Computadores

S E G U N D A - F E I R A 1 8 N O V E M B R O 2 0 0 2 D I R E C T O R J O S E M A N U E L F E R N A N D E S E D I T O R R U I J O R G E C R U Z

PUB
O Multibanco Fiorina regressa A lentidão dos As respostas Jogos também
à mesa Capellas sai sítios lusos do Teles Cópio para o feminino
A saga da Gain em quase O presidente da HP vai Estudo comparativo Uma obra didáctica para Um novo filão para
um quarto de século nas para a WorldCom, da CompuWare ao satisfazer a curiosidade sustentar o crescimento
tecnologias de informação a CEO pôs fim ao retiro desempenho dos ‘sites’ dos pequenos das vendas de videojogos
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A PAR DA CORRIDA ÀS FREQUÊNCIAS DE RELÓGIO, SURGEM NOVAS TECNOLOGIAS

Intel ultrapassa os 3 GHz RUI JORGE CRUZ

INTEL ANUNCIOU na passada quinta-

A feira a adopção da sua tecnologia

Hyper-Threading (HT) no fabrico
dos seus novos processadores
Pentium 4 a 3,06 GHz, o que virá
permitir um maior aproveitamento dos ciclos
de relógio para a execução de instruções.
Deste modo, saem reforçadas as capacidades
multitarefa dos PC — que lhes possibilitam
correr várias aplicações em simultâneo — e,
ao mesmo tempo, é melhorado o desempenho
daquelas aplicações que foram escritas para
suportar o “multithreading”, ou seja, o multi-
processamento. Segundo a Intel, a tecnologia
HT poderá “aumentar o desempenho do PC
até 25 por cento”.
A tecnologia HT já vinha a ser usada nos
processadores Pentium 4 Xeon, destinados
aos servidores e estações de trabalho de
elevado rendimento. Agora passará a estar
disponível nos computadores de secretária
dos utilizadores comuns quando a Intel
disponibilizar — ainda antes do Natal — os
seus novos Pentium 4 a 3,06 GHz, tornados
fisicamente possível pelo recurso à tecnologia
CMOS de 0,13 micra na geração dos seus
milhões de transistores.
Mas em que consiste, mais exactamente
a tecnologia HT? Trata-se de dotar o pro-
cessador central da capacidade de executar
instruções ou sequências de instruções em
paralelo e ignorando a sequência lógico-
temporal a que está sujeita essa mesma
execução nos processadores até ➜

