Computadores

S E G U N D A - F E I R A 1 1 N O V E M B R O 2 0 0 2 D I R E C T O R J O S E M A N U E L F E R N A N D E S E D I T O R R U I J O R G E C R U Z

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Um português Multimédia XXI Lexmark Necessidades e Chegou o
no ICANN em edição 2002 lançou X75 serviço especial FIFA 2003
Francisco Silva fala APDC traçou um retrato Um tudo-em-um que PTMutatis e PTConversa Electronic Arts iniciou
do novo desafio pouco animador do satisfaz pelo tamanho, ajudam cidadãos nova temporada
e do futuro da Internet multimédia em Portugal preço e qualidade deficientes e diminuídos de pontapés virtuais
➜ pág.9 ➜ pág.3 ➜ pág.7 ➜ págs.10 ➜ pág.15

APRESENTAÇÃO MUNDIAL DO FUTURO SUCESSOR DOS COMPUTADORES PORTÁTEIS

O Tablet PC para a mobilidade total TOSHIYUKI AIZAWA/REUTERS

AMBASSADOR Theatre, junto à

O Broadway Street, em Nova

Iorque, foi o palco escolhido
pela Microsoft e pelos seus
parceiros para a apresentação
do Tablet PC, um novo tipo de computador
portátil e o respectivo sistema operativo,
que será uma extensão do Windows XP.
O Tablet PC vem rasgar novos horizontes
face aos convencionais “notebooks” tanto
para os utilizadores como para uma indús-
tria, a dos computadores pessoais, que
acaba de se ver confrontada, pela primeira
vez em 20 anos, com a estagnação ou
mesmo a regressão das suas vendas.
A diferença mais marcante face ao por-
tátil conhecido de todos é o seu ecrã táctil,
que permite escrever à mão como se o utili-
zador estivesse perante um normalíssimo
bloco de notas em papel — podendo depois
o computador gravar o texto manuscrito
como imagem ou convertê-lo para um
ficheiro de texto (ou ambas as coisas).
Em qualquer dos casos, as palavras e
expressões manuscritas poderão procura-
das, como já hoje se faz nos ficheiros dos
processadores de texto. Por outro lado, os
Tablet PC vêm equipados com uma série
de recursos de comunicações sem fios, tor-
nando possível o seu uso nos mais variados
locais desde que estes estejam dotados de
conectividade — WiFi, WLAN, etc.
Os novos recursos disponibilizados
pelos Tablet PC permitirão novas uti-
lizações em novos locais, não só graças
à sua total compatibilidade com as apli-
cações existentes para o mundo ➜

