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Atualizado em 10/11/2017
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

II- na inatividade:
ESTATUTO DA POLÍCIA a) os militares na reserva remunerada sujeitos à
convocação;
MILITAR DO MARANHÃO b) reformados, por terem sido dispensados
definitivamente da prestação de serviço na ativa,
continuando a perceber remuneração do Estado
PROGRAMA: § 3º - Militares de carreira são os que, no desempenho
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL: 1 Lei nº 6.513/1995 voluntário e permanente do serviço policial-militar, têm
(Estatuto da Polícia Militar do Maranhão). estabilidade assegurada ou presumida.
Art. 3º - O serviço policial-militar consiste no exercício
ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES DA POLÍCIA de atividades inerentes à Policia Militar e compreende
MILITAR DO MARANHÃO todos os encargos previstos na legislação especifica e
peculiar relacionadas com o policiamento ostensivo e
preservação da ordem pública.
LEI Nº 6.513 DE 30 DE NOVEMBRO DE 1995 Art. 4º - A carreira policial-militar é caracterizada por
atividade continua devotada às finalidades da Policia
Militar.
Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais-Militares da Polícia
Militar do Maranhão e da outras providências § 1º - A carreira policial-militar é privativa dos militares
da ativa, inicia-se com ingresso na Policia Militar e
obedece à sequência de graus hierárquicos.
A GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO, § 2º - É privativa de brasileiros natos a carreira de
Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Oficial da Polícia Militar.
Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte Art. 5º - São equivalentes as expressões “Polícia Militar
Lei do Estado do Maranhão” “Polícia Militar do Estado”,
TÍTULO I “Polícia Militar Estadual”, “Polícia Militar do
Maranhão”, “Instituição Policial Militar”, “Instituição
GENERALIDADES
Militar Estadual”, “Organização Policial-Militar”, para
Art. 1º - Esta Lei regula a situação, obrigações, direitos, efeito deste Estatuto.
deveres e prerrogativas dos policiais-militares da Polícia
Art. 6º - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da
Militar do Maranhão.
ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em
Art. 2º - Os integrantes da Polícia Militar constituem a atividade ou em atividade policial militar”, conferidas
categoria de Servidores Públicos Militares do Estado. aos policiais militares no desempenho de cargo,
comissão, encargos, incumbência ou missão, serviço ou
§ 1º - São equivalentes as expressões “servidor público
militar estadual”, “servidor público militar”, “militar”, atividade policial-militar ou considerada de natureza
policial-militar, nas organizações Policiais Militares, bem
“policial militar” e “servidor militar do estado” para fins
como em outros órgãos do Estado, quando previsto em
deste Estatuto.
lei ou regulamento.
§ 2º - Os servidores públicos militares encontram-se em
Art. 7º - A condição jurídica dos servidores públicos
uma das seguintes situações:
militares é definida pelos dispositivos constitucionais
I- na ativa: que lhes forem aplicáveis, pela legislação específica, por
a) os militares de carreira; este Estatuto e pelas leis peculiares que lhes
outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham
b) os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente deveres e obrigações.
durante o tempo que se comprometeram a servir;
c) os componentes da reserva remunerada, quando
convocados;
d) os alunos dos cursos de formação de policiais-
militares.

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CAPÍTULO I IX- Ser habilitado para a direção de veículos automotor,


no mínimo, na categoria "A" ou "B".
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
Art. 10 - O ingresso no Quadro de Oficiais, no posto
Art. 8º - O ingresso na Polícia Militar do Maranhão é
inicial da carreira, será através do Curso de Formação
facultado a todos os brasileiros, sem distinção de raça
de Oficiais da Polícia Militar, no qual serão matriculados
ou crença religiosa, mediante matrícula ou nomeação,
os candidatos aprovados em concurso público.
após aprovação em concurso público de provas e/ou de
provas e títulos. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de Art. 11 - Para ingresso no Quadro de Oficiais de
04/02/2004) Administração (QOA) e de Oficiais Especialistas (QOE),
serão selecionados os Subtenentes, mediante os
Art. 9º - Para a matrícula no estabelecimento de ensino
seguintes critérios:
militar destinados à formação de Oficiais, Sargentos e
Soldados PM, QOPM e QOPM Fem, é necessário que o I- possuir o certificado de conclusão do 2º grau;
candidato satisfaça as seguintes condições:
II- possuir, no mínimo, 18 (dezoito) anos de efetivo
I- ser brasileiro; serviço;
II- ser solteiro; (Revogado pela Lei nº 8.362, de III- contar com, no mínimo, 02 (dois) anos na
29/12/2005) graduação;
III- estar em dia com as obrigações militares e eleitorais; IV- Ser aprovado no Curso de Habilitação de Oficiais de
Administração (CHOA) ou Curso de Habilitação de
IV- possuir até a data limite da inscrição a idade máxima
Oficiais Especialistas (CHOE), respectivamente.
de 30 (trinta) anos; (Redação dada pela Lei Nº 10.680,
de 14 de setembro de 2017) § 1º - Para ser matriculado no Curso de Habilitação de
Oficiais de Administração ou no Curso de Habilitação de
V- ter idoneidade moral;
Oficiais Especialistas é necessário satisfazer os seguintes
VI- ter sanidade física e mental; requisitos básicos:
VII- ter no mínimo 1,65 m de altura, se masculino, e I- estar em pleno desempenho das atividades
1,60 m de altura se do sexo feminino; profissionais;
VIII- ser aprovado em concurso público mediante os II- ser considerado apto em exame de saúde;
seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 7.486, de
III- ser aprovado em exame de aptidão física;
16/12/1999)
IV- possuir conceito profissional;
a) para oficiais PM, será exigido o certificado do 2º Grau
e ser aprovado inclusive nos exames: físico, médico e V- possuir conceito moral;
psicotécnico;
VI- não estar denunciado em processo crime ou
b) para praças PM, o candidato deverá possuir condenado, em sentença transitada em julgado;
certificado de conclusão de 2º Grau e ser aprovado
VII - não estar submetido a Conselho de Disciplina.
inclusive nos exames: físico, médico e psicotécnico
(Redação dada pela Lei nº 7.486, de 16/12/1999) § 2º Dentre os candidatos considerados habilitados,
serão indicados para frequentar o Curso de Habilitação
Ver § 1º do art. 4º da Lei nº 8.449, de 25/08/2006, de Oficiais de Administração ou o Curso de Habilitação
alterado pela Lei nº 8.519, de 30/11/2006 de Oficiais Especialistas, os Subtenentes mais antigos na
LEI Nº 8.519 DE 30 DE NOVEMBRO DE 2006 graduação, de acordo com o número de vagas
estabelecidas para cada curso.
Modifica o § 1º do art. 4º da Lei nº 8.449, de 25 de
agosto de 2006. § 3º Os atos que afetam a honra pessoal, o pundonor
militar e o decoro da classe, a que se refere o conceito
Art. 1º O § 1º do art. 4º da Lei nº 8.449, de 25 de agosto
profissional e o conceito moral, deverão estar
de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:
devidamente comprovados através do devido processo
“§ 1º Para o ingresso no Quadro de Oficiais Capelães legal.
(QOC) será exigida idade mínima de 32 (trinta e dois)
§ 4º Os conceitos profissional e moral serão apreciados
anos, aplicando-se o disposto nos incisos I, III, VI e VII do
pela Comissão de Promoção de Praças PM, através do
art. 9º da Lei nº 6.513, de 30 de novembro de 1995.”
exame da documentação e demais informações
recebidas, observando-se, ainda, o disposto no artigo

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
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40 deste Estatuto. (Redação do art. 11 dada pela Lei nº CAPÍTULO II


8.362, de 29/12/2005)
DA HIERARQUIA, DISCIPLINA E PRECEDÊNCIA
Art. 12 - (Revogado pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
Art. 17 - A hierarquia e a disciplina são as bases
Art. 13 - O ingresso no Quadro de Oficiais de Saúde institucionais da Polícia Militar, sendo que a autoridade
(QOS) será mediante concurso público de provas e/ou e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
de provas e títulos e aprovação inclusive nos exames:
§ 1º - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade
médico, físico e psicotécnico.
em níveis diferentes, observadas a subordinação em
§ 1º - Para ingresso no Quadro a que se refere o caput diversos postos e graduações que constituem a carreira
deste artigo, o candidato deverá possuir, até a data militar.
limite da inscrição, a idade de 35 (trinta e cinco) anos,
I- a ordenação se faz por postos e graduações,
devendo, ainda, preencher as condições exigidas nos
observada a antiguidade no posto ou graduação;
incisos I, III, V e VI do art. 9º desta Lei. (Redação pela Lei
nº 10.131, de 31/07/2014) II- o respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito
de acatamento à sequência da autoridade.
§ 2º - Os candidatos aprovados em concurso a que se
refere este artigo serão submetidos a estágio não § 2º - A disciplina é a rigorosa observância e o
inferior a 90 (noventa) dias, findo o qual serão acatamento integral às leis, regulamentos, normas e
nomeados no posto de 1º Tenente PM Médico, 1º disposições que fundamentem o organismo policial-
Tenente PM Dentista, 1º Tenente PM Veterinário e 1º militar e coordenam o seu funcionamento regular e
Tenente PM Psicólogo, obedecida a rigorosa ordem de harmônico, traduzido pelo perfeito cumprimento do
classificação, no estágio, dentro dos Quadros. (Redação dever por parte de todos e de cada um dos integrantes
dada pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005) da Organização Policial-Militar.
Art. 14 - Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.855, de § 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
31/01/2003) mantidos em todas as circunstâncias, entre militares da
ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 15 - O preenchimento das graduações de 3º
Sargento, Cabos e Soldados ocorrerá da seguinte forma: Art. 18 - Círculos hierárquicos são âmbitos de
convivência entre militares da mesma categoria e têm a
I - o ingresso nas graduações dar-se-á por promoção à
finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem
exceção dos Soldados aos quais se aplica a regra do
em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do
concurso público. (NR) (Redação dada pela Lei nº 9.131,
respeito mútuo.
de 24 de março de 2010)
II- Revogado. (Revogado pela Lei nº 8.362, de
29/12/2005)
III- o preenchimento das demais graduações far-se-á
através de promoções nos termos da legislação
específica. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
31/01/2003)
IV- Revogado. (Revogado pela Lei nº 9.131, de 24 de
março de 2010)
Art. 16. Os candidatos selecionados em concurso
público para o cargo de formação de Soldado
ingressarão na Polícia Militar como aluno, por um
período correspondente a duração do curso. (NR)
(Redação dada pela Lei nº 9.131, de 24 de março de
2010)

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
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Art. 19 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica § 6º - Sempre que o militar da reserva remunerada ou
da Policia Militar estão fixados no quadro e parágrafos reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá
seguintes: fazê-lo mencionando essa situação.

