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ESTRUTURAS DE CONCRETO

REFORÇADO COM FIBRAS


DIRETRIZES PARA PROJETO

(Texto Preliminar 1 – Novembro/2013)


SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................... 3

1) Objetivo ........................................................................................................... 3
2) Simbologia ...................................................................................................... 3
3) Referências Normativas ................................................................................... 4
4) Propriedades do Material ................................................................................. 5
5) Verificação de Segurança e Utilização das Estruturas de CRF ..................... 13
6) Dimensionamento no Estado Limite Último ................................................... 15
7) Verificação no Estado Limite de Serviço ........................................................ 20
8) Especificação do CRF ................................................................................... 22

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ESTRUTURAS DE CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS: DIRETRIZES PARA PROJETO (Texto Preliminar 1 - Nov./2013)
INTRODUÇÃO
O Concreto Reforçado com Fibras (CRF) é um material composto, caracterizado por uma
matriz cimentícia com fibras descontínuas. A matriz é de concreto ou de argamassa. As
fibras podem ser metálicas (aço), minerais (vidro ou carbono), poliméricas sintéticas ou
naturais. Também são possíveis misturas que utilizem fibras de diferentes materiais, tipos
e/ou tamanhos, sendo também tratado como CRF.
A aplicação do CRF para fins estruturais, objeto destas diretrizes, implica no uso em
projetos, de leis constitutivas que considerem a resistência residual pós-fissuração
proporcionada pela fibra de reforço. Em outros casos, como controle de fissuras em baixas
idades ou contribuição para manutenção da capacidade resistente das seções sob situação
de fogo, são considerados uso não estrutural do CRF. Para uso estrutural um desempenho
mecânico mínimo do CRF deve ser garantido.
Fibras cujo material possui Módulo de Elasticidade significantemente afetado por efeito de
carga ao longo do tempo e/ou que sejam afetadas por fenômenos termo-higrométricos não
são contempladas nestas diretrizes.
As fibras podem ser usadas para melhorar o comportamento no Estado Limite Último (ELU),
podendo substituir completamente ou parcialmente o reforço com armadura convencional.
As fibras podem ser usadas para melhorar o comportamento no Estado Limite de Serviço
(ELS) uma vez que podem diminuir o espaçamento e a abertura das fissuras, melhorando
assim o desempenho em serviço e a durabilidade.

1) OBJETIVO
Estas diretrizes têm como objetivo indicar requisitos para projeto de estruturas de Concreto
Reforçado com Fibras e de estruturas de Concreto Reforçado com Fibras em conjunto com
o Concreto Armado.
Para atender os requisitos indicados para projeto dessas estruturas também são indicados
ensaios com critérios específicos para avaliação do comportamento mecânico do Concreto
Reforçado com Fibras.

2) SIMBOLOGIA
Fj - Carga correspondente ao CMODj
CMODj - Medida da abertura da boca da trinca
CMOD1 - Medida da abertura da boca da trinca correspondente a 0,5 mm
CMOD3 - Medida da abertura da boca da trinca correspondente a 2,5 mm
fL - Resistência à tração do CRF (Limite de Proporcionalidade)
fLk - Resistência característica à tração do CRF
fct – Resistência à tração do concreto simples (sem fibras)
fctk – Resistência característica à tração do concreto simples (sem fibras)
fck – Resistência característica à compressão do concreto simples (sem fibras)

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fR,j - Resistência residual à tração do CRF
fR1k - Resistência residual à tração característica do CRF (limite de serviço)
fR3k - Resistência residual à tração característica CRF (limite último)
fFtu - Resistência residual à tração última do CRF
fFtum - Resistência residual à tração média última do CRF
fFtuk - Resistência residual à tração característica última do CRF
fFtud - Resistência residual à tração de cálculo última do CRF
fFtud,mod - Resistência residual à tração de cálculo última do CRF, valor modificado
fFts - Resistência residual pós-fissuração do CRF
fFtsk – Resistência residual característica pós-fissuração do CRF
fFtsd - Resistência residual de cálculo pós-fissuração do CRF
fFtsd,mod – Resistência residual de cálculo pós-fissuração do CRF, valor modificado
σ - Tensão
ε – Deformação
w – Abertura de fissura
lcs - Comprimento do elemento estrutural
srm - Distância média entre fissuras.
y - Distância entre a linha neutra e a face tracionada da seção transversal
Gf - Energia de Fratura do Concreto Simples
εSLS - Deformação do CRF correspondente ao Estado Limite de Serviço
εULS - Deformação do CRF correspondente ao Estado Limite Último
εFu – Deformação última do CRF

