Computadores

SEGUNDA-FEIRA 19 JANEIRO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

PUB
Net e voz pelos Macintosh vai Urbanismo Fim aos ‘ads’ Três jogos
fios da EDP fazer 20 anos digital saltitantes de estratégia
Projecto de banda larga da Um computador que foi um Angra do Heroísmo em Um programa de ‘shareware’ ‘Age of Wonders:
Oni em fase de testes, para marco na vida da Apple modelo a três dimensões para deter os ‘pop-up’, os Shadowmagic’, ‘Space
arrancar ainda neste ano e da informática em geral do Urban.virtual.com anúncios que nos inundam Colony’ e ‘War of the Ring’
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COMISSÃO EUROPEIA CESSA FINANCIAMENTO A CUSTOS DE MANUTENÇÃO ATRAVÉS DO POSI

Escolas privadas passam

a pagar o acesso à Internet
A
S ESCOLAS PARTICU-
LARES do ensino
básico e secundá-
rio viram, no início
deste mês, cance-
lado o seu acesso à Internet
através da Rede Ciência Tec-
nologia e Sociedade (RCTS).
O acesso destas instituições
IVO
foi, nos últimos anos, pago pelo
Programa Operacional para a
Sociedade da Informação (POSI),
financiado pela Comissão Euro-
peia. Esta decidiu não atribuir
mais verbas para aquilo que
considera não se tratar de um
investimento mas de um custo
de manutenção das escolas — e o
acesso foi desligado. A principal
associação destas escolas não
põe em causa o pagamento das
contas de Internet mas contesta
o procedimento, que obrigou a
encontrar outras soluções num
prazo curtíssimo.
A Unidade Missão Inovação e
Conhecimento (UMIC), entidade
governamental responsável pela
área da sociedade da informação,
adianta que o Governo procurou,
junto da Comissão Europeia, obter
financiamento para continuar a
pagar das contas de acesso à Inter-
net daqueles estabelecimentos de
ensino. No entanto, os contactos
com a Comissão Europeia revela-
ram-se “infrutíferos”, o que tornou
necessário “definir um novo modelo
de financiamento para estes custos,
que demonstram claramente ser
custos de funciona-
ISABEL GORJÃO
mento”. Segundo
SANTOS
Diogo Vasconcelos,
gestor da UMIC, “o acesso à Inter-
net é muito importante e deve ser
encarado como os custos previstos
para ter telefone, água, luz, gás ou
material de limpeza”.
O responsável da UMIC apro-
veitou, aliás, para referir “dados
confrangedores” sobre a utilização
dos acessos oferecidos gratuita-
mente pela Fundação para a Com-
putação Científica Nacional (FCCN)
através da RCTS: “Dez por cento das
escolas nunca se ligaram e outras 15
por cento tinham efectuado a última
ligação há seis meses ou mais”.
A RCTS é gerida pela FCCN, foi
criada em 1990 e cobre actualmente
dois universos de utilizadores: as
universidades, institutos politécni-
cos e institutos de investigação, por
um lado (os quais possuem ligação
através de circuitos dedicados) e,
por outro lado, 11 mil
outras entidades: esco-
las do ensino básico e
secundário, e diversas associações
cívicas e culturais, estas últimas
com ligação através de RDIS.
Em 1997, por iniciativa do
então Ministério da Ciência e da
Tecnologia, a rede foi reforçada,
tendo-se decidido ligar todas as
escolas do país à RCTS. Numa
primeira fase, foram agregados à
rede todos os estabelecimentos de
ensino, públicos e privados, do 5º ao
12º ano. Depois, já em 2000, também
as escolas do 1º ciclo do ensino
básico foram abrangidas.
A ligação à Internet de
todas estas entidades foi um
dos objectivos do Programa
Operacional para a Socie-
dade da Informação (POSI),
que mereceu a aprovação da

Comissão Europeia ainda

ANDRÉ RU

no ano 2000. A FCCN

candidatou-se então ao
financiamento por parte do
POSI — que recebia as verbas
da Comissão Europeia — das des-
pesas relativas ao funcionamento
da rede, incluindo as ligações à
Internet. Só em 2003, os custos de
funcionamento da RCTS foram na
ordem dos 11 milhões de euros, de
acordo com a UMIC. ➜

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
➜
Contudo, o pro-
jecto tinha uma duração
determinada — de 2000 a
2003 —, período conside-
rado suficiente para que as
escolas ganhassem alguma
autonomia, como explicou
Pedro Veiga, presidente da
FCCN, a Computadores.
“Partiu-se do princípio de
que, quando começassem a
usar a Internet, as escolas
iriam poupar noutras áreas,
como na utilização do fax,
por exemplo.”
Durante quatro anos, o
acesso à Internet de todas
as escolas foi financiado
por verbas comunitárias,
através do POSI, mas esse
financiamento chegou ao
fim e o facto obrigou a encon-
trar alternativas. A FCCN
— que recebia a verba do
POSI e pagava as contas
aos operadores de teleco-
municações — abordou a
questão junto da UMIC e
do Ministério da Educa-
ção, que tutela as escolas.
Ficou então decidido que
este ministério passaria a
financiar as escolas secun-
dárias públicas (do 5º ao 12º
ano), ao mesmo tempo que o
Ministério da Ciência e do
Ensino Superior se respon-
sabilizaria pelas ligações à
Internet nos estabelecimen-
tos do ensino superior e nos
institutos de investigação.
Por resolver ficou a ques-
tão do ensino básico, que,
na sua vertente pública é
sobretudo responsabilidade
das autarquias. Contudo, o
Governo, por intermédio
da UMIC, adiantou já que
irá rapidamente resolver
a questão destas escolas.
De fora ficaram as escolas
privadas do ensino básico
e secundário, num total de
cerca de 700 estabelecimen-
tos de ensino.
No passado dia 31 de
Dezembro, a FCCN, de
acordo com as indicações
que havia recebido, desligou
o acesso à rede dos estabe-
lecimento de ensino priva-
dos, do 1º ciclo ao 12º ano.
O montante que era gasto
mensalmente para pagar
a utilização da Internet
por parte daquelas escolas
rondava os 500 mil euros.
Mas Pedro Veiga adianta
que o montante a gastar
mensalmente por cada um
destes estabelecimentos
para aceder à Internet
oscila entre os 25 e os 100
euros. Era esse o dinheiro
que a FCCN pagava, até
agora, aos operadores de
telecomunicações, com o
dinheiro vindo do POSI.
“É claro que o dinheiro
das escolas privadas dá
para pagar o acesso à
Internet e não é aí que está
o problema”, explica Sofia
Reis, adjunta de direcção
da Associação de Esta-
belecimentos de Ensino
Particular e Cooperativo
(AEEP). As críticas desta
associação vão, isso sim,
para a forma como o pro-
cesso foi conduzido.
A FCCN enviou uma
carta aos estabelecimentos
computadores .2
de ensino onde informava
que iria ser cortada a liga-
ção à Internet, explicando
que a ligação à RCTS era
paga pelo POSI e que tal
financiamento terminaria
no final de 2003. “Por esse
motivo, a FCCN não está
em condições de continuar
a assegurar a ligação refe-
rida. Assim, a partir de
31 de Dezembro de 2003,
seremos, infelizmente, for-
çados a cancelá-la”, lia-se
na carta.
Muitos dos estabeleci-
mentos de ensino receberam
esta informação já em Dezem-
bro, “perto do dia 18”, ou seja,
em cima das férias natalícias e
com poucos dias para resolver
a situação — como considera
Sofia Reis. Nalguns casos, os
alunos regressaram de férias
e viram então que não possu-
íam ligação à Internet nas
suas escolas. Os proprietários
destes estabelecimentos de
ensino ficaram também sem
saber qual a melhor forma de
resolver o problema.
Para minimizar o laridade e cobertura geográfica
impacto desta situação, a
FCCN apressou-se a enviar
um documento onde explicou
aos proprietários das escolas
o que deveriam fazer. Em
três páginas, são referidas
as diversas alternativas
disponíveis no mercado para
uma ligação à Internet atra-
vés de banda larga (ADSL
ou cabo), mencionaram-se
os operadores existentes e os
custos, e referiu-se ainda que,
“pelo menos durante o ano de
2004, a FCCN continuará a
disponibilizar às escolas os
seguintes serviços: domínio
Internet sob ‘rcts.pt’, espaço
para alojamento de páginas,
caixas de correio electrónico,
sistema de filtragem de
vírus e sistema de gestão
destes serviços, designados
por Sigma”.
Com estas indicações, os
proprietários das escolas pro-
curaram encontrar soluções.
Explica Sofia Reis que o prin-
cipal problema foi o curto perí-
odo de tempo desde o aviso ao
cancelamento do serviço. “A
FCCN até foi contactada
para disponibilizar o serviço
mediante o pagamento do
mesmo, mas informou que,
dadas as características da
rede e os seus próprios objec-
tivos, não poderia apresentar
nenhuma proposta comer-
cial”. Em altura de férias,
algumas escolas acabaram
por não conseguir resolver
a situação até ao recomeço
das aulas.
Para professores e
alunos “foi chegar à escola
e deparar com a ausência
de Internet”, adiantou Sofia
Reis, sem deixar de salientar
que “é claro que o dinheiro dá
para pagar a Internet, mas
o problema está na forma
como a decisão foi tomada”.
Para esta responsável da
AEEP, houve alguma discri-
minação no facto de alguns
estabelecimentos de ensino
(os públicos) terem sido
mantidos na rede, enquanto
os outros foram desligados
“quase sem informação”. ●
PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COMERCIAL COM ‘POWER LINE’ MARCADA PARA 2004
EDP e Oni vão fornecer
Internet e voz sobre
a rede eléctrica
A
EDP, EM PARCERIA com
a Oni, prepara-se para
iniciar uma experiência
comercial de serviço de
voz e de fornecimento de
acesso à Internet usando a tecno-
logia “power line” usando o “lacete
local” constituído pela cablagem
de fornecimento de energia eléc-
trica aos lares e ás empresas. Se
a fase de testes correr bem e as
autoridades reguladoras não puse-
rem obstáculos, a Oni, com um
investimento mínimo, poderá tirar
partido da rede com maior capi-
em Portugal, criando um mercado
potencial de 2,8 milhões de
clientes.
A empresa eléctrica está
a estudar em que áreas irá
desenvolver esta primeira
experiência comercial de
“power line communica-
tions” (PLC) para colocar
uma oferta no mercado ao
longo dos próximos meses.
Durante o último ano, a
EDP manteve uma experi-
ência-piloto — que conti-
nua a funcionar — a fim de
testar a fiabilidade desta
tecnologia que aproveita
a infra-estrutura eléctrica
para fornecer serviços de
voz e de dados de alto
débito através de ondas
electromagnéticas.
A experiência, desen-
volvida em parceria com a
Oni, está a correr com 300
utilizadores residentes nas
áreas de Telheiras e da
Parque Expo, em Lisboa,
e exigiu um investimento
de 1 milhão de euros. O
objectivo é agora avançar
para um modelo comercial
de fornecimento do serviço,
depois de definidas questões
como a forma de facturação
e as áreas geográficas a
abranger — explicou Netto
Aguiar, à margem de um
seminário recente, onde a
EDP apresentou este seu
projecto-piloto e divulgou
a intenção de realizar uma
experiência comercial mais
vasta. Segundo este res-
ponsável, é para já claro
que a experiência não irá
restringir-se a Lisboa, a
fim de permitir uma maior
noção sobre a receptividade
do mercado, nos seus dife-
rentes segmentos, a um
serviço deste tipo.
O objectivo da EDP é
disponibilizar o serviço de
Internet de banda larga e
de telefonia IP junto dos
seus clientes de baixa
tensão, excluindo os das
zonas rurais com menos
de 5 mil habitantes — o
que se traduzirá num mer-
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
cado potencial de 2,8 milhões
de clientes em 300 mil prédios,
apoiados por 14.700 postos de
transformação.
A entrada da Oni e da EDP
neste mercado levanta questões de
regulação, que a empresa espera
ver clarificadas rapidamente. Na
apresentação, Netto Aguiar referiu
a necessidade de enquadramento
regulatório, quer ao nível do sector
eléctrico quer no que respeita às
telecomunicações. Os contactos
com a autoridade reguladora do
sector eléctrico (ERSE) foram já
iniciadas, considera este respon-
sável menos pacífico o enquadra-
Opera para rede eléctrica
A Iberdrola, através da filial Iberinco, está
a coordenar um dos mais importantes pro-
jectos europeus para promoção e desenvol-
vimento da tecnologia PLC. O Opera (Open
PLC European Alliance) é financiado pelo
VI Programa-Quadro da União Europeia e
envolve 36 parceiros, num investimento total
de 20,2 milhões de euros. Estão envolvidas
“utilities”, empresas tecnológicas e universi-
dades com o objectivo de desenvolver uma
nova geração de equipamentos e normas
que garantam que a tecnologia é uma
alternativa real a outros tipos de acesso de
banda larga — como o cabo ou o DSL — com
preços competitivos, passíveis de massifi-
cação e permitam o reaproveitamento das
redes eléctricas de baixa e média tensão nos
países da União.
Os parceiros irão trabalhar durante quatro
anos, em duas fases distintas. A primeira terá
início ainda neste ano, ficando a empresa
espanhola encarregada de coordenar o
projecto em geral, a investigação dos vários
parceiros e a criação de uma base de conhe-
cimento comum na Europa. ● C.A.F. / C D B
mento do serviço na sua vertente
de telecomunicações. A falta de
legislação quanto à tecnologia
— já testada e aprovada nos EUA
e nalguns países europeus — e a
concorrência que representa um
serviço deste tipo para o operador
incumbiste são os principais facto-
res apontados por Netto Aguiar.
Este responsável admite igual-
mente que a entrada da EDP neste
mercado acabe por levantar ques-
tões relativas à abertura ou não da
rede eléctrica a outros operadores,
eventualmente interessados em
disponibilizar uma oferta de PLC.
A questão está a ser discutida no
seio da EDP, sem que haja
para já qualquer decisão
nesse sentido. Por definir
estão também os preços
a praticar: Netto Aguiar
garante apenas que o PLC
“é já hoje uma tecnologia
perfeitamente competitiva
com as restantes tecnolo-
gias de acesso disponíveis
no mercado”, acrescen-
tando que os resultados do
teste-piloto foram bastante
satisfatórios.
Nos estudos efectuados
junto dos utilizadores do
teste-piloto, foi possível
obter uma taxa de satisfa-
ção de 75 por cento para o
serviço de Internet — índice
que não se repetiu na voz,
onde a empresa garante “ter
detectado e resolvido um
conjunto de problemas”.
A tecnologia PLC come-
çou a surgir há mais de duas
décadas, sem que tenha
gozado de grandes investi-
mentos por parte dos forne-
cedores de energia eléctrica
devido aos custos envolvidos
e às interferências electro-
magnéticas causadas por
outros equipamentos eléc-
tricos. Nos últimos anos,
várias experiências têm sido
realizadas para reduzir os
impactos negativos do uso
da rede eléctrica como rede
de telecomunicações.
Hoje, países como a
Espanha e a Itália têm já
ofertas comerciais baseadas
na tecnologia PLC sobre-
tudo em áreas de grande
densidade populacional.
A espanhola Iberdrola
está mesmo a coordenar
um projecto europeu para
desenvolver a tecnologia
(ver caixa). Recentemente,
foi também criada uma
aliança — a Power Line
Utilities Alliance —, que
envolve nove fornecedores
europeus (entre elas, a EDP)
e visa acelerar a definição
de normas para a tecnologia
PLC. ● CRISTINA ALEXANDRA FER-
REIRA / Casa dos Bits

