se em Pesquisar por
Actualizações. O programa vai então pesquisar
o computador à procura de funcionalidades do
Windows e controladores não actualizados.
Terminada a verificação, o programa apresenta,
no mesmo painel da direita, a indicação de
quantas actualizações fundamentais para
o computador foram encontradas. Para ver
quais são, carrega-se em Rever e Instalar
Actualizações Fundamentais. Surge então
a lista das actualizações que a Microsoft
classifica como “críticas” em termos de
segurança e também os “service packs” (ver
imagem). Estas estão, por omissão, escolhidas
para instalação; se o utilizador pretender,
poderá remover actualizações carregando no
correspondente botão.
No entanto, estas podem não ser as únicas
actualizações disponíveis para instalação. No
painel da esquerda, sob o título “Seleccionar
actualizações a instalar”, há três secções. A
primeira corresponde às atrás referidas. A
segunda corresponde às actualizações de
funcionalidades do próprio Windows que não
são consideradas fundamentais. A terceira,
como o próprio nome indica, corresponde a
novas versões de controladores (os também
chamados “drivers”.
Carregando em cada um dos segundo
e terceiro títulos, surgem no painel da
direita as listas respectivas. Nestes casos, há
que adicionar as actualizações à lista das
seleccionadas, bastando para tal carregar no
botão Adicionar.
Escolhidas todas as actualizações que se quer
instalar, carrega-se, no painel da esquerda,
em Rever e Instalar Actualizações. Isto faz
aparecer na direita todas as actualizações
escolhidas — sendo, nesta fase, ainda possível
remover itens. A seguir, carrega-se no botão
Instalar Agora.
O programa começa então o processo de
transferência e instalação das actualizações.
Dependendo da quantidade destas (e da sua
dimensão também), assim este processo será
mais ou menos demorado. No fim da instalação,
de um modo geral, o programa irá aconselhar
que se reinicie o computador. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .6
COMPRAS DAS EMPRESAS DINAMIZARAM SEGMENTO EM PORTUGAL
Toshiba recupera
liderança nos portáteis
A
RECUPERAÇÃO do investi-
mento das empresas na
compra de computado-
res portáteis durante o
primeiro trimestre de
2004 deu um impulso aos resulta-
dos da Toshiba Portugal — que,
nos primeiros três meses do ano,
recuperou a liderança em termos de
vendas, obtendo o melhor resultado
de sempre da empresa em Portu-
gal. Com mais de 12 mil máquinas
vendidas, a Toshiba garantiu uma
quota de mercado de 26,9 por cento,
deixando para trás a HP (com 19 por
cento e 9129 unidades) e a Acer, com
11 por cento do mercado e a venda de
5231 computadores.
Os números da IDC Portugal
para o primeiro trimestre do ano
indicam ainda um crescimento do
mercado de computadores portáteis
de 46,9 por cento, com um volume
de equipamentos vendidos de 47.600,
contra os 32.400 comercializados
no trimestre homólogo de 2003. O
mercado de portáteis continua a ser
o que mais cresce dentro
dos equipamentos por- FÁTIMA
táteis, embora ainda / Casa
esteja longe dos volu-
mes de vendas dos computadores de
secretária — que, nos primeiros três
meses do ano, ultrapassaram as 75
mil unidades.
“No primeiro trimestre de 2004,
os factores que impulsionaram o
regresso à liderança foram princi-
palmente o facto de conseguirmos
acertar a nossa capacidade de oferta
com a procura do mercado — o que
não aconteceu no primeiro trimestre
de 2003 — e porque o mercado das
empresas voltou a mostrar alguma
dinâmica”, explica Jorge Borges,
gestor de produto e de “marketing”
da Toshiba Portugal. Após um ano de
2003 em que as decisões de compras
das empresas estiveram bastante
estagnadas, no primeiro trimestre
deste ano, a venda de equipamentos
neste segmento aumentaram bas-
tante significativamente.
Satisfeito com os resul-
tados dos primeiros três
meses do ano, João
Amaral, director-geral
da Toshiba Portugal,
explica que a empresa
tem registado um cresci-
mento exponencial desde
1995, ano em que entrou
no mercado português. “Já
superámos as 170 mil máquinas
vendidas e a expectativa
é que, até Setembro
deste ano, ultrapas-
semos as 200 mil
máquinas”.
S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4
EVOLUÇÃO DAS VENDAS DE PORTÁTEIS EM PORTUGAL
Fabricante Unidades Quota Unidades Quota Crescimento
1º T. de 2003 (%) 1º T. de 2004 (%) (%)
Toshiba 9.468 29,2 12.814 26,9 35,3
HP 8.377 25,8 9.129 19,2 9,0
Acer 1.984 6,1 5.231 11,0 163,7
Total 32.458 100 47.666 100 46,9
Fonte: IDC, Q1 2004, Dados Finais
A Toshiba estima que exista em A empresa não está neste
Portugal um parque de mais de 100 momento a investir no mercado de
mil equipamentos da marca ainda equipamentos abaixo dos 1200 euros
activos, o que traz à empresa uma por não os considerar economica-
responsabilidade acrescida a nível de mente viáveis mas Mamoru Suzuki,
assistência técnica — que a operação presidente da Toshiba Europe,
em Portugal tem vindo a reforçar atra- confirmou que a Toshiba está a
vés de investimentos no suporte ofere- desenvolver diversas iniciativas para
cido aos clientes mas também numa garantir a sua competitividade nesta
melhor qualificação técnica do canal área, já que é um segmento de mer-
de revenda, justifica João Amaral. cado com grande crescimento
No último ano, em termos euro- Durante os anos de 2004 e 2005,
peus, os preços dos computadores a Toshiba vai apostar em novidades
portáteis sofreram um declínio na que pretende que garantam a sua
ordem dos 25 por cento, causados diferenciação em relação aos con-
pelo aumento da concorrência numa correntes, integrando nos portáteis
altura em que a falta algumas das novas tecnologias que
CAÇADOR de componentes e o desenvolveu através das suas uni-
dos Bits seu encarecimento dades de I&D — nomeadamente,
levou a um aumento a “liquid cooling tecnology” (um
de custos para os fabricantes. Ainda processo de dissipação do calor
assim, a Toshiba conseguiu não ser gerado por processadores assente
muito afectada por esta conjuntura, num fluido de boa condutibilidade
reduzindo os seus preços numa térmica) e também as baterias de
média de 12 por cento e mantendo- metanol, que, segundo a empresa,
se à margem da “guerra de preços”, permitirão aumentar em cinco a dez
adianta Jorge Borges. vezes a autonomia dos computadores
O gestor de produto da Toshiba portáteis. ●
explica ainda que o mercado está
segmentado em duas áreas distintas
quanto aos preços, que acabam por Certificação de parceiros
ser quase equivalentes em termos de aumenta competências
vendas — com uma fatia muito sen-
sível ao preço, enquanto cerca de 50 Continuando a apostar na melhoria
por cento das vendas se faz sobretudo da qualidade do seu canal de revenda
no segmento acima dos 1500 euros, de produtos, a Toshiba certificou na
com os utilizadores a procura- semana passada 48 novas empresas
rem equipamentos com no âmbito do seu programa de
maior desempenho certificação de parceiros. Direccionado
e funcionalidades para duas áreas diferentes — a de
multimédia mas parceiros e a de empresas-parceiras
também com —, o programa foi criado em Outubro
maior mobili- de 2003, altura em que tinham
dade. aderido oito empresas.
Agora, a estes primeiros
parceiros juntaram-se 16 novas
empresas, certificadas como
“mobility corporate partners”,
enquanto, na área de “mobility
partners”, a Toshiba credenciou
32 revendedores. Estas empresas
passam a dispor de ferramentas
que pretendem melhorar a
qualidade do serviço prestado
aos clientes, entre as quais se
contam uma extranet exclusiva,
com informação relevante sobre
os produtos da Toshiba, como
notícias, imagens e material
promocional, calendário de
eventos e acções. ● F.C. / CDB
 ZZT! É NOME DE NOVO SERVIÇO DE ACESSO À INTERNET POR BANDA LARGA da.net

