Computadores

S E G U N D A - F E I RA 2 D E Z E M B R O 2 00 2 D I R E C T O R J O S E M A N U E L F E R N A N D E S E D I T O R R U I J O R G E C R U Z

PUB
Comunicações Uma Flor de Novo telemóvel MyWeb ‘browser’ ‘Hitman’ é jogo
em Congresso Utopia nas TI da Siemens para as crianças fora do comum
No fórum anual da APDC, A empresa de Coimbra O C55 para um SMS Um navegador adequado O jogador mergulha
a OniWay, o atraso da 3G que desenvolve sistemas melhorado e com aos mais pequenos e às na acção e confunde-se
e a rede fixa da PT de apoio à gestão ‘on-line’ recurso à norma GPRS preocupações dos pais com o personagem
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AMD BRILHOU NUMA COMDEX ONDE A INTEL PRIMOU PELA AUSÊNCIA

Dos PC para os filmes de Hollywood

RUI JORGE CRUZ
em Las Vegas (EUA)

de Hector de

A
CONFERÊNCIA
J. Ruiz, presidente e “chief
executive officer” da Advan-
ced Micro Devices (AMD), na
Comdex deste ano constituiu
a primeira aparição pública de relevo
daquele que, em Abril, sucedeu a Jerry
Sanders — o carismático e extravagante
fundador da empresa — à frente do único
fabricante de processadores para compu-
tadores que se tem mostrado capaz de
bater o pé à líder Intel.
A tónica ambiental da conferência era
a de um concerto de “rock”, tendo contado
com intervenções do guitarrista Slash, um
dos elementos dos antigos Guns n’Roses,
e de Henry Juszkiewicz, “chief executive
officer” (CEO) da Gibson Guitar — que
surgiu a promover uma guitarra eléctrica
totalmente digital e capaz de se ligar,
através de uma rede Ethernet ou de uma
rede sem fios, a uma estação de trabalho
de áudio digital assente num processador
Athlon, da AMD. E todos os três propor-
cionaram uma breve “jam session”, em
que entoaram o conhecido tema “Knockin’
On Heaven’s Door”!
Embora dando naturais sinais de pouco
à-vontade em palco para uma encenação
tão arrojada, Hector Ruiz mostrou-se
empenhado em transmitir a ideia de que a
AMD pretende continuar a disputar palmo
a palmo o mercado dos processa- ➜

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➜
dores para PC mas não só, graças
ao seu novo processador Opteron, de 64
bits — que, a partir do primeiro semestre
de 2003, começará a ser comercializado,
sob a designação de Athlon 64. “Se alguma
coisa pode ser apontada a esta indústria, é
o facto de ela criar um grande número de
tecnologias e trazer muito pouca inovação”,
disse Ruiz. “Nenhuma tecnologia deveria
ser criada sem que para ela exista uma
procura efectiva.”
Um dos projectos em que a AMD está
envolvida — apontados como exemplos dos
novos horizontes que a empresa se propõe
alcançar nesta óptica de satisfação de
necessidades reais dos clientes — é aquele
que está em marcha com a Cray Super
Computing, a empresa herdeira daquela
que, durante anos, construiu os conhecidos
supercomputadores Cray, sobretudo usados
em aplicações militares e científicas. O
objectivo é construir um novo supercompu-
tador, o Red Storm, baseado em nada menos
que 10 mil processadores Opteron e numa
arquitectura de processamento paralelo
maciço entre vários “clusters” e numa inova-
dora solução de barramento interno (“bus”),
capaz de proporcionar larguras de banda
muito superiores às habitualmente disponí-
veis para a circulação de dados e instruções.
Outro exemplo apontado foi o da colabo-
ração com a JAK Films, de George Lucas,
que permitiu à produção, usando estações
de trabalho baseadas nos processadores
Athlon, proceder a uma pré-visualização
em estúdio das cenas e sequências do
último filme da série “Star Wars”, realizada
por apenas 12 pessoas. O rigor do trabalho
de preparação das filmagens e dos efeitos
especiais proporcionado por essa pré-visua-
lização foi tal que as filmagens na Austrália
foram muito mais rápidas que o previsto e,
nessa medida, de custo muito inferior.
Viria depois uma referência a um pro-
jecto com a Northeast Utilities e à colabo-
ração com a IBM para a optimização do seu
“software” de bases de dados relacionais para
trabalhar com os processadores Athlon, em
particular para o processamento de dados
não estruturados, como as mensagens de E-
mail. Pat Salinger, vice-presidente da IBM
responsável pelas arquitecturas de gestão
de dados, salientou mesmo o sucesso que
fora o porte do DB2 para o novo processador
de 64 bits Opteron, da AMD.
Hector Ruiz desvendaria ainda um
megaprojecto com o Ministério da Educa-
ção da República Popular da China, que
envolve a concepção de três novos tipos
de computadores destinados a equipar
centenas de milhares de escolas chinesas
dos níveis elementar e médio. Para além
do peso institucional deste projecto e das
posições assim conquistadas, poder-se-á
imaginar o fabuloso negócio que será o
fornecimento dos processadores para um
tão elevado número de máquinas — mesmo
considerando as condições impostas pelas
autoridades chinesas no que respeita a
preços e à transferência de tecnologias.
Os últimos convidados de Ruiz foram
um representante da Epic Megames,
produtora do conhecido jogo “Unreal Tour-
nament” — que enalteceu as virtudes dos
processadores Opteron no realismo dos
seus novos títulos —, e Jen-Hsen Huang,
fundador, presidente e CEO da nVidia,
que enalteceu a conjugação dos processa-
dores Athlon, da AMD, com as tecnologias
dos seus processadores gráficos GeForce,
capaz de proporcionar mais de 1 milhões
de polígonos por segundo. Esta aparição de
Jen-Hsen Huang na conferência do CEO da
AMD veio reforçar os rumores que circula-
vam nos bastidores da Comdex acerca de
uma eventual associação entre a nVidia e a
AMD em matéria de fabrico de processado-
res ou mesmo para mais do que isso…
E a conferência de Hector Ruiz termi-
nou com ele de novo acompanhado pelos
dois músicos, numa interpretação modifi-
cada de “Knockin’ On Heaven’s Door”, cujo
repetido refrão era “Knockin’ On 64!”. ●
computadores .2
A IOMEGA NA COMDEX DA OUTONO
Uma Zip de 750 MB
e uma Minidrive USB
PAVILHÃO da Iomega em
N
O
Las Vegas, os produtos-
bandeira eram, para além
da recentemente lançada
“drive” Zip de 750 MB,
duas pequenas “minidrives” USB
— com 64 e 128 MB de capaci-
dade para já, 256 MB a breve
trecho — e os servidores da
linha NAS (Network Area
Storage).
As “drives” Zip
de 750 MB são
mais rápidas a ler
e a escrever desde
que não estejam liga-
das a uma porta USB 1.1.
Aí, a taxa de transferência nomi-
nal ficar-se-á pelos 0,9 MB por segundo.
Mas, ligadas a uma porta USB 2.0 ou a
um controlador FireWire (ou 1394),mais
dispendioso, então os bytes poderão cir-
cular até aos 7,3 MB/s — débito igua-
lado ainda pela interface ATAPI, a das”
drives” instaladas internamente, liga-
das ao controlador IDE do computador.
No que respeita aos sistemas ope-
rativos, as ”drives” Zip de 750 MB são
compatíveis com todos os Windows,
desde o 98 ao XP, e com os MacOS desde
a versão 8.6 até ao MacOS X. Nos Mac,
no entanto, não está ainda disponível o
suporte para USB 2.0, pelo que maiores
débitos só ligando à porta FireWire ou
optando pela instalação interna. Qual-
quer das versões vem acompanhada
pelas aplicações Iomega Sync (para sin-
cronização de ficheiros em dois volumes
ou computadores diferentes) e Iomega
Automatic Backup, para a criação de
cópias de segurança.
Capazes de ler e escrever nos discos
Zip de 250 MB, as “drives” Zip de 750
MB só podem, no entanto, ler — mas
não escrever — nos discos de 100 MB,
que são os mais difundidos. Trata-se de
uma lacuna na retrocompatibilidade,
que poderá sair cara à Iomega, pois
muitos utilizadores poderão não aderir
ao novo formato ao chegarem à con-
clusão de que precisarão de manter as
suas “drives” de 100 MB para poderem
continuar a usar os discos da mesma
capacidade para, por exemplo, trocar
ficheiros de grandes dimensões com os
seus interlocutores.
Um aspecto positivo é que a Iomega se
decidiu finalmente a modificar a estrutura
de preços dos seus suportes. Assim, segundo
os responsáveis presentes na Comdex, os
novos discos de 750 MB irão assumir
S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2
os preços antes praticados
para os de 250 MB, bai- x a n d o
finalmente estes e os de 100 MB
para valores menos elevados.
A Iomega perdeu, há uns
anos, a oportunidade histórica
de impor os seus discos Zip como
sucessores da velha disquete de 3,5
polegadas e 1,44 MB. Conseguiu,
graças a um ”marketing” agressivo
e imaginativo, levar a melhor sobre
os discos LS-120, cuja capacidade era
maior (120 MB) e que era compatível, na
dimensão física e na funcionalidade, com
a velha disquete de 1,44 MB — retro-
compatibilidade que os discos Zip nunca
poderiam ter dados os fundamentos
tecnológicos da sua concepção.
Os discos Zip conseguiram, assim,
varrer a LS-120 do mapa mas, porque a
Iomega adoptou um modelo de negócio
análogo ao dos fabricantes de impressoras
de jacto de tinta — vender mais
baratas as “drives” mas nunca
baixar os preços dos discos —,
a curva de adopção pelos utili-
zadores foi demasiado gradual
e, quando deu por isso, estava
a ser ultrapassada pela norma
CD-R, cujos discos e “drives” rapi-
damente se tornaram muitíssimo
mais baratos e começaram a provocar
uma erosão indisfarçável sobre o cres-
cimento das vendas dos Zip. E, em 2001,
a Iomega já vendeu menos discos do que
vendera no ano anterior…
Quanto à Minidrive USB, perguntar-
se-á o leitor: para quê mais uma? Pois
parece que a Iomega apostou numa dife-
renciação do seu produto, tornando-o à
partida compatível com a norma USB
2.0 — que proporciona débitos na ordem
de 1 MB/s — e dotando-a de um contro-
lador que, ao que parece, será imedia-
tamente pelos Windows 98, 98 SE, ME
e XP, pelo MacOS 9..0 ou posterior e
ainda pelo Linux 2.4.0.
E porque o desempenho da
Minidrive já é muito apre-
ciável, a Iomega, para
além de a dotar de
um minipainel de
controlo,
carre-
gou-o
ainda
c o m
o seu
“software”
Active Disk, o
que permite ao
utilizador instalar
l á aplicações e levá-las
para serem executadas noutro
computador.
Os servidores NAS da Iomega pre-
tendem constituir uma solução para as
redes de escritórios e pequenas empre-
sas (ou, até, domésticas) em termos
fáceis de operar e económicos. O NAS
A300u acolhe até 120 GB de capacidade
de armazenamento e protecção de dados
do tipo RAID (Redundant Array of Inde-
pendent Disks) de níveis 0, 1 e 5, tudo a
correr sobre Unix.
Já o NAS P415 proporciona capacida-
des de 160 GB a 720 GB e a possibilidade
de retirar ou substituir discos sem inter-
romper a operação do servidor, O sistema
operativo pode ser Unix ou Windows 2000
Server, associado às tecnologias SCSI ou
Gigabit Erhernet. ● RUI JORGE CRUZ em Las Vegas
 SCO, SUSE, TURBOLINUX E CONECTIVA ANUNCIARAM UNITEDLINUX 1.0

Um passo para
a maturidade Devices (AMD), Intel, NEC,
Fujitsu, Fujitsu Siemens e
SAP foram (e são) algumas
dessas empresas, algumas das
quais tiveram representantes
seus em Las Vegas, na apre-
sentação do UnitedLinux.
“Há três anos, o espaço
do Linux era muito soli-
tário, limitado que estava Uma organização em crise
aos ‘techies’, a estudantes
e poucos mais”, disse Steve A edição deste Outono da Comdex arrancou
Solazzo, director-geral da assombrada por vários espectros de crise: aquela que
IBM para este sistema ope- o sector as tecnologias de informação atravessa desde
rativo. “Hoje, o Linux está que rebentou a “bolha” das empresas da Internet; o
a modificar a paisagem das sentimento de insegurança induzido pelos ataques
tecnologias de informação, terroristas do 11 de Setembro do ano passado; e, como
numa altura em que a maio- se tudo isso não bastasse, as dificuldades crescentes
ria dos investimentos que os do Key3Media Group, a entidade organizadora,
clientes estão a fazer são em confrontada com muito menos empresas que antes
promotor iniciativa mas será um dos realizado pela International

