Computadores
SEGUNDA-FEIRA 2 FEVEREIRO 2004 DIRECTOR JOSE
EUA com sistema Problemas na lei Vêm aí novos As novidadades
de ciberalertas do E-comércio papéis digitais da Lotusphere
O ciberespaço passa a ter Inconstitucionalidades e Philips e Fujitsu mostraram Colaboração e interacção
um sistema de gradação outras questões no diploma os seus novos produtos que baseada nos portais é aposta
dos perigos e das situações ora publicado em Portugal poderão substituir o papel da IBM na sua estratégia
➜ pág. 2 ➜ pág. 3 ➜ pág. 5 ➜ pág. 7
NOVA VAGA DE VÍRUS À ESCALA MUNDIAL MAS COM VÁRIAS ORIGINALIDADES
MyDoom com SCO Group
e Microsoft na mira
O
MUNDO DOS UTILIZADORES de
computadores viu-se confron-
tado, na semana passada, com
uma nova vaga de mensagens
infectadas a “entupirem” os
sistemas de correio electrónico. Desde
segunda-feira que as caixas de E-mail de
computadores em todo o mundo começaram
a ser invadidas às centenas e aos milhares
por mensagens infectadas pelo “verme”
informático MyDoom — e cujo nome tanto
podia ser, de início, W32/Mydoom.A como
W32.Novarg.A@mm. Esta espécie de vírus,
uma vez instalado num computador, come-
çava a reenviar-se para todos os endereços
de E-mail que encontrasse na respectiva
lista (ou listas) existente nesse PC.
A princípio, pensou-se que se tratava
apenas de mais uma difusão em grande escala
de um novo “worm”, como, em anos anteriores,
se verificara com o I Love You ou o Sobig.F.
Mas, quando os especialistas da análise,
classificação e combate aos vírus passaram o
MyDoom a pente fino, logo detectaram uma
enorme originalidade, para além do aspecto
comum da estratégia de difusão baseada
ANDRÉ RUIVO
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
MANUEL FERNANDES EDITOR
‘Runaway’,‘Eye of
Isis’ e ‘Dark Fall’
Três jogos inovadores mas
diferentes para os amantes
do estilo aventura
➜ pág.12
na chamada engenharia social: é que este
“worm” fora concebido para se ir propagando
sem causar quaisquer danos aos computadores
e servidores onde se instalasse e neles esperar
pelas 00h00 de 1 de Fevereiro. A partir desse
momento, os computadores infectados desen-
cadeariam um ataque maciço contra o sítio na
Web do SCO Group, uma empresa do Silicon
Valley que, até há uns anos, era um dos mais
conhecidos fornecedores de uma versão do
sistema operativo Unix.
Este facto suscitou desde logo a especula-
tiva hipótese de que os autores do MyDoom
poderiam ser adeptos do sistema operativo
Linux apostados em punir o SCO Group.
É que este tomara, em Maio de 2003, a ini-
ciativa de processar as empresas IBM, Red
Hat e Novell reclamando direitos de pro-
priedade intelectual sobre partes do código
do Linux, que lhe pertenceriam em virtude
dos desenvolvimentos do seu
próprio Unix ao longo de mais RUI JORGE CRUZ
de 20 anos. Ora tanto a alegação e JOSÉ DOUTIL
como a decisão de avançar para
os tribunais deixou chocados e zangados
os utilizadores e defensores do Linux
— que, como se sabe, é gratuito e
RUI JORGE CRUZ
PUB
se reclama do campo do “software” chamado
de “open source”, ou seja, de código aberto a
quem o quiser explorar e impassível de ser
reclamado como propriedade de quem quer
que seja para efeitos de limitação do seu uso.
“Parece que o autor do MyDoom poderá
ter levado a guerra de palavras nos tribunais
e nos serviços de mensagens da Internet para
um novo nível, soltando este ‘verme’ destinado
a atacar o sítio da SCO na Web”, afirmou
Graham Cluley, analista de tecnologia da
consultora Sophos. “Se o seu autor alguma vez
for apanhado, o meu palpite é que se tratará
de um simpatizante do movimento do ‘open
source’. É claro que este será o último tipo de
apoio que a comunidade do ‘open source’ mais
desejaria neste momento.”
Não tardou que a SCO logo viesse a ter-
reiro anunciar um prémio de 250 mil dólares
(pouco mais de 200 mil euros) a quem forne-
cesse informação que permitisse
identificar e levar a tribunal os
autores do MyDoom. Entre-
tanto, na quarta-feira, a hipó-
tese de que estes fossem apoiantes do Linux
ganhou nova verosimilhança após ter sido
detectada uma nova versão (B) do MyDoom,
que, para além de estar programada para
atacar a SCO a partir de 1 de Fevereiro,
estenderia o seu ataque maciço aos servidores
da Microsoft que suportam o respectivo “site”,
prolongando-os até final do mês.
A Microsoft reagiu imediatamente, ofe-
recendo também 250 mil dólares por infor-
mação relevante para a identificação dos
autores de qualquer versão do MyDoom.
“Não é a primeira vez que a Microsoft ofe-
receu significativos montantes de dinheiro
pela cabeça de autores de vírus”, disse o
mesmo analista Graham Cluley, da Sophos.
“No ano passado, os seus responsáveis
ofereceram prémios pela captura dos
autores dos ‘vermes’ Sobig.F e Blas-
ter, e anunciaram a constituição de
um fundo dotado de 5 milhões de dólares
destinado a recompensar quem quer que
prestasse informação sobre autores de
vírus e colaborasse na
respectiva acusação
em tribunal.” ➜
➜ Curiosamente, embutida no
código do vírus MyDoom.B — e, portanto,
não visível pelos utilizadores cujos compu-
tadores forem infectados —, foi encontrada
uma frase insólita: “I’m just doing my job,
nothing personal, sorry” (algo como “Estou
apenas a fazer o meu trabalho, não é nada
pessoal, desculpem”).
Outra originalidade encontrada no
MyDoom, segundo parece, era que ele fora
programado de forma a evitar enviar-se para
endereços de instituições e departamentos
governamentais ou militares, bem como para
as editoras de “software” antivírus — o que os
especialistas interpretaram como uma forma
de atrasar a sua detecção na fase inicial da sua
propagação, de modo a que, quando os antído-
tos começassem a estar disponíveis e a serem
usados, a disseminação fosse já irreversível.
E este objectivo terá sido plenamente
atingido. Segundo a organização Message
Labs, nas primeiras 24 horas, teriam já sido
gerados 1,2 milhões de mensagens de correio
electrónico infectadas pelo MyDoom (contra 1
milhão no mesmo período no caso do Sobig.F)
e que, no momento mais alto da propagação,
uma em cada 12 mensagens em circulação
estava infectada. Uma outra empresa de
segurança, a Central Command, afirmou
mesmo que esta taxa era de 1 em cada 9 men-
sagens na terça-feira. Ao fim de umas horas
de propagação, os servidores da Network
Associates — empresa que desenvolve a linha
de programas antivírus e de segurança McAfee
— registaram, em pouco mais de 60 minutos,
quase 20 mil mensagens oriundas de cerca de
3400 computadores distintos.
Este novo “verme” ataca computadores
com qualquer das versões dos Windows (98,
ME, 2000 e XP) mas, desta vez, não parece
explorar nenhuma vulnerabilidade destes
sistemas operativos ou de outros programas
da Microsoft. Quando esse ataque tem sucesso,
o computador passa a poder ser controlado por
outro através da Internet (ver Virose, na pág. 6)
e, para além de contribuir para uma nova vaga
de difusão do vírus, fica com a referida rotina
latente, programada para desencadear um
ataque maciço no próximo dia 1 de Fevereiro
contra os servidores da empresa SCO Group.
Por outro lado, o MyDoom também tratou
de se propagar através da rede de partilha de
ficheiros Kazaa, copiando-se a si próprio para
a pasta partilhada no computador infectado
como um dos seguintes ficheiros com exten-
sões variáveis: “winamp5”, “icq2004-final”,
“activation_crack”, “strip-girl-2.0bdcom_
patches”, “rootkitXP”, “office_crack” ou
“nuke2004”. As respectivas extensões podem
ser .pif, .scr, .exe ou .bat.
De início, os assuntos dessas mensagens
não variaram muito — ‘Test’, ‘Hi’, ‘Hello’,
‘Server Report’, ‘Status’, ‘Error’, ‘Mail Deli-
very System’, ‘Mail Transaction Failed’ —,
bem como os nomes dos ficheiros anexos:
‘document’, ‘readme’, ‘doc’, ‘text’, ‘file’, ‘data,
‘test’, ‘message’, ‘body’. Mas é nestes fichei-
ros executáveis que as acompanhm que
reside o mal, em muitos casos disfarçado
de ficheiro compactado do tipo zip.
O “verme” em causa pode ainda
apresentar os seguintes nomes: WORM_
MIMAIL.R,W32/Mydoom.A.worm, Win32:
Mydoom [Wrm], Worm/MyDoom.A2,
I-Worm.Win32.Mydoom.22528,
W32.Novarg.A@mm<mailto:
W32.Novarg.A@mm>,Win32/
Mydoom.A@mm<mailto:Win32/
Mydoom.A@mm>,I-Worm.Novarg,
W32/Mydoom.A@mm<mailto:
W 3 2 / M y d o o m . A @ m m > ,
Win32.HLLM.MyDoom.32768.
Para além da actualização dos antivírus
dos seus computadores, os utilizadores foram
aconselhados a apagar estas mensagens
— ou quaisquer outras cujo remetente não
fosse conhecido ou referenciado como idóneo
—, sem as abrirem, evitando usar programas
de correio electrónico do tipo Webmail ou
daqueles que são proporcionados pelos seus
fornecedores de acesso à Internet (os chama-
dos ISP), como a Netcabo, o Clix, o IOL, o
MSN, o Hotmail, etc. Por outro lado, os com-
putadores infectados poderão ser limpos com
programas já disponibilizados pelos editores
de antivírus nos seus “sites”. ●

GOVERNO DOS EUA REFORÇA SISTEMA DE AVISOS DE SEGURANÇA INFORMÁTICA

Alertas desde o azul ao vermelho

O
SISTEMA DE AVISO para o nível de governamentais, empresariais e domésticos conjugar o melhor conhecimento nesta área O lançamento do novo sistema já estava
perigo de ciberataques na Inter- —, o qual partirá de enquadramentos já defi- para uma actuação mais eficaz. marcado mas, curiosamente, coincidiu com
net montado pela Administra- nidos como os próprios códigos de cor. O novo sistema de ciberalertas nacionais a disseminação maciça de um novo “verme”
ção norte-americana poderá O US-CERT foi criado através de uma é agora o principal centro de coordenação informático, o MyDoom (ver notícia na pág.
vir a adoptar o mesmo código parceria anunciada em Setembro passado nacional norte-americano para a segurança 1 e a Virose, na pág. 6), que rapidamente se
de cores que o utilizado para as ameaças entre o departamento de segurança interna dos sistemas informáticos, tendo como missão propagou desde a última segunda-feira às
físicas (militares ou de carácter terrorista): da Administração Bush e a Universidade prioritária identificar, analisar e conferir redes informáticas de todo o mundo, levando
verde para perigo reduzido, de Carnegie Mellon, que tem prioridades relativas às vulnerabilidades as empresas de segurança e de “software”
azul para mediano, amarelo FÁTIMA CAÇADOR a funcionar há mais de década emergentes e às ameaças à solidez do cibe- antivírus a emitirem os seus próprios aler-
para elevado, laranja para alto / Casa dos Bits e meia o CERT, um centro respaço — incluindo-se neste todos os chama- tas vermelhos. O novo centro de prevenção
e vermelho para perigo grave. de emergência e acção infor- dos “países amigos” dos Estados Unidos da funcionou também na perfeição e manteve
Na semana passada, começou a funcionar o mática, que é igualmente financiado por América. Trabalhando de perto com o sector a vigilância sobre a nova “praga”, emitindo
novo organismo, o US-CERT — que tem por fundos governamentais no seu trabalho de das tecnologias de informação, o US-CERT notificações aos cibernautas e aos técnicos
missão manter a vigilância e garantir um análise das vulnerabilidades informáticas e pretende, assim, garantir que não será por sobre as consequências do vírus e a melhor
sistema de informação para os ataques ciber- de apoio aos utilizadores. Mas, por detrás do falta de informação que os utilizadores não forma de se protegerem.
néticos e as falhas de segurança que possam US-CERT, estão também muitas empresas protegerão de forma mais enérgica os seus A actividade do US-CERT está direc-
pôr em causa as redes e os equipamentos e consultoras de segurança, pretendendo-se computadores contra as falhas identificadas. tamente ligada aos princípios definidos há
um ano pela Casa Branca
através da Estratégia
O estranho caso da repetição das falhas informáticas Nacional para a Segurança
do Ciberespaço. Numa área
Desde 1999, o volume de incidentes reportados ao CERT nos EUA mais do que duplicaram. de difícil regulamentação, a
Só em 2003, este centro de vigilância para a segurança informática recebeu a notificação de Administração Bush come-
137.529 incidentes — embora neste número possa haver duplicações de queixas motivadas çou já a definir alguns parâ-
pelo mesmo problema. A maior consciência dos utilizadores face às falhas de segurança metros orientadores para a
informática terá contribuído para este crescimento, não lhe sendo também alheio o aumento criação de planos práticos
das cibervulnerabilidades identificadas pelo próprio CERT — 3784 no ano de 2003. que funcionem em cinco
Desde 1995, o CERT já identificou mais de 12 mil vulnerabilidades informáticas, tendo, entre áreas diferentes: alertas
2000 e 2003, os valores sido superiores aos acumulados nos oito anos anteriores. O próprio para utilizadores domésti-
centro publicou desde 1988 um total de 430 alertas de segurança, 32 das quais no último cos e pequenas empresas,
ano, depois de em 2001 e 2002 ter emitido 41 avisos. avisos antecipados, gestão
A diminuição do número de avisos e de vulnerabilidades registadas está ligada com um de sistemas e segurança
factor já identificado: os ataques de “hackers” são cada vez mais repetitivos, utilizando empresarial, normalização
maciçamente a mesma falha de segurança que já foi identificada, documentada — e para técnica e desenvolvimento
a qual, muitas vezes, já existe correcção mas que os utilizadores individuais e empresariais de melhores protecções de
mantêm por remendar, muitas vezes por descaso ou desleixo. ● F.C. / CdB segurança no “software”. ●

