Professional Documents
Culture Documents
Administração em Enfermagem
• Nunca se esquece que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um
termina, só os determinados aprendem!
• Lê cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando dominar pela pressa.
• Sabe que as atividades propostas são fundamentais para o entendimento do conteúdo e não realizá-las é deixar
de aproveitar todo o potencial daquele momento de aprendizagem.
• Explora profundamente as ilustrações explicativas disponíveis, pois sabe que elas têm uma função bem mais
importante que embelezar o texto, são fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o
conteúdo.
• Realiza todos os jogos didáticos disponíveis durante o curso e entende que eles são momentos de reforço do
aprendizado e de descanso do processo de leitura e estudo. Você aprende enquanto descansa e se diverte!
• Executa todas as atividades extras sugeridas pelo monitor, pois sabe que quanto mais aprofundar seus
conhecimentos mais se diferencia dos demais alunos dos cursos. Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o
aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os “alunos certificados” dos
“alunos capacitados”.
• Busca complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas informações e
leituras extras, e quando necessário procurando executar atividades práticas que não são possíveis de serem feitas
durante as aulas. (Ex.: uso de softwares aprendidos.)
• Entende que a aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas sim durante
todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar elementos para reforçar aquilo que
foi aprendido.
• Critica o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. O aprendizado só tem
sentido quando pode efetivamente ser colocado em prática.
Aproveite o seu
aprendizado!
Conteúdo
Relacionamento interpessoal
Bibliografia/Links Recomendados
3
Introdução: Teorias Administrativas
Fayol define o ato de administrar como: PREVER, ORGANIZAR,
COMANDAR, COORDENAR E CONTROLAR. Atualmente,
sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da
Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker,
os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como
Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar - PODC. Ressalte-se,
então, que destas funções as que sofreram transformações na
forma de abordar foram "comandar e coordenar" que hoje
chamamos de Dirigir (Liderança).
4
5
AS PRINCIPAIS TEORIAS ADMINISTRATIVAS E SEUS
PRINCIPAIS ENFOQUES
6
certas condições, as quais ele denomina princípios, afastando a
ideia de rigidez e aplicando, em seu lugar, a de flexibilidade.
7
● CENTRALIZAÇÃO – Deve haver um único núcleo de comando
centralizado, atuando de forma similar ao cérebro, que comanda
o organismo. Tudo o que aumenta a importância das funções dos
subordinados é do terreno da descentralização, tudo o que
diminui a importância, pertence à centralização.
1) Previsão,
2) Organização,
8
3) Comando,
4) Coordenação e
9
5 - CONTROLE – Consiste em verificar se tudo corre de acordo
com o programa adotado (programa de ação – item ‘a’ do
presente), as ordens dadas e os princípios admitidos.
► 2 – MODELO ASSISTENCIAL
O Sistema de Enfermagem do hospital desenvolve um cuidado
integral e individual, fundamentado em evidências científicas e no
trabalho interdisciplinar. Baseia suas decisões no julgamento
clínico do enfermeiro, de forma a melhor atender às
necessidades do paciente e família, obtendo sua participação
ativa nas decisões sobre o cuidado a ser prestado. O paciente é
10
o centro do processo de cuidar, integrado na tomada de decisão
e participante do planejamento e implementação deste cuidado.
Esta visão do cuidado, como principal foco da Enfermagem,
deriva da Filosofia e Ciência do Cuidar desenvolvida pela teorista
de enfermagem Jean Watson, que combina uma visão humanista
e uma base sólida de conhecimentos científicos. Nesta visão de
mundo, associada às habilidades de pensamento crítico, a
ciência do cuidado tem como foco a promoção da saúde e não
somente a cura da doença.
12
O processo de trabalho de enfermagem particulariza-se em uma
rede ou subprocessos que são denominados cuidar ou assistir,
administrar ou gerenciar, pesquisar e ensinar.