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
➜
dos PC mas também à sua facili-
dade e versatilidade de uso.
Entre os diferentes fabricantes já
com máquinas apre-
sentadas — Acer,
Electrovaya, Fujitsu
(e Fujitsu Siemens),
HP, Motion Compu-
ting, NEC, Toshiba,
ViewSonic e Xtreme,
entre outros —, os
modelos mostram
uma grande diver-
sidade. Desde o
modelo mais
próximo do por-
tátil comum,
com a tampa e
o respectivo ecrã a poderem fazer uma
translação de 180 graus para assentarem
“ao contrário” sobre o teclado e,
assim, assumirem o aspecto
(e a funcionalidade) de um
“bloco de notas” electrónico;
até ao formato preferido, por
exemplo, pela NEC ou pela
ViewSonic, em que o teclado
é um dos acessórios possíveis
mas o computador se apresenta
com orientação vertical.
O ecrã táctil permite,
pois, a introdução de
comandos por toque nos
respectivos menus e, com a
ajuda de aplicações expressamente desen-
volvidas — como o Grafigo, da Corel, pode-
se esboçar desenhos e elementos gráficos
para, depois, o Tablet PC os transformar
em elementos e con-
juntos geométricos
perfeitos se for essa
a intenção. Comum a
todos os documentos,
dos textos às imagens
passando pelos diapo-
sitivos das apresenta-
ções, é a possibilidade
de introduzir uma
“camada de anota-
ções” (a chamada “onion
skin”) para que o utili-
zador anote observações ou
lembretes para, por exemplo,
posteriores alterações.
Os promotores da nova plataforma
consideram que os Tablet PC não virão con-
correr directamente com os computadores
portáteis convencionais mas estão conven-
cidos de que ,dentro de alguns
anos, estes mesmos
portáteis convencio-
nais terão já assimi-
lado grande parte
dos recursos e
potencialidades
agora introduzi-
das pelos Tablet
PC. Por outro
lado, inegável será
que, no curto prazo,
esta nova plataforma
virá aumentar o volume
de fabrico dos componen- tes
comuns aos actuais computadores portáteis
— como os discos rígidos,
as memórias RAM (a
maioria dos Tablet PC
agora apresentados
trazem 256 MB na con-
figuração de partida) e
para “cache”, as placas
gráficas e os processa-
dores especialmente
desenvolvidos para a
portabilidade.
Aliás, em matéria de
diversificação, a dezena
de modelos já agora apre-
sentados em Nova Iorque
mostra esta potencialidade da
plataforma no curto prazo. Se a maioria
deles se baseavam num Pentium III-Mobile
a 866 MHz, da Intel, já os Compaq Tablet
computadores .2
PC TC1000, da nova HP, assentam num
JEFF CHRISTENSEN/REUTERS
processador Transmeta Crusoe TM5800 a 1
GHz. Ora esta oportunidade constitui uma
forte luz ao fundo do túnel para uma
empresa inovadora como a Trans-
meta, que se propôs afrontar os Golias
dos semicondutores que
são a Intel e a própria
AMD.
Conforme afir-
mou a Computa-
dores Michael
DeNeffe, director
de “marketing”
da Transmeta, o
uso dos seus proces-
sadores nos Compaq
Tablet PC TC1000
permitirá à empresa alargar de
novo o âmbito dos seus potenciais clientes,
excessivamente circunscrito aos
fabricantes asiáticos de “sub-
notebooks” (como a Sony, a
Sharp, a Toshiba, a NEC e a
Fujitsu) desde que se viu obri- algo de muito atraente: quem não prefe- imagem autografada por E-mail directa-
gada, há cerca de dois anos, rirá, para efeitos pessoais ou de rapidez, mente para a conta de correio electrónico
a sucessivos adiamentos no enviar um E-mail escrito à mão e com uma dos filhos de Lowe.
lançamento da nova gera- imagem — tudo com um simples gesto? Segundo os promotores da nova plata-
ção dos seus Crusoe. Uma Esta funcionalidade seria, aliás, o mote forma e os analistas em geral, serão sobre-
das principais razões para uma rábula protagonizada, na apre- tudo as aplicações de carácter profissional
para esses adiamentos sentação do Ambassador Theatre, por Bill e empresarial a fomentarem a difusão dos
foi a transição da Gates e pelo actor e produtor Rob Tablet PC — isto para além dos mercados
tecnologia Lowe, que terá sido um asiáticos devido às extraordinárias possi-
CMOS de 0,18 dos “ensaiadores” dos bilidades abertas pelas novas máquinas e
micra para os 0,13 milhares de protótipos pela respectiva versão do Windows XP no
micra no fabrico dos processa- que a Microsoft e os que toca a muitos dos sistemas de escrita
dores, o que obrigou a Transmeta fabricantes deste continente (ver caixa). A SAP já
a substituir a IBM pela Taiwan envol- está a integrar no seu “sof-
Semiconductor Manu- vidos no tware” de gestão de relações
facturing Company projecto com clientes os recursos da
(TSMC) para a pro- puseram nova plataforma e outros
dução dos seus novos nas mãos editores se seguirão. Outra
Crusoe TM5800. de outros área, pela especificidade
O tempo médio tantos uti- do uso e recolha de infor-
de autonomia pro- lizadores. mação, é a saúde: os
porcionado pelas Ora, no fim Tablet PC abrem o
baterias dos Tablet da sua curta caminho
PC presentes em Nova intervenção na à digita-
Iorque era de 3,5 horas sessão, Lowe pediu a Gates que lhe lização
desde que o uso dos desse uma foto de ambos autografada por dos pro-
recursos “wireless” ele para levar aos filhos — pretensão que cessos clíni-
não fosse muito inten- o “chief software architect” da Microsoft cos, visando o seu acesso e actualização em
sivo — o que significa que satisfez usando uma foto digital tirada tempo real, onde quer que, num hospital
os TabletPC, embora representem ali, no palco, passada desde logo para um ou numa clínica, se encontrem o doente, o
um progresso face às 2 a 2,5 horas típicas Tablet PC, onde Gates escreveu e assinou médico ou o pessoal de saúde. ● RUI JORGE
nos portáteis de hoje, não conseguiram uma dedicatória, para a seguir enviar a CRUZ em Nova Iorque
u m salto qualitativo neste aspecto. E
a prová-lo está o facto de a Acer
ter adoptado a “filosofia” de Ásia poderá proporcionar massa crítica decisiva
incluir à partida duas baterias
de iões de lítio na configuração de O Japão e a Ásia em geral constituirão mercado mundial dos Tablet PC, acreditando
base, o que permitirá aos utilizadores um ambiente de eleição para o Tablet PC que estes serão os mais utilizados no futuro.
disporem de 7 a 8 horas de autono- dados os seus recursos para processar Estas empresas declararam mesmo pretender
mia sem que tenham de se ligar as línguas do continente, na sua maioria satisfazer 30 por cento da procura mundial até
a uma tomada de electrici- constituídas por milhares de símbolos e ao final do presente ano, para o que teriam
dade. caracteres, de escrita complexa e morosa. já assegurado o apoio de 16 parceiros para a
A Electrovaya, no Na demonstração realizada no Ambassador criação de “software” especial para o Tablet PC.
entanto, foi mais longe e Theatre, em Nova Iorque, um membro Outra destas empresas de Taiwan foi a
conseguiu uma autono- japonês da equipa que desenvolveu os First International Computer (FIC), grande
mia entre 10 e 16 horas novos módulos do Windows XP para o fabricante de placas-mãe. O seu presidente,
graças ao uso de um Tablet PC exemplificou como a escrita Gene Sheu, disse que a grande vantagem
novo tipo de baterias no de 19 caracteres de Kanji — o sistema de dos Tablet PC face aos modelos de mesa
já seu Scribbler, baseadas numa tecnologia escrita mais usado no Japão —, que implica e portáteis, além do seu tamanho e do
designada por Lithium Ion SuperPolymer 35 batidas num teclado normal, pode ser seu peso (cerca de 2 quilogramas), é a
— isto num TabletPC que, como o da NEC, acelerada se o utilizador desenhar, com a capacidade para converter a letra escrita
traz consigo recursos de reconheci- caneta especial no seu “bloco electrónico”, o num texto legível para as aplicações,
mento de voz, para além dos que respectivo desenho. tornando desnecessário o teclado. Sheu
são próprios da plataforma. Os mercados asiáticos poderão, assim, afirmou que, por estas razões, “é inevitável
Os chamados “trabalhadores assegurar uma parte substancial da que o TabletPC seja o mais utilizado” no
da informação” (em sentido lato) procura já nos primeiros meses de futuro, sobretudo quando os avanços
foram apontados pelos responsá- disponibilidade destes computadores, tecnológicos agilizarem a sua produção e
veis das empresas presentes como proporcionando uma massa crítica melhorarem as suas prestações.
os mais interessados desde já no suficiente para que a nova plataforma Os TabletPC serão fabricados em Taiwan
uso dos Tablet PC, cujos preços alcance o volume e as economias de escala por empresas como a Acer, a Tatung, a
andarão entre os 1700 e os capazes de trazer os preços para valores Twinhead e a Wistron, enquanto, noutros
2300 euros (antes de IVA) inferiores aos de partida — entre os 1700 e países, apenas empresas como a Hewlett-
conforme os fabricantes e os 2300 dólares. Packard (HP), nos EUA, a Fujitsu-Siemens,
as configurações. A possi- Daí que não tenha espantado que, para na Europa, as japonesas Fujitsu, NEC e
bilidade de os usarem à sua além da Acer, outros fabricantes de Taiwan Toshiba se mostraram dispostas a entrar
secretária ou numa reunião já antes do anúncio tivessem manifestado neste segmento de computadores
mantendo a ligação à rede, associada à a intenção de disputarem uma boa fatia do portáteis. ● R.J.C.
escrita manual processada como texto ou
imagem, fazem deste novo tipo de máquina
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 CONFERÊNCIA MULTIMÉDIA XXI EM EDIÇÃO 2002
Inovação contra o desânimo
ESTÁ o mul-
C
OMO
timédia em
Portugal? Se a
conferência anual
Multimédia XXI,
organizada na semana
passada pela Associação
Portuguesa para o Desenvol-
vimento das Comunicações
(APDC), tem sido um bom
barómetro para responder à
pergunta, o multimédia está
muito mal. Os sinais de espe-
rança na convergência das
vertentes negócios-ciência e
tecnologia-artes também não
são famosos.
Há um “clima de desânimo
nas fileiras da convergência”,
salientou Luís Nazaré, ex-
presidente do órgão regu-
lador Anacom. O desânimo
deriva de quatro factores:
expectativas falhadas — pela
explosão da “bolha” e porque
“algumas novas tecnologias
não são tão lucrativas como
se pensava” —, falências
surgidas na “sequência da
exaustão dos modelos de
negócio”, operações inter-
nacionais (nomeadamente
dos principais operadores) e
o “estado de desânimo dos
mercados financeiros”, para o
que contribui a “mentalidade
de curtíssimo prazo” dos ges-
tores nacionais, preocupados
apenas com a cotação bolsista
ao final do dia.
Nazaré alertou ainda
para as ameaças interligadas
que provêm deste tipo de
mentalidade de gestão, a des-
capitalização dos operadores,
o “natural” proteccionismo
dos governos nestas alturas
(julgando que as empresas
precisam de ser “ampara-
das”), um
centralismo PEDRO
crescente da
União Europeia, a acomoda-
ção dos operadores incum-
bentes, tanto no mercado do
fixo como no do móvel e que
têm padrões próprios — “não
se peça a um operador para
ter espírito solidário, ele
quer é ver as cotações ao
fim do dia e dar dinheiro
aos accionistas”. No entanto,
não considera “normal que
os paladinos da abertura do
mercado sejam os mesmos a
colocar-se agora do outro lado
da barricada — denotando
falta de “fair play”.
Finalmente, referiu a
ameaça da concentração
das redes em poucas mãos:
“Se a rede fixa for vendida
à PT, esta fica com duas
redes básicas, um cenário de
dominância excessiva” (ver
“Luís Nazaré Alerta Contra
‘Interesses Não Visíveis’ na
PT”, na edição de sexta-feira
do PÚBLICO). O actual
presidente da Anacom,
Álvaro Dâmaso, explicou, à
margem da conferência, que
“o assunto está nas mãos do
Governo”.
As “boas notícias” é que
as novas tecnologias vão
ter um “desenvolvimento
admirável”, principalmente o
“wireless”, dando como exem-
plo as redes locais Wi-Fi, que
poderão concorrer com a ter-
ceira geração de telemóveis
(UMTS). Por fim, Nazaré
alertou para que “o capital é
apátrida e, estando o capital
atento — e normalmente está
—, se os centros de decisão
nacionais não actuarem, os
estrangeiros podem fazê-lo”,
afirmando que “quantos mais
operadores estrangeiros,
melhor”.
Já no caso dos conteú-
dos e do seu pagamento, “a
sobrevivência passa por ir
buscar receitas”, segundo
Carlos Bártolo, da Arthur
D. Little; mas, quando várias
fontes oferecem a mesma
informação, o primeiro a
avançar para o pagamento
“poderá sofrer”. Não há uma
definição do
FONSECA preço justo
a pagar e, no
caso dos conteúdos para tele-
móveis, considerou ter sido
uma “oportunidade perdida
para Portugal”, tanto mais
que uma solução de micropa-
gamentos concebida no nosso
país está a ser usada lá fora.
Bártolo concorda que os
operadores não têm incen-
tivo para apostar nos dados
e nos conteúdos quando 80
por cento dos clientes usam
a modalidade do “pré-pago”,
definem o que vão pagar e,
se usarem dados, diminuem
o consumo na voz: “A receita
é igual para o operador”.
No caso da rede fixa,
como há uma situação de
“quase monopólio”, “a inova-
ção é quase inexistente”, diz.
De qualquer forma, “somos
fracos a inovar”, concorda
Pedro Veiga, presidente da
Fundação para a Computação
Científica Nacional (FCCN),
para quem “a privatização
das telecomunicações falhou
na Europa e principalmente
em Portugal”, onde “surgi-
ram operadores à procura de
lucro fácil”.
O resultado são a entrada
tardia de tecnologias e os
preços elevados. Por exem-
plo, “o custo dos circuitos
de banda larga é 100 vezes
mais caro do que no centro
da Europa”. Em tecnologias
como o GPRS (a chamada
“geração 2,5”), o custo “é
inconcebível mas mais ainda
no SMS [serviço de men-
sagens entre telemóveis],
onde se paga 1000 euros por
megabyte”. No caso da banda
larga em ADSL, “entrou tar-
díssimo e um bocado aldra-
bada” devido ao seu elevado
preço, à falta de qualidade,
às altas taxas de contenção
e porque o “reselling” dos
outros operadores é igual ao
da PT — cujo serviço é mau.
Mas está para continuar,
segundo Bártolo, porque o
modelo de concorrência não
funciona à partida quando
é a PT a impor o preço final
de revenda e a localização
geográfica do serviço.
Sobre inovação e novos
serviços, não estava ainda
tudo dito. Para o responsá-
vel da Arthur D. Little, a
televisão digital terrestre
(TDT) “avançou um ou dois
centímetros desde há um
ano”. Pedro Veiga concorda e
lembra ainda a ameaça sobre
o quarto operador de telemó-
veis, salientando que devia
existir um quinto ou um
sexto para se ter mais con-
corrência — à semelhança do
que sucede em Hong Kong,
onde, como lembrou Luís
Nazaré, nenhum operador
detém mais de 50 por cento
do mercado, como sucede em
Portugal.
A falta de inovação no
país entronca igualmente
na falta de formação. As
críticas atingiram desde as
escolas superiores de educa-
ção, que formam professores
mas onde as tecnologias de
informação não estão disse-
minadas, às escolas de arte:
“Há um atraso de 10 anos”,
sintetizou António Cerveira
Pinto, da galeria Quadrum,
“não há ensino das novas tec-
nologias”. A culpa é também
das empresas desse sector
que, ao invés do que fazem lá
fora, não partilham recursos
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
em alianças arte-tecnologia.
“Em Portugal, a conversa
termina quando as empresas
perguntam quais as contra-
partidas.”
“O mundo dos utilizado-
res — onde estão os artistas
— não tem consciência da
crise das telecomunicações
e é quem garante o sucesso
da Web”, afirmou Cerveira
Pinto. Sucesso externo,
talvez, porque, ao olhar para
os sítios da Web em Portugal,
como os institucionais, “está
tudo por fazer, são ilegíveis”.
Os “insuportáveis portais
portugueses querem ter tudo
e depois não têm nada”. O
futuro não é brilhante porque
também Pedro Veiga, como
antigo responsável pelo
financiamento dos conteúdos