PT quer 1 milhão
de clientes em 2005
A
GAMA DE serviços de acesso clientes da TV Cabo que ainda não
à Internet oferecidos pelas são clientes de nenhuma modalidade
empresas do grupo Portu- da Netcabo — aponta para os poten-
gal Telecom (PT) — desde o ciais utilizadores da Internet apenas
acesso telefónico convencio- interessados num acesso por pequenos Clientes da EPAL já podem consultar contas…
nal ao ADSL e ainda à Netcabo, da TV intervalos de tempo à Web, realizados A Empresa Pública de Águas Livres (EPAL) de Lisboa
Cabo — foi alargada na semana passada de forma irregular. Estes utilizadores anunciou na passada semana um serviço interactivo que
com um novo elemento: o Zzt! não se sentem motivados para mudar permite aos clientes acompanharem o histórico dos seus
A novidade deste serviço da TV do convencional acesso por linha tele- consumos e da respectiva facturação, e comunicar leituras
Cabo reside na aplicação ao acesso à fónica para nenhuma das modalidades com validação na Internet com toda a segurança. O EPALnet
Internet da fórmula de cartões recar- da Netcabo ou mesmo do ADSL, que foi criado a pensar no crescente número de clientes que
regáveis que proporcionaram o “boom” envolvem sempre um custo fixo mensal utilizam o sítio da empresa na Web (www.epal.pt) e permite
da adesão aos telemóveis há una anos. não desprezável. efectuar operações “on-line” com “toda a comodidade
Assim, o utilizador não terá que pagar Com o Zzt!, a PT, que já tem cerca e segurança, a qualquer hora e a partir de qualquer
uma mensalidade fixa, tendo apenas de meio milhão de utilizadores de acesso computador” — referiu a empresa em comunicado,
que, a intervalos máxi- à Net por banda larga citado pela Lusa.“Com este serviço, pretende-se facilitar e
mos de 60 dias, creditar RUI JORGE CRUZ (“grosso modo” reparti- automatizar o contacto com a EPAL, na medida em que
um mínimo de 22,5 dos pela Netcabo e pelo os clientes passam a poder consultar, actualizar e gerir
euros na sua conta recorrendo (como ADSL), pretende atrair mais clientes à informações que constam na base de dados de clientes
sucede também nos telemóveis) a uma banda larga de forma a chegar ao fim de porciona-lhe, por outro lado, descarre- (associada a um sistema de informação geográfica),
máquina de Multibanco. 2005 com 1 milhão de utilizadores. gamentos ilimitados da Internet (tanto reduzindo assim o trabalho administrativo”,sublinha a EPAL.
A forma como o serviço se cobra Como já sucede em qualquer das nacionais como internacionais) através
assenta em períodos de 10 minutos, modalidades da Netcabo, o “kit” com de uma ligação com a velocidade nomi- … e dar valores de consumos pela Web
custando cada período ou fracção dele modem de cabo e “software” é gratuito, nal de 256 Kbps e 15 MB de capacidade
a quantia de 30 cêntimos. O desenho tendo o novo cliente apenas que custear em disco nos servidores para E-mail e Com este serviço, os clientes podem gerir os seus dados
deste serviço — que tem como alvo os a instalação e a activação. O Zzt! Pro- uma página pessoal na Web. ● pessoais e do contrato, consultar mensagens da EPAL,
acompanhar o histórico de consumos e da facturação,
comunicar leituras (com validação “on-line”), activar o
ESTUDO DA SOFISTICAÇÃO DIGITAL REALIZADO PELA JUPITER RESEARCH serviço por SMS, consultar a estimativa de consumo e o
dia da leitura, requisitar serviços de assistência domiciliária,

Suecos são os mais digitais na Europa entre outros. Para promover a adesão a este serviço, foi
enviado aos clientes um convite por correio electrónico,
existindo já cerca de 700 utentes registados no EPALnet.