γf – Coeficiente de ponderação das resistências do CRF no estado limite último


K - Fator de orientação da fibra

3) REFERÊNCIAS NORMATIVAS
As normas que servem de referência para estas recomendações dizem respeito à
caracterização de fibras e avaliação do comportamento mecânico do CRF e aos projetos de
estruturas de concreto.
ABNT NBR 15530:07 Fibras de aço para concreto - Especificação
ABNT NBR 6118:2007 Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento
EN 14651 - Test method for metallic fibre concrete ― Measuring the flexural tensile strength
(limit of proportionality (LOP), residual)

CEB-FIB – Model Code 2010

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4) PROPRIEDADES DO MATERIAL

4.1) Concreto Reforçado com Fibras (CRF)

As matrizes de concreto sem o reforço das fibras apresentam comportamento frágil, com
baixa capacidade resistente das seções e baixas deformações quando submetidas a
esforços de tração, praticamente não apresentando deformações plásticas. A maioria dos
concretos empregados atualmente que incorporam fibras utiliza baixos teores, o que resulta
num aumento pouco significativo de suas resistências à compressão e à tração. Dessa
forma, a matriz fissura com o mesmo nível de tensão e de deformação do que quando não
reforçada.
O reforço com fibras descontínuas e aleatoriamente distribuídas na matriz tem como
expectativa o controle da abertura e da propagação de fissuras no concreto, alterando o seu
comportamento mecânico após a ruptura da matriz, melhorando a capacidade de absorção
de energia do concreto, diminuindo o nível de fragilidade do material. Isto ocorre porque as
fibras atuam “costurando”, preservando a resistência mecânica das seções.As propriedades
mecânicas de uma matriz cimentícia são modificadas com a adição de fibras. No entanto, as
propriedades elásticas e a resistência à compressão não são significativamente afetadas
pelas fibras, a não ser que um grande teor de fibra seja usado.
O comportamento mecânico pós-fissuração da matriz do CRF pode ser caracterizado
conforme a Figura 1. Nela se observa que após a fissuração da matriz de concreto (Pcr), a
carga pode assumir dois caminhos: (a) manutenção de carga abaixo da carga Pcr,
caracterizando-se como um “amolecimento” do CRF ou (b) manutenção de carga acima da
carga Pcr, caracterizando-se como um “enrijecimento” do CRF.

(a) (b)
Figura 1: Comportamento de “amolecimento” (a) e “enrijecimento” (b) sob tração axial

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4.2) Resistências

4.2.1) Comportamento à compressão


Pode-se considerar que, em geral as relações de compressão válidas para concreto simples
se aplicam também ao CRF.

4.2.2) Comportamento à tração


O comportamento à tração é o aspecto mais importante do CRF. As propriedades
mecânicas são determinadas por meio de ensaio de flexão em 3 pontos em corpo-de-prova
com entalhe, conforme se observa na Figura 2.

Figura 2 – Ensaio de Flexão em 3 pontos

A partir do ensaio de flexão obtêm-se a relação Carga – Deformação expressa pela abertura
da boca da fissura CMOD (Crack Mouth Opening Displacement), conforme se observa na
Figura 3.

Figura 3 – Curva Carga – CMOD

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Tendo como referência a EN 14651, as resistências residuais à tração são obtidas a partir
da curva Carga-CMOD, pela seguinte expressão:
3.  .
, =
2. . ℎ 


na qual:
fR,j é a Resistência residual à tração do CRF
Fj é a carga correspondente ao CMODj
l é o vão de ensaio do corpo-de-prova
b é a largura do corpo-de-prova
hsp é distância entre a ponta do entalhe e a face superior do corpo-de-prova
Outros ensaios podem ser utilizados desde que possam ser comprovados fatores de
correlação com os parâmetros da EN 14651.

4.2.3) Classificação de Resistências


Para classificação da resistência pós-fissuração do CRF, assume-se um comportamento
elástico linear, considerando-se a Resistência Residual Característica de Serviço (fR1k) e a
Resistência Residual Característica Última (fR3k).