no programa POSI, consi-
derou terem surgido “coisas
muito pouco inovadoras”. O
resultado esteve igualmente
patente nos prémios Mul-
timedia XXI, que apenas
premiaram duas categorias,
deixando outras duas sem
nomeações ou apenas com
menções honrosas (ver artigo
na pág. 13).
Uma hipótese é a aposta
em “comunidades criativas”
entre os negócios, a ciência e
a tecnologia e as artes, como
defendeu Cerveira Pinto,
porque “o Estado acabou, as
empresas têm de ter ideias,
para triunfar”. O que faz sen-
tido quando “o mundo actual
é esquizofrénico”, segundo
Richard Collin, da i-Km. Se,
antes, o modelo empresarial
era para produzir e vender,
agora é para pressentir e
reagir. “A inovação não existe
se não for apropriada pela
comunidade” e a concorrência
e a competição são baseadas
na inteligência. “Ganhar é ser
diferente”, salientou Collin.
Diferente, no mínimo, foi
a apresentação da empresa
portuguesa YDreams. Num
cenário de desânimo, Antó-
nio Câmara explicou a sua
aposta na inovação, em
tecnologias futuras, como os
telemóveis 3G, e em jogos,
serviços baseados em loca-
lização e outros conteúdos
interactivos para uma gera-
ção de tecnologias que ainda
não está disponível. O resul-
tado é a associação a grandes
empresas, como a Vodafone,
e negócios à escala mun-
dial, envolvendo parcerias
com empresas de Espanha,
Holanda, China e Índia.
A esperança foi igual-
mente deixada por José
Tribolet, do Inesc, quanto à
nova geração que está a ser
treinada todos os dias para
a estratégia e a decisão, quer
quando fazem “zapping” na
televisão quer quando jogam
e têm de escolher caminhos
e decidir o que fazer naquele
instante. Estratégia e deci-
são que, pelos vistos, falta a
alguns dos gestores da con-
vergência… ●
monitor
Semicondutores
com crescimento modesto
A indústria de semicondutores vai registar um
crescimento modesto até 2010, tendendo para uma
concentração imposta pelos custos dos avanços
tecnológicos — afirmou recentemente Morris Chang,
presidente da Taiwan Semiconductor Manufacturing
Company (TSMC), uma empresa do sector com sede
em Taiwan. “Continuamos a pensar que esta é uma
indústria de crescimento”, adiantou Morris Chang,
citado pela Agência Lusa, considerando que o fabrico
de semicondutores, que representa anualmente um
volume global de negócios de 150 mil milhões de
euros, deverá registar um crescimento médio anual de
10 por cento, até ao final da década.
“Não vamos voltar aos fantásticos dias de
crescimento de 17 por cento ao ano, mas serão bem
melhores que os anos de crescimento zero vividos a
partir de 1995”, explicou Chang no âmbito do Global
Management Forum, organizado pelo jornal japonês
“Nihon Keizai”. Se se esquecer o pico de negócios
verificado no ano 2000, em consequência da Internet
e da actividade das empresas de telecomunicações,
a indústria mundial de semicondutores estagnou
desde 1995, apesar de ter crescido, em média, 17 por
cento ao ano nos quinze anos anteriores.
“O ano de 2002 terá sido mais um ano de fraco
crescimento”, notou Chang. Para as empresas que
produzem semicondutores cujo projecto é dos
próprios clientes — limitando-se a fornecer a
capacidade fabril —, as perspectivas de crescimento
são mais fortes, afirma o presidente da TSMC,
admitindo para estas empresas um crescimento
possível de 20 por cento ao ano.
Neste contexto de crescimento modesto, uma
diminuição do número dos actores é inevitável
devido ao montante considerável de investimentos
necessários para permanecer na produção de
semicondutores de última geração. Cada uma destas
gerações pressupõe um conjunto articulado de
equipamentos, que vão desde a produção das placas
de silício onde serão depois “impressos” os “chips”
até ao próprio processo de “litografia” que faz de
um pedaço de silício um semicondutor. Uma fábrica
capaz de fabricar as novas gerações de “chips” exige
um investimento de três mil milhões de euros, a que
faltarão ainda mil milhões de euros em custos de
desenvolvimento.
Um grande produtor, como a IBM ou a Intel, poderá
esperar um retorno anual de 6 mil milhões de euros,
mas esse valor será perto de três vezes inferior para
um fabricante de “chips”. Segundo Morris Chang, a
China, cuja importância e mercado vão continuar
a crescer, não se tornará num actor significativo na
produção de semicondutores antes dos últimos
anos da década.
A TSMC é um dos mais destacados fabricantes
de semicondutores de Taiwan, tendo em 2000
celebrado acordos com a Motorola e a Texas
Instruments para a transferência de tecnologia
CMOS de 0,13 micra para a produção de circuitos
integrados. As duas empresas norte-americanas (ao
contrário da Intel e da AMD) haviam-se atrasado
no desenvolvimento desta tecnologia, essencial
para se conseguir menores voltagens e menor
potência eléctrica nos microprocessadores e,
assim, aumentar a sua frequência de relógio sem
sobreaquecimento.● RUI JORGE CRUZ com Lusa
computadores .3
 Sendo diz que Z100
não verá luz do dia…
A empresa britânica Sendo
anunciou na passada
quinta-feira, dia 7, que
pusera “termo ao contrato
com a Microsoft do qual
resultava o programa
de desenvolvimento do
Smartphone, programa
este baseado no ‘software’
do Microsoft Windows
Smartphone 2002”. Como
consequência, a Sendo
lamentava “informar que o
modelo Z100 Smartphone
não será lançado”. O Z100,
ainda em protótipo, era
uma combinação de
telemóvel com computador
de bolso do tipo PocketPC,
que a Microsoft vinha
a usar desde há algum
tempo em demonstrações
de tecnologias em
desenvolvimento. Segundo
a Sendo, “esta foi uma
decisão difícil devido à
sua posição de liderança
no desenvolvimento dos
dispositivos inteligentes”.
A Sendo mostrou-se
“desapontada por não
conseguir lançar o Z100
devido ao grande interesse
geral demonstrado neste
dispositivo”. Apesar deste
recuo, a Sendo anunciou no
mesmo dia que licenciara
“a plataforma da Série 60
da Nokia para a categoria
Smartphone, pois acredita
que, desta forma, ser-lhe-á
possível manter a liderança
dentro dos produtos
Smartphone para 2003”. ●
… duas semanas
após apresentação
do Windows
Smartphone
A Microsoft apresentara
no final de Outubro o seu
novo Windows Smartphone,
um “‘software’ inovador
para telefones móveis
com mais potencialidades
do que simplesmente
falar ao telefone”, pois,
para além de manter as
pessoas em contacto,
“permite também aceder a
programas de entretimento”
através de numerosas
funcionalidades, entre as
quais a identificação da
chamada, chamadas em
conferência, opção entre
voz, E-mail, MSN Messenger
ou SMS, articulação com
o Outlook (contactos,
calendário e tarefas) e
opções de personalização.
A Orange SA, do grupo
France Télécom, foi
então apontado como
o primeiro operador a
propor o Smartphone
associado ao Orange SPV
(um componente de som,
imagens e vídeo). Nos EUA,
também a AT&T Wireless
já anunciara para meados
de 2003 os seus planos de
lançamento do Smartphone
também com o “kit” de
mãos livres. ●
computadores .4
release 3.0
Anybody Home?
— de forma
E
SCREVI RECENTEMENTE
tão delicada quanto possível
— acerca dos erros mais frequen-
tes que as pessoas cometem no
uso do correio electrónico. Agora é
tempo de olhar para os erros que as pessoas
cometem nos sítios da Web. Se é o seu caso,
mesmo que o faça sem fins lucrativos, há
que aplicar aos sítios na Web os mesmos
que ao E-mail. Pensemos na impressão que
se pretende dar aos visitantes.
Imagine-se o leitor no papel de visitante
de um sítio na Web: quem é você? Porque
é que está de visita a esse sítio? A seguir
há que pensar naquilo que se pretende
convencer os visitantes a fazerem depois
de terem entrado no sítio. Ao contrário do
E-mail — onde provavelmente se conhece a
pessoa a quem se está a escrever (pois nós
não mandamos “spam”, pois não?) —, há
que considerar uma grande diversidade de
potenciais visitantes.
Estes podem ir desde eventuais clientes
e analistas financeiros a pessoas à procura
de emprego e concorrentes que querem
saber mais do que aquilo que estaríamos
dispostos a revelar-lhe. Por outras palavras,
há que não esquecer a segurança ou a gestão
de dados de identificação. Mas adiante e
assumamos aquilo que é mais comum.
Se se tratar de um comerciante a retalho,
as pessoas poderão querer comprar os seus
produtos. Se se tratar de um serviço básico,
poderão querer pagar as suas contas. Se for
uma campanha aérea, elas talvez queiram
reservar as suas viagens ou controlar as
suas milhas de passageiros frequentes. Se
se vender “software” para as relações entre
empresas (o chamado B2B), alguns visitantes
poderão clientes enquanto outros poderão ser
analistas ou concorrentes. Se o negócio for a
venda de centrais de energia, a maioria dos
visitantes serão mesmo analistas financeiros.
Concepção à medida
A “home page” deverá ser concebida de
acordo com o conceito assumido pelo pro-
motor. Mas há que facilitar a consulta aos
outros tipos de visitantes a fim de que eles
encontrem a informação que procuram.
De acordo com um estudo recente, inti-
tulado “The 2002 Online Customer Respect
Study of Fortune 100 Companies”, elabo-
rado pela empresa de consultoria Interna-
tional Ventures Research, a maioria das
grandes empresas [norte-americanas] rea-
lizam, aqui, um bom trabalho. Oitenta por
cento das empresas alcançaram um índice
de 6,7 ou superior (num máximo de 10),
tendo a média sido de 7,9. Já a média global
de “consideração pelos clientes” em todas as
categorias — atitude, rapidez de resposta,
etc. — foi de apenas 6,5.
“Tendo estado ligado à montagem de
grandes ‘sites’ nos últimos cinco a oito
anos”, diz Donald Daly, o autor do relatório,
“a maioria dos ‘designers’ de sítios da Web
conseguiram já definir bastante bem o pro-
cesso de usabilidade e de navegabilidade.”
Hoje em dia, é uma prática quase normali-
zada oferecer um menu que, com variações na
terminologia, inclui os seguintes temas: uma
página “Acerca de nós”, outra para a gestão,
listas de subsidiárias, uma secção para o
investidor, um espaço para a imprensa, uma
página para quem procura trabalho e, evi-
dentemente, a adequada informação sobre os
produtos e serviços da empresa.
Alguns sítios da Web incluem os endereços
de E-mail para funções específicas, como as
relações com os investidores, perguntas acerca
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
E S T H E R D Y S O N
A maioria das
empresas não só
deixam muito a
desejar na descrição
do que é que fazem
aos dados dos seus
clientes como também
deixam muito a
desejar quanto ao
uso que fazem desses
mesmos dados. 15 por
cento delas indica que
os partilha com outras
entidades sem terem
autorização para tal.
dos produtos e candidatos a empregos. O ideal
é quando cada endereço aparece associado ao
nome de uma pessoa… e também quando esse
nome é actualizado logo que passa a haver
outra pessoa com essa função. Mas, como
pude comprovar pela minha própria experi-
ência, muitas das empresas mais pequenas já
não apresentam um trabalho tão bem feito.
Como fazer amigos e influenciar
os visitantes
Quando navego na Web, ando muitas vezes
à procura de todo o tipo de informação
acerca das empresas. Não estou interes-
sada apenas nos produtos que elas querem
vender mas também em quem elas são:
os proprietários, a facturação e mesmo a
localização.
Ora é espantoso as vezes que as empre-
sas parecem considerar estas informações
como sendo confidenciais ou que não se dão
ao trabalho de revelar. E não são apenas
os abelhudos dos jornalistas como eu que
querem essa informação: também os poten-
ciais clientes, que poderão querer saber se
a empresa ainda estará em actividade daí a
um ano, ou os melhores de entre os candida-
tos a empregados — pessoas que têm curio-
sidade, são metódicas e meticulosas.
É claro que se pode ir muito para além
disto. Se se usar ferramentas elementares
de gestão de identidade (e com autorização
do utilizador), poder-se-á perguntar aos
visitantes quem são eles, levá-los a ins-
creverem-se e, depois, oferecer-lhes uma
informação personalizada ou mesmo mais
específica. Trata-se de uma boa maneira de
conquistar a lealdade desde que a informa-
ção prestada seja relevante.
Poder-se-á também convidar os visi-
tantes a subscreverem uma ou mais
“newsletters”, ou recorrer a outras técnicas
para manter um contacto mais duradouro
— embora não se deva pedir às pessoas para
introduzirem demasiada informaçãode uma
só vez, pois isso poderá afastá-las; há que
conhecê-las melhor ao longo do tempo, como
se faria “off-line”.
É então que surge a parte deprimente do
estudo da International Ventures Research.
A maioria das empresas não só deixam muito
a desejar na descrição do que é que fazem aos
dados dos seus clientes como também deixam
muito a desejar quanto ao uso que fazem
desses mesmos dados. 15 por cento delas
indica que os partilha com outras entidades
sem terem autorização para tal.
E estas são aquelas que admitem que
o fazem. Na sua maioria, partilham esses
dados no seio do respectivo grupo empresa-
rial (o que quer que seja que isto signifique)
e apenas 30 por cento solicitam claramente
aos seus utilizadores autorização para lhes
mandarem mensagens de E-mail.
Mas o pior são aqueles sítios na Web
que não cuidam de saber quem é que por
lá passa: 37 por cento das empresas pura
e simplesmente não responderam a um E-
mail que pedia mais informação. E outros 4
por cento mandaram uma resposta automá-
tica a prometer que em breve voltariam a
contactar… e depois não o fizeram.
Talvez o maior erro que as empresas come-
tem seja o pensarem na Web como um simples
cartaz ou um tipo de meio publicitário, para
além de constituir um sistema de recolha de
dados. Elas querem dizer-nos coisas e não
ouvir o que tenhamos para lhes dizer.
Mas um sítio na Web não é uma janela,
é uma porta… para uma loja, uma sala de
demonstrações, um local de consulta ou
mesmo um escritório para recrutamento. É
um local de interacção, não apenas um meio
unidireccional de transmitir uma mensagem.
Algumas empresas — sobretudo, sítios
de lojas — até têm “vendedores” de carne e
osso a postos para responderem a perguntas
de clientes através de “chat on-line” ou por
E-mail. Depois de ter travado uma conversa
com uma das recepcionistas “on-line” do J.jill,
acabei por comprar uma camisola de lã.
Sou também investidora numa empresa
chamada LivePerson, que presta assistência
“on-line” e ao vivo em matéria de compras.
Eu, como muita outra gente, uso esses servi-
ços quando eles estão disponíveis.
Os sítios da Web precisam de ser con-
vidativos e eficazes na resposta. Quando
alguém entra no nosso escritório, nós sau-
damo-lo, perguntamos-lhe o que pretende e
procuramos responder à solicitação. Não o
obrigamos a ver um vídeo de dois minutos
(ou seja, uma animação de Flash) antes de
entrar.
As pessoas poderão estar com pressa e
irem-se embora. Ou poderão esperar mas
já estarem agastadas quando finalmente
conseguem entrar. Se for preciso, é melhor
convidar as pessoas a irem até à sala de pro-
jecção depois de elas terem entrado mas não
as forcem a fazê-lo.
Há que encarar o tempo dos visitantes
como se do nosso se tratasse. E façam-nos
sentir bem-vindos como se fosse na vossa
própria casa ou no escritório. É que é mesmo
disso que se trata. ●
Esther Dyson (edyson@edventure.com) é analista das TI,
edita o boletim “Release 1.0”, é presidente da EDventure
Holdings (organizadora do PC Fórum) e foi,
até Novembro de 2000, presidente da Internet
Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN)
Exclusivo New York Times / PÚBLICO
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computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
 O NOVO COMBINADO X75, DA LEXMARK

