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Conforme Novo CPC - Direito Processual Civil p/ TST (Analista Judiciário - Área
Judiciária)
APRESENTAÇÃO DO CURSO
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
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DISPONÍVEL CONTEÚDO
Disponível JURISDIÇÃO.
Aula 02
DA COMPETÊNCIA.
Disponível
Aula 04
DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA.
Disponível
Aula 06
DOS ATOS PROCESSUAIS.
Disponível
Aula 10
DO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Disponível
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 02
2. Cronograma 03
3. Capítulo I: Da Jurisdição 07
4. Resumo 55
6. Questões comentadas 62
7. Gabarito 75
8. Bibliografia 76
CAPÍTULO I: DA JURISDIÇÃO
INTRODUÇÃO
O conflito é uma característica inerente do ser humano. Quando não
havia um Estado organizado, a solução dos conflitos dava-se pela atuação dos
próprios interessados - aquele que dispusesse de maior força ou sagacidade
vencia a disputa. A solução dos conflitos consolidava-se, desse modo, por
instrumentos parciais.
1
O Fórum Permanente de Processualistas Civis emitiu vários enunciados com o intuito de facilitar a
interpretação do CPC/2015. Esses enunciados serão citados ao longo de nosso curso.
A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substitui-se a vontade privada por uma
atividade pública.
Gabarito: Certo
(DPE BA) No Direito Processual Civil Brasileiro, a jurisdição compreende três poderes, que são o
COMENTÁRIOS:
de
a) decisão, o de coerção e o de documentação.
b) coerção, o de documentação e o de exposição.
c) documentação, o de exposição e o de disposição.
d) exposição, o de disposição e o de decisão.
e) disposição, o de decisão e o de coerção.
Gabarito: A
Graficamente:
O conflito é uma característica inerente do ser humano. Quando não havia um Estado
organizado, a solução dos conflitos dava-se pela atuação dos próprios interessados -
aquele que dispusesse de maior força ou sagacidade vencia a disputa. A solução dos
conflitos consolidava-se, desse modo, por instrumentos parciais.
A partir da consolidação do Estado, passou a existir o poder central para a solução dos
conflitos, O PODER ESTATAL. Ao poder judiciário, não participante do litígio, portanto
imparcial, atribuiu-se a função de aplicar a lei, em regra abstrata, em busca da
pacificação social. Atribuiu-se a ele o chamado poder jurisdicional.
CONCEITO: A jurisdição consiste no poder conferido ao estado, por meio dos seus
representantes, de atuar no caso concreto quando há situação que não pôde ser dirimida no
plano extrajudicial, revelando a necessidade da intervenção do estado para que o conflito
estabelecido seja solucionado.
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional.
O que é necessário para postular em juízo? É necessário ter interesse e legitimidade.
Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio? Regra geral não, mas há casos em que o
ordenamento jurídico autoriza.
Havendo substituição processual, o substituído passa a intervir no processo? Sim, ele poderá intervir como
assistente litisconsorcial.
E o interesse do autor se limita a quê? O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
AUTOTUTELA
ARBITRAGEM
AUTOCOMPOSIÇÃO
A aceitação, por sua vez, ocorre quando um dos sujeitos reconhece o direito
do outro, passando a guiar-se pela plena consonância com este
reconhecimento.
MEDIAÇÃO
AUTOCOMPOSIÇÃO
X Y
Mediação, Conciliação e Negociação.
Facilitação/Sugestão/Negociação. Conciliação/Sugestão
X Y
Mediação/Facilitação
X Y
Negociação/Negociação
CPC/2015:
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
(Este é um mandamento Constitucional, art. 5º, inciso XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito. Veja que o Novo CPC deve observar o texto constitucional. Lembram do Neoconstitucionalismo trabalhado no
tema “Jurisdição”? Pois bem, vejam ele incidindo no art. 3º do CPC/2015)
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão
ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público,
inclusive no curso do processo judicial.
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
O mediador, por seu turno, já tem um papel mais amplo. Exerce uma
atividade de comunicador das partes, é um facilitador do diálogo. Auxilia os
envolvidos a compreender as questões do conflito, para que possam chegar a
soluções consensuais. É mais indicada quando já existe uma relação anterior
entre as partes, como nas relações familiares e societárias. A mediação atinge
êxito quando as partes chegam a um resultando que gere benefícios mútuos.