13
gerenciamento é apreendido a partir da perspectiva das praticas
de saúde, historicamente estruturadas e socialmente articuladas ,
buscando responder às contradições e tensões presentes no
cotidiano dos serviços. Nesse sentido, a gerencia não esta
voltada apenas para organização e o controle dos processos de
trabalho, mas também para a apreensão e satisfação das
necessidades de saúde da população. O que requer tomar em
consideração a democratização das instituições de saúde e a
ampliação da autonomia dos sujeitos envolvidos nos processos
de cuidado- usuários e trabalhadores.
14
O processo de trabalho gerencial apreendido da perspectiva das
práticas de saúde socialmente estruturadas tem um papel
fundamental na construção de um modo de fazer saúde voltado
para a necessidade de saúde. No exercício desse papel e
pautadas na articulação e integração, quatro dimensões são
inerentes à atividade gerencial:
1) Técnica,
2) Política,
3) Comunicativa e de
4) Desenvolvimento da cidadania.
● DIMENSÃO TÉCNICA:
Refere-se a aspectos gerais e instrumentais do próprio trabalho ,
tais como planejamento , coordenação , supervisão , controle e
avaliação, tanto nos recurso humanos como nos materiais e
físicos.
15
● DIMENSÃO POLÍTICA:
É aquela que articula o trabalho gerencial ao projeto que se tem a
empreender , estão presentes as determinações de caráter
político-ideológicas e econômicas.
● DIMENSÃO COMUNICATIVA:
Essa diz respeito ao caráter de negociação presente no lidar com
as relações de trabalho na equipe de saúde e nas relações da
unidade com a comunidade.
► LIDERANÇA
16
■ LIDERANÇA COMO ATRIBUTO DE UMA POSIÇÃO, nessa
visão é um conceito relativo que implica dois termos: um agente
influenciador e as pessoas influenciadas .
CARACTERÍSTICA DO LÍDER:
É atribuído ao líder :
17
É importante que o líder democrata tenha segurança técnico-
profissional , uma vez que essa equalização de poder é
ameaçadora principalmente se o loder tiver competência
profissional inferior a de seus subordinados .
18
como interesses organizacionais ou ainda pelas necessidades do
grupo dirigido, o enfermeiro assume geralmente a liderança do
grupo de enfermagem.
19
ambiente favorável, como também conhecer as expectativas dos
liderados antes de adotar um estilo de liderança.
► SUPERVISÃO EM ENFERMAGEM
● CONCEITOS:
A função supervisão tem recebido uma variedade de definições,
muitas vezes semelhantes entre si.
20
de pessoal com a finalidade de desenvolve-lo e capacitá-lo para o
serviço.
21
A partir do momento em que o elemento supervisor passa a
almejar o alcance de determinados objetivos , sente a
necessidade de planejar ações.
PLANO DE SUPERVISÃO
O plano de supervisão é elaborado com dados principais como:
período, atividades, e os objetivos a serem alcançados. O
período de tempo deve ser compatível com a complexidade dos
objetivos, caso contrario não haverá tempo suficiente ou sobrará
muito tempo. As atividades descritas no plano devem ser
coerentes para com os objetivos propostos.
CRONOGRAMA
Normalmente o Enfermeiro elabora um cronograma de atividades
quando quer priorizar ou determinar quando desenvolverá
determinadas atividades. Assim sendo um cronograma consta a
relação de atividades e dos dias ou períodos em que serão
executadas.
ROTEIRO
No roteiro são correlacionadas informações a respeito do objetivo
da supervisão, da área supervisionada, dos aspectos analisados,
dos resultados encontrados, das orientações dadas, com ênfase
22
nos problemas e recomendações feita no local. Porem existem
roteiro mais simples onde apenas atividades a serem
desenvolvidas são listadas.
23
-Inadequação dos recursos humanos, materiais , físicos e
financeiros.
► AUDITORIA EM ENFERMAGEM
● AUDITORIA OPERACIONAL
● AUDITORIA ANALÍTICA
Baseia-se no desenvolvimento de atividades que têm por objetivo
aprofundar as análises de aspectos específicos do sistema de
24
saúde do Distrito Sanitário, ou seja, é voltada para a avaliação
quantitativa, inferindo, em algumas situações, a qualidade das
ações de saúde do Distrito Sanitário.