Figura 4 – Diagrama Tensão - CMOD


A resistência residual pós-fissuração é classificada usando-se dois parâmetros: a
Resistência Residual Característica de Serviço (fR1k), representando o intervalo de
resistência e a Relação de Resistência Residual: Letras a, b, c, ou d, representando a razão
entre a Resistência Residual Característica Última (fR3k). e a Resistência Residual
Característica de Serviço (fR1k) - fR3k/fR1k.
O intervalo de resistência é definido por dois números subseqüentes na série:
1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 4.0, 5.0, 6.0, 7.0, 8.0 [MPa]
As letras a, b, c, d ou e correspondem à razão entre as Resistências Residuais
Características:
a se 0.5 < fR3k/fR1k ≤ 0.7
b se 0.7 < fR3k/fR1k ≤ 0.9
c se 0.9 < fR3k/fR1k ≤ 1.1
d se 1.1 < fR3k/fR1k ≤ 1.3
e se 1.3 < fR3k/fR1k

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A substituição total ou parcial da armadura convencional nas peças de concreto
dimensionadas no Estado Limite Último pelo CRF pode ser feita, se as seguintes relações
forem satisfeitas:
fR1k/fLk > 0.4
fR3k/fR1k > 0.5
A Resistência à tração do CRF (Limite de Proporcionalidade) fL, pode ser determinado por
meio da seguinte expressão:
3.  .
 =
2. . ℎ 


Para além desses requisitos de material, o uso estrutural d CRF, exige novos aspectos a
serem satisfeitos, conforme descrito no item 5 deste documento.

4.3) Diagrama tensão-abertura de fissura (ELU)

O diagrama tensão–abertura de fissura sob tração axial é definido pelo comportamento pós-
fissuração do CRF, que deve ser aplicado no ELU.
Duas hipóteses de leis constitutivas podem ser utilizadas para aplicação em seções
solicitadas normalmente à tração, que podem ser extraídas a partir de ensaios de flexão. O
Modelo Rígido-Plástico e o Modelo Linear, considerando comportamento pós-fissuração de
“endurecimento” ou “amolecimento”, conforme se observa na Figura 5 onde, fFts representa a
resistência residual pós-fissuração de serviço do CRF e, fFtu representa a resistência residual
pós-fissuração última do CRF. As linhas contínuas e tracejadas referem-se ao
comportamento de “endurecimento” e “amolecimento” pós-fissuração.

(a) (b)
Figura 5 - Leis constitutivas de pós-fissuração: (a) Modelo Rígido-Plástico (b) Modelo Linear

O Modelo Rígido-Plástico utiliza como valor de referência único, fFtu, baseado no


comportamento último, dado pela seguinte expressão:
3
fFtu =
3

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O modelo leva em consideração a equivalência estática, mostrada na Figura 6. O valor de
fFtu resulta do pressuposto de que toda resistência de compressão é concentrada na parte
superior da seção. Assim, o Momento Resistente é dado por:
 ℎ !  ℎ !
MU = 3 = #$
6 2

Figura 6 - Modelo simplificado adotado para determinação de fFtu, por meio de fR3.

O Modelo Linear utiliza dois valores de referência, definidos por meio das seguintes
expressões:
# = 0,45 1
*$
#$ = # ) . # ) 0,5 3 / 0,2 1 0 1 0
CMOD3
wu é a abertura máxima de fissura aceita no projeto. Seu valor depende da ductilidade
necessária.
A equação para obtenção de fFtu com wu = CMOD3 é obtida a partir do equilíbrio de rotação
no ELU, onde o diagrama de tensão de tração ao longo da seção é tomado como mostra a
Figura 7.

fFtu

Figura 7 - Diagrama distribuição de tensões na seção para determinação de fFts (b) e fFtu (c)
para o Modelo Linear

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A equação para obtenção de fFtu com wu ≠ CMOD3 é uma reta definida no intervalo das
abscissas entre CMOD1 e CMOD3. (Figura 8).

Figura 8 - Lei constitutiva linear pós-fissuração do CRF.

Para Análises Numéricas, leis constitutivas mais avançadas são recomendadas, incluindo a
resistência à tração de primeira fissura.