Um verdadeiro tudo-em-um
M “DISPOSITIVO multifuncional” é e 2400 x 1200 ppp em qualidade máxima,

U como os fabricantes chamam a

este novo tipo de periférico para
os computadores pessoais, de que
a Lexmark lançou recentemente
o seu modelo X75. Mas o que melhor o define
é mesmo a expressão “tudo-em-um”. Aliás, a
designação anglo-saxónica é All-in-One Print
Centre ou PrinTrio. Trata-se, pois, de uma
máquina de impressão, mas não apenas.
Em termos de volume, está quase ao nível
de uma impressora caseira de jacto de tinta a
cores — é razoavelmente pequena e compacta,
encaixa-se em qualquer prateleira com um vão
de 45 cm de altura — e, além de imprimir, fun-
ciona como “scanner”, fotocopiadora e aparelho
de fax desde que ligada ao PC (onde reside o
necessário “software” e o modem, que é par-
tilhado). É uma boa solução, em termos de
espaço e preço (cerca de 200
euros), para computadores FERNANDO
pessoais e utilização não
intensiva, tem linhas agradáveis e qualidade
quanto baste, tratando-se de uma boa solu-
ção para trabalhar em casa ou num pequeno
escritório, mas com resultados que não são
mesmo nada de trazer por casa.
A velocidade de impressão é o ponto fraco
deste equipamento, em contraponto à quali-
dade. O modo de rascunho é razoável a preto e
branco e apenas aceitável a cores, mas, a partir
daí, os resultados são bons. Aliás, a qualidade
de impressão das imagens, em particular de
fotografias em papel apropriado, é mesmo o
melhor que este tudo-em-um oferece em termos
de desempenho: fidelidade, riqueza e rigor cro-
máticos, precisão no detalhe. E tudo isto sem
necessidade de recorrer a tinteiros de cores espe-
ciais, secando imediatamente a tinta, mesmo
em película transparente e
SANTOS papel fotográfico, sem risco
de esborratar o trabalho.
Quanto a ruído, o X75 é bastante silen-
cioso, destoando apenas o alinhamento dos
tinteiros no início de cada impressão, que
produz um pequeno ruído abafado.
De ligação simples por cabo USB (que não
é fornecido), com transformador praticamente
integrado e de instalação rápida, o Lexmark
X75 é também fácil de operar. O seu “sof-
tware” principal é composto por três partes
de utilização muito intuitiva: Preferências/
Definições de Impressão (a partir de qual-
quer aplicação), All-in-One Center (para as
funções de digitalização e cópia) e Centro de
Manutenção e Resolução de Problemas, todos
com um sistema de ajuda muito eficaz.
Estranhamente, a primeira e a terceira
partes estão em português (do Brasil), a
segunda em inglês e a Ajuda é bilingue; e
a janela do All-in-One Center é tão grande
e sem possibilidade de redimensionamento
que, no canto superior direito, o botão de
fecho não fica visível e o ‘link’ para a ajuda
(Help) mal se vê. Ainda no que diz respeito
a programas, o pacote inclui um editor de
imagem, reconhecimento óptico de caracte-
res (OCR) na digitalização de texto — bas-
tante eficaz, mesmo a partir de jornal — e um
programa de gestão completa de faxes.
A resolução de impressão deste dispositivo
multifuncional varia entre 300 x 600 pontos
por polegada (ppp), no modo de rascunho,
enquanto, na digitalização, é de 600 x 1200
ppp para uma profundidade de cor de 48 bits
numa área máxima de 216 x 292 mm. A função
de copiadora inclui a possibilidade de redução
ou ampliação num espectro muito vasto (25 a
400 por cento); e os formatos e tipos de papel
(facilmente) utilizáveis são igualmente muito
variados: de cartões-postais ao A4, passando
por papel contínuo, e do papel comum às eti-
quetas, de permeio com envelopes, transparên-
cias e papel fotográfico (de 60 até 270g/m2).
A tampa do “scanner”-copiadora, de base
plana, dispõe de uma articulação bastante
flexível (amovível mesmo), que permite usar
livros como originais, e o acesso aos tinteiros
(dois, um de tinta preta e outro de cião, ama-
relo e magenta) faz-se facilmente levantando
aquela unidade. Entretanto, o utilizador pode
ir permanentemente acompanhando a evolu-
ção dos níveis de tinta por intermédio de dois
indicadores gráficos apresentados na janela de
estado (progresso) da impressão – e é inclusive
avisado, com alguma antecedência, de que a
carga dos tinteiros se aproxima do fim.
Os tabuleiros de papel são recolhíveis e
de capacidade algo reduzida: o de entrada,
quase vertical, ainda suporta 100 folhas
de papel comum, enquanto para o de saída
(horizontal, com duas peças extensíveis e,
por isso, mais frágil) apenas se recomenda
50. Esta máquina tanto pode ser usada com
os PC (Windows 98/ME, 2000 ou XP) como
ligada a um Mac (MacOS 9.2, 10.0 ou 10.1),
com processadores entre 200 e 300 MHz, 64
a 128 MB de RAM e espaço disponível em
disco rígido de 250 a 286 MB. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2 computadores .7
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
 FRANCISCO SILVA, DA PT, ELEITO PARA O CONSELHO DO IC ANN, A COMPUTADORES
Reestruturar a cúpula da Net
SILVA, consul-
F
RANCISCO
tor superior do grupo
Portugal Telecom, tem
acumulado no seu currí-
culo funções de direcção
e coordenação de vários organismos
europeus orientados para as ques-
tões estratégicas e de regulação,
sobretudo na área das telecomu-
nicações. Recentemente indicado
para o conselho da Internet Cor-
poration for Assigned Names and
Numbers (ICANN), Francisco Silva
é o primeiro português — e dos
poucos europeus — a entrar neste
organismo que coordena a organi-
zação da Internet.
Depois de ter participado como
membro fundador do European
Telecommunications Standards
Institute (ETSI), a que preside
actualmente, e do Euroscom, entre
outros, a sua nomeação para o
conselho do ICANN surge numa
altura em que a organização está a
passar por um processo de mudan-
ças internas. Assumindo que
actualmente parece um “perito em
reestruturações de organismos”,
Francisco Silva mostra-se entu-
siasmado com esta oportunidade,
levando também com ele alguns
propósitos pessoais que gostaria
de imprimir no futuro da ICANN.
Sobre estas e outras questões rela-
cionadas com as últimas decisões
tomadas na reunião em Xangai,
respondeu a algumas perguntas de
Computadores.
Computadores — A sua
nomeação para o conselho
da ICANN pelo ETSI e a
União Internacional das
Telecomunicações (UIT) é
uma honra, uma respon-
sabilidade ou ambas as
coisas?
Francisco Silva — É um
prazer porque eu gosto sempre de
novos desafios e tarefas, sobretudo
quando o [conselho da] ICANN está
em fase de profunda reorganização.
E trabalhar na mudança das orga-
nizações sempre me atraiu muito.
Mas é, ao mesmo tempo, uma
grande responsabilidade, não só em
relação à questão da estabilidade
geral da Internet e da sua evolução,
mas também em relação ao papel
de toda a comunidade técnica e de
normalização, mais a da área das
telecomunicações — fundamen-
talmente, a europeia mas não só,
até porque as telecomunicações e a
Internet são dois ramos em conver-
gência e o ICANN está a ser cons-
truído como actor muito relevante
deste processo de convergência e,
de certo modo, acabará por ser um
seu resultado.
Acompanhou o processo
de constituição do ICANN
desde o início. Como viu a
criação desta entidade?
Acompanhei desde o início este
processo, até porque as organiza-
ções internacionais europeias onde
participo regularmente, como o
ETSI e a ETNO (uma associação
dos operadores de telecomunicações
europeus) têm-no acompanhado
desde o início, inclusivamente
através de relatórios directos de
participantes seus em todas as dife-
rentes fases. A criação do ICANN
foi um passo importante porque a
Internet e os sistemas que a cons-
tituem são um recurso mundial da
maior importância. Por melhor que
seja o acompanhamento tutelar de
um só governo — o dos EUA, onde
a Internet teve o seu berço —, na
nova situação a coordenação geral
teria de partir de um organismo
alargado e representativo.
Está entusiasmado com a
reforma organizacional que
está em curso no ICANN?
Como vê a evolução das
diferentes questões em dis-
cussão?
O processo de reforma do
ICANN foi aprovado em termos
genéricos na reunião de Xangai. E
quando digo em termos genéricos é
porque ainda estão duas questões
por resolver, uma que não será uma
questão de fundo — são as medidas
transitórias, que devem ser propos-
tas e aprovadas na próxima reunião
nos dias 14 e 15 de Dezembro em
Amesterdão — e outra é o facto de
ainda não se ter chegado a acordo
com as comunidades regionais
acerca da manutenção e atribui-
ção de espaços de endereços IP, e,
também relativamente às entida-
des responsáveis
pelo domínios de FÁTIMA
topo dos países os / Casa
ccTLD (“country
code Top Level Domain”), no nosso
país a entidade responsável pelo
“.pt”. E, ligado com esta questão,
é ainda o saber-se qual o impacto
de tais acordos em questões que
se relacionam directa ou indirec-
tamente com as administrações
públicas dos países. Todas estas
questões não estão ainda resol-
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
LUÍS RAMOS
vidas. Em princípio, a intenção é
que sejam todas resolvidas no dia
15 de Dezembro, em Amesterdão,
após a sua aprovação pelo conselho
da ICANN e, a partir dessa altura,
começará então o período de transi-
ção para a nova situação.
Esses problemas não resol-
vidos poderão adiar o pro-
cesso de reestruturação do
ICANN?
Corre-se esse risco mas a ideia
é fazer todo o possível para que tal
não aconteça.
Quais as questões-chave na
reorganização do ICANN?
Fala-se na necessidade
de criar uma maior trans-
parência no processo de
decisão e ainda reduzir a
estrutura em termos de
direcção para torná-la mais
eficiente…
As organizações de apoio rela-
cionadas com a comunidade técnica
vão ver a sua participação reduzida
em número de conselheiros, talvez
com excepção do caso do IETF.
Ao contrário, as relacionadas com
os nomes do domínio passam de
três para quatro num conselho
que passa de 19 para 15 elemen-
tos. Além disso, a
CAÇADOR grande diferença
dos Bits em relação a oito
dos lugares de
conselheiros é que passam a ser
eleitos indirectamente e não pelas
comunidades de internautas. O
que foi aprovado foi a existência de
um colégio eleitoral, que é o comité
de nomeação de membros para o
conselho, da qual não podem fazer
parte, como é lógico, os membros
em exercício do conselho. Neste
comité de nomeação participam
representantes de várias organiza-
ções de apoio ao ICANN, comités,
grupos, etc., entre eles, o comité
consultivo dos governos. Deste
modo, os internautas vão deixar de
poder eleger directamente os seus
representantes, quando até agora
havia quatro membros eleitos desta
forma.
Esta mudança vai distorcer
o equilíbrio que, de alguma
forma, tinha sido criado na
constituição do ICANN?
Dependerá em boa parte da
dinâmica e das pessoas que cons-
tituírem o comité de nomeação o
equilíbrio de forças no conselho em
cada momento. Porque, de qual-
quer forma, os representantes que
foram até agora eleitos pelos ciber-
nautas foram-no por um número
bastante reduzido de utilizadores, o
que levou também a repensar esta
questão da escolha dos membros
do conselho, ou seja, como é que se
consegue ter membros representa-
tivos, o que é complicado.
Em relação às outras
questões envolvidas na
reorganização, foram toma-
das algumas decisões em
Xangai?
Foi muito debatida, por exem-
plo, a questão da participação da
comunidade em geral dos ciber-
nautas, porque um dos problemas
(como acontece noutras organiza-
ções deste tipo) está relacionado
com questões logísticas e de prin-
cípio, como a das viagens, quem as
paga, por exemplo. Como já referi
atrás, foi também muito debatida
a questão da relação das organiza-
ções regionais das áreas dos ende-
reços e das entidades responsáveis
pelos nomes dos domínios de topo
dos países e este problema ainda
continua pendente…
O mandato do ICANN foi
agora prolongado por mais
um ano pela assinatura do
protocolo com a Departa-
mento de Comércio dos EUA
mas é incerto se será nova-
mente renovado quando
terminar. Costuma dizer-se
que não há uma alternativa
a esta organização. Se não
for o ICANN, a infra-estru-
tura da Internet ficaria nas
mãos de quem?
Para já, não parece haver uma
alternativa e a questão da infra-
estrutura é um problema incon-
tornável, pois há que garantir a
estabilidade de funcionamento da
Internet. Há uma comunidade de
quase 700 milhões de utilizadores
profissionais e individuais, e é
preciso manter a estabilidade em
