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produtos e serviços
Aprenda como definir o preço certo e
entenda por que essa decisão é importante
para a manutenção do seu negócio
Índice
Introdução 3
Considerações finais 28
Referências 30
O preço de venda é considerado o mais flexível quando falamos dos itens relacionados a um produto ou serviço, por isso,
ele pode afetar rapidamente a competitividade, o volume de vendas e a lucratividade do negócio. Muitos donos de negócios
ainda têm dificuldade em estabelecer um preço adequado e acabam usando apenas uma ou duas variáveis, como o custo
fixo, o benchmarking ou o custo da matéria-prima. Na realidade, precificar exige um pouco mais de tempo, de números e de
matemática.
Porém, você não precisa se preocupar, pois estamos aqui para ajudar nesta tarefa. Com este guia, você vai entender com mais
detalhes a importância da precificação, como definir o preço de um produto e de um serviço e também a diferença entre preço e
valor. Para fechar, apresentamos um pequeno dicionário com alguns termos que estão diretamente relacionados à formação de
preço, assim, quando surgir qualquer dúvida, você pode consultá-lo e resolver a questão.
Boa leitura!
Outro ponto importante é entender que o preço não está limitado somente à estratégia de atração de clientes. Há diversas
razões para ser criterioso ao estabelecer um valor para a venda. Veja algumas que merecem destaque:
Satisfazer o consumidor: sim, um preço que se ajusta ao bolso do cliente é uma das razões para
ele comprar de você.
Ajustar-se ao público-alvo: o preço é também uma forma de dizer ao mercado a que tipo de
consumidor sua empresa é voltada.
Enfrentar a concorrência: uma política de preço possibilita ao gestor conhecer até onde pode ir
para se manter competitivo.
Pagar obrigações: uma correta precificação garante que haja recursos em caixa para o custeio
da operação e o pagamento das obrigações relacionadas a ela, como salários e impostos.
Bom, já de início deu para perceber que estabelecer o preço correto é realmente algo que merece dedicação, afinal, nunca é
demais lembrar que desse valor depende a sobrevivência do negócio e, consequentemente, do dono e de seus funcionários, não
é verdade? Por isso que agora vamos mostrar como trabalhar para que o preço não influencie negativamente a rentabilidade e a
lucratividade da sua empresa.
Como já dissemos, o preço precisa ser, no mínimo, suficiente para pagar aquilo que se está vendendo. É o que chamamos
de ponto de equilíbrio: quando os rendimentos da empresa são exatamente iguais à soma dos custos e das despesas. Ele é
calculado para saber quanto, em número de transações ou dinheiro, é preciso para bancar as operações sem ter prejuízo.
No entanto, esse ponto do equilíbrio não deve ser a meta de nenhuma empresa que se considere eficiente, pois não basta ter
uma boa rentabilidade, mostrando que sua empresa conseguiu o dinheiro necessário para pagar os custos e as despesas. É
preciso correr atrás da lucratividade, que é aquela parte dos recursos que sobra depois de saldar todas as obrigações.
Então, o ideal é que as empresas operem acima do ponto de equilíbrio, assim, além de terem lucro, podem realizar
investimentos e possibilitar o crescimento do negócio. E este desafio começa lá na precificação, quando aplicamos a margem de
lucro, que é um percentual adicionado aos custos totais de um produto ou serviço, formando o preço final da comercialização e
definindo a porcentagem de lucro que a empresa terá em cima daquela venda.
Mas nem tudo se resume a custos e despesas. Ao preço de um produto também deve estar agregado o valor que ele representa.
Parece uma conversa esquisita, afinal, preço e valor são a mesma coisa, certo? Errado! Diariamente, costumamos usar os dois
conceitos como sinônimos, mas eles não são. E é este o assunto do próximo capítulo.
A diferença entre
preço e valor
Na filosofia popular, é costume dizer que “o que tem preço, não tem valor”. Bem, não é exatamente isso, mas é bem próximo.