O
GRUPO infra-estruturas.” E Solazzo e uma quebra para menos de metade dos visitantes
do UnitedLinux distribuidores certificados. Data Corporation (IDC) junto referiu vários exemplos, desde o ano passado.
a p r e s e n t o u O objectivo era promover de 800 empresas na Europa, como o de uma cadeia de A situação do Key3Media Group era, já antes do
na Comdex a uma distribuição global e EUA e Canadá, cerca de 40 retalho japonesa que insta- certame, tão difícil que, no anúncio dos resultados
versão 1.0 do seu uniformizada deste sistema por cento dos seus responsá- lou mais de 15 mil servido- (negativos) do terceiro trimestre, foi admitida
produto, classificado como operativo apoiada por um veis pela informática estavam res com Linux em cerca de 7 publicamente a possibilidade de uma falência se não
“um sistema operativo Linux programa de certificação a utilizar ou a testar o Linux mil lojas. aparecesse ninguém disposto a injectar dinheiro
baseado nos ‘standards’ e des- também global, que dê às nos seus sistemas de infor- A escalabilidade foi, aliás, fresco — com aquisição ou não do Key3Media
tinado ao utilizador profissio- empresas e aos utilizado- mação uma das vertentes trabalha- Group. “O conselho de administração do Key3Media
nal” e ao mercado empresarial res profissionais maiores A comprovar as intenções das pelo consórcio, não só no Group acredita que este processo constitui a melhor
global. Anunciada para o mês garantias de consistência e está o facto de a versão 1.0 do plano de cada máquina ou alternativa nos actuais tempos difíceis no sentido de
de Novembro, esta primeira de suporte técnico em todo o UnitedLinux vir, à partida, “cluster”, mas também em preservar o valor das suas marcas comerciais e das
versão foi mesmo disponi- mundo. dotado de suporte para nada termos de recursos e ferra- suas empresas face aos seus accionistas”, afirmou na
bilizada dentro do prazo Ou seja, o UnitedLinux menos de dez línguas: portu- mentas para funcionamento altura um porta-voz do grupo.
— aspecto sublinhado por pretende preencher as lacu- guês, inglês, alemão, francês, em centros de dados. Assim, A Comdex, à imagem do que tem vindo a verificar-
Paula Hunter, directora- nas próprias de um sistema castelhano, italiano, húngaro, o UnitedLinux suporta até se um pouco com todas as feiras de tecnologias de
geral do grupo. “O UnitedLi- operativo nascido e desenvol- japonês, chinês simplificado e 32 processadores, 64 GB de informação no pós 11 de Setembro de 2001, registou
nux conseguiu com sucesso vido no âmbito do movimento coreano. O suporte oferecido memória, 600 discos rígi- um decréscimo acentuado do número de visitantes
cumprir a sua primeira etapa do “open source” — que faz sê-lo-á na língua dos utiliza- dos e “input-output” (I/O) — indesligável, por outro lado, do colapso de
ao apresentar a versão 1.0 da permanente abertura do dores e estará disponível no assíncrono a fim de reduzir milhares de empresas da Internet e do arrefecimento
dentro do prazo anunciado código aos programadores seu horário local, qualquer ao mínimo as esperas nos geral da economia norte-americana. Mas a Comdex,
na Primavera passada, no uma matriz essencial —, que seja a sua localização sistemas quando confronta- em particular, foi também vítima da gestão ávida
momento em que o grupo foi apresentando uma distribui- geográfica. A rede de reven- dos com grandes cargas de e de curto prazo desde que o grupo distribuidor
constituído.” ção “normalizada” que cons- dedores proporcionada pelos processamento. japonês Softkey comprou o certame, na segunda
O grupo do UnitedLinux titua uma referência para o aderentes ao consórcio con- “Uma distribuição comum metade dos anos 90.
resultou da universo dos tará com algo como 160 mil de Linux é um passo enorme A então nova administração adoptou uma estratégia
iniciativa RUI JORGE CRUZ utilizadores agentes a nível mundial. no sentido da consistência, da de multiplicação de certames dentro e fora dos EUA
de quatro em Las Vegas (EUA) empresa- Para além dos promoto- localização e da satisfação de — de que são exemplo as diversas NetWorld+Interop
destacadas riais mas res da iniciativa, numerosas outros requisitos importantes ao longo do ano e os Seybold Seminars —, o
distribuidores que também, outras empresas estiveram para os fornecedores inde- que fraccionou a clientela tanto em termos de
de Linux: SCO Group, SuSE segundo Paula Hunter, per- envolvidas no desenvolvi- pendentes de ‘software’ [os calendário como geográficos. É que, mesmo quando
Linux, Turbolinux e Conec- mita a disponibilização de “um mento do UnitedLinux. Hew- chamados ISV]”, declarou as empresas de tecnologias de informação tinham
tiva. A Red Hat, outro dos elevado nível de manutenção lett-Packard (HP), IBM, Rick Becker, vice-presidente muito dinheiro para gastar em “marketing” e feiras,
grandes nomes do universo e suporte a nível global”. De Computer Associates (CA), da HP responsável pela divi- erma inevitavelmente limitados os seus recursos
Linux, não participou na acordo com um levantamento Borland, Advanced Micro são de “software” para servi- de pessoal qualificado para sustentar as presenças
dores de arquitectura Intel. nos múltiplos eventos — e ninguém ia contratar
“Sendo um fornecedor-líder engenheiros e especialistas de produtos apenas para
SuSE contrata Arrow Electronics de equipamento ‘standard’ andarem o ano todo em digressões “feirantes”…
para Linux, a HP acredita Para esta edição da Comdex, os números oficiais
Na primeira linha da promoção do UnitedLinux planeamento financeiro e facilita o trabalho na oferta aos seus clientes esperados apontavam para cerca de 120 mil
está, pois, a SuSE Linux, a empresa alemã que, aos administradores de sistemas graças à sua de uma opção para a insta- visitantes — um número semelhante ao oficial
na Europa, mais tem pugnado pelo sistema maturidade tecnológica e à continuidade da lação de Linux em qualquer de 2001 embora nada que se comparasse com os
operativo que á bandeira do movimento do sua manutenção.” das plataformas que melhor 220 a 230 mil dos bons velhos tempos nos anos 90
“open source”.Em Las Vegas, a SuSE anunciou a No dia seguinte ao da apresentação satisfaçam as suas necessida- — mas cálculos mais realistas situaram a audiência
versão 8 do seu Enterprise Server como tendo conjunta do UnitedLinux, a SuSE Linux des informáticas específicas.” do evento em bastante menos de uma centena de
sido desenvolvida com base no UnitedLinux anunciava um acordo estratégico com O UnitedLinux correrá milhares de pessoas. Assim se compreendia o esforço
1.0 e apontado como o único sistema a Arrow no âmbito do mercado norte- em máquinas com processa- dos organizadores no sentido de conferirem uma
operativo de servidor, a nível mundial, que americano para a distribuição. Assim, o dores de 32 e 64 bits tanto maior qualificação ao certame, multiplicando as
proporciona uma base uniforme de código grupo Arrow Electronics — grossista de da AMD como da Intel, com palestras, conferências e seminários mais ou menos
para todas as plataformas de “hardware” com primeira linha nas áreas da electrónica, processadores PowerPC e especializados, dedicados aos temas mais actuais
relevância no mercado empresarial. dos computadores e das tecnologias de ainda nos “mainframes” numa perspectiva tecnológica, por um lado, e dos
“Os especialistas das tecnologias de informação — passará a distribuir nos EUA eServer zSeries, da IBM. utilizadores empresariais.
informação (TI) de todo o mundo estão o Enterprise Server e o Openexchange Quanto aos sistemas de A estratégia era clara: se não fossem muitos os
empenhados em reduzir custos e em Server, da SuSE Linux através da sua rede ficheiros suportados, para visitantes, que fossem dos melhores em termos
aumentar o desempenho, a segurança e de parceiros de valor acrescentado (os além dos habituais, o Ext3, de qualificação e de influência nas decisões de
a flexibilidade da sua infra-estrutura de TI”, chamados “value added resellers” ou o Journaling File System investimento — de modo a que a Comdex possa
declarou Boris Nalbach,“chief technology VAR). O acordo terá incidência imediata (JFS) — pela sua enorme voltar a ser uma feira incontornável para os
officer” da SuSE Linux.“O Enterprise Server na actividade da Support Net Division da escalabilidade, eficiência e grandes expositores, como a IBM e a Compaq, por
da SuSE Linux é a opção por excelência para Arrow, que se dedica às plataformas da estabilidade em ambientes exemplo, que, em grande número e ao longo da
a instalação em sistemas empresariais, pois IBM, e na divisão SBM HP, da mesma Arrow de elevada exigência — e segunda metade dos anos 90, foram desistindo de
oferece aos decisores a segurança do seu Electronics. ● R.J.C. o Reiser File System (Rei- ir a Las Vegas. ● R.J.C.
serFS), muito apreciado na
comunidade do Linux. ●