computadores .2 S E G U N D A - F E I R A . 3 1 . J U L H O . 2 0 0 1
LEI NACIONAL DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO EM QUESTÃO
Comércio
inconstitucional
V
INTE DIAS APÓS a sua publica-
ção em “Diário da República”,
a Ordem dos Advogados (OA)
considera que a lei do comér-
cio electrónico poderá conter
inconstitucionalidades e, na semana
passada, anunciou que vai pedir à Pro-
curadoria Geral da República e ao Pro-
vedor de Justiça a análise do diploma
sob este prisma.
A lei é considerada “uma montanha de
erros e complexidades, e, até, de incons-
titucionalidades” — afirma
Lopes Rocha, responsável da PEDRO
secção de Direito das Novas
Tecnologias e Comércio Electrónico da OA.
Esta considera que “um texto estruturante
e fundamental para o desenvolvimento da
sociedade da informação e do comércio
electrónico em Portugal exibe um conjunto
impressionante de entorses e desvios, não
apenas do parâmetro juscomunitário, mas
também da Constituição da República
Portuguesa”.
No parecer divulgado ao final de sexta-
feira, a Ordem questiona no Decreto-Lei nº
7/2004, de 7 de Janeiro, “a solução encon-
trada para a composição autoritária de lití-
gios entre particulares sobre conteúdos na
Internet, deferida a entidades administra-
tivas [como a Autoridade das Comunicações
(Anacom), a Autoridade de Concorrência ou
outras, quando deveriam ser os tribunais],
sobre a inexistência de autorização legisla-
tiva para legislar sobre o “spam”
que constitui matéria de
reserva legislativa da
Assembleia da Repú-
blica — atendendo a
que trata de direi-
tos, liberdades e
garantias —, bem
como sobre as
dúvidas relativas
ao regime especí-
fico encontrado,
pelo legislador,
para os ilícitos de
mera ordenação
social, e ainda
sobre o papel da
Anacom previsto
no diploma em
referência”.
Em causa
está igualmente o
acrescento na lei de
artigos relativos “ao
tratamento de dados pes-
soais e à protecção da priva-
cidade no sector das comunicações
electrónicas”, constantes da Directiva
relativa à Privacidade e às Comunicações
Electrónicas. Mas o Ministério da Justiça
(que Computadores não pôde contactar em
tempo útil) só pediu autorização legislativa
para a aprovação de uma directiva, a do
comércio electrónico, tendo acrescentado a
esta matéria respeitante à directiva sobre
privacidade, envolvendo questões de direi-
tos, liberdade e garantias, da competência
da Assembleia da República e que necessi-
tavam de outra autorização.
Quanto à resolução provisória “dos
litígios emergentes da sociedade da
informação”, ela é atribuída a uma
entidade de supervisão e regulação das
telecomunicações (a Anacom), que “vai,
assim, decidir como se de um tribunal
se tratasse”. Ou seja, “com a lei ora
aprovada, teríamos a solução inédita de,
em Portugal, não serem só os tribunais
a aplicarem normas penais a um caso
concreto, podendo vir a fazê-lo qualquer
entidade que seja de supervisão para
os efeitos deste diploma legal!”, explica
o parecer, acrescentando que o próprio
Tribunal Constitucional já se pronun-
ciou sobre este tipo de ilegitimidade.
O próprio Ministério da Justiça, numa
nota de 31 de Outubro passado sobre esta
lei, afirmava que, “nos casos em que a
ilicitude é manifesta, [essa entidade] deve
resolver de forma provisória
FONSECA se o conteúdo deve ou não
ser retirado, sem prejuízo da
solução definitiva do litígio, a qual apenas
pode ter lugar por via judicial”.
O parecer da Ordem levanta ainda
dúvidas sobre o âmbito de artigos
desta lei no que se refere à liberdade de
expressão e informação, quando estas
estão consagradas na Constituição e só
podem ser apreciadas por tribunais judi-
ciais. Na prática, por exemplo, um sítio
da Web que cometa o crime de difamação
poderá ser julgado pela Anacom, contra-
riando a Constituição, que atribui essa
função aos tribunais.
Considera-se ainda que, ficando a
Anacom como entidade de supervisão
central, “vai usufruir de poderes, tanto
quanto julgamos inéditos no direito
nacional, de se constituir como uma
verdadeira polícia da Internet” mas
também de “juiz” e que “vai
poder interpretar e aplicar
normas sancionatórias,
por exemplo, que
obviamente o seu
estatuto não lhe
consente”.
O pedido de
inconstituciona-
lidade relembra
algumas das
dúvidas antes
colocadas por
este organismo
ao Ministério
da Justiça (ver
“Ordem dos
Advogados Coloca
Reservas a Nova
Versão da Lei para
o Comércio Electró-
nico”, PÚBLICO, 19-
3-2003). Mas, apesar
das dúvidas igualmente
colocadas “dentro do
Governo, pela UMIC, pela
Comissão Nacional de Dados
Pessoais e mesmo por deputados do PSD,
professores universitários e até constitu-
cionalistas”, como lembra Lopes Rocha,
o diploma foi ainda analisado pela Pre-
sidência da República, que também não
detectou qualquer inconstitucionalidade
e o enviou para promulgação.
Se o Tribunal Constitucional não acei-
tar os argumentos da Ordem, “ficamos com
uma lei única na Europa, que cria medidas
de compressão dos direitos fundamentais”,
explica o jurista. “Mas não acredito, pois [a
inconstitucionalidade] é tão evidente”. Se a
OA tiver razão, a actual lei continuará em
vigor até ser apresentada uma nova versão,
se verifique o debate em torno dela, seja
aprovada e promulgada. O processo pode
demorar um ano, segundo o advogado, e isto
quando a lei já em vigor ainda nem sequer
foi regulamentada. ●
S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4 computadores .3
 Portal para cidadãos
de Trás-os-Montes…
Os cidadãos de Trás-
os-Montes já podem
marcar uma consulta
no centro de saúde ou
pedir uma receita médica
directamente através
do seu computador
ligado à Internet, sem
precisarem de se deslocar
aos respectivos serviços.
O portal ( www.tras-os-
montes.net ), construído
no âmbito do projecto
Trás-os-Montes Digital,
da Universidade de Trás-
os-Montes e Alto Douro
(UTAD), pretende facilitar
o acesso a serviços que,
em regra, implicam a
deslocação física do
utente e a correlativa
perda de tempo. O
projecto pretende
facilitar, de forma simples,
cómoda e gratuita,
o acesso a múltiplos
serviços. Assim, para além
dos já citados, bastará
ter um computador
ligado à Internet para
requerer um contrato de
fornecimento de água à
Câmara, solicitar à Zona
Agrária um pedido de
declaração ou subsídios,
ou ainda fazer um pedido
de declaração de situação
contributiva à Segurança
Social. ●
… dá acesso a
múltiplos serviços
pela Internet
O projecto Trás-
os-Montes Digital
pretende agregar
num único portal a
informação relativa a um
conjunto alargado de
serviços e instituições,
simplificando a
interacção entre
os cidadãos, a
administração pública
e as empresas. O “site”
inclui também serviços
de apoio aos cidadãos
de câmaras municipais,
da Direcção Regional de
Agricultura de Trás-os-
Montes, da sub-região
de Saúde de Vila Real e
de Bragança e do Centro
distrital de Solidariedade
e Segurança Social, tanto
de Bragança como de
Vila Real. Para usar o
portal, há que preencher
um pequeno formulário
com os dados pessoais
e escolher uma palavra-
passe para o acesso,
sendo logo atribuído um
número de utilizador.
Feita a inscrição, é
enviado para o endereço
de E-mail do utente uma
mensagem a informar
que já pode utilizar os
serviços do portal; mais
tarde, ele receberá em
sua casa um cartão com
o seu nome e o número
de identificação como
utilizador do Trás-os-
montes.net. ●
computadores .4
release 3.0
O sonho de uma
linguagem comum
L
I RECENTEMENTE, ALGURES, acerca
de uma pensão do tipo “bed-and-
breakfast” que oferece uma coisa
invulgar, para além do usual quarto
e pequeno-almoço: a preparação dos
elementos necessários para a dedução fiscal
do custo do alojamento. O proprietário, um
antigo contabilista, viu esta iniciativa como
uma forma engenhosa de diferenciar o seu
estabelecimento hoteleiro. É, decerto, invulgar
combinar serviços tão diferentes. Por norma,
quando entramos num hotel, não estamos è
espera de encontrar respostas às questões que
têm a ver com as declarações fiscais.
E, enquanto consumidores, quando
visitamos um qualquer sítio na Web, temos
geralmente em vista um conjunto específico de
questões e objectivos, quer se trate de viagens,
investimentos, roupa acesso às contas bancá-
rias. Ao mesmo tempo que procuramos o que se
poderá esperar — e não deduções fiscais num
vulgar “bed-and-breakfast” —, os sítios na Web
podem desenvolver tecnologia que denota uma
assinalável sofisticação usando o chamado
entendimento “específico do domínio”.
Inquirir o domínio
Qualquer que seja o tipo de informação ou
transacção pretendida, é claro que um motor
de busca como o Google pode ajudar o utilizador
a aceder a quase todas as páginas relevantes
na Web. Mas, lá chegados, costumam encon-
trar uma aplicação fortemente restritiva, que
apenas permite seleccionar de entre um limi-
tado número de opções e realizar umas quantas
tarefas altamente específicas, como comprar um
livro e especificar as opções de pagamento e de
entrega — tudo específico do domínio.
Se se tentar obter de um sítio de carácter
geral e amplo, como o Google, informação
acerca de deduções fiscais, obtém-se montes de
informação mas, provavelmente, nada sobre as
questões fiscais concretas procuradas (como
será o caso das deduções com a saúde!). Se se
tentar a Amazon.com, poder-se-á comprar livros
sobre impostos. Mas, se tentarmos em qualquer
destes “sites”, informação sobre as nossas pró-
prias questões fiscais, nenhum deles a dará.
Verifica-se um compromisso efectivo entre
o específico e o geral. Mas umas quantas
empresas do Silicon Valley estão a tentar dar
um passo em frente tornando possível o esta-
belecimento de um diálogo com os utilizadores
— através de menus ou mesmo das palavras
dos próprios utilizadores — que permita defi-
nir as suas necessidades específicas, num
quadro mais alargado de possibilidades.
O facto de cada “site” ter a sua orientação
específica torna isto mais fácil do que poderá
parecer. Embora um utilizador possa intro-
duzir comandos através das suas próprias
palavras, o fornecedor não precisa de ser
um especialista em linguagem natural; mais
importante será uma compreensão consis-
tente do seu domínio específico.
Tornar as coisas fáceis
Uma empresa, a Dejima, de San Jose, na Califór-
nia (EUA), desenvolveu uma ferramenta,, cha-
mada Dejima Direct, que ajuda os detentores de
uma aplicaç+ão no desenvolvimento de serviços
que permitem aos utilizadores dessa mesma
aplicação a pedirem informação e a executarem
tarefas usando as suas próprias palavras ou
escolhendo intuitivamente as opções disponi-
bilizadas pelos menus. Deixa de ser preciso
navegar por entre menus complexos ou memo-
S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4
E S T H E R D Y S O N
Soube de uma pensão do
tipo ‘bed-and-breakfast’
que oferece uma coisa
invulgar, para além do
usual quarto e pequeno-
almoço: a preparação dos
elementos necessários
para a dedução fiscal do
custo do alojamento. O
proprietário, um antigo
contabilista, viu nesta
iniciativa uma forma
engenhosa de diferenciar
o seu estabelecimento
hoteleiro. É, decerto,
invulgar combinar
serviços tão diferentes.
rizar comandos ou expressões de inquirição.
A Dejima fez recentemente uma parceira
com a Salesforce.com a fim de conceber uma
interface para aplicação de automação para
departamentos de vendas. A interface é tão
simples e intuitiva que poderá ser usada mesmo
num telemóvel: o utilizador introduz trechos de
texto muito pequenos e obtém respostas subs-
tanciais ou mesmo a execução de acções.
Por exemplo, a vendedora Alice introduz
a expressão “appointments today” a fim de
saber quais os compromissos marcados na sua
agenda para essa tarde, com as moradas e os
números de telefone respectivos. Ou, enquanto
espera na recepção de um cliente potencial,
pode digitar “status Cisco” para saber qual a
situação desta conta em particular. Ou pode
introduzir “Change EDventure deal to $5m” e
o sistema altera o montante em causa.
A Mindfabric, também com sede no Silicon
Valley, virou-se mais às aplicações para serviço
aos clientes, as quais também abrangem um
