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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CÂMPUS DOIS VIZINHOS


CURSO DE AGRONOMIA

LUCAS GABRIEL DA SILVA

CULTURA DO QUIABO

DOIS VIZINHOS
2017

1
LUCAS GABRIEL DA SILVA

CULTURA DO QUIABO

Revisão bibliográfica para a


implantação de projeto
relacionado com a cultura do
quiabo na UNEP de horticultura

DOCENTE: Dr. Dalva Paulus

DOIS VIZINHOS
2017

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 5

OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6

RESUMO ............................................................................................................................... 7

1. ASPECTOS BOTÃNICOS E MORFOLÓGICOS ................................................................ 8

1.1 CLASSIFICAÇÕES BOTÂNICAS ................................................................................. 8

1.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS ...................................................................... 8

2. LOCAL DE PLANTIO E PREPARO DO SOLO .................................................................. 9

3. ADUBAÇÃO ...................................................................................................................... 9

3.1 CALAGEM.................................................................................................................... 9

3.2 ADUBAÇÃO ORGÂNICA ............................................................................................. 9

3.3 ADUBAÇÃO MINERAL DE PLANTIO ........................................................................ 10

3.4 ADUBAÇÃO DE COBERTURA .................................................................................. 10

4. SEMEADURA .................................................................................................................. 11

4.1 ESPAÇAMENTO ........................................................................................................ 11

4.2 SEMENTE .................................................................................................................. 11

4.3 FORMAÇÃO DE MUDAS E COVOAMENTO ............................................................. 12

4.4 ÉPOCA DE SEMEADURA ......................................................................................... 12

5.TRATROS CULTUARAIS ................................................................................................. 12

5.1 DESBASTE ................................................................................................................ 12

5.2 IRRIGAÇÃO ............................................................................................................... 13

5.3 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS .......................................................................... 13

5.4 MANEJO DE DOENÇAS ............................................................................................ 13

5.5 MANEJO DE PRAGAS............................................................................................... 14

6. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO ................................................................................ 15

CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 17

3
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 18

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INTRODUÇÃO

O quiabo é uma cultura de verão, conhecida pela sua rusticidade, havendo a


capacidade de se adaptar em condições com déficit hídrico e determinada
temperatura alta. Essa hortaliça é conhecida no mercado consumidor por possuir um
bom valor nutritivo, podendo ela ser consumida de diversas formas diferentes, como
também possui potencial para ser utilizada na produção de óleos.
O cultivo do quiabo no Brasil é mais praticado por pequenos produtores, neste
caso é uma atividade da agricultura familiar. Sendo nas regiões onde há uma maior
predominância de calor, onde o cultivo é amplo e também onde realiza-se mais
estudos sobre o quiabo.
Com isso o objetivo desse trabalho foi elaborar uma pesquisa bibliográfica
relacionada com a cultura do quiabo, a fim de adquirir conhecimentos sobre, para
assim poder implantar projetos relacionados com a cultura.

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OBJETIVOS
OBJETIVOS GERAIS
Realizar uma revisão bibliográfica para a obtenção de conhecimento
sobre a cultura do quiabo, para assim adquirir aptidão para a implantação de
projetos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer práticas especifica sobre a cultura do quiabo para servirem como
base para manejá-lo.
Implantar projetos baseados nessa revisão bibliográfica.

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SILVA,L.G. Cultura do quiabo. Revisão bibliográfica para a implantação de projetos
sobre a cultura do quiabo, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2017

RESUMO
O quiabo é uma cultura que possui uma grande adaptabilidade a condições cálidas,
podendo ser cultivado em uma vasta região no Brasil.Possui hábito ereto, colmo
semilenhoso, havendo a capacidade de desenvolver hastes laterais a partir da haste
principal, as folhas possuem um formado palmado, raiz pivotante, os frutos são
cilíndricos podendo desenvolver em média 60 sementes por frutos, havendo as
sementes colorações que variam de cinza, amarelo para marrom indicando a cor o
poder germinativo das mesmas, a superfície das folhas, frutos e sementes são
revestidos por uma pilosidade que pode provocar irritações na pele do coletor,
devendo o mesmo estar trajado devidamente.O plantio pode ser realizado entanto
de forma direta em covas e sulcos ou por meio de mudas, o espaçamento utilizado
por diversos produtores é em torno de 100 a 80 cm entre linhas e de 50 a 40 cm
entre plantas, possuindo a densidade uma grande influencia na produtividade da
cultura.Quando o plantio é direto e a cultura chega a 20 a 30 dias após a
germinação é necessário realizar o desbaste deixando uma planta por cova, não há
necessidade de irrigação pois o quiabo adapta-se a condições de seca, sendo
apenas necessária no período de plantio. O manejo de plantas daninhas deve ser
realizado 25 dias após a emergência para evitar perdas da produtividade, sendo as
plantas daninhas controlada pelo uso de agrotóxicos e controles culturais. As pragas
e doenças podem interferir na produtividade da cultura, sendo um manejo o uso de
agrotóxicos( mas pode haver uma busca por praticas sustentáveis e baratas).A
colheita deve ser realizadas nos horários mais frescos do dia, dando preferência aos
frutos de possuem o tamanho de um palmo e que não estejam duros. O objetivo
dessa revisão foi adquirir conhecimento que possam servir como base para manejar
a cultura do quiabo.

