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Bio – Pré-ENEM

Fisiologia humana – Parte 1


 Integração entre o organismo como um todo, através dos sistemas – Homeostase
 Esse controle da homeostase se dá pelo sistema de feedbacks, bloqueando ou
aumentando um estímulo. Feedback negativo é o tipo mais importante  Controle
da temperatura do nosso corpo, hipotálamo detecta o aumento ou a diminuição e
libera substâncias químicas que promovem várias mudanças, como o aumento do
metabolismo e os tremores (contração muscular). Depois, o hipotálamo percebe a
mudança e cessa o estímulo. Feedback positivo – Ocitocina
 Sistemas:

 Sistema digestório 
 Boca – Glândulas salivares – Faringe – Esôfago – Estômago – Intestino delgado
– Fígado – Pâncreas – Intestino grosso - Ânus
 Basicamente um longo tubo com regiões especializadas e por glândulas anexas
(fígado, salivares e pâncreas). Função: Fornecimento de água, íons e nutrientes.
Ingestão – Digestão – Absorção – Eliminação
 A digestão é basicamente a quebra das grandes moléculas em pequenas. Isso se
dá por diversos processos – Fenômenos físicos (trituração e transporte) e químicos
(degradação do alimento nas menores partes). A fragmentação aumenta a
superfície de contato com os sucos digestivos e os movimentos facilitam a mistura
e transporte. As enzimas são produzidas pelas paredes do tubo ou pelas glândulas.
 Mastigação  Processo físico e saliva, importante para umedecer o alimento
(bolo alimentar) e contém amilase, que quebra o amido em maltose e dextrinas.
Continua até o estômago, onde o pH inativa a enzima. A digestão do amido
termina no intestino delgado, com a amilase pancreático, lançada no duodeno.
 Deglutição  O bolo alimentar por ação da língua passa para a faringe (13 cm),
passando para o esôfago (25 cm) e deste para o estômago – movimentos
peristálticos. Engasgo  A epiglote e a glote controlam a entrada da laringe e do
esôfago. Sendo assim, quando engolimos, elas fecham a entrada da laringe e o
alimento passa para o esôfago. Ocasionalmente, o alimento passa à laringe e fecha
a entrada de ar, fazendo com que a pessoa morra. Medidas de emergência –
Manobra de Heimlich
 Quimificação  Transformação do bolo em quimo. Os dois esfíncteres do
estômago se fecham e o alimento é mantido ali, onde sofre a ação da enzima
pepsina (parede do estômago) – proteínas. Produzem também o Ácido clorídrico
para a atuação da pepsina. Produção de muco (proteção).
 Quilificação  O quimo vai para o intestino delgado (Duodeno – 25 cm – Jejuno
– 4,5 m – Íleo – 1,5 m). Fígado lança a bile armazenada na vesícula biliar e o
pâncreas lança a amilase e a tripsina (lipase e protease) no duodeno. O fígado é a
maior glândula com 1,5 kg e é responsável por degradação de álcool, síntese de
ureia e armazenamento de glicogênio. A bile não tem enzimas, mas emulsiona. O
pâncreas produz dois hormônios importantes. Fígado e pâncreas liberam
bicarbonato e aumenta o pH. Atuam no duodeno também, maltase, peptidase e
lipase produzida pelo próprio duodeno. O quilo contém os produtos finais, além
de água e de sais minerais. Processo de absorção – vilosidades, existem muitos
capilares sanguíneos e linfáticos. Capilares recebem aminoácidos, glicose, água e
sais minerais. Os linfáticos recolhem água, ácidos graxos e glicerol.
 A porção final do íleo se comunica com o intestino grosso, que é o ceco intestinal.
Associado ao ceco existe o apêndice. Na espécie humana não tem função. O
intestino grosso não tem vilosidades. Mede 1,5 m, sendo dividido em cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente e reto. Há absorção de água,
formação de fezes e secreção de muco. As fezes são eliminadas pelo ânus.