Media Capital retirou do
mercado a sua oferta de ADSL
A
M EDIA CAPITAL
decidiu suspen-
der, na passada
quinta-feira,
a admissão de
novos subscritores para a
sua oferta de Internet de
banda larga através de
ADSL — o IOL Express. A
decisão deveu-se ao “com-
portamento monopolista”
e às “práticas predatórias”
atribuídas à Portugal Tele-
com (PT). O Clix admitira
já vir a fazer o mesmo que
a Media Capital e a PT não
quis comentar o facto.
Os clientes do IOL
Express poderão continuar
a utilizar o seu serviço de
acesso à Internet através de
ADSL mas a Media Capital
decidiu que não irá aceitar
novos clientes — pelo menos
até que sejam cumpridas
determinadas condições. Das
lojas foram já retirados cerca
de 2500 “kits” de instalação do a Media Capital anunciou
IOL Express.
Em causa está ISABEL GORJÃO
o montante SANTOS
a pagar à PT
pela utilização da rede fixa
e pela oferta grossista de
ADSL, que a Media Capital
considera “excessivo e incom-
patível com um mercado de
acesso à Internet através
de ADSL verdadeiramente
concorrencial”.
Miguel Paes do Amaral,
presidente da Media Capital,
adiantou, na conferência de
imprensa em que anunciou a
retirada do mercado do IOL
Express, que, ao contrário do
que se verificou no mercado
de acesso à Internet através
de banda estreita — “que
é livre e concorrencial” —,
no caso da oferta de banda
larga existe “uma atitude
predatória por parte da PT,
que pretende a eliminação
total da concorrência”.
Manuel Castelo Branco,
director-geral da Media
Capital Telecomunicações,
salientou que “a PT é a
única detentora das redes
de acesso à casa do consu-
midor e é simultaneamente
grossista e retalhista”. Por
outro lado, a Autoridade
Nacional de Comunicações
(Anacom) é acusada pela
Media Capital de manter
uma intervenção “manifes-
tamente insuficiente”.
De acordo com as
contas apresentadas por
Manuel Castelo Branco, a
Media Capital perde mais
de 300 mil euros por ano
com os seus clientes do
serviço IOL Express. A
esse montante há ainda a
juntar o investimento feito
em conteúdos para o “site”,
o pagamento de salários aos
trabalhadores e o dinheiro
OPERADORES DESCONTENTES DEIXAM CRÍTIC AS À PT E À ANACOM
gasto no sistema de factura- cerca de 8 mil utilizadores de suas atenções se voltam agora colaboração com a EDP, está A Anacom afirmou não fazer
ção. Contas feitas, serão 144 ADSL e uma oferta ao preço para a abertura das centrais e já em fase de testes para um comentários a decisões toma-
euros que a empresa perde, de 36,90 euros mensais. a desagregação do lacete local. serviço de dados e voz por das pelo conselho de adminis-
por ano, com cada cliente do Também a Oni gostaria de Apesar disso, a Oni afirmou banda larga usando a rede tração da Media Capital. Por
serviço de acesso à Internet ver “um mercado mais justo e compreender a posição agora eléctrica de baixa tensão para outro lado, “a PT não comenta
através de ADSL. equitativo, embora não possa assumida pela Media Capi- chegar a casa dos utilizadores esse facto mas considera que
Há três condições que a deixar de oferecer ADSL”. tal. Também a Oni possui (ver notícia na pág. 2). Portugal está muito bem
Media Capital pretende ver Responsáveis deste operador oferta de ADSL no mercado, Os principais alvos das cotado, a nível europeu, no
satisfeitas e que considera afirmaram que a empresa custando a modalidade mais críticas dos operadores que se refere a banda larga”,
fundamentais para voltar tem efectuado um investi- comum 34,90 euros mensais. optaram por não comentar adiantou fonte do operador
a colocar a sua oferta de mento muito grande e que as Por outro lado, a Oni, em a decisão da Media Capital. incumbente. ●
ADSL no mercado: a anu-
lação da taxa de activação
actualmente paga à PT (e
que, segundo a Media Capi-
tal Telecom (MCT), é cerca
de 43 por cento daquilo que
a empresa recebe dos seus
clientes; uma redução de 35
por cento naquilo que paga
à PT pelo tráfego; e, final-
mente, que seja estabelecida
uma diferença de 50 por cento
entre o preço praticado a nível
grossista e o retalhista.
A par da retirada do
mercado do IOL Express,
também que
irá “suspen-
der todos os
seus investi-
mentos no desenvolvimento
da sociedade da informação”
— por exemplo, nos con-
teúdos de áudio e de vídeo
adequados a um acesso à
Internet por banda larga.
Até suspender a sua
oferta de ADSL, a Media
Capital contava com cerca
de 2100 clientes, que irá
agora manter. Para além
disso, se as condições pre-
tendidas forem criadas, “é
óbvio que, no dia a seguir,
se verificará o regresso ao
mercado”, adiantou Paes
do Amaral. “A nossa espe-
rança é que esta suspensão
se verifique por um período
curto, e mais de seis meses
já é um período longo.”
Também outro ope-
rador, o Clix, considera a
hipótese de se retirar em
breve do mercado de ADSL.
Pedro Pina, director-geral,
lembrou que o Clix foi “a
empresa mais activa quando
se tratou de tornar público
o que está a acontecer: um
esmagamento das margens”.
Este operador já instaurou,
aliás, um processo contra a
PT na Autoridade da Con-
corrência e acusa a Anacom
de levar a cabo “intervenções
tímidas e, em grande parte
dos casos, irrelevantes”.
“Vamos reflectir e, se não
se alterarem as condições,
teremos que fazer o mesmo
[que a Media Capital]”, disse
Pedro Pina, que considera
que, se a empresa tomar
a mesma decisão, “voltare-
mos a viver numa situação
de monopólio, o que signi-
fica andar alguns anos para
trás”. Hoje, o Clix possui
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4 computadores .3
Intel investe 200
milhões no lar digital…
A Intel anunciou no início do
mês a intenção de investir
200 milhões de dólares em
empresas que desenvolvam
tecnologias inovadoras de
“hardware” e “software”
concebidas para o “lar digital”,
no quadro da sua estratégia
de promoção do uso de
conteúdos digitais (música,
fotos e vídeo) em “múltiplos
dispositivos” domésticos. O
novo fundo, a ser gerido pela
Intel Capital, irá investir em
empresas que desenvolvem
também tecnologias de
conectividade e suporte, a fim
de impulsionar os esforços
para a “convergência entre
a computação pessoal e
dispositivos de electrónica
de consumo numa rede
doméstica, sem fios” e de uso
fácil.“À medida que mais e
mais conteúdos digitais e
educativos se tornam digitais,
as pessoas desejam editar,
gerir e aceder ao conteúdo
e partilhá-lo entre múltiplos
dispositivos, incluindo
televisores, aparelhagens
da alta fidelidade, os PC
e dispositivos de mão,”
disse John Miner, vice-
presidente da Intel e
presidente da Intel Capital.
“O fundo para o lar digital
foi criado para complementar
produtos da Intel e acelerar
o desenvolvimento de
tecnologias-chave e conteúdos
que irão melhorar e simplificar
a experiência do lar digital.” ●
… impulsionando o
uso doméstico das TI
A Intel Capital tem vindo a
investir em empresas como a
BridgeCo, que desenvolve “chips”
de baixo custo para interligar
dispositivos domésticos; a
Entropic, que cria “chips” para
redes domésticas assentes
em cablagens coaxiais; a
Musicmatch, que desenvolve
“software” para gravação,
gestão e reprodução de
música. O anúncio do fundo
vem juntar-se aos programas
já existentes na Intel para
promover a articulação
entre novos dispositivos de
computação, produtos de rede
e electrónica de consumo.
A Intel “fornece uma vasta
gama de componentes para
soluções de lar digital”,desde
“chips” a “designs” de referência
e “software” multimédia para PC,
“set-top boxes”,leitores portáteis
e dispositivos de mão. A Intel
dispõe ainda de ferramentas
de desenvolvimento e teste
para tecnologias no âmbito da
norma Universal Plug and Play
(UPnP).“Cada vez mais pessoas
querem a capacidade de
aceder aos seus conteúdos em
qualquer momento, lugar ou
dispositivo,” diz Louis Burns,
vice-presidente e director-
geral do grupo de plataformas
“desktop” da Intel. “As pessoas
querem transferir, sem fios, os
ficheiros MP3 do seu PC em
casa para a alta fidelidade na
sala de estar, querem ver fotos
digitais no televisor de grande
formato ou ver conteúdos
de vídeo nos dispositivos de
mão, sem fios.” ●
computadores .4
release 3.0
Fazer ouvir a nossa voz
por entre o ‘spam’
N
O FINAL DE CADA ANO, aproveito
as curtas férias festivas para
limpar a minha caixa de cor-
reio electrónico. Depois de uma
árdua luta contra centenas
de mensagens — das quais um número
embaraçosamente elevado não tiveram res-
posta ou a devida atenção —, fico sempre a
sentir-me culpada (como é que pude deixar
aquela pobre pessoa à espera?) e frustrada
— porque é que aquela outra pessoa não foi
capaz de elaborar uma mensagem a que
fosse mais fácil responder?
E assim, depois de cada campanha de
limpeza, redijo a minha crónica de con-
selhos, profundamente sentidos, sobre as
formas de redigir mensagens de E-mail
que obtenham resposta. É claro que tenho
a deprimente sensação de que a maioria
das pessoas que mais precisariam destas
úteis dicas não irão ler esta crónica, pois
eu deparo-me repetidamente com estes
mesmos erros ao longo dos anos.
Talvez em 2004 eu opte por usar toda a
coluna como um ficheiro “sig” (O leitor usa um
ficheiro “sig”, não usa? Se não, leia um pouco
mais) e simplesmente enviá-lo aos transgres-
sores — procurando assim mais uma forma de
evitar ter que responder às suas mensagens.
Algumas destas sugestões poderão
parecer óbvias, mas todas elas surgem na
sequência da resposta a mensagens que eu
recebi ao longo do ano ora findo. Por isso,
pessoal, vamos a isso!
Usar uma linha de assunto
com significado
Não esquecer a linha de assunto (a chamada
“subject line”), que será tanto melhor quanto
mais específica for: “mensagem da Alice” ou
“mensagem para a Esther” não servem e acabam
por ser irritantes, pois isso já é evidente.
Recebo imensas mensagens enviadas por
muitas grandes empresas acerca de reuni-
ões de conselhos de administração e coisas
deste tipo, tornando-se-me difícil absorver
essa informação em tempo útil. Em vez de
“Convite para intervenção em conferência”,
dever-se-ia usar “Intervenção na conferência
em Phoenix, a 21 de Março?” ou “Ordem de
trabalhos para o conselho de administração
da Wonderwidgets, a 12 de Fevereiro em
Chicago”. Isto poupa-me energias (além de
proporcionar uma resposta mais rápida ao
remetente) e facilita-me o arquivar dessa
mensagem mesmo antes de a ter aberto.
E, por maioria de razão, é de evitar o
“Telefonema”! No nosso escritório da EDven-
ture Holdings, toda a gente sabe bem o que
tem a fazer: “Juan Tigar, da Wonderwid-
gets, quer uma reunião na próxima semana
(número de tel. …)”. De preferência, o ende-
reço de correio electrónico de Juan consta
da linha de Cc: [Com conhecimento a] da
mensagem , de modo a que ele possa ver que
eu recebi a sua mensagem — e talvez ele, na
vez seguinte, mande uma mensagem de cor-
reio electrónico em vez de me telefonar.
Por fim, deverá mudar-se a linha de
assunto na medida do necessário — como
quando a mensagem por causa de um
almoço anda para um lado e para o outro,
tornando-se num agradecimento pelo
almoço para passar a conter comentários
sobre um negócio em curso (Do estilo
“Antes: obrigado; agora: 50 mil dólares a
mais”), há que mudá-la.
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
E S T H E R D Y S O N
E assim, depois
de cada campanha
de limpeza, redijo
a minha crónica
de conselhos
sobre as formas
de redigir mensagens
de E-mail que
obtenham resposta.
É claro que tenho a
deprimente sensação
de que a maioria das
pessoas que mais
precisariam destas
úteis dicas não irão
ler esta crónica,
pois eu deparo-me
repetidamente com
estes mesmos erros
ao longo dos anos.
Estas sugestões
têm um certo ar de
resmunguice mas eu
garanto-lhes que elas
vos ajudarão a fazer
com que as mensagens
importantes venham
ao de cimo da pilha
desordenada que
enche as vossas
‘inboxes’.
Use um ficheiro ‘sig’
Um ficheiro “sig” (espécie de abreviatura de
“signature file”, ou ficheiro de assinatura)
é um pequeno parágrafo no fim da nossa
mensagem — que, na maioria dos progra-
mas de correio electrónico, pode ser editado
automaticamente — onde se dá nota dos
nossos contactos: nome, endereço, página
na Web ou endereço do blogue ou aquilo
mais que se quiser. O meu ficheiro de assi-
natura inclui o endereço e telefone do meu
escritório, os endereços URL do meu blogue
e da minha conferência seguinte, e ainda o
meu lema: “Cometer erros sempre novos!”
Separe os ficheiros anexos
Só mande ficheiros anexos [os chamados
