You are on page 1of 41

MERCADO DE CAPITAIS

4o. ANO DE ADMINISTRAÇÃO

MATERIAL DE ACOMPANHAMENTO DAS AULAS


PARA OS ALUNOS DO CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO, REFERENTE À 1A.
AVALIAÇÃO.

PROFESSOR FIGUEIREDO

SÃO PAULO
2007
Mercado de Capitais

AO ALUNO 1

Este material foi elaborado com a finalidade de servir como instrumento de


referência para o acompanhamento das aulas e orientação de estudo. O
material apresentado refere-se às transparências e aos tópicos que serão
desenvolvidos ao longo da exposição desta disciplina. A completa
compreensão dos tópicos que serão apresentados requer a complementação
com a pesquisa efetuada pelo aluno nos vários Sites como o da Bovespa, da
BM&F, do Banco Central, da CVM, entre outros. Uma outra forma de
acompanhar e se interar na disciplina, seria o aluno efetuar regularmente a
leitura de jornais e algumas publicações especializadas. Este
acompanhamento é primordial, pois estaremos analisando um dos segmentos
do mercado financeiro que está em constante mudança e evolução.

O entendimento da disciplina - mercado de capitais - pode ser muito


interessante, se você for interessado e, principalmente aplicado. O
entendimento da disciplina capacita-o a avaliar sistematicamente o
funcionamento do mercado de ações e o mercado futuro, possibilitando a
absorção de uma bagagem intelectual, necessária, tanto para sua vida
profissional como pessoal.

COMO ESTUDAR A DISCIPLINA

Estudos superficiais às vésperas das provas provavelmente não serão bem-


sucedidos em qualquer disciplina. A maioria das pessoas aprende mais
efetivamente se os conceitos forem expostos de várias maneiras em um
período de tempo. Desta maneira, este material possui várias atividades que
possibilitam o aluno estar sempre em plena atividade, e em contato com a
disciplina. Você vai aprender mais sobre o mercado de capitais e reterá
melhor se você ler jornais e revistas especializadas, assistir e ouvir
noticiários, e se possível, aplicar os conceitos expostos pelo professor. A
possibilidade da aplicação prática é de fácil manuseio, pois a Internet
possibilita-o a fazer simulações de compra e venda de ações e outros ativos
financeiros, como também executar efetivamente os conceitos aprendidos
em sala de aula.

1
As orientações de estudo abaixo, seguiram as abordagens de Byrns e Stone (1995), como também, as
próprias orientações dadas pelo autor deste material (Prof. Figueiredo).

Professor Figueiredo 2
Mercado de Capitais

A UTILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DA LEITURA

Reserve um tempo razoável para ler suas anotações, a bibliografia básica,


pesquisas na Internet, leituras de jornais e revistas especializadas e,
também, resolver os exercícios. Evite a preguiça sentando-se em uma cadeira
confortável em frente a uma escrivaninha ou mesa. Reflita sobre o material
assim que você o ler. Muitos alunos gastam horas destacando pontos
importantes para estudar mais tarde, para os quais alguns deles nunca
encontram tempo. Tente rever suas anotações, juntamente com as outras
fontes de pesquisa; concentrando-se nos pontos básicos e importantes.

A UTILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DA AUDIÇÃO

A maioria das aulas combina as informações dadas pelo seu próprio professor
e exemplos com outros materiais, mas alguns alunos fazem conscientemente
todas as anotações durante e após as aulas. A leitura das anotações antes da
aula ajudará você a fazer anotações mais seletivamente, dando-lhe maior
vantagem sobre seus colegas de classe. Enfoque os tópicos que seu professor
der mais ênfase em sala de aula, pois, todas as questões a serem solicitadas
nas avaliações, são respondidas em sala de aula. Anotações de aulas são muito
importantes para o estudo do aluno.

ENSINO

Seus professores sabem que os alunos aprendem suas matérias, com maior
profundidade, todas as vezes que as ensinam. Ensinando, você se expõe a
aspectos não familiares dos tópicos porque deve conceituar e verbalizar
idéias para que outras pessoas possam entendê-las. Faça grupos de estudo
para a complementação dos tópicos apresentados em sala de aula. Como
também, individualmente ou em grupo, o aluno pode-se deparar com técnicas
de estudo para o melhor aproveitamento da disciplina.

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA DISCIPLINA

Muitos alunos acharão o estudo sobre o mercado de capitais uma agradável


surpresa, mas desejam saber se este interessante campo é prático. O que
você pode fazer com os conhecimentos adquiridos nesta disciplina, depende
da sua área específica de estudo e, de seus interesses. Muitos profissionais
que desejam seguir carreira na área de finanças encontrarão um arcabouço

Professor Figueiredo 3
Mercado de Capitais

de informações que possibilitará estar integrado com a dinâmica do mercado


de ações, como também do mercado futuro. O conteúdo programático
apresentado tem uma praticidade que possibilitará ao profissional que esta
fora da área, familiarizar-se com a dinâmica do mercado financeiro, como
também para aquele que já atua na área, atualizar-se e praticar algumas
técnicas operacionais destes mercados. O profissional da área de finanças
tem uma grande notoriedade na aplicação dos conceitos econômicos, pois
vivenciam diariamente a dinâmica da economia. Estes profissionais se
deparam, no seu dia a dia, com situações - tanto do lado pessoal como
profissional - que requer a tomada de decisões corretas. Não é por acaso que
diante do processo de globalização econômica e financeira, a grande
preocupação de vários profissionais, esta no fato de que a habilidade
estratégica nos negócios e na política requer um aplicado raciocínio
econômico, financeiro etc.

