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A REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM
Johanna W Smit
Professora, USPIECA
Palavras-Chave
Imagem Fotográfica - Representação
Conteúdo Informacional- Imagem Fotográfica
Expressão Fotográfica - Imagem
INFORMARE- Cad. Prog. Pós-Grado Ciornf., Rio de Janeiro, v.2, n. 2, p. 28-36,jul./dez. 1996
A representação da imagem 29
o termo "imagem" abrange um vasto leque de Philippe Dubois integra a percepção da imagem
documentos iconográficos ou de ilustrações, incluindo fotográfica, a seu uso. A ênfase no uso, neste caso,
pinturas, gravuras, posters, cartões postais, fotografi- reforça, no que conceme à Ciência da Informação, a
as, etc. Dado que estes registros, embora semelhantes, tão propalada mudança de paradigma na documenta-
não demandam as mesmas lógicas de tratamento ção, segundo aqual os sistemas de informação devem
documentário - uma vez que suas modalidades de uso ser pensados em função do usuário e de suas necessi-
são distintas - limitarei meu estudo a um único tipo de dades informacionais 1. Este conceito é fundamental
documento iconográfico: a imagem fotográfica. para pensar a representação e a conseqüente recupe-
ração da informação iconográfica. Dubois (1994. p.
A representação dessa imagem fotográfica não
25-56) distingue 3 grandes fases na percepção e uso da
pode ser pensada a partir de uma transposição automá-
imagem fotográfica:
tica dos procedimentos de Análise Documentária de-
senvo lvidos para o texto, por duas razões primordiais, • a fotografia como espelho do real;
que detalharei em seguida, mas que podem ser assim
• a fotografia como transformação do real;
elencadas:
• a fotografia como traço do real.
• o estatuto da imagem fotográfica distingue-a
do texto; Na primeira fase, ou seja, no século XIX, a
fotografia é percebida enquanto uma reprodução
• a utilização da imagem fotográfica (e da ima-
mimética do real, verificando-se a sua semelhança em
gem em geral) não se baliza unicamente por seu
relação ao referente e a conseqÜénte reavaliação da
conteúdo informacional, mas também por sua expres-
função da pintura. Esta imagem fotográfica é assimi-
são fotográfica.
lada, por Dubois, ao conceito peirceano de Ícone.
COiltrapondo-se à fotografia- ícone, Dubois siste-
matiza uma segunda fase, na qual impera o discurso da
1 O estatuto da imagem fotográfica para
desconstrução do código, ou seja, o abandono da visão
a Documentação - ingênua - da semelhança entre a imagem e o referente
e a incorporação de discussões que salientam o poder
A proposição de uma metodologia de análise da transformador da imagem: a fotografia deixa de ser
fotografia supõe um entendimento da essência desta, espelho e passaarepresentar uma realidade relativizada
daquilo que a caracteriza, das razões pelas quais é pela codificação cultural e ideológica. Nesta acepção,
produzida e, sobretudo, das condições em que será a imagem fotográfica é assimilada ao símbolo
utilizada. Em outras palavras, torna-se necessário pelrceano.
compreender a imagem fotográfica, enquanto infor- Finalmente, na trajetória desenhada por Dubois,
mação a ser tratada e recuperada. emerge a fotografia como traço do real, ou seja, uma
A imagem fotográfica é muito discutida, por fotografia que remete ao referente, mas que, livre da
diferentes correntes do pensamento, acarretando uma obsessão do ilusionismo mimético, incorporou
2
a relati-
primeira e grande dificuldade para pensar sua repre- vidade cultural da percepção da imagem . Esta ima-
sentação, pois deve-se operar uma seleção nos concei- gem caracteriza-se por sua condição de índice, na
tos que parecem mais adequados, ou pertinentes aos conceituação peirceana: "a foto é, em primeiro lugar,
propósitos do estudo. Além de haver uma diversidade índice. Só depois ela pode tomar-se parecida (ícone) e
de abordagens da imagem fotográfica, estas têm uma adquirir sentido (símbolo)". (DUBOIS, P. 1994. p.53)
história, uma linha evolutivaque facilita sua sistemati- O conceito da fotografia-índice parece muito
zação e pela qual a questão pode ser inicialmente promissor para a documentação. Ele deve determinar
abordada. os parâmetros do tratamento documentário da imagem
fotográfica, visando à sua representação, pelas
seguintes razões:
