NDH Planos de Aula Historia 8

História Nos Dias de Hoje – 8º ano
PLANOS DE AULA
Amostra do Plano de Aula – História 8o ano

História – 8º ano
APRESENTAÇÃO
Os planos de aulas a seguir visam oferecer a você, professor(a), a distribuição
dos conteúdos do livro ao longo dos bimestres de modo que o trabalho com os
capítulos não deixe de fora temas considerados essenciais de serem abordados em
sala de aula com estudantes de Ensino Fundamental 2.
Durante a elaboração, o objetivo foi contemplar, essencialmente, o conteúdo do
livro, considerando apenas em algumas ocasiões projetos pedagógicos paralelos, que
são sugeridos em outra parte deste material. Para a realização dessa tarefa, buscou-
se equilibrar o conteúdo que será apresentado e discutido em sala de aula com
atividades escritas e orais que também serão realizadas em sala de aula. Por sua vez,
é sugerido que as atividades finais de cada capítulo, em virtude do caráter de
fechamento, sejam realizadas em casa e que se dedique uma aula específica para sua
correção. No entanto, quando algumas dessas atividades puderem contribuir para o
desenvolvimento de certos temas que estão em trabalho em sala de aula, procurou-se
inseri-las nesse contexto.
Nesta obra há dois tipos de objetos digitais: um que pode ter diferentes
formatos de apresentação (animações, infográficos, vídeos etc.), direcionado aos
alunos, e outro que é apresentado apenas em forma de vídeo, direcionado ao
professor. Os objetos digitais destinados aos alunos procuram aprofundar ou oferecer
informações adicionais referentes a alguns temas. Os objetos digitais direcionados ao
professor visam oferecer sugestões de trabalho em relação a alguns temas. Os
objetos digitais direcionados aos alunos são indicados nos planos de aulas de acordo
com cada contexto. Os objetos digitais direcionados ao professor podem contribuir
para o trabalho em diferentes momentos da obra e podem ser vistos e consultados
independentemente de estarem citados ou não em uma ou outra aula.
Os planos de aulas sugerem, ainda, pelo menos duas avaliações por bimestre,
em geral uma no meio e outra no final do bimestre. Entretanto, é importante destacar
que o processo avaliativo deve ser contínuo e não se reduzir, apenas, a esses dois
momentos.
É esperado, assim, que os planos de aulas possam contribuir com o
desenvolvimento do trabalho do(a) professor(a) ao longo do ano.
Bom trabalho!
1
PLANOS DE AULA
Número de aulas por semana: 2
Número de aulas por bimestre
Bimestre 1º 2º 3º 4º
Nº de aulas 18 16 16 14
Número total de aulas do ano: 64
2
PLANOS DE AULA
QUADRO DE CONTEÚDOS DO ANO,

ORGANIZADO POR BIMESTRE
Bimestre Assunto Capítulo Conteúdo
1º bimestre - As revoluções Capítulo 1 — As - O nascimento do
inglesas revoluções inglesas Parlamento inglês
- O nascimento do - A sociedade inglesa e os
Parlamento inglês Capítulo 2 — A cercamentos: a terra
Ilustração e o como mercadoria
- A sociedade inglesa despotismo - Grupos sociais e divisões
e os cercamentos esclarecido religiosas
- A Revolução Puritana
- A Revolução Capítulo 3 — A - A república instaurada
Puritana independência dos por Cromwell
Estados Unidos - A restauração da
- A República monarquia
instaurada por Capítulo 4 — A - A Revolução Gloriosa
Cromwell Revolução Francesa e - O pensamento ilustrado
o período - O liberalismo econômico
- A restauração da napoleônico - O despotismo
monarquia esclarecido: Prússia,
Rússia, Áustria, Espanha e
- A Revolução Portugal.
Gloriosa - As luzes e a escravidão
- A independência da
- A Ilustração e o América inglesa: o
despotismo comércio triangular, as
esclarecido leis do Açúcar e do Selo e
as leis intoleráveis
- O pensamento - A Proclamação da
ilustrado Independência: a
federação
- O liberalismo - A Revolução Francesa
econômico - A França antes da
revolução: crise
- O despotismo econômica e social, a
esclarecido convocação dos Estados-
-Gerais e a Assembleia
- As luzes e a Nacional
escravidão - Propostas de reformas:
liberdade, igualdade e
- A independência dos fraternidade
Estados Unidos - Os jacobinos no poder
- O Diretório: os
- A Revolução girondinos de volta ao
Francesa e o período poder
napoleônico - O golpe do 18 Brumário
e o período napoleônico
3
PLANOS DE AULA
- A convocação dos - O Bloqueio Continental