Coronel Art. 20 - A precedência hierárquica é regulada:


CÍRCULO DE OFICIAIS
Tenente Coronel
SUPERIORES I- pelo posto ou graduação;
Major
CÍRCULOS DE
CÍRCULO DE OFICIAIS II- pela antiguidade no posto ou graduação, salvo
OFICIAIS Capitão
INTERMEDIÁRIOS quando ocorrer precedência funcional, estabelecida em
CÍRCULO DE OFICIAIS 1º Tenente lei.
SUBALTERNOS 2º Tenente Art. 21 - A antiguidade no posto ou graduação será
FREQUENTAM O regulada:
CÍRCULO DE OFICIAIS Aspirante-a-Oficial
I- pela data da promoção;
SUBALTERNOS
CÍRCULOS DE II- pela precedência sucessiva dos graus hierárquicos
PRAÇAS EXCEPCIONALMENTE
OU EM REUNIÕES anteriores;
ESPECIAIS
SOCIAIS, TEM Cadete III- pela data do ingresso na Corporação;
ACESSO AO CÍRCULO
DE OFICIAIS . IV- pela data de nascimento.
Subtenente § 1º - Nos casos de nomeação mediante concurso, de
CÍRCULO DE
1º Sargento declaração de Aspirante-a-Oficial, de promoção à
SUBTENENTES E
SARGENTOS
2º Sargento graduação de Terceiro-Sargento e Cabo e de
3º Sargento incorporação de Soldado, prevalecerá, para efeito de
CÍRCULO DE CABOS Cabo e Soldado antiguidade, a ordem de classificação obtida no
E SOLDADOS respectivo curso ou concurso.
CÍRCULO DE EXCEPCIONALMENTE § 2º - Os Aspirantes-a-Oficial formados na Academia de
PRAÇAS OU EM REUNIÕES Polícia Militar do Maranhão e por outras Academias,
Alunos do Curso
SOCIAIS, TEM
de Formação de
para efeito de antiguidade, considerar-se-ão as médias
ACESSO AO CÍRCULO obtidas nos respectivos cursos e a mesma data de
Sargentos
DE SUBTENENTES E declaração de Aspirante-a-Oficial.
SARGENTOS
§ 3º - Em igualdade de posto, ou graduação, os militares
FREQUENTAM O Alunos do Curso
CÍRCULO DE CABOS de Formação de
da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
E SOLDADOS Cabos e Soldados § 4º - Em igualdade de posto ou graduação, a
precedência entre militares da ativa e os da reserva
remunerada, quando convocados, é definida pelo
§ 1º - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido tempo de serviço no posto ou graduação.
por decreto do Governador do Estado e confirmado em
§ 5º A antiguidade no posto ou graduação, para efeito
Carta Patente.
de promoção é o tempo computado dia-a-dia, no
§ 2º - Graduação é o grau hierárquico da praça, exercício de funções policiais militares ou de natureza
conferido por ato do Comandante Geral da Policia policial militar, catalogados nos art. 35 e 36, desta lei.
Militar. (Acrescentado pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
§ 3º - Os Aspirantes-a-Oficial e os Cadetes são
denominados Praças Especiais.
§ 4º - A todos os postos e graduações será acrescida a
designação do seu respectivo quadro.
§ 5º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos
quadros e qualificação serão fixados separadamente
para cada caso, em lei especifica.

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Art. 22 - A precedência entre as praças especiais e as Considerando a necessária celeridade que deve ser
demais praças é assim definida: dada ao serviço público;
I- os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente Considerando, ainda, que a delegação de atribuições
superiores às demais praças; constitui instrumento de descentralização
administrativa,
II- os Cadetes são hierarquicamente superiores aos
Subtenentes; DECRETA:
III- os Alunos do Curso de Formação de Sargentos, têm Art. 1º Fica delegada competência aos Comandantes da
precedência sobre os Cabos; Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar para
expedir atos administrativos para o provimento de
IV- os Alunos do Curso de Formação de Cabos têm
cargos privativos de Oficiais e Praças das respectivas
precedência sobre os demais Soldados.
Corporações.
Art. 23 - A Polícia Militar manterá um registro de todos
os dados referentes ao pessoal da ativa e da reserva
remunerada dentro dos respectivos quadros e escalas Art. 27 - O cargo policial-militar é considerado vago a
numéricas. partir de sua criação e até que um policial-militar tome
Art. 24 - Os Cadetes são declarados Aspirantes-a-Oficial posse ou desde o momento em que o policial-militar
pelo Comandante-Geral da Polícia Militar do Maranhão, exonerado que foi dispensado o deixe, até que outro
observado o disposto no parágrafo 2º do art. 19 desta policial-militar tome posse.
Lei. Parágrafo único - Consideram-se também vagos os
CAPÍTULO III cargos policiais-militares cujo os ocupantes:

DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAL MILITAR a) tenham falecido;

Art. 25 - Cargo policial-militar é aquele criado por lei, e b) tenham sido considerado extraviados;
que só pode ser exercido por policial-militar em serviço c) tenham sido considerados desertores.
ativo.
§ 1º - O cargo policial militar a que se refere este artigo
Art. 28 - Função policial-militar é o exercício das
é o que se encontra especificado nos Quadros de
atividades e obrigações inerentes ao cargo policial-
Organização, caracterizado ou definido como tal em
militar.
outras disposições legais..
Art. 29 - Dentro de uma mesma Organização Policial-
§ 2º - A cada cargo policial-militar correspondente um
Militar, a sequência de substituições, bem como as
conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades
normas, atribuições e responsabilidades são
que constituem obrigações do respectivo titular.
estabelecidas na legislação peculiar, respeitadas a
§ 3º - Os cargos policiais-militares devem ser exercidos precedência e qualificação exigidas para o exercício da
por policiais-militares de grau hierárquico compatível função.
com as exigências e atribuições inerentes ao cargo.
Art. 30 - As obrigações que, pela generalidade,
Art. 26 - O provimento de cargo policial militar será por peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não sejam
ato de nomeação do Governador do Estado. (Redação catalogadas como posições titulares em Quadro de
dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003) Organização ou dispositivo legal, são cumpridas como
“Encargo”, “Incumbência”, “Serviço”, “Atividade
Ver Decreto nº 22.708, de 27/11/2006:
Policial-Militar” ou de “Natureza Policial-Militar”.
DECRETO Nº 22.708 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2006
Art. 31 - O Comandante-Geral da Polícia Militar será
Dispõe sobre delegação de competência aos nomeado pelo Governador do Estado, escolhido dentre
Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Oficiais da ativa do último posto do Quadro de
Bombeiros Militar. Combatentes, obedecido também o que estabelece a
O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO, no uso legislação federal em vigor.
das atribuições que lhe conferem os incisos III e V do
art. 64 da Constituição Estadual; e o art. 26 da Lei nº
6.513, de 30 de novembro de 1995 e suas alterações, e

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Art. 32 - O Cargo de Chefe do Estado-Maior, exercido V- Auditoria da Justiça Militar;


cumulativamente com funções de Subcomandante, e o
VI- Diretor-Geral do Departamento Estadual de Trânsito
cargo de Subchefe do Estado-Maior serão exercidos
- DETRAN; (Inciso VI inserido pela Lei nº 7.572, de
obrigatoriamente por Coronéis QOPM da ativa da
07/12/2000)
Corporação, nomeados pelo Governador do Estado.
VII- no Centro Integrado de Operações de Segurança,
Art. 33 - O servidor militar poderá encontrar-se, em
nos Centros Integrados de Defesa Social, na Supervisão
relação ao cargo, nas seguintes situações:
de Polícia Comunitária, na Corregedoria do Sistema de
I- Efetivo - é a situação do militar nomeado ou Segurança Pública, na Academia Integrada de
designado para exercer um cargo, quando satisfaz aos Segurança Pública, no Centro de Inteligência de
requisitos do grau hierárquico, do quadro e da Segurança Pública e no Gabinete de Dirigente de
especialização; Gerenciamento de Crise. (Inciso VII inserido pela Lei nº
7.855 de 31/01/2003)
II- Interino - é a situação do militar quando
desempenha as obrigações do cargo e sem satisfazer VIII- Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
aos requisitos previstos no inciso anterior. do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão; (Inciso
VIII inserido pela Lei nº 8.229, de 25/04/2005)
Art. 34 - Na falta de militar qualificado para a função,
poderá ser designado para o exercício da mesma outro IX- Secretaria-Adjunta de Modernização Institucional da
militar de posto ou graduação inferior, obedecida a Secretaria de Estado da Segurança Cidadã.
precedência hierárquica. (Acrescentado pela Lei n° 8.714 de 19/11/2007)
Art. 35 - São considerados no exercício de função X - Diretoria de Segurança Institucional do Tribunal de
policial-militar, os militares da ativa que se encontrarem Justiça do Maranhão.
nas seguintes situações:
§ 1º - Os policiais-militares da ativa só poderão ser
I- os policiais-militares que se encontrarem no exercício nomeados ou designados para exercerem cargos ou
de funções previstas no Quadro de Organização da função nos órgãos constantes dos incisos I a V deste
Polícia Militar; artigo, na conformidade das vagas previstas para o
pessoal PM nos Quadros de Organização dos
II- os de Instrutor ou aluno de estabelecimento de
respectivos órgãos. (Redação dada pela Lei nº 7.572, de
ensino das Forças Armadas ou de outras corporações
07/12/2000)
militares no País ou no exterior;
§ 2º - Compete ao Chefe do Poder Executivo nomear ou
III- os de Instrutor ou aluno de outros estabelecimentos
designar policial-militar nos casos previstos neste
de ensino, de interesse da Polícia Militar, assim
artigo.
reconhecido pelo Comandante-Geral;
Art. 37 - Os policiais-militares da ativa, enquanto
IV- colocados à disposição:
nomeados ou designados para exercerem cargo ou
a) dos Gabinetes da Presidência e da Vice-Presidência função em qualquer dos órgãos relacionados no art. 36,
da República; não poderão passar à disposição de outro órgão.
b) do Estado-Maior das Forças Armadas; Art. 38 - Os policiais militares, nomeados para função
c) da Secretaria de Assuntos Estratégicos; ou cargo não catalogados nos arts. 35 e 36 desta Lei,
bem como os excedentes às vagas existentes nos
d) de órgãos de inteligência de outras Policias Militares. quadros de organização, serão considerados no
Art. 36 - São ainda considerados no exercício de função exercício de função de natureza civil. (Redação dada
policial-militar ou de natureza policial-militar, ou ainda pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
de interesse policial-militar, os militares da ativa
nomeados ou designados para:
I- assessoria militar do Governador e gabinete do Vice-
Governador;
II- gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa;
III- gabinete do Presidente do Tribunal de Justiça;
IV- a Secretaria de Estado da Segurança Cidadã (NR);

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
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TÍTULO II VIII- ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua


linguagem escrita e falada;
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES DOS POLICIAIS
MILITARES IX- abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de
maneira sigilosa, assuntos relativos à Segurança
Nacional;
CAPÍTULO I
X- acatar as autoridades civis;
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS MILITARES
XI- cumprir seus deveres de cidadão;
SEÇÃO I
XII- proceder de maneira ilibada na vida pública e
Do Valor Policial Militar particular;
Art. 39 - São manifestações essenciais do valor policial XIII- observar as normas de boa educação;
militar:
XIV- garantir assistência moral e material ao seu lar e
I- o sentimento de servir à comunidade, traduzido pela conduzir-se como chefe de família modelar;
vontade inabalável de cumprir o dever e pelo integral
XV- conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na
devotamento à preservação da ordem pública, mesmo
inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
com o risco da própria vida;
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-
II- o civismo e o culto às tradições históricas; militar;
III- a fé na elevada missão da Polícia Militar; XVI- abster-se de fazer uso do posto ou graduação para
IV- o espírito de corpo, o orgulho do militar pela obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
organização militar onde serve; encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

V- o amor à profissão militar e o entusiasmo com que é XVII- abster-se o policial-militar na inatividade do uso
exercida; e das designações hierárquicas quando:

VI- o aprimoramento técnico-profissional. a) em atividades político-partidárias;

SEÇÃO II b) em atividades comerciais;

Das Obrigações e da Ética Policial-Militar c) em atividades industriais;

Art. 40 - O sentimento do dever, a dignidade policial- d) discutir ou provocar discussões pela imprensa a
militar e do decoro da classe impõem, a cada um dos respeito de assuntos políticos ou policiais-militares,
integrantes da Polícia Militar, conduta moral e excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica,
profissional irrepreensíveis, com observância dos se devidamente autorizado;
seguintes preceitos da ética policial-militar: e) no exercício de funções de natureza não policial-
I- amar a verdade e a responsabilidade como militar, mesmo oficiais;
fundamentos da dignidade pessoal; XVIII - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada
II- exercer com autoridade, eficiência e probidade as um dos seus integrantes, obedecendo e fazendo
funções que lhe couberem em decorrência do cargo; obedecer aos preceitos da ética policial-militar.

