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Já nos anos de 1930, temos o que vamos chamar de casamento dos astros da música com o
cinema, pois Duke Ellington (um dos pais do jazz) cria músicas, especialmente, para produções
hollywoodianas.
Já em 1934 ganha o Oscar de melhor filme Cavalgada que narra os olhares e ideias de um casal
britânico (Jane e Robert Marryot) que passa por diversos momentos como: a Guerra dos Boers, a
morte da rainha Vitória, e a Primeira Guerra mundial, e esses acontecimentos influenciaram em
suas vidas.
Também não poderíamos esquecer que os primeiros passos de Hollywood (como instituição) deu
foram o resultado de uma intensa influência do cinema expressionista alemão. Além disso o
cinema norte-americano surge como fonte política contrária ao cinema realista russo que surgia
como propaganda institucionalizada pelo Estado.
A Formação do Comitê
Um dos primeiros comitês da Academia era formado por sete pessoas que sugeria o
prêmio em doze (12) categorias. Os primeiros prêmios da Academia foram
apresentados oficialmente em uma festa black-tie no Hotel Blossom em 16 de maio
de 1929. Desde a primeira cerimônia até o ano de 1940, o resultado era conhecido
previamente, foi em 1941 que a Academia adotou o sistema de envelope lacrados
vigentes até hoje.
Trasmissão da Cerimônia
A segunda cerimônia de entrega dos prêmios concedidos pela Academia já era
transmitida por rádio. O entusiasmo pela cerimônia era tal que uma estação de rádio
de Los Angeles produziu uma transmissão de uma hora ao vivo do evento. A
televisão apresentou pela primeira vez a cerimônia do Oscar em 1953, mas apenas
para os Estados Unidos e Canadá, e foi apenas em 1966 que a grande festa do
cinema norte-americano foi transmitido por televisão a cores. Desde 1969, a
transmissão do Oscar começou a alcançar outros países, agora alcança mais de
200 países.
História de Hollywood década de 1950
São nos intensos anos de 1950 que a TV encontra a festa da Academia, o Oscar, e nessa época
que Marlon Brando ganhou o Oscar de melhor ator no filme Sindicato de Ladrões (1954, Elia
Kazan).
Sindicato de Ladrões vai renovar Hollywood com seu realismo nas imagens ( roupas
amarfanhadas, os barracos perto do cais), debatia o compromisso com a verdade, e falar sobre
o significado incerto das certezas. Mas, o mais importante nesse filme será a atuação de Brando
que vai imprimir um novo método de atuação voltado para o realismo do personagem.
Nessa década dois outros filmes vão contribuir para renovação em Hollywood:Juventude
Transviada (1955, Nicholas Ray) e Anjo do Mal (1953, Samuel Fuller). Na festa de 1958, um
dos apresentadores foi o ator de western e futuro presidente Ronald Reagan. No ano seguinte, a
festa do Oscar já é transmitida ao vivo pela TV.
No cenário mundial, a epóca será de intenso debate sobre a sociedade de massa e sobre as
consequências devastação da 2° Guerra Mundial. Na Itália já no final da década de 1940 e
principalmente na década seguinte surge o Neorrealismo Italiano que tenta descrever as
mazelas de uma sociedade arrasada pela guerra, fome e miséria.
Essa época também será de quebra de barreiras étnicas em Hollywood, Sidney Poitier é o
primeiro negro a ganhar o prêmio de melhor ator por sua atuação em Uma Voz nas
Sombras (1963).
Da Broadway surge uma atriz desconhecida que Hollywood vai se apaixonar, Jule Andrews,
ganhadora do Oscar de melhor atriz no papel da protagonista do filme Mary Poppins em 1965.
Em 1968, o gênio Alfred Hitchcock recebeu o prêmio honorário Irving Thalberg dado pela
Academia na cerimônia do Oscar.
História de Hollywood década de 1960
Se os anos de 1960 surgiram com estrondo das megaproduções (Ben-Hur, Lawrence da
Arábia e Cleópatra), vão ver florescer os gêneros (se é possível falar em gênero dentro da
perspectiva pós-moderna) western, sci-fi e das vanguardas (Cinema Novo e Nouvelle
Vague).
Os anos de 1970 vão começar com um certo mal-estar nos grandes estúdios de Hollywood, é a
primeira vez na história que há um crise sem precedentes na indústria cinematográfica norte-
americana.
Ao longo de sua história, Hollywood enfrentou diversas crises. Entretanto, a crise a mais severa
aconteceu no final da década de 1960 até a década seguinte, quando os grandes estúdios de
Hollywood vieram ao limiar da bancarrota.
Durante esse período, o cinema hollywoodiano aproximou-se das vanguardas europeias, o que
trouxe um renascimento do cinema norte-americano e constituiu o que foi chamado pela crítica de
Nova Hollywood.
A sofisticação dos roteiros, característica do Renascimento de Hollywood, deve ser atribuída onda
de novos cineastas talentosos, independentes, que tiveram algum treinamento na televisão ou
eram formados em Cinema (grandes exemplos de diretores que surgem nessa época são:
Spielberg, George Lucas, Coppola e Scorsese).
Os grandes estúdios começaram perder seu poder (devido à redução drástica do público nas
História de Hollywood década de
1970
O termo 'Nova Hollywood ', aplica-se ao breve período de inovação radical e à sensibilidade
artística dos anos de 1960 aos anos de 1970.