termos de sistema de atribuição
endereços, de nomes de domínios,
e segurança de todo o sistema.
Este assunto faz parte das maio-
res preocupações do ICANN neste
momento. Por exemplo, tal como foi
reportado na sessão pública do con-
selho do ICANN em Xangai, recen-
temente a infra-estrutura básica
sofreu um ataque ao qual resistiu
bem — o que são boas notícias.
Por enquanto — e isto é uma
opinião pessoal, embora me pareça
que reflicta no essencial as opiniões
institucionais das telecomunicações
—, penso que era melhor para a
Internet tal colaboração. Claro, se
fosse só a comunidade comercial a
gerir a solução, teria com certeza
os seus defeitos, a outros níveis,
mas, por outro lado, ser só a comu-
nidade de cibernautas cooperado-
res também é impraticável num
empreendimento de tais dimen-
sões… A ascendência de qualquer
dos sectores sobre os outros não
representa uma solução adequada.
Por isso, penso que não há volta a
dar sem a participação empenhada
de grandes organizações que, por
seu lado, têm grandes interesses
económico-financeiros, lado a lado
com as outras organizações.
Como isto se combina e se põe
em marcha é um assunto com-
plicado, para um lado e para o
outro, mas, para bem das diversas
comunidades envolvidas, tem de
se pensar nisto sem preconceitos e
criar mecanismos que não deixem
uma componente ser abafada por
outra. Do ponto de vista técnico-
profissional, é um assunto que não
podemos deixar para trás só por
causa de pruridos. Caso contrário,
corre-se o risco de deixar algumas
coisas no ar e questões importantes
sem controlo.
Leva algum objectivo,
algum propósito, para a sua
actuação como conselheiro
no ICANN?
Para já, levo as questões mais
gerais, que são o ICANN poder fun-
cionar e garantir esta estabilidade
que é importante para todos nós na
Internet, que, repito é um recurso
cada vez mais fundamental, estra-
tégico, para a humanidade. Por
outro lado, pesar no lado da influ-
ência da parte europeia, uma vez
que agora a Internet é uma coisa
de todos — temos de agradecer
a Vincent Cerf, que desenhou o
TCP/IP. Além disso, também sinto
alguma apetência para ajudar a
descentralizar o sistema, não só
para a Europa mas também para a
América Latina e África.
Há ainda, em pano de fundo, a
questão das línguas, que é impor-
tante na Internet. E se há língua
pesada na Internet é o português,
que tem já uma grande importân-
cia. Para um cidadão de fala portu-
guesa, esta é também uma questão
muito importante porque a Internet
é também um instrumento para
o florescimento cada vez maior da
nossa língua — e esta é uma paixão
que não consigo deixar de ter.
Finalmente, há também a
questão da convergência: como
é que o mundo da Internet deve
evoluir na sua convergência com
outros meios de comunicação elec-
trónicos, no interfuncionamento
com a rede de telecomunicações,
na questão do projecto Enum,
ou seja, do jogo entre os nomes
domínios e os números de telefone.
E tenho tentado, e vou continuar,
com alguns outros colegas euro-
peus, a ajudar a que esta questão
consiga avançar, pois constitui um
valor acrescentado que podemos
também levar à comunidade de
Internet e, em particular, à sua
componente técnica. ●
computadores .9
 dica
Alterar ícones no Windows XP
Já vimos, noutra ocasião, que o Windows 98
— e também os Windows 2000 e ME — tinha
grandes limitações quanto à alteração de
ícones. A única situação prevista naquele
sistema operativo era a possibilidade de
alterar os ícones dos atalhos de pastas,
sendo necessário adquirir programas
especializados ou mexer directamente no
Registry do Windows para alterar outros
ícones. O Windows XP veio trazer uma lufada
de ar fresco ao permitir alterar os ícones das
pastas e do sistema sem a necessidade de
ferramentas de terceiros, para além dos ícones
dos atalhos.
Para alterar o ícone de uma pasta específica,
estando ela seleccionada, escolhe-se Ficheiro/
Propriedades ou então dá-se um clique com o
botão direito do rato sobre a pasta e escolhe-
se Propriedades no menu que aparece. Na
janela que se abre a seguir, escolhe-se o
separador Personalizar.
No botão Alterar Ícone, da área Ícones de
Pastas, pode-se escolher um ícone a aplicar em
todas as vistas, excepto a Miniaturas, à pasta
seleccionada. Como já antes acontecia, pode-
se ir buscar o ícone a um ficheiro diferente
daquele que o Windows utiliza por omissão:
ficheiros de ícones, com extensão .ico, ficheiros
de executáveis ou bibliotecas de ícones.
No caso destas, o sistema nem sempre as
reconhece, sendo necessário escolher, na caixa
de diálogo, Alterar Ícone Para a Pasta X, em
Ficheiros do Tipo, Todos os Ficheiros para que
o sistema as possa usar.
Para a vista Miniaturas, em que as pastas e
ficheiros são representadas por uma imagem
com uma dimensão cerca de quatro vezes
maior do que a do ícone normal, o sistema
apresenta a alternativa de aplicar uma imagem
(e já não um ícone) que seja representativa
do conteúdo da pasta, de modo a facilitar
a sua identificação. A imagem escolhida é
aplicada dentro da pasta quadrada “standard”
do Windows, incluindo a caixa de diálogo uma
pré-visualização do resultado final.
Em relação aos ícones do sistema, o Windows
XP permite alterar, da mesma forma fácil vista
no caso das pastas, os ícones dos itens O Meu
faComputador, Os Meus Documentos, Os Meus
Locais na Rede e Reciclagem, este com as
variantes Cheio e Vazio.
Para o fazer, abre-se a janela de diálogo
Propriedades de Visualização — Iniciar/Painel
de Controlo/Visualização ou dando um clique
com o botão direito do rato numa zona livre
do Ambiente de Trabalho e escolhendo
Propriedades no menu —, escolhe-se o
separador Ambiente de Trabalho e carrega-se
no botão Personalizar o Ambiente de Trabalho.
Aparece de seguida a caixa de diálogo Items
do Ambiente de Trabalho (ver imagem),
onde aparecem alinhados aqueles ícones.
Seleccionando um a um, pode-se alterar a
imagem respectiva carregando no botão
Alterar Ícone. Aplica-se aqui o que antes se
referiu quanto à escolha de ícones para as
pastas. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .10
PT MUTATIS E PT CONVERSAS AJUDAM CIDADÃOS COM DEFICIÊNCIA A COMUNICAR
Novas propostas para
necessidades especiais
UMA caixa branca
N
outros números
estão seis gran- programados.
des teclas, cada O preço do PT
uma correspon- Mutatis ronda
dente a outros os 285 euros.
tantos números de telefone A disponibili-
programados. Basta carregar zação para todos
numa dessas teclas para que os utilizadores do
a ligação telefónica seja efectu- PT Mutatis não é
ada. À máquina está também a única novidade
associada uma pequena caixi- da PT em pro-
nha com um botão, que se pode dutos e serviços
trazer ao pescoço. Ao carregar para pessoas
nesse botão, são efectuadas com necessida-
as chamadas, por ordem de des especiais.
programação e ininterrupta- “Até ao final de
mente, para os seis números Novembro, será
gravados no equipamento. É lançado o PT
um sistema de “mãos livres”, Conversas, um
sem auscultador, sem disca- serviço que vai
gem de números, sem nada permitir aos uti-
que complique a comunicação lizadores surdos
com quem se pretende. Este ou com defici-
equipamento, feito a pensar ências da fala
nas situações de emergência e possam enviar
nas pessoas com necessidades serviço TeleAlarme é para mensagens SMS, de correio
especiais, é o PT Mutatis e situações mais graves e electrónico e faxes através de
foi criado pela Portugal Tele- socialmente complicadas. um telefone de texto”, explicou
com (PT). Depois de ter sido Para a criação do PT Clara Cidade a Computado-
utilizado no âmbito do serviço Mutatis foi efectuado um res. Até agora, não era possí-
especial TeleAlarme, este estudo de mercado, que vel enviar um E-mail ou uma
equipamento estará disponí- envolveu a Associação Portu- mensagem de SMS a partir de
vel nas lojas da PT a partir da guesa de Deficientes. O sis- um telefone de texto e, até ao
próxima sexta-feira. tema vai tentando ligar para final do ano, a PT assegurará
O PT Mutatis foi criado os vários números programa- também a compatibilidade
pela PT em parceria com a dos até que alguém atenda. entre os vários tipos e marcas
Inov, uma empresa que teve Quem recebe a chamada de telefones de texto, o que
origem no Instituto de Enge- carrega na tecla 4, dando ao também não acontece ainda.
nharia de Sistemas e Com- sistema a indicação de que Os clientes do PT Con-
putadores (Inesc), e a Tape, está a resolver a situação de versas terão 30 por cento de
a empresa portuguesa que emergência. Só essa pessoa desconto nas comunicações
fabricou o equipamento. tendam um sistema de é que pode também desli- que estabelecerem através do
Há cerca de um ano que assistência a pessoas com gar a chamada, carregando telefone de texto. No futuro, o
este produto é utilizado no necessidades especiais. na tecla 6. Este sistema de serviço PT Conversas incluirá
âmbito do projecto TeleA- Clara Cidade, directora do segurança também a
larme, uma iniciativa da Gabinete para Clientes com evita que o ISABEL GORJÃO SANTOS ligação às
PT em que os subscritores Necessidades Especiais da telefonema operadoras
são assistidos, em caso de PT, explica que este equi- seja atendido pelo “voice da PT a fim de “permitir
emergência, por membros pamento é indicado para mail” ou que a chamada que uma pessoa mande uma
da Cruz Vermelha Portu- pessoas que podem ter situ- caia sem que a situação mensagem escrita e a opera-
guesa. A comercialização ações de emergência mas seja resolvida. Caso isso dora possa ‘traduzi-la’ para
do PT Mutatis estende-se que possuem uma rede de aconteça, o PT Mutatis pros- quem não tiver um telefone
agora a todos os que pre- apoio próxima, enquanto o segue as ligações para os de texto”. ●
Responsabilidade social ‘não pode ser imposta’
O Centro de Engenharia de Reabilitação apelar à existência de serviços que já se que já estão a funcionar e se encontram
em Tecnologias de Informação e encontram no mercado. disponíveis “não traz nenhum valor
Comunicação (CERTIC) da Universidade “Não acho que faça sentido esse projecto, acrescentado”.
de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) porque abarca produtos e serviços que Para Clara Cidade, “a política de
apresentou no mês passado uma já se encontram a funcionar”, disse Clara responsabilidade social não pode
proposta — actualmente em discussão Cidade, adiantando que o prosseguimento ser imposta”. Apesar de entender as
em www.acessibilidade.net/redefixa da aposta da PT nesta área nada tem a ver preocupações que se encontram por
— que pretende impulsionar a existência com a venda da rede fixa. “Evidentemente detrás da proposta do CERTIC, Clara Cidade
de serviços dedicados a pessoas com que não vamos tirar esses produtos e não deixou de referir que “a PT considera
necessidades especiais no caso de a serviços do mercado; por isso, não vejo a necessário ter produtos e serviços para
rede fixa de comunicações vir a ser necessidade da proposta do CERTIC”. o pequeno e o grande cliente, para as
vendida à Portugal Telecom (PT). Essa A responsável da PT considerou que essa pessoas que têm deficiência e as que não
proposta será brevemente apresentada proposta “é idêntica a estabelecer uma têm”.
ao Governo e menciona serviços como lei normativa a dizer que as empresas Para a PT, os produtos e serviços para
a videotelefonia, o tele-alarme e outros são obrigadas a ser solidárias”. Citando pessoas com necessidades especiais têm
que procurem integrar as pessoas com alguns exemplos, Clara Cidade lembrou duas vertentes: “Uma que é estritamente
deficiência no teletrabalho e ensino à a quota de 5 por cento estabelecida de solidariedade e de investimento, e outra
distância (ver Computadores de 28 de para a integração de pessoas com que é a parte do negócio propriamente
Outubro). Ao comentar esta proposta, a deficiência na administração pública e dito”, disse Clara Cidade, considerando
responsável pelo Gabinete de Clientes no Governo. “Essa quota não é aplicada, fundamental o empenho das empresas
com Necessidades Especiais da Portugal Porquê?” — questionou a responsável em todos os seus clientes, tenham ou não
Telecom considerou-a desnecessária, por da PT, considerando que impor coisas necessidades especiais. ● I.G.S.
S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
 SERVIÇO VODAFONE LIVE LEVA COR E IMAGEM AOS TELEMÓVEIS