E
M MATÉRIA de navegação na
Web e da adopção dos apare-
lhos digitais mais recentes,
os suecos são os mais avança-
dos da Europa Ocidental; os
gregos, por seu lado, encontram-se no
fundo desta escala, de acordo com um
estudo intitulado “Digital Life Index”,
da empresa Jupiter Research com o fim
de avaliar o nível de sofisticação digital
em 17 países europeus ocidentais.
Por seu lado, os britânicos fazem
mais compras “on-line” que os seus pares
europeus, gastando uma média anual de
314 euros em todo o tipo de bens, desde
alimentares até bilhetes de avião.
De um modo geral, quanto mais a sul
se situam os países, menos se encontra
“gadgets” digitais, antenas parabólicas e
ligações à Internet. “Os países-membros
da União Europeia poderão estar a con-
vergir do ponto de vista económico mas
os estilos de vida dos seus habitantes
mantêm-se tão diversos quanto o eram
— e isso é bem claro na adopção do estilo
de vida digital”, disse Mark Mulligan,
analista da Jupiter.
O estudo considera um conjunto
diversificado de factores, desde os hábi-
tos de comprar no comércio electrónico
à adesão à televisão por satélite e ao
número de dispositivos digitais e de tele-
móveis — tudo compondo um “índice de
sofisticação digital”.
A Suécia, a Dinamarca, a Noruega
e a Finlândia registam os valores mais
elevados em termos de sofisticação
digital, ao passo que os países medi-
terrânicos, como a Grécia, Portugal e a
Itália se situam abaixo da média global
— aponta a Jupiter Research.
A posição cimeira da Suécia foi deter-
minada pela elevada adesão ao acesso à
Internet por banda larga, ao uso de
telemóveis e de computadores de bolso
(também conhecidos por assistentes pes-
soais). Em contraste, a Grécia apresenta
os valores mais baixos em qualquer das
seis métricas estudadas para elaborar
o índice de sofisticação digital: acesso à
Internet, televisão digital e por satélite,
dispositivos sem fios, móveis e digitais, e
o nível de publicidade e de E-comércio.
A adesão ao uso de dispositivos digi-
tais constitui um indicador do potencial
do mercado para as empresas de electró-
nica de consumo e de disponibilização de
consumos. Por exemplo, os anunciantes
gastam montantes menores com os
potenciais consumidores gregos através
de publicidade na Internet. De acordo
com o estudo, as empresas gastam,
em média, 5 euros por utilizador grego
da Internet para promoverem os seus
produtos — valor esse que sobe para 18
euros na Suécia.
Mark Mulligan prevê que as áreas
de maior crescimento nos próximos anos
sejam os pacotes de serviços de acesso à
Internet por banda larga a fim de alicia-
rem os utilizadores da banda estreita
(o chamado “dial-up” telefónico), bem
como conteúdos televisivos distribuídos
através de serviços de banda larga em
países como a França, a Alemanha e
a Itália, no âmbito da adopção da TV
digital. A França e a Alemanha ficaram,
respectivamente, nos 10º e 11º lugares
do “ranking” de sofisticação digital, ao
passo que o Reino Unido se situou no
quarto lugar. ● BERNHARD WARNER / Reuters
Foi também produzido um folheto informativo para ser
disponibilizado nas lojas da EPAL ou para enviar através do
correio convencional.
Borba inaugura Espaço Internet
A Câmara Municipal de Borba, no distrito de Évora, inaugura
amanhã (terça-feira, dia 18 de Maio) um Espaço Internet, que
vai funcionar no Celeiro da Cultura — anunciou a autarquia
na passada sexta-feira. O Espaço Internet de Borba resulta
de uma candidatura do município ao Programa Operacional
Sociedade da Informação (POSI) e tem como objectivo
proporcionar e facilitar à população deste concelho
alentejano o acesso gratuito, com acompanhamento e apoio
profissional, aos novos meios tecnológicos da sociedade da
informação. Os munícipes de Borba terão à sua disposição,
entre outros meios, 12 computadores com recursos para
realizarem comunicação por videoconferência e acederem
à Internet e ao correio electrónico — estando um desses
computadores devidamente adaptado para utilização por
pessoas com dificuldades ou falta de visão (amblíopes e
invisuais). Com esta iniciativa, a Câmara Municipal de Borba
pretende contribuir para a melhoria da qualidade de vida da
população e para uma redução dos efeitos da ruralidade e
da interioridade no seu concelho.