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
➜
aqui disponíveis. Isto permite reduzir
ainda mais o desaproveitamento dos ciclos
de relógio do processador, de forma tão mais
drástica quanto maior for a carga de trabalho
do processador.
E porque a tecnologia Hyper-Threading
constitui um “desenvolvimento adaptativo”
de algo que foi originalmente concebido para
ser a repartição de uma carga de execução por
dois ou mais processadores, o mais recente
sistema operativo da Microsoft, o Windows
XP, quando instalado num computador cujos
BIOS e “chipset” suportem a tecnologia HT
do processador, reconhece este como sendo
dois processadores — o que não será verdade
do ponto de vista físico mas não é mentira nos
planos lógico e funcional.
Por outro lado, deverá perguntar-se que
diferença a nova tecnologia HT irá fazer para
os utilizadores comuns? Muitos deles têm
ficado desiludidos com a pequena diferença
de desempenho que a maioria dos processa-
dores Pentium 4 até hoje proporcionou face
aos seus antecessores da família Pentium III
— para já não falar da comparação com os
Athlon, os modelos concorrentes da AMD.
Antes do mais, haverá que salientar
o facto de a Intel ter adoptado há poucos
meses novos “chipsets” que suportam um
barramento frontal (“bus”) de 533 MHz, o
que veio esbater muito os estrangulamentos
da arquitectura dos PC agravados ao longo
dos últimos anos, em que as memórias e os
processadores viram as frequências subir de
forma galopante.
No que respeita aos aspectos mais
palpáveis do rendimento das máquinas,
de acordo com um inquérito levado a cabo
Capellas troca HP pela WorldCom
apresentação do Compaq Tablet
A
PC em Nova Iorque, no passado
dia 6 — véspera do anúncio geral
do sistema operativo Windows
XP em versão para Tablet PC
e das primeiras máquinas desta nova pla-
taforma —, trouxe consigo o reaparecimento
público de Carly Fiorina, a “chief executive
officer” (CEO) da Hewlett-Packard, ao lado
de Michael Capellas, ex-CEO da Compaq e
presidente da nova HP. Com efeito, desde a
consumação da fusão entre a antiga HP e a
Compaq que as “despesas” de representação
pública da nova HP vinham a ser feitas
exclusivamente por Michael Capellas, tendo
Carly Fiorina sido remetida a um recolhi-
mento em termos públicos.
Tal recolhimento surgiu como natu-
ral em virtude do grande desgaste a que
o conturbado processo que antecedeu a
fusão. A vasta e insistente campanha de
contestação da aquisição da Compaq pela
HP encabeçada por Walter Hewlett, filho de
um dos fundadores da empresa, a oposição
declarada de grandes investidores — entre
os quais avultava a fundação criada por
David Packard, o outro fundador da HP — e
o cepticismo que campeava entre boa parte
da comunidade de analistas financeiros e do
sector das tecnologias de informação.
O regresso de Carly Fiorina à ribalta
— no sentido literal, pois a apresentação
foi feita no Hudson Theatre, na Broadway,
a meias com um “show” revivalista das
músicas das sucessivas décadas desde 1940,
organizado pelo lendário Dick Clark — foi,
assim, entendido como o simples virar de
página face ao agitado processo de inte-
gração das duas empresas, num contexto
de regresso à normalidade em que Fiorina
voltaria a repartir com Michael Capellas a
representação pública da nova HP. Ambos
deram mostras da maior cordialidade até
camaradagem, nomeadamente na altura
em que os espectadores foram convidados a
dançar no palco.
computadores .2
pela Harris Interactive e patrocinado pela
Intel, mais de 75 por cento dos utilizado-
res dizem realizar múltiplas tarefas nos
seus computadores “frequentemente” ou
“ocasionalmente”. Assim, jogar um jogo no
PC enquanto grava um CD parece ser uma
das combinações de tarefas mais comuns,
ao passo que “quase 50 por cento dos utili-
zadores de computadores com mais de três
anos afirmam não confiar aos seus PC mais
do que uma tarefa exigente de cada vez”.
Outro números apontados pela Intel
para quantificar os ganhos de desempenho
porporcionados pelos novos preocessadores
Pentium 4 a 3,06 GHz referem ainda que
“aplicações que correm em segundo plano,
como os antivírus, a cifragem de dados
ou a compressão de ficheiros podem ser
executadas em simultâneo” sem que o PC
dê mostras de “perder capacidade de res-
posta”. “Por exemplo, ao comprimir uma
pasta de Outlook, enquanto se executa o
WinZip, verifica-se um ganho de 35 por
cento de desempenho com o Hyper-Threa-
ding activo”. Por outro lado, o Photoshop,
da Adobe, será executado de forma “21
por cento mais rápida” ao mesmo tempo
que o VirusScan, da McAfee, corre as
pastas e os ficheiros do computador em
busca de vírus e “worms”.
O refinamento dos processos de produ-
ção — da tecnologia CMOS mas também
de outros aspectos da preparação dos meios
de fabrico dos processadores — levam os
responsáveis da Intel a afirmar que estará
assegurada a continuidade da Lei de Moore
(um dos fundadores da empresa), que estima
em 18 meses o período médio necessário para
EXPLICADO O REGRESSO DE CARLY FIORINA À RIBALTA
A semana seguinte traria, no entanto,
a verdadeira explicação para esse regresso
súbito de Carly Fiorina: é que Capellas
preparava-se para aceitar o convite para
CEO da WorldCom, uma empresa deses-
peradamente necessitada de um líder de
prestígio e que lhe permita sair do pân-
tano de gestão ruinosa e corrupta em que
se viu mergulhada. Com 47 anos, Michael
Capellas — que sucedeu a Eckhard Pfeiffer
na liderança da Compaq e procedeu a uma
profunda reorganização do então maior
fabricante mundial de computadores pes-
soais e servidores de arquitectura Intel — é
tido como um profundo conhecedor do sector
das tecnologias de informação e um dos mais
competentes executivos norte-americanos
no plano operacional.
A HP fez saber, logo na manhã de
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
a duplicação do número de transístores dos
processadores e do respectivo rendimento.
Assim, prevêem que, lá para o final da
presente década, os computadores de secre-
tária possam ter “motores” a trabalhar na
ordem dos 30 GHz e que os dispositivos
mais portáteis conterão processadores mais
“modestos”, a 5 GHz.
Mas a evolução perspectivada no “road-
map” da Intel não se limita aos milhões de
transistores e aos gigahertz. Dentro de algum
tempo, e no meio de outras inovações já em
fase de protótipo, a evolução dos próprios pro-
cessos de fabrico permitir-lhe-á embutir nos
processadores elementos emissores-recepto-
GEORGE CROSS
segunda-feira, dia 11, que Capellas abando-
nava a empresa a fim de aproveitar “outras
oportunidades de carreira” mas que não iria,
para já, arranjar substituto para ele e que os
executivos dele dependentes passariam a sê-
lo da CEO, Carly Fiorina — sinal que sugere
algum sentimento de esvaziamento de fun-
ções na sequência da fusão, motivador de
receptividade a convites de outras bandas.
Capellas divulgou também um depoimento
em que manifestou tranquilidade quanto à
sua saída, “devido ao progresso da integra-
ção, ao desempenho da HP no mercado e à
solidez da equipa de gestão”.
Os accionistas da HP é que parecem
não ter gostado da ideia, tendo as acções
da empresa acusado uma quebra de quase
10 por cento na tarde de dia 11, com alguns
analistas a duvidarem da capacidade de
res de sinais de rádio, que, trabalhando em
articulação inteligente, proporcionará conec-
tividade permanente ao computador, em
simultâneo através de mais de uma norma e
da respectiva rede.
A Intel diz ter já arrancado com a pro-
dução em volume e iniciado as primeiras
entregas dos novos Pentium 4 a 3,06GHz
respeitantes a encomendas dos distribuido-
res autorizados, dos integradores e dos prin-
cipais fabricantes de computadores pessoais
— o que deverá permitir-lhes renovar as suas
linhas de topo de gama a tempo do Natal. O
preço para o Pentium 4 a 3,06 GHz em lotes
de milhar é de 637 dólares por unidade. ●
Fiorina para levar sozinha a bom porto um
processo de fusão que, apesar de meticulo-
samente preparado, só se esgotará daqui a
vários meses. O que é certo também é que,
para outros analistas e executivos do sector,
a presença lado a lado dos dois executivos à
frente da empresa não seria sustentável por
muito tempo. George Elling, do Deutsche
Bank, declarou mesmo ao “Wall Street Jour-
nal”: “Pressenti, desde o primeiro momento,
que não seria possível coexistirem duas per-
sonalidades fortes à frente da HP.”
Carly Fiorina, por seu lado, manifestou
apoio à decisão de Capellas, declarando
que se atingira, no processo de fusão entre
a HP e a Compaq, “um ponto de transição
natural”.
A não ser que tanto Carly Fiorina como
Michael Capellas sejam refinados actores,
o seu comportamento no Hudson Theatre
pareceu ser genuinamente cordial e até
fraterno. É claro que o ambiente festivo
e revivalista era propício e o “pivot” Dick
Clark, apesar dos seus 74 anos, e os seus
artistas convidados criaram uma atmosfera
verdadeiramente envolvente em torno da
música — como um concurso de reconheci-
mento de intérpretes a partir de uma passa-
gem das canções (na foto) — e das histórias
de outrora que não deixava margem para
sinais de tensão. Numa dessas histórias,
Clark lembrou a dada altura: “Nos anos
60, para nós, sexo seguro era trancarmos as
portas do automóvel.”
Dick Clark começou a notabilizar-se na
segunda metade da década de 40 através da
organização de concertos de rock por todos
os EUA e, mais tarde, da edição de discos
dos grupos e dos artistas das diversas ver-
tentes da música popular norte-americana.
Mais tarde, na rádio e na TV, Clark deixaria
marcas indeléveis ao longo de mais de 40
anos, sendo o seu “ex-libris” o programa
musical American Bandstand, o “show” do
seu género que mais tempo durou, de 1952 a
1989. ● RUI JORGE CRUZ
 SER HUMANO é obe-
O
diente à autoridade
e isso é um problema
para desenvolver uma
“ética” moral na prá-
tica dos programadores, na incorpo-
ração nos programas informáticos
ou na própria vigilância no local de
trabalho. A base desta ideia foi apre-
sentada na quinta-feira passada por
Chuck Huff, do St. Olaf College (nos
EUA), na conferência Ethicomp
2002, que decorreu durante três
dias na Universidade Lusíada,
em Lisboa, onde foram abordadas
as implicações éticas e sociais na
transformação das organizações na
sociedade da informação.
Chuck Huff lembrou um estudo
de 1962, realizado na Universidade
de Yale (também nos EUA) pelo
investigador Stanley Milgram, onde
ele detectou que 65 por cento das
suas “cobaias” — habitantes “nor-
mais” da cidade de New Haven — se
dispuseram a dar choques eléctricos
até 450 Volts, uma descarga mortal,
como punição por um indivíduo não
responder a certas perguntas, moti-
vados por tentarem corresponder
aos pedidos da autoridade científica
presente na experiência.
Mesmo quando a suposta vítima
protestou — tratava-se de um actor,
que não recebeu qualquer descarga
eléctrica —, homens e mulheres rea-
giram de forma idêntica, embora as
mais obedientes de entre estas ficas-
sem mais nervosas do que os homens.
Muitos dos participantes discordaram
mas continuaram a infligir os supostos
maus tratos; outros tentaram iludir o
tempo da descarga eléctrica e, quando
terminaram a prova, mostravam-se
aliviados e preocupados com a saúde da
“vítima”. Alguns chegaram a criticá-la
por ela ser “tão burra”. A experiência
seria depois replicada com resultados
semelhantes noutros países.
Com isto, Huff tentou demons-
trar que “a maior parte das pessoas
obedece à autoridade, mesmo tendo
a opção de não o fazer ou de escolher
um outro caminho”. Quarenta anos
depois, o processo é idêntico: as pes-
soas — por exemplo, os programado-
res informáticos — afirmam não ser
um problema deles a questão ética:
o que lhes interessa é a eficiência
dentro da empresa e o cumprimento
dos prazos. A moral e a ética são rele-
gadas para segundo plano quando se
reclama pela baixa produtividade
em termos gerais mas o problema é
individual e empresarial.
As organizações concentram
a sua atenção e energias na efici-
ência, em seu detrimento dos seus
valores — “e esta irracionalidade
aumenta à medida que diminui”
a atenção prestada a esses valores
e que certos modelos sociais são
adoptados pelos indivíduos.
Esta atitude moral é interiorizada
pelos funcionários, que se centram
igualmente na eficiência reclamada
pela empresa, numa socialização
entre pares com o mesmo pensa-
mento, defendendo-se das questões
morais pelo “groupthink” — pen-
samento em conjunto que anula
questões incómodas e perpetua ciclos
de incompetência. O resultado? “Um
falhanço inevitável”, alerta Huff.
Neste cenário incrível mas real,
surge a necessidade de trabalhar junto
dos estudantes as questões da ética na
informática. Eles poderão entranhar
esta filosofia nos aspectos práticos da
programação futura mas, conforme
evoluem na carreira, também tendem
a adoptar uma posição conservadora e
mais consentânea com a da empresa,
SEXTA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
ETHICOMP 2002
Ética na
informática
e na
sociedade
esquecendo as questões éticas e
morais, como outros estudos revela-
ram. É humano e é um ciclo viciante.
A questão, para Huff, reside
em como contornar esta prática. É
necessária uma “imaginação ética
informada que reconheça as ques-
tões morais e como lidar com elas de
forma criativa”, “uma autodefinição
profissional que incorpore a moral
de forma significativa” e um “catali-
sador normativo que sublinhe essas
questões”. Em resumo, que os profis-
sionais da informática “adoptem o
espírito do Natal e da Páscoa” na sua
prática diária e nos seus programas.
A importância teórica é motivá-los
para pertencerem a um grupo moral
e social que incorpore naturalmente
estas questões.
Claro que a teoria é mais
fácil do que a prática. Num outro
contexto, o da vigilância laboral,
os falhanços parecem ser elucida-
tivos destas ilusões teóricas. Um
estudo de Bernard Stahl e Dervla
Collins realizado na Irlanda sobre a
vigilância patronal no trabalho e a
importância dos códigos de conduta
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
junto de responsáveis informáticos
revelou alguns dados curiosos.
A vigilância — nomeadamente do
E-mail, do acesso à Web ou das cha-
madas telefónicas — surge, por parte
da empresa, por interesse económico,
para se precaver contra possíveis
acções judiciais e constitui uma prá-
tica corrente. Do lado do empregado,
este pode ver essa acção como sinal de
um mal-estar laboral e destruidor de
uma relação de confiança.
Uma solução inteligente parecem
ser os códigos de conduta estabeleci-
dos entre as partes. Eles facilitam
a tomada de decisão por parte do
empregador, criam um quadro apa-
rentemente regulador, resolvem con-
flitos éticos e preenchem vazios legais.
No entanto, incorporam “noções
absurdas, um modelo de engenharia
ética, o ‘statuts’ ético é indefinido e
representam uma tirania da maio-
ria”, isto é, do empregador.
O estudo de Stahl e Collins visava
entender as atitudes éticas, o que está
certo e errado para os trabalhadores do
sector das tecnologias de informação
na Irlanda. Num universo de empre-
sas respondentes em que 53 por cento
tinham de 101 a 500 empregados e 45 Net mais
por cento mais de 500 funcionários, 75 para comunicar…
por cento eram privadas e as restante
entidades públicas, a utilização de O número de cidadãos
sistemas de vigilância foi assumida dos 30 países da OCDE
por 55 por cento, na sua maior parte ligados à Internet
grandes empresas. continua a crescer, pelo
50 por cento das organizações menos metade consultam-
divulga a sua política de vigilância, na diariamente mas
14 por cento não o faz e, em 36 por as compras que fazem
cento, os inquiridos não sabem se a “on-line” representarão
empresa o informou ou não — um apenas 2 por cento
dado “alarmante” mas que se prende do volume global em
igualmente com a responsabilidade 2002. Os números
de definir quem deve informar: o foram na passada
departamento de recursos humanos, semana divulgados
o de informática ou os responsáveis pela Organização
directos do funcionário? para a Cooperação
Tudo isso parece de menor e Desenvolvimento
importância quando 66 por cento Económicos (OCDE), de
dos inquiridos consideram normal que Portugal é membro
a vigilância, 63 por cento discordam fundador e que reúne três
quando o empregado não foi avisado dezenas de países, quase
e 71 por cento acham que não há todos industrializados.
invasão da privacidade quando o fun- Segundo a OCDE, trata-se
cionário foi informado. 90 por cento do primeiro conjunto
consideram mesmo que a vigilância de dados “exaustivos
deverá ser feita se o empregado esti- e comparáveis” no
ver a prejudicar a empresa. plano internacional
Em termos de código de conduta, sobre a economia da
28 por cento dos inquiridos afirma sociedade de informação.
que ele existe na sua empresa, 50 Os especialistas da
por cento não e 22 por cento não organização afirmam,
sabe se sim ou não. Dos que afirma- segundo a Agência Lusa,
ram positivamente ter esse código, que, quando as pessoas
80 por cento afirma desconhecer o com acesso à rede
seu conteúdo. Dos que o conhecem, ligam o computador, o
47 por cento considera-o útil mas 27 fazem essencialmente
por cento não sabe. para consultar e enviar
Para os investigadores irlandeses, correio electrónico, não
as conclusões é que a existência de um para fazer compras. Os
código de conduta “não tem relação números indicam que nos
directa com a sensibilização” para as países em que mais de 70
questões da privacidade. Por outro por cento dos cidadãos
lado, a criação de códigos de conduta
“fechados” numa única empresa difi-
cultam uma plataforma mais vasta
de criação de um código genérico
ligados à rede consultam
preços “on-line”, apenas
entre 20 a 40 por cento
chegam a fazer compras
para outras empresas. por via electrónica. ●
Essa questão é notória quanto
ao acesso patronal ao correio elec- … e não tanto
trónico do empregado. Houve quem para comprar
propusesse um método — já deba-
tido noutros países — segundo o
qual a empresa criaria duas contas
de E-mail, uma profissional e outra
pessoal, em que a primeira poderia
Os autores do estudo
promovido no âmbito da
OCDE assinalam que as
transacções electrónicas
ser vigiada mas a segundo não,
excepto em certos casos de litígio. Já
no sentido de desincentivar o acesso
a sítios da Web com pouco interesse
profissional, Patrícia Martins, da
Universidade Lusíada, lembrou o
não representarão mais
do que 2 por cento do
total de vendas em 2002
e quase exclusivamente
realizadas nos respectivos
mercados nacionais.
caso de uma empresa nacional que O estudo refere que
todas as noites faz o levantamento mais de 80 por cento
individual dos sítios acedidos por cada das empresas em
um dos seus funcionários, imprime-a vários países da OCDE
e coloca-a na secretária respectiva utilizam a Internet mas a
como forma de desincentivar o acesso percentagem varia muito
a sítios menos “laborais”. segundo o país e o tipo de
Tudo isto surge num momento empresa. O investimento
em que as questões são mais do das empresas em
que as respostas. Por exemplo, a 29 tecnologias de informação
de Outubro, a Comissão Nacional e comunicação
de Protecção de Dados considerou, foi o componente
numa declaração sobre “o tratamento “mais dinâmico” dos
de dados em centrais telefónicas, investimentos globais na
o controlo do E-mail e do acesso à última década, passando
Internet” ( http://www.cnpd.pt/bin/ de menos de 10 por cento
princitrabalho.htm ), serem “nulas no início dos anos 80 para
todas as provas obtidas mediante 35 por cento em 2000,
abusiva intromissão na vida privada, assinalam os especialistas.
no domicílio, na correspondência ou A criação de emprego no
nas telecomunicações” e que “o domi- sector cresceu ao ritmo
cílio e o sigilo da correspondência e dos de 4 por cento ao ano,
outros meios de comunicação privada qualquer coisa como
são invioláveis”. No entanto, acabava quase três vezes mais
por recomendar alguns “princípios a que no conjunto de todas
adoptar pelas entidades empregado- as áreas, concluem os
ras” em relação ao E-mail e à Internet autores do estudo. ●
que ignoravam as próprias considera-
ções da lei. ● PEDRO FONSECA
computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O