● AUDITORIA OPERACIONAL
* LOCUS DE AÇÃO
♦ NÍVEL FEDERAL
a. aplicação dos recursos transferidos aos estados e municípios,
mediante análise dos relatórios de gestão;
b. as ações e serviços de saúde de abrangência nacional;
c. os serviços de saúde sob sua gestão;
d. os sistemas estaduais de saúde;
25
e. as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão
estadual de controle, avaliação e auditoria.
♦ NÍVEL ESTADUAL
♦ NÍVEL MUNICIPAL
a. as ações e serviços estabelecidos no plano municipal de
saúde;
b. os serviços de saúde sob sua gestão (públicos e privados);
c. as ações e serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal
ao qual o município esteja associado.
26
O manual tem por finalidades esclarecer dúvidas e orientar a
execução das ações de enfermagem, constituindo um
instrumentos de consulta.
Assim, o manual deve ser constantemente submetido à analise
crítica,ser atualizado sempre que necessário, considerando
também os avanços advindos dos resultados das pesquisas
realizadas na área de enfermagem.
♦ 1 – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO
O diagnóstico é feito, com base no levantamento e na análise de
informações do serviço de enfermagem.
O levantamento é precedido da definição sobre que informações
serão coletadas e sobre como será feito esse levantamento .
Algumas informações são básicas para ele:
- A estrutura organizacional em que o serviço esta inserido;
- Os objetivos que devem ser alcançados em função das
necessidades de saúde da sua clientela;
- As ações de enfermagem que devem ser desenvolvidas e por
quem;
27
- Problemas enfrentados na prestação da assistência de
enfermagem e etc..
Essas informações podem ser levantadas pela utilização de
algumas técnicas, como: entrevista, questionário, observação e
discussão em grupo. A escolha de uma outra técnica depende do
tipo de informação a ser levantada.
De posse dessas informações, o próximo passo é analisá-las
para o alcance do diagnóstico da situação.
Quando os elementos do grupo se predispõem ou são envolvidos
a participar dessa fase, há maior comprometimento com os
resultados, o que garante maior adequação do manual ao
contexto e maior satisfação dos indivíduos participantes.
28
A cópia provisória do manual deve ser submetida a uma revisão
para a correção de possíveis erros, após a verificação, será feita
a impressão final e montagem dos instrumentos. Terminada a
elaboração do manual, ele deve ser aprovado nos níveis
hierárquicos superiores.
♦ 4 – IMPLANTAÇÃO
A implantação do manual, quando elaborado por todos, torna-se
mais fácil, pois as informações nele contidas representam o
consenso do grupo que o colocará em prática. No entanto, caso
não tenha havido a participação da maioria dos funcionários, faz-
se necessário o preparo do grupo para a sua implantação,
esclarecendo principalmente seus objetivos, conteúdo e
resultados.
Na fase de implantação, deve-se considerar, também, o local de
permanência do manual, sendo preferível mantê-lo em lugar
acessível aos usuários. De nada adianta manter o manual
trancado na gaveta ou sala de quem elaborou, pois ele se destina
aos usuários, devendo ser por eles utilizado; caso contrário, foge
às suas finalidades.
♦ 5 – AVALIAÇÃO
O manual deve ser utilizado e, para isto, suas informações devem
sofrer constantes avaliações e reformulações. Um material
desatualizado provavelmente se tornará desacreditado.
A atualização pode ser programada para períodos previstos ou
quando surgirem mudanças, desde que todos os usuários sejam
previamente orientados.
● CONTEÚDO DO MANUAL
29
- Os diagnósticos de enfermagem e seus referidos cuidados;
- A descrição das funções que cada elemento da equipe deve
realizar;
- O quadro do pessoal da unidade;
- E qualquer outras informações necessárias para um bom
funcionamento do serviço da enfermagem.