Estados-Gerais e a - A campanha da Rússia, a
Assembleia Nacional queda de Napoleão e o
Congresso de Viena
- O nascimento da
república: os
jacobinos no poder
- O Diretório: os
girondinos de volta ao
poder
- O golpe do 18
Brumário e o período
napoleônico
- A queda de
Napoleão e o
Congresso de Viena
4
PLANOS DE AULA
1º BIMESTRE
Objetivos
• Apresentar o processo revolucionário inglês no século XVII, com as disputas
entre a monarquia e o Parlamento e a importância dos movimentos sociais.
• Destacar os cercamentos e seu papel no processo de transição do feudalismo
para o capitalismo no Reino Unido.
• Estabelecer as principais características do conjunto de elementos culturais
do chamado pensamento ilustrado.
• Apresentar a primeira independência de uma colônia americana.
• Analisar o ineditismo da construção de um novo país com base no passado
colonial.
• Ressaltar as transformações sociais, econômicas e políticas decorrentes do
processo revolucionário francês, bem como os elementos culturais e
comportamentais envolvidos nesse processo.
Número de aulas do bimestre 18 aulas
Atividades com o uso de recursos Aulas 2, 14
tecnológicos
Avaliações sugeridas Aulas 8, 18
PLANOS DE AULA
Aula 1 – páginas 12 a 19
Peça aos alunos que observem as imagens da abertura do capítulo e discuta
com eles as questões propostas, orientando a leitura das imagens de acordo com o
Passo a passo sugerido na página 6. Procure mostrar o aspecto simbólico por trás de
toda a cerimônia.
Com relação ao Parlamento inglês, destaque que, se inicialmente ele surgiu
como elemento de enfraquecimento do poder real, com o tempo a aproximação do rei
com seus membros contribuiu para a consolidação do absolutismo na Inglaterra.
Destaque os fatores que levaram ao processo de cercamento das terras na
Inglaterra (ressaltando a contribuição do Ato de Supremacia e a criação da Igreja
Anglicana) e as consequências para os camponeses britânicos: sua expulsão das
terras com a consequente transformação delas em mercadoria. Ressalte, ainda, o
surgimento de novas classes sociais, com a transformação de antigos camponeses
em assalariados.
5
PLANOS DE AULA
Ao final dessa aula, retome a discussão referente à Reforma Protestante na
Inglaterra, ressaltando suas questões políticas e econômicas. Em seguida, promova
um debate sobre o contexto de colonização da América do Norte e prepare os alunos
para o tema específico do capítulo, a Revolução Puritana.
Atividades em sala de aula: páginas 12, 14, 15 e 17
Para iniciar a discussão do tema da aula, promova a visualização do Objeto
digital — O Parlamento e a execução de Carlos I de Inglaterra. Em seguida,
discuta com os alunos como o pacto existente entre o rei e o Parlamento foi
progressivamente rompido por Jaime I (1603-1625) e Carlos I (1625-1649), que
visavam retomar o controle sobre a política inglesa.
Nesse contexto, mostre aos alunos como as questões relativas às disputas
religiosas foram o estopim para o início do processo revolucionário que levaria à
derrubada da monarquia e à proclamação da república.
Por fim, discuta com os alunos o conceito de revolução. Para isso, faça uma
leitura coletiva do texto “O que é revolução”, debatendo seu conteúdo com base nas
mudanças ocorridas na Inglaterra que foram estudadas na aula.
Atividades em sala de aula: páginas 17 e 20
Inicie a aula apresentando a restauração da monarquia como elemento de
garantia contra possíveis radicalizações que pudessem contrariar os interesses dos
grupos dominantes da Inglaterra.
Promova um debate com os alunos sobre a questão da legitimidade do novo
monarca, Carlos II, que estava na aceitação (e vontade) de seu reinado pelo
Parlamento, instituição que não contrariou, relação que foi rompida por seu sucessor,
Jaime II, que tentou restaurar o absolutismo na Inglaterra, tentativa frustrada, que
levou ao trono seu genro, Guilherme de Orange.
Para finalizar a aula, promova um exercício de comparação entre as teorias de
Hobbes e Locke, sobretudo no que se refere ao direito de rebelião. Realize,
coletivamente, a atividade proposta na seção Bate-bola, da página 27,
contextualizando a atuação dos niveladores e dos escavadores como atitudes a que
os grupos dominantes queriam evitar e que os levaram a defender o retorno da
monarquia.
6
PLANOS DE AULA
Atividades em casa: páginas 27 a 29
Proponha que as histórias em quadrinhos da atividade 2 da seção Quebra-
cabeça, da página 27, sejam expostas em um mural na sala de aula. Se achar
adequado, sugira que a atividade seja feita em duplas. Ao discutir a questão 4 da
mesma seção, retome o significado dos cercamentos para a transição entre o
feudalismo e o capitalismo na Inglaterra.
Ao debater as questões propostas na seção Leitura complementar, da página
28, observe com os alunos que o Poder Legislativo não necessariamente é reflexo da
sociedade. Em tese, ele o representa já que as regras para a eleição dos