Fica mais fácil entender se pensarmos em caro e barato. Se um consumidor entra na sua loja e, ao avaliar um produto, o
considera caro, significa que ele tem a percepção de um custo muito alto para um produto com pouco valor. Já se ele considerar
barato, pode significar que o produto vale mais do que custa. Enfim, o ideal é que o preço seja justo e corresponda ao valor.
Por isso que é fundamental agregar valor ao produto ou serviço que se quer vender, pois dá um norte ao trabalho e cria
uma referência dentro do mercado. Principalmente se levarmos em conta o cenário econômico brasileiro, que passa por
instabilidades quase sazonais.
Ótimos exemplos de venda de valor são as empresas de alimentos e as indústrias automobilísticas. Tudo bem, você vai dizer,
mas elas são grandes, têm muito dinheiro e um alcance gigantesco dos consumidores. Só que precisamos lembrar que todas
elas começaram pequenas, assim como você, e alcançaram o patamar de hoje com muito trabalho, o que inclui a agregação de
valor aos seus produtos.
O mais importante dos exemplos é entendermos que eles não oferecem simplesmente comida ou carro. Por mais que, na
essência, o produto continue sendo um alimento ou um veículo, agora eles vêm acompanhados de algo a mais, um elemento
subjetivo capaz de conquistar e fidelizar consumidores: a experiência.
De uma forma ou de outra, são esses valores que movem as pessoas e colocam os preços em segundo plano. Tendo ou
não recursos financeiros, a vontade de consumir será despertada no público-alvo. No entanto, é preciso que essa oferta de
experiências diferenciadas seja bem trabalhada, com cuidado e sensibilidade. Caso contrário, o dono do negócio pode ver o
nome do seu produto ou serviço cair no esquecimento.
Trazendo para mais perto da nossa realidade, podemos voltar ao exemplo da instalação do ar-condicionado. Quem compra um
equipamento desses quer vê-lo instalado o mais rápido possível, principalmente se estiver no verão, não importando muito o
preço, mas, sim, a agilidade.
Vai demandar mais trabalho, com possíveis horas extras e, até, a contratação de mais mão de obra, mas no final quem conquista
o cliente é você, pois realiza o desejo dele de ter uma boa noite de sono com um dia de antecedência. Agora, sempre que
precisar de um trabalho ágil e de qualidade, vai lembrar do seu nome, seja para ele mesmo, seja para indicar a outras pessoas.
O importante dessa discussão sobre preço e valor é você, dono do negócio, entender que o preço final de um produto não deve
ser o resultado apenas de contas com números, mas também deve levar em consideração as necessidades e as vontades dos
consumidores.
Bem, entendido tudo isso, vamos às contas, afinal, elas são ponto de partida para fazer uma precificação correta.
O principal risco ao adotar uma estratégia de preços baixos é ter prejuízo mesmo com boas vendas. Isso acontece quando o
rendimento se torna insuficiente para cobrir todos os custos e despesas. Nesse cenário, o dono do negócio se engana com o
volume de clientes, pois sua margem de lucro está tão achatada que a empresa patina, acumula dívidas e não sai do vermelho.
Quando falamos em custos, estamos nos referindo aos gastos que são próprios da atividade, como a compra de
matéria-prima e o pagamento de fornecedores, enquanto as despesas são aquelas que dão suporte para que a empresa
Qual será o lucro da sua empresa com a venda de um determinado produto? Essa é uma questão importante, pois não
basta que o valor obtido seja suficiente apenas para cobrir os custos e as despesas. Se a sua política de preços garante que o
negócio somente sobreviva, sem proporcionar o ganho desejado, a estratégia está equivocada.
O lucro resulta da diferença entre o faturamento gerado pelas vendas de uma mercadoria ou serviço e os custos e despesas
existentes (estimados de acordo com o passo anterior). Não existe uma margem de lucro ideal que se aplique a todo o tipo
de empresa. Por isso, a sua busca deve ser pelo equilíbrio, visando uma rentabilidade responsável. Mas lembre-se que preços
baixos comprometem as finanças, enquanto valores altos afastam clientes e levam mercadorias a encalhar no estoque.