“attachments”] quando isso for estrita-
mente necessário, e explique no texto da
mensagem do que eles tratam. Eu costumo,
no mínimo, passar os olhos pela mensagem
mas posso estar dias ou mesmo meses sem
abrir um ficheiro anexo.
Há que ser claro
Se o remetente de uma mensagem precisa
de vários parágrafos para chegar ao que
interessa, eu posso ver-me obrigada a pô-la
de lado para a ler mais tarde — e, muitas
vezes, isso significa lê-la demasiado tarde.
Se se tem que expor diversos assuntos,
faz mais sentido enviar mensagens separa-
das (cada qual com a sua linha de assunto
relevante) ou, pelo menos, indicar no pri-
meiro parágrafo que se vai referir diversos
assuntos.
É preciso começar por se dizer o que se
pretende. Se se trata de um emprego a que
nos queremos candidatar, há que ser con-
creto quanto tipo de trabalho e onde. Se se
quiser trabalhar para a minha empresa, há
que deixar claro que se tem conhecimento
dela e porque é que se integraria bem nela.
Impõe-se tornar as coisas o mais fáceis
possíveis para o destinatário do E-mail.
Quer que eu faça um pedido a alguém
que eu conheça? Então redija um ou dois
parágrafos para serem reenviados para
essa pessoa. Quer que eu vá falar a uma
conferência? Diga-me exactamente quando
e onde, e quanto tempo é que isso impli-
cará. Quer que eu lhe telefone? Mande-me
uma lista de ocasiões em que eu consiga
apanhá-lo facilmente — além dos números
de telefone, é claro. (Se o leitor alguma vez
receber uma mensagem minha a pedir-lhe
que me telefone mas sem lhe dar o meu
número, então isso em s mesmo já contém
uma mensagem!)
Se não tiver nada de simpático
para dizer…
O correio electrónico é ideal para se par-
tilhar informação, combinar reuniões ou
mandar um agradecimento rápido. Mas
se quiser transmitir uma crítica ou um
mexerico desagradável, há que pensar duas
vezes. Imagine que a sua mensagem era
interceptada e enviada para o personagem-
alvo da sua intriga — ou mesmo reprodu-
zida no jornal local? Só há uma maneira de
conservarmos a privacidade dos nossos pen-
samentos: não os enviarmos a ninguém.
Eu sei que estas sugestões têm uma
certo ar de resmunguice mas eu garanto-
lhes que elas vos ajudarão a fazer com que
as mensagens importantes venham ao de
cimo da pilha desordenada que enche as
vossas caixas de correio electrónico.
E, a propósito de pilha desordenada:
para satisfazer a vossa curiosidade, já só
tenho 200 mensagens na minha “inbox”
— bastante menos que as 5 mil que lá esta-
vam no início de Dezembro.
Aqui ficam os votos de que o novo ano
nos traga um uso mais produtivo do correio
electrónico… e de que eu não tenha de
voltar a escrever esta crónica em 2005. ●
Esther Dyson (edyson@edventure.com) é analista das TI,
edita o boletim “Release 1.0”, é presidente da EDventure
Holdings (organizadora do PC Fórum) e foi,
até Novembro de 2000, presidente da Internet
Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN)
Exclusivo New York Times / PÚBLICO
 MODELO 3D NAVEGÁVEL PERMITE CONSULTAR PLANO DE SALVAGUARDA
Angra do Heroísmo tira
partido do urbanismo digital
A
S CINCO FREGUESIAS, 109 ruas
e mais de 2400 edifícios da
Zona Classificada de Angra do
Heroísmo, nos Açores, estão
na base da construção do
Urban.virtual.com, um novo projecto infor-
mático tridimensional concebido pela Oficina
de Arquitectura e que acompanha o Plano de
Salvaguarda e de Urbanização, elaborado
depois de 1999, na sequência do tremor de
terra que atingiu a cidade em 1980.
Em termos genéricos, o projecto da
Oficina de Arquitectura assenta no acesso
a um sistema de informação geográfica
(SIG) via Internet, que pode ser visuali-
zado a três dimensões. “O modelo 3D é a
interface para o sistema de
informação geográfica, ao PAT R Í C I A C A L É
qual se acede através de um / Casa dos Bits
simples clique com o rato,
seleccionando a fachada do edifício sobre
o qual se quer obter determinada infor-
mação, por exemplo”, referiu o arquitecto
Jorge Silva a Computadores.
Esta foi a solução encon-
trada por aquele gabinete de
arquitectura e urbanismo para
facilitar o acesso a um trabalho
que, por vezes, tem uma leitura
demasiado complexa. “A dispo-
nibilização de um instrumento
complementar e de fácil consulta
para um universo de pessoas,
entre habitantes e turistas, e
entidades interessadas. Foi com
esse objectivo que desenvolvemos
o Urban.virtual.com”, explica o
arquitecto da Oficina de Arquitec-
tura, para quem o planeamento
urbanístico é tanto mais eficaz
quanto melhor for compreendido
pelas pessoas. “Como a represen-
tação convencional a duas dimen-
sões [2D] se mostra, muitas vezes,
abstracta e de difícil interpreta-
ção, a Oficina de Arquitectura
entendeu ser vantajoso ir mais
além e apresentar um plano que
incorporasse uma componente
electrónica”.
Mas a fiabilidade e a minúcia
da reconstrução tridimensional da
zona histórica de Angra — onde
os seus mais de 2400 edifícios são
representados fachada a fachada,
correctamente mapeados — resul-
tava contudo num modelo com
centenas de milhares de polígo-
nos, o que dificultava bastante a
sua disponibilização “on-line”. É
neste altura que os arquitectos da Oficina
de Arquitectura envolvem no projecto a
Associação para o Desenvolvimento das
Telecomunicações e Técnicas de Informá-
tica (Adetti), em Lisboa. “Imaginámos uma
maneira estruturada de manipular a infor-
mação mas também de apresentá-la, e che-
gámos a uma solução onde, a partir de uma
vista geral de uma zona histórica, podemos
inquirir o sistema sobre uma determinada
freguesia, uma determinada rua, para um
determinado número de polícia [ou seja, um
número de porta]. E tudo isto com uma inter-
face tridimensional”, afirma Miguel Dias.
Para este responsável da Adetti, orga-
nização ligada ao ISCTE, este modelo
difere de outros similares
existentes porque é mais
preciso, já que reflecte o rigor
que um plano de salvaguarda
exige: “Se uma pessoa aceder ao ‘site’ onde
depois o Urban.virtual.com estará dispo-
nível, à espera de encontrar a sua casa,
vai encontrá-la”, garante.
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
Deste modo, e somadas mais de 4 planos e registo das transformações ocor-
mil horas de trabalho de arquitectos, ridas. O sistema poderá igualmente per-
urbanistas, programadores, desenhado- mitir a simulação da evolução histórica da
res e fotógrafos, será possível procurar cidade, de que será exemplo a simulação
“on-line” através do Urban.virtual.com das transformações urbanas e, ao mesmo
qualquer edifício inserido na parte histó- tempo, ser utilizado para fins de roteiro
rica da cidade de Angra do Heroísmo, ao turístico, permitindo a consulta de per-
qual está associado um levantamento de cursos alternativos de visita à cidade.
informação de mais de 300 itens. Entre os Mas, antes de experimentadas todas
dados fornecidos, está, por exemplo, o ano estas potencialidades ligadas à aplicação,
da construção, o estado geral do edifício, será necessário que o Plano de Salva-
se o Plano de Salvaguarda permite ou não guarda, pensado para Angra, seja apro-
modificações no mesmo, etc. vado. “Estamos à espera de um decreto
“Sem ter que se deslocar à Câmara, legislativo regional à Lei de Bases, que
o cidadão poderá conhecer as condicio- será discutido em Assembleia Regional
nantes que estão definidas para o prédio no próximo mês de Fevereiro”, justificou
em que está interessado para, nomeada- o vereador. “Neste momento, qualquer
mente, o comprar ou fazer obras”, explicou data que adiantasse para a aprovação
a Computadores Luís Mendes, vereador do Plano de Salvaguarda e consequente
da Câmara Municipal de Angra. disponibilização ‘on-line’ seria meramente
As potencialidades do sistema, no especulativa”.
entanto, não se esgotam aqui. Os seus res- Luís Mendes acrescentou, contudo,
ponsáveis explicam que o Urban.virtual que a aplicação Urban.virtual.com ficará
poderá ser utilizado para a simulação alojada num “site” próprio da Câmara
de projectos, faci- de Angra: “É, com certeza, o lugar mais
litando a leitura adequado para disponibilizar essa infor-
da implantação mação.” Além da vertente de protecção
e o impacto dos do património e da parte de licenciamento
mesmos na cidade; de obras, o vereador considera que o
ou para acesso Urban.virtual.com vai servir igualmente
imediato à infor- como base de divulgação da cidade de
mação dos serviços Angra: “A parte 3D do projecto é muito
técnicos e consulta apelativa em termos de imagem. Quase
interactiva dos nos permite ‘passear’ pela cidade.” ●
Para lá de Angra do Heroísmo
Embora o Urban.virtual.com ainda não esteja disponível, a Adetti e
a Oficina de Arquitectura estão já empenhados num outro projecto,
denominado Urban 3D e apoiado pelo Programa Operacional Sociedade
da Informação (POSI). Para o Urban 3D, pretende-se desenvolver
uma metodologia que possa reproduzir uma mesma reconstrução
tridimensional com capacidades de interacção, mas de forma mais
expedita.
“Estamos a trabalhar para desenvolver algoritmos que façam a
reconstrução automática a partir de plantas, a partir de imagens aéreas ou
a partir de imagem de vídeo”,explica Miguel Dias.“Com uma ferramenta
desse género, poderíamos ir a uma zona histórica de qualquer cidade
do mundo e, num processo mais económico, fazer a reconstrução
tridimensional da mesma, e depois disponibilizar o serviço na Internet”,
garante o responsável da Adetti.
Uma tal aplicação continuaria a ser de extrema utilidade para os serviços
camarários,“porque é sempre um instrumento de validação e de
promoção de facilitação”,refere Jorge Silva, salientando que este tipo de
tecnologia pode exceder a própria análise e a própria proposta em termos
de planeamento, pois é aberta.“Deve ser encarada como uma ferramenta
de trabalho e não uma mera ilustração”.● P.C. / CdB
computadores .5
 F
dica OI UM anúncio
televisivo que
marcou o apareci-
mento do Macin-
Como lidar com os metadados tosh mas não foi
no Word (1) um anúncio qualquer. Há
20 anos, a 24 de Janeiro, a
Quando se envia, por distribuição Apple inseriu um anúncio
electrónica, ficheiros criados no Word, corre- publicitário único no inter-
se o perigo de estar a enviar, para além do valo da emissão nacional
documento na sua versão final, informações da final do SuperBowl
confidenciais sem que se saiba. Trata-se dos XXIV, o evento mais visto
chamados metadados (“metadata” em inglês), da TV norte-americana.
que são informações contidas no ficheiro Na realidade, o anún-
mas que não são visualizadas quando se cio — realizado pelo cine-
abre o documento no Word. Esses dados asta Ridley Scott e com
vão desde informações sobre o autor do um custo de 1,6 milhões
documento e do computador em que foi de dólares — já tinha sido
criado até às sucessivas emendas efectuadas emitido em Dezembro
no próprio texto. de 1983 numa televisão
Vejamos quais os diferentes tipos de local, apenas para poder
“metadata” incluídos num ficheiro do Word e concorrer a prémios no
qual a maneira de impedir a sua divulgação. ano seguinte. “1984”, como
O primeiro tipo de metadados que vamos se chamava o anúncio,
analisar é a relativa às emendas introduzidas foi considerado um dos
no texto do documento. Estas emendas só são melhores anúncios tele-
mantidas no ficheiro se a função Guardar os visivos do século XX mas
Ficheiros Rapidamente estiver activada. poucos o viram fora dos
Nas versões mais recentes do Word, por EUA. A Internet resol-
omissão, esta funcionalidade está desactivada. veu isso e hoje é possível
Mas, em versões mais antigas, quando ela revê-lo (por exemplo, em
era mais útil, vinha activada por omissão. www.uriah.com/apple-qt/
Para a activar ou desactivar, vai-se ao menu 1984.html ) e perceber o
Ferramentas e escolhe-se Opções. Na janela seu impacto naquele ano.
respectiva, carrega-se no separador Guardar. A Apple aparecia
Aquela função é a segunda do lado esquerdo não como concorrente da
a contar de cima (ver imagem). Microsoft — a contas com
Num documento do Word gravado com a os seus primeiros Win-
função Guardar os Ficheiros Rapidamente dows e que só veria um
activada, a ordem física dos caracteres que impacto significativo da
sua interface gráfica com
o Windows 95 — mas da
IBM. Ao visar o gigante
do “hardware”, a Apple
buscou uma relação com
o ano de 1984, antecipado UM COMPUTADOR DIFERENTE D
por George Owell na obra
com o mesmo título. Ou
seja, a empresa informá-