COMPUWARE ANALISOU ESPAÇOS PORTUGUESES NA INTERNET DE DIVERSAS ÁREAS

Lentidão afecta 71,4

por cento dos sítios
ZigBee Alliance
O
APARECIMENTO DO BLUETOOTH na área da conecti-
vidade sem fios teve, pelo menos, o mérito
de habituar o público a nomes exóticos
para tecnologias novas. Assim, ninguém
irá achar muito estranho que a próxima
moda no “wireless” doméstico de baixo débito tenha o
nome de “ZigBee”. O nome vem, segundo os proponen-
tes da nova norma, da dança — em forma de ziguezague
— que as abelhas fazem para comunicar entre si.
Quando os autores da ideia se chamam Philips, Invensys,
Mitsubishi, Motorola e Honeywell, é porque por detrás
do imaginativo nome deverá estar alguma solidez tec-
nológica. Na verdade, o trabalho da aliança poderá ter
um efeito revolucionário na forma como os dispositivos
domésticos poderão vir a comunicar no futuro. O tra-
balho da aliança centra-se especificamente na criação
de uma norma para comunicações de baixo débito via
“wireless”, de muito baixo consumo. Tão baixo, aliás, que
o objectivo é que um par de pilhas AA seja tudo o que
um dispositivo ZigBee necessite para funcionar de seis
meses a dois anos.
Teclados e ratos “wireless” são óbvios candidatos à utiliza-
ção da nova norma, em substituição das soluções actuais,
que muitas vezes obrigam à mudança de pilhas passado
pouco mais de um mês. Mas é expectável que também
os telecomandos possam utilizá-la, em substituição dos
infravermelhos que usam actualmente mas que têm a
suporta essa demora volta a visitar

desvantagem de não ultrapassar obstáculos físicos.
Com um ritmo máximo de transmissão de 250 Kbps,
ZigBee não é uma norma que ameace as redes sem fios
actuais, com ritmos habituais acima dos 11 Mbps.
Não ameaça sequer o Bluetooth, que funciona a 1 Mbps.
Pode, contudo, funcionar a distâncias muito maiores do
que esta última (até 75 metros), o que abre a porta a
aplicações de controlo “wireless” em fábricas e armazéns.
Mercê de uma rara colaboração desde a origem entre um
consórcio da indústria e um organismo de normalização,
ZigBee poderá ser invulgarmente bem nascida, no sen-
tido em que, logo que surgir como norma, terá produtos
com ela compatíveis no mercado. Espera-se que venha a
ser ratificada nos primeiros meses de 2003, com os pri-
meiros produtos a surgirem até meados do ano.
Oficialmente, poderá vir a ser conhecida como IEEE
802.15.4, um nome certamente menos interessante
do ponto de vista comercial mas que tem, contudo, a
chancela oficial do Institute of Electrical and Electronics
Emgineers (IEEE), o organismo que tem coordenado a
normalização na área das redes locais fixas e “wireless”.
Do ponto de vista tecnológico, ZigBee usa a mesma
frequência de transmissão que outras normas sem fios
(Bluetooth e 802.11), o que levanta a dúvida de vir a
interferir com estas — hipótese que os autores da norma
rejeitam, uma vez que a eliminação de interferências é
um dos objectivos explícitos do projecto.
Uma rede criada com base em ZigBee pode ter até 255
nós (dos quais um é considerado o “mestre”), o que possi-
bilita, num cenário de automação doméstica, a existência
de um computador central que comanda um conjunto
de outros dispositivos — desde alarmes à iluminação ou
a sistemas de aquecimento. O risco do aparecimento de
produtos baseados em ZigBee é que os consumidores
comecem a ficar confusos com tantas normas “wireless”,
com finalidades aparentemente semelhantes, e acabem
por se retrair até que as leis de mercado decidam quem
sobreviverá. Mas o baixo consumo e o cuidado colocado
na sua elaboração — com a segurança a ser pensada de
raiz, por exemplo — poderão fazer de ZigBee um caso
sério de sucesso. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
O
S SÍTIOS PORTUGUESES
na Web continuam a
ser lentos e a possuir
algumas deficiências tivamente um serviço de compras na
que afectam a navega-
bilidade dos utilizadores. No último
ano, os sítios na Web relativos ao
sector financeiro e a banca “on-line”
registaram algumas
melhorias, mas o ISABEL GORJÃO SANTOS
mesmo não se pode
dizer da área das telecomunicações.
Há ainda uma percentagem muito
elevada (71,4 por cento) de sítios
portugueses demasiado lentos. Estes
são os resultados de um estudo efec-
tuado pela Compuware, empresa que
desenvolve e comercializa soluções
empresariais para melhorar a produ-
tividade das aplicações.
O estudo, realizado pelo terceiro
ano consecutivo, baseou-se na análise
de mais de uma centena de “sites”. Para das telecomunicações demasiado
tal, a empresa utilizou a Webcheck,
uma solução para fazer testes a sítios
na Internet que analisa diversos parâ-
metros e detecta cerca de 50 potenciais que se refere aos ISP e portais, 66,5
falhas, gerando relatórios e gráficos.
De acordo com o relatório agora
apresentado sobre a qualidade dos
sítios portugueses, a percentagem
de demasiado lentos aumentou desde
Janeiro de 2001, de 65,5 por cento
para 71,4 por cento, considerando
a Compuware que 20 segundos é o
tempo máximo que um cibernauta
demora a abandonar uma página que
não abre. Adiantam os responsáveis
da empresa que cerca de metade dos
utilizadores abandonam a página que
pretendem consultar no caso de esta
demorar a aparecer no ecrã mais de
20 segundos. Para além disso, apenas
um em cada quatro utilizadores que
a página que o fez esperar tanto e
um décimo decide abandonar defini-
Internet se, na primeira vez, a tran-
sacção não for rápida e eficaz.
No que se refere à morosidade no
acesso aos “sites”, a situação agravou-se
em todos os sectores
incluídos no estudo
— área financeira,
telecomunicações, distribuição, admi-
nistração pública — com excepção dos
fornecedores de acesso à Internet (ou
Internet Service Providers ou ISP) e dos
portais, que mantiveram níveis idênti-
cos aos registados no início de 2001.
Quanto ao sector das teleco-
municações, adianta o estudo da
Compuware, a lentidão duplicou de
Janeiro de 2001 a Outubro de 2002.
A percentagem de “sites” do sector
lentos é de 90,3 por cento, valor que
desce para 86,5 no caso dos sítios de
distribuição, para 80,7 por cento no
por cento na administração pública e
55,8 por cento no sector financeiro.
Neste último caso, foi considerada
à parte a banca “on-line”, uma das
novas áreas analisadas neste estudo,
a par das viagens e do desporto.
Um outro problema apontado pelo
estudo da Compuware é a falta de
actualização dos “sites” e, neste caso,
são 9,7 por cento os que não tinham
sofrido qualquer alteração nos últimos
seis meses. Ainda assim, este valor
representa uma melhoria em relação a
2001, em que a percentagem de sítios
sem actualização era de 12,4 por cento.
Em 7,6 por cento dos “sites” verifica-se
um mau funcionamento das ligações
(“links”) internas, que transportam o
utilizador de uma página para outra, e
também esta situação piorou em com-
paração com 2001, em que a percenta-
gem era de 4,5 por cento.
Analisando os problemas verifi-
cados por cada área, a Compuware
concluiu que, no sector financeiro,
duplicou de 2001 para cá o número
de sítios lentos e a ruptura de “links”
internos. Quanto aos fornecedores
de acesso à Internet e aos portais, a
situação melhorou no que se refere às
páginas lentas (de 33,6 para 26,2 por
cento), às páginas antigas (de 8,8 para
0,5 por cento) e à ruptura de “link”
internos (de 1,2 para 0,7 por cento).
No sector das telecomunicações,
a situação piorou no que respeita à
rapidez dos “sites” e aos atributos das
páginas. As páginas desactualizadas
são agora menos, melhorando de 18,7
por cento, no estudo anterior, para
2,5 por cento neste último.
Nos sítios da administração pública
também diminuiu a quantidade de
páginas desactualizados, de 8,5 para
6,5 por cento, embora a lentidão seja
uma característica de 12,5 por cento dos
sítios — índice que aumentou face ao
estudo anterior (11,8 por cento). Quanto
à banca “on-line”, adianta o estudo da
Compuware que as deficiências mais
detectadas são as perdas de atributos
(73 por cento), a que se seguem as
páginas lentas (11,4) e a ruptura de
“links” internos (9,2). Quanto aos sítios
de viagens, as páginas lentas são 12,5
por cento e as desactualizadas 8,3, per-
centagens inferiores às verificadas na
área do desporto, em que 24,5 por cento
dos “sites” são demasiados demorados e
13,5 por cento não estão devidamente
actualizados. ●

computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
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computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
 MCKINNON TERÁ C AUSADO PREJUÍZOS NA ORDEM DOS 900 MIL DÓLARES

EUA pedem extradição

de ‘hacker’ britânico
MINISTÉRIO PÚBLICO dos EUA montante de 1,75 milhões de dólares e a

O acusou, na passada terça-feira,

um cidadão britânico de ter
atacado cerca de uma centena
de redes de computadores
utilizadas pelas forças armadas norte-ame-
ricanas e pela NASA. O acusado é Gary
McKinnon, de 36 anos, um programador
informático no desemprego que vive em
Hornsey, a norte de Londres, e que poderá
agora enfrentar um processo de extradição.
Os prejuízos causados por este “hacker”, no
último ano, foram estimados em cerca de
900 mil dólares.
De acordo com a acusação, Gary McKin-
non, terá roubado “passwords”, apagado
ficheiros, monitorizado o tráfego e desacti-
vado redes de computadores nas mais varia-
das bases militares, do Connecticut a Pearl
Harbor (ver mapa junto).
O “hacker” britânico impossibilitou
ainda o acesso à Internet por parte de
milhares de funcionários da região mili-
tar de Washington, durante três dias, de
acordo com a acusação federal presente em
tribunais de Virgínia e New Jersey. No rol
de acusações, constam ainda ataques aos
sistemas informáticos da agência espacial
norte-americana NASA, da Universidade
do Tennessee, de uma biblioteca pública
em Bethlehem, na Pennsylvania, e de
algumas empresas. A acusação irá apelar
à extradição de McKinnon, que poderá
ser condenado a pagar indemnizações no
70 anos de prisão.
McKinnon terá penetrado em 92 sistemas
informáticos de 14 estados norte-americanos,
entre Março de 2001 e Março de 2002. Depois
de conseguir entrar nos computadores, o
“hacker” terá usado um “software” chamado
RemotelyAnywhere para monitorizar o trá-
fego na rede e apagar ficheiros. Adianta a acu-
sação que, depois de capturar as “passwords”
dos utilizadores, McKinnon destruía ficheiros
críticos que impediam o computador de fun-
cionar. Os danos causados na base naval de
New Jersey terão chegado aos 300 mil dólares,
de acordo com a acusação.
O ataque informático alegadamente
levado a cabo por McKinnon é já descrito
como o maior de todos os tempos contra
sistemas militares. A sua advogada, Karen
Todner, adiantou que McKinnon foi acusado
pelas autoridades britânicas mas que estas
decidiram permitir que as suas congéneres
norte-americanas dessem início ao processo
de extradição. “Podemos presumir que exis-
tem motivações políticas por detrás deste
processo, com o propósito de fazer do caso de
McKinnon um caso exemplar”, disse Karen
Todner, opondo-se a qualquer extradição.
Quanto ao tipo de dados a que McKinnon
terá acedido, as autoridades norte-ameri-
canas adiantaram que alguma informação
“sensível” poderá ter sido lida mas que o
“hacker” não acedeu a nenhuma informação
confidencial. ●