CPC/2015:
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão
inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que
manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.
Art. 174. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e
conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais
como:
I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública;
II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no
âmbito da administração pública;
III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta.
Art. 175. As disposições desta Seção não excluem outras formas de conciliação e mediação
extrajudiciais vinculadas a órgãos institucionais ou realizadas por intermédio de profissionais
independentes, que poderão ser regulamentadas por lei específica.
Parágrafo único. Os dispositivos desta Seção aplicam-se, no que couber, às câmaras privadas de
conciliação e mediação.
CPC/2015:
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão
inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que
manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por entidade
credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com
o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua
inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal.
§ 2o Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal remeterá ao
diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o conciliador ou o mediador os
dados necessários para que seu nome passe a constar da respectiva lista, a ser observada na distribuição
alternada e aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.
§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e mediadores constarão todos
os dados relevantes para a sua atuação, tais como o número de processos de que participou, o sucesso
ou insucesso da atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o
tribunal julgar relevantes.
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão classificados sistematicamente pelo tribunal, que os
publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da população e para fins estatísticos e de avaliação
da conciliação, da mediação, das câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores e
dos mediadores.
§ 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão
impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.
§ 6o O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores e mediadores, a ser
preenchido por concurso público de provas e títulos, observadas as disposições deste Capítulo.
CPC/2015:
Art. 169. Ressalvada a hipótese do art. 167, § 6º, o conciliador e o mediador receberão pelo seu
trabalho remuneração prevista em tabela fixada pelo tribunal, conforme parâmetros estabelecidos pelo
Conselho Nacional de Justiça.
§ 1º A mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho voluntário, observada a
legislação pertinente e a regulamentação do tribunal.
§ 2º Os tribunais determinarão o percentual de audiências não remuneradas que deverão ser
suportadas pelas câmaras privadas de conciliação e mediação, com o fim de atender aos processos em que
deferida gratuidade da justiça, como contrapartida de seu credenciamento.
CPC/2015:
Art. 168 do NCPC. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a
câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.
§ 2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles
cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação.
§ 3° Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou conciliador.
Perguntas Respostas
E quando o réu deve ser citado? O réu deve ser citado com pelo menos 20 (vinte) dias de
antecedência.
Quantas sessões podem ocorrer na Poderá haver mais de uma sessão destinada à
audiência de conciliação e mediação? conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2
(dois) meses da data de realização da primeira sessão,
desde que necessárias à composição das partes
(condição).
E quem faz a intimação do autor? A intimação do autor para a audiência será feita na
pessoa de seu advogado.
Quando o autor deverá apresentar o seu O autor deverá indicar, na petição inicial, seu
desinteresse pela audiência? desinteresse na autocomposição.
E o réu? Quando deverá apresentar seu Deverá o réu apresentar seu desinteresse por petição, no
desinteresse pela audiência? mínimo 10 (dez) dias antes da data da audiência.
Pode haver audiência por via eletrônica? Sim. A audiência de conciliação ou de mediação pode
realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
Caso o autor ou o réu não justifique a Sim. O não comparecimento injustificado do autor ou do
ausência na audiência, poderá a eles ser réu à audiência de conciliação é considerado ato
imputada alguma sanção? atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com
multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado.
É obrigatória a presença de um advogado? Sim. As partes devem estar acompanhadas por seus
advogados ou defensores públicos.
A parte poderá nomear alguém para Sim. A parte poderá constituir representante, por meio de
negociar em seu nome? procuração específica, com poderes para negociar e
transigir.
Caso a autocomposição seja obtida, é Sim. Uma vez obtida a autocomposição, esta será
necessário reduzi-la a termo? reduzida a termo e homologada por sentença.
CLASSIFICAÇÃO
Jurisdição Comum: Jurisdição Federal e Estadual.
Dividem-se em jurisdição civil e penal.