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1. ASPECTOS BOTÃNICOS E MORFOLÓGICOS

1.1 CLASSIFICAÇÕES BOTÂNICAS


O quiabo é uma dicotiledônea sendo pertencente a ordem Malvales, família
Malvaceae e ao gênero abelmoschus. Seu nome científico é Abelmochus
esculentus Moench.

1.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS


É uma planta arbustiva de hábito anual, de porte ereto, seu caule é semi-
lenhoso e pode atingir uma altura média em torno de 0,50 a 3 m. As hastes, folhas e
frutos são cobertos por uma pilosidade de aspecto áspero (MINAMI et al,1998 p.9;
FILGUEIRA,2013 p.394).

As folhas são grandes, lobadas e com pecíolos longos., havendo um formato


espalmado, sendo folhas do tipo composta e nervuras ramificadas.
(FILGUEIRA,2013 p.394).

Os frutos são do tipo cápsula, de coloração verde-clara, podendo um fruto


possuir 60 sementes de formato esférico de coloração acinzentada ou preta,
podendo às vezes ser de coloração marrom (MINAMI et al,1998 p.9). Normalmente
os frutos começam a se desenvolver ainda mesmo quando a planta apresenta um
porte baixo, ocorrendo eles na haste principal como nas hastes laterais
(FILGUEIRA,2013 p.394).

As flores são grandes e vistosas, apresentando pétalas com coloração


amarelada e uma coloração vermelha escura em seu centro. As flores abrem no
início da manhã ficando receptiva aos polinizadores, sendo a polinização
completamente dependente de insetos para sua ocorrência. (MINAMI et al,1998
p.9).

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2. LOCAL DE PLANTIO E PREPARO DO SOLO
O local escolhido deve possuir solos com boas características físicas, sendo
de preferência um local com uma boa drenagem, pois o desenvolvimento do
quiabeiro pode ser afetado em solos alagados, também não deve possuir histórico
com doenças e pragas que possam interferir no desenvolvimento da cultura, e, além
disso, deve possuir acesso fácil de água. (MINAMI et al,1998 p.14).

Segundo Carvalho et al(2017), é recomendado realizar aração de 25 a 30 cm


e em seguida uma gradagem. Sendo nesse momento recomendada a aplicação de
esterco e de calcário nas doses necessárias.

O ideal é realizar o plantio em solos ricos em matéria orgânica e com pH


entorno de 6,0 a 6,8, pois o quiabeiro é intolerante a solos ácidos (FILGUEIRA,2013
p.395).

3. ADUBAÇÃO

3.1 CALAGEM
A calagem deve ser realizada em torno de 30 dias antes do plantio para
aumentar a saturação de bases para 70-80 %, buscando um pH entre 5,5 e 6,5,
sendo normalmente feita a aplicação no momento do preparo do solo, quando é feita
a aração e gradagem (FILGUEIRA,2013 p.395; TRANI et al,2013 p.1).

3.2 ADUBAÇÃO ORGÂNICA


Deve ser realizado 30 dias antes do plantio, devendo a aplicação ser uniforme
em toda a área, a quantidade a ser aplicada varia entre 10 a 20 T/ha, dependendo
de fatores como clima, teor de matéria orgânica, uso de irrigação, textura do solo e
ausência de nematóides (TRANI et al,2013,p.2).

Como fontes de adubos orgânicos normalmente são utilizados esterco de


animais, devendo passar por fermentação por meio de compostagem para serem

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utilizados. Outra alternativa é o uso da adubação verde, que consiste em utilizar
plantas com grande teor de massa seca, quando decomposto o resto de culturais ele
servem como matéria orgânica para o solo.