 O controle dos processos digestivos  São controlados pelo sistema nervoso
autônomo e por hormônios. A insalivação é controlada pelo SN. A digestão no
estômago é controlada pelo SN e por hormônios. Fig 3.11
 Gastrite  Inflamação da mucosa gástrica – Diversos fatores como álcool e
Helicobacter pylori. Pode provocar feridas, úlceras.
 Celíase. Genéticamente. Intolerância ao glúten. Pode causar emagrecimento,
crescimento deficiente, atraso na puberdade etc. Danifica as vilosidades.

Sistema Respiratório – Trocas gasosas  Respiração – Intracelular e


extracelular (trocas gasosas)
 Nariz – Laringe – Traqueia – Brônquios – Pulmões (Bronquíolos e Veias
pulmonares) – Diafragma
 Além do diafragma, a ventilação pulmonar é controlada pelos músculos
intercostais. Na inspiração, os músculos intercostais se contraem e levanta as
costelas e o diafragma contrai, deslocando-se para baixo (pressão negativa, como
uma seringa). Na expiração ocorre o contrário. Soluço
 As trocas gasosas ocorrem por difusão. Sangue venoso (CO2) e arterial (O2).
Hematose. Sai CO2 do venoso e vai para o alvéolo e entra O2, passando a arterial.
O O2 é transportado pelas hemácias (a maior parte) e outra pelo plasma. No
sangue que passa pelos pulmões, o O2 combina-se com a Hemoglobina (Hb)
durante a hematose, formando um composto instável denominado oxiemoglobina.
Nos tecidos, o O2 desprende-se da oxiemoglobina, deixando a hemoglobina livre.
O CO2 difunde-se dos tecidos para o sangue, e parte dele torna-se
carboemoglobina. A maior parte é transportado pelo plasma, principalmente sob
forma de íons bicarbonato. Nos pulmões, o CO2 difunde-se para os alvéolos.
 O controle da respiração – Pode ser tanto voluntário, quanto involuntário. O
involuntário ocorre na maior parte do tempo. Ocorre principalmente em resposta
a alterações no pH. Quimiorreceptores – centrais – Bulbo detecta no líquor –
Periféricos – arco aórtico e carótida. Processo de inspiração  redução do pH.
Nervo vago. Quanto tentamos prender a respiração  Movimento
involuntário supera o voluntário.
 Curva de dissociação do oxigênio da hemoglobina  Quanto maior a
concentração de O2 mais estável é, porém quando a concentração de O2 diminui,
o gás é liberado. Libera o O2 para tecidos ativos, como os músculos, o que
provoca liberação de CO2. Reduz o pH no meio e induz a hemoglobina a liberar
mais O2. A Hb fetal é diferente da materna, pois tem maior afinidade com o O2.
Sistema Cardiovascular  Função – Circulação
 É dividido em dois distritos: o sanguíneo e o linfático. O sanguíneo possui o
coração como órgão central da circulação, que impulsiona o sangue para vasos
denominados artérias. Estas se ramificam em vasos cada vez mais finos, as
arteríolas, e depois em capilares, os quais conduzem sangue entre as células
dos tecidos. Os capilares reúnem-se em vênulas e as veias, as quais chegam
ao coração.
 Pequena circulação – O caminho que o sangue faz do coração ao pulmão e
vice-versa  O sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria
pulmonar, faz a hematose, e o sangue arterial é levado ao coração pelo átrio
esquerdo, por veias pulmonares. Grande circulação  O sangue arterial
passa ao ventrículo esquerdo, passando para a artéria aorta, que leva para os
diferentes lugares do corpo. Há as trocas gasosas. O sangue venoso chega ao
átrio direito pelas veias cavas superior e inferior.
 Organização dos vasos sanguíneos  Endotélio – Músculo liso – Tecido
conjuntivo. As artérias apresentam musculatura lisa muito desenvolvida, já as
veias precisam da musculatura esquelética para ajudar. Nas veias há válvulas
que impedem o refluxo do sangue. Contração dos músculos força o sangue em
direção ao coração. Relaxamento, as vezes se enchem de sangue que vem da
parte inferior.