virose

Novas versões do Oror…

Surgido na semana passada, o Oror (também conhecido
por Roron) já tem muitas variantes, dependendo a sua
contabilidade do editor de “software” antivírus: a Norman
fala em nove variantes, enquanto a Panda Software registara
oito até sexta-feira. Esta empresa apresenta mesmo o “worm”
como de alto risco, podendo apagar todos os ficheiros do
disco do computador afectado bem como de todas as
unidades de rede acessíveis a partir deste.
Como se viu na semana passada, o Oror propaga-se
não só através de E-mail, explorando a falha Mime do
Internet Explorer, mas também do mIRC, da rede KaZaA,
das partilhas de rede e das unidades mapeadas. A grande
dificuldade na sua identificação, se o computador não
estiver protegido com bases de dados actualizadas dos
registos dos vírus, reside no facto de a mensagem usada
ser construída de forma totalmente aleatória.
Segundo a Panda, os títulos mais usados na mensagem são
“Yahoo! Toolbar” e “Virus Alert”. Os textos vão desde um falso
alerta ao próprio vírus em nome da McAfee e o anúncio
de uma “toolbar” do Yahoo, até uma série de textos com
um começo semelhante — “Hey, whatz up :)) Where are
you? Don’t you chat any more? I haven’t seen you so long.”
— e que variam entre o contar de anedotas e “mails” mais
personalizados, passando por outras mensagens, em várias
línguas, alegadamente da WinAmp, da Panda, da Microsoft
ou da Yahoo a enviar um cartão de parabéns.
Quanto aos ficheiros anexos, os
mais frequentes são os [TNT]Gen.exe,
Yahoo!Toolbar.exe, IE_0276_Setup.exe, Iguana1.0_
Skin.exe, Yahoo!Autumn.exe, Blondes.exe, IE50_032.exe,
IE_0274_BG.exe, Yahoo!Tomcats.exe e Yahoo!Chess.exe.
Segundo a McAfee, na rede KaZaA, o “worm” utiliza ficheiros
com os seguintes nomes para se propagar: Password
Recovery v4.5.exe, Star Craft 2 Trailer.exe, WWF!!_The_
ROCK(sHOw).exe, cRedit CarDs gEn v1.2.exe, WinZip 8.2
(Cracked).exe, GTA 3 Bonus Cars.exe, Eminem Desktop.exe,
DMX tHeMe (full).exe, NFS 5 Bonus Cars.exe, Counter Strike
1.5 (Editor).exe, Madonna - My Life (Review).exe, DivX 5.4
Bundle.exe, KaZaA Media Desktop v1.8.3.exe, Win XP key
gen 2.1B.exe e Serials 2002 Update.exe.
Ainda segundo a McAfee, o Oror substitui o conteúdo
de uma série de ficheiros do mIRC (Mirc.ini, Remotes.ini,
Controls.ini, Versions.ini, Notes.ini, Url.ini e Version.ini) de
modo a criar um “bot” do IRC que permite a um intruso
usar o computador atacado para executar funções
como ligar-se a canais do IRC, carregar ou descarregar
ficheiros, iniciar um ataque do tipo “denial of service”,
aceder a sítios na Web ou desencadear um
envio em massa por correio electrónico
do próprio “worm” utilizando um
servidor de SMTP.
De acordo com a
Norman,
o propagação. ● JOSÉ
Oror só apaga ficheiros em certas datas, que diferem
conforme as variantes: dias 9, 19 e 29 de cada mês na
versão A; 9 e 19 na variante B; 25 nas variantes B, E e F; 19
na D; e 29 nas variantes G, H e I.
... e também do Opaserv
A nova variante do Opaserv (H, J ou K consoante a
empresa de programas antivírus) mantém as mesmas
características das anteriores, chamando-se o ficheiro que
ele cria Instint.bat. Também como antes, esta variante
do Opaserv tenta descarregar actualizações de um sítio
da Web (que, entretanto, já deve ter sido desactivado), o
www.instituto.com.br.
A existência de infecção local — se o “worm” foi executado
no computador local — pode ser
detectada pelos ficheiros Gustav.sap,
Institu.bat ou Institu na raiz da unidade
de disco C. Se a infecção tiver ocorrido
através da rede, só existirá o ficheiro
Institu na raiz de C. Como nas anteriores
variantes do Opaserv, esta mantém a
característica de não destrutividade, apesar
da sua muito fácil
DOUTIL

OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 18 Dia 19 Dia 20
WM/Eraser.A:Tw, VBS/ WM/Eraser.A:Tw, Tribute.A;B, WM/MDMA.C;D;H, WM/
SWVK.ow.gen, W97M/Yous, W95/Firkin.worm, W97M/ Eraser.A:Tw, Gurre.A, AOS.A,
W97M/Chameleon.a Assilem.H, W97M/Yous W32/Urick@MM, VBS/
Gaggle@MM, JS/Gigger.a@MM,
W97M/Bablas.aj, W97M/Erab,
W97M/Yous, VBS/Count,
VBS/Baracu.A@mm, VBS/
Loveletter.ar, X97M/Anis,
X97M/Hopper.r, W97M/Mck.e
Dia 21 Dia 22 Dia 23 Dia 24
WM/MDMA.C;D;H, W97M/Yous WM/MDMA.C;D;H, W97M/Yous WM/MDMA.C;D;H, WM/ WM/MDMA.C;D;H, WM/
ANGUS.A, WM/ANGUS.A, CONCEPT.L;M, WM/ANGUS.A,
TRASHER.D, WM/Niknat.A, W97M/Bablas.aj
W97M/Melissa.o@mm, W97M/
Bablas.aj, VBS/Valentin@MM,
VBS/San@M, WM/NOMVIR.A;B

S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2 computadores .7
 RA PARA ser apenas
E
dica
um passatempo
mas acabou por
se tornar num
Pastas comprimidas dos maiores
fornecedores de termi-
no Windows XP (1) nais de ponto de venda
— mais conhecidos pela
Uma novidade muito prática do sistema sigla inglesa POS (“point
operativo Windows XP é a introdução das pastas of sale”) — para a rede
comprimidas (ou “zipadas”) ao nível do sistema- Multibanco, da Sociedade
base. Esta funcionalidade é bastante semelhante InterBancária de Serviços
à do utilitário WinZip (um “shareware” (SIBS). Passados 24 anos,
largamente utilizado), faltando-lhe, basicamente, a Gain já ultrapassou a
a opção de criar ficheiros executáveis e a barreira de um milhão de
possibilidade de definir diferentes níveis de contos de facturação e pre-
compressão. para-se agora para lançar
Já no Windows ME existia esta função mas o seu primeiro terminal de
como opção adicional, não sendo instalada ponto de venda portátil e
por omissão numa instalação típica do sistema sem fios.
operativo. Também o Microsoft Plus! 98 incluía a Além dos terminais
mesma funcionalidade. No Windows XP, as pastas para pagamento automá-
comprimidas aparecem, quer no Explorador, quer tico de bens ou serviços, a
no Ambiente de Trabalho, por exemplo, com o Gain dedica-se também ao
ícone de uma pasta — a duas dimensões, não projecto, desenvolvimento,
em perspectiva, como é o novo ícone das pastas montagem e comerciali-
no XP — com um fecho de correr. zação de parquímetros e
Estas pastas são tratadas de forma especial pelo de máquinas para venda
sistema. Por um lado, são ficheiros normais, com automática de bilhetes.
a extensão .zip, aparecendo arrumados no meio Produziu igualmente o
dos ficheiros e não entre as pastas. Por outro, Netpin (na imagem da
podem ser abertos dentro do próprio Explorador, caixa ao lado), um ter-
permitindo ver e alterar o seu conteúdo, não minal para utilização do
sendo, pois, necessário abrir nenhum outro cartão Multibanco com
programa para lidar com estes ficheiros. o computador pessoal,
Quando se abre uma pasta comprimida, no lançado no ano 2000 sob
modo de visualização típico do XP, a janela terá o “slogan”: “O Multibanco
um aspecto semelhante ao da imagem junta: à em casa”.
direita, aparece a listagem dos ficheiros incluídos Ideal para a realização
na pasta e, à esquerda, estão as funções que se segura de pagamentos
pode aplicar aos mesmos, bem como algumas através da Internet, o
informações. A área Detalhes mostra o tamanho Netpin entusiasmou na
do ficheiro comprimido, se não houver nada altura várias empresas,
seleccionado do lado direito ou, caso haja incluindo lojas virtuais, e
ficheiros seleccionados à direita, a sua dimensão vários uti-
real. lizadores. R I TA H A S S E
Há, no essencial, dois caminhos possíveis para Mas nunca
a criação de pastas comprimidas (ou ficheiros chegou a ter uma grande
zip, como já se viu). O primeiro é semelhante difusão, sobretudo por
à criação de uma pasta normal, através do falta de aposta por parte
comando Novo/Pasta Comprimida (Zipada), da comunidade bancária
o que cria uma pasta vazia à qual se poderá (ver caixa). Lançado há
depois acrescentar ficheiros ou pastas que serão, apenas dois anos com
automaticamente, comprimidos. bastante expectativa, o
O segundo é através da selecção dos ficheiros Neptin “foi um produto
que se pretende comprimir, escolhendo-se inovador que nasceu de
então o comando Enviar Para/Pasta Comprimida uma colaboração estreita
(Zipada) no menu Ficheiro ou, dando um clique entre a Gain e a SIBS, que
com o botão direito do rato sobre os objectos identificaram esta oportu-
seleccionados, no menu que então aparece. Com nidade de mercado”, disse
este método, é criado um ficheiro zip na mesma a Computadores Teresa
pasta onde estão os ficheiros seleccionados e Mendes, responsável pelo
com o nome do primeiro daqueles. ● JOSÉ DOUTIL “marketing” do lança-
mento do Netpin.
Com “um procedimento
completamente seguro e
reconhecível pelo utili-
zador”, por ser igual ao
utilizado para realizar
pagamentos nos POS das
lojas, o Netpin poderia
ajudar a acabar com os
receios em torno do comér-
cio electrónico. Além disso,
tinha a seu favor a credi-
bilidade da marca Multi-
banco e a grande difusão
dos cartões de débito em
Portugal. O Netpin oferece
maior segurança porque a
comunicação do código, que
naturalmente é criptogra-
fada, vai directamente do
aparelho para a rede Mul-
tibanco, passando apenas
por uma página especial
mantida pela SIBS, que
serve de interface.
A Gain foi criada
em 1978 por Domingos
Rio Tinto, director-geral
da empresa e seu sócio
maioritário. A trabalhar
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
na RTP desde os 18 anos
ANDRÉ RUIVO
e entretanto formado
em Engenharia Electro-
técnica pelo Instituto
Superior Técnico (IST),
de Lisboa, decidiu fundar
uma pequena empresa,
apenas “como ‘hobby’”. Os
primeiros trabalhos foram
na área das fontes de ali-
mentação sem falhas (que
asseguram o fornecimento
de energia ininterrupto a
sistemas que não podem
parar) e, até 1990, a Gain
desenvolveu, por enco-
menda, diversos tipos de
sistemas e soluções na
área da electrónica. “Fazí-
amos um pouco de tudo
e aprendemos bastante”,
contou a Computadores
o sócio-fundador e direc-
tor-geral. “O projecto
Gain era para continuar
como actividade paralela,
mas fomos um bocadinho
ultrapassados pelos acon-
tecimentos”, considera
Domingos Rio Tinto.
É que, em meados da
década de 80 “apareceu em
Portugal uma entidade, a
SIBS, e uma rede [o Mul-
tibanco] que necessitavam
de equipamentos para o
pagamento electrónico”,
refere o director-geral. Foi
então estabelecida uma
parceria de desenvolvi-
mento com a SIBS-Socie-
dade InterBancária de
Serviços, para a concepção
do primeiro terminal de
ponto de
FERREIRA venda da
Gain, que
surgiu em 1989. O paga-
mento automático já havia
sido introduzido pela SIBS
dois anos antes, com um
terminal de origem fran-
cesa mas num número
restrito de lojas.
Os primeiros mode-
los eram propriedade da
SIBS, que desenvolveu
o “software”. Em colabo-
ração com a sociedade
interbancária, a Gain con-
cebeu e produziu, de raiz,
o “hardware” — chegando UMA GAIN ESPECIALIZ
mesmo a realizar “in-
house” a montagem dos
componentes electrónicos
nas respectivas placas.
As versões mais actu-
ais dos terminais de ponto
de venda já são inteira-
mente desenvolvidas e
O Multiba
produzidas pela equipa
de engenharia da Gain a terceiros e a reven- configuração dos produtos.
— que, entretanto, reduziu der. “Ser gerida por um Um exemplo é a produção
as operações de fabrico à engenheiro [o fundador e de terminais de ponto de
montagem dos terminais, director-geral] e não por venda específicos para o
subcontratando a produção um comercial” é também BPI, da cor azul que faz
de placas e dos restantes relevante, defende, por parte da imagem daquela
componentes electrónicos seu lado, o responsável de entidade bancária e com
e electromecânicos. Já o desenvolvimento da Gain, o logotipo da instituição
“design” que veste os ter- Carlos Magalhães. Ambos — um pedido do cliente,
minais de ponto de venda é consideram que a empresa que, apesar de fazer subir
feito em parceria com duas possui um “know-how” os custos de produção, per-
empresas portuguesas de especializado em engenha- mite à Gain diferenciar-se
moldes, do grupo Ibero- ria de “hardware” e de “sof- da concorrência.
moldes. A comercialização tware”, que lhe permite ter Na área dos terminais
é feita através de quatro produtos melhores que os de pontos de venda, a
distribuidores. da concorrência, nomeada- aposta da Gain vai agora
Para o director-geral, mente “mais bem adapta- para o novo POS Europa,
a longevidade da Gain dos ao utilizador”. o primeiro modelo portátil,
poderá ser atribuída ao Por outro lado, e face sem fios, que vai permitir,
facto de se tratar de “uma à concorrência, a Gain por exemplo, que o Multi-
empresa que faz” e que oferece aos clientes uma banco passe a “ir à mesa”
não se limita a comprar maior versatilidade na num restaurante, em vez