representantes é elemento de grande influência na eleição dos parlamentares. Dessa
forma, se há insatisfação com relação aos representantes, deve-se refletir, também,
sobre as regras que os colocaram no poder.
Na reflexão sobre a atividade proposta na seção Permanências e rupturas, da
página 28, destaque a limitação da garantia dos direitos individuais no Brasil, enquanto
na Inglaterra, em virtude da maior longevidade de sua tradição democrática, esses
direitos individuais possuem maiores garantias.
Promova um debate sobre as imagens de abertura do capítulo 2, páginas 30 e
31, destacando os elementos centrais em cada uma delas: um indivíduo, um
compasso e algo sendo medido (simbolizando um plano de construção). Em seguida,
pergunte aos alunos se conseguem identificar quem seriam os indivíduos presentes na
imagem. Para a identificação da entidade divina, retome o que foi estudado no 6º ano
em relação à auréola como marca de divinização. Em relação à figura de Newton que,
na imagem, representa o mundano, o secular, chame a atenção para as influências do
Renascimento na imagem (os detalhes da musculatura e a própria perspectiva da
imagem, como o semicírculo e o triângulo desenhado no suporte usado pelo
indivíduo). Por fim, peça aos alunos que observem as datas das imagens e pergunte
se eles fazem relação entre essas datas e os períodos já estudados (o que é possível
em relação às imagens que se referem ao período medieval).
Em seguida, retome o que foi estudado sobre o Renascimento, comentando
que, se os renascentistas deram grande passo na valorização da observação, não
houve necessariamente um rompimento com as tradições, especialmente no que se
refere à política e à religião. Os iluministas promoverão grande avanço nesse sentido,
7
PLANOS DE AULA
combatendo o misticismo, o Antigo Regime e a tradição. Para isso, defendem a
valorização da razão como mecanismo de leitura da realidade e para o
estabelecimento de regras de administração do Estado, que deveria, acima de tudo,
garantir a liberdade dos indivíduos. Criticava-se o absolutismo e os privilégios da
nobreza e do clero.
Por fim, por meio do texto “Teorias e experiências”, na página 32, apresente as
ideias dos pensadores que contribuíram para a construção do pensamento ilustrado e,
por meio do texto “Principais filósofos ilustrados”, na página 34, apresente o
pensamento de alguns dos principais pensadores iluministas.
Atividades em sala de aula: páginas 30, 33 e 35
Inicie a aula perguntando se os alunos conhecem o termo “liberalismo
econômico” e, se conhecem, o que sabem sobre ele. Com base nas respostas dos
alunos, oriente um debate sobre o tema contextualizando o surgimento de novas
ideias econômicas na época do iluminismo. Mostre a oposição entre o liberalismo
econômico (que preconiza o mínimo de intervenção estatal na economia) e o
mercantilismo (modelo em que o Estado tem grande intervenção na economia).
Comente, no entanto, que, apesar do princípio liberal comum entre os economistas da
ilustração, eles divergiam quanto ao que consideravam a fonte de riqueza de um
Estado: os produtos provenientes da terra (fisiocratas) ou do trabalho (Adam Smith).
Destaque, ainda, o forte racionalismo dos economistas liberais, visando o
aumento da produção com a respectiva diminuição dos custos e a enorme fé que
depositavam no indivíduo, como aquele que constrói, sozinho, sua riqueza. Para
enfatizar esse último ponto, realize a atividade proposta na seção Bate-bola, da
página 36.
Ao final, promova um debate sobre outros aspectos relevantes do iluminismo,
como sua influência na arte, na educação e na ciência, bem como alguns de seus
desdobramentos – como a racionalização administrativa promovida em alguns estados
absolutistas por meio de seus déspotas esclarecidos – e contradições, como defender
os direitos humanos ao mesmo tempo que não criticavam a escravidão, que era
defendida por alguns iluministas.
8
PLANOS DE AULA
Com relação à atividade 2, da seção Quebra-cabeça, da página 40, observe
se as respostas dos alunos possuem uma sequência lógica em sua elaboração. No
debate presente na seção Leitura complementar, da página 41, observe com os
alunos a posição de onde cada autor fala. Voltaire era de origem abastada e ligado à
aristocracia, enquanto Rousseau sequer teve uma família estruturada em sua infância.
Apesar disso, comente que as origens das pessoas não necessariamente definem por
completo o olhar do respectivo indivíduo sobre o mundo, mas que é sempre
importante levarmos esse elemento em consideração quando analisamos a obra de
um pensador ou de outra pessoa com a qual nos relacionamos em nosso cotidiano.
Na análise sobre a obra proposta na seção Olho no lance, da página 42,
destaque a relação entre o movimento estudado (iluminismo) e a luz que clareia o
ambiente, tornando-o mais fácil de ser visto (e compreendido) pelos indivíduos
presentes na imagem.
Atividades em casa: páginas 42 e 43
Aula 8 – Primeira avaliação bimestral