4.4) Diagramas tensão-deformação (ELS)

No ELS, para materiais com comportamento de “amolecimento” adota-se o mesmo


comportamento à tração do concreto simples (sem fibras), utilizando-se o valor de pico igual
à resistência à tração do concreto simples fct. No estágio pós-fissuração, a relação bilinear
se aplica, conforme se observa na Figura 10 (a).
Caso I: A propagação pós-pico do trecho BC, é analiticamente descrito como:
23456 8 3 89
=8 para ;< ≤ ; ≤ ;>
7. 456 3456 : 3 89
com:
Gf 0.8 fct
;? = / B;< ) E
fct . lcs Ec

Onde GF representa a energia de ruptura do Concreto Simples.


O ponto A nos diagramas tensão-deformação (a), (b) e (c) da Figura 10 é definido conforme
a Figura 9.

Figura 9 – Representação esquemática dos diagramas tensão-deformação


e tensão-abertura de fissura sob tração uniaxial

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Para materiais com comportamento de “amolecimento”, a resistência residual (quarto trecho)
é definido por dois pontos, correspondendo a (εELS, fFts) e (εELU, fFtu) onde:

IJKL1
;FGH =
M

*$ 2.5
;FGN = = min B;$ , E
M M

Com εFu = 2% para distribuição de tensão variável ao longo da seção transversal e 1% para
somente na distribuição da tensão elástica ao longo da seção transversal.
Para materiais caracterizados por propagação estável até εELS, com resistência à tração fFts
maior que fct, dois casos podem ser considerados:
Caso II o processo de fissuração torna-se estável até a deformação no ELS e o diagrama
tensão-deformação é definido em quatro trechos. Os dois primeiros trechos permanecem
correspondendo ao concreto simples, enquanto o terceiro trecho BD é analiticamente
descrito como:
234RS 83 8
= para ;! ≤ ; ≤ ;VW
4TS U34RS 8VW3 8

Caso III o processo de fissuração torna-se estável até a deformação no ELS e o diagrama
tensão-deformação é definido em três trechos. O segundo trecho AD é definido como:
23 2X 83 8^
= para εc ≤ ; ≤ ;FGH
YZ[\]32X ε_`a 3 8^

Para ambos os Casos (II) e (III), o material pode ter comportamento de “amolecimento” (DE)
ou “endurecimento” (DE’), dependendo da inclinação do último trecho.

Figura 10 - Diagramas tensão-deformação no ELS para comportamento de


“amolecimento” (a) e “amolecimento” ou “endurecimento” (b,c) do CRF

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Na Figura 10 (a) o primeiro e segundo trechos sugeridos nos diagramas correspondem ao
comportamento do concreto simples (pré-pico). O trecho pós-pico contempla a propagação
de fissuras até a interseção com o comportamento residual de pós-fissuração, que
representa a contribuição das fibras.
Quando esta condição não se aplica (comportamento de “endurecimento”), um novo
segundo trecho é proposto, como mostra a Figura 10 (b e c).

4.5) Coeficientes de ponderação no ELU

Os valores de cálculo dos parâmetros de resistência pós-fissuração do CRF a serem


utilizados no ELU são obtidas por meio de:

ftsd = ftsk/γF e ftud = ftuk/γF


Os valores recomendados para os coeficientes de ponderação são dados na Tabela 1.
Tabela 1: Coeficiente de ponderação para os materiais

No ELS os coeficientes de ponderação dos materiais podem ser iguais a 1,0.

4.6) Coeficiente de orientação das fibras

Em geral, uma distribuição isotrópica de fibra é assumida de modo que o fator de orientação
da fibra pode ser considerado como K = 1,0.
Para efeitos favoráveis, um fator de orientação K < 1,0 pode ser aplicado se comprovado
experimentalmente.
Para efeitos desfavoráveis, um fator de orientação K > 1,0 pode ser provado
experimentalmente e aplicado.
Os valores de fFtsd e fFtud devem ser assim modificados :

fFtsd, mod = # f
g

fFtud, mod = #$f
g
Pode ser adotado coeficiente de ponderação reduzido para o material CRF (γY 1 1,30, desde
que se adote controle mais rigoroso nos procedimentos de produção do material.
O comportamento da orientação das fibras deve ser observado em ensaio-padrão podendo
desviar substancialmente (benéfico ou não) do comportamento correspondente ao CRF no
elemento estrutural ou na estrutura. Assim, o método de produção e a consistência do
concreto devem ser levados em conta pelo projetista quando da especificação do CRF.
Quando K < 1,0 é aplicado em uma direção, o K em outra direção deve ser verificado.
Ensaios especiais podem ser usados para determinar o efeito da orientação da fibra devido
a moldagem e compactação no elemento estrutural real, usando amostras estruturais que
melhor reproduzem o material no elemento estrutural.