tica queria eliminar o
“Grande Irmão”.
O próprio texto do
anúncio denotava a posi-
ção futura irreverente da
marca: “Hoje, celebramos
o primeiro glorioso ani-
versário das Directivas de
Purificação da Informação.
Criámos, pela primeira
vez na his-
tória, um PEDRO
é guardada no ficheiro não corresponde jardim de
à ordem verdadeira dos caracteres no ideologia pura. Onde cada
documento que o ficheiro representa. Mais trabalhador pode flores-
concretamente, as alterações efectuadas no cer seguro das pestes das
documento são anexadas ao fim do ficheiro, verdades contraditórias e
mantendo-se, portanto (no ficheiro embora confusas. A nossa Unifi-
não no documento visualizado), as partes que cação dos Pensamentos é
foram corrigidas acrescentadas das alterações mais poderosa como arma
efectuadas. do que uma armada ou
Pelo contrário, num documento gravado exército na terra. Somos
com aquela opção desactivada, efectua-se uma pessoa, com uma von-
uma gravação completa, onde a ordem física tade, uma resolução, uma
dos caracteres que é guardada no ficheiro causa. Os nossos inimigos
corresponde à ordem real dos mesmos no devem falar de morte e nós
documento que o ficheiro representa. Ou seja, os enterraremos com a sua
as alterações efectuadas no documento são própria confusão. Vencere-
introduzidas no ficheiro no local exacto onde mos”.
elas são feitas, desaparecendo as partes que E então, uma jovem
foram alteradas. que fugia à polícia (do pen-
Esta função só é útil quando se está a samento), armada com um
trabalhar com documentos muito grandes, enorme martelo, lançava-o
que demoram muito tempo a gravar de contra o ecrã, libertava
forma completa. Por outro lado, mesmo assim os trabalhadores da
esta situação perde a sua importância em opressão e surgia a men-
computadores recentes, onde a crescente sagem: “A 24 de Janeiro,
velocidade de processamento e uma maior a Apple Computer apre-
rapidez dos discos rígidos faz diminuir senta o Macintosh. E verá
grandemente esses tempos de espera graças porque 1984 não será como
à maior rapidez das tarefas de gravação dos ‘1984’.”
ficheiros. ● JOSÉ DOUTIL Quase 20 anos depois,
o peso do anúncio é tão
grande — não apenas para
O Macintosh fa
os publicitários — que a
própria Apple o renovou
e inseriu-o na cintura da
jovem do
FONSECA martelo
um dos
novos iPod (ver em
www.apple.com/hardware/
ads/1984/ ).
O Macintosh não era o
primeiro produto da Apple
mas era um computador
renovado, criado a partir
do Lisa, o primeiro dotado
de interface gráfica — o
que daria origem a alguma
polémica quando a Micro-
soft apareceu com uma
interface semelhante no
seu Windows 95 para os
PC. A origem de ambos
foi determinada a partir
de um projecto do Xerox
PARC mas não evitou uma
batalha judicial.
O primeiro produto da
empresa de Cupertino foi
o Apple I, em 1976 (cujo
protótipo surge em cima,
à esquerda), surgindo no
ano seguinte o Apple II e,
em 1978, o Apple II+. Dois
anos depois, apareceu o
Apple III e, em 1983, o
Lisa, o Apple IIe e o III+.
Em 1984, depois do Macin-
tosh, a empresa colocou
ainda no mercado o Lisa leitura de disquetes de 400
2, o Mac 512k, o Apple IIc KB, um monitor monocro-
e o IIc+. mático de 9 polegadas e
O Macintosh foi um um sistema de som mono
produto inovador. Usava de 8 bits. O Mac 128K,
um processador 68000, da como ficou conhecido, seria
Motorola, a 8 MHz, uma descontinuado em Outubro
memória RAM de 125 KB e de 1985.
ROM de 64 KB, sem disco Steve Jobs acabou por
rígido mas com sistema de estar ligado ao projecto
O sucesso nas músicas
A Apple esteve sempre associada à música, quer pelas
capacidades multimédia dos seus computadores quer
pela forte ligação aos Beatles e à sua editora Apple — o
que motivou mesmo um processo judicial em 1990, resol-
vido nove anos depois. A empresa informática pagou
então 26 milhões de dólares por quebra do contrato de
1981 (derivado do nome escolhido em 1977), no qual se
comprometia a não criar produtos musicais.
Recentemente, a Apple de Steve Jobs voltou a ser
processada pela editora discográfica Apple devido ao
lançamento da loja digital iTunes. No entanto, o sucesso
deste projecto — que a revista “Time” escolheu como
invenção do ano — poderá atenuar as perdas derivadas
do processo judicial.
A iTunes permite aos norte-americanos a aquisição de
trechos musicais por 99 cêntimos cada ou um álbum
por cerca de 10 euros, podendo o utilizador escutá-los
antes da compra e proceder ao seu “download” para o
computador ou para um iPod — um aparelho da Apple
que permite o armazenamento de dados.
O lançamento dos novos iPod foi, aliás, a novidade