Ao final do capítulo 2, realize a primeira avaliação bimestral para verificar o
aproveitamento dos alunos em relação aos temas e conceitos trabalhados.
Introduza a análise das imagens da abertura comentando com os alunos que
os Estados Unidos, assim como o Brasil, tiveram um passado colonial, e que as
imagens mostradas têm relação direta com o rompimento desse passado.
Destaque as diferenças entre a colonização do norte, estruturada em pequenas
propriedades agrícolas voltadas para o consumo interno, e a do sul, ancorada na
grande propriedade exportadora. Destaque, também, as relações comerciais entre
norte e sul, o modelo de trabalho utilizado em cada uma dessas regiões, assim como
a diferença entre a colonização inglesa, que conferia relativa autonomia à sua colônia,
e a promovida por Portugal e Espanha. Para tornar essas informações mais concretas
visualmente para os alunos, mostre a eles, no mapa da página 46, a localização das
treze colônias.
Por fim, comente com os alunos como cada um dos elementos envolvidos no
comércio triangular tinham seus interesses atendidos, destacando que, no norte, parte
dos lucros auferidos com esse comércio foram reinvestidos em manufaturas.
9
PLANOS DE AULA
Inicie a aula destacando a década de 1760 como o período da virada na
relação entre a Inglaterra e os colonos que viviam em sua colônia americana. Ressalte
a tentativa inglesa de praticar em sua colônia uma relação de dominação mais
ostensiva, primeiro ao tentar ampliar o espaço de seus produtos manufaturados nos
mercados coloniais (o que contrariava os interesses dos colonos que ocupavam
localmente esse mercado) e, segundo, ao taxar as atividades desenvolvidas na
colônia, além de o significado, para os colonos, da proibição de imprimirem papel-
moeda.
Após esse debate inicial, comente que a sensação de perda de autonomia
aumentou e ganhou mais concretude, com as leis do açúcar, do selo e do chá nos
anos seguintes, que criaram um clima de insatisfação generalizada na colônia. Isso
levaria à organização dos colonos para o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia
em 1774 e à tentativa de reestabelecer uma situação mais favorável aos colonos para,
depois, organizarem o Segundo Congresso Continental, que conduziria, efetivamente,
o país à independência.
Para finalizar essa aula, debata com os alunos que foi o processo de retirada
de autonomia dos colonos americanos, sobretudo por meio de taxações, que acabou
levando à declaração de independência em 1776 e à Guerra de Independência,
vencida pelos colonos. Em seguida, faça uma leitura coletiva da imagem da página 49,
que aborda o Massacre de Boston, e evidencie para os alunos o processo de
unificação das trezes colônias.
Inicie a aula perguntando aos alunos se eles se lembram da proposta de
organização do Estado defendida por Montesquieu. Depois, estabeleça um debate
com a turma apresentando o processo de organização política e a montagem do novo
governo na região. Comente os aspectos inovadores implantados na nação recém-
independente, como a república tripartite e democrática como forma de governo e a
instituição de eleições.
Nesse processo, alguns dilemas foram postos diante dos legisladores
americanos, como a questão de um governo centralizado ou descentralizado,
debatendo com eles os pontos de vista de cada um dos defensores dessas propostas.
10
PLANOS DE AULA
Por fim, discuta com os alunos a contradição entre a defesa da liberdade e a
manutenção da escravidão e a questão indígena, elementos que podem ser
reforçados por meio de um debate coletivo sobre as imagens da seção Bate-bola, da
página 52.
Atividades em sala de aula: páginas 51 a 55
Aula 12 – página 57 a 59
Para a realização da atividade 5, da seção Quebra-cabeça, da página 57,
proponha a confecção de uma linha do tempo coletiva a ser realizada na lousa por
meio das contribuições dos alunos, como forma de consolidar um modelo construído
por todos.
No debate presente na seção Leitura complementar, da página 57, retome as
influências iluministas presentes no processo de independência americano.
Na análise da imagem da seção Olho no lance, da página 58, destaque a