Se o aluno seguir estas sugestões estará preparado para as avaliações a


serem aplicadas na disciplina, como também, estas sugestões, se aplicam para
o estudo de qualquer disciplina. O professor sabe que isto é uma tarefa
difícil, mas se você conscientemente seguir estas orientações de estudo,
certamente terá uma disciplina interessante e esclarecedora. O objetivo
primordial é que você encontre neste texto utilidade e informações
importantes, no estudo da disciplina. Melhoras e valiosas sugestões serão
aceitas por alunos que usarão este texto. Se você tiver algum comentário
gostaria de ouvi-lo.

Professor Figueiredo

Professor Figueiredo 4
Mercado de Capitais

• DISCIPLINA: Mercado de Capitais

• PROFESSOR: Figueiredo

• OBJETIVO: Oferecer uma visão de um dos segmentos do mercado


financeiro: o mercado de capitais. Enfoque na dinâmica do mercado de ações
em conjunto com o mercado futuro.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RESUMIDO:

1- Estrutura do Sistema Financeiro Nacional.


` Segmentação do Mercado Financeiro:
. Mercado de Crédito;
. Mercado Monetário;
. Mercado Cambial;
. Mercado de Capitais.

2- Mercado de Capitais:
` Mercado de Ações:
. Ações/Debêntures;
. Mercado Primário e Secundário;
. Abertura de Capital;
. Operações de Underwriting.

• Bolsa de Valores - Modalidades Operacionais:


. Mercado a Vista.

` Tópicos que serão solicitados na 1a. Avaliação

3- Bolsa de Valores - Modalidades Operacionais:


. Mercado a Termo;
. Mercado de Opções.
. O Novo Mercado da Bovespa;
. Níveis de Governança Corporativa.

` Tópicos que serão solicitados na 2a. Avaliação

Professor Figueiredo 5
Mercado de Capitais

4- Indicadores Nacionais:
. Índice Bovespa (IBOVESPA);
. Operações do Ibovespa no Mercado Futuro;
. Outros indicadores da Bovespa.

5- Mercado de Derivativos:
` Mercado Futuro:
. Mercado futuro de Café;
. Mercado futuro de Câmbio;
. Mercado futuro de DI;
. Mercado futuro do Ibovespa.

` Tópicos que serão solicitados na 3a. Avaliação

` BIBLIOGRAFIA:

• FORTUNA, E. Mercado Financeiro - Produtos e Serviços. R.J: Qualitymark


- 15ª edição, 2002.
• LOZARDO, Ernesto. Derivativos no Brasil - Fundamentos e Prática. SP:
BM&F, 1998.
• MELLAGI FILHO, A; ISHIKAWA, S. Mercado Financeiro e de Capitais –
S.P: Atlas, 2000.

` METODOLOGIA: aulas expositivas.

` CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
- Trabalho de pesquisa;
- Provas.

` TIPO DE PROVA: questões de múltipla escolha, questões discursivas,


exercícios.

` OBSERVAÇÕES:
- FALTAS: não há abonos de faltas por parte do professor. Qualquer
problema com relação à faltas, deve ser resolvido com a secretaria;
- TRABALHOS: entrega no prazo estipulado;
- SIMULADO: diante da pontuação estipulada, o professor não irá
Promover arredondamento de nota no final do ano;
- SALA DE AULA: estabelecimento de regras para o bom andamento das
aulas.
- QUESTÕES POLÊMICAS: reunião com o representante de classe.

Professor Figueiredo 6
Mercado de Capitais

PROGRAMAÇÃO DE AULAS - MERCADO DE CAPITAIS –


4o. ADM. FINANÇAS – VESPERTINO E NOTURNO.
DATA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
a
1 . Aula - Apresentação da disciplina: Objetivos, conteúdo programático,
06/02/07 critérios de avaliação etc.
2a. Aula - Sistema financeiro Nacional: composição.
13/02/07 - Segmentação do mercado financeiro: mercado de crédito,
Mercado monetário, mercado cambial, mercado de capitais.
- Mercado de capitais: funções e objetivos.
a
3 . Aula - Participantes do mercado de capitais: CVM, Sociedades
27/02/07 Corretoras, Sociedades Distribuidoras, Bancos de
Investimentos.
a
4 . Aula - Bolsa de Valores: Funções e objetivos.
06/03/07 - Formas de negociação de ações: pregão eletrônico.
- Razões para a abertura de capital de uma empresa.
- Formas alternativas de captação de recursos pelas empresas.
a
5 . Aula - Processo de abertura de capital.
13/03/07 - Valores mobiliários e não-mobiliários.
- As ações: conceituação.
- Continuação: as ações e os tipos de ações: ordinárias e
a
6 . Aula preferenciais.
20/03/07 - As debêntures.
- Mercado primário e secundário.
- Operações de underwriting (subscrição de ações).
a
7 . Aula - Direitos e proventos de uma ação: dividendos, juros sobre o
27/03/07 capital, bonificação, direitos de subscrição, desdobramento e
agrupamento.
- Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC.
a
8 . Aula - Tipos de investidores no mercado de capitais: investidor,
03/04/07 especulador, manipulador, insider, especialista, hedger.
9a. Aula - O mercado à vista e sua dinâmica operacional.
10/04/07 - Exercícios práticos.
10a. Aula - O mercado à vista e sua dinâmica operacional.
17/04/07 - Exercícios práticos.
24/04/07 - Semana de Avaliações – 1a. Avaliação.
08/05/07 - Semana de Avaliações – 1a. Avaliação.