S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2 computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O ONIWAY E ATRASO DO UMTS TEMAS FORTES NO CONGRESSO DA APDC
Entre a liberalização
e a terceira geração
compra da OniWay por
GeForce FX A parte dos três operado-
res de telecomunicações
móveis foi “uma iniciativa
que partiu do seu accio-
N
O MUNDO dos circuitos integrados, é bem conhe- nista principal, a EDP”, tal como asse-
cida a guerra pelo desempenho de topo entre guraram responsáveis da Vodafone e
a AMD e a Intel, onde a taça do mais rápido da Optimus. O arranque da terceira
vai, normalmente, para quem lançou o último geração de comunicações móveis (3G),
processador. Mas uma outra guerra feroz se caracterizada pela tecnologia Univer-
desenrola, numa área mais esotérica, mas porventura igual- sal Mobile Telecommunication Sys-
mente crucial para um nicho importante dos compradores tems (UMTS), não deverá ter lugar a
de PC. Trata-se da competição entre a ATI e a nVidia pelo 18 de Janeiro, como estava previsto,
coração e pela carteira dos jogadores que não passam sem pois não existem terminais disponí-
a mais recente tecnologia de placa gráfica. É uma área com veis — dizem ainda os operadores.
um peso significativo, pois o vencedor em cada momento Foram estes dois dos temas fortes no
não só vende o seu produto mais potente como aproveita a 12º Congresso das Comunicações, que
onda para, durante uns meses, aproveitar a onda e recuperar durante três dias levou cerca de 1300
terrenos nas gamas médias e baixas. pessoas ao Centro de Congressos de
Até ao início de 2002, o trono de melhor desempenho perten- Lisboa (a antiga FIL).
cia à nVidia. Mas a ATI, que entretanto perdera algum brilho, Por outro lado, o terceiro tópico
apareceu no mercado com uma plataforma nova, a Radeon mais ventilado foi a venda da rede
9700 (de que surgiu recentemente uma versão mais barata, a fixa de comunicações à Portugal Tele-
9500). Em meados de Novembro, a nVidia veio anunciar a sua com (PT) deverá ter lugar até ao final qualidade”.
pretensão de regressar ao pódio com o explosivo GeForce FX, do ano e, segundo Carlos Tavares,
um processador gráfico que, apesar de só estar disponível no ministro da Economia, “salvaguarda
início do próximo ano, poderá obrigar os compradores que os interesses do Estado, dos consumi-
estavam a pensar na Radeon 9700 a esperarem mais uns dores e dos accionistas”. A indústria
meses para mudarem de placa gráfica. ligada ao sector das comunicações,
Embora a frequência de relógio não conte a história com- a importância da banda larga e o já
pleta da velocidade de um processador gráfico, o facto de habitual debate sobre o estado da
a GeForce FX se abalançar a mais de 500 MHz — enquanto nação fizeram também parte deste
a sua rival funciona a 325 MHz — é já um sinal de potencial congresso, onde não faltaram as
desempenho superior. A nVidia afirma, orgulhosa, que a quali- proverbiais críticas ao processo de
dade conseguida por este formidável circuito se situa ao nível liberalização das telecomunicações e
do que de melhor se consegue em Hollywood, nos filmes de a discussão à volta da acção do órgão
animação mais recentes. regulador — isto no primeiro con-
O GeForce FX está, sem dúvida, concebido para uma enorme gresso em que este surgiu como Auto-
precisão de cor e detalhe de texturas, com 32 circuitos proces- ridade Nacional das Comunicações
sadores a operarem com aritmética de vírgula flutuante de (Anacom), sucessora do Instituto das
128 bits, permitindo um nível de pormenor equivalente ao de Comunicações de Portugal (ICP).
filmes de referência nesta área, como o recente“Monsters Inc.”. “A consolidação ainda não chegou
A contrapartida para toda esta precisão é uma necessidade ao fim”, disse António Carrapatoso,
acrescida de memória e, neste caso, a nVidia poderá elevar a presidente da Vodafone Telecel, con-
fasquia na capacidade de endereçamento, chegando a um siderando que, apesar de algumas
gigabyte, enquanto a ATI se fica pelos 256 MB — um número, atribulações, “o estado das telecomu-
contudo, muito respeitável para a maior parte das aplicações nicações tem evoluído positivamente,
gráficas correntes nos PC. pois possui um peso no Produto
Contudo, a diferença entre o Radeon 9700 e o GeForce FX Interno Bruto que é dos mais eleva-
poderá não ser, mesmo aos olhos experientes dos maiores dos da Europa e integra profissionais
especialistas em jogos, tão evidente como a diferença de competentes e bem
cerca de seis meses no mercado entre os dois produtos preparados”. Prevendo ISABEL GORJÃO SANTOS
poderá fazer supor. Qualquer dos fabricantes teve que fazer um crescimento anual
compromissos, que poderão determinar um empate téc- de 5 por cento nos próximos cinco
nico no fim: enquanto a nVidia puxou pela precisão e pelo anos, Carrapatoso não deixou de
número de processadores gráficos de vírgula flutuante, a ATI salientar que a PT possui ainda uma
preocupou-se mais com a largura de banda das interfaces de posição demasiado dominante (65 por
memória e, nesse aspecto, é melhor que a concorrente. cento), embora com tendência para
Para a nVidia, não ter um produto novo na altura do Natal diminuir.
enquanto a sua rival continua com o ceptro do melhor pro- Referindo-se à 3G, o presidente da ções móveis, Pedro Norton de Matos
cessador gráfico não é, a melhor notícia. A ATI está a capitali- Vodafone Telecel lembrou o recente
zar o “motor” do Radeon 9700 no processador de nível médio lançamento do serviço Vodafone Live!
9500, que poderá ser um dos produtos mais procurados pelos — que permite o acesso a diversos
entusiastas dos jogos — uma vez que o produto de topo de conteúdos multimédia a partir do
gama se vende ainda a preços proibitivos. Os telemóvel — e aproveitou para deixar
fãs da nVidia têm motivos para rejubilar com as promessas duas perguntas: será que a tecnologia
de video-realismo da GeForce FX e pela potência pura permi- UMTS acabará por se impor? Será
tida por uma arquitectura de grande desempenho e grande esta determinante para os serviços
velocidade, mas os compradores que estão a considerar uma que não envolvem a voz?
Radeon 9700 não têm grandes motivos para se preocupar: Também Miguel Horta e Costa,
satisfazer o desejo imediato de ter uma nova placa gráfica não presidente da PT, salientou que o
vai obrigar a grandes perdas (nalguns casos, a nenhumas) no sector das telecomunicações requer
que toca a desempenho. O único problema, de facto, é que o alterações significativas. “Há já sido desmentidas por António
desempenho dos processadores gráficos duplica a cada seis necessidade de se avançar para a
meses e quem comprar agora um produto de topo sabe que, consolidação, para uma integração
quando chegar ao Verão de 1993, terá uma placa de gama das ofertas em benefício dos consu-
média. Mas isso faz parte do jogo… ● midores”, disse, adiantando que a
postura do regulador deve também
ser “exigente mas equilibrada”. As
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital 1700 licenças atribuídas na Europa
durante o período de liberalização,
computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 1
para rede fixa, significam que se tem
“fomentado a concorrência e não a
Promover a concorrência, agora
que o mercado está liberalizado, é,
para Paulo Azevedo, da Sonae.com,
uma das tarefas urgentes que o
Governo deve levar a cabo. Aliás, o
responsável da Sonae.com não deixa
de salientar que Portugal é “o único
país da Europa onde o incumbente
mantém a liderança em duas redes: a
de cobre e a de cabo”.
Após a apresentação da proposta
da Vodafone Telecel, da TMN e da
Optimus para a aquisição da OniWay
— após os operadores se terem recu-
sado a conferir à OniWay interligação
às suas redes de GSM, dado que
esta só possuía licença para UMTS
—, a intervenção de Pedro Norton de
Matos, presidente da Oni, era uma
das mais aguardadas. O responsável
da Oni acabou por optar por um tom
descontraído e uma intervenção des-
tinada a quebrar o gelo, embora não
tenha prestado declarações sobre o
destino da OniWay. “Não entreguei à
organização do congresso uma apre-
sentação em Power-
point porque, dada a
rapidez dos aconteci-
mentos, ela poderia já estar desac-
tualizada”, disse Norton de Matos,
suscitando o riso da assistência.
Chamando “novela” a todo o
processo que envolveu a OniWay e
os outros operadores de comunica-
adiantou que falta ainda assistir às
cenas dos próximos capítulos. “Fica
ainda um mistério por esclarecer:
afinal, quem é o pai da criança?”,
perguntou, referindo-se ao desman-
telamento do quarto operador móvel.
Prosseguindo a metáfora, o presi-
dente da Oni sugeriu mesmo que
se fizesse “um teste de ADN” ou se
criasse “uma associação de pais”.
As acusações, dirigidas aos
outros operadores móveis, haviam
Coimbra, vice-presidente da Voda-
fone, e António Casanova, presi-
dente da Optimus, que, à margem
do congresso, afirmaram que a
proposta para a compra dos activos
da OniWay partira da EDP, não
resultando de cartelização por parte
dos operadores proponentes. Ao
referir-se ao futuro da Oni, Pedro
Norton de Matos assegurou que esta
irá prosseguir a sua actividade nas
comunicações por rede fixa.
O debate sobre o estado da nação
foi encerrado pelo presidente da
Anacom, Álvaro Dâmaso, que adian-
tou que o órgão regulador está “obvia-
mente atento”, embora exista “uma
tendência generalizada para culpar
o árbitro”. Álvaro Dâmaso afirmou
ainda que tem em mãos diversos
“dossiers”, como os relativos ao
UMTS e à televisão digital terrestre.
Apesar de os operadores defenderem
um adiamento para o arranque do
3G, não referiu se este está já deci-
dido, respondendo apenas: “Não é um
dado adquirido mas os dados estão
lançados”.
António Casanova, da Optimus,
já assinalara que “nenhum país
europeu tem a data de lançamento
do UMTS que está prevista para
Portugal” e sugeriu o prazo de um
ano para o adiamento. Também
António Coimbra, da Vodafone Tele-
cel, considerou que “lançar o UMTS
só por lançar, sem vantagens para o
cliente, não se justifica” e afirmou
que a única coisa do 3G que ainda
não existe é o vídeo nos telemóveis.
António Soares, da TMN, considerou
também que “os serviços de terceira
geração já estão aí”: o UMTS será
necessário “mas só deve ser intro-
duzido quando acrescentar valor na
cadeia de serviços”.
Ao órgão regulador e às questões
da concorrência referiu-se também o
ministro da Economia, Carlos Tava-
res, que interveio no último dia do
congresso das comunicações e adian-
tou que o atraso na liberalização
do mercado se deveu, entre outros
factores, a falhas na regulação da
concorrência. Por isso, a recém-criada
Autoridade da Concorrência será
“mais um garante da livre e sã con-
corrência”, adiantando o ministro que
esta entidade “não se confunde nem
sobrepõe à Anacom”. A lei da concor-
rência será alterada ainda neste ano
e implicará um aumento das coimas
aplicadas, cujo valor máximo é actu-
almente de 45 mil euros. Só depois
de aprovadas as alterações à lei é
que entrará em vigor a Autoridade da
Concorrência, o que deverá acontecer
já no primeiro trimestre de 2003.●
 ESTUDOS APRESENTADOS NO CONGRESSO DA APDC ANUNCIAM FINAL DA CRISE

Telecomunicações à espera
da retoma
mercado das telecomunicações poderá cres- larga, conforme defendeu Asheesh Saksena, consultor 4 a 4,5 por cento dos lares, Saksena adiantou que é

O cer 4,7 por cento ao ano, até 2005, num

cenário de concorrência agressiva, podendo
gerar receitas na ordem dos 7100 milhões
de euros. No entanto, se o mercado não for
tão concorrencial, esses números serão bastante inferio-
res. Esta é uma das conclusões de um estudo elaborado
pela empresa AT Kearney sobre a evolução do sector das
da empresa Accenture. Saksena aproveitou mesmo
para lembrar que, nos últimos 50 anos, sempre que
se verificou uma recessão económica grave, a inovação
teve um papel importante na sua resolução. Segundo
o consultor da Accenture, a banda larga será exacta-
mente a inovação que poderá contribuir para a saída da
actual crise económica, “desde que seja disponibilizada
necessário um grande crescimento da oferta, nos pró-
ximos dois anos.
Diogo Vasconcelos, gestor da Unidade de Missão
Inovação e Conhecimento (UMIC), considerou necessário
criar uma estratégia para o desenvolvimento da banda
larga em Portugal e adiantou que a sua disponibilização
generalizada e a preços competitivos “é essencial para o
telecomunicações de 2002 a 2005, em Portugal. O estudo a baixo custo e seja segura”. Referindo-se a Portugal, desenvolvimento da sociedade da informação”. ● ISABEL
foi elaborado para a Associação Portuguesa para o Desen- onde a utilização de banda larga abrange não mais de GORJÃO SANTOS com Lusa
volvimento das Comunicações (APDC) e foi apresentado
no 12º Congresso das Comunicações, que teve lugar na
passada semana (ver texto na página ao lado). De acordo
com este estudo, num cenário de concorrência moderada,
o crescimento das receitas do sector ficará pelos 3,3 por
cento, atingindo os 6800 milhões de euros em 2005.
Os principais factores que impulsionarão o cresci-
mento do sector das telecomunicações serão as redes
móveis, as comunicações por cabo, por satélite, a televisão
digital terrestre e a Internet de banda larga. É também
esperada uma quebra de receitas no que diz respeito às
comunicações através de rede fixa, embora ainda se veri-
fique um ligeiro crescimento (0,4 por cento ao ano) num
cenário de concorrência moderada. Se o panorama for o
de uma concorrência mais aguerrida, então as receitas da
rede fixa terão um decréscimo de 0,5 por cento, o que sig-
nifica que as receitas rondarão os 2504 milhões de euros.
Por outro lado, as receitas provenientes do Assimetric
Digital Subscriber Line (ADSL) — que permite o acesso
a dados a alta velocidade — são as que registarão um
maior crescimento, o que se deve, claro, ao aumento do
número de utilizadores. Estes serão cerca de 240 mil em
2005, num cenário moderado, ou 324 mil num contexto
bastante concorrencial.
No caso das comunicações móveis, o aumento de recei-
tas poderá ser de 4,2 por cento no melhor dos cenários, o
que significará um mercado de 3608 milhões de euros.
Num contexto mais moderado, as receitas serão de 3473
milhões de euros. A receita média mensal por cliente
poderá ir dos actuais 27,1 euros aos 28,5 euros.
Um outro estudo, também apresentado durante
o Congresso das Comunicações mas promovido pelo
Observatório das Comunicações (Obercom), adianta que
a retoma do mercado dos média deverá ter lugar em 2005
ou 2006. Diz o estudo que, após 20 anos de crescimentos
de dois dígitos e de uma queda acumulada de 20 por cento
em 2001 e 2002, só em 2005 ou 2006 o mercado deverá
recuperar os valores do ano 2000 — o melhor ano até
hoje. No ano passado, o mercado dos média ainda repre-
sentava 1,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2003 e 2004, o crescimento deverá ser de 1,4 e 2,5
por cento, respectivamente. Até lá, o crescimento ficará
entre os 0,9 por cento, num cenário moderado, e os 1,8 por
cento numa perspectiva mais optimista. De acordo com
o estudo, a retoma terá como principal causa as novas
plataformas de distribuição, como o cabo e a televisão
digital terrestre.
A retoma económica, na área das comunicações,
terá também como factor o desenvolvimento da banda