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5) VERFICAÇÃO DE SEGURANÇA E UTILIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE
CRF
As estruturas de CRF podem ser idealizadas como a composição de elementos estruturais
básicos, classificados e definidos de acordo com a sua forma geométrica e a sua função
estrutural. Assim podem ser divididos em Elementos Lineares (vigas e pilares), Elementos
de Superfície (placas, chapas e cascas) e Elementos Tridimensionais (blocos).
Para a situação de projeto, as estruturas de CRF sem nenhum tipo de armadura
convencional a Análise Estrutural pode ser efetuada por Análise Linear ou Análise Plástica.
Na Análise Linear admite-se o comportamento elástico-linear para o CRF. Os valores para o
módulo de elasticidade e o coeficiente de Poisson podem ser adotados de acordo com o
material concreto simples, sem a utilização de fibras.
Na Análise Plástica admite-se o CRF com comportamento rígido-plástico ou comportamento
linear pós-fissuração.
O projeto estrutural utilizando-se o CRF deve satisfazer os requisitos de Capacidade
Resistente, Desempenho em Serviço e Durabilidade. A exigência de ductilidade na flexão
pode ser satisfeita também com armadura convencional mínima.
Em todas as estruturas de CRF sem nenhuma armadura convencional, uma das seguintes
condições deve ser satisfeitas:
i$ 1 20 iFGH

i!jMk 1 5 iFGH
Onde i U é deslocamento limite, i PICO é o deslocamento da carga máxima e i ELS é o
deslocamento do Estado Limite de Serviço de carga obtida pela realização de uma Análise
Linear Elástica com hipótese de não fissuração na condição inicial no Módulo de
Elasticidade.

Figura 11 – Curva típica Carga-Deslocamento Vertical para estrutura de CRF


Geralmente, iU está relacionado com a máxima rotação da estrutura e Pu será o maior valor
entre PFIS, e PELS.
No caso de elementos lineares sem armadura convencional, sujeitos a tração axial com
pequena excentricidade (sem tensões de compressão na seção), além das limitações vindas
de i$ 1 20 iFGH e i!jMk 1 5 iFGH, o CRF deve ter um comportamento de “endurecimento” sob
tração.

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Quando a estrutura é capaz redistribuir as cargas aplicadas, pode-se considerar um fator
(KRd), que leva em conta os efeitos favoráveis devido a essa redistribuição, fazendo-se:
lf = gf . l.f 0
Nas estruturas de CRF, KRd é afetado pelo volume da estrutura envolvido no processo de
propagação da fissura na ruptura (V), pelo volume usado no procedimento de caracterização
do material pós fissuração (V0) e pela relação entre a carga máxima alcançada na estrutura
(PMAX) e a carga de primeira fissura (PFIS), que quantifica a capacidade de redistribuição.’
m l
gf = gf B , nop E
m0 lqH

Figura 12: Carga (F)–Volumes referentes à fratura no corpo-de-prova (V0) e na estrutura (V)
Na literatura, métodos diferentes são propostos para avaliar o fator KRd que leva em conta os
efeitos favoráveis devido à redistribuição de esforços proporcionado pela adição de fibras ao
concreto, de tal modo que, considera essencialmente a evidência experimental, de resposta
mecânica global, que se ajusta com os valores médios das resistências residuais de pós-
fissuração do material, quando ocorre redistribuição de carga. Isto é principalmente devido a
redução do desvio padrão da resposta da estrutura em relação ao ensaio padrão, onde o
número limite de fibras e a locação específica geométrica da fissura, leva a grandes
dispersões.
KRd pode ser obtido pela análise estrutural que leva em conta uma redistribuição aleatória da
capacidade resistente do CRF. O fator KRd pode ser obtido por:
l , 
gf = nop r #$n ≤ 1,4
lnop , n #$r
Onde:
Pmax,k é o valor característico da carga máxima na estrutura
Pmax,m é o valor médio da carga máxima na estrutura

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6) DIMENSIONAMENTO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO

6.1) Elementos Lineares sujeitos a solicitações normais

O dimensionamento de elementos lineares submetidos a solicitações normais oriundos de


flexão e compressão ou tração deve avaliar e compatibilizar a capacidade resistente última
da seção transversal com os esforços solicitantes últimos.