ZADA EM MEIOS DE PAGAMENTO ELECTRÓNICO
anco vai à mesa
de ser o cliente a levantar-
se para pagar no terminal
que se encontra no balcão.
Trata-se do primeiro ter-
minal monobloco, ou seja,
em que tanto o comerciante
como o cliente utilizam o
mesmo teclado na tran-
sacção — situação que só
há pouco tempo foi auto-
rizada pela SIBS —, ideal
para todas as situações em
que a portabilidade ou a
utilização de comunicações
móveis seja importante ou
mesmo necessária. O novo
terminal de ponto de venda
POS Europa deverá estar
pronto para comercializa-
ção no início de 2003.
“Temos muita espe-
rança neste produto”,
admite Domingos Rio
Tinto, até porque “não
há concorrência directa”.
Estão previstas três
versões: GSM, DECT e
também com fios, podendo
o módulo de comunicações
móveis ser substituído por
um modem para ligação
através da rede telefónica
fixa. Uma das vantagens
da tecnologia móvel DECT
— de “prolongamento” da
linha telefónica através de
rádio, usada nos telefones
fixos sem fios que se usa
a nível doméstico — é a
possibilidade de ligação
de vários terminais POS
em rede, podendo assim
o comerciante dispor de
vários terminais mas utili-
zando apenas uma ligação
telefónica.
Este não será o pri-
meiro POS da Gain a
poder funcionar com a
rede móvel GSM: os termi-
nais mais recentes, como
o Futura ou o TPG-01
— ambos com impressora
integrada — podem ser
alimentados através do
isqueiro do carro e funcio-
nar com alguns modelos de
telemóvel. Estão também
preparados para os novos
cartões dotados de “chip”,
que deverão começar a ser
emitidos pelas entidades
bancárias já a partir de
Janeiro de 2003.
As máquinas para
venda automática de
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
bilhetes da Gain podem
ser encontradas nos eléc-
tricos rápidos de Lisboa.
E também em muitas uni-
versidades, sobretudo no
Norte do país, para venda
de senhas de cantina.
Neste caso, e a pedido
do cliente, o pagamento
é feito exclusivamente
através de Porta-Moedas
Multibanco (PMB) por
motivos de segurança.
A Gain aposta também
na sua nova geração de
dispensadores de bilhetes
com ecrã táctil — mais
versáteis porque mais
facilmente configuráveis
para novas utilizações e
outras funcionalidades.
Para as autarquias, a
Gain lançou há cerca de
dois anos os seus primei-
ros parquímetros, tendo a
funcionar cerca de 600 uni-
dades em Lisboa e cerca de
uma centena em Loures.
Este produto colocou à
equipa de engenharia da
Gain — composta actual-
mente por seis engenheiros
— uma série de desafios ao
nível da concepção: entre
outras coisas, o equipa-
mento tem de ser à prova
de chuva, de vento e de
vandalismo; a alimenta-
ção é obrigatoriamente a
energia solar; a ranhura
de saída do “ticket” tem
de estar protegida por uma
portinhola, de forma a que
este não seja levado pelo
vento após a impressão
e antes de o utilizador o
apanhar.
A empresa está a
investir actualmente no
desenvolvimento de um
novo modelo melhorado
— “o melhor parquíme-
tro do mundo”, segundo
Domingos Rio Tinto. E tem
sido abordada por poten-
ciais clientes da América
Latina. Por enquanto, só
os terminais de ponto de
venda têm sido vendidos
além-fronteiras, concreta-
mente para Cabo Verde,
Angola e Moçambique. A
participação da Gain na
mostra “Portugal Indus-
trial” em São Paulo, no
Brasil (promovida pelo
ICEP-Investimentos,
Comércio e Turismo de
Portugal em Setembro
último), abriu “boas pers-
pectivas” de entrada no
mercado brasileiro.
“Vamos fazer um
esforço” no sentido de uma
maior internacionalização
— adiantou o director-
geral a Computadores —,
o que vai exigir uma maior
adaptação tecnológica dos
produtos às características
e regras de homologação
dos diferentes países. É
que se, em Portugal, há
apenas uma rede interban-
cária (gerida pela SIBS),
no Brasil, por exemplo,
existem quatro — refere
Carlos Magalhães. O res-
ponsável pelo desenvol-
vimento na Gain lembra
também que, “para entrar
em cada mercado, é preciso
percebê-lo muito bem”. ●
Usar o cartão bancário no PC
“O Netpin é um equipamento que passou à história”,
admite o director-geral da Gain. Domingos Rio
Tinto considera, no entanto, que “continua a ser um
equipamento interessante”. O Netpin é um “pinpad”,
semelhante aos dos POS. Ou seja, é um aparelho com
uma ranhura para passar o cartão, de débito ou crédito, e
um teclado onde o utilizador deverá digitar o seu código
(ou número de identificação pessoal, o chamado “pin”).
Liga-se a uma porta-série do computador pessoal e
permite fazer em casa, através da Internet, as operações
disponíveis na rede de caixas Multibanco, bem como
compras “on-line” nas lojas aderentes.
Segundo Domingos Rio Tinto, a Gain vendeu até hoje
alguns milhares de unidades do Netpin, nomeadamente
a escritórios de advogados, que usam este aparelho, por
exemplo, para o pagamento de custas judiciais através
da Internet. A Fnac “On-line” e a Giganetstore foram
duas das lojas que aderiram logo ao Netpin. No âmbito
da iniciativa Aveiro-Cidade Digital, o aparelho começou
a ser vendido a cerca de 50 euros. Esse era também o
preço praticado pela Giganetstore, que, no entanto,
devolvia esse valor ao fim de um determinado montante
realizado em compras — e assim se venderam 2500
unidades do Netpin em dois meses. Outras empresas,
como a Compaq, manifestaram interesse em oferecer
o equipamento no âmbito de campanhas especiais,
conta Teresa Mendes, responsável pelo “marketing” do
lançamento do Netpin.
O que é facto é que muitos pedidos de adesão de lojas
“on-line” interessadas no sistema acabaram por ficar sem
resposta, na SIBS. Teresa Mendes acredita que por “falta
de vontade da comunidade bancária”, que viu no Netpin
um concorrente aos próprios portais da banca na Web,
à banca “on-line” e a outras soluções de pagamento via
Internet entretanto introduzidas — a mais recente das
quais será o MBNet. Até à hora de fecho desta edição,
não foi possível obter da SIBS qualquer informação ou
posição sobre este assunto.
A responsável pelo “marketing” do Netpin acredita,
contudo, que “hoje poderia haver, de novo, espaço
para este produto”. Até porque a SIBS parece já ter
resolvido um dos problemas, que era a disponibilização
de números para entidades comerciais — pois o
número de entidade, indispensável no pagamento por
Multibanco, só estava disponível para o pagamento de
serviços. ● R.H.F.
Gain - Grupo de Apoio
à Indústria Nacional, Lda.
Data da criação: 1978
Origem dos capitais: privados nacionais
Actividade: projecto, desenvolvimento e
comercialização de produtos electrónicos na área dos
meios de pagamento
Principais produtos: POS (terminais de pontos de
venda para pagamento automático)
Nº de empregados: 40
Média de idades: 33 anos
Cotada em Bolsa: Não
Facturação em 2001: 5,3 milhões de euros
Crescimento médio últimos 3 anos: 10 por cento
Internacionalização: 10 por cento da facturação
URL: http://www.gain.pt
computadores .9
computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2