S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2 computadores .5
 OS DEBATES NO 12º CONGRESSO DAS COMUNICAÇÕES, DA APDC

Da privacidade às redes
CIDADANIA nas telecomunicações operadores, “para haver um mais rápido

A e a insistência ou ruptura na
sua liberalização não são temas
para análise num mesmo dia
— mas foi o que se verificou na
semana passada, durante o 12º Congresso
das Comunicações. No primeiro caso, o
eurodeputado Pacheco Pereira apresentou
as suas teses tecnocépticas mas, ao invés de
ludita fechado na sua redoma, aceita a uti-
lidade das novas tecnologias. Alertou para
que devem ser controladas não pelo Estado,
porque tornam-se naturalmente sistema de
opressão, mas pelos cidadãos, pela literacia
tecnológica e pela análise crítica do seu
impacto social.
Pacheco Pereira alertou para o problema
da constante presença — com o telemóvel,
por exemplo —, em que “todos sabem o
que todos fazem”, como o namorado que
liga constantemente para saber onde está
a parceira, numa tendência socialmente
preocupante quando os telemóveis tiverem
transmissão de imagem e sistemas de loca-
lização. Os empregadores vão saber o que
estão os funcionários da empresa a fazer
e o mesmo acontecerá com os cidadãos em
estados totalitários. “Ninguém terá privaci-
dade na aldeia global”, afirma Pereira.
“A privacidade recua perante as tec-
nologias disponíveis e ninguém a tem na
aldeia global”, para mais quando se tratar
de biotecnologias, ligadas directamente ao
corpo. O resultado será a felicidade virtual
para os pobres — que a possam pagar, como
sucede hoje com a televisão — e a felicidade
real dos ricos. E muitos vão assumir a
exposição pública de um Porfírio Rubirosa,
o dominicano que cortejou Amália Rodri-
gues, mas quem o não quiser vai sofrer nos
seus direitos de cidadania.
Após estas posições, raramente expos-
tas no congresso anual do sector quando
a “bolha” tecnológica estava em expansão,
a consultora Ovum apresentou um estudo
sobre a estratégia futura para as telecomu-
nicações nacionais. Robert Hall considerou
que os novos operadores têm poucas opor-
tunidades actuais quando o acesso à banda
larga está dominado pela Portugal Telecom
(PT) — que dispõe da gestão única das redes
de cobre e televisão por cabo, o que gerou a
reacção generalizada da concorrência para
a necessária separação dessas redes).
O estudo da Ovum salientava ainda
a necessidade do fomento de uma maior
competitividade na desagregação do lacete
local e consequente aparecimento de mais
desenvolvimento de serviços” e viabilidade
do sector em geral.
Mas Alfredo Baptista (PT) atiraria este
estudo “para o lixo” por ser “autista”, ter
incorrecções, faltar-lhe contexto, omitir que
há crise no sector e porque o determinante
na venda da rede fixa não é a posse mas as
condições de acesso e uso.
Os outros operadores não seria no lixo
que guardariam o estudo: Francisco Silva,
da Jazztel, referiu que a eficácia no sector
passa pela privatização aberta da rede fixa,
pela redução das tarifas, por uma igualdade
concorrencial, desenvolvimento de novos
serviços e aplicação das melhores práticas
europeias — à semelhança do requerido
pelos colegas da concorrência. Henrique
Correia, da Vodafone, salientou a desigual-
dade resultante de a PT não pagar pela uti-
lização dos solos municipais onde instala as
suas condutas e os outros operadores terem
de o fazer. Para Maria do Carmo Seabra,
da Anacom, “se a PT não paga, os outros
também não devem pagar”.
Luís Garcia Pereira, da Oni, salientou a
falta de medidas estruturantes e inovado-
ras, a regulamentação lenta e ineficaz e a
tendência para “o retorno aos monopólios,
privados e cotados em Bolsa”, defendendo
ainda a venda da rede básica gerida pela
PT. Mas, para Pedro Carlos, da Novis, o
valor possível na venda desta rede é uma
incógnita porque “só a PT sabe o que está
nas condutas, que até são do Estado”, e
a incumbente tem desinvestido na sua
modernização — “menos de 50 por cento”
no último ano. ● PEDRO FONSECA

virose
Winevar insulta utilizadores
O Winevar, ou Korvar, é mais um “worm” de distribuição
em massa por correio electrónico que apresenta a
particularidade de desactivar alguns programas antivírus e
de “firewall”, ao mesmo tempo que executa o vírus FunLove
4099. Segundo parece, ele é originário da Coreia —
devendo ter sido lançado durante a reunião da conferência
de investigadores antivírus da Ásia, a AVAR 2002, realizada
em Seul —, sendo aí que se registaram até agora o maior
número de ocorrências.
Quando é executado pela primeira vez, o Winevar tenta
terminar e desactivar todos os processos ou serviços cujos
nomes contenham uma qualquer das seguintes palavras:
view, debu, scan, mon, vir, iom, ice, anti, fir, prot, secu, dbg,
avk, pcc e spy. São excepções as ocorrências em que os
nomes também incluam as seguintes palavras: microsoft,
ms, _np, r n, cicer, irmon, smtpsvc, moniker, office, program e
explorewclass.
De seguida, o “worm” acrescenta valores ao Registry, de
modo a que seja executado de cada vez que o Windows
seja iniciado, e copia-se a si próprio para a pasta do
sistema com o nome WinXXXX.pif, em que XXXX são
caracteres aleatórios. Este ficheiro é então executado
com um parâmetro constituído pelo valor da hora
em milissegundos, criando uma segunda instância do
“worm”. Quando esta termina, o arranque verifica o tempo
decorrido e, se o valor for superior a 512 milissegundos, faz
aparecer uma caixa de mensagem de alerta com o título
“Make a fool of oneself” e o texto “What a foolish thing you
have done!”, e o botão OK. Carregando neste, inicia-se então
a sua actividade destrutiva.
Esta é constituída por uma rotina que é executada segundo
a segundo e que interrompe e desactiva programas
antivírus e de “firewall”, ao mesmo tempo que tenta apagar
todos os ficheiros em todas as pastas da unidade de disco
a partir da qual o “worm” foi executado. Se, por outro lado,
aquele valor for inferior a 512 milissegundos, o Winevar
tenta criar o “mutex”“~~ Drone of StarCraft~~”.
Entretanto, se não existir uma ligação activa à Internet, ele
instala e corre uma cópia do FunLove 4099 sob a forma
do ficheiro Aavar.pif ou WinXXXX.tmp colocado na pasta
do sistema. Se, pelo contrário, existir uma tal ligação, o
“worm” verifica no Registry os nomes registados para a
organização e dono do computador. Se não existir registo
para a organização, cria um com o valor “Trand Microsoft
Inc.”, e, se não houver um dono registado, cria também um
com o valor “AntiVirus”.
A seguir, cria mais uma cópia, agora no Ambiente de
Trabalho e com o nome Explorer.pif. A seguir, procura
ficheiros com as extensões .htm e .dbx,
bem como pastas cujo nome
contenha as palavras
“antivirus”,“cillin”,
“nlab” e “vacc”.
Quando encontra
estas pastas,
apaga todos
os ficheiros e subpastas nelas contidos. Quando encontra
os ficheiros referidos, recolhe os endereços de E-mail aí
existentes e envia-se a si próprio para cada endereço que
não contenha a expressão “@microsoft”.
O Winevar utiliza o seu próprio motor SMTP e os servidores
de E-mail dos domínios dos computadores para onde quer
enviar as mensagens que o propagam. Estas apresentam,
como autor, o dono do computador que as envia ou
“AntiVirus” e o endereço para onde quer enviar. O assunto
é “Re: AVAR(Association of Anti-Virus Asia Reseachers)”
ou “N`4?[nome da empresa] ou ‘Trand Microsoft Inc.’.” O
texto da mensagem é: “AVAR(Association of Anti-Virus Asia
Reseachers) - Report. Invariably, Anti-Virus Program is very
foolish” Ou “[dono do computador] - [nome da
empresa]”.
A mensagem contém três ficheiros anexos com
nomes variáveis mas com os seguintes formatos:
WinXXXX.Txt (12.6 KB) Music_1.htm, WinXXXX.Gif
(120 Bytes) Music_2.ceo ou WinXXXX.pif.
O ficheiro .htm explora uma falha
do ActiveX que permite registar
a extensão .ceo como executável.
Se não for enviada nenhuma mensagem, o
“worm” volta a apresentar a mensagem de
aviso anteriormente referida.
Depois de enviar as mensagens, o Winevar tenta
executar um ataque do tipo “denial of service”
(DoS) à página www.symantec.com colocando-
a como página pré-definida das opções da Internet e
fazendo repetidas solicitações à mesma. ● JOSÉ DOUTIL

OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 2
Flip, WM/Alliance.A,
WM/Helper.C;D;E, VBS/
Baracu.A@mm, W97M/Jany.a
Dia 3 Dia 4 Dia 5
WM/Eraser.A:Tw, WM/ WM/Helper.C;D;E, WM/ WM/Eraser.A:Tw, WM/
HELPER.F;G;H Eraser.A:Tw HELPER.F;G;H, AOS.A, W97M/
Jackal.A, W32/Supova.d.worm,
W32/Urick@MM, W32/
Supova.e.worm, W32/
Supova.f.worm, JS/
Gigger.a@MM, VBS/Count,
X97M/Anis, X97M/Hopper.r
Dia 6 Dia 7 Dia 8
WM/KOMPU.A, WM/ WM/Alliance.A, WM/ WM/KOMPU.A, WM/Eraser.A:
Helper.C;D;E, WM/Eraser.A:Tw ERASER.H, WM/Eraser.A: Tw, VBS/Valentin@MM, VBS/
Tw, W32/Supova.d.worm, San@M
W32/Supova.e.worm, W32/
Supova.f.worm