Jurisdição Nacional: UNA
Jurisdição UNA: Adotada no Brasil: Poder Judiciário exerce a jurisdição com exclusividade (causas comuns
e administrativas). As causas que envolvem o Estado são julgadas pelo Poder Judiciário.
Jurisdição DUAL: Adotada, por exemplo, na França. Tribunais Judiciários (causas comuns) e Tribunais
Administrativos (causas administrativas). As causas que envolvem o Estado são julgadas pelo Poder
Administrativo.
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou
obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens
situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do
território nacional.
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as
disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de
sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação
quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida
pelo réu na contestação.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas
neste Capítulo.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
(TST) A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos de
interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, é correto dizer que a jurisdição pode ser
classificada em comum ou especial.
a) Certo
b) Errado
Gabarito: Certo
(TST) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo claro de jurisdição comum.
a) Certo
b) Errado
Gabarito: Errado
(TST) Considerando-se a sistemática federativa vigente no Brasil, a justiça comum é dividida em federal
e estadual.
a) Certo
b) Errado
Gabarito: Certo
VOLUNTÁRIA
Vamos, logo abaixo, analisar um pouco mais sobre esse assunto: jurisdição
voluntária como administração pública de interesses privados e jurisdição voluntária
como atividade jurisdicional.
INTERESSES PRIVADOS
I - emancipação;
II - sub-rogação;
(clássica)
Não há substutividade; juiz é administrador Há substutividade: juiz é juiz. Decide sobre a lide no
exercício do poder que é investido de Jurisdição.
(TJ - ES) A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada
graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade
Gabarito: Certo
[...] não parece adequado afirmar categoricamente que na jurisdição voluntária não há
bem litigioso e tampouco lide.
A mais recente doutrina processualista tem ressaltado o equívoco em se qualificar a
chamada jurisdição administrativa de atividade não jurisdicional em razão da suposta ausência de lide.
Afirma-se, modernamente, que a jurisdição voluntária não equivale a demanda sem lide.
O litígio pode ou não verificar-se no seio da jurisdição administrativa: ele apenas não é essencial para a
propositura da ação.
[...]
Para ilustrar a atenuação que se verifica na diferenciação entre a jurisdição voluntária e a jurisdição
contenciosa, transcrevo trecho da obra de Leonardo Greco (GRECO, Leonardo. Jurisdição Voluntária
Moderna. São Paulo: Editora Dialética, 2003, p. 23):
Apesar das divergências de opinião, há algumas características que geralmente são apontadas pela
doutrina para diferenciar a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária.
Na primeira haveria lide, na segunda não; na primeira haveria partes em posições subjetivas antagônicas,
na segunda apenas um ou mais interessados concordantes em suas postulações; a primeira
incidiria sobre situações fáticas preexistentes, enquanto a segunda teria caráter constitutivo; a primeira
seria repressiva e a segunda preventiva; na primeira, a atividade judicial seria substitutiva da vontade das
partes, na segunda os interessados dependeriam da concorrência da vontade estatal manifestada pelo
juiz, sem a qual não poderiam isoladamente alcançar o efeito jurídico almejado; na primeira o juiz tutelaria
direitos subjetivos, enquanto na segunda, meros interesses; na primeira, os procedimentos previstos em
lei não seriam exaustivos, na segunda o juiz somente poderia atuar com expressa previsão legal; na
primeira haveria formação da coisa julgada, na segunda não; na primeira o juiz estaria adstrito ao pedido
do autor, enquanto na segunda o juiz poderia agir de ofício ou adotar providência diversa da que lhe fosse
requerida.
Todos esses critérios são imperfeitos, porque a jurisdição voluntária abrange uma variedade tão
ESCOPOS DA JURISDIÇÃO
INVESTIDURA
Gabarito: A
Gabarito: D
TERRITORIALIDADE
INDELEGABILIDADE
INEVITABILIDADE
INAFASTABILIDADE
De acordo com o inciso XXXV do art. 5o da CF, a lei não pode excluir
da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça de direito. O
acesso à ordem jurídica adequada não pode ser negado a quem tem justo
direito ameaçado ou prejudicado.
JUIZ NATURAL
outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o
defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o
processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar
impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de
mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus
quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo
que não intervenha diretamente no processo.