PORTO EDITORA RESPONDE ÀS PERGUNTAS DOS MAIS NOVOS
O Professor Teles Cópio
e a idade dos ‘porquês’
MÃE, POR QUE É QUE CHOVE?
Ó
E por que é que crescemos?
Ó pai, as folhas são verdes
por serem do Sporting
e o céu é azul por causa
do Porto? Como é que funciona o com-
putador? E por que é que apanhamos
choques eléctricos? Se o tom destas per-
guntas lhe parece familiar e se já muitas
vezes ficou sem resposta perante uma
catadupa de “porquês”, então a Porto
Editora acaba de lançar um título mul-
timédia capaz de dar
uma grande ajuda. “O ISABEL GORJÃO SANTOS
Professor Teles Cópio
Explica os Porquês” permite, de uma
forma divertida, obter respostas simples
e adequadas às perguntas pertinentes
dos mais pequenos — e não só.
Com centenas de “porquês” rela-
cionados com o Universo, a natureza,
pessoas, animais, a história, a tecnologia
e outras curiosidades e coisas do dia-a-
dia, o mais recente título da colecção “O
Professor Teles Cópio” permite aprender
coisas novas de forma muito divertida.
Os desenhos coloridos, textos simples,
alguns jogos para os momentos mais des-
contraídos e um estúdio com desenhos
para pintar fazem com que os “porquês”
se transformem numa brincadeira que os
mais novos vão querer experimentar.
Com o professor Teles Cópio, ficamos a
saber que o céu é azul porque a luz branca do redes de computadores que se comunicam
Sol — composta por várias cores — se altera
ao cruzar-se com a atmosfera terrestre,
constituída por gases, água e outros mate-
riais. “À medida que a luz passa através da
atmosfera, as cores com comprimentos de
onda maiores [cores vermelhas] não sofrem
grandes desvios e a maior parte da luz com
menor comprimento de onda [cores azuis]
é absorvida pelas moléculas dos diferentes
gazes. A luz azul absorvida por estas molé-
culas é difundida e espalhada em diferentes
direcções, e por isso é que o céu é azul”.
Ensina ainda o professor Teles Cópio
que “é a clorofila que, sendo de cor verde
e existindo em grandes quantidades,
confere a cor verde às folhas das plantas
e das árvores”, e que “a chuva forma-
se quando o vapor de água condensa,
criando minúsculas gotas”.
Mas esta é apenas uma pequena parte
das perguntas a que o professor Teles Cópio,
um divertido personagem de bigode farfa-
lhudo e óculos na ponta
do nariz, é capaz de res-
ponder. Diz o professor
que os seres humanos crescem, tal como
os outros animais, porque “possuem uma
glândula, a hipófise, que segrega uma subs-
tância química, a hormona somatotropina,
responsável pelo nosso crescimento”.
É porque possuem cordas vocais que
lhes permitem imitar a voz humana que
os papagaios conseguem falar, explica Teles
Cópio numa “aula” sobre animais. Aos mais
interessados na área da tecnologia, que
pretendem saber como funciona a caixinha
com que jogam e se ligam à Internet, é expli-
cado que o sistema operativo é “o ‘software’
principal do computador, o programa-base
que permite a utilização de todos os outros
programas e de todos os componentes físicos,
como a impressora, o teclado, entre outros”. A
propósito, a Internet “é o conjunto de diversas
através de protocolos TCP/IP”, diz o professor
Teles Cópio, que depois aproveita para expli-
car diversas outras coisas à volta da Net.
Os choques eléctricos, os buracos
negros, como funciona uma torradeira e por
que é que nos equilibramos a andar de bici-
cleta são coisas que o professor Teles Cópio
também consegue explicar, sempre com
um vocabulário ao alcance dos seus jovem
pupilos. Aliás, a Porto Editora considera
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
que este título é adequado a todas as crian-
ças com mais de 10 anos, que já conseguem
ler e se encontram na fase de questionar
tudo o que se passa à sua volta.
Quando estiverem cansados de tantas
perguntas, os mais pequenos podem visi-
tar a área de jogos e aí encontrar “puzzles”
para completar ou um jogo de memória
chamado Pares — onde se visualiza uma
imagem durante alguns segundos e depois
se tem que encontrar outra igual. Numa
outra área, as crianças podem escolher
entre a pintura, com diversos desenhos
que se podem imprimir e pintar depois ou
colorir logo no computador, e uma área de
impressão, onde se pode também colorir e
imprimir calendários, horários escolares,
pequenas molduras, entre outras coisas.
“O Professor Teles Cópio Explica os
Porquês” inclui diversas ilustrações que
ajudam a compreender os textos e que deve-
rão também ajudar muitos pais a não deixar
sem resposta as perguntas mais complica-
das das crianças. Se estas perguntarem, por
exemplo, por que é que choramos, é mandá-
las consultar o professor Teles Cópio: “As
lágrimas são constantemente segregadas
pelas glândulas lacrimais, que se localizam
debaixo das pálpebras superiores.” Mas
para que a resposta não seja tão científica,
o mestre explicará ainda que, “à medida que
crescemos, as razões que nos fazem chorar
mudam, relacionando-se com problemas
de trabalho, ‘stress’, relacionamento com
outras pessoas, desgostos e outros proble-
mas de ordem pessoal e emocional”.
Mais do que claro, pensarão os mais
novos, preparando-se para uma nova
enxurrada de perguntas. Afinal, por que
é que ficamos com rugas? E por que é que
o mar é salgado? Nada como perguntar ao
professor Teles Cópio, que a Porto Editora já
levou até às prateleiras das lojas, onde está
disponível por cerca de 35 euros. ●
agenda
ATS 2002 - The 11th Asian Test Symposium
Data: 18-11-2002 a 20-11-2002
Local: Hyatt Regency Guam, Guam, EUA
Contacto: Kozo Kinoshita, General Chair
E-mail: kozo@utc.osaka-gu.ac.jp
URL: ats02.ip.elec.mie-u.ac.jp/
WRTLT 2002 - 3rd Workshop on RTL and High Level Testing
Data: 21-11-2002 a 22-11-2002
Local: Hyatt Regency Guam, Guam, EUA
URL: www.ip.elev.mie-um.ac.jp/~wrtlt02/
12º Congresso das Comunicações
Data: 26-11-2002 a 28-11-2002
Local: Centro de Congressos de Lisboa
Contacto: Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das
Comunicações (APDC)
E-mail: apdc@apdc.pt
URL: www.apdc.pt
TAU 2002 – ACM/IEEE International Workshop on Timing
Issues in the Specification and Synthesis of Digital
Systems
Data: 2-12-2002 a 3-12-2002
Local: Monterey, Califórnia, EUA
Contacto: David P. LaPotin
E-mail: dpl@austin.ibm.com
URL: www.tauworkshop.com
ITU Telecom Asia 2002
Data: 2-12-2002 a 7-12-2002
Local: Hong Kong, República Popular da China
Contacto: International Telecommunication Union – ITU
Telecom
E-mail: telecominf@itu.int
URL: www.itu.int/asia2002
Conference “Strategic e-HR”
Data: 5-12-2002 a 6-12-2002
Local: Londres, Reino Unido
E-mail: enquire@iqpc.co.uk
URL: www.iqpc.co.uk/1902a
FPT 2002 - IEEE International Conference
on Field-Programmable Technology
Data: 16-12-2002 a 18-12-2002
Local: Hong Kong, China
E-mail: fpt@aicfpt.org
URL: www.icfpt.org
VLSI Design 2003 - The Sixteenth International Conference
on VLSI Design; The Second International Conference
on Embedded Systems Design
Data: 4-01-2003 a 8-01-2003
Local: Nova Deli, Índia
URL: vlsi.ccrl.nj.nec.com/~chak/vlsi2003/
2003 International CES - Defining Technology’s Future
Data: 9-01-2003 a 12-01-2003
Local: Las Vegas, Nevada, EUA
URL: www.CESweb.org
ASP-DAC 2003 - Asia South Pacific Design Automation
Conference
Data: 21-01-2003 a 24-01-2003
Local: Kitakyushu, Japão
Contacto: Conference Secretariat
E-mail: aspdac2003@aspdac.com
URL: www.aspdac.com
Imagina.03 – The International Festival for Digital Images
Data: 3-02-2003 a 6-02-2003
Local: Grimaldi Forum, Mónaco
Contacto: Conferência – René Broca
E-mail: rbroca@noos.fr
URL: www.imagina.mc
HPCA 9 - Ninth International Symposium
on High Performance Computer Architecture
Data: 8-02-2003 a 12-02-2003
Local: Anaheim, Califórnia, EUA
Contacto: Nader Bagherzadeh
E-mail: nader@ece.uci.edu
URL: www.cs.arizona.edu/hpca9/
ISSCC 2002 – IEEE International Solid-State Circuits
Conference
Data: 9-02-2003 a 13-02-2003
Local: São Francisco, Califórnia, EUA
E-mail: issccinfo@yesevents.com
URL: www.isscc.org/isscc/2003
LATW 2003 – 4th IEEE Latin-American Test Workshop
Data: 16-02-2003 a 19-02-2003
Local: Natal, Brasil
URL: diana.ee.pucrs.br/~latw/events.html
ISVLSI 2003 - IEEE Computer Society Annual Symposium
on VLSI
Data: 20-02-2003 a 21-02-2003
Local: Tampa, Florida, EUA
E-mail: vijay@cse.psu.edu
URL: www.cse.psu.edu/~vijay/isvlsi03/
FPGA 2003 – 11th ACM International Symposium
on Field-Programmable Gate Arrays
Data: 23-02-2003 a 25-02-2003
Local: Monterey, Califórnia, EUA
Contacto: Russ Tessier
E-mail: fpga2003@ecs.umass.edu
URL: fpga2003.ece.ubc.ca/
computadores .11
 FICHA S H A R E WA R E
Imagens para a Web
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Fraga,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
NETSTUDIO Easy Web
O
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel Graphics é uma ferra-
Crespo, Nuno Bernardo, Paulo menta que permite ao
Almeida, Pedro Fonseca, Rita
utilizador criar gráfi-
Cruz, Rita Hasse Ferreira
cos e elementos visu-
Secretariado
ais para sítios na Web. Trata-se
Ana Lúcia Zacarias de uma mistura de CorelDraw com
Paginação Adobe Photoshop com muito menos
Ana Carvalho, Ivone Ralha, funcionalidades — mas todas elas
Hugo Pinto, Jorge Guimarães especializadas no desenvolvimento
Projecto Gráfico & Designer de imagens para a Web. O pro-
Luis Carlos Amaro/ grama trata os elementos gráficos
Gráficos à Lapa como propriedades, permitindo a
sua fácil alteração e modificação,
Computadores em contraponto à solução de cama-
é publicado às segundas-feiras das (“layers”) usada por aplicações
concorrentes.
E-Mail Composto por várias aplicações
computadores@publico.pt e ferramentas distintas, o NetStu-
Tel. 21-0111125 dio Easy Web Graphics preside a
Fax 21-0111008
um objectivo: facilitar
a criação de imagens NUNO BERNARDO
e sítios para a Web.
Analisando todas as suas funcio-
Assine Computadores
nalidades, facilmente se conclui
que este programa pode substi-
Assine o PÚBLICO
tuir outras aplicações de edição
à segunda-feira e receba o jornal
de imagem, como o Photoshop,
em sua casa ou levante-o no seu
nas tarefas de criação de conteú-
posto de venda habitual com os
suplementos Computadores e
dos para a Internet. O programa
Economia.
oferece ainda uma completa inte-
gração com o FrontPage, onde
E-mail: assinaturas@publico.pt as funcionalidades do Netstudio
Tel.: 808 200 095 (custo chamada podem ser acedidas de dentro do
local) produto da Microsoft. O mesmo
Fax: 210 111 017 tipo de integração pode ser reali-
zada com o Powerpoint, também
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da Microsoft.
Através de uma interface de fácil
Portugal €18.20
acesso e compreensão, muito idên-
Europa €58.50
tico à do Office, o utilizador pode
Resto do Mundo €94.90
criar “banners” publicitários, botões apresentação dos mais variados
e menus de navegação baseados na
Assinatura anual (52 exemplares):
linguagem Javascript. A actividade
Portugal €36.40 criativa realiza-se a partir de um
Europa €117.00 conjunto de assistentes (“wizards”), arquivo e desenhos vectoriais, que
Resto do Mundo €189.80 que tornam este processo simples e
intuitivo, pelo menos para os utili- para personalizar a apresentação
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
zadores menos experimentados na
solidariedade social. Preços arte do desenvolvimento de imagens
especiais para Macau, Timor, São para a Web. Com apenas alguns cli-
Tomé e Guiné. Os preços incluem ques, qualquer pessoa pode criar
IVA à taxa legal em vigor. imagens e botões com a qualidade
de um trabalho profissional. As
computadores .12 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2
NETSTUDIO EASY WEB GRAPHICS PREMIUM
imagens criadas podem depois ser
incluídas em ferramentas de sítios
da Web através de importação dos
respectivos ficheiros ou mesmo com
o pegar-e-largar (“drag-and-drop”)
das imagens.
Se o utilizador estiver sem inspi-
ração — ou não tenha muito tempo
—, poderá usar a ferramenta Visual
Styles, que rapida-
mente cria ou altera
toda a apresentação
de um sítio da Web, mantendo uma
apresentação uniforme ao longo de
todas as páginas que o compõe. Se,
depois, não ficar satisfeito, poderá,
com um simples clique, alterar
toda a apresentação visual do sítio
escolhendo um novo estilo. Mas, se
não gostar de nenhum estilo pré-
definido, o utilizador poderá mistu-
rar elementos gráficos de diversos
estilos (cores, fontes e efeitos) para
criar uma apresentação personali-
zada. O estilo criado pelo utilizador
poderá ser gravado para posteriores
utilizações.
O NetStudio Easy Web Gra-
phics inclui mais de mil páginas-
mestras que permitem criar a
tipos de sítios na Web. Estes
exemplos são ainda acompanha-
dos por milhares de fotografias de
poderão ser usados pela aplicação
de uma página de acordo com as
preferências do seu criador. Estes
exemplos e páginas são uma exce-
lente apoio para todos os utilizado-
res menos experientes, que podem,
assim, em poucos minutos, criar o
seu próprio sítio na Web com uma
imagem muito cuidada.
Outro dos interessantes uti-
litários incluídos no programa é
o One-Click Web Effects. Aqui,
o utilizador pode definir todo
um vasto leque de efeitos espe-
ciais, que podem ser aplicados às
imagens criadas, como sombras,
transparências ou efeito de desfo-
cagem — o mesmo tipo de resul-
tados que se poderia obter com o
Adobe Photoshop mas por muito
menos dinheiro. Para finalizar os
trabalhos, um inspector de cores
verifica se as imagens incluem
cores escolhidas a partir de uma
paleta de cores seguras, de forma
a evitar problemas de visualização
por parte de quem mais tarde vá
visitar o sítio. Tudo isto garante
que as imagens e elementos gráfi-
cos estão de acordo com as normas
e regras usadas pelos “webmas-
ters” profissionais.
Quanto a recursos de “har-
dware”, o programa requer um
PC com características médias,
ou seja, um processador Pentium
II ou superior, a correr uma das
seguintes versões do sistema
operativo da Microsoft: XP, 2000,
ME, 98, NT 4.0 ou 95. Ao nível
da memória, recomenda-se pelo
menos 64 megabytes e cerca de
100 megabytes de espaço em disco
para gravar todos os trabalhos
e exemplos. O programa apenas
permite criação de imagens para
sítios Web, sendo recomendável
que o utilizador possua depois
uma cópia do FrontPage (ou apli-
cação semelhante, para a partir
das imagens geradas, e com os
seus próprios conteúdos, desenvol-
ver o sítio Web.
Os formatos gráficos supor-
tados por esta aplicação (abrir
e gravar) são os seguintes: GIF,
JPG, BMP, TIF, PNG, HTML,
GIF, JPG e PNG.
O NetStudio Easy Web Gra-
phics é uma excelente ferramenta
para todas as pessoas que, não
sendo “webmasters” profissionais,
necessitam de criar e gerir sítios
na Web com alguma frequência.
Os resultados obtidos ao cabo de
alguns minutos de utilização são
entusiasmantes, pelo que, ao fim
de algumas horas de utilização,
qualquer pessoa conseguirá obter
resultados com um nível muito
profissional. O único senão do
programa (disponível para teste
gratuitos durante 30 dias em
http://www.netstudio.com) é o seu
preço: os 110 euros pedidos pelo
seu registo irão, talvez, afastar
muitos utilizadores ocasionais. ●
 .com