Professor Figueiredo 7
Mercado de Capitais

SISTEMA FINANCEIRO

y É o conjunto de Instituições e instrumentos


financeiros que permitem a transferência de
recursos dos poupadores para os tomadores.

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

 Bancárias  Não-bancárias
(Monetárias) (Não-monetárias)

SEGMENTAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO

y As operações do mercado financeiro podem ser


classificadas em:

` Mercado de Crédito

` Mercado Monetário

` Mercado Cambial

` Mercado de Capitais

Professor Figueiredo 8
Mercado de Capitais

MERCADO DE CAPITAIS

y Onde são efetuados os financiamentos do capital de


giro e do capital fixo das empresas.

y Sistema que envolve as Bolsas de Valores e as


Instituições Financeiras que operam com a compra e
venda de ações, títulos da dívida e papéis de longo prazo.

y O mercado de capitais tem a função de canalizar as


poupanças da sociedade para a indústria, o comércio e
outras atividades econômicas e até mesmo para o governo.

PARTICIPANTES DO MERCADO DE CAPITAIS

Comissão de Valores Mobiliários – CVM

y A CVM foi instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro


de 1976, como entidade autárquica vinculada ao
Ministério da Fazenda.

y Órgão normativo que regulamenta e fiscaliza o


mercado de valores mobiliários, basicamente o mercado
de ações e debêntures.

y Objetivo principal: fortalecimento do mercado de


ações.
 Outros objetivos:

• Estimular aplicações de poupança no mercado acionário.

• Assegurar o funcionamento eficiente e regular das


bolsas de valores e instituições auxiliares deste mercado.

Professor Figueiredo 9
Mercado de Capitais

• Dispõe sobre a composição e diversificação dos fundos


de investimentos, junto com o BC.

• Proteger os titulares de valores mobiliários contra


emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que
manipulem os preços nos mercados primários e
secundários de ações.

• Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a


negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas
de capital aberto.

SOCIEDADES CORRETORAS - CTVM

y São Instituições Financeiras, membros das Bolsas de


Valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e
pelas próprias Bolsas.

y São as Instituições que atuam com exclusividade na


intermediação de valores mobiliários nos pregões de
Bolsas de Valores e Mercadorias.

y Diante do Título Patrimonial, adquire o direito de


colocar operadores nos pregões da Bovespa, e da BM&F.

y Como Corretora de Câmbio, atuam no mercado de


câmbio intermediando divisas estrangeiras.

Professor Figueiredo 10
Mercado de Capitais

SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS - DTVM

y Suas atividades são mais restritas do que as Corretoras


de Valores.

y Não podem atuar diretamente nos mercados de Bolsa de


Valores e de Mercadorias.

BANCOS DE INVESTIMENTOS

y Canalizam recursos de médio e longo prazos para


suprimento de capital fixo ou de giro das empresas.

y Tem a função de fortalecer o processo de capitalização


das empresas, através da compra de máquinas,
equipamentos e subscrição de ações e debêntures.

y Não podem manter contas correntes com seus clientes.


Para fazer frente às suas operações de financiamento,
não proveniente de repasses, captam recursos por
intermédio de emissões de CDB, RDB e instrumentos de
captação de recursos no exterior.

¡ Operações de crédito praticadas pelos BI:

4 Empréstimo para financiamentos de capital fixo


ou capital de giro das empresas;

ƒ Repasses de recursos oficiais de crédito


provenientes do BNDES;

Professor Figueiredo 11
Mercado de Capitais

ƒ Repasse de recursos obtidos pela emissão de


títulos;

ƒ Repasses de recursos provenientes do exterior


para financiamento de bens de produção;

¡ Serviços:

4 Estruturação de subscrição pública de valores


mobiliários (operações de underwriting de ações e
debêntures);

4 Administração de carteiras de títulos e valores


mobiliários, incluindo fundos de investimentos;

4 Corporate finance (fusões e aquisições).

BOLSA DE VALORES

y Fundada em 23 de agosto de 1890.

y É composta por sociedades civis sem fins lucrativos,


cujos patrimônios são constituídos pelos recursos
provenientes das Sociedades Corretoras, que adquirem
títulos patrimoniais, tornando-se membros das Bolsas.

y Criada para propiciar liquidez às ações e, servindo de


mecanismo para a capitalização das empresas a custo mais
baixo.

Professor Figueiredo 12
Mercado de Capitais

y Permite democratizar o acesso do público ao capital das


empresas (S.As).

y Serve de mecanismo de avaliação do público, com


relação ao desempenho econômico das empresas e do país.