Essas informações podem estar contidas em um único manual,
ou separados, dependendo das características, finalidades das
mesmas.
► MANUAL DE NORMAS
* EXEMPLOS DE NORMAS:
30
- A prescrição dos cuidados de enfermagem deverá ser feita pelo
enfermeiro encarregado, segundo condutas estabelecidas.
- Todo acidente ocorrido com o pessoal de enfermagem, durante
a realização das atividades, deverá ser imediatamente informado
à chefia de enfermagem.
- Os materiais para exame laboratorial de rotina deverão ser
encaminhados ao laboratório, diariamente, até as 9 horas.
- Todo paciente cardíaco deverá ser pesado, diariamente, pelo
atendente de enfermagem designado para cuidá-lo.
- os funcionários de enfermagem deverão estar na unidade onde
trabalham, devidamente uniformizados, até as 7 horas.
► MANUAL DE ROTINAS
● ELABORAÇÃO
A rotina é especifica de cada unidade, uma vez que seus passos
e agentes dependem dos recursos existentes nessa unidade. Por
exemplo: em uma unidade que dispõe de mais recursos, o
curativo é feito pelo enfermeiro; em outra que não tem esse
profissional em numero suficiente, será feito pelo auxiliar de
enfermagem.
Neste caso, cada unidade terá uma rotina diferente; além dos
agentes diferentes, a linguagem diferente; e a descrição das
ações deverão estar de acordo com o preparo de quem irá
executá-la.
As rotinas podem conter as seguintes informações:
- nome da organização da saúde;
- nome da unidade a quem se destina;
- titulo da rotina;
31
- normas inerentes a rotina, quando couber;
- identificação do agente da ação;
- ações a serem realizadas;
- outras informações necessárias.
● TIPOS DE ROTINAS
► MANUAL DE PROCEDIMENTOS
32
● ELABORAÇÃO
É importante que os passos do procedimentos sejam
suficientemente detalhados e explicativos, para redimir todas as
dúvidas de quem vai executá-lo.
Assim como a rotina, o procedimento também deve ter uma
identificação exata. O procedimento pode conter as seguintes
informações:
- nome da organização da saúde;
- nome da unidade de enfermagem;
- titulo do procedimento;
- finalidade;
- princípios a serem observados
- material necessário;
- Preparo do paciente;
- preparo do ambiente;
- descrição dos passos;
- anotação no prontuário;
● TIPOS DE PROCEDIMENTOS
34
► O SUBSISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
HUMANOS
35
►SUPRIMENTO
►MANUTENÇÃO
► DESENVOLVIMENTO
38
qualquer caso, o sistema de desenvolvimento deve estar atento
ao que ocorre na sua organização, pois deve tomar
conhecimento, além da avaliação do desempenho dos
trabalhadores, das inovações introduzidas.
RECICLAGEM é o eufemismo costumeiramente utilizado para se
referir ao treinamento sem ferir suscetibilidades. De fato,
treinamento pressupõe partir de um nível homogêneo de
conhecimento, geralmente próximo de zero. Seria o equivalente
da "ciclagem". Dessa forma, reciclagem seria atualização, revisão
de conhecimentos, aprimoramento daquilo que, a rigor, já se
sabia.
►AVALIAÇÃO
39
fórmulas recomendada nos Anexos I, II, III e IV, disponíveis no
site www.portalcoren-rs.gov.br.
Para efeito de cálculos, devem ser consideradas como horas de
Enfermagem, por leito, nas vinte quatro horas:
40
THE= 7 x 3,8 + 14 x 5,6
THE= 26,6 + 78,4= 105
Número de pessoal = 0,2236 x 105= 23,47 Profissionais de
Enfermagem
Nº de leitos: 90 % de 16L= 14
90 % de 08L= 07
36h 36h
41
Número de Pessoal= 75.87 acrescidos de 15% de índice de
segurança técnico (IST) / Resolução COFEN Nº 293/2004.