O Estado Limite Último é atingido quando uma das seguintes condições é alcançada:
- máxima deformação de compressão no CRF, εcu;
- máxima deformação no aço tracionado (se existir), εsu;
- máxima deformação no CRF, εFu

λx

Figura 13: ELU para momento fletor e força normal – diagramas simplificado com λ e
η como os utilizados no concreto armado

Os valores de εcu, εsu seguem as mesmas referências aplicadas no concreto armado.


O valor de εFu é assumido como igual a 2% para o CRF com comportamento de
“amolecimento” e 1% para o CRF com comportamento de “enrijecimento”.
Em qualquer caso, a abertura (w) máxima não pode exceder a 2,5 mm. Nas seções sem
reforço tradicional sob flexão ou sob tração combinados - flexão e compressão
6.2) Elementos lineares sujeitos à força cortante

6.2.1) Vigas sem armadura transversal e sem armadura longitudinal


Quando o CRF é utilizado em elementos estruturais sem armadura longitudinal e
transversal, a tensão principal de tração, σt , não deve ser maior do que a resistência à
tração de projeto:
TSwx
uv ≤
y4
Na qual:
fFtuk - Resistência residual à tração característica última do CRF, considerando wu = 1,5 mm
de acordo com a Eq. 16;

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6.2.2) Vigas sem armadura transversal e com armadura longitudinal

O valor de cálculo da resistência ao cisalhamento de elementos com armadura longitudinal


convencional e sem armadura de cisalhamento é dada por:
t/€
0,18 TSwx
mU,T = z . r . {100 . |t . B1 / 7,5 . E . Rx ~ / 0,15 . R ‚ . ƒ . f
yR RSx
Na qual:
yR – Coeficiente de ponderação do CRF
77
r = 1/ „ U
≤ 2,0
f – altura útil da seção transversal
ρt - taxa de armadura longitudinal igual a Asl/bwd
Asl - área da seção da armadura que se estende além da seção considerada (1 lbd + d)
fFtuk - Resistência residual à tração característica última do CRF, considerando wu = 1,5 mm
fctk – Resistência à tração do concreto simples (sem fibras)
fck – Resistência característica à compressão do concreto simples (sem fibras)
R = Ned/Ac<0,2 fcd - tensão média na seção transversal de concreto Ac por ação de força
axial Ned devido ao carregamento ou ações de pré-tensão (NFd>0 para compressão);
bw - menor largura da secção transversal na zona de tração ;

A resistência ao cisalhamento, VRd,F, é assumida como sendo não menor do que o valor
mínimo, VRd,Fmin , definido por:

VRd,Fmin = (vmin + 0,15 σcp).bw.d


Na qual:
vmin = 0,035 . k 3/2 . fck ½
O valor de VRd,Fmin é limitado pelo valor obtido pela equação:
4Rx R‡Sˆ‰R‡SŠ
VRd,max = rM . * . †
…R t‰R‡S²ˆ

6.2.3) Vigas com armadura transversal e com armadura longitudinal

Para o projeto de elementos com armadura de cisalhamento tem-se:

VRd = VRd,c + VRd,s


Nos elementos de CRF a equação torna-se:

VRd = VRd,F + VRd,s


Na qual:
VRd,s = (Asw/sw) . z .fywd . (cot θ + cot α) . sen α

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6.2.4) Reforço mínimo de cisalhamento

É possível evitar a utilização da quantidade mínima de armadura de cisalhamento


convencional (estribos) se a seguinte condição for cumprida:

fFtuk 1 0,08 ŒMr


Na qual:
fFtuk - Resistência residual à tração característica última do CRF, considerando wu = 1,5 mm,
considerando wu = 1,5 mm de acordo com a equação abaixo:

1,5
#$ = 1,35 ) .1,35 ) 0,5 × 2,5 / 0,2 × 3,00 1 0
7.291,67
Com essa consideração, é possível permite limitar o desenvolvimento e a difusão da ruptura
inclinada e, como consequência, pode garantir ductilidade suficiente ao elemento estrutural
Quando a referida limitação não é aplicada, é necessário a utilização de armadura de
cisalhamento convencional (estribos).