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
 foto da direita, em baixo)
— regressa à universidade
e Steve Jobs, incompa-
tibilizado com a gestão,
é afastado da empresa,
abandonando-a para criar
a NeXt e a Pixar. Só em
1996 voltaria à Apple,
onde ainda se mantém,
agora como “chief execu-
tive officer” (CEO).
Na época, o Macintosh
tinha uma enorme vanta-
gem perante a concorrên-
cia do ambiente Windows:
qualquer um o podia usar,
sem necessitar de ser
programador para resol-
ver problemas técnicos:
muitas vezes, bastava
desligar e reiniciar o com-
putador… O sistema ope-
rativo era robusto, apesar
de os críticos salientarem
— com razão — que exis-
tiam menos programas
e funcionalidades do
que para o Windows, da
Microsoft, mas a facili-
dade de uso ou a interface
gráfica superavam essas
lacunas. O tempo deu-lhe
razão: só em 1995 a Micro-
soft lançou um sistema
operativo com uma inter-
face gráfica comparável,
quando já todos os utili-
zadores de Mac sabiam o
que era um caixote de lixo
virtual…
Entretanto, também
pelo elevado preço e pelo
“design” dos sucessivos
modelos, o Macintosh
ganhou o estatuto de
OS OUTROS artigo “snob”, sendo prete-
rido e mesmo gozado pelos
utilizadores mais técnicos
na sua longa linha de evo-
az 20 anos
lução.
Em 1987, a Apple
lançou o Mac II, configurá-
vel de acordo com as neces-
sidades do utilizador e com
monitor externo. Dois anos
depois, surgiu o primeiro
do seu desenvolvimento tosh tinha vendido 50 mil portátil, cujo preço e peso
sem grande vontade. unidades mas a empresa contribuíram para um
A direcção da empresa recusou-se a licenciar o enorme insucesso. Só em
afastou-o do projecto Lisa seu “hardware” e o sistema 1991, com o PowerBook
e colocou-o nesse novo operativo — o que viria a 100, a Apple seria bem
projecto, iniciado em 1979 revelar-se um grave erro sucedida no campo dos
por Jef Raskin, ex-inves- estratégico. portáteis.
tigador do Xerox PARC. Em 1985, Steve Woz- Antes, em 1990, a
Dois meses e meio após o niak — o outro fundador empresa voltara a apostar
seu lançamento, o Macin- da Apple, com Jobs (na no mercado de massas
com o Mac LC mas foi o
sector do ensino — onde a
Apple sempre foi referên-
cia — que o adoptou. Em
1993, surge o Mac Color
relevante do recente discurso de Steve Jobs na con- Classic e o portátil Power-
ferência anual MacWorld, no início do mês. Disponível Book 165c, ambos com ecrã
em Fevereiro, custa 249 dólares e tem o tamanho de um policromático.
cartão de crédito, com 1,3 centímetros de espessura, Dez anos depois do
um disco de 4 gigabytes, capaz de guardar mil músicas. primeiro Mac, no Power-
Jobs afirmou ter disponibilizado 2 milhões dos antigos Mac 6100/60, a Apple opta
iPod até Dezembro, tendo-se vendido 730 mil. Quanto à pelos processadores RISC
iTunes, é responsável por 70 por cento dos “downloads” denominados PowerPC —
legais de música, afirmou Jobs na mesma altura. desenvolvidos e fabricados
O sucesso destes aparelhos e da sua vertente de comér- pela Motorola e pela IBM
cio digital levou a Hewlett-Packard (HP) a anunciar, na —, mais rápidos e retro-
semana passada, que irá comercializar a sua própria compatíveis em termos de
versão do iPod a partir do Verão, apesar deste ser “software”.
fabricado pela Apple. Por outro lado, a HP passará a Em 1995, finalmente, a
instalar nos seus computadores o “software” de acesso empresa permite o fabrico
ao iTunes. de clones dos seus compu-
Ou seja, apesar da sua reduzida quota no mercado tadores, embora de forma
informático, a Apple está a posicionar-se como líder limitada e controlada.
na vertente da música digital e tanto comercializa para Ao fim de dois anos, ao
Macintosh como para computadores com o sistema descobrir que isso lhe era
operativo Windows. Não deixa de ser irónico… ● P.F. prejudicial, pôs termo à
“aventura dos clones”.
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
Foi também neste ano
de 1997 que Steve Jobs
voltou à empresa como
consultor — só em 2000
assumindo o cargo de
CEO interino — e a Apple
lançou então o Twentieth
Anniversary Macintosh,
um impressionante com-
putador em termos de
“design” mas cujo preço
(7500 dólares) e funcionali-
dades deixavam a desejar.
Foi descontinuado após ter
vendido 12 mil unidades.
Em Portugal, segundo se
soube na época, foi ofere-
cido a algumas personali-
dades mas não era possível
comprá-lo.
Em 1997, surgiu
o Power Mac G3/233,
com o novo processador
G3, seguindo-se, no ano
seguinte, o inovador iMac,
com a caixa translúcida e
em várias cores, demons-
trando mais uma vez a
antecipação de tendências
no “design” em que a Apple
é forte.
Em 1999, após o
muito criticado iBook
— o primeiro portátil a
oferecer recursos de Wi-
Fi —, surgiu o PowerMac
G4, assente na quarta
geração dos processadores
PowerPC e cuja velocidade
o levou a ser classificado
como um supercompu-
tador e a sua exportação
restringida para certos
países, como recentemente
lembrava a Wired News.
Conjugando mais
uma vez a sua perícia em
termos de “design” e de
capacidades operativas, a
Apple lançou o G4 Cube
em 2000. Com problemas
ao nível do invólucro de
plástico transparente,
foi visto como pouco inte-
ressante para ambientes
produtivos. No lar, era o
preço que impedia a disse-
minação.
Um ano depois do lan-
çamento do PowerBook
G4, em Janeiro de 2001,
surgiu o primeiro iMac
com ecrã plano. A sua
base voltou a perturbar os
puristas dos computadores
tradicionais. Em Junho, a
empresa voltou a inovar
com o G5, baseado em
processadores de 64 bits
usualmente utilizados em
servidores e estações de
trabalho mais potentes.
Vinte anos depois, a
Apple pode estar contente.
Obteve no último trimes-
tre de 2003 os maiores
lucros dos últimos quatro
anos — devido à venda
dos iBook e dos iPod — e
também porque “é fácil
perceber que qualquer
computador no mundo é
um Macintosh”, como refe-
ria recentemente Steve
Wozniak. “Houve um
tempo em que o Windows
não era Windows. Tinha
o Microsoft DOS e o DOS
eram linhas de texto… O
giro é que quando muda-
ram — Windows 95, 98
— passaram a ser um
Macintosh”. ●
da.net
Mais de metade dos utilizadores
visita ‘sites’ bancários…
Mais de metade dos utilizadores de Internet em
Portugal Continental visitou no ano passado um “site” de
uma instituição bancária — revelou o estudo intitulado
“Netpanel” relativo ao sector da banca, divulgado na
passada quarta-feira pela Marktest. De acordo com
a análise, citada pela Lusa, cerca de 52 por cento dos
portugueses cibernautas consultaram informação
bancária através da Internet, havendo 5 por cento que o
fez todos os dias. O uso da Internet para consultar “sites”
bancários aumentou ao longo do ano, tendo totalizado
140 milhões de visitas entre Agosto e Dezembro, ou seja,
cerca de 37 milhões mais que o contabilizado entre Abril
e Agosto. Cada utilizador despendeu em média cerca
de 1,5 minutos a navegar por estas páginas “on-line”. O
sítio da Caixa Geral de Depósitos foi o que somou maior
número de utilizadores únicos (305 mil), entre Agosto e
Dezembro, representando uma quota de 40,1 por cento
do número estimado de indivíduos que acederam a
“sites” bancários. Na segunda posição, surgiu o portal
Cidadebcp, do grupo BCP, com 296 mil utilizadores
únicos no último quadrimestre de 2003, significando
uma fatia de 38,9 por cento. ●
… é homem com menos de 25 anos
e pertence aos estratos favorecidos
O utilizador típico de “sites” do sector bancário é
maioritariamente do sexo masculino, tem menos de
25 anos e pertence às classes sócio-economicamente
mais favorecidas, de acordo com o estudo Netpanel da
Marktest. Os homens terão representado, em 2003, 64
por cento dos cibernautas que visitaram páginas “on-
line de” instituições bancárias, enquanto as mulheres
representaram uma quota de 36 por cento. A faixa
etária entre os 15 e os 24 anos foi a que apresentou
a maior percentagem de utilizadores únicos, com
36,8 por cento, seguida dos indivíduos com idades
compreendidas entre os 25 e os 34 anos com uma
adesão de 28,5 por cento. A região da Grande Lisboa
concentrou o maior número de utilizadores, com
uma quota de 29,5 por cento, enquanto a região sul
foi a área com menos cibernautas (apenas 10,1 por
cento). A par do perfil urbano, o utilizador de “sites”
bancários pertence às classes mais altas — com a A/B
a representar quase metade dos utilizadores destas
páginas (46,7 por cento). ●
Sítio da Caixa Geral de Depósitos liderou
O portal Millenniumbcp — que veio substituir o espaço
Cidadebcp após a fusão das diferentes marcas do grupo
Banco Comercial Português, realizada em Outubro —
conseguiu conquistar, neste período, 145 mil utilizadores
únicos (cerca de 19,1 por cento). O Caixadirecta, da Caixa
Geral de Depósitos, conseguiu a liderança no “ranking”
de páginas visitadas, registando mais de 57 milhões,
de acordo com a análise da Marktest. O segundo lugar
foi ocupado novamente pelo portal Cidadebcp, com
23 milhões de páginas visitadas, estando na terceira
posição um “site” do portal do Banco Espírito Santo — o
Bes-sec-bes.pt —, que se fica pelos 9 milhões. O estudo
revela ainda que um terço do universo dos utilizadores
(33,4 por cento) entrou no último mês de 2003 numa
página segura — protegida com palavra-passe e usada
para efectuar operações, pagamentos ou consultas
pessoais. O Netpanel é realizado pela Marktest, tendo
como base um universo de indivíduos com mais de
15 anos, residentes em Portugal Continental, que nos
últimos 60 dias utilizaram a Internet em casa. ●
computadores .7
 WEBMANIA