III- respeitar a dignidade da pessoa humana; Art. 41 - Ao policial-militar da ativa, ressalvado o


disposto no § 2º deste artigo é vedado comerciar ou
IV- cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as tomar parte na administração ou gerência de sociedade
instruções e as ordens da autoridades competentes; ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista
V- ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de
apreciação do mérito dos subordinados; responsabilidade limitada.

VI- zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico § 1º - Os policiais-militares na reserva remunerada,
e, também, pelos subordinados, tendo em vista o quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas
cumprimento da missão comum; organizações policiais-militares e nas repartições
públicas civis, dos interesses de organizações ou
VII- praticar a camaradagem e desenvolver empresas privadas de qualquer natureza.
permanentemente o espírito de cooperação;

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

§ 2º - Os policiais-militares da ativa podem exercer, preservação da ordem pública e à segurança da


diretamente, a gestão de seus bens, desde que não comunidade, mesmo com o risco da própria vida.”
infrinjam o disposto no presente artigo.
Art. 46 - O compromisso de Aspirante-a-Oficial PM será
§ 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional prestado de acordo com o estabelecimento de ensino e
dos integrantes do Quadro de Saúde, é lhes permitido o obedecerá aos seguintes dizeres: “Ao ser declarado
exercício da atividade técnico-profissional no meio civil, Aspirante-a-Oficial da Polícia Militar do Maranhão,
desde que tal pratica não prejudique o serviço. assumo o compromisso de cumprir rigorosamente as
ordens das autoridades a que estiver subordinado e
Art. 42 - O Comandante-Geral da Polícia Militar poderá
dedicar-me inteiramente ao serviço policial-militar, à
determinar aos policiais militares da ativa que, no
preservação da ordem pública e à segurança da
interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos,
comunidade, mesmo com sacrifício da própria vida”.
informem sobre origem e natureza dos seus bens,
sempre que houver razões que recomendem tal Art. 47 - Ao ser promovido ao primeiro posto, o PM
medida. prestará o compromisso, em solenidade e
especialmente programada, de acordo com os
seguintes dizeres: “Perante a Bandeira do Brasil e pela
CAPÍTULO II minha honra, prometo cumprir os deveres de oficial da
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES Polícia Militar do Maranhão e dedicar-me inteiramente
ao seu serviço”.
Art. 43 - Os deveres policiais-militares emanam de
vínculos racionais e morais que ligam o policial-militar à SEÇÃO II
comunidade estadual e à sua segurança, e Do Comando e da Subordinação
compreendem, essencialmente:
Art. 48 - O Comando é a soma de autoridade, deveres e
I- a dedicação integral ao serviço policial-militar e a responsabilidades de que o militar é investido
fidelidade à instituição a que pertence, mesmo com o legalmente, quando conduz homens ou dirige uma
sacrifício da própria vida; Organização Policial-Militar. O Comando é vinculado ao
II- o culto aos símbolos nacionais; grau hierárquico e constitui uma prerrogativa
impessoal, em cujo exercício o policial-militar se define
III- a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; e se caracteriza como chefe.
IV- a disciplina e o respeito à hierarquia; Parágrafo único - Aplica-se à direção e à chefia de
V- o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; Organização Policial-Militar, no que couber, o
estabelecido para o Comando.
VI- a obrigação de tratar o subordinado dignamente e
com urbanidade. Art. 49 - A subordinação não afeta, de modo algum, a
dignidade pessoal do militar e decorre, exclusivamente,
SEÇÃO I da estrutura hierárquica da Polícia Militar.
Do Compromisso Policial-Militar Art. 50 - O oficial é preparado ao longo da carreira para
Art. 44 - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar, o exercício do comando, da chefia e da direção das
prestará compromisso de honra, no qual firmará a sua Organizações Policiais-Militares.
aceitação consciente das obrigações e dos deveres Art. 51 - Os subtenentes e sargentos auxiliam e
policiais-militares. complementam as atividades dos oficiais, quer no
Art. 45 - O compromisso de que trata o artigo anterior adestramento e no emprego dos meios, quer na
terá caráter solene e será prestado na presença da instrução e na administração ou na execução de
tropa, tão logo o militar tenha adquirido o grau de atividades de Polícia Ostensiva.
conhecimento compatível com o perfeito entendimento Art. 52 - Os cabos e soldados são essencialmente os
de seus deveres como integrante da Polícia Militar, elementos de execução e deverão pautar-se pelo
proferindo o seguinte dizeres: “Ao ingressar na Polícia conhecimento das normas necessárias à execução dos
Militar do Maranhão, prometo regular minha conduta serviços e das missões que lhes forem atribuídas.
pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as
ordens das autoridades a que estiver subordinado e
dedicar-me inteiramente ao serviço policial-militar, à

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Art. 53 - Às praças especiais cabe a rigorosa observância § 3º O policial militar poderá ser transferido por
das prescrições dos regulamentos que lhes sejam conveniência da disciplina, quando da solução ou
pertinentes, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao homologação de Sindicância, Inquérito Policial Militar,
estudo e ao aprendizado técnico-profissional. Conselho de Justificação, Conselho de Disciplina ou
condenação judicial transitada em julgado. (§ 3º
Art. 54 - Cabe ao policial-militar a responsabilidade
acrescentado pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que
emitir e pelos atos que praticar. Seção I
CAPÍTULO III Dos Crimes Militares
DA VIOLAÇÃO DOS DEVERES E DAS OBRIGAÇÕES Art. 58 - Enquanto o Estado do Maranhão não dispuser
de Tribunal Militar, a Auditoria da Justiça Militar
Art. 55 - A violação dos deveres e das obrigações
Estadual é o órgão competente para processar e julgar
policiais-militares constituirá crime ou transgressão
os militares estaduais, nos crimes definidos em leis
disciplinar conforme dispuser a legislação ou
como militares, tendo o Tribunal de Justiça do Estado
regulamentos específicos.
como órgão para julgar em segunda instância.
§ 1º - A violação dos preceitos da ética policial - militar é
Parágrafo único - Aplicam-se aos militares estaduais, no
tão mais grave quanto mais elevado for o grau
que couber, as disposições estabelecidas no Código
hierárquico de quem cometer.
Penal Militar, no Código de Processo Penal Militar, na
§ 2º - No concurso de crime militar e de transgressão Lei de Organização Judiciária Militar e Lei de
disciplinar será aplicada somente a pena relativa ao Organização Judiciária do Estado.
crime.
Seção II
Art. 56 - A inobservância dos deveres especificados nas
Das Transgressões Disciplinares
leis e regulamentos ou falta de exação no cumprimento
dos mesmos acarreta para o policial - militar Art. 59 - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
responsabilidades funcional disciplinar ou penal, especificará as transgressões disciplinares e
consoante a legislação específica. estabelecerá as normas relativas à amplitude e
aplicação das penas disciplinares, à classificação do
Parágrafo único - A apuração da responsabilidade
comportamento dos policiais-militares e à interposição
funcional, disciplinar ou penal, poderá concluir pela
de recursos contra as penas disciplinares.
incompatibilidade do policial - militar com o cargo ou
pela incapacidade para o exercício da função policial - § 1º - As penas disciplinares de detenção ou prisão não
militar a ele inerente, caso em que será afastado do podem ultrapassar trinta dias.
cargo ou da função.
§ 2º - Ao cadete PM aplicam-se também as disposições
Art. 57 - O policial militar que, por sua atuação, se disciplinares previstas no estabelecimento de ensino
tornar incompatível com o cargo ou demonstrar em que estiver matriculado.
incapacidade no desempenho das funções policiais
Seção III
militares a ele inerentes, será afastado do cargo ou da
função. (Redação do art. 57 dada pela Lei nº 7.855, de Dos Conselhos de Justificação e Disciplina
31/01/2003) Art. 60 - O oficial presumivelmente incapaz de
§ 1º - São competentes para determinar o imediato permanecer como policial - militar da ativa será
afastamento do cargo ou o impedimento do exercício submetido a Conselho de Justificação na forma prevista
da função: na legislação específica e peculiar.
a) o Governador do Estado; § 1º - O oficial, ao ser submetido a Conselho de
Justificação, será automaticamente afastado do
b) o Gerente de Estado de Segurança Pública;
exercício de suas funções, conforme estabelecido na lei
c) o Comandante Geral da Polícia Militar. específica e peculiar.
§ 2º - O policial militar afastado do cargo ficará privado § 2º - Compete ao Tribunal de Justiça do Estado julgar
do exercício de qualquer função policial militar, até a os processos oriundos dos Conselhos de Justificação, na
solução final do processo ou das providências legais que forma da lei peculiar.
couberem no caso.