6.3) Elementos Lineares sujeitos à torção

6.3.1) Vigas sem armadura longitudinal e sem armadura transversal


Quando o CRF é utilizado em elementos estruturais sem armadura longitudinal e
transversal, a tensão principal de tração, σt , não deve ser maior do que a resistência à
tração de projeto:

TSwx
uv ≤
y4
Na qual:
fFtuk - Resistência residual à tração característica última do CRF, considerando wu = 1,5 mm

6.3.2) Vigas com armadura longitudinal e com armadura transversal


A presença de fibras aumenta a capacidade de resistência à torção, no entanto ainda não
estão disponíveis modelos de projeto. Os modelos devem ser comprovados por
experiências em elementos de tamanho real.

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ESTRUTURAS DE CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS: DIRETRIZES PARA PROJETO (Texto Preliminar 1 - Nov./2013)
6.4) Elementos de Superfície - Painéis

6.4.1) Painéis sem armadura convencional


Para os painéis carregados em seu plano, é possível a verificação nos ELS e ELU por meio
de tensão uniaxiais, considerando-se os limites fFts ou fFtu , de acordo com o estado limite
considerado.

6.4.2) Painéis com armadura convencional


Em estruturas de CRF, a contribuição das fibras como reforço pode ser levada em conta por
meio de análises de elementos finitos não lineares com as leis constitutivas definidos
anteriormente no item 4.4.

Em estruturas de CRF em que são satisfeitos os requisitos mínimos de fR1k/fLk > 0,4 e fR3k/fR1k
> 0,5, as armaduras de reforço secundário podem ser omitidas.

6.5) Elementos de Superfície - Placas

6.5.1) Placas sem armadura longitudinal


Para lajes sem armadura longitudinal com predominância de ações de flexão, a verificação a
resistência pode ser feita com base no momento resistente mRd avaliado considerando uma
relação rígida plástica da seguinte forma:

46‘ . S 2
mRd =


Figura 14: Ações em um elemento de laje

Quando a análise é linear, o momento máximo principal deve ser inferior a mRd. O
cisalhamento em placas de CRF sem armadura longitudinal ou pré-tensionada não é
considerado como dominante a menos que concentrações de carga significativas ocorram
perto o apoio.

6.5.2) Placas com armadura longitudinal


Para lajes de CRF com armadura longitudinal com predominância de ações de flexão, a
verificação pode ser feita por meio de método de análise não linear.

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6.5.3) Punção
Para elementos de placa de CRF, utiliza-se a seguinte equação:

V Rd = V Rd,F + V Rd,s

Na qual:

VRd,F representa a contribuição do reforço das fibras ao cisalhamento.

A resistência ao cisalhamento de projeto atribuído às fibras pode ser tomada como:

V Rd,F = V Rd,c + V Rd,f

4TSwx
V Rd,f = ΥT
b0 . dv

Na qual:
fFtuk - Resistência residual à tração característica última do CRF, considerando wu = 1,5 mm

Quando o reforço com fibras for utilizado para a resistência à punção, uma quantidade
mínima de fibras (e se aplicável armadura transversal) é necessária a fim de assegurar uma
capacidade de deformação suficiente, considerando:
V Rd,s + V Rd,f 1 0,5 . VEd

6.5.4) Cisalhamento em placas com armadura longitudinal


Para considerar a contribuição do reforço de fibras ao cisalhamento em placas, pode-se
aplicar a seguinte expressão:
t/€
0,18 TSwx
mU,T = z . r . {100 . |t . B1 / 7,5 . E . Rx ~ / 0,15 . R ‚ . ƒ . f
yR RSx

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7) VERIFICAÇÃO NO ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