S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4 computadores .7
 virose
Novas variantes do Sasser
A“praga”do Sasser diminuiu bastante durante
a última semana, não só porque as variantes já
existentes têm vindo a infectar cada vez menos
computadores mas também porque as novas
variantes entretanto surgidas são poucas (apenas
duas) e também potencialmente pouco perigosas.
A semana transacta ficou ainda marcada pela
detenção de um jovem de 18 anos na Alemanha
— em Waffensen, uma pequena cidade da Baixa
Saxónia — que terá confessado ser o autor não
só das primeiras cinco variantes do Sasser mas
também das 28 variantes do NetSky. Aliás, o facto
de as variantes E e F do Sasser terem aparecido
só depois desta detenção lançou uma grande
discussão sobre se aquele jovem terá (ou não) sido
o seu autor.
O Sasser.E tenta desactivar o“worm”Beagle
removendo as chaves do Registo do Windows que
permitem que ele seja executado quando o sistema
arranca. Esta funcionalidade não existia em versões
anteriores do“worm”.O código do Sasser.E inclui
ainda um aviso às suas vítimas com o seguinte texto:
“1.Your computer is affected by the MS04-011
vulnerability
2. It can be that dangerous computer viruses similar
the Blaster worm infect your computer
3. Please update your computer with the MS04-011
LSASS patch from the www.microsoft.com website
4.This is an message from the SkyNet Team for
malicious activity prevention”
O Sasser.E também cria uma“remote shell”na porta
TCP 1022, em vez da 9995, do mesmo modo que
usa o protocolo FTP na porta TCP 1023, em vez da
5554. Segundo vários especialistas em segurança, a
variante F do Sasser parece ter sido escrita por um
programador com pouca experiência, que teria
computadores .8
modificado ligeiramente o código mas
não acrescentando nenhumas funções
ou acções novas ao“worm”.
Novo‘worm’ Cycle
Entretanto, surgiu
mais um“worm”que
explora a mesma falha
do Windows que o Sasser.
Trata-se do Cycle.A, que contém no
seu código um texto sobre a situação política e
social do Irão, aparecendo o seu criador identificado
pelo pseudónimo Cyclone.
Quando é executado, ele cria o ficheiro Cyclone.txt
na pasta do Windows e uma cópia sua com o nome
Svchost.exe na pasta System.Também termina os
processos msblast.exe, avserve.exe, avserve2.exe e
skynetave.exe.
O Cycle.A cria os seguintes“mutexes”: SkynetSass
erVersionWithPingFast, Jobaka3l, JumpallsNlsTillt
e Jobaka3. Ele está programado para, no dia 18
de Maio, desencadear um ataque do tipo“Denial
of Service”(DoS) aos sítios www.irna.com e
www.bbcnews.com.
Ele escuta a porta TCP 3332 e corre um servidor
de FTP na porta UDP 69.Tenta entrar nos
computadores através da porta TCP 445 para
verificar se estão vulneráveis e, em caso afirmativo,
faz com que descarreguem uma sua cópia com o
nome Cyclone.exe — mas só se a aplicação Tftp.exe
estiver instalada no sistema.Tal como acontece com
o Sasser, o Cycle.A faz reiniciar o computador ao fim
de um minuto.
Falha no Windows
Na terça-feira passada, a Microsoft publicitou
a descoberta de uma nova falha existente no
Windows XP e no Windows Server 2003, classificada
S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4
OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 17
W97M/Yous, WM/Eraser.A:Tw, Acid.A
(intended), VBS/Mantie.ow, W97M/
Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/Akuma,
W32/Mypics.worm.25600, W97M/Jackal.A,
W97M/Serpent
Dia 18
como VBS/SWVK.ow.gen, W97M/Akuma, W97M/
“importante”. Cobra.a1, W97M/Alamat, W97M/Trugbar.a,
A empresa já WM/Eraser.A:Tw, W97M/Yous, W97M/
disponibilizou Chameleon.a
um“patch”para esta
falha. A Symantec, por Dia 19
seu lado, considera-a W97M/Yous, WM/Eraser.A:Tw, Tribute.A;B,
como sendo de“alto risco”. W95/Firkin.worm, W97M/Alamat, W97M/
A falha — que pode ter como resultado Nebo, W97M/Cobra.a1, W97M/Assilem.H
permitir a um intruso executar remotamente
código num computador por ela afectado Dia 20
—encontra-se na maneira como o Help W97M/Erab, VBS/Baracu.A@mm,
and Support Center do Windows valida a JS/Gigger.a@MM, W97M/Bablas.aj, X97M/
informação que lhe é enviada. Hopper.r, W97M/Mck.e, W97M/Cobra.a1,
A Microsoft não considera a falha como W97M/Alamat, VBS/Gaggle@MM, X97M/
“crítica”, pois não pode ser explorada sem que Anis, VBS/Loveletter.ar, W32/Urick@MM,
o utilizador efectue toda uma série de passos AOS.A, WM/MDMA.C;D;H, Gurre.A,
— podendo, portanto, aperceber-se do perigo WM/Eraser.A:Tw, VBS/Zync, W97M/Yous,
que corre. Um intruso teria que criar um “site” VBS/Count
com uma página concebida para explorar
a falha e convencer os utilizadores com Dia 21
computadores desprotegidos a visitarem o dito W97M/Yous, WM/MDMA.C;D;H, W97M/
“site” e executarem uma série de tarefas. Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/Opey.bg
O “patch” disponibilizado na terça-feira pela
Microsoft também faz duas outras alterações Dia 22
no Windows concebidas para melhorar a sua VBS/Alphae, W97M/Cobra.a1, W97M/
segurança. A primeira consiste na remoção de Alamat, WM/MDMA.C;D;H, W97M/Yous
uma funcionalidade do Windows XP que dava
aos utilizadores a possibilidade de actualizar Dia 23
um descodificador de DVD. A segunda elimina WM/MDMA.C;D;H, VBS/Valentin@MM,
uma função no Help and Support Center que, TRASHER.D, WM/NOMVIR.A;B, VBS/San@M,
às vezes, pedia aos utilizadores para enviar WM/ANGUS.A, WM/ANGUS.A, W97M/
informações sobre o “hardware” dos seus Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/Bablas.aj,
sistemas depois de se ter executado o assistente W97M/Melissa.o@mm, WM/Niknat.A,
“Found new hardware”.● JOSÉ DOUTIL W97M/Azrael
 uma pergunta a .com