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

§ 3º - O Conselho de Justificação também poderá ser c) a ocupação de cargo ou função correspondente ao


aplicado aos oficiais da reserva remunerada e posto ou graduação;
reformados.
d) a percepção de remuneração;
e) outros direitos previstos nesta Lei;
Art. 61 - O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as praças
f) a pensão por morte, aos seus dependentes, de
com estabilidade assegurada, presumivelmente
acordo com o estabelecido em Lei; (Redação dada pela
incapazes de permanecerem como policiais-militares da
Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
ativa, serão submetidos a Conselho de Disciplina, na
forma da legislação específica e peculiar. g) a promoção, na forma da legislação própria;
§ 1º - O Aspirante-a-Oficial PM e as praças com h) a transferência para a reserva remunerada, a pedido,
estabilidade assegurada, ao serem submetidas a se contar com 30 (trinta) anos de contribuição, se do
Conselho de Disciplina, serão afastados das atividades sexo masculino, e 25 (vinte e cinco) anos de
que estiverem exercendo. contribuição, se do sexo feminino. (Redação dada pela
Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
§ 2º - Compete ao Conselho Superior de Polícia julgar,
em última instância, os processos oriundos dos i) as férias, ou afastamentos temporários de serviço;
conselhos de Disciplina, convocados no âmbito da j) a demissão e o licenciamento voluntário;
Corporação (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
31/01/2003) l) o porte de arma, quando oficial, salvo quando se
tratar de oficial reformado por alienação mental ou
§ 3º - O Conselho de Disciplina também poderá ser condenado por crime contra a Segurança Nacional, ou
aplicado às praças da reserva remunerada e por atividade que desaconselhe o porte;
reformados.
m) o porte de arma, pelas praças, com as restrições
impostas palas normas do Comando - Geral;
TÍTULO III n) a assistência jurídica, quando a infração penal for
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS praticada em ato de serviço;
MILITARES o) gratificação natalina.
p) garantia de vaga para seus filhos no Colégio Militar,
CAPÍTULO I caso seja promovido pelo critério post mortem.
(Acrescido pela Lei nº 10.497, de 19 de julho de 2016)
DOS DIREITOS
Art. 63 - O Servidor militar que se julgar prejudicado ou
Art. 62 - São direitos dos policiais - militares:
ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar
I- garantia da patente em toda sua plenitude, com as de superior hierárquico poderá recorrer ou interpor
vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, pedido de reconsideração, queixa ou representação,
quando oficial; segundo legislação vigente na Corporação.
II- os proventos calculados com base no soldo integral § 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa
do posto ou graduação que possuir quando da prescreverá:
transferência para a inatividade remunerada, se contar
I- em 30 (trinta) dias a contar do recebimento da
com 30 (trinta) anos de contribuição, se do sexo
comunicação oficial, quando se tratar de composição de
masculino, e 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se
Quadro de Acesso para promoção;
do sexo feminino. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de
04/02/2004) II- em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais
casos.
III- nas condições ou nas limitações impostas pela
legislação e regulamentação específica e peculiar: § 2º - O pedido de reconsideração, a queixa a
representação não podem ser feitos coletivamente.
a) a estabilidade, quando praças, com 5 anos de efetivo
exercício. (NR) (Redação dada pela Lei nº 9.131, de 24 § 3º - O militar da ativa que se dirigir ao Poder Judiciário
de março de 2010) deverá comunicar, antecipadamente, esta iniciativa à
autoridade a que estiver subordinado.
b) o uso das designações hierárquicas;

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Art. 64 - São alistáveis, como eleitores, todos os Parágrafo único - No que se refere o inciso V deste
policiais-militares. artigo, só terão direitos os Cadetes, Cabos e soldados.
(Revogado pela Lei nº 8.591, de 27.04.2007)
§ 1º - Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas às
seguintes condições: Art. 70 - (Revogado pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
I- se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, deverá Art. 71 - Os vencimentos dos militares são irredutíveis e
afastar-se da atividade. não estão sujeitos à penhora, sequestro ou arresto,
exceto nos casos previstos em lei. (Revogado pela Lei nº
II- se contar mais de 10 (dez) anos de serviço, será
8.591, de 27.04.2007)
agregado pela autoridade superior, e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a Art. 72 - Revogado. (Revogado pela Lei nº. 8.591, de
inatividade. 27.04.2007).
III- no caso dos incisos I e II, suspende-se o pagamento Art. 73 - Os proventos da inatividade serão revistos em
das gratificações e indenizações, exceto aquelas a que conformidade com a Constituição Federal. (Redação
se referem os inciso I e IV do art. 67 desta lei. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
dada pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
Art. 74 - Revogado. (Revogado pela Lei nº. 7.356 de
§ 2º - O militar, enquanto em atividade, não pode estar 29/12/1998)
filiado a partido político.
Art. 75 - Revogado. (Revogado pela Lei nº. 8.591, de
§ 3º - Ao militar são proibidas a sindicalização e greve. 27/04/2007).
Art. 76 - Vetado.
SEÇÃO I SEÇÃO II
Da Remuneração Da Promoção
Art. 65 - O policial militar da ativa será remunerado por Art. 77 - O acesso a hierarquia militar é seletiva, gradual
subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo e sucessiva, e será feita mediante promoções, de
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, conformidade com a legislação pertinente, de modo a
verba de representação ou outra espécie obter-se um fluxo regular e equilibrado.
remuneratória. (redação dada pela Lei nº 8.591 de
§ 1º - O planejamento da carreira dos oficiais e das
27.04.2007).
praças, obedecida a legislação pertinente a que se
Art. 66 - Revogado. (Revogado pela Lei nº. 8.591, de refere este artigo, é atribuição do Comando-Geral da
27.04.2007). polícia Militar.
Art. 66-A - O policial-militar inativo receberá proventos. § 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como
finalidade básica a seleção dos militares para o
Art. 67 - Revogado. (Revogado pela Lei nº. 8.591, de
exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico
27.04.2007).
superior.
Art. 68 - Revogado. (Revogado pela Lei nº. 8.591, de
Art. 78 - As promoções serão efetuadas pelos critérios
27.04.2007).
de antiguidade, merecimento, tempo de serviço, por
Art. 69 - Além do subsídio os policiais militares têm bravura e “post mortem”, mediante ato do Governador
direito às seguintes verbas indenizatórias: (Redação do Estado para Oficiais e do Secretário de Estado da
dada pela Lei nº 8.591, de 27.04.2007) Segurança Pública para praças. (NR) (Redação dada pela
I - diárias; Lei nº 9.131, de 24 de março de 2010)
II - ajuda de custo; § 1º - Em casos extraordinários poderá haver promoção
em ressarcimento de preterição.
III - ajuda de curso;
IV - salário-família; § 2º - A promoção do militar em ressarcimento de
preterição será feita segundo os princípio de
V - fardamento; antiguidade e merecimento, recebendo ele o número
VI - adicional de férias; que lhe competir na escala hierárquica, como se
VII - retribuição por exercício em local de difícil houvesse sido promovido na época devida, pelo
provimento. (NR) princípio em que ora é feita sua promoção.

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

§ 3º - É nulo de pleno direito as promoções ocorridas Art. 84 - Os militares têm direito aos seguintes períodos
em desacordo com a legislação vigente. (Acrescentado de afastamento total do serviço e instrução, obedecidas
pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003) as disposições legais e regulamentares, por motivo de:
§ 4º - Os Praças, além dos critérios de promoção I- núpcias, 08 (oito) dias;
constantes do caput deste artigo, também concorrerão
II- luto, 08 (oito) dias, em decorrência de falecimento do
às promoções por tempo de serviço. (Acrescentado pela
cônjuge ou companheiro, pais, madrasta, padrasto, pais
Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
adotivos, filhos, menor sob guarda ou tutela e irmãos:
§ 5º - As promoções “post-mortem” ou no período em
III- trânsito, até 30 (trinta) dias;
que o militar estiver na reserva ou reformado, não
produzirão efeitos financeiros. (Acrescentado pela Lei IV- instalação, até 10 (dez) dias.
nº 8.362, de 29/12/2005) § 1º - O afastamento do serviço por motivo de núpcias
Art. 79 - Não haverá promoção de policial-militar por ou luto será concedido desde comprovado, prévia ou
ocasião de sua transferência para a reserva remunerada posteriormente, à autoridade a que estiver subordinado
ou por ocasião de sua reforma. o mediante documento oficial, conforme o caso.
SEÇÃO III § 2º - Trânsito é o período de afastamento total do
serviço concedido ao militar cuja movimentação
Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do
implique, obrigatoriamente, mudança de sede, e
Serviço
destina-se aos preparativos decorrentes da mudança.
Art. 80 - O militar gozará por ano, obrigatoriamente, 30
§ 3º - Instalação é o período de afastamento total do
(trinta) dias consecutivos de férias remuneradas,
serviço concedido ao militar, após o término do
observada a escala previamente organizada.
trânsito, quando de sua apresentação na Organização
§ 1º - Somente após os doze primeiros meses de efetivo Policial-Militar para onde foi transferido.
exercício adquirirá o militar direito às férias.
Art. 85 - As férias e outros afastamentos mencionados
§ 2º - Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar nesta seção são concedidas com remuneração total
a normatização da concessão de férias anuais. prevista na legislação peculiar e computados como
tempo de ativo serviço para todos os efetivos legais.
§ 3º - A concessão das férias não é prejudicada pelo
gozo anterior de licença para tratamento de saúde e de SEÇÃO IV
licença-prêmio.
Do Salário-Família
§ 4º - Somente em caso de declaração de guerra, estado
Art. 86 - Salário-família é o auxílio pecuniário especial
de sítio, estado de defesa, grave perturbação da ordem
concedido pelo Estado ao militar ativo ou em
pública e extrema necessidade do serviço, os militares
disponibilidade e ao inativo, como contribuição para as
terão interrompido ou deixarão de gozar, na época
despesas de manutenção de seus dependentes, de
prevista, o período de férias a que têm direito,
acordo com valor fixado em lei.
registrado o fato em seus assentamentos.
Art. 87 - Consideram-se dependentes econômicos para
§ 5º - Independente de solicitação, será pago ao militar,
efeito de percepção do salário-família:
por ocasião das férias um adicional correspondente a
1/3 (um terço) da remuneração do período de férias. I- o cônjuge ou companheiro(a);
Art. 81 - Durante as férias o militar terá direito a todas II- os filhos, inclusive os enteados e adotivos até 21
as vantagens do seu cargo. (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24
(vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
Art. 82 - Só é permitida a acumulação de férias até o
máximo de dois anos, no caso de imperiosa necessidade III- a mãe e o pai sem economia própria.
de serviço.
Art. 83 - O pagamento da remuneração das férias será § 1º - O militar que não possuir os dependentes
efetuado no mês antecedente ao gozo das mesmas. referidos no inciso II poderá perceber o salário-família
§ 1º - Vetado ao menor que, mediante autorização judicial, viver sob
sua guarda e sustento, até o limite máximo de duas
§ 2º - Vetado
cotas.