hegemonia da visão masculina e branca de todo o processo de independência.
Para finalizar a aula, analise com os alunos o texto da seção Permanências e
rupturas, da página 59, e relacione a frase de Obama à ideia de defesa da dignidade
humana à luta dos independentistas de 1776. Em seguida, proponha um debate com
os alunos sobre se a ideia da generalização de uma defesa americana do restante da
humanidade não seria uma visão imperialista.
Para a análise das imagens da abertura (atividade interessante para levantar
os conhecimentos prévios dos alunos), observe com a turma que a ordem a ser
estabelecida é referente aos acontecimentos presentes na imagem, e não
necessariamente de quando foram pintadas.
Em seguida, peça aos alunos que observem a imagem da página 62 e auxilie-
os na análise, explicando a estrutura social em que a França estava dividida na época.
Ressalte, no entanto, que o terceiro estado não era composto apenas de
camponeses, mas também de outros trabalhadores urbanos e de burgueses.
Após a apresentação da estrutura social do Antigo Regime francês, debata o
contexto econômico francês no período, enfatizando não só a questão da crise no
campo, mas também a ligação entre o problema financeiro francês e a independência
dos EUA, assim como as disputas entre franceses e ingleses.
Por fim, apresente aos alunos as razões que levaram o monarca francês a
convocar os Estados Gerais e a conjuntura – dando destaque para a própria fissura
11
PLANOS DE AULA
existente no primeiro e no segundo estados – que propiciou ao terceiro estado dar
início ao processo revolucionário de fato, transformando a reunião convocada em uma
Assembleia Nacional, que, pouco depois, seria transformada em Assembleia Nacional
Constituinte.
Nessa aula, o tema central é a revolução em seus primeiros dias e sua
radicalização na fase jacobina. Deixe claro para os alunos a centralidade da burguesia
nos primeiros momentos da revolução, que soube se aproveitar da insatisfação
popular para atacar a nobreza e o clero e proceder às mudanças que lhe
interessavam: igualdade perante a lei, abertura das carreiras ao talento, constituição
escrita e governo parlamentar. Para dar uma ideia aos alunos da velocidade dessas
transformações e do clima do momento, como sugestão, exponha a aula com datas e
acontecimentos na lousa.
Em seguida, apresente para os alunos a consequências da tentativa de fuga de
Luís XVI, que culminou com o início de uma guerra entre Áustria e Prússia, o fim da
monarquia, com a decapitação do próprio Luís XVI, e, dentro da Assembleia, a
ascensão dos jacobinos ao controle da revolução. É importante esclarecer aos alunos
que os jacobinos, apesar de mais próximos dos setores menos privilegiados, como os
sans-culottes, também eram burgueses.
Com relação à ascensão jacobina, deixe claro para os alunos a relação entre a
grave crise econômica e militar pela qual passava a França naquele momento e a
radicalização promovida por Robespierre, no intuito de impedir o contragolpe
monárquico.
Com base no texto da seção Bate-bola, da página 68, promova um debate
acerca da participação feminina em todo o processo revolucionário. Para isso, além da
leitura do texto dessa seção, promova a visualização do Objeto digital — As
mulheres na Revolução Francesa. Para uma reflexão sobre a questão feminina em
sala de aula, veja o vídeo As mulheres no passado e no presente.
Ao final, comente com os alunos a mudança na relação entre os indivíduos dos
estados europeus que ocorre a partir da Revolução Francesa, com uma ascensão de
diferentes nacionalismos no continente.
12
PLANOS DE AULA
Inicie a aula comentando com os alunos que, apesar do nome Revolução
Francesa, o processo revolucionário não foi único nem dirigido por um único grupo.
Dentro da revolução, diferentes grupos disputavam o poder, alternando-se em seu
controle, que foi o que ocorreu em 1794, quando, após os excessos dos jacobinos, os
burgueses girondinos retomaram a iniciativa, criando o Diretório. O mesmo aconteceu
com os girondinos quando, ao se aproximarem do exército para sustentar-se no poder,
acabaram criando uma situação propícia para que um general desse mesmo exército,