Ex: Crise de 30 - Crise Asiática - Outras.

y É uma entidade auto-reguladora que opera sob a


supervisão da CVM.

xO
poder de Auto-Regulação confere à BOVESPA
faculdade para estabelecer normas e procedimentos (inclusive
de conduta) e fiscalizar seu cumprimento, os quais deverão ser
observados pelas categorias de agentes que nela atuam:

` Corretoras;
` Empresas Listadas;
` Investidores.

y Atualmente, é a maior Bolsa da América Latina em


termos de volume negociado, representando 60% do
volume negociado na América Latina e 95% do volume do
Brasil.

` Em 31/12/06 – 394 empresas listadas


` Em 24/01/07 – 349 negociadas

y Anteriormente, as Bolsas de Valores de São Paulo, Rio


de Janeiro e de outros estados, proporcionavam pregões
próprios. Hoje, diante da assinatura de um acordo de

Professor Figueiredo 13
Mercado de Capitais

integração, o mercado de valores mobiliários está


integrado em âmbito nacional, onde ocorreu uma união das
Sociedades Corretoras de todas as regiões do país (todas
as bolsas passaram a ter um único sistema de negociação,
de telefonia, de liquidação e custódia).

y Assim, a BOVESPA passou a concentrar todas as


negociações com ações.

y Segundo a BOVESPA, esta integração foi fundamental


para que o Brasil tivesse um centro único de liquidez e
uma representatividade importante dentro do Mercado
Global.

y Na BOVESPA, até 09/2005, existiam duas formas


alternativas de negociação em ações:
` Viva Voz:
Ž Os representantes das Corretoras apregoavam suas
ofertas viva voz.

Ž Eram negociadas as ações de maior liquidez.

` Sistema Eletrônico – Mega Bolsa (implantado


em 1997):

Ž É um sistema que permite às Sociedades Corretoras


cumprir as ordens de clientes de seus escritórios.

Ž Por este sistema, as ofertas de compra ou venda são


feitas por meio de terminais de computador.

Professor Figueiredo 14
Mercado de Capitais

Atualmente, todas as operações com ações na


`
Bovespa são realizadas eletronicamente.

Ž Outros Sistemas (lançados em 1999):

•HOME BROKER: é um sistema que permite ao


investidor, por meio do Site das Corretoras na Internet,
transmitir sua ordem de compra ou de venda diretamente
ao Sistema de Negociação da Bovespa, sem a intervenção
de operadores.

•AFTER-MARKET: é um sistema que oferece a sessão


noturna de negociação eletrônica. Além de atender aos
profissionais do mercado, este mecanismo também é
interessante para os pequenos e médios investidores, pois
permite que enviem ordens por meio da Internet também
no período noturno.

ABERTURA DE CAPITAL

y Por que as Empresas abrem o seu capital?

y Existem várias razões para a abertura de capital de uma


empresa. As motivações elencadas abaixo, devem ser
observadas em maior ou menor grau dependendo dos
objetivos da empresa emissora.

` Captação de recursos para investimento ou


reestruturação de Passivos: os recursos geralmente são
destinados a novos investimentos para a expansão da
empresa.

Professor Figueiredo 15
Mercado de Capitais

Ž É uma alternativa aos financiamentos bancários, abrindo


o capital para os investidores, tanto no Brasil quanto no
exterior.

` Imagem Institucional: a competição exige uma


melhoria da imagem institucional da empresa, da
transparência e confiabilidade das informações básicas
frente a seus parceiros (nacionais e estrangeiros), e
diante da imprensa especializada.

` Arranjos Societários: a solução de questões relativas à


reestruturação societária, decorrente de estratégia
empresarial, partilha de heranças, processo sucessório ou
a saída de alguns dos principais acionistas, pode ser
equacionada pela abertura de capital.

` Liquidez Patrimonial: os acionistas controladores


aumentam a liquidez de seu patrimônio, que, por sua vez,
tende a se valorizar ao longo do tempo pelo crescimento
da quantidade de compradores, notadamente os
investidores institucionais, nacionais e estrangeiros.

` Profissionalização: Ž a abertura de capital desencadeia


a aceleração da profissionalização da empresa, atingindo
os dirigentes e todo o quadro de pessoal. Em princípio, o
processo é conseqüência da regulamentação das
companhias abertas, que exige o Conselho de
Administração, o Conselho Fiscal e a criação do cargo de
diretor de relações com investidores.

Professor Figueiredo 16
Mercado de Capitais

` Novo relacionamento com os Funcionários: um


programa de reestruturação organizacional, objetivando
estimular os executivos e ampliar a produtividade e
participação dos demais empregados, pode utilizar, como
um dos instrumentos, a oferta de ações da empresa aos
funcionários.

FORMAS ALTERNATIVAS DE CAPTAÇÃO DE


RECURSOS PELAS EMPRESAS

` Reinvestimento de Lucro: limitado para projetos de


longa duração.

` Empréstimos de Terceiros: empréstimos bancários


para capital de giro (curto prazo).

` Recursos do BNDES: capital de longo prazo.

` Recursos no Sistema Financeiro Internacional: capital


de curto e longo prazo.

` Admissão de Novos Sócios: processo de abertura do


capital pelas empresas.