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

§ 2º - Em se tratando de órfão parente até 3º (terceiro) § 1º - A Licença-prêmio tem a duração de 03 (três)


grau, que mediante autorização judicial viver sob a meses, gozada de uma só vez, a cada quinquênio de
guarda e sustento do militar, não haverá limite de cotas serviço prestado, quando solicitado pelo interessado.
nem concorrência com os dependentes referidos no
§ 2º - O período de licença-prêmio não interrompe a
inciso II.
contagem de tempo de serviço, nem será prejudicada
Art. 88 - Não se configura a dependência econômica pelo gozo anterior de qualquer licença, bem como não
quando o beneficiário do salário-família perceber anula o direito àquelas licenças, exceto a licença
rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, prevista no item II do art. 92.
inclusive pensão ou proventos da aposentadoria, em
§ 3º - Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.356, de
valor igual ou superior ao salário mínimo.
29/12/1998).
Art. 89 - Quando pai e mãe forem policiais-militares e
§ 4º - Uma vez concedida a licença-prêmio, o militar
viverem em comum, o salário será pago a um deles;
ficará à disposição do órgão de pessoal da Corporação,
quando separados, será pago a um e outro de acordo
sem prejuízo de sua remuneração.
com a distribuição de dependentes.
Art. 94 - Licença para tratamento de saúde em pessoa
Parágrafo único - Ao pai e a mãe equiparam-se o
da família é a autorização para afastamento total do
padrasto, a madrasta e, na falta destes, os
serviço, e é concedida ao militar que a requerer, com a
representantes legais dos incapazes.
finalidade de acompanhar seus dependentes em
Art. 90 - O salário-família não está sujeito a qualquer tratamento de saúde.
tributo, nem servirá de base a contribuição
Parágrafo único - A licença de que trata este artigo não
previdenciária.
poderá exceder de 06 (seis) meses e será concedida
Art. 91 - Não será percebido o salário-família nos casos com os vencimentos e vantagens percebidos à data de
em que o militar deixar de receber o respectivo soldo sua concessão até 03 (três) meses, sofrendo, se
ou provento. superior a tal período, o desconto de um terço.
(Redação dada pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
SEÇÃO V
Art. 95 - Licença para tratar de interesse particular é a
Das Licenças
autorização para afastamento total do serviço,
Art. 92 - Licença é a autorização para o afastamento concedida ao militar com mais de 10 (dez) anos de
total do serviço em caráter temporário, concedida ao efetivo serviço que a requerer, com finalidade de tratar
militar, obedecidas as disposições legais e de assuntos particulares, e será sempre concedida com
regulamentares. prejuízo da remuneração e o do tempo de serviço, não
§ 1º - A licença pode ser: podendo, exceder a 02 (dois) anos.

I- licença-prêmio; Art. 96 - Licença para tratamento de saúde é a


autorização para o afastamento total do serviço e da
II- para tratamento de saúde em pessoa da família; instrução concedida ao militar que for julgado, pela
III- para tratar de interesse particular; Junta Militar de Saúde, incapaz temporariamente para o
serviço ativo.
IV- para tratamento de saúde;
Art. 97 - A licença-maternidade será concedida pelo
V- à gestante; prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da
VI- paternidade. remuneração. (Alterado pela Lei nº 10.464, de 7 de
junho de 2016)
§ 2º - A remuneração do militar, quando em gozo das
licenças previstas no parágrafo anterior, será regulada Parágrafo único. À militar estadual que adotar ou
pela legislação peculiar. (Ver Lei nº 7.847, de obtiver guarda judicial para fins de adoção serão
16/12/1999. concedidos cento 180 (cento e oitenta) dias de licença
remunerada, a partir da adoção ou concessão da
Art. 93 - Licença-prêmio é a autorização para
guarda, independentemente da idade da criança.
afastamento total do serviço, relativa a cada
quinquênio de tempo de efetivo serviço prestado,
concedida ao militar que a requerer, sem que implique
qualquer restrição para a sua carreira e remuneração.

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Art. 98 - A licença-prêmio, a licença-paternidade e a § 3º - Se durante o processo em julgamento no foro


licença para tratar de interesse particular poderão ser comum houver perigo de vida para qualquer preso
interrompidas: policial-militar, o Comandante da OPM da área
providenciará os entendimentos com autoridade
a) em caso de mobilização, estado de defesa, grave
judiciária, visando guardar o fórum por força policial-
perturbação da ordem pública, estado de sítio e
militar, a fim de assegurar ação de justiça e preservar a
intervenção federal;
vida do preso.
b) para cumprimento de sentença que importe
Art. 101- Os servidores militares da ativa são
restrição da liberdade individual;
dispensados do corpo de jurados da justiça comum e do
c) para cumprimento de punição disciplinar; serviço da Justiça Eleitoral.
d) em caso de denúncia, pronúncia em processo SEÇÃO ÚNICA
criminal ou indiciação em inquérito, a juízo da Do Uso dos Uniformes
autoridade que efetivar a pronúncia ou a indiciação.
Art. 102 - Os uniformes da Polícia Militar, com seus
§ 1º - A interrupção da licença para tratamento de distintivos, insígnias e emblemas são privativos dos
saúde em pessoa da família será regulada pelo policiais-militares e representam o símbolo da
Comandante-Geral. autoridade policial-militar com prerrogativas que lhes
§ 2º A concessão de licença-prêmio e de licença para são inerentes.
tratar de interesse particular será regulada por Decreto. Parágrafo único - Constitui crime o desrespeito aos
(Alterado pela Lei nº 10.464, de 7 de junho de 2016) uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares,
CAPÍTULO II bem como o uso por quem a eles não tem direito.

DAS PRERROGATIVAS Art. 103 - O uso dos uniformes bem como dos
distintivos, insígnias e emblemas, e ainda modelos,
Art. 99 - As prerrogativas dos policiais-militares são descrição, composição, peças, acessórios e outras
constituídas pelas honras, de dignidade e distinção disposições, são estabelecidas em regulamento
devidas aos graus hierárquicos e cargos, e são assim peculiar.
especificados:
§ 1º- É proibido ao policial-militar o uso de uniforme:
I- uso de títulos, uniforme, distintivos, insígnias e
emblemas militares da Polícia Militar, correspondentes I- em reuniões, propaganda ou qualquer outra
ao posto ou graduação; manifestação de caráter político-partidário;

II- honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes II- na inatividade, salvo para comparecer a solenidade
sejam assegurados em leis e regulamentos; militar e quando autorizado, às cerimônias cívicas e
comemorativas de datas nacionais ou atos sociais
III- cumprimento de pena privativa da liberdade solenes de caráter particular;
somente em Organização Policial Militar, cujo
comandante, chefe ou diretor tenha precedência III- no estrangeiro, quando em atividades não
hierárquica sobre o apenado; relacionadas com a missão do militar, salvo quando
expressamente determinado ou autorizado.
IV- julgamento em foro especial, nos crimes militares.
§ 2º - Os militares da inatividade, cuja conduta possa
Art. 100 - O policial-militar só poderá ser preso por ser considerada ofensiva à dignidade da classe, poderão
autoridade policial em caso de flagrante delito. ser definitivamente proibidos de usar uniformes, por
§ 1º - Quando se der o caso previsto neste artigo, o decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar.
militar só poderá ser detido na delegacia ou posto Art. 104 - O militar fardado tem as obrigações,
policial durante o tempo necessário à lavratura do correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos,
flagrante, imediatamente apresentado à autoridade emblemas e outras insígnias que ostentar.
militar mais próxima.
Art. 105 - É vedado a qualquer cidadão civil ou
§ 2º - Cabe ao Comandante-Geral da Polícia Militar a organização civil usar uniforme ou ostentar distintivos,
iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que equipamentos, insígnias ou emblemas que possam ser
não cumprir o disposto neste artigo ou que maltratar ou confundidos com os adotados na Polícia Militar do
consentir que seja maltratado qualquer preso policial- Maranhão.
militar ou que não lhe der o tratamento devido ao seu
posto ou graduação.

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO - PM-MA
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

TÍTULO IV n) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício


de posto ou graduação, prevista no Código Penal
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
Militar;
o) ter sido nomeado para cargo em comissão, emprego
CAPÍTULO I ou função pública temporária, não-eletiva, ainda que da
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS administração indireta;

SEÇÃO I p) afastar-se das funções policiais militares para


integrar, exclusivamente, diretoria de entidade
Da Agregação representativa de classe, clube ou associação policial
Art. 106 - Agregação é a situação na qual o policial- militar. (Letra p) acrescentada pela Lei nº 8.362, de
militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala 29/12/2005)
hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem § 2º - O militar agregado, de conformidade com o
número. disposto nas alíneas “a”, “b”, “c” e “h” do inciso I deste
§ 1º - O policial-militar deve ser agregado quando: artigo, continua a ser considerado como em serviço
ativo. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
I- for afastado temporariamente do serviço por motivo
de: § 3º - A agregação do militar a que se refere a alínea “o”
do inciso I do § 1º deste artigo, é contada a partir da
a) ter sido julgado incapaz temporariamente, após um data de posse do novo cargo, até o regresso à
ano contínuo de tratamento de saúde; Corporação ou transferência “ex-offício” para a reserva
b) ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto remunerada, após dois anos de exercício contínuo ou
tramita o processo de reforma; não. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
c) haver ultrapassado um ano contínuo de licença para § 4º - A agregação do militar a que se referem as alíneas
tratamento de saúde própria; “a”, “c”, “e” e “p” do inciso I do § 1º deste artigo, é
contada a partir do afastamento e enquanto durar o
d) haver ultrapassando 06 (seis) meses de licença para
evento. (Redação dada pela Lei nº 8.362, de
tratamento de saúde em pessoa da família;
29/12/2005)
e) haver ultrapassado 06 (seis) meses de licença para
§ 5º - A agregação do militar referida nas alíneas “b”,
tratar de interesse particular;
“f”, “g”, “h”, “i”, “j” e “n” do inciso I do § 1º deste
f) ter sido considerado oficialmente extraviado; artigo, é contada a partir da data da publicação do ato
que torna público o respectivo evento.
g) haver-se esgotado o prazo que caracteriza o crime de
deserção previsto no Código Penal Militar, se oficial ou § 6º - A agregação do militar a que se refere a alínea
praça com estabilidade assegurada; “m” do inciso I do § 1º deste artigo é contada a partir da
data do registro como candidato até a sua diplomação
h) como desertor, ter-se apresentado voluntariamente
ou regresso à Corporação, se não for eletivo.
ou ter sido capturado e reincluído, a fim de se ver
processar; § 7º - O militar agregado fica sujeito às obrigações
regulamentares concernentes às suas relações com
i) ter sido condenado à pena restritiva de liberdade
outros militares e autoridades civis.
superior a 02 (dois) anos, por sentença transitada em
julgado, desde que não seja beneficiado por livramento § 8º - O militar agregado não poderá ser promovido
condicional, enquanto durar a sua execução; enquanto durar a sua agregação. (Redação dada pela
Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
j) ter sido condenado à pena restritiva de liberdade
superior a 06 (seis) meses, por sentença transitada em Art. 107 - A agregação do militar se faz por ato do
julgado, enquanto dura a execução, ou até ser Governador do Estado ou de autoridade à qual tenham
declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com sido delegados poderes para tal.
ela incompatível;
l) Revogado. (Revogado pela Lei nº 8.080, de
04/02/2004).
m) ter-se candidatado a cargo eletivo, desde que conte
com mais de 10 (dez) anos de serviço;