amplo leque de possibilidades. Por exemplo, a
Edna quer saber por que razão é que o balanço
do índice de mercado da sua conta não está a
reflectir os pagamentos de juros à taxa que o
banco lhe havia prometido. Bastar-lhe-á dizer
ou digitar numa “máquina-agente” que compre-
enda as aplicações (e, portanto, possa entender
a sua pergunta): “My market rate account didn’t
show that you paid me interest so far this month.
What’s wrong?” [algo como “A minha conta de
depósito a prazo ainda não mostra a remunera-
ção deste mês. O que se passa?”].
Se estiver devidamente preparada, a
máquina poderá responder: “Sorry, Edna, we
only update the accrued interest at the end
of each statement period for online queries.
Your interest will be shown on March 31, the
end of your statement period” [“Lamentamos,
Edna, nos acessos ‘on-line’, nós só actualiza-
mos o crédito de juros no final do período de
cada prazo. A informação relativa aos seus
juros estará disponível em 31 de Março, no
final do prazo respectivo”].
Falhas ‘soft’
Em cada caso, o fornecedor precisa de umas
quantas semanas para entender as aplicações
de cada cliente empresarial e desenvolver um
mapa virtual dos recursos e das interacções
possíveis do sistema. O fornecedor vai adqui-
rindo um conhecimento aprofundado da apli-
cação no sentido de interpretar correctamente
as solicitações dos utilizadores — desde que
estes se referenciem ao domínio apropriado.
Mas se a Alice pedir à aplicação da Salesforce
que lhe recomende um hotel para essa noite
ou onde é que o montante do seu almoço será
passível de dedução fiscal, o “software” não só
poderá não lhe responder como nem sequer
conseguirá entender a pergunta.
O que nos conduz à última parte dos que
estes sistemas podem fazer: falhar de forma
‘soft’. Quando eles não conseguem responder
adequadamente a uma pergunta do utiliza-
dor, perguntam-lhe o que é correu mal. A
resposta do utilizador é remetida para um
programador humano, que poderá fazer uma
de duas coisas: acrescentar uma funcionali-
dade ou editar o “software” de modo a que
ele responda claramente ao utilizador (por
exemplo, “Não tratamos de impostos!”).
Os sistemas modelam as possibilidades e
depois determinam a forma de as apresentarem
do modo mais acessível aos utilizadores finais.
É provável que este tipo de interfaces
venha a generalizar-se — tanto para reduzir
os custos de suporte humano como para cor-
responder de forma mais eficiente e coerente
às necessidades dos utilizadores. O que é bom.
Os fornecedores darão mais atenção àquilo
que os seus serviços realmente proporcionam;
e será mais provável que o “feedback” dos uti-
lizadores possa desempenhar um papel mais
positivo nas versões subsequentes.
Se muita gente fizer as mesmas perguntas
— quanto a contas, por exemplo —, os execu-
tivos de “marketing” do banco poderão soli-
citar ao seu departamento de tecnologias de
informação que edite o “software” no sentido
de ele mostrar à partida a informação, em vez
de esperar que os utilizadores o peçam. Este
“software” permite automatizar não apenas
a disponibilização do serviço mas também as
reacções dos utilizadores a ele. Quantas vezes
é que já não nos queixámos a um vendedor
ou um elemento do “help desk” e obtivemos
apenas uma resposta do tipo “Por favor, diga
isso às chefias. Se for eu a dizer-lhes, não me
dão ouvidos!”
Estes novos programadores passam a
tomar nota do “feedback” dos utilizadores,
pois isso fará parte integrante do “design”
das aplicações. E, com um pouco de sorte,
até o terão na devida conta. ●
Esther Dyson (edyson@edventure.com) é analista das TI,
edita o boletim “Release 1.0”, é presidente da EDventure
Holdings (organizadora do PC Fórum) e foi,
até Novembro de 2000, presidente da Internet
Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN)
Exclusivo New York Times / PÚBLICO
 OS NOVOS DESAFIOS DA LEITURA EM SUPORTES ELECTRÓNICOS
Fujitsu e Philips apresentam
novas formas de ‘papel digital’
D
OIS FABRICANTES de
equipamentos electró-
nicos anunciaram recen-
temente avanços na
criação de novas formas
de papel digital mas está por provar
o interesse dos leitores de imprensa
pelos novos formatos digitais. No
início do ano, os laboratórios da
empresa japonesa Fujitsu apresen-
taram um protótipo de uma folha
electrónica, semelhante em tama-
nho e qualidade de leitura a uma
folha de papel normal, que em 2006
deverá ser concretizada em produto
comercial. A facilidade de leitura, de
portabilidade, a duração e os níveis
de iluminação e contraste são algu-
mas das características deste papel
electrónico — reveladas pelo Mobi-
leMag ( http://www.mobilemag.com/
content/100/102/C2393/ ), que acres-
centa que, “quando comparado com
uma normal fotocópia, existe pouca
diferença” em termos de qualidade
de leitura.
Este papel digital, mesmo quando
é desligado, armazena alguma infor-
mação em memória. É deformável,
portátil e permite ser
reescrito. A empresa PEDRO
japonesa espera, como
já sucedeu com outros anúncios seme-
lhantes, diminuir a quantidade de
papel consumido.
Na semana passada, também a
Philips anunciou a produção de “papéis
electrónicos” e a sua disponibilização
ao mercado. Os ecrãs, que permitem
o “download” e a leitura de conteúdos
como os jornais em versão electrónica,
são igualmente manuseáveis e defor-
máveis. A divulgação da tecnologia foi
anunciada na edição de 1 de Fevereiro
da revista “Nature Materials”.
A empresa holandesa, em parceria
com a norte-americana E-Ink, num
projecto com alguns anos, afirma que já
não se trata de um programa de inves-
tigação mas de activar um “processo de
produção industrial fiável” para colocar
no mercado 1 milhão de ecrãs por ano a
partir de 2005, apesar de não divulgar
qualquer preço para a sua aquisição.
A disponibilidade destes ecrãs —
ou folhas digitais leves, inquebráveis e
de baixo consumo energético — permi-
tirá fazer disponibilizar edições elec-
trónicas de livros, revistas ou jornais,
afirma a empresa, bem como serviços
de telemóveis de terceira geração.
No sentido de agilizar a comercia-
lização, a Philips lançou a Polymer
Vision, empresa responsável pela
apresentação pública destes ecrãs com
diagonal de 5 polegadas e resolução de
320 x 240 pixels. A empresa terá hoje
potencial para produzir
FONSECA 5 mil ecrãs por ano,
estando ainda a definir
a criação da sua linha de produção e
o preço final.
Curiosamente, é das empresas da
electrónica de consumo — e não das de
informática — que surgem os contribu-
tos para a diminuição do uso dos supor-
tes em papel. Em Abril do ano passado,
Bill Gates, “chief software architect”
da Microsoft, referiu, na reunião anual
da Newspaper Association of America,
que os avanços tecnológicos vão ajudar
os jornais a evoluir e a conseguir novos
leitores.
Na altura, expressou que um jornal
“on-line” terá todas as vantagens do
papel e novas capacidades, pelo que
os detentores dos jornais que olham
para os seus sítios na Web como uma
simples extensão do papel ignoram a
próxima geração de leitores — como
aqueles que vierem a adquirir os novos
ecrãs da Fujitsu ou da Philips.
Os sinais apontam para alguma
erosão do número de leitores do papel
mas não de forma drástica — embora
esta deva preocupar os administrado-
res dos jornais. Em meados de Janeiro,
um inquérito da organização The
Media Audit junto de 85 jornais locais
nos EUA permitia depreender que os
sítios desses jornais na Web reforça-
vam o reconhecimento e as vendas
da versão em papel, também porque
os ajuda a competir com as televisões
no rápido fornecimento de informação
— as chamadas “breaking news”.
Apesar de se notar um decréscimo no
número de leitores das versões em papel
— principalmente entre os jovens, uma
tendência com alguns anos, aliás —, os
jornais estão a ser afectados financei-
ramente pelo decréscimo dos anúncios
classificados, como as propostas de
emprego. The Media Audit detectou que
40 por cento dos que lêem estes anúncios
em papel também o fazem regularmente
em sítios da Web com estes anúncios,
enquanto apenas 14,9 por cento dos que
o fazem sobretudo na Web procuram
também na alternativa em papel.
Mas uma outra tendência — reco-
S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4
nhecida em Portugal pelo recente
estudo da Netsonda intitulado “A
Imprensa na Internet: Consulta de Sites
e Portais de Informação em Portugal” (
www.netsonda.pt/downloads/netsonda_
imprensa_internet.pdf ) — é a de que a
imprensa escrita continua de boa saúde
face à versão electrónica na Internet.
O inquérito, efectuado entre 10 e 14
de Dezembro últimos, por via “on-line”
junto de 1027 utilizadores com ende-
reço de E-mail com 16 ou mais anos
de idade, registados na Netsonda e
remunerados pela resposta — não
sendo assim representativo da popu-
lação em geral —, permite detectar
alguns interesses nesta área.
Por exemplo, se é verdade que 49
por cento dos inquiridos afirma ler com
menos frequência imprensa em papel
— 18 por cento com muito menos fre-
quência e 31 por cento com menos fre-
quência —, também é verdade que 48,5
por cento assume manter os mesmos
hábitos de leitura em papel. E 81,5
por cento afirma ler regularmente
a imprensa em papel, como revistas
(73,1 por cento), diários (69,8 por
cento) e semanários (43 por cento).
Uma questão que será respondida
no futuro é se, com a disponibilização
de ecrãs flexíveis como os agora anun-
ciados, a facilidade de leitura electró-
nica não poderá diminuir a leitura das
edições em papel. ●
dica
Como lidar com os metadados
no Word (3)
Continuando a analisar os tipos de metadados
incluídos em documentos do Word e as maneiras
de os remover, nesta edição vamos abordar
os Comentários. Estes constituem outra forma
de metadados que incluem informações cuja
divulgação poderá não interessar aos autores
dos documentos — pois, para além do próprio
comentário, geralmente está-lhes associado o
nome do seu autor para que se saiba quem o
escreveu.
Por omissão, a existência de um comentário
num documento é representada por dois sinais
de cor verde parecidos com parêntesis rectos,
colocados no início e no fim do texto comentado.
Na visualização normal, só isso aparece — mas, na
visualização do esquema de impressão, pode-se
ver, do lado direito da página, um balão verde
com o texto do comentário (ligado ao texto
comentado por uma linha tracejada).
Quando se coloca o cursor sobre o texto marcado
para comentar ou sobre o balão do comentário,
surge um “pop-up”, também verde, com a
identificação do autor do comentário e a data e a
hora da sua criação (ver imagem).
Para remover manualmente um comentário
de um ficheiro de Word, dá-se um clique com
o botão direito do rato sobre o texto marcado
para comentar (ou sobre o balão do comentário)
e escolhe-se no menu o comando Eliminar
Comentário.
Os documentos do Word podem também conter
marcas de revisão. Estas marcas indicam que
foram feitas alterações a um documento, em
termos de inserção e eliminação de caracteres,
e por quem foram feitas. Para que estas marcas
apareçam, é preciso que a função Registar
Alterações do menu Ferramentas esteja activada.
Por omissão, as marcas de revisão são
apresentadas com o texto inserido sublinhado e
a verde. No caso do texto eliminado, em vez de
aparecer sublinhado, está riscado também com
um traço verde. Do lado esquerdo do parágrafo,
aparece uma linha vertical preta, que acompanha
as linhas onde foram feitas alterações.
Tal como acontece com os comentários, quando
se passa com o cursor sobre texto marcado,
surge um “pop-up” — também verde — com a
identificação do autor do comentário e a data e
hora da sua criação, e ainda o tipo de emenda
feita: se inserção ou eliminação.
As marcas de revisão — e a informação
subjacente — desaparecem assim que se aceita
ou rejeita as alterações executadas. Para o fazer,
dá-se um clique com o botão direito do rato
sobre o texto marcado e escolhe-se no menu
um dos comandos Aceitar ou Rejeitar Inserção,
conforme o caso. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .5
 virose
Dia 2