- Art. 5º, CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Comentários:
Vejamos:
COMENTÁRIOS:
(Procurador Itaboraí-RJ) A jurisdição, em todos os países, é informada por alguns princípios
fundamentais universalmente reconhecidos, como:
a) aderência ao território, indelegabilidade, inafastabilidade, juiz natural
b) investidura, indelegabilidade, juiz natural
c) competência, investidura, aderência ao território, indelegabilidade, inafastabilidade, juiz natural,
inércia
d) aderência ao território, indelegabilidade, inafastabilidade, juiz natural, inércia
e) investidura, aderência ao território, indelegabilidade, inafastabilidade, juiz natural, inércia.
COMENTÁRIOS:
Percebam que a banca considerou correto o item que expôs os princípios
corretamente e de modo mais completo: letra E. O erro da letra “c” está em considerar
a competência um princípio, quando na verdade é um limite à jurisdição.
Gabarito: E
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
UNIDADE
SECUNDARIEDADE
tenha sido tomada anteriormente. Esse fenômeno ocorria com frequência, por
exemplo, no INSS, em que a parte buscava o efeito previdenciário direto no
judiciário sem que qualquer pedido administrativo fosse encaminhado
anteriormente.
SUBSTITUTIVIDADE
IMPARCIALIDADE
CRIATIVIDADE
INÉRCIA
permite a atuação do juiz no processo de ofício, ou seja, sem que tenha havido
provocação das partes.
DEFINITIVIDADE
LIDE
Conceitos clássicos
A substitutividade consiste em dizer que o Estado, na figura do juiz, ao solucionar a lide, estaria substituindo a
vontade das partes, proibidas que elas estariam de, em regra, fazer valer a justiça do mais forte (característica
do conceito de jurisdição tradicional).
A definitividade diz respeito ao caráter de imutabilidade da sentença, que faz coisa julgada material
(característica do conceito moderno de jurisdição).
Equivalentes jurisdicionais: o Estado não detém exclusividade na solução de conflitos. Existem as conhecidas
formas alternativas:
Jurisdição Voluntária: Não existe litígio entre as partes. Nesse caso, há homologação de pedidos
que não impliquem litígio, ou seja, não se resolve conflitos, mas apenas tutela interesses.
Participação do Estado, requerentes com interesses comuns e jurisdição integrando e validando o
negócio jurídico.
Relação Processual Não-Triangular da Jurisdição Voluntária:
INTERESSADOS JUIZ
Jurisdição Contenciosa: Pressupõe conflito entre as partes a ser solucionado pelo magistrado. É por
meio da jurisdição contenciosa que se alcança uma solução para a lide.
Formação de litígio, sujeitos com interesses opostos e jurisdição compondo e solucionando o conflito.
Jurisdição Contenciosa:
- Características:
Unidade, imparcialidade, secundariedade, substitutividade, instrumentalidade.
- Princípios:
Improrrogabilidade, indeclinabilidade, juiz natural.
Relação Processual Triangular da Jurisdição Contenciosa:
JUIZ
AUTOR RÉU
- O princípio do juiz natural apresenta duas facetas: a primeira relacionada ao órgão jurisdicional e
Princípio do Juiz Natural
Juiz Natural possui competência constitucional e foi investido de maneira regular na jurisdição.
QUESTÕES DA AULA
1. (TJ CE) Aponte, dentre os princípios processuais abaixo, aquele que não tem
previsão explícita na Constituição Federal:
a) Juiz natural.
b) Duplo grau de jurisdição.
c) Devido processo legal.
d) Acesso à justiça.
7. (DPF) Considere que A proponha contra B ação para reparação de dano causado
em acidente de veículo ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Em face dessa
consideração, julgue o item a seguir, relativo à competência.
As partes podem, desde que estejam de comum acordo, estabelecer o foro competente
para a causa, elegendo, por exemplo, o juízo da 1.ª Vara Cível para processar o feito,
sendo previsto no Código de Processo Civil o foro de eleição quando se tratar de
competência territorial.
e) do procedimento.
11. (TCE RO – Adaptada) A garantia do juiz natural admite a pré-constituição, por lei,
de critérios objetivos de determinação da competência.