AMD despede mais trabalhadores
O fabricante de processadores AMD vai despedir mais tra-
balhadores na sequência de um plano de reestruturação
em curso, depois de ter já reduzido em 15 por cento a sua
força de trabalho no início deste ano. Em Outubro, os res-
ponsáveis da AMD afirmaram que os planos da empresa para
2003 passam por uma redução de custos na ordem dos 350
milhões de dólares, o que envolve também a diminuição dos
custos administrativos. No início deste ano, a empresa encer-
rou duas velhas fábricas, o que levou ao despedimento de
2300 pessoas, 15 por cento do total dos seus trabalhadores.
Apesar de não ser ainda conhecido o número de trabalha-
dores envolvidos nem os prazos dos despedimentos, alguns
analistas do sector avançam já com números na ordem dos 10
por cento dos 13 mil trabalhadores que a AMD ainda possui.
Também no início do ano, a AMD anunciou um acordo com
a United Microelectronics Corporation (UMC) para a criação,
em conjunto, de uma fábrica em Singapura. A UMC começará
também a fabricar os processadores da AMD, o que se integra
na estratégia desta para a redução de custos. ●
a sua dívida para 13.900 milhões de euros, contra os mais
de 23.000 milhões de euros de há ano e meio. O seu EBITDA
subiu 24,3 por cento para 1145 milhões de euros, no terceiro
trimestre deste ano. O volume de negócio caiu 2,9 por cento
para 3027 milhões de euros devido ao desinvestimento em
áreas que a empresa não considera estratégicas. Para o resto
do ano, a KPN reviu em alta as suas previsões, esperando um
crescimento de 18 por cento no EBITDA e um recuo de 2 por
cento nas receitas. ●
Resultados mais positivos na Anacom
A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) teve
lucros de 34,88 milhões de euros em 2001, mais 19 por cento
que no ano anterior, devido sobretudo ao crescimento das
comunicações móveis, tal como é referido no relatório de acti-
vidades divulgado na passada semana. Os proveitos e ganhos
da Anacom cresceram 15 por cento, para 72,73 milhões de
euros, devido em grande parte “à maior utilização do espec-
tro radioeléctrico (...) com o contributo fundamental dado
pelo Serviço Móvel Terrestre”. O número de estações deste
serviço aumentou 19,7 por cento, passando de 6665 no final
de 2000 para 7977 no final de 2001, adianta o regulador. Os
custos e perdas cresceram 12 por cento, em 2001, para 37,86
milhões de euros, influenciados sobretudo pelo aumento da
contribuição da Anacom, por orientação do Governo, para a
concretização de projectos especiais no âmbito da sociedade
da informação. O relatório de actividades anual foi publicado
sem o parecer do Conselho Consultivo, contrariando o esta-
belecido nos estatutos. “Os novos estatutos do ICP-Autoridade
Nacional de Comunicações (ICP- Anacom), que entraram em
vigor a 6 de Janeiro de 2002, determinam que compete ao
Conselho Consultivo dar parecer sobre o relatório de activi-
dades anual”, refere uma nota do relatório. Não obstante tal
preceito, explica, “uma vez que, no termo do primeiro semestre
de 2002, o novo Conselho Consultivo ainda não se encontra
constituído, opta-se por dar seguimento à publicação do Rela-
tório e Contas de 2001”. ●

Logitech vende mais 16 por cento

A Logitech teve um novo recorde de resultados no segundo
trimestre fiscal de 2002, tendo alcançado um aumento de
receitas de 16 por cento. Os resultados de exploração cres-
ceram 37 por cento e os líquidos subiram 51 por cento em
comparação com o mesmo período do ano anterior. Significa
isto que as receitas alcançadas foram de 252 milhões de
dólares, enquanto os resultados de exploração chegaram aos
25,7 milhões de dólares e os proveitos líquidos foram de 21
milhões de dólares. Os lucros por acção foram também 50
por cento superiores aos do segundo trimestre de 2001. No
primeiro semestre deste ano, que terminou a 30 de Setembro,
as receitas aumentaram 15 por cento, tendo atingido os 447
milhões de dólares. Os resultados de exploração cresceram
também 42 por cento para 38,3 milhões de dólares. Os resulta-
dos líquidos subiram 57 por cento, para 31,8 milhões de dóla-
res. “Num período de desafios económicos, resultados como
estes só são possíveis através de excelentes produtos e de
uma execução perfeita por parte dos colaboradores”, adiantou
Guerrino De Luca, presidente e director executivo da Logitech,
comentando os recentes resultados da empresa. ●

KPN regressou aos lucros

O operador de telecomunicações holandês KPN anunciou, na
passada semana, lucros de 68 milhões de euros no terceiro tri-
mestre de 2002, regressando desta forma aos lucros depois de
mais de um ano “no vermelho”. A empresa registara lucros pela
última vez em 2000, ano em que apresentou um resultado
positivo de 1870 milhões de euros. Ao mesmo tempo, reduziu