ABERTURA DO CAPITAL

y A empresa opta por dividir sua propriedade com


outras pessoas, em troca dos recursos que
lhe permitirão prosseguir expandindo o
seu negócio.

Professor Figueiredo 17
Mercado de Capitais

y De acordo com a legislação vigente, uma companhia é


considerada aberta quando promove a colocação de
valores mobiliários em Bolsas de Valores ou no mercado
de Balcão.

` São considerados valores mobiliários:

Ž Ações;
Ž Bônus de subscrição;
Ž Debêntures;
Ž Certificados de depósito de valores mobiliários;
Ž Cédulas de debêntures;
Ž Cotas de fundos de investimentos;
Ž Notas comerciais (commercial papers);
Ž Contratos futuros de opções e derivativos;
Ž Notas promissórias para distribuição pública;

y Pela abertura do seu capital, a empresa pode emitir


valores mobiliários, em geral, ações ou debêntures.

4Intermediários: Distribuidoras, Corretoras e Bancos


de Investimentos.

y As operações de abertura de capital precisam ter


autorização da CVM, que registra e autoriza a emissão
dos valores mobiliários para distribuição pública.

y As Cias. abertas devem atender a diversos requisitos,


definidos na lei das S.As. e nas regulamentações da CVM,
com o objetivo de garantir a confiabilidade das
informações e demonstrações financeiras divulgadas.

Professor Figueiredo 18
Mercado de Capitais

AÇÃO ≠ TÍTULOS PÚBLICOS E PRIVADOS

AS AÇÕES
y As sociedades anônimas (S. As) podem ter o capital
fechado ou aberto.

y Diz-se que uma empresa tem capital aberto quando suas


ações são negociadas nas Bolsas de Valores.

y São Títulos de renda variável, emitidos por Sociedades


Anônimas, que representam a menor
fração do capital da empresa emitente.

Ž A característica de renda variável é determinada


pelo lucro da empresa, que é obrigada a
distribuí-lo em forma de dividendos.

Ž Outro tipo de rendimento das ações advém da


valorização das cotações nos pregões das bolsas de
valores.

Professor Figueiredo 19
Mercado de Capitais

TIPOS DE AÇÕES

y Quanto à espécie:

` Ordinárias (ON): ações que concedem àqueles


que as possuem o poder de voto nas assembléias
deliberativas da companhia.

` Preferenciais (PN): ações que oferecem


preferência na distribuição de resultados ou no
reembolso do capital em caso de liquidação da
companhia, não concedendo o direito de voto.

Ž O acionista preferencial recebe 10% a mais de


dividendos do que os acionistas ordinários, caso o
estatuto social da Cia. não estabeleça um dividendo
mínimo.

y Quanto à forma:

`Nominativas registradas: quando a empresa


mantém um registro do controle de propriedade
das ações. Este controle também pode ser
efetuado por terceiros.

Professor Figueiredo 20
Mercado de Capitais

Ž Pode ocorrer ou não a emissão de certificados


que apresentam o nome do acionista, cuja
transferência é feita com a entrega de cautela e a
averbação de termo, em livro próprio da empresa
emitente, identificando o novo acionista.

Ž O termo denominado para a guarda destes títulos


se chama custódia infungível, onde os títulos são
mantidos discriminadamente por depositante.

Escriturais nominativas: neste caso não há


`
emissão de cautelas ou movimentação física dos
documentos.

Ž Hoje em dia, quase a totalidade das ações é do


tipo escritural, controlada por meio eletrônico e
custodiadas na CBLC, empresa responsável pelo
serviço de custódia fungível das ações.
Ž O termo custódia fungível, é quando as ações ou
os valores mobiliários quando depositados podem
ser substituídos, na retirada, por outros iguais
(mesma espécie, qualidade e quantidade).

Professor Figueiredo 21
Mercado de Capitais

AS DEBÊNTURES

y São títulos de dívida, que garantem ao comprador


uma remuneração e, não dando direito de
participação nos bens ou nos lucros da empresa.

y Rendem juros, prêmios e outros rendimentos


fixos ou variáveis e podem ter garantias, sendo
todas as características definidas em escritura.

` Podem ou não ser conversíveis em ações.

LANÇAMENTO DE AÇÕES

y O mercado considera que a plena abertura de


capital ocorre pelo lançamento de ações ao público.

y O lançamento de ações ou debêntures por parte


das empresas, pode ser realizada em dois tipos de
mercados:

Primário Secundário

Operações de Pregão da
Underwriting Bovespa

Professor Figueiredo 22
Mercado de Capitais

` MERCADOPRIMÁRIO: tem a finalidade de


dinamizar o fluxo de poupança em direção aos
investimentos produtivos, através da subscrição de
ações.

Ž O lançamento de novas ações no mercado chama-


se operações de Underwriting.

` MERCADO SECUNDÁRIO: tem a finalidade de


propiciar liquidez às ações emitidas no mercado
primário, através de operações de compra e venda
de papéis.

Ž Quando o detentor da ação de uma empresa


deseja se desfazer de sua posição, ele busca no
mercado secundário, por intermédio de uma
Corretora, um outro investidor que deseje comprar
suas ações.
Ž A diferença básica entre os dois mercados é que
o mercado primário tem por finalidade capitalizar
as empresa. Já o mercado secundário busca dar
liquidez aos títulos, através da compra e venda das
ações já de propriedade do mercado a novos
compradores. Apesar da semelhança com o mercado
primário, os recursos captados vão para o acionista
vendedor e não para a empresa.