 O distrito linfático  Formado inicialmente por vasos inicialmente muito
finos, os capilares linfáticos, que têm fundo cego e se localizam entre as
células do tecido. Eles drenam o fluido intercelular, que passa a ser
denominado linfa ao entrar nos capilares linfáticos. Desembocam nos ductos
linfáticos. Levam linfa para veias de grande calibre do distrito sanguíneo.
Possuem válvulas. Há linfonodos, cuja função é filtrar a linfa, retirando
bactérias e outros agentes que possam ser nocivos ao organismo. Participam,
também, órgãos, como baços, tonsilas, adenoides e medula óssea vermelha.
Participam dos mecanismos de defesa.
 O coração – Possuem dois átrios e dois ventrículos. Não há mistura de sangue
arterial com venoso. Entre o átrio direito e o ventrículo direito encontra-se a
válvula tricúspide e entre o átrio e ventrículo esquerdo há a válvula mitral. Na
abertura da artéria pulmonar no ventrículo direito há a valva pulmonar, e na
abertura da aorta no ventrículo esquerdo encontra-se a valva aórtica. Os
movimentos de contração são chamados sístoles e o de relaxamento diástole.
 Quando os átrios estão em sístole, bombeiam sangue para os ventrículos, que
estão em diástole. Quando os ventrículos entram em sístole, os átrios entram
em diástole, recebendo sangue venoso proveniente do corpo (átrio direito) e
sangue arterial proveniente do pulmão (átrio esquerdo). Os batimentos do
coração humano obedecem ao ritmo de impulsos provenientes de dois nós
especiais do músculo cardíaco. Nó sinoatrial, atuando como marca-passo,
determina a contração dos átrios. Desse nó partem impulsos em direção ao nó
atrioventricular, que determinam a sístole dos ventrículos. Os batimentos são
originados por fenômeno miogênicos, por isso bate um pouco fora do corpo
recém-falecido.
 Os batimentos têm mecanismos reguladores relacionados com o sistema
nervoso autônomo. Provocam ajuste na frequência dos batimentos. A partir da
sístole e diástole que se mede a pressão arterial. 12 por 8, significa 120 mmHg
para a pressão sistólica e 80 mmHg para a pressão diastólica.
 Circulação linfática  Os capilares linfáticos coletam o líquido intersticial,
que depois retorna ao sangue.
 Em outras palavras, o Sistema Linfático é um lixeiro que remove o excesso de líquido,
proteínas, detritos orgânicos e outros materiais dos espaços intersticiais. E esse
retorno da proteína para o sangue é função essencial, sem a qual morreríamos em
cerca de 24 horas.
 Além disso, a linfa é carreadora de agentes da imunidade (células de defesa). À
medida que a linfapassa pelos linfonodos os agentes agressores (bactérias, vírus)
são quase inteiramente removidos e destruídos.
 Esse sistema não é um Sistema Circulatório, pois transporta a linfa da periferia ao
centro em um sentido único, formando uma circulação unidirecional, sendo mais
conveniente chamar de transporte linfático e não de circulação linfática.
 A linfa está presente nos espaços intersticiais, resultante
 das trocas entre o sangue e tecidos, ou seja, o excesso de
 líquido que não retornou ao sangue dos capilares.
Visão geral dos mecanismos de defesa do corpo humano/;
 Mecanismos de defesa inespecíficos – Não distinguem um agente infeccioso de
outro. Duas linhas de defesa  Primeira linha formada pela pele e pelas
membranas mucosas. A segunda linha são substâncias químicas e células que
matam indiscriminadamente, agem imediatamente após a infecção.
 Mecanismos de defesa específicos: A terceira linha e última linha de defesa é o
sistema adquirido. Participam os órgãos linfoides, os linfócitos, os plasmócitos,
que constituem o sistema imunitário.