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

SEÇÃO II igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a


qualquer cargo militar.
Da Reversão
§ 3º - O militar promovido por bravura, sem haver vaga,
Art. 108 - A reversão é o ato pelo qual o militar
ocupará a primeira vaga aberta.
agregado retorna ao respectivo quadro tão logo cesse o
motivo que determinou a sua agregação, voltando a § 4º - Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.855, de
ocupar o lugar que lhe couber na respectiva escala 31/01/2003)
numérica.
SEÇÃO IV
Parágrafo único - A qualquer tempo poderá ser
Do Ausente e do Desertor
efetuada a reversão do militar agregado. (Redação dada
pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004). Art. 111 - É considerado ausente o militar que por mais
de 24 (vinte quatro) horas consecutivas:
Art. 109 - A reversão do militar agregado se efetua por
ato da autoridade que decretou sua agregação. I- deixar de comparecer à sua Organização Policial-
Militar sem comunicar qualquer motivo de
Parágrafo único. O militar ao completar 02 (dois) anos
impedimento;
contínuos ou não na situação de agregado, a reversão
dar-se-á automaticamente, sem a exigência do ato de II- ausentar-se, sem licença, da Organização Policial-
reversão, aplicando-se o disposto no artigo 111 desta Militar onde deve permanecer;
Lei, àquele que não cumprir a exigência deste artigo. Parágrafo único - Decorrido o prazo mencionado neste
(Acrescentado pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005) artigo, serão observadas as formalidades previstas na
SEÇÃO III legislação específica.
Do Excedente Art. 112 - O militar é considerado desertor nos casos
previstos na legislação pertinente.
Art. 110 - Excedente é a situação especial e transitória a
que automaticamente passa o militar que: SEÇÃO V
I- tendo cessado o motivo que determine a sua Do Desaparecimento e do Extravio
agregação, reverta ao respectivo quadro estando este Art. 113 - É considerado desaparecido o militar da ativa
com seu efetivo completo; que, no desempenho de qualquer serviço, em viagens,
II- aguardar a colocação a que faz jus na escala em operações militares ou em caso de calamidade
hierárquica após haver sido transferido de quadro, pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 08 (oito)
estando este com seu efetivo completo; dias consecutivos.
III- é promovido por bravura, sem haver vaga; Parágrafo único - A situação de desaparecido só será
considerada quando não houver indícios de deserção.
IV- (Revogado pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
Art. 114 - O militar que, na forma do artigo anterior,
V- sendo o mais moderno na respectiva escala
permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias,
hierárquica, tenha ultrapassado o efetivo do seu
será oficialmente considerado extraviado.
quadro, em virtude de promoção de outro policial-
militar em ressarcimento de preterição; CAPÍTULO II
VI- tendo cessado o motivo que determinou sua DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
reforma por incapacidade definitiva, retorne ao Art. 115 - O desligamento ou a exclusão do serviço ativo
respectivo quadro, estando este com o seu efetivo da Polícia Militar será em consequência de:
completo.
I- transferência para a reserva remunerada;
§ 1º - O militar cuja situação é de excedente, ocupa a II- demissão;
mesma situação relativa à antiguidade que lhe cabe na III- reforma;
escala hierárquica, com a abreviatura Excd. (Redação IV- perda do posto e da patente;
dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003) V- licenciamento;
§ 2º - O militar, cuja situação é de excedente, é VI- exclusão a bem da disciplina;
considerado como em efetivo serviço, para todos os VII- deserção;
efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em VIII- falecimento;
IX- extravio, após a conclusão do IPM.

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Parágrafo único - O desligamento do serviço ativo será realização do referido curso ou estágio. (Redação dada
processado após a expedição do ato do Governador do pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
Estado ou da autoridade à qual tenham sido delegados
Art. 120 - O policial-militar será compulsoriamente
poderes para isso.
transferido para a reserva remunerada quando:
Art. 116 - A transferência para a reserva remunerada ou
I- atingir as seguintes idades limites:
a reforma não isenta o militar da indenização dos
prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, a) Para os Oficiais:
nem do pagamento das pensões decorrentes de - Oficial do sexo masculino 62 (sessenta e dois) anos;
sentença judicial.
- Oficial do sexo feminino 57 (cinquenta e sete) anos;
Art. 117 - O militar da ativa, enquadrado nos incisos I, III (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
e IV do art. 115, ou demissionário a pedido, será
movimentado da Organização Policial-Militar em que b) Para os Praças:
serve, passando à disposição do órgão de pessoal até - Praças do sexo masculino 60 (sessenta) anos;
ser desligado da Polícia Militar.
- Praças do sexo feminino 55 (cinquenta e cinco) anos;
Parágrafo único - O desligamento da Organização (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
Policial-Militar em que serve deverá ser feito,
imediatamente, após o conhecimento da publicação em c) Revogada. (Revogada pela Lei nº 7.855, de
Boletim Geral ou Diário Oficial do ato oficial 31/01/2003)
correspondente. II- completar 05 (cinco) anos no último posto ou
SEÇÃO I graduação de seu quadro, desde que com mais de 30
(trinta) anos de contribuição, se do sexo masculino, ou
Da Transferência para a Reserva Remunerada mais de 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se do
Art. 118 - A passagem do militar à situação de sexo feminino; (Redação dada pela Lei nº 10.131, de
inatividade mediante transferência para a reserva 31/07/2014)
remunerada se efetua: III- Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.855, de
I- a pedido; 31/01/2003)

II- “ex-offício” IV- Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.855, de


31/01/2003)
Art. 119 - A transferência para a reserva remunerada a
pedido será concedida mediante requerimento do V- ultrapassar 02 (dois) anos de afastamentos,
militar, se contar com 30 (trinta) anos de contribuição contínuos ou não, agregado em virtude de ter sido
se do sexo masculino, e, 25 (vinte e cinco) anos de empossado em cargo público civil temporário, não
contribuição, se do sexo feminino. (Redação do art. 119 eletivo, inclusive da administração indireta;
dada pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004) VI- tiver sido eleito e diplomado em cargo eletivo, na
§ 1º No caso do militar haver realizado qualquer curso forma do inciso I do § 1º do art. 106 desta Lei;
ou estágio com duração superior a 06 (seis) meses a 1 VII- Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.855, de
(um) ano, por conta do Estado, a sua transferência para 31/01/2003)
a reserva remunerada somente ocorrerá após
decorridos 18 (dezoito) meses, da conclusão do curso VIII- Vetado. (Lei nº 10.131, de 31/07/2014)
ou estágio, ou mediante indenização de todas as IX- contar o oficial 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
despesas decorrentes com a realização do referido (Acrescido pela Lei nº 10.225, de 15 de abril de 2015)
curso ou estágio. (Redação dada pela Lei nº 8.362, de
29/12/2005)
§ 1º - A transferência para a reserva remunerada
§ 2º No caso do militar haver realizado qualquer curso
processar-se-á na medida em que o militar for
ou estágio com duração superior a 1 (um) ano, a sua
enquadrado em um dos itens deste artigo.
transferência para a reserva remunerada somente
ocorrerá após decorridos 36 (trinta e seis) meses, da
conclusão do curso ou estágio, ou mediante a
indenização de todas as despesas decorrentes com a

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

§ 2º - A nomeação do servidor militar estadual para o SEÇÃO II


cargo de que trata o inciso V deste artigo somente
Da Transferência para a Reserva Não-Remunerada
poderá ser feita:
Art. 123 - O servidor militar da ativa que aceitar cargo
a) pela autoridade federal competente, mediante
público civil permanente será transferido para a reserva
requisição ao Governador do Estado, quando se trata de
não-remunerada.
cargo da alçada federal;
§ 1º - O militar transferido para a reserva nas condições
b) pelo Governador do Estado ou mediante sua
previstas neste artigo não fará jus à remuneração.
autorização, nos demais casos.
§ 2º - A passagem do militar para a reserva nos termos
§ 3º - Enquanto permanecer no cargo de que trata o
deste artigo será efetuada por ato do Governador, a
inciso V deste artigo, o policial-militar não perceberá
contar da data de posse do novo cargo em que o militar
vencimentos pela Polícia Militar do Maranhão. (Redação
for investido.
dada pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
SEÇÃO III
§ 4º. A transferência ex-officio de que tratam os incisos
II e VIII deste artigo não se aplicam ao Coronel QOPM Da Reforma
que estiver exercendo o cargo de Comandante-Geral da Art. 124 - A passagem do militar à situação de
Polícia Militar e Chefe do Gabinete Militar do inatividade mediante reforma se efetua ex-offício.
Governador do Estado. (NR) (Redação dada pela Lei nº
10.131, de 31/07/2014) Art. 125 - A reforma de que trata o artigo anterior será
aplicada ao militar que:
§ 5º O militar que passar para a inatividade nas
condições previstas no inciso V da letra “c” deste artigo, I- estando na reserva remunerada, atingir as seguintes
será transferido para a reserva remunerada com idades-limites de permanência na reserva remunerada.
remuneração proporcional ao seu tempo de serviço. a) Oficial do sexo masculino 66 (sessenta e seis) anos;
(§5º acrescentado pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005) (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
Art. 121 - A transferência do militar para a reserva b) Oficial do sexo feminino 61 (sessenta e um) anos;
remunerada poderá ser suspensa em caso de (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
declaração de guerra, estado de sítio, estado de
emergência ou grave perturbação da ordem pública, ou, c) Praças do sexo masculino 64 (sessenta e quatro)
ainda, em caso de mobilização das Policiais Militares. anos; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)

Art. 122 - O servidor militar da reserva remunerada d) Praças do sexo feminino 59 (cinquenta e nove) anos.
poderá ser convocado para o serviço ativo em caráter (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003)
transitório e mediante aceitação voluntária, por ato do II- for julgado definitivamente incapaz; (Redação dada
Governador do Estado, quando: pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005)
I- para prestar serviços técnicos-especializados; III- estiver agregado por mais de 01 (um) ano por ter
II- para compor Conselho de Justificação, se não houver sido julgado incapaz definitivamente pela Junta
no serviço ativo, militar em situação hierárquica Superior de Saúde. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
compatível com a do oficial envolvido. 31/01/2003)

§ 1º - O militar convocado terá os direitos e deveres dos IV- for condenado à pena de reforma, prevista no
da ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à Código Penal Militar, por sentença passada em julgado;
promoção, que não concorrerá, e contará como V- sendo oficial, e a pena de reforma tenha sido
acréscimo esse tempo de serviço. confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado, em
§ 2º - A convocação de que trata este artigo terá a julgamento de recurso por ele impetrado, em
duração necessária ao cumprimento da missão que a consequência de Conselho de Justificação a que tenha
ele deu origem, não podendo exceder a 06 (seis) meses, sido submetido;
e será precedida de inspeção de saúde. VI- sendo Aspirante-a-Oficial ou praça com estabilidade
§ 3º - É vedada a convocação de militar da reserva para assegurada, e for condenado à pena de reforma em
exercer qualquer cargo ou função de comando ou julgamento de Conselho de Disciplina, cuja decisão
chefia, previstos nos Quadros de Organização da Polícia tenha sido confirmada pelo julgamento de recursos por
Militar. ele impetrados ao Governador do Estado.