Professor Figueiredo 23
Mercado de Capitais

OPERAÇÕES DE UNDERWRITING
(Subscrição)

y É o processo de lançamento de ações mediante


subscrição pública para o qual a empresa encarrega
um intermediário financeiro, que será responsável
pela colocação no mercado. Esses lançamentos
podem ser de três tipos:

GARANTIA FIRME: a instituição responsável


`
pelo lançamento das ações compromete-se a
absorver os títulos eventualmente não vendidos,
garantindo à empresa o recebimento da totalidade
dos recursos disponíveis.

` PURO: A instituição mediadora subscreve todo o


lote de títulos, pagando integralmente à empresa
emitente e se encarrega de colocá-las
posteriormente no mercado.

` MELHORES ESFORÇOS: o risco da não colocação


dos títulos corre exclusivamente por conta da
empresa emissora. A instituição mediadora
compromete-se apenas a fazer o melhor esforço na
venda.

Professor Figueiredo 24
Mercado de Capitais

DIREITOS E PROVENTOS DE UMA AÇÃO

y Quando o investidor se torna detentor de uma


ação, que é um título de propriedade de uma
empresa, adquire alguns direitos.

` DIVIDENDOS: correspondem à parcela de lucro


líquido distribuído aos acionistas, na proporção da
quantidade de ações possuídas, ao fim de cada
exercício social.

Ž A data de distribuição bem como o percentual a


ser distribuído, é definida em assembléias dos
acionistas.

y Pela Lei das S.As., a Cia. deve distribuir, no


mínimo, 25% de seu lucro líquido ajustado.

` JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO: as


empresas, na distribuição de resultados aos seus
acionistas, podem optar por remunerá-los por meio
do pagamento de juros sobre o capital próprio, em
vez de distribuir dividendos, desde que sejam
atendidas determinadas condições estabelecidas
em regulamentação específica.

Professor Figueiredo 25
Mercado de Capitais

` BONIFICAÇÃO: a bonificação em forma de


ações é a distribuição de novas ações aos acionistas
– em número proporcional às já possuídas -, em
função de aumento do capital por incorporações de
reservas e lucros.

Ž A empresa pode, também, distribuir bonificações


em dinheiro.

` DIREITOS DE SUBSCRIÇÃO: quando a empresa


aumenta seu capital, emite novas ações, sendo que
os acionistas têm a preferência na aquisição destas
novas ações, de forma a manter a mesma proporção
na participação que possui na empresa.

Ž Quando o acionista não tem interesse em adquirir


as novas ações oriundas da subscrição, poderá
vender os direitos de subscrição a terceiros.

` DESDOBRAMENTO (Split): distribuição de


novas ações aos acionistas, pela diluição do capital
em maior número de ações.

` AGRUPAMENTO (Inplit): é o contrário do


split. Condensação do capital em um menor número
de ações com conseqüente aumento do
valor patrimonial da ação.

Professor Figueiredo 26
Mercado de Capitais

COMPANHIA BRASILEIRA DE LIQUIDAÇÃO E


CUSTÓDIA - CBLC

y Até 1998, o serviço de custódia fungível de


títulos e valores mobiliários era prestado pela
BOVESPA. A partir de 16/11/1998, este serviço
passou a ser realizado pela Companhia Brasileira de
Liquidação e Custódia – CBLC.

y No processo de reorganização da BOVESPA, uma


parte de seu patrimônio constituiu uma empresa
independente (CBLC), especializada e dedicada
exclusivamente aos serviços de custódia de valores,
liquidação de operações e controle de risco.

y Assim,
surgiu a CBLC que é uma sociedade
anônima, tendo como objetivo social à prestação de
serviço de liquidação física e financeira de
operações realizadas nos mercados da BOVESPA,
bem como a operacionalização dos sistemas de
custódia de títulos em geral. Atualmente a CBLC é a
responsável pela liquidação de operações de todo o
mercado brasileiro de ações, respondendo pela
guarda de 100% dos títulos do mercado nacional.

y Além da guarda das ações de companhias abertas,


a estrutura dos sistemas utilizados pelo Serviço de
Custódia Fungível da CBLC foi desenvolvida para

Professor Figueiredo 27
Mercado de Capitais

prover o mesmo tipo de serviço para outros ativos


como: debêntures, certificados de investimento,
certificados audiovisuais e quotas de fundos
imobiliários.

• Esta estrutura equipara-se aos modelos


existentes nas principais praças financeiras
internacionais.

TIPOS DE INVESTIDORES NO MERCADO DE


CAPITAIS

y Todas as transações em bolsa são realizadas por


investidores que, por diferentes motivos, buscam
retornos acima da média de um título de renda fixa.

` São eles:

 INVESTIDORES: São indivíduos ou instituições que


aplicam recursos em busca de ganhos a médio e longo
prazos, que operam nas Bolsas por meio de Corretoras e
Distribuidoras de Valores, as quais executam suas ordens
e recebem corretagens pelo seu serviço.

 ESPECULADOR: apesar de muitas criticas, o


especulador é uma figura fundamental para garantir a
liquidez dos mercados.