3.3 ADUBAÇÃO MINERAL DE PLANTIO


A quantidade a ser aplica de cada adubo mineral levasse em consideração os
resultados obtidos com a análise de solo, devendo ser aplicados no sulco 10 dias
antes do plantio. No quadro a seguir estão descritas as doses:

Quadro 1- DOSES DE ADUBAÇÃO MINERAL PARA O QUIABO

FONTE: TRANI et al,2013

Segundo Filguera (2013), pela semente ser sensível ao adubo químico, ele
deve ser aplicado no fundo do sulco, sendo coberto por uma camada de solo, o
plantio é realizado sobre está camada.

3.4 ADUBAÇÃO DE COBERTURA


A dose recomendada por Trani et al. (2013) é de 20 a 80 kg/ha de N e 15 a 60
kg/ha de K2O, devendo repetir a aplicação durante todo ciclo a cada 20-30 dias após
a primeira aplicação que é feita 20 dias após a emergência, dependendo do
desenvolvimento da cultura.

Filguera (2013), recomenda que as aplicações devem ser divididas de 4 a 5


vezes, onde no ciclo deve ser aplicados 100 a 160 kg/ha de N e 80 a 100 kg/ha de
K2O no total, sendo a primeira aplicação após o desbaste sendo repetido a cada 30
dias a aplicação.

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4. SEMEADURA

4.1 ESPAÇAMENTO
O espaçamento é muito variado na cultura do quiabo, havendo uma
recomendação diferenciada por parte de diversos autores, variando entre 1 a 1,5 m
entre linhas e de 0,25 a 0,5 m entre plantas.

No caso do estudo realizado por Junior et al. (2005), com a diminuição do


espaçamento, obteve-se uma maior densidade de plantas, resultando no aumento
da produtividade por hectare em comparação com a menor densidade, mas o
número de frutos por metros quadrados foi maior na densidade reduzida, além disso
a massa média do fruto não sofreu influencia com a variação de densidade, também
houve uma menor emissão de ramos laterais quando empregada a maior densidade.
O espaçamento entre linhas utilizado no estudo foram de 60, 80, 100, 120, 140 cm e
o espaçamento entre plantas foi de 50 cm para todos os tratamentos.

Gaion et al. (2013), com seu estudo realizado em relação ao espaçamento


entre plantas com tratamentos de 0,10, 0,20, 0,30 e 0.40 m 1 a 1,2 m, chegou a
conclusão de que 0,10 teve a maior produtividade, provocando a densidade elevada
uma competição intraespecífica entre as plantas, e os resultados em relação a altura
não tiveram diferença estatística. Além disso, foi observado que a massa de fruto
sofreu influencia com o espaçamento entre plantas, pelo fato de haver a diminuição
de hastes reprodutivas.

Para Filgueira(2013), o ideal no espaçamento entre plantas seria de 20 a 30


cm, com plantas isoladas para adquirir produção na haste principal e para grupos
de duas plantas juntas, a distância deve ser de 50 cm.

4.2 SEMENTE
As sementes devem ser emersas em álcool etílico por cerca de 30 a 60
minutos ou colocadas em um saco de pano emergido em água por 24 horas, para
assim ocorrer à quebra da dormência. Se não feito esse processo a germinação
pode demorar em torno de 15 a 20 dias(FILGUEIRA, 2013, P.396).

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Segundo Minami et al.(1998), foram realizados estudos onde o uso do álcool
com intuito em quebrar a dormência da semente não foi muito eficiente com algumas
cultivares.

As sementes de coloração verde ou cinza são as que possuem um maior


poder germinativo, quando as sementes de coloração amarelas, marrons ou pretas,
apresentam um poder germinativo menor(

4.3 FORMAÇÃO DE MUDAS E COVOAMENTO


A formação de mudas pode ser feita em copinhos de jornal ou em saquinhos
plásticos com dimensões de 15 cm de altura e 6 cm de diâmetro, devendo o
transplante ser feito antes que a raiz atinja o fundo do recipiente, conservando o
papel e no caso do plástico ele deve ser retirado(Filgueira,2013, p. 396).

O plantio direto é feito por meio de covas, sendo normalmente


demarcadas no sulco de plantio cada uma a cada 40 a 50 cm ou as covas são feias
diretamente sem o sulco, em cada cova são depositadas de 3 a 5 sementes.
(MINAMI et al,1998 p.15).

4.4 ÉPOCA DE SEMEADURA


Por o quiabo ser uma planta de verão, sua época de plantio varia dependendo
da região, sendo que seu plantio pode ocorrer no ano todo em regiões quentes, em
regiões frias pode ser feito na primavera( setembro a janeiro) e em regiões onde o
clima é mais ameno pode ser feito de agosto a março(CARVALHO et al,2017).