Concretizar as promessas da terceira geração

ROCURAR um restaurante pró- tar entre 6 a 10 por cento: “As receitas que

P
e outros, e, em My Vodafone, o utilizador
ximo, escolher depois um filme não provêm da transmissão de voz repre- encontra o seu álbum multimédia, os seus
para ver, enviar um E-mail a sentam 7 por cento do total de receitas por sítios preferidos e todos os “downloads”
um amigo enquanto se espera à cliente, na Vodafone, mas esperamos que, que fez.
porta do cinema e saber, entre- em três anos, haja um aumento para cerca A secção Menu é a mais extensa e
tanto, como está o jogo da equipa favorita de 20 por cento”. importante do Vodafone Live: as últimas
são algumas das coisas que, desde a pas- Entre os serviços integra- notícias, a informação meteorológica,
sada sexta-feira, se poderá fazer através dos no Vodafone Live estão a desporto (últimas notícias e resultados),
do telemóvel. O novo serviço chama-se captação, envio e recepção para além de um espaço de lazer com os
Vodafone Live e está já disponível em Por- de fotografias, o “download” cinemas, concertos e mesmo as novida-
tugal, Espanha, Alemanha, Reino Unido e de imagens e novos toques des sobre discos e livros. Aqui também
Itália. No próximo ano, este serviço poderá polifónicos, os jogos, o envio foi inserida a secção Encontrar — o
ser utilizado em todos os países onde a e recepção de E-mail e uma restaurante, o cinema ou a farmácia
Vodafone está presente. Para o operador, série de conteúdos, muitos mais próximos.
esta é já uma forma de concretizar as deles geo-referenciados. Para já, este serviço está disponível
promessas da terceira geração de comuni- O ecrã de entrada do Voda- em três equipamentos — o Sharp GX
cações móveis. fone Live remete para áreas 10, o Nokia 7650 e o Panasonic GD 87
Se o mercado de voz está conquistado como Novidades, Comu- — mas, em breve, o Vodafone Live
— Portugal tem já cerca de 85 por cento nicar, Top, Toq&Imagens, poderá ser utilizado noutros telemó-
de penetração nas comunicações móveis Jogos, Menu e My Vodafone. veis. Até ao final do ano, o tráfego
—, resta agora aos operadores investir cionais, a Vodafone apostou na localização Ao entrar na área de novida- será gratuito, passando depois a
nos serviços e nas comunicações de dados. para os diversos países. O presidente da des, o utilizador tem acesso a custar 15 cêntimos por megabyte.
É isso que a Vodafone pretende fazer Vodafone Telecel adiantou que os con- um álbum multimédia com os O preço dos serviços é variável,
com este novo serviço, que “concretiza teúdos disponíveis neste serviço estão novos toques e imagens que pode dos 15 cêntimos aos 3 euros. Os
a promessa de o telemóvel ser mais do adaptados a Portugal e considerou que, guardar ou enviar a outras pes- toques polifónicos custarão 1,5
que um meio de comunicação de voz”, tal no próximo ano, deverão ser já cerca de 10 soas através de MMS (mensagem euros, enquanto os jogos pode-
como referiu António Carrapatoso, presi- por cento os clientes da empresa a usar o multimédia que pode incluir texto, rão ir até aos 3 euros.
dente da Vodafone Telecel, Vodafone Live. “As pessoas som e imagem), SMS ou correio elec- Apesar de ainda não estar
durante a apresentação do ISABEL GORJÃO SANTOS vão começar a utilizar o trónico, o que pode ser feito através da disponível a terceira gera-
Vodafone Live. “O WAP telefone também para as área Comunicar. ção de comunicações móveis
[protocolo de acesso à Internet através imagens e os serviços de E-mail”, consi- Ao seleccionar o ícone relativo ao Top, — baseada no Universal Mobile
do telemóvel] não se tornou interessante derou, sem deixar de referir que os três acede-se aos jogos, toques polifónicos e Telecommunications System (UMTS)
porque tinha pouco som, imagem e cor”, operadores de comunicações móveis deve- imagens preferidas dos utilizadores do —, a Vodafone considera que o novo ser-
adiantou Carrapatoso, explicando que rão, neste ano, gerar receitas na ordem dos serviço, enquanto, em Toq&Imagem, se viço faz já parte de um novo conceito de
é exactamente isso que o novo serviço 2900 milhões de euros, o que significa um visualiza todos os toques polifónicos dispo- utilização do telemóvel. António Coimbra,
da Vodafone oferece, assente na norma crescimento de 4 a 5 por cento. No entanto, níveis para “download” e imagens para a director de “marketing” da Vodafone Tele-
GPRS, por vezes designada por geração adiantou, se os serviços que não envolvem criação de mensagens. Também na secção cel, adiantou que “não é preciso esperar
2,5 das telecomunicações móveis. a transmissão de voz forem bem sucedidos, de jogos se pode escolher entre as novida- pela terceira geração para concretizar
A par de diversos conteúdos interna- o crescimento poderá futuramente aumen- des, os jogos de acção, arcada, plataformas algumas das suas promessas”. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2 computadores .11
 FICHA S H A R E WA R E
TRILLIAN

Uma plataforma giratória

Editor
para os mensageiros
S SERVIÇOS de comuni-

Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Fraga,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Ana Lúcia Zacarias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
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Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
O
caçãO em tempo real na
Internet sempre foram
bastante populares.
Desde o conhecido
serviço IRC (Internet Relay Chat),
que permite conversações em tempo
real em modo de texto e é usado por
milhares de pessoas, até aos
cada vez mais populares
“mensageiros”, os utiliza-
dores da Internet rende-
ram-se à conversação em
tempo real. Nesta área, as
tecnologias têm sofrido uma
evolução muito significa-
tiva: já vão longe os tempos
das interfaces rudimentares
e em que a única forma
de comunicar era o texto
escrito, o famoso “chat”.
Hoje em dia, existem
no mercado dezenas de
aplicações de mensageiro,
promovidas pelos portais
e serviços “on-line”, como o
da AOL ou o da MSN, cada
vez mais apelativas e sim-
ples de usar, cativando todo
o tipo de utilizadores. No
entanto, nem todos estes
sistemas são compatíveis
nem permitem que utili-
zadores registados numa
rede possam facilmente
comunicar com utilizadores
de outra rede a usar outra
aplicação. E é sempre abor-
recido ter que abrir duas
aplicações em simultâneo
para poder conversar com
todos os contactos.
Por este motivo, um
novo serviço de mensagens
instantâneas, denominado
Trillian, está rapidamente
a ganhar adeptos graças à
sua capacidade de interoperar com
os outros sistemas. Embora o novo
serviço não tenha o
volume de utilizado- NUNO BERNARDO
res dos gigantes AOL,
Microsoft e Yahoo!, a sua crescente activas simultaneamente, enquanto
audiência e o tempo que estes per-
manecem ligados à aplicação indi-
cam que o Trillian veio para ficar.
A popularidade do Trillian
advém do fato de os utilizadores não fim do ano passado — está dis-
necessitarem de ficar conectados a
diversos serviços para manter con-
tacto com amigos, parente e colegas das grandes vantagens do programa
de trabalho. Segundo estudos rea-
lizados nos EUA, 29 por cento dos
utilizadores domésticos tinham pelo
menos duas aplicações
de mensagens instan-
tâneas concorrentes
23 por cento dos utilizadores em
empresas faziam o mesmo.
O Trillian — desenvolvido
pela Cerúlea Studios e lançado no
ponível para cópia no sítio http:
//www.ceruleanstudios.com . Uma
reside na sua dimensão: para aque-
les que sofrem de falta de espaço no
disco rígido e não podem ter todos
os programas de mensagens instan-
tâneas instalados no computador,
o Trillian chega como uma grande
solução: o ficheiro de instalação tem
apenas 1,7 MB, enquanto o ICQ,
sozinho, tem 5 MB. A instalação não
é complicada se o utilizador já esti-
ver familiarizado com os programas
de mensagens instantâneas reuni-
dos pelo Trillian (ICQ, AOL, MSN,
Yahoo! Messenger e IRC). Outra
grande vantagem é o armazena-
mento dos contactos no servidor.
Com esse recurso, o utilizador que
acede à Internet em vários PC (em
casa, no escritório ou em viagem) só
precisa de adicionar os seus amigos
de uma única vez. Ao fazer o “login”
noutra máquina, os contactos ficam
logo disponíveis
O Trillian é uma aplicação de
mensageiro que suporta os forma-
tos e as redes mais comuns: IRC,
AOL, ICQ, MSN e Yahoo Messen-
ger. O programa centraliza todos
estes sistemas de comunicação
numa só interface, facilitando o
contacto com pessoas de diferentes
serviços. O utilizador pode facil-
mente importar os seus contactos
para este programa, garantindo
que pode falar ao mesmo tempo
para amigos ou familiares que
estejam a usar outras redes ou
aplicações. Ou seja, é possível
fazer uma migração do arquivo de
contactos do seu programa de men-
sageiro actual para o Trillian de
uma forma simples e imediata. A
interface é muito similar à de outro
tipo de ferramentas e o processo de
configuração e registo muito sim-
ples, não exigindo, assim, qualquer
tipo de aprendizagem.
O programa possui tudo o que
se pode esperar de um mensa-
geiro, como alerta de presença de
amigos, múltiplas conexões, más-
caras para a personalização da
interface, ícones e símbolos para
transmitir emoções e expressões,
bem como teclas de atalho. Comu-
nicar é bastante simples: selec-
ciona-se a pessoa ou pessoas com
quem quer se conversar, inicia-se
uma “sala” privada e começa-se
a digitar palavras e frases. Usa-
se os símbolos para reforçar os
sentimentos ou aproveita-se para
enviar hiperligações ou imagens
animadas aos seus interlocutores.
O Trillian permite a configu-
ração de alertas e avisos de forma
a que utilizador seja sempre noti-
ficado quando os seus amigos se
encontrarem ligados à rede, tal e
qual como em aplicações concor-
rentes. No entanto, o Trillian não
dispõe de todas as opções oferecidas
pelos diferentes programas de men-
sagens instantâneas — não envia
arquivos nem mensagens para tele-
móveis, como o ICQ, por exemplo. O
programa não dispõe ainda de um
sistema que separe os contactos de
diferentes utilizadores,
Esta aplicação é uma excelente
ferramenta para facilitar a comuni-
cação entre pessoas através da Inter-
net. Na sua lista de funcionalidades
vamos encontrar características que
irão agradar não só ao utilizador
particular mas também ao utiliza-
dor profissional e às instituições de
ensino. O facto de ser gratuito per-
mite-lhe competir directamente com
outras ferramentas mais populares,
tendo como grande vantagem a
centralização de contactos e serviços
numa só interface. O utilizador não
terá de instalar diferentes aplicações
de mensageiro para conseguir falar
com todos os seus interlocutores
(http://www.Trillian.cc). ●

computadores .12 S E G U N D A - F E I R A . 1 1 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
 CD-ROM DA PORTO EDITORA VENCE V EDIÇÃO DOS PRÉMIOS MULTIMÉDIA XXI

Navegar pelo universo de Eça

CD-ROM “VIDA e Obra de multimédia com conteúdos criteriosos e

O
a consagração nos novos currículos do
Eça de Queirós”, editada dotados de efectiva densidade científica Ensino Secundário de disciplinas dedica-
pela Porto Editora, ganhou e cultural. Sem isso, as linguagens mul- das às tecnologias de informação. Justino
a quinta edição dos Prémios timédia pouco ou nada trazem de novo entende, inclusive, “que mesmo as pessoas
Multimédia XXI, promovidos e saldam-se apenas em fogo-de-artifício q u e seguem a via das literaturas
pela Associação Portuguesa para o Desen- visual, sem consequências têm de trabalhar com
volvimento das Comunicações (APDC). O pedagógicas efectivas ou tecnologias de informa-
anúncio foi feito, na passada sexta-feira, até com efeitos contra- ção”.
em Lisboa, no Centro Cultural de Belém. producentes.” A quinta edição dos
Publicado em 2001 (ver Computadores Sendo actualmente Prémios Multimédia XXI
de 19 de Março), o CD-ROM contou com de leitura obrigatória no atribuiu ainda o Prémio
a coordenação do professor da Faculdade 10º e 12º anos do Ensino Comércio Electrónico
de Letras de Coimbra (FLC), Carlos Reis, Secundário, os contos e Suporte às Pequenas
uma equipa que integrava a professora do grande romancista e Médias Empresas à
Maria do Rosário Cunha, da Universidade “Vida e Obra de Eça de Queirós” foi começam a aparecer nos Plataforma de Comércio
Aberta de Coimbra, e um grupo de estu- concebido com uma estrutura de navega- manuais de Português Electrónico: Eternus
dantes da cadeira de Estudos Queirosia- ção que permite trajectos de articulação de do Ensino Básico. Por Commerce, um produto
nos da FLC. todos estes componentes e uma utilização isso, para o presidente da elaborado pelo Instituto
O CD-ROM integra todas as obras de em dois níveis: nível 1 (elementar) e nível Associação dos Professo- Pedro Nunes. Na área
Eça de Queirós em formato digital, dois 2 (avançado). res de Português, (APP), Multimédia Jovem,
dicionários (de personagens e temas), Ouvido por Computadores sobre a Paulo Feitor Pinto, foram distinguidos com
abundantes textos de enquadramento importância do galardão, Carlos Reis ouvido por Computado- menções honrosas os tra-
histórico-literário e geracional, bem como começou por salientar “o potencial da res, “este prémio é impor- balhos de Nuno Ferreira e
sobre géneros literários e estilo queirosia- utilização das linguagens multimédia, tante porque leva os livros de Nuno Maya, respectivamente com os títu-
nos. Mas não só: há outros caminhos por para fins culturais e pedagógicos”. No Eça através das novas tecnologias à sala los “Vamos Passear na Selva” e “A Folha”,
onde entrar no universo do autor de “Os entender do ensaísta, o CD-ROM “Vida e de aula: não só para o desenvolvimento um trabalho “on-line”. A Porto Editora
Maias”, nomeadamente uma antologia Obra de Eça de Queirós” vem confirmar da área de leitura mas, também, para recebeu ainda uma menção honrosa pela
com textos declamados que “é possível, deste modo, o desenvolvimento das áreas tecnológi- “Diciopédia 2002”.
(áudio) e suporte musical CARLOS CÂMARA LEME motivar estudantes para o cas transversais”. Ainda segundo Feitor O júri dos Multimédia XXI, presidido
(textos do escritor e dos saber e para a cultura, por Pinto, “este prémio poderá servir para o por Borges Gouveia, da Universidade
seus contemporâneos), duas bibliografias, meio de produtos concebidos em função de desenvolvimento de metodologias activas de Aveiro, era constituído por Conceição
uma activa e outra passiva, referida a linguagens inovadoras, que professores e nas aulas de Português”. Casanova, da APDC, Pedro Faria Lopes,
todas as obras de Eça, utilizando, ainda, educadores devem dominar também”. O galardão ganha ainda um impacte do Instituto Superior de Ciências do
centenas de imagens do romancista (retra- No entanto, Carlos Reis avisa: “Isso maior se se tiver em conta o facto de o Trabalho e da Empresa (ISCTE), Nuno
tos, caricaturas), da sua geração, espaços não pode fazer esquecer algo que é muito actual ministro da Educação, David Jus- Correia, da Universidade Nova, e Rui
queirosianos (cenas e cenários) e adapta- importante: a necessidade de comple- tino, numa entrevista à revista “Visão”, Trindade, consultor da área das tecnolo-
ções (banda desenhada). tarmos o poder sedutor das linguagens de quinta-feira passada, ter defendido gias de informação. ●