Professor Figueiredo 28
Mercado de Capitais

 MANIPULADOR: muito mais presente em situações


anteriores, no mercado acionário brasileiro, do que hoje
em dia, o manipulador, atualmente é punido severamente
pela CVM. Esta figura tem como meta comandar
operações de variações de preço de acordo com seu
objetivo de ganho.

 INSIDER: este investidor detém informações


privilegiadas sobre a empresa, podendo se antecipar ao
mercado nas compras e vendas de ações.
Atualmente, a CVM está atenta a este tipo de
aproveitador de ocasiões, de forma a controlar a
ocorrência destes fatos.

 ESPECIALISTA: especialista em determinado papel


ou grupo de papéis, que compram e vendem contra o
mercado, quando o preço está se movendo em uma
direção. Ele não tem como função controlar preços, mas
buscar manter o preço do papel de forma mais ordenada.
De certa forma, ele aumenta a liquidez dos títulos.

 HEDGER: devido às sofisticadas operações


envolvendo mercado a vista e derivativos, pode-se obter
proteção contra determinadas oscilações.

Professor Figueiredo 29
Mercado de Capitais

MERCADOS DA BOVESPA

y A BOVESPA permite a negociação em seus pregões,


várias modalidades operacionais:

4 A negociação à vista;
4 A termo; e
4 Opções sobre ações.

 MERCADO À VISTA: os valores mobiliários são


comprados para liquidação física e financeira imediata, ou
seja, o vendedor deve entregar os papéis e o comprador
pagar por eles o valor estipulado, nos prazos
estabelecidos pela Bovespa.

COMO COMPRAR AÇÕES

y Os indivíduos não compram ações diretamente na Bolsa


de Valores, mas sim através de uma Corretora de Valores
- membros credenciados pela Bovespa - aptas a executar
ordens de compra ou venda de ações, no pregão.

y Também podem adquirir ações através de cotas de


fundos de investimentos ou fundo mútuo de ações.

` Como escolher uma ação:

y O processo de escolha de uma ação é o mesmo para


qualquer investidor. Os potenciais compradores de ações
devem adquiri-las com o objetivo de obter ganhos de
longo prazo, em oposição a resultados imediatos.

Professor Figueiredo 30
Mercado de Capitais

Logicamente que os ganhos no curto prazo ocorrem e são


bem vindos, mas este tipo de resultado geralmente é
obtido pelos profissionais de mercado que acompanham o
mercado acionário diariamente, com técnicas e
ferramentas de análise sofisticadas.

y O processo de escolha da ação, pode ser feita diante à


alguns parâmetros, determinados pelo mercado. Assim, as
ações podem ser divididas em:

Ž Ações “blue chips” ou de 1a. linha: são ações de


grande liquidez e procura no mercado de ações por parte
dos investidores, em geral de empresas tradicionais, de
grande porte e excelente reputação, cujos preços
elevados refletem esses predicados;

Ž Ações de 2a. linha: são ações um pouco menos


líquidas, de empresas de boa qualidade, em geral de
grande e médio porte; seus preços são mais baixos e
costumam ser mais sensíveis aos movimentos de alta e de
baixa do mercado acionário;

Ž Ações de 3a. linha: são ações com pouca liquidez, em


geral de Cias. de médio e pequeno porte (porém, não
necessariamente de menor qualidade), cuja negociação
caracteriza-se pela descontinuidade.

Professor Figueiredo 31
Mercado de Capitais

LIQUIDAÇÃO DAS OPERAÇÕES

y Compra ou venda D0
y Entrega dos títulos D2
y Liquidação Financeira D3

CUSTO DA TRANSAÇÃO

y Taxa de corretagem y Emolumentos

TRIBUTAÇÃO

y Em cima do ganho líquido, 15% de IR.

EXERCÍCIOS
OPERAÇÕES NO MERCADO À VISTA DA BOVESPA

• Este exemplo mostra a atuação de um dos participantes da


Bovespa, o especulador, que procura obter ganhos no curto prazo.

1º. Exemplo: A Cia. Aérea Goll, vendeu em 23/06/04, no mercado


primário, 33,05 milhões de ações PN em operações no Brasil e nos
EUA. A empresa captou R$ 1,009 bilhões.

1- Especulador: estratégia de curto prazo:

 Em 23/06/04 (D+0) – Mercado Primário


- Compra 20.000 - Goll4 - R$ 26,57

Professor Figueiredo 32
Mercado de Capitais

 Em 25/06/04 (D+2)
- Vende 20.000 Goll4 R$ 28,59

Ì Resultado da Operação:

2- Investidor: Estratégia de longo Prazo:


 Em 23/06/04 (D+0) – Mercado Primário
- Compra 20.000 - Goll4 - R$ 26,57

 Em 28/12/06
- Vende 20.000 - Goll4 - R$ 63,50

Professor Figueiredo 33
Mercado de Capitais

Ì Resultado da Operação:

• IGP-M - no período:

Ì Rentabilidade efetiva no período:

Ì Rentabilidade efetiva ao mês:

2º. Exemplo: A Empresa Natura, vendeu 18,582 milhões de ações


ON, captando R$ 768,120 milhões. A demanda pelas ações foi 10
vezes maior que a oferta, onde 70% dos papéis foram vendidos
para o exterior. As pessoas físicas, no Brasil, absorveram 20% do
total.