5. TRATROS CULTUARAIS

5.1 DESBASTE
Esta prática apenas é empregada quando a semeadura é realizada de forma
a direta. Ela consiste em desbastar (raliar) cada cova, buscando deixar de uma a
duas plantas em cada uma. Normalmente realiza-se este trato cultural quando a
plantio atinge um porte em torno de 15 a 20 cm, em torno dos 20 dias após a
germinação(FILGUEIRA,2013; CARVALHO et al,2017).

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5.2 IRRIGAÇÃO
O quiabo é uma planta que não possui uma grande exigência hídrica,
havendo um ótimo desenvolvimento em períodos de seca, havendo apenas
necessidade de irrigação no período do plantio.

A irrigação é realizada no sulco, ou por meio de aspersores elevados por


meio de tripés, uma alternativa é o uso de gotejo.

5.3 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS


As plantas daninhas possuem influencia direta na produtividade das culturas
em gerais, por elas interferirem causando algum tipo de competição. Os principais
fatores que elas competem são: espaço, luz, água, nutrientes e CO 2. O manejo de
plantas daninhas é essencial, pois dependendo do grau de interferência as perdas
podem variar de 10 % a 80 % da produção.

Segundo estudos realizados por Silveira et al.(2010), o período anterior a


interferência (PAI) obtido foi de 25 dias após a emergência (DAE) na cultura do
quiabo, podendo o PAI ser prolongado para 31 DAE e PCPI(período critico de para
interferência) para 54 DAE, se considerar uma perda de 10% da produção,
chegando a período de prevenção total (PTPT) de 85 DAE.

Há diversas formas de realizar o controle de plantas daninhas na cultura do


quiabo, podendo ser realizado por meio de capina (evita-se capina profunda),
aplicação de agrotóxicos e consorciação com outras culturas (a planta usada no
consórcio exerceria no caso um efeito negativo apenas no desenvolvimento de
plantas daninhas).

5.4 MANEJO DE DOENÇAS


As principais doenças são Oídio, Murcha-verticiliar, Murcha-fusariana ,
Podridão-úmida, Crestamento-das-folhas.

Oídio: causa pelo fungo Erysiphe polygoni. Ocasionando manchas


esbranquiçada, pulverulentas, na face inferior das folhas, podendo cobrir toda a
superfície. Temperatura amena e baixa umidade relativa favorece seu

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desenvolvimento. Seu controle é realizado por meio de fungicidas (FILGUEIRA,2013
p.397).

Murcha-verticiliar e Murcha-fusariana: doenças causadas pelos fungos


Verticillium dahliae e Fusariu oxysporum var. vasinfectum. Ocorre clorose nas
folhas e murcha das brotações laterais, podendo a evolução dos sintomas causar a
morte das plantas. Os principais meios de controle são: uso de cultivares
resistentes, sementes isentas desses fitopatógenos, rotação de cultura e tratamento
de sementes com fungicidas (FILGUEIRA,2013 p.397).

Podridão-úmida: causada pela bactéria Pseudomonas syringae, ataca o


fruto ocasionando a podridão e coloração escura na polpa. Alta umidade relativa no
ar e temperatura amena favorecem seu desenvolvimento. O melhor controle é a
utilização de cultivares resistentes e pulverização de fungicidas cúpricos.
(FILGUEIRA ,2013 p.398).

Crestamento-das-folhas: o agente causador é a bactéria Xanthomonas


campestris pv. Malvacearum, provoca manchas angulosas e queima nas margens
do limbo foliar, a partir das folhas mais velhas para as mais novas. Umidade relativa
do ar elevada e temperatura amena favorecem a doença. Controle é feito com o uso
de cultivares resistentes e pulverização de fungicidas cúpricos (FILGUEIRA ,2013
p.398).

5.5 MANEJO DE PRAGAS


As pragas que mais atacam o quiabeiro são: pulgão, Pulgão das raies,
Lagarta dos frutos, Formiga lava-pés e ácaros verdes e vermelhos.

Pulgão(Aphis gossypii): ataca a planta desde de o inicio de


desenvolvimento, podendo interferir no crescimento,provocando o enrolamento das
folhas, podendo causar morte das plantas. Sua presença pode ser detectada com a
presença de formigas atraídas por açucares exsudado por eles, como também a
presença de manchas pretas, provocadas pelo ataque de fungos. Controle
inseticidas sistêmicos(MINAMI et al,1998 p.26).