virose

Brid vindo da Coreia

O Brid — também identificado por certas original Flcss.exe, usa um outro com o que aparece disfarçado de
empresas de programas antivírus como nome Bride.exe. Este vírus, quando é programa antivírus.
Braid ou Bride — é mais um “worm” que executado, modifica os ficheiros do tipo
tira partido da falha Mime, do Internet Win32 com as extensões .exe, .scr ou .ocx. Oror
Explorer, que permite a execução de Ele também pode correr como um serviço totalmente Quando
ficheiros anexos de uma mensagem em do NT, espalhando-se pelas unidades de aleatório é executado,
formato HTML através da simples pré- disco partilhadas na rede. o “worm”
visualização da mesma num programa de O conteúdo do ficheiro Msconfig.exe, na O Oror é outro apresenta
E-mail. Segundo parece, este “worm” tem pasta de sistema, é substituído pelo próprio “worm” de uma falsa
origem na Coreia. “worm”. Este contém o seu próprio motor envio em massa mensagem
Quando corre, o Brid começa por tentar de SMTP, tentando encontrar e contactar através de E-mail para de erro, ao
ligar ao “site” www.hotmail.com. A seguir, directamente o servidor de E-mail. todos os endereços mesmo
cria vários ficheiros dentro do sistema: no A mensagem que o “worm” envia apresenta que encontra nas tempo
ambiente de trabalho, gera os ficheiros como origem o nome de utilizador mensagens recebidas que se
Help.eml (mensagem portadora do registado no Windows do computador que e também se espalha copia para a
“worm” sob a forma de ficheiro anexo) e envia a mensagem. Como assunto, utiliza o utilizando o mIRC, através pasta do Windows
Explorer.exe (cópia do “worm”). Na pasta nome da empresa registado no Windows. O da rede KaZaA, através das utilizando nomes
do Sistema, cria os ficheiros Bride.exe texto da mensagem é o seguinte, sendo a partilhas de rede e das também escolhidos
(que contém o vírus Funlove 4099 e que informação contida entre parêntesis rectos unidades mapeadas. aleatoriamente. Ele
é executado pelo “worm”), Msconfig.exe e retirada do sistema que envia a mensagem: Este “worm” apresenta já cerca altera o Registry para que seja
Regedit.exe. Por fim, envia-se a si próprio de oito variantes conhecidas. Tal como executado de todas as vezes que se inicie
por E-mail para todos os contactos do “Hello, o Brid, o Oror explora a falha Mime, do o Windows. Também se copia para a
Address Book do Outlook e os endereços Product Name: [versão do Internet Explorer. Ele tenta fechar janelas pasta do sistema, escolhendo aí nomes
que encontra em ficheiros .htm e .dbx. Windows]”Product ID: [ID do e apagar ficheiros de vários programas de ficheiros a que acrescenta, no fim do
O Brid altera ainda o Registry de modo a Windows]”Product Key: [chave]”Process antivírus e de “firewall”. A mensagem que nome e antes da extensão, as expressões
ser executado de cada vez que o Windows List: [lista de processos a correr] difunde o Oror é construída a partir de ou números “2k”, “16” ou “32” — ao
seja iniciado. Thank you.” combinações de frases escolhidas de forma mesmo tempo acrescenta uma secção
O vírus Funlove 4099 está ligeiramente aleatória, sendo, por isso, muito difícil de ao Win.ini para que estes ficheiros sejam
modificado, pois, em vez do ficheiro O ficheiro anexo chama-se Readme.exe, detectar. executados. ● JOSÉ DOUTIL
OS VÍRUS DA SEMANA
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WM/Alliance.A, WM/MERCY.B, WM/Alliance.A, WM/Eraser.A: WM/BOOM.A;B, WM/ WM/PHARDERA.C ;D WM/Eraser.A:Tw, Habir.A, WM/Concept.F;G;J, WM/ WM/Eraser.A:Tw, W97M/
WM/CVCK1.A, WM/ Tw, WM/Envader.A (Intended), BADBOY.A;B;C, WM/FRIDAY.A, (INTENDED), WM/Eraser.A: AOS.A, Tribute.A;B, W97M/ ERASER.H, WM/Eraser.A: Jackal.A, Acid.A (intended),
JUNKFACE.A;B, WM/Eraser.A: W97M/Yous WM/CVCK1.B;E, WM/Eraser.A:Tw, Tw, W97M/Class.B, W97M/ Jackal.A, WM/Theatre.A, W32/ Tw, Tribute.A;B, W97M/Yous, W97M/Serpent, VBS/
Tw, W97M/AntiSocial.e, W97M/ WM/Envader.A (Intended), WM/ Class.D, W97M/Class.Q, VBS/ Urick@MM, W32/PetLil@MM, XM/Laroux.IC Mantie.ow, W97M/Yous, W32/
Bablas.aj Goldsecret.B:Int, WM/FRIDAY.D, Valentin@MM, W97M/Yous, JS/Gigger.a@MM, W97M/ Mypics.worm.25600
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W97M/Yous, W97M/Digma, WM/ W32/SoftSix.worm W97M/Yous, VBS/Count,
SHOWOFF.G, W97M/BackHand.A, X97M/Anis, X97M/Hopper.r,
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E-mail: amoreno@oninet.pt
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935505711
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GB,CD-Rom24x, Modem 56k,
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E-mail: ecoman@mail.pt
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ROM 16x, Drive 3,5; Placa de
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e um disco jaz1GB, portable
SCSI
Contacto: 966716318.
E-mail:
victorbarreiras@oninet.pt
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Supra Express 56e Pro
V90/56K- - Shotgun; como
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600 75 40
E-mail:
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XP 1800+ GHz, 768 MB DD
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Monitor HP Pavilion 15",
Pentium III 866 MHz /133
MHz, 128 SDRAM (ext. 768
MB) 20.0 GB ultra DMA hard
drive 12xDVD ROM, CD-RW
(8 x 4 x 32), ITUV 90 K56
Modem NVIDIA TNT 2 Pro 3D
AGP Graphics. Polk audio
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ME inglês e outro software.
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Contacto: 212910422
E-mail: vinacio@hotmail.com
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vídeo (in/out) e
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Contacto: 964396476
E-mail: madaleno@mail.pt
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256 MB de RAM, Disco SCSI
2,5 GB, com leitor de CDs,
MAC OS 8.6 por 847,96 euros
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de 17" (473,86 euros). Tudo
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servação. Só tudo junto.
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à vista.
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modelo), pl. gráf Nvidia
GeForce2MX 64MB, teclado
e rato óptico, 3 anos garan-
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Contacto: Carlos Sousa 96
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rac66@xekmail.aeiou.pt
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filmes à escolha. Preço a
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Macintosh Power PC 7600
Com 256 MB de RAM, Disco
SCSI 2,5 GB, com leitor de
CDs, MAC OS 8.6 por 850
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portátil (50 euros) + Monitor
Nokia de 17" (473 euros).
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USB(mac), 100/250MB; até 65
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Contacto: 917126623
E-mail:
designinprogress@smoove.org
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condições; zona de Coimbra
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919435919
Spectrum zx81
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para Mac PowerBook 540c
Contacto: 917885763
E-mail: botgomes@fcdef.up.pt
Portátil usado
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mail.com
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E-mail:
raandersen@hotmail.pt
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E-mail: mescla@clix.pt
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jotomas@mail.telepac.pt
Mac
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excelente estado. Zona de
Coimbra.
E-mail:
jcarlosmaia@yahoo.com
Joystick compatível com
Amiga 500
E-mail:
rdd40063@mail.telepac.pt
Jogos originais antigos
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nao só) os da série Ultima.
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E-mail: prq@aeiou.pt
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fóssil está finalmente a ceder
e faz-me muita falta.
E-mail: pedrotobias@hot-
mail.com
AMIGA 2000
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cionar 93 836 02 67
Contacto: António Borges tel:
93 836 02 67
E-mail: acborges@clix.pt
Classic a funcionar
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clássico dos CLASSIC
Contacto: Paulo Curto
965809087
E-mail:
paulocurto@mail.telepac.pt
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168-pin DIMM 70ns, ou, 1 -
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Contacto: rafael.66@clix.pt /
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mail:f.tomas@oninet.pt
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E-mail:
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até 79,81 euros.
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heiro@clix.pt
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de memória
Peço que indique o preço, se
faz favor.
Contacto: Gil Côrte (Lisboa)
Tel.: 217972346
E-mail: gcorte@hotmail.com
Impressora fotográfica
HP Photosmart P1100 em
bom estado e completas.
Aceito propostas.
Contacto: Zona do Porto. E-
mail: pl1274@hotmail.com
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Compro 2 memórias Simm
32Mb Edo 72 contactos.
Contacto:
José Rodrigues Tel:
919482421
E-mail:
mop41115@mail.telepac.pt
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9715165.
E-mail:
miguelbanha@netc.Pt
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portátil. Enviar ofertas para
joaobento@netc.pt.
Contacto:
joaobento@netc.pt
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Edição de vídeo G400 (AGP)
ou G200 (PCI)
Contacto: João - 91 995 78
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Compro iMac, preço até
598,56 euros, a pronto.
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psilvestre@net.sapo.pt
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E-mail: rnsilva@mail.refer.pt
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Em bom estado, que não
tenha sofrido overcloking.
Com preferência para a zona
de Lisboa.
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modem e/ou cd-rom.
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(microfone de Power Mac).
Contacto: Por favor, refira o
preço e contacte-me através:
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Informática (ou equivalente)
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Desenvolvimento e Projecto e
de Administração de Dados.
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ferramentas Oracle, PS/SQL,
C++ e Designer 2000. Enviar
c.v. por e-mail.
Contacto: 213922220
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Visual Basic, Java, C/C++,
Cobol, ABAP/4, bases de dados
e SQL. Capacidade de trabal-
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informática de gestão.Todas as
respostas devem ser enviadas
por e-mail, informando sobre
disponibilidade e vencimento
pretendido. Contacto: João
Lopes E-mail: buisposit@hot-
mail.com
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Contacto: Jaime Fontes E-mail:
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agenda
ICCAD 2002 - The International Conference on Computer-
OFERTAS Aided Design
Data: 10-11-2002 a 14-11-2002
Executo tarefas informáti- Local: San Jose, Califórnia, EUA
cas E-mail: terri@mpassociates.com
pesquisas na internet e em URL: www.iccad.com
bibliotecas; processamento
de texto; digitalização de doc-
IISREEC - International interdisciplinary seminar on new
umentos e impressão a p/b e
a cor. Preços a acordar. robotics, evolution and embodied cognition
Contacto: 916981549 Data: 12-11-2002 a 15-11-2002
E-mail: eporfirio@mail.com Local: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Executo tarefas informáti-