1- Especulador: estratégia de curto prazo:

 Em 25/05/04 (D+0) – Mercado Primário


- Compra 20.000 - NATU3 - R$ 36,50

Professor Figueiredo 34
Mercado de Capitais

 Em 28/05/04 (D+3)
- Vende 20.000 - NATU3 - R$ 43,50

Ì Resultado da Operação:

2- Estratégia de Longo Prazo – Investidor:


 Em 25/05/04 (D+0) – Mercado Primário
- Compra 20.000 - NATU3 - R$ 36,50

Obs: em 30/06/06, a AGE da Natura, promoveu um desdobramento das


ações ordinárias. Para cada 1 ação nova, o acionista recebeu 5 novas ações:
• Cotação em 30/06/06 – R$ 125,00;
• Cotação em 31/03/06 – R$ 25,70;
• Cotação em 28/04/06 – R$ 26,70.

Professor Figueiredo 35
Mercado de Capitais

 Em 28/12/06:
- Vende ................... - NATU3 – R$ 30,20

Ì Resultado da Operação:

Ì IGP-M no período:

Ì Rentabilidade efetiva no período:

Ì Rentabilidade efetiva ao mês:

Professor Figueiredo 36
Mercado de Capitais

OPERAÇÕES DE DAY-TRADE - ESPECULADOR

 No mês de maio/06, o mercado de ações teve um comportamento


muito volátil, diante das expectativas de altas nos juros na
economia americana, proporcionadas pelo FED (Federal Reserv),
Banco Central americano. Desta forma, à Bovespa acompanhando a
queda das bolsas internacionais, registrou índices de altas e
baixas expressivas.

 Em 25/05/06, a Bovespa fechou com alta de + 4,96%, onde o


índice Ibovespa, bateu 37.568 pontos. A ação da VALE5 teve uma
alta de 5,11%, mostrando o seguinte comportamento:

•ABT: 43,89 •MIN: 43,31 •MAX: 45,20 •FECH: 45,20

1- Suponha um Especulador comprando 20.000 ações da VALE5,


perto da abertura do mercado à R$ 43,50 e, vendendo próximo do
final do pregão, à R$ 45,00.

• Em 25/05/06 – Especulador na ponta de compra:


- Compra 20.000 VALE5 - R$ 43,50
- Vende 20.000 VALE5 - R$ 45,00

Ì Resultado da Operação:

Professor Figueiredo 37
Mercado de Capitais

• Em 25/05/06 – Especulador na ponta de venda:


- Vende 20.000 VALE5 - R$ 43,50
- Compra 20.000 VALE5 - R$ 45,00

Ì Resultado da Operação:

2- Em 25/05/06 as ações da empresa CCR Rodovias, tiveram uma


alta de + 11,81%, com o seguinte comportamento:
•ABT: 16,20 •MIN: 15,85 •MAX: 17,89 •FECH: 17,89

• Especulador:
- Compra 20.000 CCRO3 - R$ 16,00
- Vende 20.000 CCRO3 - R$ 17,60

Ì Resultado da Operação:

Professor Figueiredo 38
Mercado de Capitais

3- Em 30/05/06, a Bovespa teve uma queda de - 4,54% onde o


índice Ibovespa bateu 36.412 pontos. A ação da VALE5 teve uma
queda de – 3,27%, com o seguinte comportamento:

•ABT: 45,00 •MIN: 44,28 •MAX: 45,50 •FECH: 44,30

• Especulador:
- Vende 20.000 VALE5 - R$ 45,40
- Compra 20.000 VALE5 - R$ 44,40

Ì Resultado da Operação:

4- Em 03/01/06, um investidor resolve montar uma carteira de


ações, diante da escolha de algumas empresas. Neste dia, compra:
10.000 ações da PETR4 a R$ 38,30; 10.000 ações da VALE5 a
R$ 84,53; 10.000 ações da USIM5 a R$ 52,80; 10.000 ações da
COSAN3 a R$ 68,00 e 10.000 ações do BBDC4 a R$ 70,50.
Próximo ao final do pregão, percebeu que algumas ações tiveram
uma valorização interessante, pois a Bovespa operou com uma alta
de + 3,08%, no dia.

Professor Figueiredo 39
Mercado de Capitais

Desta forma, o investidor resolve vender as ações que se


valorizaram. Assim, vende: 10.000 ações da PETR4 a R$ 39,30;
10.000 ações da VALE4 a R$ 87,70 e, 10.000 ações do BBDC4 a
R$ 70,50. Demonstre qual foi o valor financeiro que este
investidor liquidou com a Corretora neste dia.

• Em 28/12/06 este investidor, resolve vender as ações que


ficaram em sua carteira. No momento da venda, USIM5 foi
negociada a R$ 80,50 e CSAN3 a R$ 44,70. Demonstre o valor
financeiro que ele liquidou com a corretora.

Professor Figueiredo 40
Mercado de Capitais

Ì Resultado da operação.

Ì IGP-M no Período:

Ì Rentabilidade efetiva no período:

Ì Rentabilidade efetiva ao mês:

Professor Figueiredo 41

You might also like