42
Número de Pessoal= 29,17 + 4,38= 33.55 Profissionais de
Enfermagem
► FALTA DE MATERIAL
* CAUSAS ESTRUTURAIS
· Falta de prioridade política para o setor: baixos investimentos,
baixos salários, corrupção, serviços de baixa qualidade, etc.
· Clientelismo político: diretores incompetentes, fixação de
prioridades sem a participação da sociedade, favorecimentos,
etc.
· Controles burocráticos: que agem sobre os instrumentos,
particularmente naqueles de caráter econômico, levando à
desvalorização das ações executadas e invertendo o referencial
das organizações. É importante lembrar que não basta fazer as
43
coisas corretamente: deve-se também fazer as coisas certas. A
burocracia somente se preocupa com o rito - a ela não interessa
o produto final.
· Centralização excessiva: produz danos imensos na área de
materiais. Compras centralizadas e baseadas exclusivamente em
menores preços são exemplos que devem ser evitados.
* CAUSAS ORGANIZACIONAIS
* CAUSAS INDIVIDUAIS
· Diretores Improvisados: inseguros ou incapazes de inovar, sem
condições de manter um diálogo adequado com a área afim.
· Funcionários desmotivados: sem compromisso com a
instituição. Seu principal objetivo é a manutenção do emprego.
A administração de materiais, equipada de tecnologia adequada,
poderá evitar, em parte, a falta de materiais, porém essa ação
isolada não é suficiente sem a eliminação das causas. A
administração de materiais isoladamente não é capaz de evitar
as faltas.
► APÊNDICE
Para a elaboração de um catálogo de materiais, devem-se seguir
os seguintes passos:
► SUBSISTEMA DE CONTROLE
► VALORAÇÃO DE ESTOQUES
45
1. MÉTODO PEPS OU FIFO (FIRST IN FIRST OUT): o primeiro a
entrar é o primeiro a sair do estoque. Esse método proporciona
maior lucro para a empresa.
► INDICADORES DE GESTÃO
46
► CONSUMO NO PERÍODO (EM UNIDADES)
►APÊNDICE
LEC = 2 x C1 x b , em que C2 x I
C1 = custos envolvidos na aquisição, tais como custo do pessoal
de compras, custo de editais, publicidade, etc.;
b = demanda média anual prevista para o item (em unidades);
C2 = custo unitário final do item;
I = taxa (e, portanto, um valor percentual) que exprime o custo de
manutenção do estoque.
► SUBSISTEMA DE COMPRAS
48
a função existe e permite a transferência de um bem (ou serviço)
público para terceiros. Por outro lado, a função de aquisição
reveste-se de características próprias do setor público. Comprar é
buscar o atendimento às necessidades de produtos (ou serviços),
conforme os requisitos de qualidade estabelecidos pelo processo
produtivo, no tempo correto, com os melhores preços e condições
de pagamento. Cada organização, seja pública, seja privada,
realiza essa função segundo as normas internas, quase sempre
controlada pela administração superior. Nas empresas
particulares, dependendo de sua complexidade, existem
diferentes graus de controle do processo de compra, diversos
graus de complexidade e instâncias do processo.
Em empresas públicas, as normas estão estabelecidas em
dispositivos legais, cuja complexidade varia conforme o valor do
compromisso financeiro envolvido. Denomina-se licitação o
processo formal de aquisição executado por órgãos públicos,
desenvolvido conforme os preceitos estabelecidos para tal fim,
com o objetivo de atender às necessidades da organização
quanto à compra de produtos, bens ou serviços destinados ao
processo produtivo. As licitações no Brasil estão regulamentadas
pela Lei 8.666 de 21 de junho de 1993, atualizada pelas leis
8.883 de 8 de junho de 1994 e 9.648 de 27 de maio de 1998.
Todo administrador público deve necessariamente tê-las, lê-las e
conhecê-las.
► LICITAÇÃO
1. PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
As licitações possuem determinados princípios básicos que
devem ser observados para que ao final do processo este seja
válido e atenda aos objetivos da compra (ver definição acima).