A Fundação Observatoire des Inégalités é

um organismo independente de empre-
sas, instituições ou partidos políticos. Na sua
origem, estiveram duas preocupações princi-
pais: o facto de o aumento das desigualdades,
como o provocado pelo desemprego e pela
degradação do mercado de trabalho, consti-

O BEIJO
tuir uma ameaça séria para a democracia, e a
verificação de a oferta e divulgação de dados
estatísticos e de informações e instrumentos
de análise sobre esta temática ser largamente
insuficiente em França. Propondo-se suprir esta falha, pretende contribuir para tomadas de
posição mais conscientes e eficientes no que respeita à coisa pública. Apresentando as suas
considerações de princípio sobre igualdade, desigualdade e equidade, traça um quadro de tra-
balho que deseja saudável e desejável para as opções em políticas públicas. Esta é a sua página
e nela estão disponíveis, para além dos dados estatísticos, múltiplos relatórios e documentos de
trabalho sobre as problemáticas da desigualdade.● mulher.aranha@publico.pt

www.inegalites.org

W
WEBBMMAANNI IAA
mega.ist.utl.pt/~pccs/jornal www.ecotopia.com www.garageband.com 05 www.bls.gov

T ransportes sustentáveis. Desenhos

e linhas do futuro. Para o futuro. E,
se se quiser que este chegue, há que
B andas de garagem. Tantos pesade-
los para os vizinhos! Do prédio, da
rua, do bairro e até da aldeia inteira!
Mas nem tudo corre para sempre mal,

C ostuma ser atento às publicações

de imprensa nacionais? Então,
se calhar, já conhece o “Jornal do
Aniversário”! Claro que tem algumas
limitações e não sofre grandes actua-
lizações de cada vez que lá se vai, mas
também não é isso que se propõe!
Porque o que lá vai lá vai! E se o leitor
não alterar a sua data de nascimento
de cada vez que o consulta, não muda
mesmo nada! Este sítio foi um pro-
jecto experimental de um aluno do
Instituto Superior Técnico (IST) da
Universidade Técnica de Lisboa. Se
quiser saber quais os principais acon-
tecimentos políticos e económicos
em Portugal que marcaram a data do
seu nascimento, é só visitar! ●
alterar hábitos e questionar seria-
mente as racionalidades que presidem
ao consumo global de energia, à polui-
ção “controlada” e à outra, à gestão
e conservação das espécies animais
e vegetais, e muito mais. Cidades
sustentáveis e tantas mais propostas
e projectos nesta página repleta de
curiosidades. Uma página da responsa-
bilidade da EcoSystems, que chama a si
a missão de “desenvolver, promover e
lançar para o mercado metodologias,
tecnologias e produtos que preservem
os recursos naturais e façam caminhar
o planeta rumo à sustentabilidade
através do uso da energia solar”. ●
felizmente, e lá vão surgindo projectos
prometedores! Com o objectivo de dar
poder aos novos músicos e descobrir
novos talentos escondidos da música
independente, esta página oferece
oportunidades aos que desejem
lançar-se verdadeiramente (leia-se:
fora da garagem e agradando a uns
quantos) nesse mundo fascinante. Diz
ser o melhor local para fazer os músicos
ganharem visibilidade e obterem “feed-
back”, trocarem ideias, ganharem alguns
fãs (talvez não se refiram ao universo
dos vizinhos!) e muito mais! Já sabe,
se é dos que gosta de torturar e de ser
torturado pela porteira… ●
P rodutividade, saúde, emprego,
inflação, consumo privado, salá-
rios, milhares de dados e análises, um
sem-fim de informação fiável. Esta é a
página do Bureau of Labour Statistics,
a agência federal norte-americana para
a área da economia do trabalho e da
estatística. Tem por função medir a eco-
nomia através da produção e a divul-
gação de informação relevante para o
desenvolvimento económico e social.
Para trabalhos escolares, profissionais,
de investigação ou por simples curiosi-
dade, um baú recheado de doces. ●

www.chez.com/cuisinejapon

T raseiro no chão, sentados à volta de uma mesa quadrada. Os pés e as pernas, até ao joelho,
desaparecem por uma cavidade no chão. A cor negra impera e os desenhos orientais não
deixam dúvidas no ar. Descalços, os convivas deliciam-se com o manjar e o tradicional sake. O
autor desta página pessoal, inspirado no provérbio chinês “Aquele que aprende sozinho ensina
a um imbecil”, propõe-se partilhar consigo várias receitas de cozinha tradicional do Japão. Mas,
como cozinheiro sério e aprumado, não descura a condimentação e a apresentação da sua
página! Assim, é também fornecida uma contextualização histórica, uma resenha dos tipos de
instrumentos utilizados, os ingredientes e especiarias essenciais… e imagens e poemas para
ambientar a experiência! ●

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
 .com
Intel cresce 22 por cento no trimestre…
A Intel Corporation anunciou há uma semana os seus resul-
tados relativos tanto ao quarto trimestre como ao conjunto
do ano fiscal. Assim, no último trimestre do ano, a empresa
apresenta vendas de 8740 milhões de dólares, 12 por cento
acima do facturado no trimestre anterior e 22 por cento mais
que no período homólogo do ano anterior. No entanto, o
quarto trimestre que mais se aproxima deste de 2003 foi o
do ano de 2000, com 8730 milhões de dólares — só agora
ultrapassado devido à recessão em que o sector das TI
mergulhou desde o rebentamento da “bolha” das empresas
da Internet. Os resultados líquidos deste quarto trimestre
cifraram-se em 2200 milhões de dólares, 31 por cento acima
dos registados no terceiro trimestre e mais 107 por cento
que os do período homólogo de 2002. “Acabámos o ano em
beleza graças ao actual crescimento nos mercados emer-
gentes combinado com a crescente procura nos mercados
mais maduros, o que nos levou a ter resultados-recorde”,
disse Craig R. Barrett, “chief executive officer” (CEO) da Intel.
“Os substanciais investimentos da Intel em capital fixo e em
I&D nos últimos anos permitiram-nos vender um número-
recorde de ‘chips’ em 2003 e apresentar novos produtos,
como a tecnologia móvel Centrino.” ●
… e 13 por cento em 2003
As vendas anuais cifraram-se nos 30.100 milhões de dólares,
mais 13 por cento que os 26.800 milhões de dólares regista-
dos em 2002. Os lucros líquidos foram de 5600 milhões de
dólares, mostrando um notável crescimento de 81 por cento
face aos 3100 milhões apresentados no ano anterior. Em
termos anuais, os dividendos pagos aos accionistas foram
de 524 milhões de dólares (8 cêntimos por acção), tendo 4
mil milhões de dólares de liquidez sido aplicados na retoma
de 176 milhões de acções, aproveitando os valores ainda
em quebra na bolsa. “Em 2004, a nossa atenção centrar-se-
á num cvrescimento de dois dígitos baseado na liderança
tecnológica e na expansão global do mercado, para além de
pretendermos aproveitar oportunidades colaterais nas áreas
das comunicações e do lar digital. Por outro lado, usaremos
as fábricas dotadas dos nossos processos de fabrico de 0,09
micra e placas de silício de 300 mm para reduzirmos os
custos de produção e aumentarmos a nossa rendibilidade”,
afirmou ainda o CEO da Intel, Craig Barrett. ●
Compuware e BEA no J2EE
A Compuware e a BEA Systems anunciaram o fortalecimento da sua
aliança para o desenvolvimento e integração de produtos através
da integração do Compuware OptimalJ, um ambiente de progra-
mação em Java 2 Enterprise Edition (J2EE) baseado em modelos
com o WebLogic Workshop 8.1, da BEA, um ambiente integrado de
programação visual. A Compuware e a BEA “prevêem proporcionar
um ambiente de programação amplo e baseado em modelos que
permita aos programadores construírem, integrarem, testarem,
implementarem e gerirem aplicações” baseadas na versão J2EE da
linguagem Java. “O reforço desta parceria estratégica proporciona
ao mercado o único ambiente completo de programação que
conjuga os ganhos de produtividade da programação baseada
em modelos com os benefícios da programação através de código
visual”,disse Luis Porém, director-geral da Compuware Portugal, que
acrescentou: “Esta solução conjunta e o suporte da Compuware à
plataforma WebLogic da BEA, proporciona um caminho simples e
fiável para que os clientes possam aumentar a produtividade da
programação sem sacrificarem a qualidade das aplicações”. ●
Licenças da SAP caem 3 por cento
As receitas provenientes da venda de licenças de “software” da
empresa alemã SAP baixaram 3 por cento no último trimestre do
ano passado, face a 2002, para um montante de 930 milhões de
euros — indicam dados provisórios divulgados hoje por aquela que
será a maior editora europeia de aplicações empresariais. Ao nível
das receitas totais, e segundo a agência Lusa, no quarto trimestre de
2003, a SAP registou uma descida também de 3 por cento, para 2200
milhões de euros, conforme o comunicado enviado pela empresa à
bolsa de Frankfurt. As licenças constituem um indicador-chave para
o sector, pois dão uma ideia de futuras receitas no campo da pres-
tação de serviços e manutenção que a empresa poderá vir a gerar.
A SAP, cujos clientes incluem a Colgate-Palmolive e a Siemens, e
constitui o maior fornecedor estrangeiros de soluções de “software”
empresarial nos EUA, deverá apresentar nesta semana os resultados
relativos ao quarto trimestre de 2003. ●
Kodak abandona fotografia analógica nos
países desenvolvidos…
A Kodak anunciou na passada semana que deixaria de vender
máquinas fotográficas analógicas na Europa Ocidental, nos
EUA e no Canadá devido à progressiva baixa das vendas e à
progressão crescente da procura de produtos para a fotografia
digital.As previsões para 2004 apontavam uma ultrapassagem
do valor das vendas da fotografia convencional pelas vendas
de máquinas e suportes digitais. A Kodak, no entanto, conti-
nuará a vender as suas máquinas fotográficas analógicas nos
chamados mercados emergentes (Europa Oriental, América
Central e do Sul e Ásia), onde a respectiva procura continua a
dar sinais de crescimento. Por outro lado, a empresa apostará
em produtos digitais de topo de gama, como certos equipa-
mentos para a captação e visionamento de imagens destina-
dos à medicina ou à impressão gráfica da gama alta. A Kodak
pretende, assim, começar a reduzir o peso que a película da
fotografia analógica tem na sua facturação, numa altura em
que, em muitos mercados (como o português, por exemplo), o
valor das vendas de máquinas digitais — até por serem ainda
mais caras que as suas equivalentes analógicas — já ultrapas-
sou no ano passado (ou mesmo em 2002) o montante global
das vendas de máquinas fotográficas analógicas. ●
… mas continuará a vendê-la onde há procura
Mas a procura dos utilizadores da fotografia analógica continua
a crescer nos mercados tecnologicamente menos amadurecidos
— e onde, por definição, a penetração dos computadores e dos
equipamentos digitais é menor.Nestes mercados,designados por
emergentes — e onde avultam a China, a Índia e os da Europa
Oriental e da América do Sul —, o uso das máquinas fotográficas
analógicas continua a crescer de forma acentuada, quando não
mesmo explosiva, mostrando-se capaz de compensar o aban-
dono por aqueles que, nos outros países, optaram pela fotografia
digital.A Kodak irá,assim,para a frente com o lançamento dos seus
novos filmes de 35 mm com película de alto rendimento (Advan-
ced Photo System), bem como das suas máquinas fotográficas
analógicas da linha Advantix e de outras.Vendem-se globalmente
em cada ano cerca de 120 milhões de rolos para máquinas fotográ-
ficas analógicas, das quais, segundo o InfoTrends Research Group,
em 2003,foram vendidos 48 milhões de unidades — número que
deverá baixar para 36 milhões em 2004. ●