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2
S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2 computadores .7
 da.net Utopia: delírio; devaneio;
fantasia; ilusão; mito; qui-
mera; sonho (“Dicionário
de Sinónimos” da Porto
Editora)
foi criar
O
SONHO
um portal
para divulgar
manifestações
culturais e de suporte à gestão de
científicas promovidas por
agentes com pouco acesso
aos circuitos tradicionais
de distribuição. Este
centro cultural virtual,
Cresce em flecha o uso da fotografia baptizado Centro Utopia,
ainda não está a funcionar,
digital nos telemóveis entre outras razões por
falta de meios financeiros.
A NTT DoCoMo, o maior operador japonês de Mas deu origem a uma
telecomunicações, anunciou na passada semana ter já jovem empresa, com sede
vendido mais de três milhões de telemóveis dotados em Coimbra, que apostou
de máquina fotográfica digital incorporada, isto menos no desenvolvimento de
de seis meses após o lançamento do seu serviço I-shot portais avançados, de solu-
— o qual permite aos utilizadores enviarem, através da ções de suporte à gestão
Internet, fotografias tiradas com o seu telemóvel para de conteúdos “on-line” e
outros telemóveis ou para computadores. A empresa de sistemas de suporte à
continua, no entanto, a grande distância da J-Phone organização e à gestão de
Co., o número um no sector dos telemóveis equipados conferências científicas.
com máquina fotográfica digital graças aos seus 70 por A Flor de Utopia foi
cento de quota do mercado. “O serviço conheceu um constituída há pouco mais
enorme sucesso”, indicou a DoCoMo em comunicado. de dois anos por cinco
A DoCoMo lançou o serviço I-shot no passado dia 1 sócios individuais, com um
de Junho, colocando no mercado sete modelos de capital inicial de 30 mil
telefones com máquina fotográfica digital incorporada. euros e o apoio da incuba-
A J-Phone, cuja empresa-mãe, a Japan Telecom, é dora de empresas do Insti-
controlada pelo operador global de telecomunicações tuto Pedro Nunes, que lhes
móveis Vodafone, anunciou também na semana deu alojamento e serviços
passada que, no final de Outubro, contava com mais básicos a custo reduzido,
de 7 milhões de assinantes do seu serviço de telefonia bem como algum apoio
móvel com máquina fotográfica digital incorporada, ao nível da burocracia. O
face aos 4,4 milhões registados no final de Março. Centro Utopia, “por diver-
sos motivos, está actual-
Ataque terrorista poderá mente parado, aguardando
a melhor altura para
semiparalisar a Internet… avançar”, adiantaram
a Computadores, numa
Um ataque terrorista poderá paralisar a Internet entrevista por correio
— indica um estudo divulgado na semana transacta electrónico, António José
por investigadores da Universidade do Ohio, nos Mendes e Edmundo Mon-
EUA, e que será publicado na edição de Fevereiro da teiro, sócios-fundadores
revista “Telematics and Informatics”, conforme noticiou com responsabilidade pela
a Agência Lusa. Para os investigadores, as principais orientação de projectos.
cidades onde se concentra a maioria dos utilizadores da Como sítio “on-line”
Internet em cada país continuariam a dispor de acesso na para a divulgação de acti-
maioria dos cenários previsíveis, embora a rede das redes vidades
pudesse apresentar-se diminuída na sua funcionalidade culturais e R I TA H A S S E
e no seu desempenho. Mas, no caso de um ataque científicas
terrorista, as pequenas e médias cidades poderão ficar prioritariamente lusófo-
totalmente desligadas da Internet.“Se picarmos um nas, o Centro pretende
polvo, todos os seus tentáculos se retraem”, explica “contribuir para a consoli-
Morton OHKelly.“A rede [ou conjunto de redes] em que dação do acesso do público
assenta a Internet tem tentáculos ligados em várias a este tipo de informação”.
outras cidades; se for destruído um importante centro da Procura a promoção da
Internet, ficarão também destruídas todas as conexões troca de “ideias, análises
que a ele estão ligadas”, acrescentou. e perspectivas” entre
agentes culturais e cientí-
… defendendo o estudo ficos, e “terá espaços para
eventos, protagonistas,
uma maior descentralização ‘dossiers’ temáticos, pro-
dutos e fóruns de discus-
Tony Grubesic, um dos autores do estudo, compara são”. Mas, por questões de
as consequências de um tal cenário com as que
podem verificar-se no tráfego aéreo. “Se as condições
atmosféricas interromperem ou atrasarem o tráfego
no aeroporto de uma cidade, os passageiros de todo
o país podem sentir as consequências, mesmo que
ordem económica, a Flor
de Utopia teve de adiar
a sua abertura e apostar
noutras áreas, “que pudes-
sem garantir a sobrevivên-
não viajem para esse destino. O mesmo acontece cia da empresa”.
com a rede de Internet”, disse Tony Grubesic, ainda Com uma equipa
citado pela Agência Lusa. Os autores do estudo nuclear pequena mas com
sublinham que, imediatamente após os atentados competências em diversas
terroristas de 11 de Setembro de 2001 contra alvos áreas — sistemas de infor-
nos EUA, várias áreas em redor de Nova Iorque ficaram mação, “Web engineering”,
privadas de acesso à Internet e vários “sites” e portais multimédia, inteligência
permaneceram silenciosos durante perto de dois dias. artificial, redes de com-
Segundo Grubesic, por razões de segurança, as redes putadores e segurança
que sustentam física e funcionalmente a Internet não em sistemas e redes —, a
deveriam estar tão concentradas nos grandes centros Flor de Utopia começou a
urbanos, defendendo o investigador uma maior desenvolver tanto soluções
descentralização da Net. ● “à medida”, para terceiros,
como produtos próprios.
É o caso do webChai-
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2
ring, do webContent e do
ANDRÉ RUIVO
webI&D. O webContent é
um sistema de suporte à
gestão de conteúdos “on-
line”, destinado a meios
de comunicação social,
publicações electrónicas
e “newsletters” empresa-
riais ou institucionais. O
webI&D é uma solução
unidades de investiga-
ção e desenvolvimento
(I&D), incluindo áreas
de actividade, projectos,
publicações e páginas dos
investigadores.
O webChairing é um
sistema de suporte à
organização e gestão de
conferências científicas,
desenvolvido, como o
nome indica, em ambiente
próprio da Web. Através
dele, as comissões cientí-
ficas e organizadoras de
conferências, congressos
e “workshops” poderão
gerir todo o evento, desde
a recepção dos artigos e
comunicações às inscrições
dos participantes ou à actu-
alização do programa. Para
isso, dispõem de dois módu-
los, que podem ser usados
de forma integrada ou sepa-
radamente: o webChairing
Scientific Management
(webChairing|sm), para a
organização científica da
conferência; e o webChai-
ring Conference Manage-
ment (webChairing|cm)
para a gestão do próprio
evento.
O webChairing
também pode servir o tra-
balho dos editores de revis-
tas científicas. E, segundo
Paula Almeida, a gestora
de produto, poderá igual-
mente ser usado na gestão
de eventos não científicos,
bem como em situações
de revisão de processos
documentais por equipas
distribuí-
FERREIRA das — “por
exemplo, na
gestão de pedidos de equi-
valências em instituições
do ensino superior”.
Outra área de activi-
dade da Flor de Utopia
é a concepção de “sites”
institucionais e de portais
avançados, “que envol-
vam a gestão dinâmica
de conteúdos, pesquisa
avançada e suporte ao
EMPRESA DE COIMBRA DESENVOLVE SIST
comércio electrónico”.
O portal da iniciativa
Coimbra-Capital Nacio-
nal da Cultura (em http:
//www.coimbra2003.pt ),
que se realiza no próximo
ano, é um exemplo. “Do
ponto de vista da inova-
Uma utop
ção e potencialidades”,
Edmundo Monteiro e Antó-
nio José Mendes destacam Académico Gil Vicente Herdade de Batepé ( http:
o portal da FTG-Formação ( http://www.uc.pt/tagv //www.batepe.com ).
Tecnológica e Gás, Lda., ), dos Gordinhos Online Esta equipa também
empresa de formação ( http://www.gordinho- já desenvolveu diversos
profissional de Coimbra ( sonline. com ) ou da CD-ROM de conteúdos
http://www.ftg.pt ). A solu- Sabores D’Aldeia ( http: científicos e soluções para
ção concebida “permite //www.mdc-sgps.com/ intranets empresariais
automatizar em grande saboresdaldeia.asp ) têm — sistemas distribuídos
medida a relação com os também a assinatura da de gestão interna de
formandos”, por exemplo Flor de Utopia. Tal como empresas, baseados em
ao nível das inscrições ou as páginas da Herdade tecnologias da Web. Para
dos planos de formação. dos Arneiros ( http:// a Shell-Butagas francesa,
Os sítios do Teatro www.arneiros.com ) ou da forneceram uma solução
 Flor de Utopia-Produções Culturais, Alan Kay vai colaborar com a HP…
WebEngineering & Multimédia Lda Alan Kay, 62 anos e um dos pioneiros das modernas
linguagens de programação informática, vai colaborar
Data da criação: Julho de 2000 com equipas de investigação e desenvolvimento
Origem dos capitais: privados (I&D) da Hewlett-Packard (HP), conforme anunciou a
Actividade: “design” e concepção de “sites” e portais empresa, onde deverá dedicar-se ao desenvolvimento
avançados; desenvolvimento de sistemas de suporte à de novas plataformas informáticas. Alan Kay tornou-se
gestão via Web. conhecido sobretudo pelo seu papel determinante, no
Principais produtos: webChairing, webContent e webI&D final da década de 60, no desenvolvimento da ARPAnet,
Nº de empregados: 4 a rede que antecedeu a Internet, assim como pelos
Média de idades: 26 anos seus contributos para a concepção dos computadores
Cotada em bolsa: Não pessoais portáteis — nomeadamente, nos anos 60, pela
Facturação em 2001: 47.520 euros criação de uma máquina a que chamou Dynabook,
Crescimento anual médio: não aplicável que pesava pouco mais que um livro e incluía um
Internacionalização: em estudo via webChairing ecrã plano e um teclado, apresentando a capacidade
URL: http://www.flordeutopia.pt de reconhecer a escrita manual. Alan Kay foi também
um dos fundadores do mítico laboratório Palo Alto
Research Center (PARC), da Xerox, na cidade californiana
umas com mais capaci- informática, permitindo do mesmo nome, de onde saíram invenções tão
dade financeira e técnica, assim que qualquer pessoa decisivas como o rato, a interface gráfica ou a norma
e outras que vão sobrevi- possa trabalhar com ele”. Ethernet para as redes.
vendo à custa de pequenos O webChairing|sm é
projectos”. Segundo os dois a aplicação que suporta, … mas continuará fiel às crianças
sócios-fundadores, “a Flor de forma remota, todas as
de Utopia procura diferen- actividades relacionadas Este pioneiro das tecnologias de informação trabalhou
ciar-se pela qualidade das com a organização cientí- ainda na Atari, um dos primeiros fabricantes de
soluções que desenvolve e fica da conferência, desde computadores pessoais, no desenvolvimento de
pela aposta em nichos de a submissão electrónica videojogos, e na Apple Computer. Mais tarde e ao longo
mercado cujo ‘know-how’ dos artigos à revisão e ava- de cinco anos, na Walt Disney Imagineering, desenvolveu
domina, nomeadamente liação dos mesmos. A apli- projectos digitais. Daí que não surpreenda que depois
nas áreas da investigação cação permite a “reunião tenha continuado na exploração dessas mesmas
científica e do ensino em virtual” de organizadores tecnologias de informação no sentido de abrir este
geral”. e revisores, através da universo aos mais novos. “O trabalho com crianças tem
Para isso, segundo os criação de áreas de traba- sido sempre o impulsionador das invenções tecnológicas
seus responsáveis, conta lho para diferentes grupos que fiz ao longo dos anos”, declarou Alan Kay na ocasião
com “uma equipa jovem, de colaboradores — “com do anúncio da sua colaboração com a HP. Segundo a
altamente qualificada e acesso mais ou menos res- Agência Lusa, nos últimos anos, Kay tem trabalhado
actualizada (sendo todos trito, consoante o seu grau (e, segundo ele, continuará a trabalhar) no âmbito de
engenheiros informáti- de envolvimento na orga- uma organização não lucrativa chamada Squeak, numa
cos) e soluções com um nização da conferência”. ferramenta de programação baseada em imagens, com a
‘design’ atraente”. Quanto Suportando a comu- qual até as crianças podem criar objectos informáticos.
à actual conjuntura eco- nicação por listas de
nómica pouco favorável, E-mail e fóruns, o Microsoft investe 400 milhões
os promotores da Flor de webChairing|sm pos-
Utopia estão sobretudo sibilita, outras coisas,
em educação na Índia…
preocupados com a falta de também a definição dos
projectos de grande dimen- critérios para a avaliação Bill Gates, co-fundador, “chief software architect” e
são — e explorar mercados dos artigos, “com pesos e presidente da administração da Microsoft, anunciou
além-fronteiras poderá ser campos específicos para recentemente que a sua empresa se propõe investir,
uma hipótese. O webChai- introdução de comen- ao longo dos próximos três anos, 400 milhões de
ring é, acreditam, o pri- tários pelos revisores”. euros na Índia. Gates estava de visita à União Indiana
meiro produto da empresa Também por isso foi o e apontou como um dos objectivos a promoção das
com potencialidades de sistema escolhido para a tecnologias da informação (TI) através da melhoria
internacionalização. organização de conferên- dos níveis de literacia informática no país. Parte dos
As funcionalidades do cias como a QofIS 2001 investimentos da Microsoft serão canalizados para
webChairing já foram tes- — Quality of future Inter- o apoio à formação de professores e estudantes de
tadas na organização de net Services —, realizada escolas do ensino oficial na área da informática e das
conferências em Portugal em Setembro de 2001, em tecnologias de informação. A Microsoft pretende,
e no estrangeiro. É o caso Coimbra. Ou a ICCBR no âmbito do projecto Shiska (o termo hindu para
recente da CAPSI 2002 — 2001, a Workshop on educação) chegar a 80 mil professores e a 3,5 milhões
a terceira Conferência da Creative Systems, Appro- de estudantes. Gates disse ainda que a Microsoft criará
Associação Portuguesa de aches to Creativity in uma dezena de centros académicos de tecnologias
Sistemas de Informação Artificial Intelligence and da informação em parceria com as autoridades de
—, realizada em Novem- Cognitive Science, que diversos estados federais da União Indiana.
bro, em Coimbra. Ou da teve lugar no Canadá.
AISB 2002, a Convention Já neste ano, o … e no reforço da sua I&D no país
of the Society for the webChairing|cm foi utili-
Study of Artificial Intelli- zado pelo secretariado da A outra parte dos 400 milhões de dólares que o “chief
TEMAS DE SUPORTE À GESTÃO ‘ON-LINE’ gence and the Simulation Terceira Conferência da software architect” da Microsoft anunciou que a sua
of Behaviour, que teve Associação Portuguesa de empresa investirá na Índia visam também a expansão
lugar em Abril, em Lon- Sistemas de Informação e o aprofundamento das suas próprias actividades,
dres (Reino Unido). para a gestão do encontro nomeadamente contemplando a expansão do seu