● PROCEDIMENTO FORMAL
49
Os regulamentos internos das organizações tratam de
estabelecer as regras que nortearão as relações entre os
licitantes e a administração, adequando o processo licitatório aos
diplomas legais obrigatórios. O estabelecimento de regras claras,
sem aumento da burocracia, e o cumprimento da legislação são
os objetivos a serem perseguidos no momento da definição do
regulamento interno.
● VINCULAÇÃO AO EDITAL
O edital serve para mostrar aos participantes os bens, serviços
ou produtos que serão adquiridos e as regras utilizadas durante o
processo. Estas não podem ser alteradas durante o certame,
50
assim como não devem ser elaborados contratos para aquisição
de itens diferentes daqueles estabelecidos ao início dos trabalhos
e consignados no edital. Vale dizer que, no caso de materiais de
consumo, a descrição dos produtos, em geral, reproduz a
especificação do material, sendo esta mais uma razão para que
se tenha cuidado ao elaborar a descrição dos produtos, conforme
foi ressaltado quando se abordou a função de normalização.
● JULGAMENTO OBJETIVO
O julgamento das propostas deve ser feito com base em critérios
objetivos, se possível mensuráveis, observando-se a qualidade, o
rendimento do produto, os preços, os prazos de pagamento e
entrega, e outros que possam ser solicitados, integrantes do
edital, sendo vedada a introdução de parâmetros arbitrários e não
consignados no edital. Aqui também será possível verificar a
importância de uma especificação correta.
● ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
A adjudicação é um ato do processo em que a organização
define que o vencedor da licitação vai fornecer o produto. Um
procedimento licitatório sem vícios gera, após o julgamento, o
direito de o vencedor estabelecer o contrato com a instituição. Só
se admite que seja adjudicado a quem perdeu nos casos em que
o vencedor não puder fornecer, seja por desistência expressa,
seja por outros casos previstos na legislação.
52
apresentação pelos licitantes de: "Carta de credenciamento
expedida pelo fabricante, garantindo qualitativa e
quantitativamente o fornecimento, quando a proposta for
apresentada por representante ou distribuidor."
■ RECEBIMENTO DE PROPOSTAS
A modalidade escolhida depende dos valores envolvidos. A
legislação define para cada modalidade o prazo durante o qual
poderá ser feito o recebimento de propostas por meio de
protocolo geral da instituição. Decorrido esse tempo, pode-se
proceder à abertura delas.
53
■ RECURSO
O recurso pode ser interposto até cinco dias após o ato que o
motivou. Tão logo seja recebido, os demais participantes devem
ser notificados da existência do fato.
■ HOMOLOGAÇÃO E CONTRATO
A homologação só pode ser feita após decorrido o prazo legal
para a apresentação de recursos contra a adjudicação. É um ato
da autoridade superior da instituição e na prática significa a
autorização para que o proponente ao qual foi adjudicado o
fornecimento possa, finalmente, celebrar o contrato com a
entidade compradora do produto, bem ou serviço. O setor
administrativo recebe o processo devidamente homologado,
procedendo à confecção do contrato e cuidando dos passos para
sua assinatura. Somente após esse procedimento é que será
emitido o empenho, com a autorização para a entrega do material
ou a prestação do serviço. No caso de compras, a lei define as
hipóteses em que há a obrigatoriedade do contrato; do contrário,
o empenho é considerado documento equivalente.
3. O FORNECEDOR
54
ações para aumentar as possibilidades de fornecimento por meio
da manutenção de um cadastro atualizado de fornecedores, com
anotações de eventuais ocorrências e avaliações.
4. REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO
5. JULGAMENTO
55
elemento levado em consideração para a escolha da proposta
vencedora.
Entre os fatores que podem ser comparados para o julgamento e
que devem constar do edital podem-se citar: qualidade,
rendimento, preços, condições de pagamento, prazos, etc.