OS VÍRUS DA SEMANA
VBS/Aqui, W97M/Alamat,
W97M/Jany.a, VBS/
MyDoom ataca empresas de informática Baracu.A@mm, Flip, WM/
Helper.C;D;E, WM/Alliance.A

Como o PÚBLICO informou na sua edição do Dia 3

passado dia 29, na segunda-feira anterior surgiu WM/HELPER.F;G;H, WM/
um novo “worm” de distribuição em massa por Eraser.A:Tw, W97M/Alamat,
correio electrónico que pôs em polvorosa a VBS/Aqui
comunidade informática e os utilizadores em Registo do
geral. Tal facto deveu-se não só ao seu grau de Windows Dia 4
VBS/Aqui, W97M/Alamat,
perigosidade e grau de expansão mas também é alterado WM/Eraser.A:Tw, WM/
por representar uma ameaça a duas conhecidas de modo a que Helper.C;D;E
empresas da indústria informática, o SCO Group o Explorador
e a Microsoft. carregue aquele Dia 5
Desde aquele dia já surgiram duas variantes ficheiro quando é WM/HELPER.F;G;H, WM/
deste “worm”. A primeira, chamada executado. Eraser.A:Tw, AOS.A, W97M/
MyDoom, Novarg ou Mimail.R, teve a mais Mas aquilo que está a Jackal.A, JS/Gigger.a@MM,
W32/Supova.e.worm,
rápida propagação de sempre de um vírus, agitar mais a comunidade W32/Supova.d.worm,
segundo alguns especialistas em segurança informática (ver notícia na W32/Urick@MM, W32/
— mais rápida ainda que a do Sobig.F. pág. 1) é o facto de este Supova.f.worm, W97M/
Quando o MyDoom infecta uma máquina, “worm” estar programado Alamat, W32/Winur.worm.a,
recolhe nesta todos os endereços de correio para desencadear, entre os W32/Winur.worm.b,
electrónico existentes — quer no livro de “document”,“readme”,“doc”,“text”,“file”,“data”,“test”, dias 1 e 12 de Fevereiro próximos, um ataque VBS/Aqui, VBS/Irvine@MM,
endereços do Windows quer em ficheiros “message” ou “body”. As extensões podem ser do tipo “denial-of-service” (DoS) contra o sítio do VBS/Zync, VBS/Alphae, VBS/
Count, X97M/Anis, X97M/
com as extensões .wab, .txt, .htm, .sht, .php, uma ou duas. No caso de haver duas, a primeira SCO Group, www.sco.com. Hopper.r
.asp, .dbx, .tbb, .adb e .pl. Esses endereços são é .doc, .txt ou .htm, e a segunda (ou a única se só Por sua vez, a variante B do MyDoom, surgida
utilizados para definir não só os destinatários das houver uma) é .pif, .scr, .exe, .cmd, .bat ou .zip. mais tarde — na quarta-feira passada — e que Dia 6
mensagens a enviar como também os próprios O MyDoom também se propaga através da é basicamente semelhante à primeira, está VBS/Aqui, W97M/Alamat,
remetentes das mesmas. rede de partilha de ficheiros Kazaa copiando- programada para desencadear um ataque WM/Eraser.A:Tw, WM/
A mensagem que o propaga apresenta um dos se a si próprio para a pasta partilhada no do mesmo género contra aquele sítio a KOMPU.A, WM/Helper.C;D;E
seguintes assuntos: “test”,“hi”,“hello”,“Mail Delivery computador infectado como um dos seguintes partir do dia 1 e outra investida contra o sítio
System”,“Mail Transaction Failed”,“Server Report”, ficheiros com extensões variáveis: “winamp5”, www.microsoft.com a começar no dia 3. Estas Dia 7
WM/Alliance.A, WM/Eraser.A:
“Status” ou “Error”. “icq2004-final”, “activation_crack”, “strip-girl- ameaças estarão programadas para terminarem Tw, WM/ERASER.H, W32/
O texto pode ser um dos seguintes: “Mail 2.0bdcom_patches”, “rootkitXP”, “office_crack” no dia 1 de Março próximo mas as restantes Supova.f.worm, W32/
transaction failed. Partial message is available.”, ou “nuke2004”. As respectivas extensões actividades do “worm” deverão continuam para Supova.d.worm, W32/
“The message contains Unicode characters podem ser .pif, .scr, .exe ou .bat. lá dessa data. Supova.e.worm, W97M/
and has been sent as a binary attachment.”, Outra característica particular deste “worm” é O MyDoom.B apresenta ainda outra Alamat, VBS/Aqui
“The message cannot be represented in 7-bit que ele cria um ficheiro na pasta do sistema, o característica diferente do seu antecessor: ele
ASCII encoding and has been sent as a binary Shimgapi.dll, que funciona como um servidor altera o ficheiro “host” do Windows de modo Dia 8
VBS/Aqui, W97M/Alamat,
attachment.”,“test”. de “proxy” que abre as portas TCP de entrada no a impedir o acesso do sistema às páginas W97M/Tolu, VBS/San@M,
Os ficheiros anexos que contêm o “worm” podem intervalo entre a 3127 e a 3198, podendo ainda na Net das empresas editoras de programas VBS/Valentin@MM, WM/
ter um destes nomes com extensões variáveis: descarregar e executar ficheiros estranhos. O antivírus. ● JOSÉ DOUTIL KOMPU.A, WM/Eraser.A:Tw

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4
 IBM APRESENTOU NOVAS VERSÕES E ESTRATÉGIA ‘ON DEMAND’ uma pergunta a

Colaboração e integração Timothy Thatcher

Director do programa de
produtos para portal do IBM

no Lotusphere 2004 Software Group

A
COLABORAÇÃO ENTRE
empresas e os respecti-
vos clientes e parceiros,
a integração entre os sis-
temas e a forma como as
soluções de “software” podem ajudar a
melhorar os processos foram os prin-
cipais temas abordados na edição de
2004 do Lotusphere. O evento levou a
Orlando, no estado da Florida (EUA),
centenas de parceiros e clientes da
IBM, que, durante cinco dias, assis-
tiram a dezenas de
conferências e a uma
exposição de pro-
ISABEL GORJÃO SANTOS
em Orlando (EUA)
dutos. Numa outra
sala, o “laboratório”, foram mostrados
as forma de fazer negócio que propicia o
trabalho em equipa, independente-
mente da localização geográfica das
pessoas, e proporcionando a integração
dos vários processos.
As novidades do Lotusphere reflec-
tem o investimento da IBM na área da
colaboração — como a Workplace Client
Technology, baseada em normas aber-
tas e que pretende proporcionar uma
melhor experiência aos utilizadores
da plataforma Lotus Workplace. É
uma solução baseada
num “browser” para a
distribuição nos com-
putadores-cliente,
como os PC, de “software” como o
A Workplace Client Technology
será usado na próxima geração de A IBM tem vindo a investir nos portais como
produtos Lotus Workplace, como o forma de colaboração e integração. Qual a van-
Lotus Workplace Messaging e outro tagem destas tecnologias para as empresas e
produto para gestão de documentos a como tem sido a sua evolução?
integrar na próxima versão do Lotus
Workplace (prevista para o segundo
trimestre).
Foram também apresentadas a
nova versão 6.4.1 do Lotus Notes e do
Domino — plataformas de “messaging”
A integração
e colaboração que incluem agora novas
funcionalidades, como o uso de men-
sagens instantâneas e uma interface
opcional, semelhante à de um portal.
nos portais
A nova versão de Notes e Domino per-
mite também a ligação entre este pro-

alguns exemplos do “software” que
está a ser criado e que, num futuro
próximo, chegará ao mercado.
O ambiente fica entre a magia da
Disneyworld e a azáfama do trabalho.
Os hotéis têm nomes de animais sim-
páticos, os tons suaves criam o cená-
rio ideal para umas férias em família,
mas todos os espaços são ocupados por
gente de mochila às costas e agenda
em punho, a correr entre uma e outra
sessão de trabalho. Qualquer sítio
serve para usar o portátil e, nas “horas
de ponta”, os corredores transformam-
se mesmo em escritórios improvisados,
de gente sentada nas mesas ou no chão,
de portátil no colo, a aproveitar os
minutos de um intervalo.
Era a 11ª edição desta
conferência de “software”
da Lotus (uma empresa da
IBM). Mais do que “software”,
considera a IBM que Lotus é
uma marca e um conceito que
pretende redefinir a forma
de conduzir os negócios das
empresas, efectuar a gestão
do conhecimento, apostar no
E-business e juntar funcio-
nários, clientes ou parceiros
numa única comunidade.
As novas ligações e as
novas tecnologias foram o mote da con-
ferência de abertura desta Lotusphere.
Ambuj Goyal, director da IBM para área
do “software” Lotus, destacou a impor-
tância da colaboração e da integração
entre os diversos dispositivos e salientou tâneas ou os espaços para trabalho em
que a tecnologia da Lotus “aumenta a
produtividade das empresas e dos seus
funcionários, facilitando também o tra-
balho em conjunto com os parceiros”.
Goyal sublinhou ainda a evolução do
“software” Lotus, sobretudo no que toca
aos recursos de colaboração e às ques-
tões de segurança. As iniciativas da IBM
para esta área decorrem da estratégia
“on-demand” (tecnologias a pedido), em
que as organizações poderão adaptar
facilmente o seu “software” de acordo
com as suas necessidades. Mike Rhodin,
vice-presidente para a área de desenvol-
vimento do “software” Lotus, precisou
depois essa estratégia: “Criar novas apli-
cações e um ambiente colaborativo, com
uma plataforma constante mas flexível
e com soluções que vão ao encontro das
necessidades dos clientes”.
Na principal conferência do Lotus-
phere, Ambuj Goyal fez também o
balanço do último ano, salientando
a introdução do Lotus Workplace,
uma plataforma para integração dos
processos de negócio. Para ele, a cola-
boração é uma opção estratégica e uma
Lotus Notes ou o Microsoft Office, com duto e o Outlook, da Microsoft, cujos
as vantagens da ubiquidade, rapidez e utilizadores também poderão aprovei-
menor custo total de manutenção. O tar as novas capacidades colaborativas
Workplace Client Technology assenta sem mudarem de aplicação, migrarem
na plataforma Eclipse, que, por sua vez, para Domino ou terem que ter mais
formação. As versões
6.5.1 do Lotus Notes e
do Domino ficarão dis-
poníveis ainda neste
primeiro trimestre.
Com o objectivo de
responder às necessi-
dades das empresas
no que se refere a cola-
boração, a IBM lançou
também um pacote que
agrega o “software” de
colaboração baseado na
Web e um ambiente de
portal. IBM Software
Solution for On Demand Workplace foi
o nome dado a esta solução, que custa
cerca de 400 dólares por utilizador e
junta as capacidades de colaboração do
Lotus Workplace Messaging, do Team
Collaboration, do Collaborative Lear-
ning, do Web Content Management e
as funcionalidades de integração do
WebSphere Portal.
A IBM anunciou ainda que irá
disponibilizar as suas tecnologias de
colaboração, como o Lotus Workplace,
se baseia em normas abertas e permite a diversos fornecedores independen-
criar, integrar e utilizar ferramentas de tes de “software” (os chamados ISV)
“software”. A nova tecnologia suporta e outros parceiros. Este conjunto de
também aplicações colaborativas, cerca de 65 mil entidades de todo o
como o E-mail, as mensagens instan- mundo poderá, desta forma, desenvol-
ver aplicações abertas e de colaboração
equipa. com o Lotus Workplace. ●
O ‘laboratório’ da IBM
Um dos diversos espaços do Lotusphere 2004 recebeu a designação de IBM
Research Lab. Isto porque, numa sala com cerca de duas dezenas de computado-
res, a IBM procurou mostrar um pouco daquilo em que está a trabalhar, na área
de “software” de colaboração. Tudo o que foi mostrado era ainda protótipo mas
muitas aplicações já funcionam.
“Jazz” foi o nome dado a uma aplicação de colaboração contextual que está a ser
testada na área do desenvolvimento de “software”. Dois ou mais programadores,
que trabalham em determinada aplicação, podem assim partilhar alterações e
consultar o que foi feito por outros membros da equipa de desenvolvimento.
Criado sobre o Websphere Portal Server, um outro protótipo foi apelidado de
“Donuts”. Desta vez, o objectivo é facilitar a recolha da informação existente em
“sites” noticiosos, blogues ou outros locais, possibilitando depois a discussão de
temas a partir da informação obtida. “LiveBook”, ainda outro protótipo, pretende
simplificar a alteração de documentos, ou seja, facilita a edição e catalogação, por
exemplo, de um livro (que, à partida, seria inalterável).
O combate às mensagens indesejadas (“spam”) é também uma das preocupações
da IBM, que apresentou um protótipo de um novo filtro para evitar a circulação
destas mensagens recorrendo a diversos sistemas de análise. Um outro protótipo
em demonstração foi o “Rendezvous”, uma tecnologia que junta a voz sobre IP
ao “software” colaborativo, o que melhora a interacção dos utilizadores de Lotus
Workplace e permite à empresa poupar nos custos de comunicações. ● I.G.S
A
IBM está no negócio dos portais há cerca
de três anos, tendo investido nesta área
por diversas razões. Em primeiro lugar,
acreditamos que a tecnologia responde
às necessidades dos clientes. Por outro
lado, sabemos que a tecnologia associada aos por-
tais nos permite fornecer um único ponto de acesso
a todas as aplicações envolvidas num processo de
negócio.
Percebemos, muito cedo, que grande parte das pes-
soas que trabalhava na área dos portais encarava-os
como a melhor forma de aceder à informação. Con-
tudo, percebemos também que não se tratava apenas
de um acesso à informação, mas sim de uma forma
de aceder às aplicações e aos processos de negócio.
Esse é o principal fundamento da nossa estratégia:
fornecer um único ponto de acesso a todas as aplica-
ções e processos de negócio. Não se trata apenas de
procurar informação mas, sim, de um acesso estrutu-
rado a bases de dados, repositórios de documentos
ou sistemas de correio electrónico. Trata-se, portanto,
de aceder também a soluções de gestão de rela-
cionamento com os clientes [“customer relatioship
management” (CRM)] ou de ERP [Enterprise Resource
Planning].
Para além disso, a IBM concluiu que, quando as
empresas efectuam os seus negócios, necessitam fre-
quentemente de o fazer em colaboração com outras
entidades. Daí a importância de integrar as próprias
pessoas nos portais, com ferramentas de colabo-
ração que permitam, também, difundir e consultar
informação. Muitas vezes, parte dessa informação
encontrava-se apenas guardada na cabeça de algu-
mas dessas pessoas.
Integrar os processos de negócio, as aplicações e as
pessoas foi, portanto, o nosso objectivo. Ao disponi-
bilizar os produtos para portal, incluímos a tecnolo-
gia de colaboração da marca Lotus e coisas como o
“instant messaging” [capacidade de receber e enviar
mensagens instantaneamente] ou as ferramentas
para trabalhar em equipa.
A primeira grande mudança foi a integração de toda
a informação, aplicações, processos de negócio e pes-
soas. No último ano e meio, dedicámo-nos também a
integrar o acesso a todos estes factores, pois muitas
vezes é necessário colocar lado a lado diferentes infor-
mações e aplicações. Agregámos toda a informação e
agora estamos a cruzá-la. Estamos ainda a trabalhar
em tecnologia que possibilita essa integração.
Agora podemos saber, por exemplo, se está “on-line”
determinada pessoa com quem necessitamos de
contactar.
A estratégia “on demand” da IBM é fundamental
para juntar os processos de negócio e criar uma
infra-estrutura que seja flexível e se possa facilmente
adaptar a novas realidades. A concorrência entre
empresas é cada vez maior, a tecnologia avança muito
rapidamente e é necessário um ambiente tecnológico
que possa mudar com a mesma rapidez. Não se pode
demorar a responder a uma oportunidade; se não,
perdemo-la. ●
Depoimento colhido por Isabel Gorjão Santos