pia a florir De acordo com a gestora

de produto Paula Almeida,
o webChairing|sm
particularmente útil na
organização e gestão de
é
em si, que decorreu de 20
a 22 de Novembro, em
Coimbra. Além da criação
de uma página Web do
evento, o webChairing|cm
centro de desenvolvimento de “software”.“À medida
que entramos na década digital, as oportunidades que
se apresentam à nossa frente para levar à inovação são
imensas”, disse Gates. “Isto representa uma oportunidade
única para o Governo da Índia criar uma vibrante
encontros internacionais permite, através de uma economia baseada no conhecimento, que encoraje a
em que os membros das “zona privada”, efectuar inovação, assente em profundas parcerias com empresas
de gestão remota de reser- criar sistemas de suporte comissões organizadoras tarefas como a actuali- de ‘software’ locais, criativos e empresas como a
vatórios de gás através ao comércio electrónico e e científicas se encontram zação do programa ou o Microsoft.” O interesse com que as grandes empresas das
da Internet, estando o ao ensino à distância, bem em países diferentes. Com registo das inscrições. tecnologias de informação olham a Índia vem já de trás,
sistema em funcionamento como para realizar tra- este sistema, têm uma fer- Suporta também a assentando numa combinação única, a nível mundial, de
em França. Para a portu- balhos de consultoria em ramenta de trabalho cola- gestão das informações domínio do inglês, excelente preparação matemática e
guesa Tecmic, que produz segurança de redes. borativo à distância, via de última hora, de infor- níveis salariais muito inferiores aos dos países ocidentais.
o sistema de gestão de Em relação à con- Web. Outra das grandes mações úteis ou logísticas Há uns anos, um engenheiro informático na Índia
frotas terrestres XTraN, corrência, os responsá- vantagens genéricas do — restaurantes, hotéis, aceitava receber sete vezes menos que nos EUA ou na
conceberam um “software” veis da Flor de Utopia webChairing é o facto de etc. — e a comunicação Europa; e, embora hoje os salários qualificados no país já
de monitorização de rotas, admitem que “existem se tratar de “um sistema entre os vários grupos não sejam tão baixos, o mesmo engenheiro informático
o XtraNWeb. A Flor de muitas empresas na área de utilização bastante de trabalho responsáveis ganhará três a quatro vezes menos. ●
Utopia afirma-se igual- do desenvolvimento de simples e que não exige pela organização da con-
mente preparada para soluções para a Internet, grandes conhecimentos de ferência. ●

S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2 computadores .9
computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2
 SIEMENS LANÇOU O NOVO MODELO C55 dica

Um telemóvel cheio Pastas comprimidas

no Windows XP (3)

de sons
SIEMENS lançou, na passada procurou lançar um modelo que se
Depois de termos visto como se criam pastas
comprimidas (zipadas) e se lhes acrescentam
ficheiros, vale a pena observar algumas
peculiaridades na maneira como o Explorador

A
do Windows lida com elas.
semana, o C55, um telemó- pudesse adaptar aos gostos dos Como já antes se referiu, as pastas
vel que permite gravar os utilizadores; por isso, associou- comprimidas correspondem a ficheiros com
mais diversos sons, os quais lhe também duas dezenas extensão .zip, aparecendo arrumadas junto
podem depois ser associados de capas opcionais, com aos ficheiros e não junto às pastas.
aos nomes guardados na lista de con- diferentes cores e desenhos, Quando, estando o Explorador do Windows
tactos. Os utilizadores mais criativos que podem ser adquiridas e em modo de visualização clássico, com a
podem também compor as suas próprias trocadas de acordo com as janela Pastas, do lado esquerdo, activada
melodias e, claro, fazer o “download” de preferências. Um tom azul (menu Ver, comando Barra do Explorer/
novos toques a partir da Internet, no claro, outro cor-de-rosa Pastas), se dá dois cliques sobre uma pasta
sítio www.my-siemens.com/City . mais extravagante, um comprimida, abre-se automaticamente uma
Com o C55, pode-se gravar as vozes laranja, dois verdes dife- janela do Explorador com o seu conteúdo,
dos familiares ou amigos e ouvi-los rentes ou um “bordeaux” o que corresponde ao comando Abrir deste
depois a chamar, sempre que telefo- são algumas das opções. programa — no menu Ficheiro ou dando um
narem. Pode-se associar um contacto Com 80 gramas de clique com o botão direito do rato sobre uma
ao som de um golfinho, de um gato ou peso, o C55 possui auto- pasta normal ou comprimida.
de outro animal e é também possível nomia para 300 horas em As pastas comprimidas só aparecem na janela
gravar uma música de que se gosta para modo de espera ou 300 Pastas do Explorador do Windows quando,
ouvir mais tarde ou associar a determi- minutos de conversação. tendo a pasta zipada seleccionada, se escolhe
nada pessoa. Com 16 Com um o comando Explorar do menu Ficheiro ou
sons polifónicos, que ISABEL GORJÃO SANTOS cabo de quando, dentro da pasta onde está a pasta
correspondem a outros d a d o s comprimida, se cria uma pasta normal, não
tantos instrumentos musicais, é sim- opcional, o telemóvel pode comprimida.
ples compor uma melodia e criar toques ser ligado ao computador Nesse caso, quando se clica na pasta zipada,
verdadeiramente personalizados. para transferência de em Pastas, no lado direito da janela aparece
Através do Enhanced Messaging informação. A capacidade o conteúdo da mesma, não se abrindo
Service (EMS), é possível enviar e de marcação por voz, de nova janela do Explorador. Na janela Pastas,
receber animações, imagens e som, o efectuar chamadas para aparecem também as pastas que estiverem
que torna as mensagens mais criativas. um grupo até cinco pessoas comprimidas dentro do ficheiro-pasta Zip.
Através da linguagem Java e da tec- — para uma verdadeira No entanto, se se fechar o Explorador do
nologia General Packet Radio Service conferência telefónica — ou Windows, quando se volta abrir, já a pasta
(GPRS) — que permite enviar e receber de programar o desperta- comprimida não aparece outra vez do lado
pacotes de dados com débitos bem mais dor, ou, ainda, um lembrete esquerdo, tendo que se repetir o processo…
elevados que a norma GSM, em que com pequenos textos são Contrariamente ao que acontece com os
assenta a generalidade dos telemóveis outras das possibilidades ficheiros .zip no WinZip, por exemplo, as
—, o utilizador pode fazer o “download” proporcionadas pelo C55. pastas comprimidas do sistema operativo
de novos jogos, por exemplo, ou consul- A estas juntam-se Windows XP apresentam as pastas incluídas
tar outras informações na Internet. ainda uma calculadora, um no ficheiro-pasta, que podem ser abertas
A capacidade de criar mensagens conversor de moeda e um como se fossem pastas normais para ver o
escritas de maior dimensão — até 760 organizador pessoal, onde seu conteúdo ou manipular os ficheiros aí
caracteres — ou de enviar uma mensa- o utilizador pode registar contidos.
gem para um grupo de pessoas é outra as reuniões, as tarefas Do mesmo modo, quando se descomprime
das características do C55, que permite importantes ou os aniversá- ficheiros .zip que incluam pastas, estas são
também associar algumas imagens aos rios, podendo ainda ser associa- automaticamente recriadas.
nomes gravados na lista de contactos, o dos sinais de alarme a cada um dos Pode abrir-se ficheiros directamente a
que torna mais fácil identificar o autor eventos. Disponível desde a passada partir das pastas comprimidas, sem os
da chamada. semana, o novo telemóvel da Siemens descomprimir para fora da pasta, e editá-
Com este novo telemóvel, a Siemens custa cerca de 210 euros. ● los, tal como acontece com o WinZip,
por exemplo, gravando depois o ficheiro
comprimido actualizado.
PRIMEIRA REUNIÃO GRUPO DE TRABALHO PERMANENTE PARA O E-GOVERNO Do modo idêntico, pode-se correr programas
que não dependam de outros ficheiros. As

Ibero-americanos vão pastas comprimidas também podem ser

partilhadas com outros utilizadores dentro
de uma rede.

trilhar caminhos comuns

GRUPO de Trabalho Per-
panamiano, peruano, português e
Tendo uma pasta comprimida aberta, pode-se
ver as percentagens de compressão e outras
informações de ficheiros seleccionando, no
menu Ver, o comando Detalhes.
jacentes à sua criação a condução de

O
manente para o Governo
Electrónico (GTPGE),
reunido pela primeira vez
em Lisboa, aceitou hoje
que os países ibero-americanos devem
definir uma estratégia comum para
melhor responderem aos desafios da
sociedade da informação.
O grupo, criado em Setembro no
âmbito da sétima reunião dos minis-
tros da Presidência dos Países Ibero-
Americanos, tem como representante
português Diogo Vasconcelos, recen-
temente empossado como gestor da
Unidade de Missão Inovação e Conhe-
cimento, entidade responsável pela
execução das medidas do Executivo
nas áreas da inovação, da sociedade da
informação e do governo electrónico.
Numa declaração assinada por
representantes dos governos brasileiro,
chileno, cubano, espanhol, mexicano,
uruguaio, a que a Agência Lusa teve
acesso, o grupo defende reuniões semes-
trais para “uma troca de informação e
experiências eficiente”. Também nesse
sentido é proposta, no documento, a
criação de grupos temáticos e o fomento
de acordos de intercâmbio nas áreas da
formação e da capacitação.
Tendo como principal objectivo
o intercâmbio de informação e de
experiências entre os participantes,
procurando sistematizar as melhores
práticas e políticas desenvolvidas, o
GTPGE defende uma estratégia ibero-
americana para o governo electrónico.
Além disso, refere o documento, deverá
ser definido e promovido um plano de
acção entre os países ibero-americanos,
assim como o intercâmbio permanente
de informação e de experiências.
O GTPGE considera ainda neces-
sário para cumprir os objectivos sub-
Como se pode ver na imagem, o sistema
estudos e projectos conjuntos. “Sempre fornece a dimensão de cada um dos ficheiros
que possível e de interesse comum”, antes e depois de comprimidos, bem como
refere o texto do documento, deverão a taxa de compressão conseguida ficheiro a
ser definidos “mecanismos de resposta ficheiro. ● JOSÉ DOUTIL
comum aos desafios e oportunidades
colocados pela Sociedade da Infor-
mação”, pelo que o GTPGE defende
a interacção bilateral e multilateral
flexível, através de acordos formais e
de relações informais.
Apesar do carácter de cooperação
informal do GTPGE, todos os docu-
mentos deverão ser apresentados
perante a reunião de ministros da
Presidência e Equivalentes da Ibero-
América para aprovação, devendo ser
validados antecipadamente por todos
os participantes. O texto, assinado na
terça-feira da passada semana, foi
resultado da primeira reunião deste
grupo, reunido em Lisboa desde a
véspera. ● Lusa

S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2 computadores .11
 FICHA S H A R E WA R E
MY WEB

Um ‘browser’
Editor
para os miúdos
Rui Jorge Cruz ME, NT ou XP, da Microsoft. bloquear mensagens de E-mail
Redactores, colaboradores O computador necessita ainda com conteúdos publicitários a
e cronistas de ter instalado e configurado o produtos ou serviços inadequa-
Ana Gerschenfeld, Ana Machado, Internet Explorer 5.5 (ou poste- dos a crianças.
André Ruivo, António Granado, rior), também da Microsoft, e o Uma das úteis funções inclu-
Casa dos Bits, Fernando Fraga, leitor multimédia Macromedia ídas no programa é o Popup
Helena Viegas, Henrique Carreiro, Flash 6 (MX). Ou seja, o MyWeb Protector, que evita que novas
Henrique Saias, Isabel Gorjão não é um “browser” desenvolvido janelas abram sempre que se
Santos, João Cruz, José Antunes, de raiz mas, sim, uma interface acede a determinado sítio. É cada
José Doutil, Luís Félix, Miguel gráfica que se instala sobre o vez mais comum, em sítios muito
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo “browser” tradicional. Para aceder concorridos, abrirem-se novas
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
à MyWeb Radio, os utilizadores janelas com anúncios a casinos
Cruz, Rita Hasse Ferreira
necessitam de ter instalado no “on-line”, sítios de jogo ou de
Secretariado
seu PC o Windows Media Player conteúdos pornográficos — pro-
Ana Lúcia Zacarias 6.4 (ou posterior) ou o RealPlayer moções pouco recomendas para
Paginação 8 (ou posterior). A partir daí, o serem visualizadas por crianças.
Ana Carvalho, Ivone Ralha, MyWeb está pronto para fazer as Por este motivo, o MyWeb per-
Hugo Pinto, Jorge Guimarães delícias das crianças. mite bloquear estes anúncios.
Projecto Gráfico & Designer A pensar nos utilizadores
Luis Carlos Amaro/ que possuem aplicações ou docu-
Gráficos à Lapa mentos críticos e temem que a
utilização do seu computador por
Computadores crianças possam danificar esta
S CONTEÚDOS, as apli-