Pulgão das raízes (Smythurodes betae): possui uma coloração negra,


branco quando alado, sem asas, ele ataca as raízes formando colônias nelas,

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podendo seu ataque provocar a quebra da resistência de patógenos por parte da
planta. Controle inseticidas sistêmicos ou granulados no plantio(MINAMI et al,1998
p.27).

Lagarta dos frutos(Platyedra gossypiela): ataca principalmente os frutos,


provocando perfurações e abrindo entradas para microorganismos, deixando os
frutos impróprios para a comercialização, sendo atacados os botões florais
diminuindo a produção(MINAMI et al,1998 p.27).

Formiga lava-pés(Solenopsis saevissima): são formigas que formam suas


colônias do colo da planta, atacando raízes, caules e frutos novos. Podem prejudicar
o desenvolvimento das flores e também causam a destruição do ponteiro principal
(MINAMI et al,1998 p.28).

Ácaros verdes e vermelhos: O ácaro verde não produz teia e causa manchas
amareladas nas plantas, quando o ácaro vermelho forma teias onde deposita seus
ovos e provoca manchas esbranquiçadas na face inferior da folha e bronzeadas na
face superior. Seu controle pode ser feito por meio de irrigação do tipo aspersão,
onde o ácaro é lavado da folha(MINAMI et al,1998 p.28).

6. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO
A produção começa de 60 a 75 dias após a semeadura, podendo a produção
durar de 5 a 8 meses em regiões com temperaturas quentes, e em regiões com
temperaturas baixas podem produzir por cerca de 3 a 4 meses. A produtividade
média é em torno de 15 a 20 t/ha (FILGUEIRA,2013 p.398i).

Para a realização da colheita o colhedor deve estar devidamente protegido


com vestimentas que protejam seu corpo, pois o quiabo pode causar irritações
quando em contato com a pele. De preferência de quem esta colhendo, utiliza-se
instrumentos como canivete ou tesouras para realizar a coleta do fruto, devendo
também utilizar luva, pois o fruto pode causar irritações nas mãos, o ideal é utilizar
caixas na coleta o fruto ser devidamente processado.

O ponto ideal para a colheita do fruto é quando ele atinge o tamanho de um


palmo (em torno de 10 a 15 cm), havendo uma preferência pelos frutos que não

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estejam duros. A colheita é realizada a cada um dia ou a cada dois dependendo da
cultivar utilizada.

Usualmente os frutos são embalados em bandejas com filme plásticos, caixas


com capacidade de 16 a 18 kg e por embalagens plásticas embaladas. Sendo a
comercialização realizada em mercados, restaurantes, feiras entre outros.

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CONCLUSÃO
Com o término desse trabalho percebe-se que o quiabo possui uma grande
importância na agricultura familiar, havendo uma grande importância economia em
regiões onde tem condições de escassez hídrica e temperaturas cálidas, como por
exemplo, no Nordeste brasileiro onde se tem uma prevalência desse tipo de
condições.
Contudo, a literatura relacionada ao quiabo encontra-se bastante escassa não
havendo muitas informações. Havendo também uma falta de incentivo para produzi-
lo no sul do Brasil, sendo a hortaliça nesta região bastante valorizada por causa da
baixa oferta, sendo possível adquirir boas produções e boa lucratividade.

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REFERÊNCIAS
CARVALHO, S.P., SILVEIRA, G.S.R., Cultura do quiabo. Departamento técnico da
Emater-MG, 2017.

FILGEUIRA, F.A.R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na


produção e comercialização de hortaliças Viçosa:UFV,2013, 3ª edição.p.396-398

GAION, L.A., ITO, L.A., GALATTI, F.S., BRAZ,L.T, Densidade de plantio na cultura
do quiabo, Nucleus,v10,n.2,out.2013.

MINAMI, K., MODOLO, V.A., ZANIN, A.C.W., NETO, J.T.,Cultura do quiabo: técnicas
para hortaliças resistente ao calor. ESALQ: Piracicaba, Série produtor rural n°3, 2ª
edição.

SANTOS, J.B., COELHO, P.S., COSTA, O.G., MATTA, P.M., SILVA, M.B e
DRUMOND NETO, A.P. Interferência de plantas daninhas na cultura do quiabo,
SBCPD Planta Daninha, Viçosa-MG, v.28,n.2,p.255-262, 2010.

TRANI,P.E., PASSOS,F.A., TEODORO, M.C.C.L., SANTOS, V.J., FRARE, P.


Calagem e adubação para a cultura do quiabo. IAC: Campinas(SP), março,2013.

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