6. MODALIDADES DE LICITAÇÃO
●CONVITE
Modalidade utilizada para valores menores, em que os prazos de
recebimento das propostas são menores (cinco dias). É um
expediente mais ágil que permite a contratação de fornecedores
cadastrados ou não. O convite é válido desde que sejam
apresentadas no mínimo três propostas lícitas.
● TOMADA DE PREÇOS
Nessa modalidade só podem participar fornecedores
devidamente cadastrados, podendo fazê-lo até três dias antes da
data estipulada para o recebimento das propostas. As tomadas
de preços devem ser publicadas em órgãos da imprensa oficial
de modo resumido, com indicação do local onde o edital completo
pode ser obtido. As propostas podem ser entregues num prazo
de quinze dias após a data da publicação.
●CONCORRÊNCIA
56
Usada para contratos de maior valor. Podem participar
proponentes cadastrados ou não, desde que atendam aos
requisitos solicitados pelo edital para a qualificação dos
participantes. Independentemente dos valores envolvidos, é
obrigatório seu uso para os casos de alienação (venda) de bens
imóveis, concessão de direito de uso, obras públicas e para o
registro de preços. A publicidade é feita com antecedência de
trinta dias em jornal de grande circulação e no Diário Oficial.
●LEILÃO
Ocorre com a participação de qualquer interessado na aquisição
dos bens móveis que não servem mais à administração. Seu
prazo de publicação é de quinze dias anteriores à data estipulada
para o evento.
●CONCURSO
É a forma disposta para escolher um trabalho artístico, científico
ou semelhantes.
● PREGÃO
O pregão é uma modalidade de licitação de uso exclusivo da
Administração Pública Federal. Os editais são publicados na
internet e, dependendo dos valores envolvidos, na imprensa
oficial e jornais de grande circulação. Pode ser usado para
qualquer valor estimado de contratação.
57
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de
dezembro de 2004, O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) é constituído por um conjunto de
procedimentos de gestão. Estes procedimentos são planejados e
implementados a partir de bases científicas e técnicas,
normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de
resíduos de serviços de saúde e proporcionar aos resíduos
gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente,
visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
► MANEJO
O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de
ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados. Deve
focar os aspectos intra e extraestabelecimento, indo desde a
geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:
● 1 – SEGREGAÇÃO
● 2 – ACONDICIONAMENTO
58
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos
ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de
punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de
cada tipo de resíduo.
● 3 – IDENTIFICAÇÃO
Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento
dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo
informações ao correto manejo dos RSS.
59
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado,
de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de
substância química e frases de risco.
● 4 - TRANSPORTE INTERNO
Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de
geração até local destinado ao armazenamento temporário ou
armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a
coleta.
60
● 5 - ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os
resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e
otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à apresentação para coleta externa. Não pode ser feito
armazenamento temporário com disposição direta dos sacos
sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento.
● 6 – TRATAMENTO
O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos
resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou
químicos, realizado em condições de segurança e eficácia
comprovada, no local de geração, a fim de modificar as
61
características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e
promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes
nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.
● 7 - ARMAZENAMENTO EXTERNO
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização
da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso
facilitado para os veículos coletores. Neste local não é permitido
a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali
estacionados.
62
● 9 - DISPOSIÇÃO FINAL
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente
preparado para recebêlos, obedecendo a critérios técnicos de
construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo
com a Resolução CONAMA nº.237/97.
Relacionamento interpessoal
► RELAÇÕES HUMANAS
As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do
processo de interação. Nos podemos nos relacionar com as
pessoas profissionalmente ou simplesmente porque tivemos
empatia por ela(s), ou ainda por vários motivos.
63
• DIREÇÃO COOPERAÇÃO: Há a direção pelo profissional e
cooperação do paciente. Em todas as afecções em que o
paciente é capaz de fazer algo, o profissional lhe pede esta
cooperação (enfermidade aguda, infecciosa, acidentes).
Bibliografia/Links Recomendados
BORK, A.M.T. Enfermagem de excelência: da visão a ação. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
65