S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4 computadores .7
 WEBMANIA

C elebrar-se-ão, daqui a cerca de três meses, os 30

anos da Revolução dos Cravos, outros tantos de
liberdade e democracia em Portugal. Comemorações
e sessões didácticas estão a ser organizadas do Norte
ao Sul do país e entre as comunidades emigradas no
estrangeiro. A pensar em todos os que se dedicam à
investigação histórica mas também nos simplesmente

O BEIJO
curiosos, nasceu em 1984 o Centro de Documentação
25 de Abril, um projecto criado no âmbito da Reitoria
da Universidade de Coimbra. Lutando contra o esqueci-
mento e o desaparecimento progressivo dos materiais
que testemunham este marco da história portuguesa,
o centro dispõe de uma biblioteca especializada,
um conjunto de arquivos privados, uma galeria de
fotos e iconografia vária, uma recolha dos registos de
imprensa, rádio, etc. Esta é a página do Centro e dá uma
pequena ideia do seu acervo. Quem estiver a pensar
em organizar alguma iniciativa não se poderá queixar
de falta de materiais de apoio! E até poderá pedir uma
exposição itinerante! ● mulher.aranha@publico.pt
www.uc.pt/cd25a

W
WEBBMMAANNI IAA
www.evidenceincamera.
co.uk
www.inrap.fr www.coversdvd.com www.setiathome.ssl.
berkeley.edu

S omos todos diferentes, felizmente.

Mas há diferenças que, por vezes,

O s resultados do trabalho dos ser-

viços secretos, de espionagem e
de controlo determinam muitas das
decisões tomadas durante as guerras
e os conflitos armados. Inacessíveis
ao público, estas informações reve-
lam-se de importância estratégica
fundamental para os actores nesse
palco. Esta página foi criada pelos
The Aerial Reconnaissance Archi-
ves (TARA) e vem mostrar agora as
fotos aéreas que, durante a Segunda
Guerra Mundial, levaram à descoberta
e localização dos campos de concen-
tração nazis. O papel da fotografia de
reconhecimento no conflito é agora
revelado preto-no-branco, mais de
50 anos depois. Esta página, devido
ao interesse que suscita em todo
o mundo, apresenta-se frequente-
mente indisponível mas vale a pena
continuar a tentar. ●
E sta é a página do Institut National
de Recherches Archéologiques Pré-
ventives, um organismo francês surgido
em 2001. Contém informações sobre as
mais recentes descobertas, legislação,
publicações, etc. Perguntar-se-á por-
ventura o leitor sobre o significado de
“arqueologia preventiva”… Ora bem: já
soube certamente de várias daquelas
histórias do estilo “iam construir um
novo tribunal na praça principal da
cidade mas descobriram uma aldeia
romana mesmo ali” ou, “quando deci-
diram fazer uma rede de esgotos, veri-
ficaram que viviam sobre um cemitério
milenar”. Pois é para prevenir danos irre-
paráveis nestes vestígios do passado
que serve a dita prática arqueológica.
Antes de serem levados avante pro-
jectos urbanísticos ou obras em zonas
sensíveis, procede-se à investigação
arqueológica do local. Talvez valha mais
prevenir que… deitar tudo a perder. ●
nos fazem levar as mãos à cabeça!
Os rápidos e os lentos podem não se
suportar. Os que arrumam os CD nas
caixas respectivas e os que os trocam
sempre de caixas. Há os que arrumam a
cozinha na semana a seguir a cozinhar
e os que… não. Há aqueles que voltam
a colocar as embalagens, já vazias, no
frigorífico. Há os que nunca colocam
etiquetas nas cassetes gravadas, tendo
de percorrer potencialmente todo
o seu universo de cassetes cada vez
que decidem ouvir uma dada música.
Pois… e há também os que têm mil
cuidados com a identificação ou a
decoração exterior. Foi a pensar nestes
últimos que surgiu esta página, que
disponibiliza uma imensidão de capas
de DVD com resolução de 300 dpi e
gratuitamente. ●
A existência ou não de vida extraterres-
tre é um assunto polémico. Muitos
afirmam já ter vivido encontros, visto
fenómenos estranhos e sido confronta-
dos com o inexplicável. Multiplicam-se os
clubes destes “felizardos”, onde partilham
experiências e se sentem acreditados. A
verdade é que não surgiram ainda provas
consideradas universalmente irrefutáveis.
A Berkeley University da Califórnia desen-
volveu um projecto para processamento
distribuído dos dados de sinais de rádio
captados por um telescópio, na busca de
inteligência extraterrestre. O Seti@home
(Search for Extraterrestrial Intelligence) é
um programa que pode ser descarregado
por qualquer um que queira colaborar
neste projecto de investigação científica.
De cada vez que o seu “screensaver” entrar
em funcionamento, o seu computador
dedicar-se-á a contribuir para o proces-
samento dos milhões de anos de dados
já recolhidos. Ainda não se detectou a
presença de nada mas... ●

www.csr.utexas.edu/grace

O Gravity Recovery and Climate Experiment (Grace) é um projecto elaborado em parceria que
visa, por meio do envio de satélites, efectuar medições detalhadas do campo gravitacional do
planeta Terra. Os dados recolhidos serão utilizados na estimativa de modelos globais durante os
cinco anos previstos para a duração da missão. Os primeiros resultados inovadores surgiram já, com
a construção do mais preciso e completo mapa do campo gravitacional do nosso planeta, abrindo
portas para uma investigação mais proveitosa da circulação da água nos oceanos e das resultantes
no clima. Uma página para quem desejar saber mais. ●