Lucros da IBM aumentam 16 por cento

Eduardo
Garcia Sancho
Diraector-geral da SMC para
Espanha e Portugal
A SMC, um empresa que fabrica
equipamentos para redes, organizou
recentemente um encontro, em Lisboa,
com os seus parceiros e distribuidores.
Qual foi o objectivo desse encontro
e como é que a empresa encara a
evolução do mercado das infra-
estruturas de rede?
A IBM anunciou recentemente os seus resultados relativos ao primeiro
trimestre deste ano fiscal: um aumento dos lucros na ordem dos 16
por cento e um crescimento de 11 por cento nas vendas. Foram bas-
tante significativos os ganhos da empresa na área dos servidores mas
os resultados da área de serviços desapontaram os investidores. Os
lucros operacionais da empresa aumentaram de 1380 milhões de
dólares para 1600 milhões. As vendas aumentaram também de 20.070
milhões de dólares, no ano passado, para 22.250 milhões. Samuel
Palmisano, o CEO, disse que o crescimento foi em todas as áreas e
reflecte já alguma recuperação económica. As vendas de “hardware”,
protagonizadas por um ganho de 34 por cento nos “mainframes”,
cresceram 16 por cento para os 6700 milhões de dólares. As vendas
de computadores pessoais aumentaram 18 por cento, para os 2830
milhões. O negócio de fabrico de semicondutores desceu 9 por cento
face ao ano anterior. ●
Lucros descem e vendas sobem na Microsoft
que equivale a um acréscimo de 17 por cento face ao ano anterior. O
“cash-flow”operacional foi de 179 milhões de euros, mais 22 por cento
que no ano anterior. Segundo Michael Jackson, presidente do grupo
Sage, “estes resultados mostram um crescimento das vendas” face a
períodos recentes e mostram também o valor do seu maior activo: a
base instalada de 4 milhões de PME. ●
Mais 13 por cento de licenças na Siebel
A Siebel Systems, fornecedora de “software” aplicacional para
empresas, tornou públicos os seus resultados financeiros relativos ao
primeiro trimestre fiscal findo em 31 de Março passado. A empresa
anunciou que a facturação com a venda de licenças atingiram os
126,8 milhões de dólares, 13 por cento acima do montante registado
no mesmo período de 2003. Os proveitos relativos a serviços profis-
sionais, manutenção e outros atingiram os 202,5 milhões de dólares,
cabendo o montante de 114,9 milhões de dólares aos primeiros e
87,6 milhões de dólares aos restantes. O volume de negócios total no
trimestre foi, assim, de 329,3 milhões de dólares. O lucro líquido regis-

Investir
Os lucros operacionais da Microsoft desceram 39 por cento no tri- tado neste primeiro trimestre do ano foi de 31,7 milhões de dólares,
mestre findo a 30 de Março face ao mesmo período do ano anterior. contra os 4,6 milhões de dólares verificados no mesmo período de
De 2140 milhões de dólares verificados no ano passado, a empresa 2003, mais 580 por cento. Em comparação com o período idêntico

nas tecnologias passou para 1320 milhões. Contudo, as vendas da empresa aumen-
taram 17 por cento, de 7840 milhões para 9180 milhões, excedendo
o crescimento previsto por analistas do sector. John Connors, “chief
do ano passado, os custos globais e as despesas operacionais foram
reduzidos em 44,5 milhões de dólares, contribuindo para um lucro
operacional de 37,7 milhões de dólares, correspondente a 11,4 por

‘wireless’ financial officer” (CFO) da Microsoft, adiantou que as vendas de

computadores pessoais e de servidores são as principais motivos
dos resultados da empresa, que considerou positivos e que levaram a
cento do volume de negócios. ●

SAS vendeu mais 9 por cento

Microsoft a rever em alta as suas expectativas para o trimestre e o ano
fiscal. Essa conjuntura positiva foi benéfica para as vendas do sistema A SAS, empresa que fornece soluções de “business intelligence”,regis-

A
SMC pode dar formação periódica ao seu operativo Windows e do pacote de aplicações de produtividade Office tou no primeiro trimestre do seu ano fiscal, terminado em Março, um
canal, aos distribuidores que já conhe- 2003.“As nossas expectativas são que o desempenho registado neste crescimento das receitas de “software” na ordem dos 9 por cento
cem e compram os produtos da empresa, trimestre se irá manter ao longo do ano fiscal”,concluiu Connors. ● graças, entre outros factores, à adopção, por parte dos clientes, da nova
e aos que não compram mas querem plataforma SAS®9. Neste trimestre, mais de 300 clientes de várias áreas
conhecer esses produtos. O objectivo do Grupo Sage cresce 23 por cento (serviços financeiros, sector público, retalho e telecomunicações) licen-
encontro foi mostrar as novas tecnologias, produtos e ciaram o SAS®9. Este crescimento deveu-se, também, à conquista de
soluções que a SMC tem para oferecer. O grupo Sage, que desenvolve e comercializa “software” de gestão e novos clientes, como a Aeon, a Allegro Microsystems, a Axa, a Gencell,
Estamos num mercado muito dinâmico, que muda contabilidade para as PME, acaba de anunciar os resultados não audi- a Generali, a Hutchison 3G e o Nurnberger Group.“Os nossos clientes
com facilidade e é importante mostrar todas as opor- tados do primeiro semestre do seu ano fiscal, findo a 31 de Março. O reconhecem não apenas a tecnologia, mas também a experiência no
tunidades de negócio que surgem. Muitas vezes, as grupo registou um volume de negócios de 485 milhões de euros, mais mercado”,considerou Jim Goodnight, o CEO da empresa.“Desde o ‘cus-
tecnologias mudam tão rapidamente que os distri- cerca de 23 por cento quando comparado com o mesmo período tomer intelligence’ ao risco operacional e conhecimento financeiro, o
buidores acabam por não as conhecer. Falta-lhes essa do ano anterior. Nos primeiros seis meses do seu ano fiscal, o grupo SAS possui competências em mercados específicos e soluções para
informação, e por isso desconhecem as oportunida- Sage apresentou lucros antes de impostos de 127 milhões de euros, o apoiar os clientes a terem sucesso.” ●
des de negócio que se lhes apresentam. Somos uma
empresa de tecnologia que possui um catálogo muito
amplo de produtos e é bom que os distribuidores os
conheçam, que saibam como utilizá-los, onde podem
ser aplicados e que soluções devem oferecer aos uti-
lizadores finais.
Desenvolvemos tecnologia para trabalhar em rede e
somos também os precursores de muitas das tecno-
logias que hoje se usam no mercado de “networking”.
Somos uma marca com fabrico próprio, sem interme-
W W W. P U B L I CO. P T