virose
Dia 12
OS VÍRUS DA SEMANA
VBS/Aqui, W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1,
Primeiras falhas do ano em produtos da Microsoft WM/Envader.A (Intended), WM/Alliance.A,
WM/Eraser.A:Tw, W97M/Yous
A Microsoft publicou na quarta-feira passada três novos boletins de os editores de antivírus — que apresenta a particularidade de estar a
segurança relativos a falhas existentes em produtos seus — os primei- ser propagado através de um “cavalo de Tróia”, o qual depois descar- Dia 13
ros deste ano. A falha mais perigosa, classificada pela empresa como rega o “worm” propriamente dito de um sítio russo na Web. Trata-se W97M/Yous, W97M/Rapmak.a, WM/CVCK1.B;E,
WM/FRIDAY.D, WM/FRIDAY.A, WM/Goldsecret.B:
crítica, é relativa ao filtro H.323 do Internet Security and Acceleration de mais um artifício aplicado pelo autor para iludir os programas
Int, WM/Eraser.A:Tw, WM/Envader.A (Intended),
Server 2000 (ISA Server) e pode permitir a um intruso desencadear um antivírus, à semelhança do que já antes havia feito nas duas últimas Twno.A, WM/BOOM.A;B, WM/BADBOY.A;B;C,
“buffer overflow” na componente de “firewall” do produto. O intruso variantes com a utilização de um falso ficheiro .zip como anexo que W97M/Cobra.a1, W97M/Idea.A, WM/
poderá então correr código sob a segurança do Microsoft Firewall propagava o Mimail. SHOWOFF.G, W97M/BackHand.A, W97M/
Service e assumir depois o controlo do servidor. O “cavalo de Tróia” — identificado como Downloader.Mimail.B pela Digma, W97M/Alamat, VBS/Aqui, VBS/Zync,
O filtro H.323 está activado por omissão nos servidores que correm Symantec, Downloader-GN pela McAfee ou Troj/Mmdload-A pela VBS/Alphae
o ISA Server 2000 instalado nos modos integrado ou de “firewall”. Já Sophos — também é distribuído num ficheiro .zip, com o nome
os sistemas a correr no modo “cache” não são vulneráveis, pois, nesse paypal.zip, anexo a uma mensagem que apresenta o assunto Dia 14
W97M/Ekiam, VBS/Aqui, W97M/Alamat, W32/
caso, o Microsoft Firewall Service está desactivado por omissão. Esta “PAYPAL.COM NEW YEAR OFFER”. O remetente da mensagem é: do_ SoftSix.worm, VBS/San@M, VBS/Valentin@MM,
falha afecta ainda os Microsoft Small Business Server 2000 e 2003. not_reply@paypal.com. Para já, na forma que apresenta, com o pro- W97M/Este, W97M/Cobra.a1, WM/Eraser.A:
A segunda falha é classificada como moderada e afecta o Microsoft grama de “download” a não se conseguir enviar a si próprio para outros Tw, W97M/Class.B, W97M/Class.D, WM/
Exchange Server, permitindo o acesso de intrusos às caixas de correio utilizadores, a sua capacidade de propagação não é muito grande. PHARDERA.C ;D (INTENDED), W97M/Class.Q,
de contas recentemente acedidas via Outlook Web Access com auten- W97M/Yous
ticação num servidor de Exchange 2003. Aliás, o próprio intruso teria Primeira dia do Personal Firewall
que se autenticar primeiro junto deste. Dia 15
W97M/Yous, W97M/Fifteen.a, JS/Gigger.a@MM,
A última falha, classificada apenas como importante, aplica-se aos Promovido pela TruSecure uma empresa de segurança, e patroci- W32/PetLil@MM, W32/Urick@MM, Habir.A,
Microsoft Data Access Components (MDAC), utilizados para disponi- nado pela Microsoft e as empresas produtoras de “firewalls” Zone Tribute.A;B, WM/Eraser.A:Tw, AOS.A, WM/
bilizar conectividade a bases de dados nas plataformas Windows. A Labs, Sygate e Network Associates, realizou-se no dia 15 um Perso- Theatre.A, W97M/Jackal.A, W97M/Cobra.a1,
falha poderia fornecer a um intruso os meios para comprometer um nal Firewall Day. O objectivo da inicia- W97M/Class.ed, X97M/Hopper.r, X97M/
servidor baseado em Windows e depois desencadear uma série de tiva era sensibilizar os utilizadores de Anis, VBS/Count, W97M/Courage.a, W32/
acções, incluindo a execução de código. Para que este tipo de ataque computadores para a necessidade Winur.worm.b, W32/Winur.worm.a, W97M/
tenha êxito, o intruso terá que simular um servidor de SQL na mesma de se protegerem a si próprios Alamat, VBS/Aqui, VBS/Alphae, VBS/Zync
subrede IP do sistema que pretender violar. das ameaças “on-line”. Os pro-
Dia 16
motores criaram um “site” onde W97M/Alamat, XM/Laroux.IC, W97M/Akuma,
Nova variante do Mimail está disponível toda a informação W97M/Cash, W97M/Cobra.a1, WM/ERASER.H,
sobre a iniciativa ( www.personalfir WM/Concept.F;G;J, WM/Eraser.A:Tw, Tribute.A;B,
Surgiu agora mais uma variante do “worm” ewallday.org ). ● JOSÉ DOUTIL W97M/Yous
Mimail — denominada variante P
ou N conforme Dia 17
W97M/Yous, W97M/Serpent, Acid.A (intended),
WM/Eraser.A:Tw, W97M/Jackal.A, W97M/
Cobra.a1, W32/Mypics.worm.25600, VBS/
Mantie.ow, W97M/Akuma, W97M/Alamat

Dia 18
W97M/Alamat, W97M/Akuma, W97M/
Chameleon.a, W97M/Cobra.a1, WM/Eraser.A:Tw,
VBS/SWVK.ow.gen, W97M/Yous