1 A bibliografia sobre a questão é vasta. Recomendo o artigo de Morris (1994), interessante sintese da discussão.
2 A relatividade cultural na leitura e uso da imagem não constitui, no entanto, apanágio da imagem para a documentação, uma vez que a
objetividade e a neutralidade no tratamento documentário de textos já foram suficientemente denunciadas, enquanto conceitos inoperantes e
inadequados.
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30 A representação da imagem
• preserva a polissemia da imagem, ao rejeitar 51) Esta "representação por projeção" remete
(ou realmente minimizar) sua leitura enquanto símbolo: novamente à intromissão do referente, à "teimosia do
a identificação da imagem com um símbolo (p. ex.: referente de estar sempre presente". (BARTHES, R.
mulher+ homem + criança, em certa disposição espacial, 1989.p.19)
de acordo com a estética renascentista, cultura ocidental
cristã, etc. = Sagrada Família), por mais correta que seja,
o conceito de fotografia- índice resume, portanto,
os dois parâmetros básicos que deverão nortear o
direciona ou determina a leitura e a conseqüente
trabalho documentário com a imagem: a presença do
reutilização da imagem, empobrecendo-a; referente e a clareza sobre a relatividade cultural de
• afirma a existência de um documento, no sua leitura (e, conseqüentemente, de sua utilização pelo
qual o referente se faz muito presente, mas que não se usuário final).
confunde com este, como proposto pelo conceito da
fotografia- Ícone. Isto quer dizer que a imagem fotográ-
fica, por mais que mostre como a coisa foi - "toda
1.1 Níveis de análise da imagem
fotografia é um certificado de presença" (BARTHES,
R. 1989. p.122) - não é forçosamente igual ao objeto
enfocado,justamente porque este foi selecionado (seg- A vigorosa intromissão do referente na imagem
mentando o espaço), enquadrado, iluminado, etc. No fotográfica traz, em seu bojo, outro problema que
entanto, o referente se introduz, "adere" à imagem. merece uma digressão: a questão da interpretação das
3 •
(BAR THES, R. 1989. p. 20) , permanece teImosa- imagens. Junto a esse referente, a interpretação infiltra-
mente presente ... se na Análise Documentária da imagem, causando
sérias dúvidas. Os níveis estabelecidos por Erwin5
Diante deste quadro, torna-se possível isolar o
Panofsky (1979. p.47-87) paraa análise das imagens
referente (ou seja, o objeto fotografado) 4 sem, contudo,
podem ajudar a nortear a discussão. Resumidamente,
abandoná-Io e, ao mesmo tempo, ter em mente que a
esse autor detalha três níveis para a análise da imagem:
imagem fotográfica gerada "representa" este objeto,
não se confundindo com ele. Há possibilidade, portan- • nível pré-iconográfico: nele são descritos,
to, de assimilar a imagem fotográfica a um documento genericamente, os objetos e ações representados pela
que representa "algo" (um ou mais objetos represen- Imagem;
tando conceitos, etc.). Do ponto de vista documentário, • nível iconográfico: estabelece o assunto se-
deve-se tratar este documento integrando-se os dois cundário ou convencional ilustrado pela imagem. Tra-
componentes da imagem fotográfica, ou seja, o próprio ta-se, em suma, da determinação do significado mítico,
documento e o objeto enfocado (o referente). A abstrato ou simbólico da imagem, sintetizado a partir de
concepção da imagem fotográfica, enquanto seus elementos componentes, detectados pela análise
documento, pode parecer ingênua, mas é altamente pré-iconográfica;
pertinente, se lembrarmos que boa parte do pessoal
prático em arquivos fotográficos tem tendência a • nível iconológico: propõe uma interpretação
esquecer que trabalha com documentos, imaginando do significado intrínseco do conteúdo da imagem. A
estar representando os objetos fotografados, em nome análise iconológica constrói-se a partir das anteriores,
mas recebe fortes influências do conhecimento do
de uma pretensa "transparência" da imagem.