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4

Entre um novo Napster ou mais lixo
A
REUNIÃO SERVE PARA juntar algu-
mas das mentes tidas como
mais iluminadas em diferentes
áreas dos universos económico
e financeiro. Chama-se Fórum
Económico Mundial e decorreu em Davos,
na Suíça, entre 21 e 25 de Janeiro mas
alguns dos painéis debateram questões
como a integração dos blogues no sistema
comunicacional ou o excesso de informa-
ção na sociedade actual.
Um desses painéis questionou como os
blogues — sistemas fáceis de publicação
individual na Web — ou a própria Internet
estavam a ser absorvidos pelos média tra-
dicionais e a sua evolução futura.
Os blogues estão a transformar os
consumidores de conteúdos mediáticos em
produtores desse tipo de conteúdos — refe-
riu Jay Rosen, responsável pelo Departa-
mento de Jornalismo e Comunicação de
Massas da Universidade de Nova Iorque,
segundo a informação disponibilizada pela
organização do sítio do Fórum na Web (
www.weforum.org ). “É um desenvolvi-
mento radical incrível, o mais excitante
que vi na minha carreira como intelectual
e crítico”, afirmou Rosen.
O crescimento deste fenómeno criou
uma “cadeia alimentar de informação”,
referiu Joi Ito, “chief execu-
tive officer” (CEO) da empresa PEDRO
Neoteny. No topo, encontram-
se os “poderosos”, uma elite lida diaria-
mente por milhares de pessoas; seguem-se
os blogues de “redes sociais”, interessados
em certas temáticas ou regiões. Na base,
encontra-se “uma vasta galáxia de obscuros
blogues”, com poucos acessos diários. Mas
existirá um fenómeno de realimentação
BLOGUES DISCUTIDOS NO FÓRUM ECONÓMICO MUNDIAL
entre todos eles, que Objects, assumiu que
YOSHIKO KUSANO/AP PHOTO
poderá mesmo acabar idêntica percentagem da
por levar certos temas informação existente em
aos média tradicio- bases de dados empre-
nais. sariais nunca é usada.
Assim, para Ito, Os administradores
apesar de os “bloggers” baseiam, assim, as suas
mais conhecidos rece- decisões no instinto.
berem mais atenção, O problema é que
a “força vital” do fenó- muita da informação
meno estará na base, que pode ser necessá-
naqueles que desco- ria também não está
brem e apresentam disponível na Internet,
conteúdos originais. como referiu Eric Sch-
Nesse sentido, Loïc midt, CEO do Google,
Le Meur, fundador ex-CEO da Novell e
da empresa francesa antigo “chief techno-
Ublog, salientou que logy officer” (CTO) da
os blogues poderão Sun Microsystems.
ter o mesmo impacto Alguma informação
(ou maior) nos média também só pode ser
tradicionais que o encontrada nos blogues,
Napster teve na indústria discográfica: “O correspondência privada, trocada entre que acrescentam notícias a partir de áreas
Napster apenas tornou possível a cópia de elites em séculos passados. temáticas ou áreas geográficas que os média
músicas. Mas um ‘blogger’ pode acordar Noutro sentido, os blogues poderão tradicionais não cobrem — como explicou
todos os dias e ter uma boa ideia — uma contribuir para fragmentar ainda mais Ethan Zuckerman, CEO da Geekcorps
ideia que poderá desviar as atenções da um sistema mediático já de si bastante —, nomeadamente por estes estarem mais
imprensa tradicional”. atomizado — salientou Orville Schell, que interessados no “info-lazer”. O problema é
No seu blogue, Joi Ito acrescenta que lecciona jornalismo na Universidade da que a informação veiculada pelos “bloggers”
Le Meur explicou como as pessoas podem, Califórnia. “Quanta mais informação está poderá não ser fiável por eles próprios não
desta forma, trocar informa- disponível, menos espaço há para um dis- serem jornalistas experimentados.
FONSECA ção entre si, sem aceder aos curso comum”. E o que são, hoje, os jornalistas? Trei-
médias tradicionais, até pela Isso já sucede no sistema científico nados como fornecedores de informação,
facilidade em criar conteúdo em blogues, ao — realçou Theodore Zeldin, da The Oxford estão a “tornar-se filtros, essencialmente
contrário do que se passa com a música. Muse, no painel “Clearing the Data Smog”. editores” — afirmou Jay Rosen —, agarra-
Nem todos concordam, como é óbvio. Cerca de 95 por cento da investigação cien- dos à ideia de dar ao público o que pensam
Hubert Burda, CEO da empresa alemã tífica nunca é usada, ou seja, afirma Zelfin, que ele quer mas sem saberem realmente
Hubert Burda Media, por exemplo, con- “as nossas universidades são criadoras de o que isso é. Mas, “com tanta escolha e
sidera essas expectativas exageradas e ‘informação-lixo’”. Também Bernard Liau- interactividade, o processo de decisão está
prefere devolver os blogues ao campo da taud, CEO da empresa francesa Business a passar para a audiência”. ●
S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4 computadores .9
 agenda classificados
Envie-nos os seus anúncios através da Internet (URL: http://www.publico.pt/classcomp). Pode também enviar-nos os seus anúncios por E-mail para computadores@publico.pt
TAU 2004 - ACM/IEEE International Workshop on Timing
Issues (in the Specification and Synthesis of Digital Systems)
Data: 2-02-2004 a 3-02-2004 VENDO
Local: Austin, Texas, EUA
Contacto: Chuck Alpert Portátil Compaq AMD700
Vendo presario 700, 897MHz,
E-mail: alpert@austin.ibm.com Hitachi 20GB,128RAM,
URL: www.tauworkshop.com/ modem, placa rede; 2USB
LCD, mem.vídeo 16M, mala,
WindXP+software vário.
Forum Networking – Exposição e Conferências Zona de Coimbra ou Porto.
Data: 5-02-2004 Preço: 500 Euros
E-mail: jboica@tugamail.com
Local: Taguspark, Oeiras Mesa Digital AIPTEK
Data: 10-02-2004 Modelo Hyper Pen 5000u.
Com ligação USB; dimensões
Local: Europarque, Santa Maria da Feira 4”x 5”; detecção de 512
Conferências: níveis de pressão da caneta;
Painel 1 – Mobilidade e Wireless resolução 3048 linhas por i;
rato sem fios (funciona sobre
Painel 2 – Convergência IP Voice Video Data a mesa) e CD de instalação +
Painel 3 – Segurança software. Ideal para desenho
e escrita. Zona Porto, Feira e
Painel 4 – Data Center Networking arredores. Preço: 40 euros.
Contacto: 214728400 Contacto: 93 809 38 82
E-mail: jmaia@techdata.es E-mail: antonio_augusto_
sousa@hotmail.com
URL: www.techdata.pt Vários
Impressora HP Laser Jet
SLIP 2004 – System Level Interconnect Prediction 1100; Scanner HP 3200 c;
disco Western Digital 320 MB;
Data: 14-02-2004 a 15-02-2004 modem interno Diamond
Local: Paris, França Supra 56 K. Vendo em sepa-
rado. Excelente estado.
Contacto: Lou Scheffer Contacto: 91 710 45 79
E-mail: lou@cadence.com Colunas Creative
URL: www.sliponline.org/ Creative Inspire 5.1 5100.
Novas, ainda na embalagem.
Zona Porto, Feira e arredores.
HPCA-10: Tenth International Symposium
Preço: 65 Euros
on High Performance Computer Architecture Contacto: 93 809 38 82
E-mail: antonio_augusto_
Data: 14-02-2004 a 18-02-2004 sousa@hotmail.com
Local: Madrid, Espanha Placa gráfica
nVidia Ge-Force 2 MX400
Contacto: Rafael Asenjo 64MB, AGP 2x/4x, com TV
E-mail: asenjo@ac.uma.es out. Preço: 35 Euros (dis-
URL: www.ac.uma.es/hpca10/ cutível).
E-mail: ei02088@fe.up.pt
Portátil Intel
ISSCC 2004 – IEEE International Solid-State
Pentium 4, 2.4G, 512MRam,
Circuits Conference Disco 40Gb, Monitor 17”,
Combo Leitor (Dvd) e
Data: 14-02-2004 a 19-02-2004 Gravador, Placa Gráfica 64M,
Local: São Francisco, Califórnia, EUA portas USB. Inclui jogos
originais. Como novo. Preço:
Contacto: Frank Hewlett
1400 Euros (negociável). Área
E-mail: hewletfw@sandia.gov do Porto.
URL: www.isscc.org/isscc Contacto: 966412662
E-mail:
jaogoncalves@oninet.pt
DATE 2004 – Design, Automation and Test in Europe Portátil iBook
Data: 16-02-2004 a 20-02-2004 Macintosh, 366 Mhz, 192 MB
RAM, disco 60GB, leitor de
Local: Paris, França CD, etc.; Impecável
Contacto: Conference Secretariat Contacto: 917610439
E-mail: sue.menzies@ec.u-net.com COMPAQ Armada 110
(portátil)
URL: www.date-conference.com P3 800 Mhz; 192 Mb SDRAM;
10 GB disco rígido; CD-Rom
ISVLSI 2004 – IEEE Computer Society Annual 24X; Placa Som Integrated
16-Bit; 1.44 Mb Disquete
Symposium on VLSI 3,5’’; Placa Gráfica Trident
Data: 19-02-2004 a 20-02-2004 CyberBlade 3D 8 Mb;
Modem Fax V.90 56K; Placa
Local: Lafayette, Louisiana, EUA
Rede Ethernet; Ecrã Cores
E-mail: mmm5554@cacs.louisiana.edu
14’’ Matriz Activa TFT; MS
URL: www.cacs.louisiana.edu/isvlsi Windows Milenium. Grande
Lisboa.
Contacto: tel. 965076944;
FPGA 2004 – Twelfth ACM International Symposium E-mail: comp.comp@clix.pt
on Field-Programmable Gate Arrays Processadores AMD
NOVOS a preços mais
Data: 22-02-2004 a 24-02-2004 baratos
Local: Monterey, Califórnia, EUA Desde que haja a entrega
de um processador AMD
Contacto: Herman Schmit
DURON acima de 1000 ou
E-mail: fpga2004@ece.cmu.edu AMD XP acima de 1800+, que
URL: fpga2004.ece.ubc.ca estejam em perfeitas con-
dições de funcionamento.
RAZÃO: estou a construir um
DVCon – Design and Verification Conference & Exhibition CLUSTER. Sou do Porto.
Data: 1-03-2004 a 3-03-2004 Contacto: 93 628 54 94
E-mail: dab@rambus.pt
Local: San Jose, Califórnia, EUA
Portátil HP Xe3
Contacto: Angela Brantner Pentium Celerom 600 MHz,
E-mail: angela@mpassociates.com 64 MB RAM, 4 GB, CD-ROM,
ecrã TFT 12”, Modem 56Kb,
URL: www.dvcon.org teclado novo, duas entradas
USB e mala para transporte.
LATW 2004 – The 5th IEEE Latin-American Test Workshop Impecável. Estimado. Preço:
500 euros.
Data: 8-03-2004 a 10-03-2004 Contacto: 91 991 61 65
Local: Cartagena, Colômbia E-mail:
raul.mendes@megamail.pt
Contacto: J. L. Huertas
Computador SUPER CASE
E-mail: huertas@imse.cnm.es
Pentium 4 a 3.06 Ghz; 512
URL: www.latw.net MB RAM; 80 GB; DVD 16-48;
CD-RW 48- 16-48; ATI Radeon
9000 com 128 MB e TV in/
isQED 2004 – 5 th International Symposium out; Audigy 2; Soundblaster
on Quality Electronic Design 2.1; Monitor LCD TFT 17”;
Preço: 800 euros.
Data: 22-03-2004 a 24-03-2004 E-mail:
Local: San Jose, Califórnia, EUA bernapedroso@sapo.pt
Contacto: Melissa Wilderkehr Scanner Epson Perfection
1250
E-mail: wilderkehr@isqed.org Em bom estado, por 40 €.
URL: www.isqed.org Com cabo USB, alimentação,
e software. Requisitos: iMAC
ou Power MAC G3/G4 OS
Coll Chips VII – An International Symposium MAC 8.5 ou Superior, e PC
on Low-Power and High Speed Chips Pentium com WIN 98 ou
superior, necessário 32Mb
Data: 14-04-2004 a 16-04-2004 min RAM e 170 Mb. Hard
Local: Yokohama, Japão Disk.
Contactos: Amadora; tel. 91
Contacto: Secretariat
925 85 80
E-mail: cool@coolchips.org E-mail:
URL: www.coolchips.org luciano.p.duarte@sapo.pt
Scanner Umax Astra 1600U
Em bom estado, por 20 €.
EWME 2004 – 5th European Workshop Com cabo USB, alimentação,
on Microelectronics Education e software. Requisitos: iMAC
ou Power MAC G3/G4 - OS
Data: 15-04-2004 a 16-04-2004 MAC 8.5 ou Superior e PC
Local: Lausanne, Suíça Pentium, Win 98 ou Superior,
necessário 32Mb min RAM e
Contacto: Marie Halm (Local Secretariat) 170 Mb. Hard Disk.
E-mail: marie.halm@epfl.ch Contacto: Amadora; tel. 91
URL: ewme2004.epfl.ch 925 85 80
E-mail:
luciano.p.duarte@sapo.pt
computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4
PDA Toshiba e740
c/wifi. À Melhor oferta acima
de 450 euros.
Contacto: 96 657 10 12
E-mail: tmartins@webline.pt
PC
AMD ATHLON 600Mhz; disco
8.6 GB SEAGATE; 128 MB
SDRAM; drive disquetes;
CD-Rom Samsung 48x; RIVA
TNT2 32 MB; placa de rede
10/100 BNC/RJ45; placa
de som 128 PCI; modem
56K V90; monitor 17”; rato
c/netscroll; teclado; colunas.
Preço: €300 (s/monitor
€200)
Contacto: 93 809 38 82
E-mail: antonio_augusto_
sousa@hotmail.com
Componentes PC (AMD)
MB ECS K7S5A c/ som (para
Duron e Athlon XP) - in
box; Mem 256Mb SDRAM;
CD-ROM; Drive 3 ½ SONY;
Modem 56K Int; CD-RW LG
16x10x40x (buffer underrun
protection) - in box; Oferta
de jogo; Preço: 160 euros;
Zona de Coimbra e Fig.
da Foz
Contacto: Ricardo 917939023
PowerMac G4 733 Mhz
(version 2.0)
System bus 133 Mhz cache
L2 256 K, cache L3 1 Mb,
disco de 60Gb, 512 MB
SDRAM de memoria, 2 portas
firewire, 2 portas USB +
hub 4 portas USB, teclado
e rato apple PRO + imic.
Mac OS 10.2.5 + Mac OS
9.2 + Software de design e
outros. Monitor Apple Studio
Display 17’’ (TFT).Tudo por
1850 euros. Estado impe-
cável.
Contacto: 96 2776889
E-mail: raul_
arfwedson@netcabo.pt
Computador Pentium III
Torre completa, 866 Mb de
memória, caixa ATX, board
DFI PIII, 256Mb, disco 20Gb,
placa grafica Riva TNT32Mb,
placa de som, drive 1,44. Bom
preço. Zona de Matosinhos,
Porto.
Contacto: 934500912
Omnibook
xe4500 PIVm 1,7Ghz, 512Mb
RAM; disco 30GB 14,1”;
combo; modem; placa de
rede e mais. Windows XP
Home edition; Windows XP
Professional edition; Office
(tudo original); Na garantia
(com 5 meses). Preço (nego-
ciável): 1900 euros
Contacto: 963430556
E-mail:
icdamune@portugalmail.pt
CPU Pentium 3
1000 Mhz, a funcionar na
perfeição, 256 MB de RAM,
disco Seagate 40 GB, placa
gráfica Gforce 4 mx 440se, 64
MB, ddr, cd-r 52x, gravador
cd-r // rw 32x10x40, modem
56k, placa de som; Preço: 380
euros; zona da grande Lisboa
Contacto: 967285623
E-mail: Jcravo@creditoagr
icola.pt
CPU
AMD Athlon Processor 1200
Mhz, 512 MB RAM, disco
rígido 20 Ghz, DVD-Rom
16xCD-R/RW 16x 10x 32x