Outro aspecto que não pode ser esquecido é o mercadológico, ou seja, seu preço de venda deve ser compatível com as
exigências do mercado, não se distanciando daquilo que é praticado por seus concorrentes. Obviamente, determinadas
campanhas de venda podem jogar o preço para baixo temporariamente. É uma estratégia de enfrentamento pontual, mas não
um valor da empresa.
Não faça da guerra de preços uma ação permanente. Em primeiro lugar, porque talvez seu concorrente tenha conseguido
melhores condições que você junto aos fornecedores. Em segundo, porque a falência é um caminho provável ao tomar essa
direção.
Para calcular o preço de venda por markup, nós usamos como base o custo de produção. Ou seja, tudo o que você gastou
para produzir o item que será vendido, como a matéria-prima e mão de obra utilizada na produção. Para o caso de revenda de
produto, é o que você pagou para comprá-lo e levá-lo até a sua loja. Se é uma empresa de prestação de serviços, é a sua hora
de trabalho – ou do funcionário que desempenhou a atividade.
Primeiro, precisamos calcular o markup. Agora, para definir o preço de venda por
Para isso, basta aplicar a seguinte fórmula: unidade, é só multiplicar o markup pelo
100/100 - (DF+DV+ML). Vamos ver como fica: custo de produção. Assim teremos:
Usar a fórmula da margem de contribuição é uma outra maneira de planejar a precificação dos seus produtos e serviços. A
grande vantagem em relação ao cálculo do markup é que você pode usar a fórmula sobre o total de vendas de determinado
produto, o que permite visualizar melhor quando é conveniente mexer no seu preço para ganhar competitividade.
Além disso, também é possível usar o cálculo da margem de contribuição para saber quantas vendas são necessárias para
chegar ao ponto de equilíbrio em determinado período. Claro que isso só é possível com uma projeção de vendas realista.
Assim como no modelo anterior, aqui também precisamos calcular a margem de contribuição. A conta é bem simples:
Sendo que o valor das vendas considera o preço final pelo qual o produto ou serviço é ou será vendido. Os custos variáveis
são os mesmos custos de produção que falamos no markup, incluindo a variação para revenda de produtos e prestadores de
serviços. E as despesas variáveis são aquelas que mudam de período para período, como os impostos sobre vendas e a comissão
de vendedores.
As despesas variáveis são de 20% sobre a venda (em reais, temos R$ 7,52)
Com esse número em mãos, você pode fazer uma projeção de vendas para determinado período e verificar se a margem de
contribuição obtida é suficiente para cobrir todos os gastos com a produção e a venda do produto ou serviço.
Para consertar a situação, há 2 saídas. A primeira é mexer no preço do produto, e isso não significa aumentá-lo. Estudando
a concorrência, você pode perceber que seu preço está alto demais. E se ele custar R$ 35,00 em vez de R$ 37,60, será que as
vendas não fariam a receita aumentar? Mas tenha cuidado. Em vez de se basear na intuição, avalie o mercado com rigor.
A segunda saída é diminuir os custos de produção ou as despesas fixas. Ou seja, cortar os gastos supérfluos e otimizar os
processos produtivos. Se der resultado, o valor que ultrapassar o necessário para pagar as despesas fixas será o seu lucro.
Demos 2 exemplos bem práticos para você entender bem como precificar um produto ou serviço. Porém, não saia fazendo
contas atrás de contas e enlouquecendo seus parceiros, funcionários e fornecedores. Antes de tomar qualquer atitude, planeje!
Olhe com uma visão crítica para o negócio, analise os números que você já tem em mãos e, a partir daí, comece um processo de
precificação, seja de um novo produto ou serviço, seja a revisão dos preços daquilo que você já oferece.
São todos os valores associados à fabricação e produção daquilo que você oferece ao mercado. Então,
a matéria-prima, a depreciação de máquinas e equipamentos e a mão de obra produtiva, por exemplo,
configuram-se como custos, porque fazem parte do processo de produção. Quer dizer, impactam
diretamente naquilo que você manufatura. Eles podem ser fixos ou variáveis:
Fixos: não mudam conforme o volume de produção ou de vendas. Seu valor até pode ser alterado
por algum reajuste, mas ainda assim representa um gasto fixo, repetindo-se mês a mês e
integrando a estrutura do negócio, como o salário dos funcionários da produção.