diários, o que traz vantagens muito importantes para

o canal. Os preços são também muito acessíveis. Pro-
curamos apresentar soluções globais, que não envol-
vam apenas o “wireless” nem unicamente os produtos
com fios. Trata-se de uma infinidade de soluções de
comunicações.
Outro dos aspectos interessantes é a evolução das
tecnologias sem fios. O ano passado foi o ano do
sem-fios, uma área que foi responsável por cerca de
40 por cento do volume de negócios da SMC. Daí a
importância de dar resposta a este mercado, que é
enorme. Afinal, a instalação de uma rede sem fios
pode realizar-se em muito pouco tempo e com um
escasso investimento.
Por outro lado, estamos também a investir no mercado
profissional. Temos vindo a baixar os preços e a dese-
nhar produtos específicos para este tipo de mercado.
Em instalações novas, a percentagem de utilização
do “wireless” tem vindo a aumentar muitíssimo. As
outras empresas, que já possuem as suas instalações
cabladas, não querem perder a infra-estrutura que têm
mas acabam por conciliá-la com as tecnologias sem
fios. Nos espaços comuns, como as salas de reuniões,
as empresas querem, cada vez mais, instalar pontos de
acesso a redes sem fios.
As pequenas e médias empresas estão num momento
de recuperação importante; por isso, voltam-se para
as novas tecnologias e para a mudança das suas infra-
estruturas. Muitas empresas estão agora a encarar as
redes como algo imprescindível. Em Portugal, tem-se
verificado um crescimento importante dos nossos
negócios, o que se deve ao canal e ao suporte téc-
nico. Os passos dão-se pouco a pouco, mas são muito
sólidos. ●

Depoimento colhido por Isabel Gorjão Santos

S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4 computadores .9
 FICHA S H A R E WA R E

VIRTUALLAB DATA RECOVERY 4.0, DA BINARYBIZ

Recuperar ficheiros em
Editor
Rui Jorge Cruz
momentos de desespero
Redactores, colaboradores mais económico, aconselha-se o
e cronistas utilizador a adquirir uma quota
Ana Gerschenfeld, Ana Machado, de 40 ou mais gigabytes, que
André Ruivo, António Granado, poderá usar em acções futuras.

Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa
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Portugal €36.40
Europa €117.00
Resto do Mundo €189.80
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
A
CRESCENTE UTILIZAÇÃO do
computador nas tarefas
diárias levanta a e familiares, ajudando-os a
questão da dependência
do utilizador face ao
seu sistema informático. Mas,
apesar de fiabilidade dos sistemas
electrónicos e da qualidade do
“software” hoje desenvolvido,
surgem por vezes problemas
quando o disco rígido do PC deixa
de funcionar ou quando, sem
intenção, apagamos ficheiros
importantes. E é nestes momentos
que nos lembramos o quão
importante é realizar cópias de
segurança dos nossos documentos
e ficheiros.
Quando o leitor se vir
confrontado com este problema
— ter perdido ficheiros
importantes devido a problemas
no disco rígido ou ter apagado
esses ficheiros por engano — e
estiver já desesperado à procura
de uma solução para o resolver,
fica desde já a saber que talvez
o VirtualLab Data Recovery pode
ser a resposta às suas preces. Este
produto da BinaryBiz permite
recuperar informação e ficheiros
que tenham sido perdidos,
independentemente da razão:
falha do disco rígido, formatação
indevida, vírus ou remoção
involuntária de documentos. O
programa está disponível em
duas versões distintas: uma para
PC a correr o sistema operativo
Windows, da Microsoft, e outra
para os Macintosh, da Apple.
A versão do VirtualLab Data
Recovery para Windows, aqui
analisada, permite recuperar
qualquer “media” formatado com
os sistemas de ficheiros FAT 12,
FAT 16, FAT 32 e
NTFS (os usados pelos
NUNO BERNARDO
diversos sistemas
operativos da Microsoft), desde
discos Jaz, Zip, memórias Flash
ou mesmo as memórias usadas
em máquinas fotográficas digitais.
O programa irá anular qualquer
operação de remoção e recuperar
os ficheiros apagados. Diga-se
que este produto da BinaryBiz é a
aplicação de recuperação de dados
mais copiada do serviço Web
Download.com.
O programa pode ser obtido
gratuitamente indo ao endereço
www.binarybiz.com e instalado
no computador do utilizador. Este
processo realiza-se sem qualquer
problemas e o uso
do VirtualLab Data
Recovery é tão simples
como utilizar o Explorador do
Windows. Basta seleccionar o
disco, partição ou suporte onde se
pretende recuperar ficheiros e, a
partir daqui, o programa entrará
em funcionamento. Em poucos
segundos, o utilizador poderá ver o
conteúdo do disco que julgava perdido
e encontrar os ficheiros que pensava
já nunca mais poder recuperar.
A versão gratuita apenas
permite recuperar até 1 megabyte
de ficheiros; a partir daqui, o
utilizador terá de pagar pela
tarefa. E, ao contrário de outros
programas de “shareware”, o
cliente não paga pelo registo
do programa (através de um
único pagamento) mas pela
quantidade de informação a
recuperar. Ou seja, quanto maior
for a quantidade de informação a
recuperar, mais o cliente deverá
pagar pela operação. A taxação é
efectuada por cada megabyte e o
cliente poderá comprar saldo de
gigabytes, para usar em diferentes
operações de recuperação.
A título de exemplo, ficam
aqui os custos de utilização do
programa. A recuperação de uma
pasta ou partição de um disco até
1 GB poderá custar 100 euros,
enquanto a recuperação total de
um disco com 20 gigabytes poderá
ficar por 200 euros. Para se tornar
Para rentabilizar esse custo,
poderá partilhá-lo com amigos
recuperar determinada informação
a partir de disquetes já antigas,
discos Zip ou arquivos realizados
no passado mas aos quais já
não consegue aceder.
O VirtualLab requer que
o computador onde vai ser
executado esteja conectado
à Internet, porque a usa
para se ligar ao VirtualLab
Recovery Server, onde estão
registada milhares de rotinas
de recuperação de dados
(assentes em algoritmos
de inteligência artificial).
O servidor da VirtualLab
guarda registos de mais de
3 milhões de operações já
efectuadas, o que permite
aplicar algoritmos já testados
noutras tarefas de recuperação
de dados. Isto garante que
o programa se actualiza
automaticamente com as
mais recentes funcionalidades,
oferecendo uma maior taxa de
eficácia nestas operações.
O VirtualLab Data Recovery
( http://www.binarybiz.com/vlab/
windows.php ) é uma das mais
úteis aplicações disponíveis para
PC e Mac. Se, habitualmente,
não realiza cópias de segurança
dos seus ficheiros, o mais
provável é que, mais cedo ou
mais tarde, vá precisar de usar
este programa (ou outro seu
concorrente). Quando pensar que
determinado ficheiro, pasta ou
disco está perdido, o VirtualLab
é a uma última oportunidade
de tentar recuperar informação
vital. O programa é de simples
utilização e muito eficiente nesta
tarefa, apresentando como único
inconveniente o seu preço: para
usar o programa para além de 1
MB, o utilizador terá de pagar um
valor por cada novo megabyte de
informação recuperada. É lógico
que a decisão de usar o programa
depende sempre de do utilizador
e do valor que ele atribui à
informação a recuperar. ●

computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4
 WEBMANIA

S urgiu para o mundo na Primavera de

1999. “Em nome próprio. Mas não sem
escrúpulos nem reticências”. Pensando na
natureza deste tipo de intervenção como
própria e devida por um escritor dos tempos
de hoje, lançou-se na aventura: construir uma
página pessoal consagrada ao essencial da

O BEIJO
poesia francesa contemporânea. E como uma
arte nunca vem só, o espaço está aberto à
pintura, à fotografia… E a produção da escrita
manual como espectáculo também visual:
fotos de apontamentos, textos, experiências
— a escrita em oficina, trabalho de mãos,
formas retrabalhadas. Jean-Michel Maulpoix
é autor de várias obras poéticas, estudos
críticos sobre autores e ensaios gerais de
poesia. Dirige a revista trimestral de literatura
e crítica “Le Nouveau Recueil” e é docente
de poesia moderna e contemporânea na
Université Paris X - Nanterre, em Paris. ●
www.maulpoix.net mulher.aranha@publico.pt

W
WEBBMMAANNI IAA
www.introdans.nl www.cite-sciences.fr www.transfert.net www.cynicalbastards.com

E xperimenta dança de alta

qualidade!” Uma frase com várias
leituras, escolhida para encabeçar
a sua apresentação ao público na
Web. Formada em 1971, a Introdans
apresenta-se hoje como uma das
maiores e mais activas companhias
de dança da Holanda. Com uma
actividade muito variada, dedica-
se a trabalhar tão intensivamente
para o público adulto como para o
público jovem e infantil, produzindo
“ballets” que incorporam elementos
clássicos e líricos, combinados
harmoniosamente com técnicas
modernas. Este é o seu sítio. ●
C ité des Sciences et de l’Industrie, La
Villette, Paris. Complexo gigantesco
dedicado ao conhecimento científico,
à sua transmissão e desenvolvimento.
Com espaços temáticos ou dirigidos a
públicos específicos, oferece múltiplas
possibilidades: a Cidade da Saúde
apresenta-se como um espaço de
informação e orientação, de acesso
livre e gratuito nesta área; a Cidade das
Profissões como espaço de informação
e conselho sobre profissões e vida
profissional; a Cidade das Crianças como
oportunidade de acordar a curiosidade
científica dos miúdos dos 3 aos 12
anos. Inúmeros espaços de exposição
esperam todos os visitantes. ●
N o filme que é a realidade, nem
sempre os bons ganham nem
os maus perdem. Nem sempre as
melhores ideias vingam nem as boas
intenções são suficientes para mudar
alguma coisa. É neste quadro de luta
e derrota cíclica que se encontra a
aplaudida publicação “on-line” sobre
a sociedade de informação e novas
tecnologias Transfert.net. Editada por
uma associação francesa, a Transfert
F az parte daquele grupo de seres
hipócritas e falsos que anda à
procura na Web de um diploma de
2, defende que o seu estatuto
associativo reforça a sua independência
redactorial. A ausência de publicidade
estudos superiores? Se sim, este é o sítio
ideal para si, dá resposta aos seus mais
arrojados desejos. Pode até escolher
ditou várias vezes a sua hibernação. o nome do curso que deseja num
A última tentativa de financiamento universo de duas dezenas: de Tricot
independente, através de uma Pós-Feminista a Discurso Pós-Racional,
certamente que ficará satisfeito. A UBS-
University of Bums on Seats (algo como
Universidade das Bundas nos Assentos)
apresenta nesta página a sua filosofia
pedagógica e mostra “episódios
emocionantes” da vida de estudante
neste estabelecimento… ●
campanha de sócios da associação, não
foi suficiente. Espera assim, mais uma
vez, que a congregação de vontades e
forças a acorde! ●

www.addoc.net

N ormalmente associamos cinema à ficção. E usamos aquela classificação clássica: filmes

