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A CAVIDADE
ORAL
Daniel Ferreira, João Pinto, Jorge Castro, José Cunha, Mariana Martins, Teresa Lapa
Especialidades Médicas I
Ano Letivo 2015/2016
Leucemia e • Leucemia-‐ Jorge Castro
a Cavidade •
•
•
Tipos de Leucemia-‐ José Cunha
Tratamento – Daniel Ferreira
Oral
Complicações na cavidade oral – Mariana Martins
• Leucemia e a Odontopediatria – Teresa Lapa
• Tratamento dentário em pacientes com Leucemia – João Pinto
Leucemia
Neoplasia maligna com origem nas células imaturas (células
estaminais) da medula óssea;
Kumar, R et al
Leucemia - Sintomas
Anemia -‐ ocorre quando o número de glóbulos vermelhos no
sangue baixa. Pode causar cansaço, falta de ar;
Febre;
Transpiração nocturna;
Linfomas
Modificações fenotípicas
Morfológicas As células neoplásicas expressam
Citoquímicas diferentes moléculas de superfície
Imunológicas consoante o seu estado de
maturação.
Modificações genotípicas
Próprias – arranjos de Igs ou TCR
Adquiridas – translocações
Tipos de Leucemia
De acordo com a rapidez:
Desenvolvimento e Desenvolvimento e
agravamento lentos agravamento rápidos
Crónica Aguda
(células maduras mas
anormais) (células imaturas)
Pode ser Células sanguíneas
assintomática muito anómalas e
inicialmente disfuncionais
Kumar, R et al
4 tipos mais comuns de Leucemia:
Leucemia Linfocítica Crónica (LLC)
Existem ainda outros tipos de
leucemia, mas manifestam-‐se
• Mais frequente após os 55 anos mais raramente.
• Raramente afeta crianças
• Maioritariamente assintomática
Kumar, R et al
Leucemia Linfocítica Aguda (LLA)
Kumar, R et al
Leucemia Mielóide Aguda (LMA)
Também podem ser produzidos glóbulos VERMELHOS e PLAQUETAS ANORMAIS. Crescimento rápido
Dificuldade a
LLC – Progressão Lenta combater infeções
Kumar, R et al
Leucemia Mielóide Crónica (LMC)
-‐Gânglios linfáticos
Linfócitos anormais
Células da Medula Sangue -‐Fígado
óssea -‐Baço
Dificuldade a
LMC – Progressão Lenta combater infeções
Crónica, MAS:
Pode passar a progredir RAPIDAMENTE -‐> Espalha-‐se a quase qualquer órgão do corpo
Intensificação das
Citarabina ou Aracytin Cateter vascular
doses da quimioterapia
7-‐10 dias
Medicamentos que
estimulam a produção
normal de GB
Popat, UR; Kovacs, MJ
Leucemia Mieloide Crónica (LMC)
•Gengivite,
•Hiperplasia gengival – em casos graves pode levar à necrose do ligamento periodontal
•Aumento da papila e da gengiva marginal
•Gengiva friável/delgada (sangra com facilidade)
•Hemorragia (deficiência no processo de cicatrização)
•Petéquias
•Ulceração de mucosa no palato, assoalho oral e língua
Infecções sistémicas podem surgir a partir de complicações bucais, colocando em risco a vida do paciente.
Francisconi, C et al
Terciárias (quimioterapia)
Estima-‐se que 70% dos pacientes com doenças neoplásicas recebem quimioterapia antineoplásica no decorrer
do tratamento.
A mucosa oral é muito sensível, assim como as estruturas bucais, aos efeitos tóxicos destes fármacos.
40% dos pacientes oncológicos submetidos a quimioterapia apresentam complicações orais, podendo ser
decorrentes da estomatoxicidade direta ou indireta, sendo as mais comuns:
Mucosite
Xerostomia
Infeções oportunistas (candidíase e herpes) à devido à imunossupressão.
Kumar, R et al
Manifestações Orais Pediátricas
As manifestações orais Diagnóstico Infiltração Leucémica Gengivas e Amígdalas
são mais frequentes
nas fases de Imunossupressão e Ulcerações,
diagnóstico e Tratamento Tratamento Sangramentos e
tratamento. Antineoplásico Infeções
Terapia das leucemias -‐> alto nível de complicações sistémicas e bucais
Hiperplasia gengival
generalizada que difere
quanto à gravidade
+ COMUNS
Sangramento e hiperplasia
gengival
Infeções oportunistas
Alterações ósseas
Lowal, K et al
Manifestações Orais Pediátricas
Anomalias Dentárias e Maturação Outras complicações
Tratamento anti-‐neoplásico aumenta o Transplantados de medula
risco de anomalias dentárias (agenesia, Doença de enxerto vs hospedeiro.
raízes curtas e dilaceradas). Maturação • Eritema
dentária afetada em relação à faixa etária. • Erosão
• Ulcerações da mucosa
Saúde Oral • Alterações tipo líquen
• Xerostomia
Pacientes em tratamento de
quimioterapia de fase de indução
Raro
-‐> saúde oral, CPO e índices
• Infiltrações leucémicas na
gengivais deteriorados.
mandíbula
• Trismo
Mudança na quantidade e
• Mucormicose
qualidade da saliva
• Aspergilose Oral
Lowal, K et al
Manifestações orais pós-tratamento
Quanto mais jovem for o
paciente, maior parece ser a
possibilidade da quimioterapia
afetar a cavidade oral.
§ Protocolos
§ Terapia antineoplásica
§ Contexto multidisciplinar
§ Objetivos
§ Prevenção de infeções;
§ Controlo da dor;
§ Manutenção da função oral;
§ Gestão de complicações da terapia antineoplásica
§ Instruções H.O.:
§ Escovagem dentária
§ Uso de fio dentário
§ Massagem gengival pós-‐escovagem Toljanic et. al:
Conduziram um estudo em que se concluiu que o
§ Aplicação de flúor e selantes de fissura tratamento de lesões odontológicas pode ser adiado
até depois da quimioterapia
§ Eliminar possíveis fontes de infeção e trauma
Elad et. al, Sonis et. al, Little et. al, Toljanic et. al, Haytac et. al, US
§ Risco elevado
§ Colutórios, soluções anti-‐sépticas e administração IV de antibióticos
§ Clorohexidina, Nystatin (Candida albicans), Acyclovir (Herpesviridae)
1. Mucosite
2. Xerostomia
3. Herpes
4. Candidíase
5. Sangramento gengival
Referências Bibliográficas
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