Variáveis: estão diretamente relacionados com a produção ou as vendas. Por isso, ficam sujeitos a
mudanças de um período para outro. Quanto mais se produz ou vende, por exemplo, maior é a
necessidade de matéria-prima e, por consequência, o gasto para manter o negócio em
funcionamento.
Despesas
Variáveis: são aquelas que, além de terem uma variação grande de valor, também não ocorrem
com uma periodicidade preestabelecida. É o caso da comissão dos vendedores, dos valores
de frete e de demissões ou contratações.
Tributos
Os tributos são o conjunto de impostos, taxas e contribuições que formam a receita da União, dos
estados e dos municípios. Vamos entender melhor cada um deles.
Impostos: são um tipo de tributo, cujos recursos obtidos não têm uma destinação específica.
Geralmente são utilizados para o financiamento de serviços públicos, como educação, saúde e
segurança. Eles podem incidir sobre o patrimônio, como o IPTU e o IPVA, a renda (Imposto de
Renda Pessoa Física e Pessoa Jurídica) e o consumo, como o IPI e o ICMS.
Comissões
As comissões são um dos itens que compõem a folha de pagamento dos vendedores. No
comércio em geral, ela é calculada aplicando um determinado percentual sobre o valor de uma
venda. Mas também podem aparecer comissões sobre o faturamento da empresa e até sobre as
metas de produção ou de uma prestação de serviço. O importante é entender que esse valor que
será repassado para o funcionário deve constar na formação do preço do produto ou serviço. Ele
é um bom exemplo de despesa variável.
É o percentual adicionado aos custos totais de um produto ou serviço, formando o preço final da
comercialização e definindo a porcentagem de lucro que a empresa terá em cima daquela venda.
A margem de lucro está relacionada com a formação de preços e com a lucratividade da empresa
em relação ao investimento realizado.
Markup
O markup é um índice que mostra a relação entre o custo de produção e distribuição de um bem
ou serviço e seu preço de venda. Trata-se de um conceito aplicado à economia, à contabilidade e
à administração de empresas. Com ele, você chega a um valor que cobre todos os gastos fixos e
variáveis para a produção do item vendido e garante a margem de lucro pretendida.
Margem de contribuição
A margem de contribuição é o ganho bruto sobre as vendas, ou seja, o que sobra para a empresa
depois de pagar o custo de produção e os impostos referentes à comercialização do produto.
Com esta sobra, você deve pagar as outras despesas da empresa e obter o lucro. Usar a fórmula
da margem de contribuição é uma outra maneira de planejar a precificação dos seus produtos.
A lucratividade é uma medida para indicar quanto um negócio efetivamente ganhou em relação a
tudo o que recebeu. É fácil entender: quando uma empresa vende um produto ou um serviço, o
preço cobrado não é totalmente destinado ao negócio, uma vez que há custos com mão de obra,
estrutura, fabricação ou compra. Na prática, parte do dinheiro recebido é usada justamente para
pagar pelo processo que levou até a venda para o cliente. Para a lucratividade, a fórmula é dada
por: (lucro líquido / receita bruta) x 100, sendo que a receita bruta consiste na soma de todos
os recebimentos do negócio antes de qualquer desconto. Já o lucro líquido corresponde a quanto
efetivamente sobra para a empresa depois de descontados os valores devidos.
Rentabilidade
Taxa de cartão
É a taxa cobrada pelas transações feitas por meio de cartão, independentemente se for de
crédito, de débito ou parcelada. Há diferentes tipos de percentuais de cobrança, inclusive em
relação ao tipo de máquina. Eles podem ir de 2% para transações no débito em máquinas
convencionais a até 4% nas vendas no crédito pelas maquininhas wi-fi.
Controller na ContaAzul.
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