cas
ESIG 2002 - VII Encontro dos Utilizadores de Informação
Pesquisas na internet (5
euros/hora); digitalização de Geográfica
documentos (imagem/tex- Data: 13-11-2002 a 15-11-2002
tos); apresentações em Local: Tagus Park, Porto Salvo, Oeiras
PowerPoint e Excel; processa-
mento de textos (1 euro/pp);
Organização: Associação dos Utilizadores de Informação
impressão (p&b: 0,25 Geográfica (USIG)
euros/pp; cor: 0,5 euros/pp) URL: www.esig2002.web.pt
Contacto: 965140724
E-mail: pjg_2002@iol.pt
ATS 2002 - The 11th Asian Test Symposium
Web Design
Construção de websites,
Data: 18-11-2002 a 20-11-2002
manutenção, design personal- Local: Hyatt Regency Guam, Guam, EUA
Contacto: Kozo Kinoshita, General Chair
izado, formulários.
Contacto: 914029315 E-mail: kozo@utc.osaka-gu.ac.jp
E-mail: cidesign@jkpt.net
URL: ats02.ip.elec.mie-u.ac.jp/
URL: www.jkpt.net
Desktop Publishing e
Fotocomposição WRTLT 2002 - 3rd Workshop on RTL and High Level Testing
Data: 21-11-2002 a 22-11-2002
Todo o tipo de trabalho gráfi-
co, paginação,ilustração 2D e Local: Hyatt Regency Guam, Guam, EUA
3D, artes criativas, logotipos, URL: www.ip.elev.mie-um.ac.jp/~wrtlt02/
cartazes, cartões, ideias pub-
licitárias,
Contacto: 914029315 12º Congresso das Comunicações
E-mail: cidesign@jkpt.net Data: 26-11-2002 a 28-11-2002
URL: www.jkpt.net Local: Centro de Congressos de Lisboa
Redes em ambiente Contacto: Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das
Windows
Comunicações (APDC)
Montagem, manutenção,
instalação, configuração, opti- E-mail: apdc@apdc.pt
mização. Consultoria infor- URL: www.apdc.pt
mática. Pessoal certificado
Microsoft. TAU 2002 – ACM/IEEE International Workshop on Timing
Contacto: 914029315
Issues in the Specification and Synthesis of Digital Systems
E-mail: technet@jkpt.net
URL: www.jkpt.net Data: 2-12-2002 a 3-12-2002
Local: Monterey, Califórnia, EUA
Web Design
Construção de Web Sites por Contacto: David P. LaPotin
100 euros, para empresas e E-mail: dpl@austin.ibm.com
particulares. Óptimo para se URL: www.tauworkshop.com
dar a conhecer na Internet
por um baixo preço.
ITU Telecom Asia 2002
Contacto: 96 537 76 59
E-mail: mar_psi@yahoo.com Data: 2-12-2002 a 7-12-2002
URL: Local: Hong Kong, República Popular da China
www.webportugal.cjb.net Contacto: International Telecommunication Union – ITU
Web Design (comerciais ou
não)
Telecom
Construção de Web Sites para E-mail: telecominf@itu.int
URL: www.itu.int/asia2002
empresas e particulares.
Procedo à manutenção, aloja-
mento e registo do domínio, Conference “Strategic e-HR“
submissão em motores de
busca para uma boa pro-
Data: 5-12-2002 a 6-12-2002
Local: Londres, Reino Unido
moção. Óptimo para difundir
negócios por um baixo preço. E-mail: enquire@iqpc.co.uk
Contacto: 93 617 42 86 URL: www.iqpc.co.uk/1902a
E-mail:
gouveia_eng@yahoo.com
URL: www.gdesignpt.cjb.net
FPT 2002 - IEEE International Conference on Field-
Técnico, Formador e Programmable Technology
Programador de Data: 16-12-2002 a 18-12-2002
Informática Local: Hong Kong, China
Procuro trabalho compatível
E-mail: fpt@aicfpt.org
na área de Redes,Web,
Linguagens de Programação
URL: www.icfpt.org
e Hardware
Contacto: 965 446 048 VLSI Design 2003 - The Sixteenth International Conference
E-mail: antpar@sapo.pt on VLSI Design; The Second International Conference on
Executo tarefas informáti-
Embedded Systems Design
cas
Pesquisas na internet (10
Data: 4-01-2003 a 8-01-2003
euros/hora); digitalização de Local: Nova Deli, Índia
documentos (imagens/tex- URL: vlsi.ccrl.nj.nec.com/~chak/vlsi2003/
tos); apresentações em
PowerPoint e Excel; processa-
2003 International CES - Defining Technology’s Future
mento de textos (1 euro/pági-
Data: 9-01-2003 a 12-01-2003
na); impressão (p&b/cor: 0.25
euro/página) Local: Las Vegas, Nevada, EUA
Contacto: 965140724. URL: www.CESweb.org
E-mail:
paulogodinho_2001@iol.pt ASP-DAC 2003 - Asia South Pacific Design Automation
Redes em Ambiente
Conference
Windows
Montagem, manutenção, Data: 21-01-2003 a 24-01-2003
instalação, configuração, opti- Local: Kitakyushu, Japão
mização. Consultoria infor- Contacto: Conference Secretariat
mática. Pessoal certificado E-mail: aspdac2003@aspdac.com
Microsoft.
URL: www.aspdac.com
Contacto: 914029315
E-mail: technet@jkpt.net
URL: www.jkpt.net Imagina.03 – The International Festival for Digital Images
Realidade Virtual ou um Data: 3-02-2003 a 6-02-2003
simples website? Local: Grimaldi Forum, Mónaco
FizzyJazz.com desenha e Contacto: Conferência – René Broca
hospeda websites a todos os
níveis. Informações em
E-mail: rbroca@noos.fr
FizzyJazz.com ou através de URL: www.imagina.mc
sales@fizzyjazz.com
Web Design, registo HPCA 9 - Ninth International Symposium on High
(dot.com) e hosting. Performance Computer Architecture
Websites completos e atrac-
tivos. Muito rápido.Ver em
Data: 8-02-2003 a 12-02-2003
www.claremontcrizzle.com Local: Anaheim, Califórnia, EUA
E-mail: Contacto: Nader Bagherzadeh
jon@claremontcrizzle.com E-mail: nader@ ece.uci.edu
WebDesign e Base de Dados URL: www.cs.arizona.edu/hpca9/
Programador experiente exe-
cuta projectos de WebDesign
em HTML, JavaScript, ASP e ISSCC 2002 – IEEE International Solid-State Circuits
Visual Basic. Possibilidade de Conference
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 JOGOS
ELECTRONIC ARTS SPORTS LANÇOU ‘FIFA 2003’
O regresso
dos golos virtuais
ISABEL GORJÃO SANTOS
MIL JOGADORES dispostos a
D
EZ
entrar em campo, 350 clubes
representados, 16 das mais
prestigiadas ligas de futebol do
mundo e 18 estádios recriados
ao pormenor são argumentos mais do que
suficientes para convencer quem gosta de
futebol. Se dissermos que estes são os ingre-
dientes da nova versão de “FIFA”, o video-
jogo de futebol da Electronic Arts Sports,
então o sucesso parece estar garantido.
Sempre que a época natalícia se apro-
xima, eis que surge nas prateleiras das
lojas um novo “FIFA”, já um clássico dos
jogos de futebol. Este ano não foi excep-
ção: o FIFA 2003 foi lançado na passada
semana, desta vez apadrinhado pelos três
“craques” que traz na capa: Edgar Davids
(da Juventus), Ryan Giggs (Manchester
United) e Roberto Carlos (Real Madrid).
Foi na “casa” deste último que a Electronic
Arts Sports (EAS) fez a apresentação euro-
peia do jogo, juntando algumas dezenas de
jornalistas no estádio Santiago Barnabéu.
Roberto Carlos, que colaborou com a EAS
na captura de movimentos e outros aspec-
tos da produção do jogo, esteve presente e
considerou o “FIFA 2003” “um jogo muito
realista e divertido”.
Ele está já disponível nas versões para
PC, PlayStation 2, Xbox e GameCube. Em
qualquer das plataformas, a equipa da EAS
procurou torná-lo ainda mais realista. Os
passes em profundidade e o sistema “frees-
tyle” — que permite fazer resgates de bola e
jogadas especiais — são algumas das novas
características. Segundo Bill Harrison, res-
ponsável pela equipa de produção, o objec-
tivo foi ir ao encontro das expectativas de
quem vê futebol na televisão ou no campo.
Para isso, “a equipa trabalhou com 20 joga-
dores profissionais e passou várias semanas
apenas a gravar informação”.
Os jogadores podem escolher entre dispu-
tar um campeonato de clubes, um encontro
amigável, uma época inteira ou um torneio.
Para qualquer das opções é escolhida a
equipa, o equipamento e o estádio. Apesar
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J U N H O . 2 0 0 2
de a liga portuguesa não estar representada,
é possível encontrar o Benfica, Sporting e
Futebol Clube do Porto na secção do resto
do mundo e jogar com as “águias”, os “leões”
ou os “dragões” no Santiago Barnabéu, no
Parque dos Príncipes ou em qualquer dos
estádios mais famosos do mundo. Nas banca-
das estará a claque respectiva, com as suas
bandeiras e palavras de ordem.
Quem não estiver muito habituado a
tão importantes relvados poderá escolher
o nível de dificuldade amador mas, para os
mais experientes, há ainda as opções semi-
profissional, profissional e classe mundial.
No final de cada desafio, são dadas as esta-
tísticas do jogo e, claro, também é possível
disputar uma partida ou um campeonato
com amigos em modo multijogador. Jogar
em rede ou na Internet são possibilidades
que o “FIFA 2003” também proporciona.
Na nova versão deste jogo, foram melho-
rados alguns aspectos relacionados com o
controlo da bola, como o passe e o remate,
que agora parecem mais naturais. Também
foi melhorada a componente de inteligência
artificial do jogo para tornar o desempenho
da equipa, as suas tácticas e os atributos
dos jogadores mais semelhantes aos reais.
Graficamente, quase parece estarmos a
assistir a um jogo de futebol na televisão,
com a vantagem de se poder correr, rematar
e, com sorte, alterar o resultado. ●
Título “FIFA 2003”
Estilo Simulação 9
/10
Plataforma PC, PS2, Xbox
e GameCube
Produtor Electronic Arts Sports
Distribuidor Electronic Arts Sports
Lançamento Novembro de 2002
‘Pro Evolution Soccer 2’
lidera vendas…
“Pro Evolution Soccer 2”
é, possivelmente, o maior
concorrente de “FIFA 2003”, tendo
mesmo conseguido a proeza
de bater o jogo da EA no “top”
de vendas britânico da PS2. Esta
produção da Konami (distribuição
Ecogames) recebe finalmente o
reconhecimento do público, depois
De os seus antecessores serem
aclamados pela crítica como a
melhor simulação futebolística.
Na semana de lançamento, “Pro
Evolution Soccer 2” vendeu mais
que “FIFA 2003”, que saiu no mesmo
dia na Grã-Bretanha. Face à versão
de 2002, foram melhorados todos
os pontos apontados publicamente
como menos positivos (como a
dinâmica de jogo) e desenvolvida a
IA e a versatilidade dos jogadores,
que agora reagem melhor às
diferentes situações e executam
movimentos inesperados, como
passes simulados para enganar o
adversário. Não sendo o mais fácil
dos jogos de futebol para iniciados,
é de certeza o que maior riqueza
empresta ao jogo, acompanhando
a acção com a obrigatória
dose maciça de estatísticas,
personalização (criar equipas, por
exemplo) ou mesmo os treinos
para melhorar o desempenho dos
jogadores em campo. ●
… com ‘TIF 2003’
à procura de espaço
Embora sem a fama de “FIFA” ou
os dotes de “Pro Evolution Soccer
2”, a série “This is Football” já tem
lugar cativo no mercado. Com
o grande atractivo de ser em
versão portuguesa, extensível
ao título, esta produção da
Sony (distribuição Lusomundo)
aposta na multiplicidade de
ligas, campeonatos e taças
disponíveis para contrariar o
ascendente da concorrência.
“TIF”, que inclui a liga portuguesa,
tem 15 ligas de 24 divisões,
com 49 troféus para conquistar,
permite recriar o Mundial 2002,
jogar 5 taças continentais,
competições históricas e até criar
campeonatos personalizados.
Há 700 equipas, entre clubes
e selecções, estatísticas de
jogadores, quadros de pontuação,
transferências, dez estádios
(nenhum português) e hinos de
mais de 200 clubes e selecções.
E há 13 mil jogadores reais (com
estatísticas), 115 dos mais famosos
com cara renderizada. Existe ainda
possibilidade de personalizar
as caras recorrendo a múltiplas
configurações e a 11 expressões
faciais. Com competições para de
1 a 64 jogadores, modo carreira
(acompanhar jovens à medida que
se desenvolvem como jogadores),
desafio, temporada, competição
e liga, “TIF” promete mecânica de
jogo simples e com aprendizagem
rápida. Mas, como no melhor pano
cai a nódoa, é pena que os nomes
dos clubes estejam truncados
(um Pazos de Ferreira ou um
Oporto) ou trocados pelo local
do seu estádio — Paranhos em
vez de Salgueiros, Lisboa em vez
de Benfica, Alvalade por Sporting,
Restelo por Belenenses, etc. ●
computadores .15
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