analista sobre o ambiente cultural, artístico e social no
A aderência do referente, para retomar a expres- qual a imagem foi gerada.
são de Barthes, constitui fator essencial na compreen-
são da imagem fotográfica. Aponta para a natureza da Panofsky exemplifica os diferentes níveis de
possível distinção entre texto e imagem: o texto repre- análise a partir de uma imagem simples: um homem
senta o objeto por convenção, enquanto a imagem o segurando o chapéu levantado acima da cabeça. Ao
representa por projeção. (SHA TFORD, S. 1986. p. nível pré-iconográfico, a análise ressalta a existência
Roland Barthes descreve muito bem esta presença quase indecorosa, quase inoportuna, de algo que a imagem mostra, dizendo que "o referente
adere à imagem" e que entre os dois se estabelece uma relação de simbiose, que dificilmente é desfeita. (BARTHES, R. 1989. p.20)
4 A acepção de "referente", aqui adotada, pode ser discutida, pois há outras. No primeiro caso, "chama-se referente aquilo a que remete o signo
lingüístico na realidade extralingüística, tal como ela é segmentada pela experiência de um grupo humano". (DUBOIS, J. et aI. 1991. p.512)
Por mais que Panofsky tenha feito suas propostas para a análise de pinturas renascentistas, é possível amplíar o campo de aplicação de sua teoria
para outras imagens e outros ambientes (a Documentação, por exemplo), como proposto inclusive por Shatford. (1986)
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do homem e seu gesto (erguer o chapéu), sendo que, ao necessidades em termos iconográficos (p.ex.: Ponte
nível iconográfico, a mesma imagem seria analisada das Bandeiras), muito embora imagens que tenham
enquanto representativa de um ato de cortesia. A sentido iconográfico (a "Ponte das Bandeiras", ou sua
análise iconológica, por sua vez, contextualizaria o ato vizinha, a "Ponte Cruzeiro do Sul") satisfaçam suas
de cortesia na realidade social e cultural do local e da necessidades. (SHATFORD, S. 1986. p.47)8
época em que a imagem foi gerada, construindo, a
Embora a distinção entre o nível iconológico e os
partir destes dados, uma proposta de código de cortesia
demais possa, na prática, parecer tênue, ela se toma
em certa classe social e dado momento histórico.
imprescindível, para não perder de vista os objetivos da
A análise iconológica pode ser assimilada à representação documentária da imagem, ou seja, a
elaboração de um modelo ou teoria a ser validada, representação de seu conteúdo pré-iconográfico e
baseada na análise da imagem, mas cujo objetivo a iconográfico.
ultrapassa, uma vez que se encontra fora da imagem. Segundo Panofsky, o nível pré-iconográfico é
Na distinção proposta por Gardin (1974. p. 77-119), a composto pela conjunção de um significado fatual com
iconologia visa à elaboração de teorias, enquanto que
um significado expressivo. (PANOFSKY, E. 1979. p.
as análises pré-iconográfica e iconográfica permane-
48) Voltando ao primeiro exemplo citado, odaimagem
cem mais próximas da imagem, detalhando seus com-
do homem levantando o chapéu, o significado fatual
ponentes (pré-iconografia) e nomeando seus agrupa-
destaca os elementos visíveis em certos objetos ou
mentos (iconografia), configurando atividades de natu-
6 ações (p. ex.: objeto enfocado: homem; ação: tirar o
reza documentária . A iconologia passa, então, a ser
chapéu), enquanto que o significado expressivo não é
um objeto da História ou da Crítica da Arte, Antropo-
apreenddo pela identificação dos componentes da
logia, Socio logia, etc., e, portanto, não pertinente, para
imagem, mas pelo "significado" que pode ser atribuído
o universo documentário.
ao conjunto destes (p. ex.: o gesto diz que o homem está
de bom humor ou que seu sentido de normas sociais fala
mais alto que os problemas).