O
é publicado às segundas-feiras
cações, os pequenos
E-Mail filmes e jogos lúdico-
computadores@publico.pt educativos atraem
Tel. 21-0111125 cada vez mais crian-
Fax 21-0111008
ças para a Internet, sendo esta
cada vez mais utilizada pelas
audiências infanto-juvenis. No
entanto, são necessários alguns
Assine Computadores
cuidados especiais para que
tal acesso à rede das redes não
Assine o PÚBLICO
traga alguns dissabores para os
à segunda-feira e receba o jornal
pais e os educadores. Com tanta
em sua casa ou levante-o no seu
publicidade a casinos e sítios de
posto de venda habitual com os
suplementos Computadores e
conteúdos para adultos, é cada
Economia.
vez mais difícil navegar na Web
sem deparar com imagens e
E-mail: assinaturas@publico.pt mensagens menos apropriadas
Tel.: 808 200 095 (custo chamada a crianças.
local) A navegação na Web por parte
Fax: 210 111 017 de um público infantil obriga,
assim, a alguns cuidados espe-
Assinatura semestral (26 exemplares):
ciais. A pensar neste problema,
a empresa norte-
Portugal €18.20
americana MyWeb NUNO BERNARDO
Europa €58.50
lançou um “browser”
Resto do Mundo €94.90
para a Web com o mesmo nome,
destinado exclusivamente às ser obtida em www.myweb.com
Assinatura anual (52 exemplares):
crianças. O MyWeb é um “brow-
Portugal €36.40 ser” divertido e interactivo, que
Europa €117.00 inclui um conjunto de funções
Resto do Mundo €189.80 extra pensadas para satisfazer as
necessidades dos mais novos. Este
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
“browser” inclui uma estação de
solidariedade social. Preços rádio própria para crianças, uma
especiais para Macau, Timor, São interface mais animada e diver-
Tomé e Guiné. Os preços incluem tida, além de uma aplicação para
IVA à taxa legal em vigor. gestão de mensagens de correio
electrónico.
O MyWeb não deve ser con-
siderado apenas como um mini-
programa de navegação na Web.
Este inclui todas as funcionali-
dades de um “brow-
ser” normal mais as
funções já descritas.
Uma cópia de demonstração pode
— bastando copiar um pequeno
ficheiro, que não ocupa mais de 9
megabytes. Depois, é só instalá-
lo e estará pronto a funcionar.
Para o correr no seu computador,
o utilizador necessita de verificar
se dispõe dos requisitos mínimos:
um PC com processador Pentium
II ou superior, 64 megabytes de
RAM, uma ligação à Internet e
uma versão do Windows 98, 2000,
Os pais e educadores podem
criar um conjunto de filtros que
bloqueiam o acesso a sítios, ima-
gens e conteúdos não apropria-
dos para crianças. O programa
permite mesmo “esconder”
palavras obscenas que se encon-
trem em determinados sítios. O
utilizador pode utilizar os filtros
definidos por omissão ou criar os
seus próprios.
Para o utilizador português,
será conveniente alguma con-
figuração adicional, de forma a
bloquear o acesso a conteúdos
para adultos em português. As
ferramentas que filtram os con-
teúdos são usadas não só para
proteger o acesso a determinados
sítios da Web como também a
informação sensível, a ferramenta
System Monitor permite ao utili-
zador bloquear o acesso a determi-
nados programas e ficheiros. Por
outro lado, a função Time Control
permite definir dias e horas em
que a criança poderá utilizar o
PC e aceder à Web. Por exemplo,
os pais podem definir que os seus
filhos podem aceder à Net apenas
entre as 21h00 e as 22h00 ou só
aos fins-de-semana.
O MyWeb permite a cada
criança definir quais os seus sítios
favoritos. A par destas listagens
criadas pelo utilizador, o próprio
programa sugere um conjunto
de locais divertidos e úteis para
jovens, desde sítios com jogos edu-
cativos até sítios com conteúdos
e ferramentas para auxiliar na
aprendizagem escolar. Um ícone
próprio permite ainda ao utiliza-
dor o acesso a uma rádio criada
especificamente para crianças,
com temas pop de sucesso devi-
damente filtrados para evitar
canções com letras menos apro-
priadas para crianças.
A interface do MyWeb foi
criada por Sam Hood, um dese-
nhador premiado, o que, por si,
já constitui justificação suficiente
para se usar o programa. A cópia
de demonstração permite ana-
lisar todas as funcionalidades,
de forma a verificar se o MyWeb
justifica ou não os 20 euros neces-
sários para o seu registo. ●