 Sistema imunitário – Especificidade e memória. O elemento estranho é chamado
de antígeno. O sistema reage produzindo uma proteína chamada anticorpo, que é
específica. O antígeno está presente nos envoltórios de microorganismos e na
superfície de materiais, como pólen. Os anticorpos são denominados
imunoglobulinas, é altamente específico. O corpo humano é capaz de produzir
grande número de anticorpos diferentes em resposta à grande quantidade de
antígenos.
 Ao nascer, uma criança já recebeu de sua mãe, pela placenta, anticorpos prontos;
além disso, recebe outros da amamentação (colostro).
 Possui memória  Lembram de um antígeno que já entraram em contato e
conseguem produzir o anticorpo necessário. Participam os linfócitos B e T. Há
dois tipos de T  Citotóxicos (CD8)  Unem-se às células infectadas e as
destroem. Chamados de linfócitos assassinos. São as principais células
responsáveis por rejeitar órgãos transplantados. Auxiliares (CD4)  Participam
de mecanismo que ativam os linfócitos T e estimulam os linfócitos B a produzirem
anticorpos.
 Imunização passiva e ativa  A imunização ativa  Consiste na própria
resposta do organismo, produzindo anticorpos quando em contato com antígenos,
sendo de maneira natural ou de maneira artificial  Vacinações. Imunização
passiva são introduzidos os anticorpos já prontos para o combate a um antígeno
específico Utilização de soros. Pode ser de forma natural ou artificial. Picada
de animais peçonhentos.
 Ao observar que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde
que tivessem adquirido a forma animal da doença, Jenner extraiu o pus da mão de
uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino
saudável, James Phipps, de oito anos, em 04 de maio de 1796. O menino contraiu
a doença de forma branda e logo ficou curado. Em 1º de julho, Jenner inoculou
no mesmo menino líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não
contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola.
 O soro antiofídico é um medicamento para tratar mordidas de cobras venenosas.
É obtido a partir de anticorpos do sangue do cavalo.Foi descoberto por Albert
Calmette, um bacteriologista francês. Sua descoberta serviu de base para os
estudos de Vital Brazil que desenvolveu o soro usado hoje em todo o mundo. Vital
Brazil descobriu a especificidade do soro, percebendo que cada veneno produzia
um soro específico, isto é, o soro obtido a partir do veneno do animal que causa o
acidente só neutraliza a ação desse veneno.
 O processo de produção do soro antiofídico consiste na aplicação de pequenas
doses de veneno no animal. Neste período, o organismo do cavalo produz
anticorpos contra o veneno. Depois de um determinado período sofre sangria. Os
anticorpos são separados por centrifugação do sangue. Em seguida ele sofre
liofilização (remoção de água) e é armazenado.
 O que é a febre? Quando há uma infecção são liberadas toxinas e substâncias
pirogênicas derivadas da degradação dos agentes infecciosos pelos macrófagos.
Essas substâncias chegam ao cérebro pela corrente sanguínea. O cérebro manda
um estímulo nervoso para os músculos, ordenando sua contração e para a pele,
vasoconstricção. Assim, o calor fica retido. A elevação da temperatura inibe a
reprodução do microrganismo, intensifica a fagocitose, aumenta a velocidade de
reações etc. Mas é perigoso, visto que pode haver desnaturação de proteínas.
 O que é alergia? Hipersensibilidade do sistema de defesa. Os tipos mais comuns
estão relacionados aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E. As IgE ficam
aderidas à membrana dos mastócitos que ficam no tecido conjuntivo. Ao se
ligarem com os antígenos, liberam agentes inflamatórios, como histamina.
Provocam a dilatação dos vasos e alteram a permeabilidade, fazendo com que
fique inchado e vermelho. O choque anafilático é uma violenta reação alérgica,
causada por hipersensibilidade a certas substâncias. Rápida eliminação da
histamina e rápida vasodilatação, consequente perda da pressão sanguínea,
podendo haver morte em poucos minutos.

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