S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4 computadores .9
 agenda
ASP-DAC 2004 – Asian South Pacific
Design Automation Conference
Data: 27-01-2004 a 30-01-2004
Local: Yokohama, Japão
E-mail: aspdac2004@aspdac.com
URL: aspdac.com
DELTA 2004 – The IEEE International
Workshop on Electronic Design, Test
and Applications
Data: 28-01-2004 a 30-01-2004
Local: Perth, Austrália
Contacto: M. Renovell
E-mail: renovell@lirmm.fr
URL: delta2004.ecu.edu.au/index2.php
WCS 2004 – Wireless Communication
Symposium
Data: 20-01-2004 a 30-01-2004
Local: Lisboa
E-mail: info@wcs2004.com
URL: www.wcs2004.com
Imagina – The International Digital
Entertainment & Interactive Content
Trade Show
Data: 2-02-2004 a 5-02-2004
Local: Grimaldi Forum, Monte Carlo,
França
Contacto: Florence Pastorelli
E-mail: f.pastorelli@imagina.mc
E-mail: info@imagina.mc
URL: www.imagina.mc
TAU 2004 - ACM/IEEE International
Workshop on Timing Issues (in the
computadores .10
Specification and Synthesis Local: Paris, França isQED 2004 – 5 th International
of Digital Systems) Contacto: Conference Secretariat Symposium on Quality Electronic
Data: 2-02-2004 a 3-02-2004 E-mail: sue.menzies@ec.u-net.com Design
Local: Austin, Texas, EUA URL: www.date-conference.com Data: 22-03-2004 a 24-03-2004
Contacto: Chuck Alpert Local: San Jose, Califórnia, EUA
E-mail: alpert@austin.ibm.com ISVLSI 2004 – IEEE Computer Society Contacto: Melissa Wilderkehr
URL: www.tauworkshop.com/ Annual Symposium on VLSI E-mail: wilderkehr@isqed.org
Data: 19-02-2004 a 20-02-2004 URL: www.isqed.org
SLIP 2004 – System Level Local: Lafayette, Louisiana, EUA
Interconnect Prediction E-mail: mmm5554@cacs.louisiana.edu Coll Chips VII – An International
Data: 14-02-2004 a 15-02-2004 URL: www.cacs.louisiana.edu/isvlsi Symposium on Low-Power and High
Local: Paris, França Speed Chips
Contacto: Lou Scheffer FPGA 2004 – Twelfth ACM Data: 14-04-2004 a 16-04-2004
E-mail: lou@cadence.com International Symposium on Field- Local: Yokohama, Japão
URL: www.sliponline.org/ Programmable Gate Arrays Contacto: Secretariat
Data: 22-02-2004 a 24-02-2004 E-mail: cool@coolchips.org
HPCA-10: Tenth International Local: Monterey, Califórnia, EUA URL: www.coolchips.org
Symposium on High Performance Contacto: Herman Schmit
Computer Architecture E-mail: fpga2004@ece.cmu.edu EWME 2004 – 5th European
Data: 14-02-2004 a 18-02-2004 URL: fpga2004.ece.ubc.ca Workshop on Microelectronics
Local: Madrid, Espanha Education
Contacto: Rafael Asenjo DVCon – Design and Verification Data: 15-04-2004 a 16-04-2004
E-mail: asenjo@ac.uma.es Conference & Exhibition Local: Lausanne, Suíça
URL: www.ac.uma.es/hpca10/ Data: 1-03-2004 a 3-03-2004 Contacto: Marie Halm (Local
Local: San Jose, Califórnia, EUA Secretariat)
ISSCC 2004 – IEEE International Contacto: Angela Brantner E-mail: marie.halm@epfl.ch
Solid-State Circuits Conference E-mail: angela@mpassociates.com URL: ewme2004.epfl.ch
Data: 14-02-2004 a 19-02-2004 URL: www.dvcon.org
Local: São Francisco, Califórnia, EUA IOLTS 2004 - 10th IEEE International
Contacto: Frank Hewlett LATW 2004 – The 5th IEEE On-Line Testing Symposium
E-mail: hewletfw@sandia.gov Latin-American Test Workshop Data: 12-07-2004 a 14-07-2004
URL: www.isscc.org/isscc Data: 8-03-2004 a 10-03-2004 Local: Funchal, Ilha da Madeira
Local: Cartagena, Colômbia Contacto: João Paulo Teixeira
DATE 2004 – Design, Automation Contacto: J. L. Huertas E-mail: jct@inesc-id.pt
and Test in Europe E-mail: huertas@imse.cnm.es URL: tima.imag.fr/conferences/iolts/
Data: 16-02-2004 a 20-02-2004 URL: www.latw.net iolts04/cfp.html
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
 S H A R E WA R E
POP-UP STOPPER COMPANION 4.0, DA PANICWARE
Stop aos anúncios
que saltam no ecrã
O
POP-UP STOPPER,
desenvolvido pela
PanicWare, é uma
aplicação que tra-
balha directamente
com o “browser” para permitir
ao seu utilizador navegar com
maior segurança na Web e evitar
os anúncios que invadem cada vez
mais os ecrãs dos cibernautas. O
programa proporciona ao seu uti-
lizador um maior controlo sobre
toda a publicidade que recebe, a
abertura de novas janelas ou a
execução de determinados coman-
dos. Por outro lado, o programa
evita que os seus dados pessoais
e preferências sejam transmitidos
através dos chamados “cookies”,
pequenos ficheiros gravados pelo
“browser” que “arquivam” infor-
mação pessoal.
O utilizador pode aceder a todas
as funcionalidades do programa a
partir da Pop-Up Stopper Toolbar,
que se instala automaticamente,
como menu de opções, no Internet
Explorer, da Microsoft, e nos “brow-
sers” mais conhecidos: AOL, MSN,
Netscape, Opera, SBC Yahoo!, etc.
Esta é uma barra de ferramentas
que passará a estar acessível a
partir do seu “browser” e permite
executar um conjunto de funções
que antes não estavam disponíveis
— as quais permitem navegar na
Web de forma mais segura, sem
correr o risco de ver alguns dos seus
dados pessoais ou preferências ace-
didos por terceiros.
Na sua lista de funções do
Pop-Up Stopper, encontramos
o menu Controlo, um utilitário
que anula a abertura de todas
aquelas novas janelas de dimen-
sões reduzidas que surgem com
publicidade, quando
entramos em muitos NUNO BERNARDO
dos “sites” existentes
na Web. Este tipo de publicidade
tem vindo a ganhar popularidade,
pois remetem o utilizador para as
páginas dos anunciantes mas irri-
tam quem simplesmente está na
Internet em busca de uma dada
informação. O programa permite,
assim, ao utilizador navegar nas
suas páginas favoritas e seguir as
ligações pretendidas para outras
páginas sem ser bombardeado
com novas janelas e anúncios
publicitários.
Web, desde progra-
mas até imagens e
páginas carregadas
— o que convém
a quem costuma
esquecer-se do local
onde grava ima-
gens ou ficheiros
copiados da Inter-
net. Mas para que
estes documentos
não ocupem recur-
sos importantes do
computador, existe
um utilitário de
limpeza que vai
mantendo tudo
O Pop-Up Stopper permite ao
utilizador arrumar as ligações
para os seus sítios favoritos de
forma mais eficaz, sem recorrer à organizado mas sem encher dema-
funcionalidade Favoritos incluída siado o disco rígido.
no “browser”. Adicionar um “site” Por outro lado, como toda a
é tão simples como accionar o publicidade é filtrada — ou seja,
botão do lado direito não é carregada —, as páginas
do rato e adicionar carregam muito mais depressa,
o endereço. Depois, gastando menos largura de
para aceder ao sítio, é só realizar a banda, o que poderá significar
operação inversa. Com um simples menores custos se se tiver uma
clique, a página será carregada ligação onde é cobrado o tráfego
automaticamente pelo “browser”. transferido para o PC. No que
Estas ligações são temporárias e se refere à segurança, o Pop-Up
permitem um acesso mais rápido a Stopper oferece uma ferramenta
determinados sítios, funcionando que permite limpar os “cookies”,
com um complemento ao comando ficheiros gravados pelo “browser”
Favoritos, incluído no Internet no computador com os seus dados
Explorer. e preferências pessoais.
Além disso, o Pop-Up Stopper O utilizador pode, assim, evitar
possui um módulo de gestão dos que os sítios de algumas empresas
documentos e ficheiros obtidos da — e respectivos sistemas informá-
S E G U N D A - F E I R A . 1 9 . J A N E I R O . 2 0 0 4
ticos de gestão de publicidade e
gestão de utilizadores — possam
conhecê-lo melhor e monitorizar os
seus movimentos. Mas o programa
vai um pouco mais longe e permite
ao utilizador limpar, com um só
clique do rato, a memória “cache”,
local onde temporariamente são
gravadas as páginas e as imagens
visualizadas pelo “browser”, bem
como toda o registo histórico dos
sítios visitados — nada de deixar
rasto da nossa navegação na Web.
O Pop-Up Stopper inclui
ainda funcionalidades extra para
aumentar a segurança e confiden-
cialidade dos dados dos seus utili-
zadores. Ao limpar todos
os registos e operações do
“browser”, o programa
evita que este complete
automaticamente
campos de alguns for-
mulários existentes em
páginas da Web, bem
como que arquive pala-
vras-chave utilizadas
para aceder a alguns
serviços. Para que o uti-
lizador não perca tempo
a procurar novas funcio-
nalidades, o programa inclui um
módulo de auto-actualização que
permite manter o Pop-Up Stopper
sempre pronto a responder aos
novos perigos e novos formatos
publicitários que vão surgindo na
Internet.
Ao nível de requisitos, o Pop-
Up Stopper requer um computa-
dor equipado com um dos sistemas
operativos Windows, da Microsoft,
e “browser” para a Web. Para os
utilizadores que repartem o acesso
a um PC com outras pessoas, as
funcionalidades de limpeza de
dados e registos efectuados pelo
“browser” podem também ser
interessantes. Mas, apesar de o
programa ser de teste gratuito
( http://www.panicware.com/ ),
passados 15 dias, ele requer um
registo sendo necessário despen-
der pouco mais de 20 euros, valor
que se pode considerar adequado
atendendo às funcionalidades ofe-
recidas. Quem não quiser pagar
qualquer valor pela utilização do
programa poderá ainda recorrer
à versão gratuita, que lhe garante
algumas das funcionalidades aqui
descritas a custo zero. ●
FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
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Paginação
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 JOGOS

‘AGE OF WONDERS: SHADOWMAGIC’, ‘SPACE COLONY’ E ‘LORD OF THE RINGS: WAR OF THE RING’

Estratégia tripartida
O
S AMANTES DOS JOGOS de estra- pasta clicar na unidade, clicar no destino
Título “Age of Wonders:
tégia têm muito por onde
escolher, tanto no que toca
— o que faz surgir o percurso e se a unidade
consegue chegar lá nesse turno, através de Shadowmagic” 8/10

à variadade de subgéneros um código de cores — e, com um segundo e “Space Colony”

como aos três títulos em aná- clique, fazer avançar a unidade. Em cada e “Lord of the Rings:
lise. Por um lado, a estratégia por turnos turno, dada unidade tem um limite de War of the Ring”
de “Age of Wonders: Shadowmagic”, a movimento e ataque, que varia em função Estilo Estratégia
gestão de recursos e relações humanas de de várias condições, desde o seu tipo até ao
“Space Colony” e a estratégia em tempo terreno. As unidades podem ser reunidas Plataforma PC
real de “Lord of the Rings: War of the em grupos, aos quais são dadas indicações Produtor Gathering
Ring”. Este último é uma precisas, muito importantes Distribuidor Inforjogos
adaptação do universo de MIGUEL CRESPO em especial para os comba- Edição Novembro 2003
J.R.R. Tolkien, directamente tes. Aqui, o atacante faz o
a partir dos livros, levando o jogador a ter seu movimento, o defensor contra-ataca e
Título “Space Colony”
de se envolver no comando das batalhas
na Terra Média. O ambiente e o imaginá-
retiram-se os pontos perdidos de cada um.
O objectivo é levar o adversário a zero. Estilo Estratégia 6/10

rio são propícios, e o trabalho de casa foi No papel de um mestre feiticeiro, o Plataforma PC
bem feito, pois, em termos de ambiência, o jogador tem pela frente uma campanha de Produtor Gathering
resultado é bastante bom. 16 situações em cinco episódios. Existem Distribuidor Inforjogos
De forma geral, tirando a existência 15 raças, que utilizam em combate deze-
Edição Novembro 2003
de personagens e tipos de unidades que nas de feitiços diferentes, além de armas
se tornaram grande moda à custa dos três convencionais.
filmes de Peter Jackson, o jogo destaca-se O enredo é rico e envolvente, e existem Título “Lord of the Rings:
pelos cenários, bastante bem conseguidos cinco modos além da campanha. Muito War of the Ring” 7/10
na reprodução do ambiente da história. O interessante é ainda o gerador aleatório Estilo Estratégia
facto de o jogo ser 3D e com um motor bas- de situações, que permite longevidade características e habilidades individuais,
Plataforma PC
tante potente ajuda, até porque a definição infinita, o jogo multiplayer em Lan, “on- que podem ser desenvolvidas para realizar
é bastante grande e permite ver os aconteci- line” ou por E-mail, e ainda o volumoso e Produtor Vivendi tarefas como gerir a recolha de energia, a
mentos com muito pormenor. Quem estiver completo manual. Destaque ainda para os Distribuidor Inforjogos produção de oxigénio ou recolher comida.
familiarizado com a saga “O Senhor dos baixos requisitos exigidos (Pentium II a Edição Dezembro 2003 Além disso, os personagens são imperfeitos
Anéis” não terá dificuldade em seguir a nar- 450 MHz) e a facilidade em atingir a reso- nas suas capacidades de atingir os objec-
rativa nem em quase adivinhar as missões, lução de 1600x1280. tivos de cada missão, pelo que é preciso
quer esteja a jogar pelo lado do bem — Lego- Bem conseguido, com ambiente atra- apoiá-los e dar-lhes o que lhes faz falta.
las, Aragorn, Gimli ou Frodo, por exemplo ente e fácil de jogar, “Age of Wonders: espacial, este não aposta no realismo mas Num jogo em que manter a felicidade
— quer do mal (Gollum, Saruman, etc.). Shadowmagic” é uma excelente opção para na diversão. das unidades é o objectivo fundamental,
“War of the Rings” oferece ao jogador quem não tem a febre do combate em tempo Esta mistura da gestão de recursos acaba por ser um pouco contra-senso que
20 campanhas a solo e três modos mul- real. É um jogo mais relaxante e pausado, com a gestão humana traduz-se no facto os objectivos das missões sejam virados
tijogador para até oito participantes. Há permitindo reflectir antes de agir. de as unidades não serem apenas isso, para os recursos.
ainda vários outros modos, que permitem Por fim, uma opção diferente, “Space mas humanizadas, com nomes, e humanas, Em termos de longevidade, mesmo se
entrar em batalhas, por exemplo. A lógica Colony”, que segue a filosofia clássica dos com emoções e necessidades como comer, existe um modo livre e um editor, não se
é a habitual em jogos de estratégia em jogos de gestão mas dando-lhe um cheiri- dormir, confraternizar, ter amigos. Em deve ir muito longe, pois rapidamente se
tempo real mas mais virada para a bata- nho a simuladores de relações humanas. vez de grandes números e unidades, temos domina a mecânica e há poucas surpresas
lha e menos para a gestão. Aliás, deste Ao contrário de outros jogos de ambiente número limitado de personagens, com daí para a frente. ●
ponto de vista, o jogo é relativamente
banal, não tendo grandes trunfos que lhe
permitam destacar-se dos demais, apesar
de a realização ser esmerada, não apresen-
tar “bugs” e ter interface intuitiva.
Num âmbito algo diferente, apesar de
também ser de fantasia e magia, surge
“Age of Wonders: Shadowmagic”, um jogo
de estratégia por turnos muito bem conse-
guido graficamente e bastante simples na
mecânica. Simples sem ser básico, “Sha-
dowmagic” será talvez um dos melhores
jogos recentes do género no que toca a
jogadores com pouca experiência, pois é
muito fácil perceber a lógica e a forma de
agir, bastando passar pelo tutorial para
ficar por dentro do jogo.
Em termos básicos, há que gerir os
recursos Ouro, Mana e Casting Points, que
permite executar mais feitiços e em menos
tempo nos combates. Para os recolher,

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