O renascimento assim chamado foi seguido por seu oposto, conservador, voltado ao mercado e
regido pelos conglomerados e corporações que alguns críticos, para o diferenciar do termo
precedente, chamam de 'Hollywood Pós-Moderna' ou 'Hollywood Pós-Clássica‘. Diversos
críticos, tais como Michael Ryan e Douglas Kellner, explicam esta volta conservadora na cultura
americana está associada à administração de Ronald Reagan. Embora os filmes de época pós-
1975 pareçam refletir as mudanças sociais e políticas dessa época.
São nas bases de uma sólida cultura midiática que a ação heróica norte-
americana vão se erguer os filmes: Rambo e Top Gun. A questão étnica e
a temática do corpo vão criar imagens, figuras, cenas e códigos que
alimentam a narrativa ideologicamente da Nova Direita.
Aqui um trecho de uma entrevista de Gus Van Sant e ele fala da independência
de suas produções.
Aqui vou colocar um trecho de uma entrevista dos irmãos Coen feita por Laurent Tirard.
Ethan: realizar um filme é uma espécie de número de equilibrista no qual você deve aprender a
oscilar o que deseja e o que é possível obter.[...] Mas creio que, no final das contas, o que é
preciso saber, o que é vital controlar e jamais perder de vista, é a ideia motriz do filme. Essa
ideia é a ideia que você teve no começo, a que lhe deu vontade de fazer o filme.
Joel: em nosso caso é verdade que controlamos o filme do início ao fim: nós mesmos
escrevemos, produzimos, realizamos e montamos. No conjunto, conseguimos em geral fazer o
que queremos. [...] A maioria dos autores são acima de tudo escritores que veem na direção uma
maneira de estender fielmente para a tela o que escreveram no papel. Mas nós não funcionamos
assim. Nossa vontade de contar histórias é inteiramente visual, e mesmo que sejamos muito
exigentes e minuciosos quanto ao trabalho da escrita, vemos o roteiro apenas como uma
Hollyood_Anos 2000
Como Spielberg, ele é um pouco filho natural de Walt Disney, mas um filho
escondido, maldito, que teria crescido numa caverna [...] Graças à sua imaginação
sem limites e senso de poesia visual, Tim Burton assina filmes mágicos que nos
convidam a descobrir a beleza oculta dos monstros. Estas são as palavras descritas
por Laurent Tirard do seu entrevistado Tim Burton.
Tim Burton: logo no início, o que me atraía era o desenho animado, e depois de
alguns estágios em diversos estúdios de animação, me vi como desenhista da
Disney. Mas logo ficou claro que minhas ideias não correspondiam de modo algun
ao espírito do estúdio do Mickey. Eu destoava um pouco na paisagem. Em outra
época, logo me teriam demitido. Mas foi um momento em que o estúdio estava em
plena crise.
De certa maneira, a animação foi uma boa escola de direção, pois me obrigava a
fazer tudo por mim mesmo - o quadro, a luz, a interpretação, os diálogos - e,
portanto, a saber dominar todos esses aspectos.
Hollyood_Anos 2000
Sou fascinado pelos Estados Unidos, não há dúvida sobre isso. [...] eu sou atraído
por ele. Eu não acho que é estranho para um estranho querer ir e fazer filmes que
são essencialmente norte-americanos. Acho que o século 20 mostra que existe uma
tradição de povos que estão sendo atraídos para os Estados Unidos como o local da
grande paisagem mítica. Você pode contar grandes histórias lá que você pode não
ser capaz de dizer em grande escala, e de graça em outro lugar. Essa frase foi dita
por Sam Mendes, diretor britânico, mas que tem uma fascinação pelos Estados
Unidos, por isso elencamos esse diretor entre os jovens diretores norte-americanos.
Samuel Alexander Mendes, conhecido apenas por Sam Mendes nasceu em primeiro
de agosto de 1965 em Reading, Inglaterra dos pais de James Pedro Mendes, um
professor universitário aposentado, e Helene Valerie Mendes, autora de livros
infantis.
O casamento dos pais não durou muito tempo, o divórcio aconteceu em 1970,
quando Sam foi de apenas 5 anos de idade. Sam estudou na Universidade de
Cambridge e entrou para a Chichester Festival Theatre após sua graduação em
1987.
Hollyood_Anos 2000
Em 1992, tornou-se diretor artístico da Donmar Warehouse
reaberto em Londres, onde dirigiu produções como "The Glass
Menagerie" e o renascimento do musical "Cabaret", que ganhou
quatro Tony Awards, incluindo uma de Melhor Revival de um
Musical .
Em 1999, ele teve a chance de dirigir seu primeiro filme, Beleza
Americana (1999). O filme ganhou cinco Oscar, incluindo Melhor
Filme e Melhor Diretor para Mendes, que é um feito raro para um
diretor de cinema iniciante.
2 Características básicas:
Todos os meus filmes são ligados por preocupações semelhantes,
se você olhar abaixo da superfície. Estão todos mais ou menos
perdidos e tentando encontrar um caminho.
Muitas vezes, os seus filmes começam com uma narração a cargo
do personagem principal, no final do filme o personagem termina
sua narração em muito da mesma maneira que começou.