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REGIMENTO INTERNO DO SENADO

Vedações – Artigos 19 ao 21
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

VEDAÇÕES – ARTIGOS 19 AO 21

13. Vedações (Artigos 19/21do Regimento Interno)


a. Expressões descorteses
b. Falar de deliberação definitiva do plenário, salvo explicação pessoal
c. Expor documento sigiloso
d. Falar sentado, salvo saúde
e. Não se dirigir ao Presidente do Senado Federal ou aos senadores
f. Costas para a Mesa

As vedações regimentais específicas previstas no Regimento Interno não são


as mesmas da Constituição Federal.

1 – Expressões descorteses ou insultuosas

Art. 19. Ao Senador é vedado:


I – usar de expressões descorteses ou insultuosas;

O senador, ao usar da palavra, não pode utilizar expressões descorteses ou


insultuosas. Ele deve ser polido e educado no trato com os outros senadores.
A Constituição Federal, no artigo 53, estabelece que:
“Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quais-
quer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 35, de 2001)”.
Com base no artigo, um senador não pode ser punido por declarações feitas no
exercício do seu mandato. Por exemplo: nos corredores exteriores do Senado,
um senador agride verbalmente uma repórter que faz uma pergunta sobre deter-
minado assunto. A repórter fica inibida de retrucar, sob pena de cometer crime
de injúria.
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Em um sentido mais amplo, embora o Regimento Interno do Senado proíba


a utilização de expressões descorteses ou insultuosas, há que se lembrar que
senadores, deputados federais, estaduais e distritais são invioláveis, civil e penal-
mente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Regimentalmente o senador não pode utilizar expressões descorteses ou
insultuosas, pois poderá constituir desacato ao Senado e possível processo por
quebra de decoro parlamentar, dependendo do caso.
No sistema jurídico brasileiro, nenhum princípio ou fundamento, por mais
importante que seja, é absoluto. Por exemplo: o direito à vida não é absoluto no
ordenamento jurídico brasileiro, em algumas situações é permitido o aborto ou
pena de morte, em caso de guerra declarada.
Expressões descorteses ou insultuosas, em um sentido mais aprofundado,
são exageros que extrapolam o razoável, causando choque e ojeriza.
Por exemplo: quando um senador, de tendências conservadoras ou fascistas,
utiliza expressões descorteses contra judeus, ciganos, negros ou homossexuais,
abusando, assim, das suas prerrogativas. Nestes casos, ele poderá ser punido
por quebra de decoro parlamentar.
As duas Normas devem conviver harmonicamente: a vedação às expressões
descorteses e insultuosas (Regimento Interno do Senado, artigo 19, I) com a
imunidade material dos parlamentares (Constituição Federal, artigo 53).

2 – Falar deliberação definitiva do Plenário

II – falar sobre resultado de deliberação definitiva do Plenário, salvo em expli-


cação pessoal.
Quando o Senado delibera, significa a definição de matéria discutida, ava-
liada, durante muito tempo.
É vedado ao senador falar sobre deliberação definitiva do plenário que, no
jargão parlamentar, é definido como “falar sobre o vencido” (falar sobre o que já
foi definido, deliberado). O presidente do Senado pode impedir o uso da palavra e
até cortar o microfone ao senador, tendo em vista que a matéria já foi deliberada
definitivamente e o discurso do senador nada agrega ao já decidido. A exceção
ocorre quando um senador pretende dar uma explicação pessoal em relação
ao seu voto. Neste caso, o Regimento Interno determina 5 minutos para o efeito.
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3 – Documentos sigilosos

Art. 20. Não será lícito ler da tribuna ou incluir em discurso, aparte, declaração de
voto ou em qualquer outra manifestação pública, documento de natureza sigilosa.

O Senado Federal recebe e produz documentos de natureza sigilosa (exem-


plo: declaração de guerra) e os senadores não podem, em hipóteses alguma,
fazer uso de informações obtidas em documentos sigilosos, expondo-as publica-
mente (em um discurso, por exemplo), principalmente à imprensa.

4 – Falar sentado

Art. 21. O Senador, ao fazer uso da palavra, manter-se-á de pé, salvo licença para
se conservar sentado, por motivo de saúde, e dirigir-se-á ao Presidente ou a
este e aos Senadores, não lhe sendo lícito permanecer de costas para a Mesa.

Em regra, o senador deve falar de pé para os seus pares, dirigindo-se ao pre-


sidente do Senado.
As exceções são:
• Por motivo de saúde - exemplo, um senador cadeirante, temporariamente
debilitado ou com obesidade mórbida.
• Aparte – deve ser feito sentado. O senador, ao proferir um aparte, ele o faz
sentado, pois quem está na tribuna, está discursando, portanto, quem pede
o aparte deve permanecer sentado em seu próprio lugar.

Nas votações, os senadores que permanecem sentados sinalizam o seus


votos a favor e os contrários, levantam-se.

5 – Não se dirigir ao presidente do Senado ou aos demais senadores

No uso da palavra, os senadores obrigatoriamente dirigem-se ao presidente


do Senado Federal e aos demais senadores, ou somente ao presidente do
Senado.
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6 – Costas para a mesa

O discurso dos senadores deve ser proferido de frente para a Mesa ou em


diagonal, nunca de costas.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Emerson Douglas.
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