Napoleão Bonaparte, desse um golpe, pondo fim ao Diretório e iniciando uma ditadura
militar.
Ressalte para os alunos que a ascensão de Napoleão deu garantias aos
burgueses de que seus princípios não corriam riscos de serem prejudicados por
iniciativas populares. Assim, destaque que os próprios burgueses que estiveram
envolvidos na proclamação da república não necessariamente se opuseram à
implantação de um regime imperial, pois as conquistas napoleônicas, bem como a
reorganização do estado que promovera, os beneficiavam.
Ressalte as consequências das conquistas de Napoleão, como a
desestruturação do Antigo Regime na Europa e a disseminação de alguns princípios
iluministas para outros países europeus. Contudo, isso lhes custou anos de
dominação francesa. Além disso, discuta com os alunos a contradição entre os
princípios liberais supostamente defendidos por Napoleão e a realidade das
ocupações. Para um interessante debate acerca dessa questão, antecipe a análise
sobre a imagem da seção Olho no lance, das páginas 78 e 79.
Por fim, destaque a importância do Código Civil napoleônico como importante
instrumento de garantias liberais e retome com os alunos os conceitos de república e
monarquia.
Atividades em sala de aula: páginas 71, 72, 78 e 79
Nessa aula, o objetivo é apresentar aos alunos os elementos que levaram à
derrocada de Napoleão. Para isso, inicie a aula demonstrando o Bloqueio Continental
como primeiro elemento a promover uma fissura no bloco de apoio a Napoleão: os
burgueses que tiveram seus interesses contrariados pela diminuição de seus negócios
com a Inglaterra. Entretanto, comente com eles que esse mesmo bloqueio foi
importante para os movimentos de libertação na América espanhola e pela vinda da
13
PLANOS DE AULA
Coroa portuguesa para o Brasil em 1808, o que também contribuiria para o processo
de independência do Brasil.
Para finalizar, comente com os alunos que, mesmo com a perda de apoio
iniciada com o Bloqueio Continental, em virtude da Campanha da Rússia alguns anos
depois, Napoleão seria destronado, o que daria início ao processo de reação
monárquica, que teve seu auge no Congresso de Viena e na proposta de restauração
monárquica defendida pelo político austríaco Klemens. Para melhor compreensão dos
alunos sobre o significado do Congresso de Viena, faça uma leitura coletiva
comparando os mapas das páginas 75 e 76.
Atividades em sala de aula: página 74
Para garantir a compreensão plena de alguns dos conceitos discutidos no
capítulo, faça um quadro na lousa com as palavras propostas para o dicionário na
questão 2, da seção Quebra-cabeça, da página 77, e compare algumas das
definições propostas pelos alunos. Caso seja necessário, complemente-as. Se achar
adequado, para o desenvolvimento da questão 5 da mesma seção, proponha uma
atividade interdisciplinar com Arte.
Na análise referente ao texto da seção Leitura complementar, da página 77,
retome o conceito de revolução, discutido no capítulo 1, propondo uma reflexão sobre
as mudanças políticas e culturais promovidas pela Revolução Francesa.
Por fim, no debate referente ao texto proposto na seção Permanências e
rupturas, das páginas 78 e 79, retome a importância política da Revolução Francesa
não só para a França naquele momento, mas também para toda a Europa nos anos
seguintes.
Aula 18 – Segunda avaliação bimestral

Ao final do capítulo 4, realize a segunda avaliação bimestral para verificar o
aproveitamento dos alunos em relação aos assuntos e conceitos trabalhados.
14

NDH Planos de Aula Historia 8

Uploaded by

Document Information

Original Title

Copyright

Available Formats

Share this document

Share or Embed Document

Sharing Options

Did you find this document useful?

Is this content inappropriate?

Copyright:

Available Formats

NDH Planos de Aula Historia 8

Uploaded by

Copyright:

Available Formats

História Nos Dias de Hoje – 8º ano

Amostra do Plano de Aula – História 8o ano

QUADRO DE CONTEÚDOS DO ANO,

- A convocação dos - O Bloqueio Continental

Aula 8 – Primeira avaliação bimestral

Aula 18 – Segunda avaliação bimestral

You might also like