de acção, cómicos, românticos, de animação, com tendências “demasiado intelectuais
pró meu gosto”, eróticos, “hardcore”… Então e o trabalho de documentário? Também é
cinema! Muitas vezes é ele que mantém viva a memória, que conta a história, denuncia,
explica, mostra, dá a conhecer. Tantas vezes esquecido, posto de lado, vai sobrevivendo com
dificuldade à falta de interesse de alguns, à falta de apoio de tantos. Para o promover, irrompeu
em 1992 no panorama associativo artístico a Associação dos Cineastas Documentaristas. Esta
é a sua página, uma mostra dos seus problemas, das suas propostas e da sua actividade. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4 computadores .11
 JOGOS
Eu quero ser uma estrela
A
TÉ AGORA, havia programas
televisivos como Chuva de
Estrelas, Operação Triunfo ou
Ídolos. Agora há “Singstar”.
Com a vantagem de não
haver jurados mal-humorados a gozarem
indecentemente com a nossa cara. Mesmo
que tenhamos voz de cana rachada.
“Singstar” é mais um conceito original
desenvolvido para a PlayStation 2 e que
foge completamente de tudo
o que era conhecido até MIGUEL
agora. De forma simples,
parte da ideia de “karaoke”, dá-lhe uma
componente de jogo, apela ao desejo
computadores .12
‘SINGSTAR’, DA SONY
latente em todos nós de sermos cantores…
e concretiza a ideia.
Este novo título da Sony baseia-se
na reprodução de músicas conhecidas
e na execução (em todos os sentidos)
vocal das mesmas. Para isso, inclui dois
microfones e um adaptador que se liga a
uma das portas USB da consola. Assim,
no ecrã é reproduzida uma música e o
correspondente “videoclip”, acompanhado
da letra, marcada a cor ao
CRESPO sabor dos tempos da canção,
ao bom estilo do “karaoke”.
A isto acrescenta-se umas barras,
colocadas segundo os tons mais acima ou
mais abaixo, que fazem o papel de frases
musicais, como se estivessem numa pauta.
E são esses tons e durações que o jogador
terá de reproduzir.
A primeira edição de “Singstar” (pois
é certo que haverá mais, nomeadamente
em português) integra uma trintena de
canções, de Elvis e Petula Clark a Mis-
Teeq, Pink, Avril Lavigne ou Busted,
passando por George Michael, Motorhead,
A-Ha, Ricky Martin, Madonna, Village
People, Blondie e Dido, para citar apenas
uma parte.
O truque e o grande trabalho dos
produtores — o estúdio londrino da Sony,
que inventou o EyeToy — foi conseguir
reconhecer na voz dos artistas-jogadores
a maior ou menor capacidade de imitação
dos artistas originais. E o resultado é,
no mínimo, surpreendente: a consola
consegue realmente identificar os tons
(mais do que a letra das canções, pois um
na-na-na também pode servir) e tornar
o jogo muito atractivo, pois o jogador,
ouvindo a música, seguindo a letra e tendo
em atenção os tons mais graves ou agudos
que vê no ecrã, consegue cumprir os
desafios. E dizemos desafios porque o jogo
tem várias variantes, de modo a que seja
apelativo em vários locais ou contextos
— pode ser jogado a solo, a pares ou até
em equipas.
Os modos de jogo vão desde o cantar —
um jogo rápido, a solo ou a dois (um contra
o outro ou em dueto), em que se escolhe
uma música e se tenta obter o máximo
de pontos —, à carreira, em que o jogador
se transforma num aspirante a cantor. A
partir da sua casa, onde tem uma agenda
e um telefone, recebe convites e sai para
a cidade de Harmony, onde vários clubes
vão aceitando candidatos. Quanto melhor
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
S E G U N D A - F E I R A . 1 7 . M A I O . 2 0 0 4
Título “Singstar” de todos. Interessantes são as opções de
Estilo Party game 9 /10 poder ter apenas base instrumental, com
voz total ou parcial (reduzindo o volume
Plataforma PlayStation 2 quando estamos a cantar).
Produtor Sony “Singstar” surge como um dos jogos
Distribuidor Sony mais divertidos e originais de sempre.
Edição Maio 2004 Se, no ano passado, tínhamos sido
surpreendidos com “EyeToy” e o seu
reconhecimento de movimentos, nos
cantar, mais evolui a carreira e mais tempos da Dreamcast já tinham surgido
convites terá… até ao triunfo final. algumas propostas muito interessantes,
Mas o modo mais interessante para como o insuperável “Samba de Amigo”,
festas é exactamente o “party”, em que se que se jogava com umas maracas em cima
organizam confrontos entre equipas (até de um tapete com detecção de movimento.
oito jogadores), que podem ser por grupos Este jogo é também um dos primeiros
de três músicas ou então algo como “passa a utilizar o EyeToy como complemento,
o microfone”. Neste caso, há sete fases já que a pequena câmara pode ser
com mecânicas diferentes a ultrapassar: ligada à outra porta USB e, quando
duetos, cantorias em simultâneo ou à activada, mostra os jogadores em vez
vez, ou até músicas em que os jogadores do “videoclip”, podendo gravar vídeos da
de cada equipa recebem indicações para actuação e tirando séries de fotografias
trocar entre si em momentos certos. O que podem ser revistas para prolongar
resultado é sempre hilariante e muito, ainda mais o ambiente de galhofa
mas muito divertido. Além associado a “Singstar”.
destes, há ainda um modo Claro que um novo conceito
sem pontuações, que é não é ainda explorado a
um “karaoke” clássico, fundo, sendo notório que mais
dedicado a quem não poderá ser feito. Ficamos à
gosta de competições. espera, e também da edição
Os níveis de com músicas portuguesas,
dificuldade são três, mas prometida para o final do
só o mais fácil serve para Verão. Esperemos que traga
cantores que nem chegam clássicos desde Tony de Matos
ao nível de amadores, aos Gomo, não esquecendo
pois os seguintes já Vítor Espadinha, Marco Paulo
exigem um domínio e ou as Doce. Afinal, é
uma flexibilidade vocais ou não para toda a
que não estão ao alcance família? ●