1.2 Imagem = De + Sobre
Shatford introduz, a partir dessa distinção de
Panofsky, uma diferenciação, certamente muito fértil,
A imagem é, simultaneamente, específica e para pensar a representação da imagem, segundo a qual
genérica (SHA TFORD, S. 1986. p. 47): a imagem de o significado fatual correspondeàpergunta: A IMAGEM
uma ponte, por exemplo, representa tanto a categoria É DE QUE?, E o significado 9expressivo pergunta: A
genérica das pontes como também - e forçosamente IMAGEM E SOBRE O QUE? (SHA TFORD, S. 1986.
- uma ponte em particular, por exemplo, a Ponte das p.43)
Bandeiras, em São Paulo.
O referente, teimosamente presente, manifesta-
Deduz-se daí que, idealmente, toda imagem de- se também na representação da imagem, desdobran-
veria ser representada, tanto ao nível pré-iconográfico do-se constantemente num referente genérico e em
(genérico) quanto iconográfico (específico), uma vez outro, específico. A imagem mostra uma ponte (gené-
que o usuário poderá procurá-Ia, considerando qual- rico), mas também mostra, forçosamente, a Ponte
quer um destes aspectos 7. Neste sentido, Shatford das Bandeiras, em São Paulo (específico). O reconhe-
argumenta que o usuário só pode formular suas neces- cimento do referente específico supõe conhecimentos,
sidades informacionais em termos do que ele já conhe- não é automático. Por esta razão, diga-se de passagem,
ce, ou seja, resgatando a terminologia de Panofsky: se a questão da identificação de fotografias acaba
um usuário só entende o sentido pré-iconográfico de tendo importância e conseqüências imensas, conferidas
uma imagem (p. ex.: ponte), ele não pode formular suas pela prática quotidiana dos arquivos fotográficos. Mas,
6 A bibliografia menciona, também, outra forma de distinção dos níveis de análise da imagem, opondo a denotação á conotação, caracterizando
a denotação como ativídade pré-íconográfica e assimílando a conotação a íconografia e iconologia.
7 Em função do perfil do usuário e da política do sistema, esta afirmação deverá obviamente ser ajustada, dando-se igual peso aos dois níveis, ou
priorizando-se um deles: um usuário "genérico" indicando um tratamento que se inicie pelo nível genérico, complementado pelo especifico,
invertendo-se a lógica para o usuário mais "especializado". (SHATFORD, S. 1986. p.56)
Por mais que a necessidade informacional do usuário e sua dificuldade para enunciá-Ia sejam enfocadas por Shatford, tendo em vista o universo
iconográfico, sua abordagem coincide com a teoria do "sense making", de Brenda Dervin. (DERVIN, B., NILAN, M. 1986)
9 No original: "What a picture is of' e "what iI is about".(SHA TFORD, S. 1986 p.43)
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32 A representação da Ímagem
mesmo quando sua identificação não é possível, o A determinação do SOBRE (aboutness, no texto
referente específico continua presente, na forma de de Shatford) da imagem assimila-se, no universo da
um campo "em branco". Este referente pode não ter representação de textos, à tematicidade destes, "mas
sido identificado, mas está assim mesmo presente, nem interpretações diferentes dos mesmos símbolos [pre-
que seja pelo seu silêncio. sentes nas imagens] podem produzir aboutness
iconográficos diferentes". (SHA TFORD, S. 1986. p.45)
Shatford (1986. p. 47) transpõe a distinção DEI
SOBRE para o nível iconográfico e propõe um quadro Retomando a abordagem de Dubois, segundo o
teórico para a representação documentária da ima- qual a imagem pode ser assimilada a um "espelho do
gem. O QUADRO 1 resume a proposta de Shatford, real" (o que detennina seu caráter indicial, na perspectiva
relacionando-a à teoria de Panofsky. peirceana), esta aponta para o centro da questão da
representação da imagem fotográfica, à medida que nos
A resposta à pergunta A IMAGEM É SOBRE O
obrigaa responder às seguintes perguntas: "o quedescre-
QUE é, obviamente, muito mais subjetiva e cultural-
ver na imagem?" (item 1.3) e "como selecionar informa-
mente determinada do que as determinações do DE
ções para a representação da imagem?" (item 1.4).