(Samsung), drive 3.15, placa
gráfica Riva TNT II 32MB,
entrada USB (2 traseiras);
Bom preço, zona do Porto ou
envio à cobrança.
Contacto: Vitor Incio,
917539102
E-mail: vitorincio@netc.pt
PC
Caixa Mid-Tower, motherbo-
ard DFI AK-75 EC Rev. A+ 768
Mb Ram PC133 (1x256Mb +
1x512Mb Kingston), Atlhon
XP 1.8+ inbox com cooler
certificado e 2 anos e 9
meses de garantia (+ um
Thunderbird a 1.2GHZ), disco
WD Caviar 20 Gb 7200 Rpms
WD200BB, GeForce2 Mx
200 32Mb RAM, cd-rom LG
CRD-8521B 52x, cd-RW Sony
CRX160E 12x8x32, monitor
Samtron 50V TFT, teclado
e drive disquetes, rato
Microsoft Wheel Optical USB/
PS2, modem US Robotics
56k, placa rede 10/100, som
on-board (Ac 97), colunas,
manuais e drivers originais;
Preço: 950 euros
Contacto: 919015202
iMac 350Mhz (novo)
Disco de 40Gb 7200rpm,
256Mb de RAM, à melhor
oferta
Contacto: 93 628 54 94
E-mail: dab@rambus.pt
Portátil ASUS T9
(2kg,mt “bonito”); PIII
1000Mhz,14,1”TFT,disco
30Gb Toshiba,
384MbRAM,CDRW, rede,
modem, bateria nova, garan-
tia 2 anos.
Contacto: 93 628 54 94
E-mail: dab@rambus.pt
Placa PCMCIA Xircom
(Rede+Modem+RDIS+GSM);
Cardbus, 32bits,com os dri-
vers mais recentes,à melhor
oferta
Contacto: 93 628 54 94
E-mail: dab@rambus.pt
COMPRO
Impressora EPSON
Stylus Colour 500 a funcionar
ou só cabeça de impressão
a preto. Também qualquer
impressora antiga em bom
estado com cabo paralelo,
para Pentium I. Por favor,
dizer o preço.
E-mail: nupinho@sapo.pt
Processadores AMD usados
Compro processadores AMD
DURON acima de 1000 e
AMD XP acima de 1800+.
Desde que estejam em
perfeitas condições de fun-
cionamento. RAZÃO: estou a
construir um CLUSTER. Sou
do Porto.
Contacto: 93 628 54 94
E-mail: dab@rambus.pt
TINTEIROS e TONERS
vazios
Compramos no âmbito de
uma campanha ecológica.
Têm de ser originais e não
reciclados. Cuidamos do
meio ambiente.
E-mail: meio.ambiente@iol.pt
Zip Drive externa Iomega
USB(mac), 100/250MB; até 65
euros; zona do Porto
Contacto: 917126623
E-mail: designinprogress@s
moove.org
CPU AMD Duron 1200 Mhz
Novo ou usado, em perfeitas
condições; zona de Coimbra
E-mail: joao.carlos@mail.te
lepac.pt
iMAC Grafitte
em excelente estado.
Contacto: Vasco Tavares
919435919
Monitor 19”
Contacto: 964612620
Spectrum zx81
da Sinclar, original e com
acessórios (pago bem).
E-mail: mamutte@bol.com.br
Scanner
Usado mas em bom estado;
zonas de Lisboa, Sintra ou
arredores.
Contactos: 918108731
E-mail: abduarte@vizzavi.pt
ou antonis@oninet.pt
Transformador
para Mac PowerBook 540c
Contacto: 917885763
E-mail:
botgomes@fcdef.up.pt
Portátil usado
Fujitsu ou Compaq - Lisboa
e Margem Sul. Enviar confi-
guração.
Contacto:
condeivan@hotmail.com
PLOTTER HP
Inkjet, cores ou monocromá-
tica; A1 ou AO; em boas con-
dições de funcionamento.
Contacto: 919805951
E-mail: jorgepedra@mail.te
lepac.pt
CPU
A, pelo menos, 266 MHz e
64Mb RAM, com 1 ficha USB,
leitor de CD e drive -- tudo a
funcionar. Muito urgente.
Contacto: 936416765.
E-mail:
raandersen@hotmail.pt
Processador Pentium II 450
(Socket)
E-mail: jestrela@icor-
construcao.pt
ZIP SCSI-100
Compro em 2ª mão iomega
ZIP SCSI-100
a funcionar e em bom estado
para a Mac. Por
favor, referir o preço.
E-mail:
jotomas@mail.telepac.pt
Mac
Com 2/3 anos de uso, em
excelente estado. Zona de
Coimbra.
E-mail:
jcarlosmaia@yahoo.com
Joystick compatível com
Amiga 500
E-mail: rdd40063@mail.te
lepac.pt
Jogos originais antigos
Procuro alguns jogos ori-
ginais antigos, com caixa e
manual, principalmente (mas
nao só) os da série Ultima.
Contacto: Pedro R. Quaresma
E-mail: prq@aeiou.pt
hdd e simms
compro hdd de 2Gb ou mais
e simms de 30 contactos,
4Mb ou mais x2, urgente: o
fóssil está finalmente a ceder
e faz-me muita falta.
E-mail:
pedrotobias@hotmail.com
AMIGA 2000
Compro AMIGA 2000 a fun-
cionar 93 836 02 67
Contacto: António Borges
tel: 93 836 02 67
E-mail: acborges@clix.pt
Classic a funcionar
Preferencialmente o mais
clássico dos CLASSIC
Contacto: Paulo Curto
965809087
E-mail: paulocurto@mail.te
lepac.pt
Impressora fotográfica HP
Photosmart P1100
Ou Photosmart P1000, em
bom estado e completas.
Aceito propostas.
Contacto: Zona do Porto. E-
mail: pl1274@hotmail.com
Motherboard
C/ SOCKET7 p/ AMD K6.2
300Mhz. Urgente!
Contacto: 967456363
iMac 233
Preço até 120 c., a pronto.
Contacto:
psilvestre@net.sapo.pt
Portátil
Em bom estado, muito
barato (quase dado)
Estou disposto a negociar.
Contacto: 96 67 111 88
E-mail: joao.viegas@finan
tia.com
Trocar PC
Troco (ou vendo) PC novo
AMD 500Mhz 3D, 64 mg
Ram; Gráfia 16 Mg, PCI
128, CD-ROM, CDR Philips,
Modem 56K, teclado e rato
por PC com Proc. PENTIUM
III. Condições a combinar. Z.
Coimbra
Contacto: 964529110 - E-
mail:f.tomas@oninet.pt
Processador Intel Pentium
120 Mhz
Urgente. Contacto: Diogo
Lencastre 96 7020480
E-mail:
diogo.lencastre@netc.pt
Compro mediante pro-
postas Jogo Virtua Pool 2,
Diablo 2.
Placa gráfica 16MB/32MB até
79,81 euros.
Contacto: ricardo.a.pinheir
o@clix.pt
Placa gráfica ISA com 4MB
de memória
Peço que indique o preço, se
faz favor.
Contacto: Gil Côrte (Lisboa)
Tel.: 217972346
E-mail: gcorte@hotmail.com
Impressora fotográfica
HP Photosmart P1100 em
bom estado e completas.
Aceito propostas.
Contacto: Zona do Porto. E-
mail: pl1274@hotmail.com
Memórias Simm 32Mb Edo
72 contactos
Compro 2 memórias Simm
32Mb Edo 72 contactos.
Contacto:
José Rodrigues Tel:
919482421
E-mail: mop41115@mail.te
lepac.pt
AMD K6 ii (bus66) 300 ou
366 MHZ
Compro um destes modelos
de AMD K6 ii em bom estado
e sem overclocking. É favor
estabelecer uma oferta de
preço para negociação. Zona
de Setúbal ou Lisboa, só
adquiro o material à vista.
Contacto: Miguel Banha 91-
9715165.
E-mail: miguelbanha@netc.Pt
Gravador de Cds
Externo para ligação ao
meu portátil. Enviar ofertas
para joaobento@netc.pt.
Contacto: joaobento@netc.pt
Matrox Marvel
Edição de vídeo G400 (AGP)
ou G200 (PCI)
Contacto: João - 91 995 78 49
- E-mail: joni@net.sapo.pt
iMac 233
Compro iMac, preço até
598,56 euros, a pronto.
Contacto:
psilvestre@net.sapo.pt
Impressoras HP
Vários modelos, a funcionar.
Contacto: 967012790
E-mail: rnsilva@mail.refer.pt
Pentium II 400Mhz
Em bom estado, que não
tenha sofrido overcloking.
Com preferência para a zona
de Lisboa.
Contacto: Rusty@mail.pt
Portátil
Compro portátil com
modem e/ou cd-rom.
Contacto: pe_lu@esoterica.pt
PC Pentium II/III
Computador recente
Pentium II/III ou equivalente,
completo (placa som, gráfica,
modem, colunas, Windows
98 e Office 2000 Premium) e,
eventualmente, um scanner
e gravador CD,S. Pago a
dinheiro.
Contacto: 964529110-
239995314 (Lousã-Coimbra)
E-mail: frst@aeiou.pt
Placa aceleradora 3D
No mínimo 12 megas para
slote Pci, com drivers, cabos
e placa em boas condições.
Preço discutível. E-mail:
Gustavo.Cardoso@clix.pt
Board ASUS K7V
Barata, com pouco uso e
em boas condições. Estou
disposto a dar 169,59 euros
+portes. Contacto: Christian
Pires (Lisboa) Tel: 93 8379228
E-mail: christian@netc.pt
Motherboard+Processador
Pentium 120
Prefª zona Porto. Preço: 12,47
euros
Contacto:
tiagopinho@yahoo.com
Dimm 128 Mb PC133
Barato. Máximo: 139,66 euros
Contacto: Christian Pires
(Lisboa)
E-mail: christian@netc.pt
Portátil
Em bom estado, com modem
e cd-rom. Barato, ie, por
menos de 249.4 euros
Contacto: pe_lu@esoterica.pt
PRECISO
Profissionais Voluntários
para estudo de viabilidade
de associação sem fins
lucrativos com a finalidade
de reciclar equipamentos
informáticos para uso de
pessoas carenciadas. Enviar
curriculum vitae.
E-mail:
paginainter@hotmail.com
Pizzaria, churrascaria, res-
taurantes
ou mesmo casas noturnas
de qualquer segmento que
tenham uma boa infraes-
trutura, e que desejem ser
divulgadas. Posso trabalhar
no estabelecimento e
ocupar-me da divulgação e
página (pois também traba-
lho com a criação e manu-
tenção de web sites), caso
haja uma proposta Legal!!!
Contacto:
bruno@acwsites.com
Computadores precisam-se
AISL - Associação de
Intervenção Social LOGOS,
sem fins lucrativos, recebe
oferta de computadores
usados para implementar
programa de ocupação de
tempos livres e formação
destinado a pessoas em situ-
ação de exclusão.
Contacto: Jorge Pinto
914029315
E-mail: aisl@jkpt.net
Pagemaker
free lancer m/f para actuali-
zação periódica de página.
Enviar propostas.
E-mail:
paginainter@hotmail.com
MAC LC
mais concretamente, um
processador MC 68020, 2Mb
RAM, para poder mudar
hardware avariado no meu e,
depois, oferecê-lo a
uma instituição social.
Agradeço ofertas na região
norte de Portugal. Agradece-
se oferta ou cedência por
valor simbólico.
Contacto: 96 45277 71
E-mail: arnaldoribeiro@portu
galmail.pt; arnaldojoaquim@
hotmail.com
Licenciados em Engenharia
Informática (ou equiva-
lente)
Funções nas áreas de
Desenvolvimento e Projecto
e de Administração de
Dados. Pedem-se conhe-
cimentos das ferramentas
Oracle, PS/SQL, C++ e
Designer 2000. Enviar c.v.
por e-mail.
Contacto: 213922220
E-mail: rec.humanos@porto-
de-lisboa.pt
URL: www.porto-de-lisboa.pt
Emprego na área de
Informática, em Portugal
Procuro empresas que
se interessem pelo meu
Currículo, tenho 23 anos de
experiência em informática,
como programador, analista
de suporte e gerente de
informática, equipamentos
de grande a pequeno porte,
experiência em Oracle e
vários outros produtos,
tenho disponibilidade
imediata. Contacto: Gerson
Eduardo de Oliveira - Brasil
E-mail: popus@terra.com.br
Web Developers
Work in Holland with a good
salary. If you are interested,
contact me,
Contacto: Marc 00351-
962383783 E-mail:
marc666@dds.nl
Professor
Preciso com urgência profes-
sor para DELPHI. (Coimbra)
Enviar C.V.por E-mail:
c.f.@portugalmail.pt
Construtores de Web Pages
Para trabalhar como
Programadores freelancers.
Enviar curriculum, trabalhos
realizados; remuneração
acima da média. Preferência
com conhecimentos de e-
com. Contacto: P.Magalhães
E-mail:
np46nn@maol.telepac.pt
Programadores
Recém-licenciados ou
com experiência para
empresa sediada em Lisboa.
Conhecimentos em: Access,
Visual Basic, Java, C/C++,
Cobol, ABAP/4, bases de
dados e SQL. Capacidade
de trabalhar em equipa e
gosto pela informática de
gestão.Todas as respos-
tas devem ser enviadas
por e-mail, informando
sobre disponibilidade e
vencimento pretendido.
Contacto: João Lopes E-mail:
buisposit@hotmail.com
Comissionista
Trabalho à comissão; Venda
de cursos informática. Zona
Centro
Contacto: Fernando Paulo
917771633
http://www.pcforma.pt; E-
mail: anuncio@pcforma.pt
OFERTAS
Dê IMAGEM à sua
empresa...
Elaboração de Sites para
Internet, Design Gráfico,
Multimédia.
E-mail: sfvasco@iol.pt
Hardware, Software e
Internet
Instalam-se programas e
corrigem-se problemas
em computadores ao domi-
cílio (Matosinhos – Porto)
Contacto: 96 961 02 76
Design Gráfico
Criação de cartazes,
imagem gráfica, paginação,
desdobráveis, tratamento
de imagem, pré-impressão.
Processamento de texto.
Aveiro/Braga.
Contacto: 966340860
E-mail: mrui@aeiou.pt
Executo todo o tipo de
tarefas informáticas
na zona do Minho, como
processamento de texto,
pequenos jornais, panfletos,
convites, páginas de inter-
net, reparação e manuten-
ção de computadores.
Contacto: 917538263
E-mail: sersanto@mail.pt
Executo tarefas infor-
máticas
Processamento de
texto; apresentações em
Powerpoint e excel; pesqui-
sas na Internet e bibliote-
cas. (Aveiro/Coimbra)
Contacto: 965583978
E-mail: es_santos@mail.pt
Executo tarefas infor-
máticas
Pesquisas na internet e em
bibliotecas; processamento
de texto; digitalização de
documentos e impressão a
p/b e a cor. Preços a acordar.
Contacto: 916981549
E-mail: eporfirio@mail.com
Executo tarefas infor-
máticas
Pesquisas na internet (5
euros/hora); digitalização
de documentos (imagem/
textos); apresentações
em PowerPoint e Excel;
processamento de textos
(1 euro/pp); impressão
(p&b: 0,25 euros/pp; cor: 0,5
euros/pp)
Contacto: 965140724
E-mail: pjg_2002@iol.pt
Web Design
Construção de websites,
manutenção, design perso-
nalizado, formulários.
Contacto: 914029315
E-mail: cidesign@jkpt.net
URL: www.jkpt.net
Desktop Publishing e
Fotocomposição
Todo o tipo de trabalho grá-
fico, paginação,ilustração
2D e 3D, artes criativas,
logotipos, cartazes, cartões,
ideias publicitárias,
Contacto: 914029315
E-mail: cidesign@jkpt.net
URL: www.jkpt.net
Redes em ambiente
Windows
Montagem, manutenção,
instalação, configuração,
optimização. Consultoria
informática. Pessoal certifi-
cado Microsoft.
Contacto: 914029315
E-mail: technet@jkpt.net
URL: www.jkpt.net
Web Design
Construção de Web Sites
por 100 euros, para empre-
sas e particulares. Óptimo
para se dar a conhecer
na Internet por um baixo
preço.
Contacto: 96 537 76 59
E-mail: mar_psi@yahoo.com
URL:
www.webportugal.cjb.net
Web Design (comerciais
ou não)
Construção de Web Sites
para empresas e particula-
res. Procedo à manutenção,
alojamento e registo do
domínio, submissão em
motores de busca para uma
boa promoção. Óptimo
para difundir negócios por
um baixo preço.
Contacto: 93 617 42 86
E-mail: gouveia_
eng@yahoo.com
URL: www.gdesignpt.cjb.net
Técnico, Formador
e Programador de
Informática
Procuro trabalho com-
patível na área de Redes,
Web, Linguagens de
Programação e Hardware