S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2 computadores .13
classificados
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itech Cordless iTouch (ambos
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Pentium III 866 MHz /133
MHz, 128 SDRAM (ext. 768
MB) 20.0 GB ultra DMA hard
drive 12xDVD ROM, CD-RW (8
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NVIDIA TNT 2 Pro 3D AGP
Graphics. Polk audio stereo
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com muito pouco uso. 750
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garantia (com factura. Apenas
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E-mail: madaleno@mail.pt
Macintosh Power PC 7600
256 MB de RAM, Disco SCSI
2,5 GB, com leitor de CDs, MAC
OS 8.6 por 847,96 euros +
Zip Drive Iomega portátil (50
euros) + Monitor Nokia de 17”
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PowerMac G4 733 MHz
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128MB IBM, CDRW (novo
modelo), pl. gráf Nvidia
GeForce2MX 64MB, teclado
e rato óptico, 3 anos garantia.
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5250422
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Macintosh Power PC 7600
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SCSI 2,5 GB, com leitor de CDs,
MAC OS 8.6 por 850 euros +
ZipDrive Iomega portátil (50
euros) + Monitor Nokia de 17”
(473 euros). Tudo em exce-
lente estado de conservação.
E-mail: joao.marques@mediaf
ashion.com
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SCSI
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E-mail: victorbarreiras@on
inet.pt
Macintosh Power PC 7600
256mb de RAM, Disco SCSI
2,5Gb, com leitor de CDs,
MAC OS 8.6 por 848 euros +
ZipDrive Iomega portátil (50
euros) + Monitor Nokia de
17” (474 euros). Tudo em exce-
lente estado de conservação.
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origem + software, estojos
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G3 233 Mhz, 160 Mb RAM,
4Gigabytes de disco, monitor
15’, resolução até 1024x768
em milhões de cores, CD-
ROM 24x, Porta IRDA, placa
de rede 100/10 TX, saída e
entrada de som 16 bits, stereo
qualidade CD + 2 saídas de
som extras, modem 56 kb, 2
altifalantes integrados, 2 USB
mais teclado e rato USB. Com
documentação de origem,
cabos, manuais e CDs, sistema
operativo Mac OS 9.1 e Mac
OS X.1, vário software e jogos!
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Portátil Compaq Armada
4220T
Pentium 266MMX, 96 MB
RAM, 4 GB disco, ecrã activo
12” TFT, CD-ROM 20x, som
stereo, leitor disquete, portas:
paralelo, serie, TV-out, monitor
externo, PS/2, midi, infra-
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som. Preço: 649 euros.
Contacto: 93 854 53 46
E-mail: v5620@netcabo.pt
RIVA TNT II
32 Mb; nova, ainda dentro
da embalagem; 1 ano de
garantia; motivo: a minha
board não tem slot AGP;
Preço: 52,37 euros
Contacto: 96 627 85 47
E-mail: mabcs@oninet.pt
128MB RAM
133Mhz; 1 ano de garantia;
Preço: 44,89 euros
Contacto: 96 627 85 47
E-mail: mabcs@oninet.pt
Power Mac 5500/255
96 Mb RAM, 2 Gb HD, placa de
rede; Preço: 449 euros.
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HD 300Mb e 150Mb
7,5 euros cada.
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E-mail: jorgep@jkpt.net
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E-mail: jorgep@jkpt.net
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Contacto: 914 008 980
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apenas 174.58 euros
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E-mail: mabcs@oninet.pt
Portátil Compaq Armada
1700
Pentium II 233 Mhz, 64
Mb SDRAM, Disco 3,00 GB,
CD-ROM 24, placa de som
Integrated 16-Bit, 1.44 Mb em
diskette 3,5, MS Windows 98
Port/Ing, Modem Fax PCMCIA
V.90 56K. Preço: 798,08 euros.
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c/ 1 mês de uso. Preço: 194,53
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RAM; muito software; 947,72
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Com 8 meses (ainda 4
na garantia); Modem de
33.600Kbs e Dream Key
(acesso à net); 2 Comandos; 1
Teclado; 1 Visual Memory com
Lcd; 6 jogos (Metropolis Street
Racer, Tomb Raider Chronicles,
Virtua Tennis, Dead or Alive 2,
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Dead 2, mais Boot Disk).Tudo
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externo Zoom, V.34X, modelo
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T11 (como novo), um teclado
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300Mhz. Urgente!
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oove.org
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Novo ou usado, em perfeitas
condições; zona de Coimbra
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Contacto: Vasco Tavares
919435919
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Contacto: 964612620
Spectrum zx81
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arredores.
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ou antonis@oninet.pt
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E-mail: botgomes@fcdef.up.pt
Portátil usado
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condeivan@hotmail.com
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Inkjet, cores ou
monocromática; A1 ou
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leitor de CD e drive -- tudo a
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construcao.pt
Compaq portátil
Em bom estado; na zona do
Porto; referir preço; urgente.
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E-mail: mescla@clix.pt
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Compro em 2ª mão iomega
ZIP SCSI-100
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jotomas@mail.telepac.pt
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excelente estado. Zona de
Coimbra.
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E-mail: prq@aeiou.pt
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93 836 02 67
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Classic a funcionar
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965809087
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Compro em 2ª mão, na área
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168-pin DIMM 70ns, ou, 1
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E-mail: rafael.66@clix.pt
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Ou Photosmart P1000, em
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Power Macintosh 6200, ATA
Quantum Maverick de 2 GB a
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Contacto: rafael.66@clix.pt /
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Apple
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Contacto: rafael.66@clix.pt /
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de memória
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E-mail: gcorte@hotmail.com
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HP Photosmart P1100 em
bom estado e completas.
Aceito propostas.
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mail: pl1274@hotmail.com
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Compro 2 memórias Simm
32Mb Edo 72 contactos.
Contacto:
José Rodrigues Tel: 919482421
E-mail: mop41115@mail.te
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estabelecer uma oferta de
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91-9715165.
E-mail: miguelbanha@netc.Pt
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Externo para ligação ao meu
portátil. Enviar ofertas para
joaobento@netc.pt. Contacto:
joaobento@netc.pt
Matrox Marvel
Edição de vídeo G400 (AGP)
ou G200 (PCI)
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598,56 euros, a pronto.
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Power Macintosh 6200, ATA
Quantum Maverick de 2 GB
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Vários modelos, a funcionar.
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E-mail: rnsilva@mail.refer.pt
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Em bom estado, que não
tenha sofrido overcloking.
Com preferência para a zona
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e/ou cd-rom.
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(microfone de Power Mac).
Contacto: Por favor, refira
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II/III ou equivalente, completo
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2000 Premium) e, eventual-
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239995314 (Lousã-Coimbra)
E-mail: frst@aeiou.pt
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slote Pci, com drivers, cabos
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Preço discutível. E-mail:
Gustavo.Cardoso@clix.pt
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Pires (Lisboa) Tel: 93 8379228
E-mail: christian@netc.pt
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Pentium 120
Prefª zona Porto. Preço: 12,47
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tiagopinho@yahoo.com
Dimm 128 Mb PC133
Barato. Máximo: 139,66 euros
Contacto: Christian Pires
(Lisboa)
E-mail: christian@netc.pt
Portátil
Em bom estado, com modem
e cd-rom. Barato, ie, por
menos de 249.4 euros
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DIMM 64 MB pc100
no máximo 57,36 euros
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PIII 500 ou superior
Por não mais de 25.000$. Em
bom estado, funcional, que
não tenha sofrido overclock-
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Pró menino, prá
menina… e sem sexo
O
MERCADO DE
VIDEOJOGOS
há muito
que está
segmentado
e estudado em termos de
público. Mas, até muito
recentemente, a penetra-
ção no mercado feminino MIGUEL
era reduzida, tanto nos
escalões etários mais altos como nos
mais baixos. Todos os estudos revelam
que os homens jogam mais, indepen-
dentemente da idade e, até há um par
de anos, ninguém tinha conseguido
inverter a tendência. “The Sims” e
toda a saga consequente tiveram a
aprovação do público feminino adulto
e adolescente, que trepou na percenta-
gem de jogadores a ritmo alucinante.
O que já tinha acontecido, em menor
escala, com a saga “Tomb Ryder”.
Quanto às meninas, tirando algu-
mas apostas esparsas, poucos jogos
houve dedicados a si. Mas 2002 parece
ser um ano de viragem, não só pela
aposta da Sony em transformar a
PSOne numa consola para crianças
— sendo dedicada a estas a grande
maioria dos jogos recentes —, como
pela chegada da Nintendo GameCube
e até pela entrada em força nos video-
jogos de personagens marcadamente
femininos, como a Barbie. Os jogos
especificamente para “elas” mostram
um crescimento exponencial, na expec-
tativa de ser do lado feminino que
venha grande parte do crescimento
previsto para os próximos anos pelos
analistas deste mercado.
E como são estes jogos? Na teoria,
não serão radicalmente diferentes dos
jogos para “rapazes”. Os mesmos tipos
de mecânica e de género, seguindo
quase a lógica do senso comum: des-
porto e acção para eles, bonecas, “puzz-
les” e beleza para elas. Parece redutor
mas esta é a orientação básica e, ao
que parece, com bons resultados.
É óbvio que a mais famosa boneca
da história, a incontornável Barbie,
tem lugar cativo entre o topo dos
licenciamentos, tendo mesmo direito
a uma linha específica de jogos para
várias plataformas. Só para a PSOne
existem títulos como “Barbie Explo-
rer” (distribuição Inforjogos), uma
aventura em que a personagem tem
de encontrar as peças perdidas do
espelho mágico. Com Lara Croft e a
série “Tomb Ryder” como inspiração,
o jogo aposta num tom “rosado” para
atingir o público feminino, mantendo
todos os estereótipos do género acção-
aventura. Para as meninas mais
curiosas, existe “Barbie Detective”
(Inforjogos), em que a missão é captu-
rar um ladrão de obras de arte numa
ilha tropical. Mistura de policial com
aventura, introduz uma série de mini-
jogos variados para alegrar o cenário.
Na mesma onda, surge “Sabrina
The Teenage Witch” (PSOne, Infor-
Microsoft quer lançar
Xbox 2 antes da PS3…
Ed Fries, vice-presidente de
conteúdos para a Xbox, afirmou em
entrevista a um jornal japonês que
a sucessora da consola americana
será lançada antes da PlayStation 3,
da Sony. Em declarações ao “Nihon
Keizai Shimbun”, Fries admitiu ainda
que o relativo fracasso da Xbox no
Japão se deve a diferenças culturais
e que a Microsoft aprendeu com
os erros — afirmações que vêm
ao encontro das especulações
dos analistas do mercado de
videojogos no sentido de que a
PS3 deverá ser adiada um ano face
jogos), baseado na série
ao plano inicial, para 2006, a fim
televisiva homónima de que a Sony possa maximizar os
— já exibida pela RTP2 lucros com a actual PS2. A Xbox 2
—, um jogo de acção deverá ser lançada até ao final de
e aventura que leva a 2005. Entretanto, a Microsoft está
heroína e o seu gato a trabalhar num projecto híbrido
preto através do tempo para a Xbox, tentando combinar a
para recolher as peças consola com um gravador digital
CRESPO do Relógio Cósmico. de vídeo — isto segundo a revista
Mas se as meninas de tecnologia “Red Herring”, que
têm jogos adaptados ao seu imaginário, acrescenta que “estimativas internas
os meninos também o têm. “Action Man da Microsoft” demonstram que
– Aventuras no Polo Norte (PC, Infogra- a empresa teria prejuízos de 750
mes) recupera em forma virtual o herói milhões de dólares com a Xbox
que os meninos contrapõem às Barbies. neste ano fiscal e de 110 milhões
Aqui, a luta é pela defesa do mundo no próximo. O projecto híbrido
contra o vilão mas, curiosamente, pretende combinar o gravador
numa versão formativa, já que inclui digital de vídeo Ultimate TV e a
jogos matemáticos ou artísticos. Outra Xbox, resultando num aparelho a
série vinda dos brinquedos é “Rescue lançar em 2003 por cerca de 500
Heroes”, que tem em “Molten Menace” dólares. O acréscimo de preço
(PSOne, Inforjogos) um jogo com seis dever-se-á à inclusão de um disco
missões de salvamento de pessoas em interno maior e da tecnologia de
perigo. Os vários personagens já conhe- recepção e gravação digital de TV. ●
cidos vão ter de percorrer a cidade num
misto de acção e aventura. … e une-se à Sega
Mais para meninos é também
para criar arcadas
a ligação entre o futebol e a Lego.
“Football mania” (PS2, PSOne e
GameBoy Advance, distribuição A Sega e a Microsoft anunciaram
Electronic Arts) reproduz a emoção no Japão o desenvolvimento
da simulação de futebol usando os de uma nova plataforma de
típicos bonecos da Lego. O objectivo “hardware” para máquinas de
é pôr a jogar miúdos até aos 10 anos, arcada destinadas a casas de
razão por que é tudo muito positivo e jogos com base na arquitectura
divertido, mesmo durante a acção. tecnológica da Xbox. A plataforma
Numa vertente assexuada — já “Chihiro” foi apresentada na 40ª
que é dirigido a crianças dos dois edição do Amusement Machine
sexos —, surgem licenciamentos de Show, em Tóquio. A Sega está
filmes como “Stuart Little 2” (PC e também a trabalhar numa
PSOne, Infogrames e Lusomundo, outra plataforma, de mais baixo
respectivamente), em que o ratinho custo, para complementar a sua
vai ter de enfrentar vários desa- linha de produtos de arcada. O
fios relacionados com a história da equipamento do Chihiro utiliza
película numa história de acção. O um processador Pentium III a
mesmo se pode dizer de “Digimon 733MHz, da Intel, com FSB a
Saga” (PSOne, Infogrames), saída 133 MHz e controlador gráfico
directamente da TV para as consolas, XChip a 200 MHz, baseado na
com todo o universo dos Digimons. GeForce 3, capaz de processar
Para terminar, ainda uma refe- 125 milhões de polígonos por
rência à Disney que, cada vez mais, segundo e renderizar 4 mil
tem apostado nos videojogos para milhões de pixels por segundo,
estender o seu império. Uma das compatível com vários efeitos
propostas mais recentes é “Donald visuais em 3D por “hardware”. O
Duck PK” (GameCube e PS2, distri- sistema de som é do tipo Dolby
buição Ecogames), que recupera um Digital 5.1 baseado na tecnologia
alter-ego do famoso pato que o trans- nForce da nVidia, além de um
forma num destemido super-herói “chip” CS4630 Stream Processor,
sempre pronto a entrar em acção. da Cirrus Logic, equipado com um
Graficamente rico, com jogabilidade conversor digital-analógico de 20
acrescida e bastante divertido, é um bits, capaz de manipular efeitos
dos melhores jogos de origem Disney ambientais de som em 2D e 3D,
produzidos até ao momento. MIDI e compatível com o padrão
A verdade é que a segmentação DLS, efeitos Sensaura, entre
dos públicos faz-se sentir cada vez outros. Entre os primeiros jogos
mais nos videojogos e, na maior parte anunciados para o novo sistema
dos casos, com resultados acima estão títulos como “Outrun 2”,
da média. Com o Natal à porta, a “Virtua Cop 3” ou “Virtua Fighter
missão dos pais ficará mais facili- 4.1”, sendo o primeiro a chegar ao
tada, apenas com o perigo de fazer mercado “House Of The Dead 3”,
esquecer jogos de qualidade apenas ainda neste ano. ●
porque não têm uma marca forte a
dar a cara... ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . N O V E M B R O . 2 0 0 2 computadores .15
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