computadores .12 S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2
cartas
‘Até onde vai baixar o ADSL?’
A propósito do artigo “Até onde vai baixar o ADSL?”,
gostaria de dar uma resposta sucinta: se for em termos
de qualidade de atendimento, algo de que se gabam os
operadores entrevistados no dito artigo, não há muito
para onde baixar. E explico: ligaram-me há cerca de
um mês para, em “marketing” directo, me proporem a
adesão ao serviço.
Aceitei imediatamente, embora não tenha gostado
quando me disseram que, após a recepção do modem
e do “software”, o serviço demoraria ainda mais três dias
a ser activado. Fiquei chateado, porque tinha pressa no
serviço e porque, no país de onde tinha chegado pouco
antes, a activação era imediata. Mas aceitei.
Quando recebi o modem e liguei a pedir a activação
(dia 12 de Novembro último), disseram-me que o prazo
tinha sido ampliado para cinco dias. Cinco dias depois,
comecei a reclamar diariamente pela demora, disseram-
me para esperar mais uns dias, e depois dez dias, e
depois quinze dias. É hoje dia 25 de novembro, passaram
treze dias, e disseram agorinha mesmo que não havia
previsão para a activação do serviço.
Esta demora foi, como é evidente, prejudicial para a minha
vida pessoal e profissional. Sabendo que a companhia
com que contratei (no caso, a Sapo) se prepara para me
cobrar a activação como se nada se tivesse passado, fico
bastante encanzinado, para não dizer pior.
Porque, entretanto, continuo a escrever-vos usando uma
conexão lenta e cara, porque os meus telefonemas diários
para saber em que pára a activação do serviço são pagos,
porque algumas pesquisas a sério que precisava de ter
feito na Internet — daquelas que só vale a pena fazer com
banda larga, foram adiadas —, etc.
Dizem-me da Sapo que a activação das suas concorrentes
é mais lenta ainda e que a culpa é da Portugal Telecom,
por acaso, a sua empresa-mãe. Mas evidentemente que
não é. A culpa é de quem faz publicidade enganosa,
informa incompletamente o cliente e lança fumo para o
ar, como no vosso artigo, apregoando a “excelência” do
seu serviço. Este lado escondido do serviço ADSL deveria
ter aparecido no vosso artigo, para que não tivesse
passado a impressão, que passou, de que da “guerra de
preços” e da concorrência só o consumidor tem a ganhar.
O consumidor já começou esta partida derrotado. E o
Estado, que deveria nivelar a partida, deve estar como de
costume: desatento.
Rui Tavares
Lisboa
Um supervisor que não tem tempo
para atender clientes
No dia 14 de Outubro, comprei um “kit” ADSL Sapo,
da Telepac, e contactei com esta empresa para que
providenciassem a indispensável activação da conta
correspondente ao número do produto e ao “username”
que constavam do referido “kit”. A funcionária realizou os
devidos procedimentos e informou-me que só passados
cinco dias poderia utilizar o ADSL.
Após esse prazo, instalei o modem e procurei fazer a
ligação. Após várias tentativas frustradas, contactei
telefonicamente a Telepac com o objectivo de ser
esclarecido sobre o que se estaria a passar. Sou então
atendido por um funcionário que, depois de muitas
evasivas, acaba por me informar que estou metido num
sarilho porque a Telepac tem um “bug” no sistema e o
número que foi atribuído ao meu produto não entra na
base de dados. Ou seja, fico a saber que não conseguem
activar o ADSL para minha utilização e que vou ter que
esperar que os serviços técnicos da Telepac resolvam o
problema — que, pelo que me é dito, já afecta alguns
milhares de outros clientes.
Fiquei tão admirado que nem cuidei de perguntar alguns
outros pormenores — como, por exemplo, quanto
tempo levariam a resolver esse tal problema. Faço novo
WWW.PUBLICO.PT
agenda
telefonema e sou, dessa vez, esclarecido de que não me TAU 2002 – ACM/IEEE International Workshop on
poderiam dar nenhuma informação porque o sistema Timing Issues in the Specification and Synthesis of
informático estava “em baixo” e não tinham acesso ao Digital Systems
ficheiro de activação do ADSL Sapo. Mais tarde, procuro, Data: 2-12-2002 a 3-12-2002
novamente, obter uma informação mais detalhada e Local: Monterey, Califórnia, EUA
de novo, após várias tentativas, voltam a explicar-me Contacto: David P. LaPotin
que a Telepac tem um problema com a base de dados e E-mail: dpl@austin.ibm.com
que muitos clientes do ADSL não podem ser registados URL: www.tauworkshop.com
— ficando, portanto, com um produto inútil nas mãos —,
não sabendo a Telepac quando terá o problema resolvido. ITU Telecom Asia 2002
Nessa ocasião, procuro falar com alguém que me saiba Data: 2-12-2002 a 7-12-2002
explicar melhor esta absurda situação e é então que Local: Hong Kong, República Popular da China
um tal “supervisor” Carlos Mateus manda dizer-me que Contacto: International Telecommunication Union
não tem tempo para atender clientes, o que, como se – ITU Telecom
calcula, me deixa ainda mais bem impressionado com E-mail: telecominf@itu.int
esta curiosa empresa. URL: www.itu.int/asia2002
Enviei então algumas mensagens para vários dos
endereços electrónicos que constam no sítio da Conference “Strategic e-HR“
Telepac, tentando assim obter um esclarecimento sobre Data: 5-12-2002 a 6-12-2002
esta situação, que mais me parecia tratar-se de uma Local: Londres, Reino Unido
incrível vigarice. E-mail: enquire@iqpc.co.uk
Comecei por receber, no dia 19, uma resposta muito URL: www.iqpc.co.uk/1902a
“tu-cá-tu-lá” , de um sr. Ricardo Simas, que me pedia
outra vez todos os dados, meus e do produto que havia FPT 2002 - IEEE International Conference
comprado, para ir ver do que se tratava. Depois, no dia 20, on Field-Programmable Technology
um sr. David Melo voltava a pedir-me os mesmos dados; Data: 16-12-2002 a 18-12-2002
no dia 21, o sr. Luís Oliveira repetia o pedido e, no dia Local: Hong Kong, China
22, o serviço de gestão de operações com clientes fazia E-mail: fpt@aicfpt.org
o mesmo pedido e acrescentava que estavam a tentar URL: www.icfpt.org
resolver o problema. Muito pressurosamente de todas as
vezes me pediam o meu número de telemóvel para me VLSI Design 2003 - The Sixteenth International
avisarem logo que encontrassem a solução. Conference on VLSI Design; The Second
Até hoje, dia 31 de Outubro, continuo a aguardar International Conference on Embedded Systems
uma solução isto é, quinze dias depois de comprar Design
um produto com que me asseguravam ter imediato Data: 4-01-2003 a 8-01-2003
acesso à Internet, estou à espera de um esclarecimento Local: Nova Deli, Índia
adequado e do devido cumprimento das obrigações URL: vlsi.ccrl.nj.nec.com/~chak/vlsi2003/
contraídas pela Telepac.
Neste caso, parece-me que importa sobretudo constatar, 2003 International CES - Defining
em primeiro lugar, como a Telepac está impunemente a Technology’s Future
enganar milhares de clientes do ADSL Sapo sujeitando- Data: 9-01-2003 a 12-01-2003
os a transtornos evidentes e não sendo sequer capaz Local: Las Vegas, Nevada, EUA
de lhes assegurar o serviço que tanto propagandeia. E, URL: www.CESweb.org
em segundo, verificar como continua a ser possível, em
Portugal, que uma empresa com a dimensão da Telepac ASP-DAC 2003 - Asia South Pacific Design
opere com total impunidade num registo eventualmente Automation Conference
compreensível num país do Terceiro Mundo mas Data: 21-01-2003 a 24-01-2003
intolerável neste outro, que se quer desenvolvido. Local: Kitakyushu, Japão
É sabido que uma empresa séria, a funcionar numa Contacto: Conference Secretariat
sociedade moderna, face a um problema deste género, E-mail: aspdac2003@aspdac.com
teria desde logo accionado mecanismos para que os URL: www.aspdac.com
produtos defeituosos e inutilizáveis fossem, de imediato,
substituídos — na casa dos clientes prejudicados — por Seminário “Ensino das Ciências e da Matemática“
outros em bom estado, acompanhados dos respectivos Data: 30-01-2003 a 1-02-2003
pedidos de desculpas e até incluindo uma compensação Local: Departamento de Educação da Faculdade de
pelos prejuízos e transtornos provocados. Ciências da Universidade de Lisboa
Mas, obviamente, à Telepac (...) é consentido que proceda E-mail: educação@fc.ul.pt
com total atropelo pelos consumidores, que, neste país, URL: www.fc.ul.pt/agenda_2002/novembro/15-11.htm
continuam apenas a ser sustentadores destas empresas
e pagantes de impostos a um Estado que abdica de Imagina.03 – The International Festival
monitorizar o funcionamento do “mercado”. for Digital Images
Indigna ainda mais estes procedimentos quando provêm Data: 3-02-2003 a 6-02-2003
de empresas (como esta da Portugal Telecom) que, na área Local: Grimaldi Forum, Mónaco
das comunicações, conseguem lucros de largos milhões Contacto: Conferência – René Broca
à custa de publicidade enganosa — como neste caso do E-mail: rbroca@noos.fr
ADSL Sapo — e da prática de preços exageradamente URL: www.imagina.mc
onerosos. Quem tiver dúvidas, compare os preços das
comunicações em Portugal com o que se passa noutros HPCA 9 - Ninth International Symposium on High
países da UE e nos EUA. Performance Computer Architecture
Perante a prepotência da Telepac e da Portugal Data: 8-02-2003 a 12-02-2003
Telecom, resta-nos apenas a possibilidade de Local: Anaheim, Califórnia, EUA
denunciar a situação, contribuindo, talvez, para que Contacto: Nader Bagherzadeh
outros evitem cair no mesmo logro de um produto E-mail: nader@”””””””ece.uci.edu
enganoso como o ADSL Sapo. URL: www.cs.arizona.edu/hpca9/
Vasco Graça
Estoril ISSCC 2002 – IEEE International
Solid-State Circuits Conference
Data: 9-02-2003 a 13-02-2003
Local: São Francisco, Califórnia, EUA
E-mail: issccinfo@yesevents.com
URL: www.isscc.org/isscc/2003
LATW 2003 – 4th IEEE Latin-American Test
Workshop
Data: 16-02-2003 a 19-02-2003
Local: Natal, Brasil
URL: diana.ee.pucrs.br/~latw/events.html
S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2 computadores .13
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2001; FIFA 2002; Retun To
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Portátil Compaq Presário
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Contacto: 962927718
E-mail: amoreno@oninet.pt
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Palladio + T18s Telecel, com
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935505711
E-mail: ruibastos@mail.tel
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ROM 16x, Drive 3,5; Placa de
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HD 300Mb e 150Mb
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E-mail: jorgep@jkpt.net
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Supra Express 56e Pro V90/
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meses de uso. Por 50 euros.
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600 75 40
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Portátil Compaq Armada
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RAM, 4 GB disco, ecrã activo
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externo, PS/2, midi, infra-
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E-mail: mabcs@oninet.pt
128MB RAM
133Mhz; 1 ano de garantia;
Preço: 44,89 euros
Contacto: 96 627 85 47
E-mail: mabcs@oninet.pt
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96 Mb RAM, 2 Gb HD, placa de
rede; Preço: 449 euros.
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E-mail: jorgep@jkpt.net
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Portátil Compaq Armada
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Pentium II 233 Mhz, 64
Mb SDRAM, Disco 3,00 GB,
CD-ROM 24, placa de som
Integrated 16-Bit, 1.44 Mb em
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32Mb Edo 72 contactos.
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9715165.
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239995314 (Lousã-Coimbra)
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Pires (Lisboa) Tel: 93 8379228
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O profissional
e há um jogo que
S
leva o jogador a per-
sonificar alguém, ele
é “Hitman 2: Silent
Assassin”. Claro que
a conclusão é subjectiva mas o
facto é que, dos muitos jogos na
primeira pessoa já produzidos,
poucos criaram uma ambiência
e uma identificação de persona-
lidade tão forte como este. Em
”Hitman 2: Silent Assassin”, o
jogador não age como Hitman,
não guia o personagem: é o
personagem, sente como o per-
sonagem, pensa como ele, actua
como ele.
Quererá isso dizer que todos
temos um assassino profissional
dentro de nós? Provavelmente,
não. O mérito é do jogo, que
consegue criar uma ambiência
completamente cinematográ-
fica, obrigando o jogador a mer-
gulhar de cabeça num mundo
digital tão real que quase se
pode tocar.
Partindo desse resultado
global, pode-se analisar as
várias partes que compõem
este FPS (“first person shoo-
ter”). O trabalho gráfico é
soberbo: cenários, efeitos visu-
ais — nomeadamente, o uso
de luzes e som-
bras, e de fumos MIGUEL
— e personagens
estão ao nível do melhor que
já foi feito.
A banda sonora é digna de
um filme, tanto pela qualidade
da partitura como pela interpre-
tação de uma orquestra sinfó-
nica e do respectivo coro. O som
do jogo e seus efeitos — nome-
adamente, dos tiros das várias
armas — é cristalino, volumoso
e espacialmente colocado.
A jogabilidade é excelente.
Usando as normas do género
em termos de comando (nas
PS2 e Xbox) ou teclado (no
PC), permite em instantes
controlar o personagem com
facilidade e intuitivamente. O
movimento é fluido e ajuda à
interacção. Acrescente-se que
os adversários não são apenas
“patos” à espera de levar um
tiro, agindo de forma inteli-
gente e consoante a situação.
Por fim, de todos os ingre-
dientes, aquele que faz mais
‘HITMAN 2: SILENT ASSASSIN?
diferença no bolo: o cozinheiro.
O maior trunfo de “Hitman 2:
Silent Assassin” é a concepção
da história, pois
CRESPO há outros jogos
do género tec-
nicamente muito bons. Mas
nenhum — a não ser, talvez,
“Medal of Honour: Frontline”,
com a sua inspiração “Soldado
Ryan” — consegue criar uma
história tão cativante, realista
e absorvente como este.
Todos os pormenores estão
tratados, todos os diálogos são
inteligentes e colocadas no
ponto certo, denotando que o
argumentista de “Hitman 2” não
é um amador. A sequência está
bem montada, não há pontas
soltas e o efeito surpresa está
assegurado, já que o jogador
está sempre na expectativa.
Com a nítida inspiração
fílmica bem presente, merece
referência a história, come-
çada com o primeiro jogo,
lançado no ano passado. Ela é,
obviamente, centrada no nosso
Hitman, um assassino impie-
doso e infalível, conhecido
apenas por um número: 47.
S E G U N D A - F E I R A . 2 . D E Z E M B R O . 2 0 0 2
Mas, ao contrário dos Stallo-
nes, Schwarzeneggers ou Van
Dammes, o nosso Hitman tem
consciência e alma. Duvida de
si, dos outros, do sentido da
vida, da sua missão na terra.
Apesar de o negar, Hitman é
humano e sofre com isso.
Aliás, no início do jogo, a
nossa personagem está num
mosteiro algures na Sicília,
Título “Hitman 2: tentando deixar para trás
uma vida feita de mortes. E aí
Silent
Assassin”
9
/10 levanta logo a primeira grande
Género Acção questão: pode um assassino
Plataforma PS2, PC e Xbox impiedoso expiar os seus peca-
Distribuidor Ecogames dos? Ou será condenado, para
Edição Novembro 2002 sempre, a matar, vivendo num
permanente inferno interior?
É deste ponto de vista que
o jogo vai avançando. Missão
atrás de missão, sempre no
meio de uma trama dramá-
tica complexa e bem urdida
— raramente são dadas
indicações precisas sobre o
que executar, por exemplo
—, Hitman cumpre mas sofre,
tem dúvidas, questiona o que
faz, tornando este num dos
jogos mais reais, do ponto de
vista psicológico, já criados. ●
Xbox oferece dois jogos
O pacote de Natal da Xbox inclui, sem
aumento de preço, dois jogos completos.
Assim, quem comprar a consola da
Microsoft levará para casa, pelo preço
habitual de 254,99 euros, dois jogos
gratuitos, no valor de 140 euros: “Sega
GT 2002” e “Jet Set Radio Future”. Ambos
são produções exclusivas da Sega, que
assim apoia a Microsoft. “Sega GT 2002”
é um concorrente de “Gran Turismo”
(da PS2), conseguindo aproximar-se
bastante do que melhor se faz na
simulação automóvel. Com mais de cem
veículos actuais e clássicos recriados
com base nos dados técnicos reais, o
jogo garante longevidade. “Jet Set Radio
Future” é a continuação de um dos jogos
emblemáticos da Dreamcast e surge
ainda mais radical: com um grafismo
do tipo “manga”, novas habilidades
e ritmos radicais, “JSRF” é dedicado
a jogadores jovens e irreverentes.
O pacote, de edição limitada, inclui
ainda o indispensável comando. Neste
Natal, a Xbox deverá passar a barreira
dos 200 jogos disponíveis, 18 dos
quais exclusivos. Entre as novidades
exclusivas, contam-se “Blinx” (produção
da Rare desenvolvida para a GameCube
e reconvertida devido à compra da
empresa pela Microsoft), os futuristas
“MechAssault” e “Quantum Redshift”,
“Splinter Cell”, “Unreal Championship”,
“Championship Manager 02/03”, “Crazy
Taxi 3” ou “Transworld Snowboarding”,
entre outros. ●
Gameboy liga-se ao televisor
Os jogos da mais popular consola
portátil do século passado passarão a
poder ser jogados na GameCube, através
de um periférico baptizado Game Boy
Player. Com lançamento marcado para
2003 (Março no Japão, Maio nos EUA
e depois na Europa), este “hardware”
permitirá que, através da GC, os mais
de mil jogos de todos os Game Boy
(P/B, Color e Advance) sejam jogados
no televisor. Os cartuchos do GB ou do
GBA são inseridos no Player e, a partir
daí, usa-se um dos comandos habituais
da GameCube para jogar ou, usando
o Cabo Link, o próprio GBA. O Player
(que, na prática, é um emulador por
“hardware”) também permite acção
multijogador através da ligação de
vários Game Boy Advance com o Cabo
Link. Indirectamente, o Game Boy Player
vai também aumentar o número de
títulos jogáveis na GameCube, que terá
cerca de 180 jogos próprios até ao final
do ano. Desde o lançamento,
em 1989, venderam-se mais de
500 milhões de jogos para as várias
versões da Game Boy. ●
Clássicos Sega
distribuídos ‘online’
Quatro jogos clássicos da Sega estão
disponíveis para venda “on-line” através
do serviço Web RealOne Arcade. Para
marcar o lançamento do Sega Channel
no portal do serviço, a Sega.com e a
RealNetworks decidiram disponibilizar
o “download” de quatro títulos clássicos
da Sega para PC: “Sonic the Hedgehog”,
“Ecco the Dolphin”, “Dr. Robotnik’s Mean
Bean Machine” e “Columns III”. As demos
são gratuitas mas as versões completas
são vendidas por 14,99 dólares (cerca
do mesmo valor em euros). Em breve,
a Sega.com deverá disponibilizar no
mesmo sistema os títulos “Phantasy Star
II”, “Shinobi III Return of Ninja Master”,
“Sonic the Hedgehog 2”, “Toejam and
Earl”, “Vectorman” e “Virtua Fighter 2”. ●
computadores .15
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552