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Parágrafo único - O militar reformado, na forma dos § 4º - Considera-se alienação mental todo caso de
incisos V e VI, só poderá readquirir a situação militar distúrbio mental ou neuromental grave persistente, no
anterior por outra sentença do Tribunal de Justiça do qual, esgotados os meios habituais de tratamento,
Estado e nas condições nela estabelecidas, ou por permaneça a alteração completa ou considerável na
decisão do Governador do Estado. personalidade, destruindo a autodeterminação do
pragmatismo e tornando o indivíduo total e
Art. 126 - Anualmente, no mês de fevereiro, o órgão de
permanentemente impossibilitado para qualquer
pessoal da Corporação organizará a relação dos
trabalho.
militares que houverem atingido a idade-limite para a
reserva remunerada, a fim de serem reformados. § 5º - Ficam excluídas do conceito de alienação mental
as epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas
Art. 127 - A incapacidade definitiva do militar pode
pela Junta Militar de Saúde.
sobrevir a:
§ 6º - Considera-se paralisia todo caso de neuropatia
I- ferimento recebido na preservação da ordem pública
grave e definitiva que afete a motilidade, sensibilidade,
ou enfermidades contraídas nessa situação ou que nela
troficidade e demais funções nervosas, no qual,
tenha a sua causa ou efeito;
esgotados os meios habituais de tratamento,
II- acidente em serviço; permaneçam distúrbios graves, extensos e definitivos,
III- doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com que tornem o indivíduo total e permanentemente
relação de causa e efeito às condições inerentes ao impossibilitado para qualquer trabalho.
serviço; § 7º - São também equiparados às paralisias os casos de
IV- tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia afecções ósteo-músculo-articulares graves e crônicas
maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e (reumatismos graves e crônicos ou progressivos e
incapacitante, cardiopatia grave, mal de parkinson, doenças similares), nos quais, esgotados os meios
pênfigo, espondioloartrose anquilosante, nefropatia habituais de tratamento, permaneçam distúrbios
grave e outras moléstias que a lei indicar com base nas extensos e definitivos, quer ósteo-músculo-articulares
conclusões da medicina especializada; residuais, quer secundários das funções nervosas,
motilidade, troficidade ou mais funções que tornem o
V- acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem indivíduo total e permanentemente impossibilitado
relação de causa e efeito com o serviço. para qualquer trabalho.
§ 1º - Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste § 8º - São equiparados à cegueira não só os casos de
artigo serão provados com atestados de origem ou afecções crônicas progressivas e incuráveis, que
inquérito sanitário de origem, sendo os termos de conduzirão à cegueira total, como também os de visão
acidente, baixa do hospital, papeletas de tratamento rudimentar que apenas permitam a percepção de
nas enfermarias e hospitais e os registros de baixa, vultos, não suscetíveis de correção por lentes, nem
utilizados como meio para esclarecer a situação. removíveis por tratamento médico-cirúrgico.
§ 2º - Nos casos de tuberculose, a Junta Militar de § 9º - Nos casos de que tratam os incisos IV e V deste
Saúde deverá basear seu julgamento em observações artigo deverá ser comprovado que a doença ocorreu
clínicas, acompanhadas do respectivo exame após o ingresso na Polícia Militar do Maranhão.
subsidiário, de modo a comprovar, com segurança, a
atividade da doença após acompanhar a sua evolução Art. 128 - O militar da ativa julgado incapaz
até 03 (três) períodos de 06 (seis) meses de tratamento definitivamente por um dos motivos constantes dos
clínico-cirúrgico metódico, atualizado e, sempre que incisos I, II, III e IV do artigo anterior, será reformado
necessário, nosocomial, salvo quando se tratar de com a remuneração calculada com base no soldo
formas “grandemente avançadas” no conceito clínico e correspondente ao grau hierárquico do próprio posto
sem possibilidade de regressão completa, as quais terão ou graduação.
parecer imediato da incapacidade definitiva. Parágrafo único - A incapacidade definitiva do militar
§ 3º - O parecer definitivo a adotar, nos casos de da ativa para efeito de passagem para a inatividade
tuberculose, para os portadores de lesões será, obrigatoriamente, constatada por Junta Superior
aparentemente inativas, ficará condicionado a um de Saúde nomeada pelo Governador do Estado.
período de consolidação extranosocomial nunca inferior (Redação do art. 128 dada pela Lei nº 7.855, de
a 06 (seis) meses contados a partir da época da cura. 31/01/2003)

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Art. 129 - O militar da ativa julgado incapaz SEÇÃO IV


definitivamente por um dos motivos constantes dos
Da Demissão, da Perda do Posto, da Patente e da
incisos I, II, III e IV do Art. 127, será reformado com
Declaração de Indignidade ou Incompatibilidade com o
qualquer tempo de serviço.
Oficialato
Art. 130 - O militar da ativa julgado incapaz
Art. 133 - A demissão na Polícia Militar aplicada
definitivamente por um dos motivos constantes do
exclusivamente aos oficiais, se efetua:
inciso V do art. 127 será reformado com remuneração
proporcional ao seu tempo de serviço. (Redação dada I- a pedido;
pela Lei nº 7.855, de 31/01/2003). II- ex-officio.
Art. 131 - O militar reformado por incapacidade Art. 134 - A demissão a pedido será concedida
definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde mediante requerimento do interessado:
por Junta Superior em grau de recurso ou revisão,
poderá retornar ao serviço ativo ou ser transferido para I- sem indenização aos cofres públicos, quando contar
a reserva remunerada, conforme dispuser a legislação mais de 05 (cinco) anos de Oficialato;
peculiar. II- com indenização das despesas feitas pelo Estado com
§ 1º- O retorno ao serviço ativo só não ocorrerá se o a sua preparação e formação quando contar menos de
militar tiver atingido a idade limite de que trata o inciso 05 (cinco) anos de Oficialato.
I, do art. 120. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de § 1º - No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou
31/01/2003). estágio de duração igual ou superior a 06 (seis) meses e
§ 2º - A transferência para a reserva remunerada, inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, no País, por conta
observada a idade-limite para permanência nessa do Estado, e não tenham decorrido mais de 02 (dois)
situação, ocorrerá se o tempo decorrido na situação de anos de sua conclusão, a demissão só será concedida
reformado ultrapassar (dois) anos. mediante indenização das despesas correspondentes ao
referido curso ou estágio, exceto os vencimentos,
Art. 132 - O policial-militar reformado por alienação acrescidos, se for o caso, das vantagens pecuniárias.
mental, enquanto não ocorrer designação judicial do
curador, terá sua remuneração paga aos seus § 2º - Se o oficial tiver feito qualquer curso ou estágio
beneficiários, desde que sob sua a guarda e de duração superior a 18 (dezoito) meses, no País, por
responsabilidade e lhe dispensem tratamento humano conta do Estado, aplica-se o disposto no parágrafo
e condigno. anterior, se ainda não houverem decorrido mais de 03
(três) anos do seu término.
§ 1º - A interdição judicial do militar reformado por
alienação mental deverá ser providenciada junto ao § 3º - O oficial demissionário a pedido não terá direito a
Ministério Público, por iniciativa de beneficiário, qualquer remuneração.
parentes ou responsáveis até 60 (sessenta) dias a contar § 4º - O direito à demissão a pedido pode ser suspenso,
da publicação do ato de reforma. quando da declaração de guerra, estado de sítio, estado
§ 2º - A interdição judicial do policial-militar e seus de emergência, calamidade pública e grave perturbação
internamentos em instituição apropriada, militar ou da ordem pública e ainda em caso de convocação
não, deverão ser providenciados pela Corporação, Art. 135 - Revogado. (Revogado pela Lei nº 8.080, de
quando: 04/02/2004)
I- não houver beneficiários, parentes ou responsáveis; Art. 136 - Fica sujeito à declaração de indignidade para
II- não forem satisfeitas as condições de tratamento o Oficialato ou de incompatibilidade com o mesmo, o
exigidas neste artigo. oficial que:

§ 3º - Os processos e os atos do registro de interdição I- for condenado por Tribunal Civil ou Militar à pena
do militar terão andamento sumário, serão instruídos restritiva de liberdade individual superior a 02 (dois)
com laudo proferido por Junta Militar de Saúde e anos, em decorrência de sentença condenatória
isentos de custos. transitada em julgado;
II- for condenado por sentença transitada em julgado
por crime para o qual o Código Penal Militar comine
essas penas acessórias e por crimes previstos na
legislação, concernente à Segurança Nacional;

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III- incidir nos casos previstos em lei especifica que SEÇÃO VI


motivem o julgamento por Conselho de Justificação e
Da Exclusão a Bem da Disciplina
neste for considerado culpado;
Art. 141 - A exclusão a Bem da Disciplina será aplicada,
IV- tiver perdido a nacionalidade brasileira.
ex-offício, ao Aspirante-a-Oficial e demais praças com
Art. 137 - O oficial PM só perderá o posto e patente se estabilidade assegurada, desde que:
for declarado indigno do Oficialato ou com ele
I- tenham sido condenados à pena restritiva de
incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça do
liberdade individual superior a 02 (dois) anos, pela
Estado.
Justiça Militar ou Comum;
Parágrafo único - O oficial que houver perdido o posto e
II- tenha pronunciado tal sentença o Conselho
a patente será demitido ex-officio, sem direito a
Permanente de Justiça, por haver perdido a
qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua
nacionalidade brasileira;
situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.
III- iniciada nos casos que motivem o julgamento pelo
Art. 138 - O oficial declarado indigno do Oficialato ou
Conselho de Disciplina, previsto no art. 61 e nestes
com ele incompatível e condenado à perda do posto e
forem considerados culpados;
da patente, só poderá readquirir a sua situação militar
por outra sentença do Tribunal de Justiça do Estado, Parágrafo único - O Aspirante-a-Oficial ou praça com
julgada em grau de recurso. estabilidade assegurada se houver sido excluído a bem
da disciplina, só poderá adquirir a situação anterior:
SEÇÃO V
a) por outra sentença de instância superior e nas
Do Licenciamento
condições nela estabelecidas se a exclusão for
Art. 139 - O licenciamento do serviço ativo, aplicado consequência de sentença do Conselho Permanente de
somente às praças, se efetua: Justiça;
I- a pedido; b) por decisão do Comandante-Geral, se a exclusão for
consequência de ter sido culpado em Conselho de
II- ex-officio.
Disciplina.
§ 1º - O licenciamento a pedido poderá ser concedido
Art. 142 - É de competência do Governador do Estado o
desde que não haja prejuízo para o Estado;
ato de exclusão a bem da disciplina do Aspirante-a-
§ 2º - O licenciamento ex-offício será feito na forma da Oficial, bem como das praças com estabilidade
legislação peculiar; assegurada. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de
§ 3º - O militar licenciado não tem direito a qualquer 04/02/2004)
remuneração e terá a sua situação militar definida pela Art. 143 - A exclusão da praça a bem da disciplina
Lei do Serviço Militar. acarreta a perda do seu grau hierárquico e não a isenta
§ 4º - O licenciamento a bem da disciplina será aplicado das indenizações dos prejuízos causados à Fazenda
às praças sem estabilidade assegurada, que ingressarem Estadual, ou a terceiros, nem das pensões decorrentes
no MAU comportamento, sendo de competência do de sentença judicial.
Governador do Estado ou autoridade delegada, o ato de Parágrafo único - A praça excluída a bem da disciplina
licenciamento. (Redação dada pela Lei nº 8.080, de não terá direito a qualquer remuneração ou
04/02/2004) indenização e sua situação militar será definida pela Lei
§ 5º - A praça licenciada a bem da disciplina receberá o do Serviço Militar.
Certificado de “Isenção”, previsto na Lei do Serviço
Militar.
Art. 140 - O Aspirante-a-Oficial e as demais praças
empossadas em cargos públicos civis permanentes,
estranhos à carreira e cuja função não seja de
magistério, serão transferidos para a reservada não
remunerada.