genérico e DE específico, de acordo com o perfil do
usuário, a determinação do SOBRE deve ser avaliada
com muita cautela, podendo veicular informação ne-
cessáriaou totalmente inútil (mesmo assim, adetermi- 1.3 O que descrever na imagem?
nação do SOBRE diminui o espectro de polissemia da
imagem).
As categorias QUEM, ONDE, QUANDO,
QUADRO 1 COMO e O QUE, utilizadas por muitos estudiosos
como parâmetros para grande variedade de anál ises de
PANOFSKY SHATFORD
DEPonte
Bandeiras
dedas
levanta
Homem
Sr.
SOBRE
Ato Andrade
demonstra
específico
DE ção
chapéu o
cortesía,
Transporte
educação
genérico
Exemplo Paulo.
urbano,Río
Tietê, São
urbanização,
arquitetura, textos, inclusiveadocumentária, étambém preconiza-
ual
nificado etc.
Nível
Niveis pré- da para a Análise Documentária da imagem. Em 1976,
com base nestas categorias, Ginette Bléry desenvol-
veu uma minuciosa proposta de representação do
conteúdo das imagens, retomada posteriormente em
inúmeros outros estudos (Bléry, G. apud SMIT, J.
1989. p. 110-111) e apresentada no QUADRO 2:
Ginette Bléry propôs ainda outra acepção para a
categoria COMO, relacionando-a à técnica emprega-
da para gerar a fotografia (p. ex., vista aérea, alto
contraste, etc.). Muitas informações provenientes da
técnica são altamente relevantes para a representação
da imagem, e serão abordadas no item 2.
QUADRO 2
CATEGORIAS Identificação
Descrição
Localização
REPRESENTAÇÃO do
deda "objeto
"atitudes"
imagem enfocado":
ou
no "espaço":seres
"tempo":
"detalhes"
DO CONTEÚDO tempo vivos,
relacionados
espaço
DAS artefatos,
cronológico
geográfico
IMAGENS construções,
ao "objeto
ououmomento
enfocado",
espaço acidentes
da imagem
da imagem
quando naturais,
(p.ex.
(p.este
ex. 1996, etc. vivo
é umPaulo
São noite,
ser verão).
ou (p.ex. de
interior
cavalo correndo, criança trajando roupa do século XVIII).
danceteria).
1DO
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A representação da imagem
QUADRO 3
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A representação da imagem 35
Abstract
The proceedings of abstracting and indexing of textual information can't be transfered mechanically to
photography: for documentary purposes, it's necessary to juxtapose the image's informationa1 contents to its
form, in otherwords, its photographic expression. Starting from Panofsky's 3 ana1ysis levels for visual arts (pre-
iconographical, iconographica1 and iconological) the theoretical proposal of Shatford is discussed. Shatford
proposes 3 1evels (generic of, specific of and about) and details for each leveI the signification ofthe who, where,
when and whatcategories. The theory ofShatford has to be analyzed in the context ofan image typology, aiming
to increase consistency and efficiency ofthe procedure. The representation of images postulates the specification
of 2 different reading grids (informational contents and photographic expression), besides the establishment of
combinative mIes between them, in the referential context of image typo10gy.
Bibliografia
INFO RMARE - Cad. Prog. Pós-Grado Cio Inf., Rio de Janeiro, v.2, n. 2, p. 28- 3 6,jul./ dez. 1996
36 A representação da imagem
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