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O que é importante compreender são os passos na análise de Políticas Públicas. Desta forma,
os autores sumarizam da seguinte forma:
As questões centrais que devem ser respondidas são: Qual é o problema enfrentado? Onde há
problema? Quem é afectado? Quais são as principais causas? Como é que as causas serão
afectadas pelas políticas?
Deve-se perceber que para os analistas de Políticas Públicas, não basta responder a essas
perguntas, é também necessário trazer informação que permita medir os problemas com dados
concretos.
Construção de alternativas
Quais são as principais alternativas que podem ser consideradas no momento de lidar com o
problema. A ideia é construir ou selecionar o melhor conjunto de soluções para enfrentar o
problema. Podemos ter como exemplo, “se o problema é falta de atenção” na aula poderíamos
ter como soluções, as seguintes opções: introdução de vídeo-aulas, criação de animações
durante a aula, remoção de distrações, etc.
Uma vez criadas/levantadas as possíveis soluções para o problema, neste passo, o objectivo é
criar uma forma para selecionar a melhor opção. Sobre isso os autores apresentam os principais
critérios:
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Economicidade;
Efeitos políticos e administrativos;
Disponibilidade técnica;
Questões éticas;
Impacto ambiental;
Equidade;
Efectividade; e
Eficácia.
Avaliação de alternativas
Com a selecção dos cursos de acção e os critérios em mão, os analistas procuram, nesta fase,
saber qual das soluções irá produzir mais e melhores efeitos (resolver da melhor forma o
problema). Ou seja, a ideia é compreender qual alternativa, combinado com qual critério irá
atingir os objectivos requeridos.
Os autores lembram que os analistas dificilmente um único curso de acção, isto é, para a
solução de um problema muitas vezes os analistas sumarizam as pesquisas e deixam o resto à
cargo dos elaboradores de políticas públicas e dos cidadãos.
Mas isso acontece pelo facto das conclusões dos analistas não serem capazes de cobrir todas
as questões levantadas. Como forma de deixar um ponto de vista, os autores destacam que a
melhor alternativa é sempre aquela que vai de acordo com a realidade que pretende-se aplicar.
Para kraft e furlong existem três tipos de análises de Políticas Públicas: Análise científica,
Análise profissional e a Análise política.
Análise Científica
Esta objectiva a descoberta da verdade e a construção de teorias acerca das acções políticas e
os respectivos efeitos. Esta análise funda-se em todos métodos científicos usados em
academias, tais como: elaboração de hipóteses, foco nos objectivos da análise metódica e a
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política pública não assume maior relevância do que o desenvolvimento do conhecimento da
área. Mas a principal crítica que se apresenta a este modo de análise está no facto desta ser
muito teórica e muitas vezes a sua incapacidade de trazer informação suficiente para os
tomadores de decisão.
Análise profissional
Esta tem como principal objectivo a análise de políticas com o fim de resolver problemas. Neste
tipo de análises faz-se a síntese da pesquisa e das teorias para compreender as consequências
das alternativas. Além disso, esta faz a avaliação dos programas correntes e seus efeitos, outra
característica importante é a objectividade com o objectivo de proporcionar um prático nas
Políticas Públicas. A principal limitação está conectada com o facto destas análises serem feitas
com poucos recursos e com pouco tempo, além disso, é também outra limitação, a negligência
de problemas públicos.
Análise Política
Objectiva suportar determinadas políticas. No que tange as abordagens, esta usa bases legais,
económicas e políticas. Tem como principal limitação as guerras ideológico-partidárias, fraco
grau analítico e baixo nível de objectividade.