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SEÇÃO VII Parágrafo único - O militar reaparecido será submetido


ao Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina,
Da Deserção
por decisão do Comandante-Geral, se assim julgar
Art. 144 - A deserção do militar acarreta uma necessário.
interrupção do serviço militar, com a consequente
demissão ex-offício para o oficial, ou exclusão do
serviço ativo para a praça. CAPÍTULO III
§ 1º - A demissão do oficial ou a exclusão da praça com DO TEMPO DE SERVIÇO
estabilidade assegurada, processar-se-á após 01 (um)
Art. 148 - Os militares começam a contar tempo de
ano de agregação, se não houver captura ou
serviço na Polícia Militar a partir da data de seu
apresentação voluntária antes do prazo.
ingresso.
§ 2º - A praça sem estabilidade assegurada será
§ 1º - Considera-se como data de ingresso para fins
automaticamente excluída após oficialmente declarada
deste Estatuto:
desertora.
I- a data do ato em que o militar é considerado incluído
§ 3º - O militar desertor que for capturado ou que se
ou matriculado em uma Organização Policial-Militar;
apresentar voluntariamente depois de haver sido
demitido ou excluído, será reincluído no serviço ativo, II- a data de apresentação, pronto para o serviço, no
mediante parecer da JMS e a seguir agregado para se caso de nomeação.
ver processar. § 2º - O militar reincluído recomeça a contar tempo de
§ 4º - A reinclusão em definitivo do militar, de que trata serviço da data de sua reinclusão.
o parágrafo anterior, dependerá da sentença do § 3º - Quando, por motivo de força maior oficialmente
Conselho de Justiça. reconhecida (inundação, naufrágio, sinistro aéreo,
SEÇÃO VIII outras calamidades), faltarem dados para contagem de
tempo de serviço caberá ao Comandante-Geral arbitrar
Do Falecimento e do Extravio
o tempo a ser computado, para cada caso, de acordo
Art. 145 - O falecimento do militar da ativa acarreta com os elementos disponíveis.
interrupção do serviço militar com a consequente
Art. 149 - Na apuração do tempo do militar será feita a
exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência
distinção entre:
do óbito.
I- Tempo de efetivo serviço;
Art. 146 - O extravio do militar da ativa acarreta a
interrupção do serviço militar com o consequente II- anos de serviço.
afastamento temporário do serviço ativo, a partir da Art. 150 - Tempo de efetivo serviço é o espaço de
data em que o mesmo foi oficialmente considerado tempo computado dia-a-dia entre a data de ingresso e a
extraviado. data-limite a ser estabelecida para a contagem ou data
§ 1º - A exclusão do serviço ativo será feita 06 (seis) do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal
meses após a agregação por motivo de extravio. espaço de tempo seja parcelado.
§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, § 1º - Será também computado como tempo de efetivo
calamidade pública e outros acidentes oficialmente serviço o tempo passado dia-a-dia pelo militar da
reconhecidos, o extravio ou desaparecimento do militar reserva remunerada que for convocado na forma do
da ativa será considerado como falecimento, para fins art. 122.
deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos § 2º - Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço,
máximos de possível sobrevivência ou quando se dêem além dos afastamentos previstos no art. 84, os períodos
por encerradas as providências de salvamento. em que o militar estiver afastado do exercício de suas
Art. 147 - O reaparecimento do militar extraviado ou funções e gozo de licença-prêmio.
desaparecido, desligado do serviço ativo, resulta em sua § 3º - Ao tempo de efetivo serviço de que trata este
reinclusão mediante parecer da JMS e nova agregação, artigo, apurado e totalizado em dias, será aplicado o
enquanto se apuram as causas que deram origem ao divisor 365 (trezentos e sessenta e cinco) para a
seu afastamento. correspondente obtenção dos anos de efetivo serviço.

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§ 4º - Não será computado o tempo de serviço passado Art. 154 - O tempo de serviço dos militares beneficiados
pelo militar reformado na inatividade por incapacidade por anistia será contado como estabelecer o ato que a
definitiva, que retornar ao serviço ativo, na forma da conceder.
legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
Art. 155 - A data-limite estabelecida para final de
31/01/2003).
contagem dos anos de serviço, para fins de passagem
Art. 151 - Anos de efetivo serviço é a expressão que para a inatividade, será a da entrada do requerimento
designa o tempo de serviço a que se refere o artigo no protocolo da Ajudância-Geral, ou P/1 das Unidades
anterior e seus parágrafos, com os seguintes do Interior.
acréscimos:
Parágrafo único - A passagem para a inatividade de que
I- tempo de serviço prestado à administração federal, trata o “caput” deste artigo produzirá efeito a partir da
estadual e municipal, e à iniciativa privada vinculada à publicação no Diário Oficial do ato que a concedeu.
previdência social pelo militar anteriormente ao seu (Redação do art. 155 dada pela Lei nº 7.572, de
ingresso na Polícia Militar; 07/12/2000)
II- Revogado. (Revogado pela Lei nº 7.356, de Art. 156 - Na contagem dos anos de serviço não poderá
29/12/1998). ser computada qualquer superposição dos tempos de
serviço público federal, estadual e municipal ou da
§ 1º - O acréscimo a que se refere os incisos I, deste
iniciativa privada entre si, nem os acréscimos do tempo,
artigo, será computado para efeito de transferência
para os possuidores de curso universitário e nem como
para a reserva remunerada e reforma. (Redação dada
tempo de serviço computável após a inclusão,
pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
matriculado ou nomeação do militar.
§ 2º - Não é computável para efeito algum o tempo:
Art. 157 - Revogado. (Revogado pela Lei nº 8.080, de
I- que ultrapassar 06 (seis) meses, contínuo ou não, em 04/02/2004)
licença para tratamento de saúde de pessoa da família;
(Redação dada pela Lei nº 8.362, de 29/12/2005).
CAPÍTULO IV
II- passado de licença para tratar de interesse
particular; DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO
III- passado como desertor; Art. 158 - As recompensas constituem reconhecimento
dos bons serviços prestados pelos militares.
IV- decorrido em cumprimento de pena de suspensão
de exercício do posto, graduação, cargo ou função, por § 1º - São recompensas militares:
sentença transmitida em julgado;
I- prêmio de Honra ao Mérito;
V- decorrido em cumprimento de pena restritiva de
II- condecorações por serviços prestados;
liberdade por sentença transitada em julgado, desde
que não tenha sido concedida suspensão condicional de III- elogios, louvores;
pena quando, então, o tempo que exceder ao período IV- dispensas do serviço.
da pena será computado para todos os efeitos, caso as
condições estipuladas na sentença não o impeçam. § 2º. As recompensas constantes dos incisos I, II, III do
parágrafo anterior, serão concedidas de acordo com as
Art. 152 - O tempo que o militar viver a passar afastado normas e regulamentos peculiares.
do exercício de suas funções, em consequência de
ferimentos recebidos em acidentes quando em serviço Art. 159. As dispensas do serviço são autorizações para
na preservação da ordem pública, ou de moléstia o afastamento total do serviço em caráter temporário e
adquirida no exercício de qualquer função militar, será podem ser concedidas:
computado como se ele o tivesse passado no exercício I- como recompensa;
daquelas funções.
II- para desconto em férias;
Art. 153 - O tempo de serviço passado pelo militar no
exercício de atividade de operações de guerra será III- em decorrência de prescrição médica.
regulado em legislação específica. § 1º - As dispensas como recompensas terão duração
de 08 (oito) dias, no máximo, e as decorrentes de
prescrição médica e para desconto em férias, de até 15
(quinze) dias.

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§ 2º - As dispensas do serviço serão concedidas com a Art. 164 - Ficam assegurados aos militares os direitos
remuneração integral e sem prejuízo para a contagem adquiridos até à data de início da vigência desta Lei, em
de tempo de efetivo serviço. função do § 4º do art. 61 do Decreto nº 6.035, de 30 de
março de 1976.
Art. 165 - Os dependentes do militar são os definidos
TÍTULO V
pela legislação do Sistema de Seguridade Social
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS (Redação dada pela Lei nº 8.080, de 04/02/2004)
Art. 160 - É vedado o uso, por parte de organização civil, Art. 166 - São adotados na Polícia Militar do Maranhão,
de designações que possam sugerir sua vinculação à em matéria não regulada na legislação estadual, as leis
Polícia Militar. e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro, no que
Parágrafo único - Excetuam-se das prescrições deste lhe for pertinente.
artigo as associações, clubes, círculos e outros que Art. 167 - Os dispositivos constantes desta Lei aplicam-
congreguem membros da Polícia Militar e que se se, aos servidores militares integrantes do Corpo de
destinem, exclusivamente, a promover intercâmbio Bombeiros Militares.
entre militares e seus familiares e entre esses e a
Art. 168 - O presente Estatuto entra em vigor na data
sociedade civil local.
da sua publicação, revogados o Decreto nº 6.035, de 30
Art. 161 - O aluno do Curso de Formação de Oficial, de março de 1976, e demais disposições em contrário.
quando desligado do curso obedecerá às seguintes
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o
restrições:
conhecimento e a execução da presente Lei
I- quando desligado por falta de aproveitamento, terá pertencerem que a cumpram e a façam cumprir tão
direito à 1 (uma) rematrícula durante o curso; inteiramente como nela se contém. Excelentíssimo
II- quando desligado por motivo de saúde, poderá ser Senhor Secretário de Estado de Governo a faça publicar,
rematriculado no prazo máximo de 02 (dois) anos; imprimir e correr.

III- quando desligado a pedido, não terá direito à


rematrícula; PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO ,
IV- quando desligado por motivo disciplinar, será EM SÃO LUÍS, 30 DE NOVEMBRO DE 1995, 174º DA
licenciado a bem da disciplina, salvo se praça com INDEPENDÊNCIA E 107º DA REPÚBLICA.
estabilidade assegurada, que obedecerá às prescrições
legais.
Parágrafo único - O aluno do Curso de Formação de
Oficiais, após concluir o primeiro ano com
aproveitamento, se reprovado nos anos subsequentes e
não tendo direito à rematrícula, poderá ser promovido
à graduação de 3º Sargento.
Art. 162 - Os alunos dos demais cursos com duração
superior a 04 (quatro) meses, quando desligados por
falta de aproveitamento ou por motivo disciplinar, só
poderão concorrer à nova indicação após transcorridos
12 (doze) meses da data do desligamento.
Art. 163 - A indicação para o Curso Superior de Polícia
(CSP), Curso Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), Curso
de Especialização em Gestão de Segurança Pública
(CEGESP) e Curso de Aperfeiçoamento de Sargento
(CAS), dentre os candidatos inscritos e considerados
aptos nos exames de saúde e prova de aptidão física,
recairá sobre os mais antigos na escala hierárquica.
(Redação dada pela Lei nº 7.519, de 29/05/2000)

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