Contacto: 965 446 048
E-mail: antpar@sapo.pt
Executo tarefas infor-
máticas
Pesquisas na internet (10
euros/hora); digitalização
de documentos (imagens/
textos); apresentações em
PowerPoint e Excel; proces-
samento de textos (1 euro/
página); impressão (p&b/
cor: 0.25 euro/página)
Contacto: 965140724.
E-mail: paulogodinho_
2001@iol.pt
 S H A R E WA R E
Elaborar melhores manuais
O
FLASHCAST é uma
aplicação disponível
no mercado de “sha-
reware” que permite
preparar apresenta-
ções, tutoriais, vídeos de formação lado, sendo o resultado final um
e outro tipo de criações multimédia ficheiro Flash, este poderá ser
a partir da gravação da actividade
do ecrã do computador. Confuso?
Explicando melhor: é uma espécie
de gravador de vídeo, que regista
em ficheiro tudo o que se vai
passando no ecrã do computador.
E como uma imagem vale mais
do que mil palavras, o programa
permite criar demonstrações ou
exemplos de utilização prática de
um programa ou ferramenta.
O programa captura qualquer
tipo de documento aberto no ecrã,
seja texto ou imagens. Tudo aquilo
que vê surgir no ecrã, mesmo o
movimento do cursor do rato, pode
ser registado numa fotografia ou
num documento de vídeo. O Flash-
Cast tem sido usado com sucesso
na criação de cursos à distância
de utilização de ferramentas
informáticas, e na demonstração
de aplicações ou programas. Nos
departamentos de “marketing”,
ele é usado para capturar imagens
do sítio da empresa na Web, que
poderão depois ser usadas em
acções promocionais.
Em síntese, tudo o que surge
no ecrã do computador pode ser
registado em imagens fixas ou em
vídeos. O FlashCast pode ainda
ser usado para captar um vídeo
onde se registe o acesso ao E-mail, criação de documentos
para capturar uma mensagem
de erro (e posterior envio para o
suporte técnico da empresa de
“software”) ou capturar imagens,
ícones ou menus com o objectivo
de os utilizar em aplicações gráfi- o FlashCast, o utilizador pode criar
cas. O programa pode
ainda ser usado com NUNO BERNARDO
sucesso para capturar
imagens e ecrãs de videojogos. Por
exemplo, um fanático dos videojo-
gos pode capturar a evolução de
um determinado nível mais difícil
e enviar a todos os amigos para
lhes fazer inveja.
Um dos pontos fortes do Flash-
Cast reside no facto de gravar
todas as imagens e vídeos em for-
mato Macromedia Flash, podendo,
assim, os ficheiros ser abertos em
qualquer plataforma (PC, Mac
ou Linux), bem como correr em
dispositivos móveis e distribuídos
através da Internet ou CD-ROM.
O utilizador fica, assim, com a
FLASHCAST
garantia de que os seus traba-
lhos criados com o auxílio desta
ferramenta são compatíveis com
a quase totalidade dos sistemas
informáticos actuais. Por outro
publicado numa página Web
para ser consultada por qualquer
pessoa.
Um dos melhores
usos do programa é a
de apoio para acções de
formação à distância,
assistidas por computa-
dor, sejam elas via CD-
ROM ou mesmo via Internet. Com
vídeos que retratam
na perfeição como
usar uma aplicação.
É tão simples com activar o Flash-
Cast, abrir a aplicação que pretende
demonstrar e executar todas as fun-
ções que pretende exemplificar. No
final, terá no seu disco rígido, um
vídeo contendo tudo o que se passou
no ecrã do computador.
No entanto, o ficheiro gravado
— que poderá ter a duração de
alguns minutos até mais de meia
hora — irá, certamente, conter
muitos minutos mortos. Ou seja,
irá apresentar tudo, tal e qual foi
executado, o que poderá significar
muitos segundos de inactividade.
Para melhorar a eficácia do vídeo,
S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4
convém adicionar uma locução a
explicar o que está surge no ecrã
e o FlashCast auxilia o utilizador
nesta tarefa. Caso se pretenda
realizar algum trabalho de edição,
como aplicar efeitos especiais,
adicionar ficheiros de vídeo já gra-
vados e criar uma aplicação mais
interactiva, a MDM, produtores do
FlashCast, recomendam o uso do
Flash Studio Pro (uma aplicação
da mesma empresa).
Outro dos pontos fortes do pro-
grama prende-se com o facto do
FlashCast permitir a exportação
de apresentações Microsoft Power-
point para ficheiros Macromedia
Flash. Ou seja, o utilizador pode
criar uma apresentação ou docu-
mentação no produto da Microsoft
e depois gravar o resultado final
em ficheiro Flash. O FlashCast
pode capturar toda a imagem que
surge no ecrã, apenas uma janela
ou mesmo uma área pré-definida.
O utilizador pode, caso a caso,
especificar a área que pretende
capturar. Isto para evitar que o
tamanho dos ficheiros seja muito
grande. Em alguns casos não
justifica capturar todo o ecrã. Por
exemplo, para demonstrar uma
funcionalidade específica de um
programa, basta apenas capturar
para vídeo ou imagem fixa a parte
do ecrã onde e como se executa
essa funcionalidade. As imagens
capturadas podem ser enviadas
para a área de transferência do
Microsoft Windows, gravadas
num ficheiro, copiadas para uma
página da Web ou remetidas a
outro utilizador via E-mail.
O FlashCast constitui, pois,
uma excelente aplicação para a
captura de imagens para ficheiro e
posterior manipulação. O custo do
programa, que ronda os 120 euros,
não será muito em conta mas ele
não é daqueles programas só para
uso doméstico: o FlashCast tem
nas empresas o seu ambiente ideal
— departamentos de “marketing”,
empresas de “software” ou entida-
des ligadas à formação à distância
são os consumidores-alvo deste
programa. Mas qualquer utilizador
poderá experimentar estas funcio-
nalidades gratuitamente durante 30
dias (http://www.multidmedia.com/
software/flashcast/) e só depois
optar ou não pela sua aquisição. ●
FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa
Computadores
é publicado às segundas-feiras
E-Mail
computadores@publico.pt
Tel. 21-0111168
Fax 21-0111008
Assine Computadores
Assine o PÚBLICO
à segunda-feira e receba o jornal
em sua casa ou levante-o no seu
posto de venda habitual com os
suplementos Computadores e
Economia.
E-mail: assinaturas@publico.pt
Tel.: 808 200 095 (custo chamada
local)
Fax: 210 111 017
Assinatura semestral (26 exemplares):
Portugal €18.20
Europa €58.50
Resto do Mundo €94.90
Assinatura anual (52 exemplares):
Portugal €36.40
Europa €117.00
Resto do Mundo €189.80
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
computadores .11
 JOGOS
‘RUNAWAY, A ROAD ADVENTURE’, ‘CURSE: THE EYE OF ISIS’ E ‘DARK FALL, THE JOURNAL’
Interpretações sobre
a aventura clássica
A
MELHOR AVENTURA de 2003 foi,
sem dúvida, o terceiro episódio
de “Broken Sword”. Além de
estabelecer novas normas para
o género, chamou a atenção para
o estado de torpor em que se encontrava
este tipo de jogos. Embalados por esta onda,
vários lançamentos fizeram as
aventuras gráficas ressurgir MIGUEL
nas prateleiras e nas ludotecas.
Mais: a diversidade de propostas é grande
mas sempre partindo da mesma premissa
básica: boas histórias, capazes de envolver o
jogador, e uma mecânica mais que compro-
vada — isto variações à parte.
“Runaway, a Road Adventure” é niti-
damente inspirada nos “Broken Sword”
originais. A história é vagamente policial, o
herói é-o por acaso, tem uma heroína sedu-
tora a acompanhá-lo, um tom sarcástico
e irónico, e diálogos espirituosos — tudo
apresentado com a mecânica apontar e
clicar (o velho “point and click”) e um dese-
nho em estilo BD a duas dimensões.
A colagem a “Broken Sword” é mais que
óbvia, mas ir buscar inspiração aos melho-
res (e é esse o caso) não é necessariamente
negativo. Os espanhóis da Pendulo Studios
começaram bem, fizeram o trabalho de casa
e o resultado não desilude: graficamente é
agradável (suporta 1024 x 768), o som e as
locuções são razoáveis (mesmo que as vozes
não sejam 100 por cento convincentes) e a his-
tória interessante. Falta-lhe é o brilhantismo
de “Broken Sword” (sempre a mesma referên-
cia…), os contornos muito humanos de George
e Nico, a subtileza da fonte de inspiração.
Quanto aos “puzzles”, fundamentais numa
aventura, mostram por vezes alguma falta de
lógica. A interface é bastante simples de usar.
Com cerca de cem localizações e 30
personagens, o jogo é bastante extenso, dá
luta e não desilude. É direitinho, limpinho
e arrumadinho. Mas falta-lhe um pouco
aquele carisma que faz a diferença.
“Curse: The Eye of Isis” opta por uma
abordagem muito diferente. Mantém a
computadores .12
lógica de aventura mas substitui o “point
and click” por um movimento 3D típico
dos jogos de acção na terceira pessoa.
Isso permite pequenas sequências de
acção —como os combates com “zombies”
— mas o fundamental continua a ser a
resolução de “puzzles” e não a agilidade.
O ambiente é vitoriano, a
CRESPO história ligada a uma maldi-
ção e os ambientes variam
entre os museus e esgotos de Londres e os
túneis das pirâmides do Egipto. Em espaços
soturnos, carregados de mistério e tensão,
tenta-se recriar uma atmosfera típica dos
“survival horror” mas sem o espalhafato
visual deste tipo de jogos. Os personagens
são um pouco insípidos mas o desenrolar da
história, à boa maneira dos contos góticos
de H.P. Lovecraft e Edgar Allan Poe, é sufi-
cientemente absorvente para fazer o jogador
sentir alguns arrepios na espinha.
Muito bom é o equilíbrio conseguido
entre a dificuldade dos “puzzles”, a sua lógica
e o ritmo a que surgem. Menos positivo é o
tempo que se demora a percorrer os cenários
para trás e para a frente para conseguir rea-
lizar algumas tarefas. Os mapas são longos
e labirínticos (aconselha-se recorrer ao
velho hábito de desenhar um mapa à
mão) e a interface, um pouco estranha,
não ajuda. Simples são os combates,
pois pouco passam de apontar e
disparar ou bater. Destaca-se
ainda a legendagem em por-
tuguês, uma excelente opção
de localização (melhor que
a dobragem, em regra geral)
e grande ajuda para muitos
jogadores, até porque as boas
locuções são prejudicadas por
uma má equalização do som.
“Dark Fall: The Journal”
apresenta ainda uma terceira
abordagem à aventura clássica.
Neste caso, não há qualquer tipo
de acção, nem sequer personagens
para interagir: apenas cenários
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
S E G U N D A - F E I R A . 2 . F E V E R E I R O . 2 0 0 4
equipa mais completa, em que se destacam
Título “Runaway, a Road
Adventure” 7 /10
os responsáveis pela parte sonora.
E chegámos ao grande trunfo de “Dark
Estilo Aventura Fall”: ser um dos jogos com melhor apro-
Plataforma PC veitamento dramático da sonoplastia dos
Produtor Pendulo últimos tempos. Compensando a falta de
Distribuidor PlayGames riqueza visual (ou, talvez, por causa dela), o
Edição Dezembro 2003 som ganha uma dimensão superior. Todos os
pequenos efeitos provocam tensão nos mús-
culos, a música de violino e harpa faz suster
Título “Curse: The Eye
of Isis” 7 /10
a respiração e as vozes cristalinas, altamente
expressivas, fazem-se sentir no cérebro.
Estilo Aventura O ambiente de terror é uma constante,
Plataforma PC com o jogador sempre à espera de um
Produtor Wanadoo pequeno sinal sonoro que o faça saltar
Distribuidor PlayGames da cadeira. Os cenários quase estáticos,
Edição Dezembro 2003 mesmo sendo variados, fazem sentir a
iminência de algo, criando um “suspense”
quase insuportável.
Título “Dark Fall,
The Journal” 6 /10
O que impede “Dark Fall” de aproveitar
este potencial na totalidade é alguma falta
Estilo Aventura de foco na sua essência. Passeia-me muito,
Plataforma PC os mapas são enormes, há imensos objectos
Produtor Dreamcatcher para interagir mas, na maior parte dos
Distribuidor PlayGames casos, não servem para nada e não podem
ser apanhados. O inventário guarda apenas
Edição Dezembro 2003
algumas peças (meia dúzia em várias horas
de jogo) e poucos “puzzles” — por norma
por onde se vagueia na senda de descobrir difíceis, pouco óbvios ou obrigando a tomar
o mistério proposto. O mais interessante é notas e fazer desenhos à mão para evitar
que esta aparente nudez do jogo não é um “horas” a voltar atrás.
defeito mas uma virtude. Desenhar um mapa é também obri-
Interessante é o facto de “Dark gatório para distâncias a percorrer a fim
Fall” ser sobretudo um “one man de resolver problemas — opção que não
show”, pois baseia-se num conto acrescenta nada ao jogo, a não ser cansaço,
escrito por quem concebeu o e é pena. Outro ponto negativo é a profusão
jogo e o desenvolveu usando o de escritos: não há canto onde não haja um
Macromedia Direc- resto de papel, um recorte de jornal, um
tor, ferramenta quadro para ver. Textos e mais textos para
comum para a pro- ler. O objectivo é adensar a história mas, ao
dução multimédia. Jonathan Boakes centésimo escrito, já ninguém tem paciên-
— assim se chama o autor, “designer” e cia. E assim se perde uma boa intenção.
programador de “Dark Fall” — prova que Visualmente agradável, tem animação
nem sempre é preciso gastar milhões para perto de zero, ritmo muito lento e dificul-
produzir jogos apresentáveis. Para ser dades escusadas. Em termos sonoros, é
completado, o projecto recebeu a mãozinha divino. É diferente, e seguramente não
de uma produtora e a participação de uma para todos. ●