13. (TST) A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são
resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação. Acerca desse tema, é correto
dizer que a jurisdição pode ser classificada em comum ou especial.
14. (TST) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo claro de
jurisdição comum.
d) Na arbitragem, as partes podem escolher a norma de direito material a ser aplicada para
a solução do conflito.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (TJ CE) Aponte, dentre os princípios processuais abaixo, aquele que não tem
previsão explícita na Constituição Federal:
a) Juiz natural.
d) Acesso à justiça.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: B
O princípio do Juiz Natural pode ser encontrado na Constituição federal no artigo onde
expressa que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente ou por juízo ou tribunal de exceção.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: D
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
7. (DPF) Considere que A proponha contra B ação para reparação de dano causado
em acidente de veículo ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Em face dessa
consideração, julgue o item a seguir, relativo à competência.
As partes podem, desde que estejam de comum acordo, estabelecer o foro competente
para a causa, elegendo, por exemplo, o juízo da 1.ª Vara Cível para processar o feito,
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
a) da ação.
b) da jurisdição.
c) do processo.
d) da lide.
e) do procedimento.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: B
a) II.
b) II e III.
c) I.
d) I e II.
e) I e III.
COMENTÁRIOS:
I: Está correto, pois o juiz deverá ser provocado para que possa prestar
a tutela jurisdicional. Podemos concluir que o magistrado não pode prestar a
tutela de ofício.
II: Item errado, uma vez que o direito de ação é SUBJETIVO e não
objetivo. O direito de ação também é abstrato - tem existência independente da
existência do direito material, objeto da controvérsia – e autônomo - tem
natureza diferente do direito material afirmado pela parte.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
Gabarito: C
11. (TCE RO – Adaptada) A garantia do juiz natural admite a pré-constituição, por lei,
de critérios objetivos de determinação da competência.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
13. (TST) A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são
resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação. Acerca desse tema, é correto
dizer que a jurisdição pode ser classificada em comum ou especial.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
14. (TST) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo claro de
jurisdição comum.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
d) Na arbitragem, as partes podem escolher a norma de direito material a ser aplicada para
a solução do conflito.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: D
01 B 09 E 17 D
02 Errado 10 C
03 Certo 11 Certo
04 Errado 12 Certo
05 D 13 Certo
06 Certo 14 Errado
07 Errado 15 Certo
08 B 16 Errado
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99144678
Blog: professorgabrielborges.com.br
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. CPC (1973). Código de Processo Civil, Brasília, DF, Senado, 1973.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF,
Senado, 1988.
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil – Teoria Geral do Processo e Processo de
Conhecimento. 12 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.1.
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil – Teoria da Prova, Direito Probatório,
Teoria do Precedente, Decisão Judicial, Coisa Julgada e Antecipação dos Efeitos da Tutela. 2
ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.2.
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil – Meios de Impugnação às Decisões
Judiciais e Processo nos Tribunais. 8 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.3.
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil – Processo Coletivo. 5 ed. Salvador:
Edições JUS PODIVM, 2010. v.4.
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil – Execução. 2 ed. Salvador: Edições JUS
PODIVM, 2010. v.5.
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito Processual Civil, volume 1: teoria geral do
processo e processo de conhecimento. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito Processual Civil, volume 2: teoria geral do
processo e processo de conhecimento. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MONTENEGRO FILHO, Misael. Processo Civil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
Método, 2010.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 18. ed., Rio de Janeiro:
Forense, 1999, v1.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 18. ed., Rio de Janeiro:
Forense, 1999, v2.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil. 7. ed. São Paulo:
Saraiva, 2010, v1.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil. 7. ed. São Paulo:
Saraiva, 2010, v2.
ALVES, Leonardo Barreto Moreira; BERCLAZ, Márcio Soares. Ministério Público em Ação –
Atuação prática jurisdicional e extrajurisdicional. Salvador: Juspodivm, 2010.
DONIZETTI, Elpídio; Curso Didático de Direito Processual Civil. 15. ed., São Paulo: Editora Atlas
S.A. – 2010.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 3. ed. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: Método, 2011.
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