7.1) Limitação de tensão


Em serviço é necessário limitar as tensões de compressão no concreto, tensões de tração
no aço e tensões de tração no CRF.
A limitação de tensões de compressão tem como finalidade evitar compressão excessiva,
produzindo deformações irreversíveis e fissuras longitudinais (paralelo às tensões de
compressão). As tensões de compressão no ELS devem ser limitadas a 0,6.fck.
A limitação de tensões de tração no aço deve ser limitada com uma adequada margem de
segurança abaixo do limite de elasticidade, impedindo a fissuração descontrolada. As
tensões de tração nas armaduras no ELS devem ser limitadas a 0,8.fyk.
A limitação de tensões de tração no CRF é uma medida adequada para reduzir a
probabilidade de fissuras.
Nos elementos estruturais em que o CRF tem um comportamento de “amolecimento” pós-
fissuração, a verificação as tensões de tração não é necessária se o elemento é verificado
no ELU.
Nos elementos estruturais em que o CRF tem um comportamento de “endurecimento” pós-
fissuração, a verificação das tensões de tração deve ser feito pela imposição da seguinte
limitação:

σ1 ≤ 0,6 . fFtuk

7.2) Abertura de fissuras em elementos estruturais com armadura


convencional
A abertura de fissura wd em elementos estruturais de CRF com armadura convencional é
definida por:
t ”• .456™ 3 46•™ 0 t
wd = 2 ’r . M / . œ . V . . )  .  ž / Ÿž . ;ž . F 0 .24)
“ –•,—˜ š›™ •

Na qual:
r – parâmetro empírico que leva em consideração a influência do cobrimento da armadura.
Como simplificação pode ser utilizado o valor de 1,0.
M - cobrimento da armadura
  - diâmetro da armadura
c
| ,¡4 =
cM, ¢
As = área de aço
Ac,ef = área efetiva de concreto
fctm resistência média à tração na flexão
fFtsm = 0,45 fR1
£¤¥ - tensão de aderência entre o concreto e ao aço
 - tensão máxima no aço no estágio de fissuração, podendo ser considerado igual à
tensão de escoamento do aço

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 ž - tensão no aço correspondente à primeira fissura no concreto
 ž = (fctm – fFtsm) . (1 + αe . ρs) / ρsef
No valor de  ž o efeito das fibras (fFtsm) deve ser levado em conta fazendo-se fFtsm = fFtsk /0,7
αe = Es/Ec,ef
ρs – taxa de armadura
β - coeficiente que leva em conta a influência do tempo de carregamento. β=1,0 para cargas
de curta duração e β=0,5 para cargas repetidas
Ÿž - coeficiente que considera a contribuição da retração
;ž - deformação por retração
c
| ,¡4 =
cM, ¢
Ac,ef = área efetiva de concreto

7.3) Reforço mínimo para controle de fissuras


Para controlar a fissuração dos elementos submetidos à flexão, se necessário, uma
armadura mínima deve ser utilizada, fazendo-se:

^5¦
As,min = kc . k . (fctm – fFtsm)

Na qual:

fctm - resistência média à tração na flexão da matriz de concreto;


fFtsm – resistência residual média do CRF;
Act - parcela da seção transversal do concreto tracionado, considerando a tensão no limite
elástico;
 - tensão máxima no aço no estágio de fissuração, podendo ser considerado igual à
tensão de escoamento do aço

kc – coeficiente que leva em consideração a distribuição da tração na seção transversal um


pouco antes da fissuração e da alteração do braço de alavanca interno. Para seções
retangulares kc = 1.
k – coeficiente que leva em consideração uma tensão não uniforme auto-equilibrante,
levando a uma redução da força de fissuração.
Quando As,min é negativo, pode-se considerar como armadura mínima apenas o reforço da
fibra.

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8) ESPECIFICAÇÃO DO CRF
O projeto deve especificar o CRF segundo sua Classe (Resistência Residual Característica
de Serviço - fR1k, representando o intervalo de resistência), Relação de Resistência
Residual (Letras a, b, c, ou d, representando a razão entre a Resistência Residual
Característica Última e a Resistência Residual Característica de Serviço - fR3k/fR1k) e o
Material da fibra.

Exemplo: CRF Classe 3a


fR1k: entre 3,0 MPa e 4,0 MPa.
a: 0.5 < fR3k/fR1k ≤ 0.7 (implica que fR3k deve estar entre 1,5 MPa e 2,1 MPa)

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