Respostas das questões apresentadas nos capítulos 
Capítulo 19  •  Controle Antecedente | Motivação  1
19 Controle Antecedente |
Motivação
Respostas [e Níveis] de Questões
para Aprendizagem
1. Q: Como muitas pessoas não estudiosas do com-
portamento nem modificadoras de comportamento
conceituam a motivação? [Nível 2/C] Ilustre com um
exemplo. [Nível 3/Ap]
R: Muitas pessoas não especialistas em comportamen-
to ou modificadores de comportamento conceitua-
lizam motivação como “alguma coisa” que está
dentro do indivíduo e causa as suas ações. Por
exemplo, o técnico de hóquei de Brittany diz que
ela é altamente motivada, porque se empenha
bastante nas práticas, não se atrasa e anseia por
praticar mais que as outras jogadoras. O técnico está
conceitualizando motivação como a causa do com-
portamento de Brittany. Qualquer exemplo apro-
priado é aceitável.
2. Q: Qual é o problema conceitual da visão tradicional
de motivação? [Nível 2/C] Ilustre com um exemplo.
[Nível 3/Ap]
R: Uma limitação conceitual da visão tradicional de
motivação é envolver o raciocínio circular. A “coisa”
causal (impulso, motivação etc.) é inferida a partir
do comportamento que supostamente explica (p.
ex., Por que Brittany empenha tanto esforço na
prática de hóquei? Por que ela é uma jogadora
motivada. Como sabemos que ela é uma jogadora
motivada? Porque ela se empenha bastante). Qual-
quer exemplo apropriado é aceitável.
3. Q: Descreva três problemas práticos com o conceito
de motivação como causa interna de comportamen-
to. [Nível 2/C]
R: (a) A ideia de que a causa dos comportamentos está
em nos próprios indivíduos pode os fazer ignorar os
princípios comportamentais para a mudança de
comportamento, bem como os dados que sustentam
a efetividade desses princípios comportamentais; (b)
pode influenciar algumas pessoas a culparem indi-
víduos por desempenhos inferiores (p. ex., “Shawn
simplesmente não está motivado o suficiente para
jogar beisebol”) versus tentar ajudá-los a melhorarem
o desempenho; (c) pode influenciar algumas pessoas
a se culparem por falhar em emitir certos comporta-
mentos (p. ex., “Simplesmente não estou motivada o
suficiente para conseguir nota 10 neste curso”), em
vez de examinarem as estratégias de autocontrole
para aprimorar o desempenho.
4. Q: Se por “motivar alguém a fazer alguma coisa”
queremos dizer nada mais que manipular as condi-
ções antecedentes para influenciar a pessoa a se
comportar de determinada modo, liste cada uma das
estratégias apresentadas nos Capítulos 17 e 18 para
realizar esta tarefa. [Nível 3/Ap]
R: Regras, metas, modelagem, orientação e indução
situacional. Cada uma dessas estratégias também
deve ser brevemente discutida.
5. Q: Defina operação motivadora. [Nível 2/C] Dê um
exemplo que ilustre ambos os aspectos dessa defi-
nição. [Nível 4/An]
R: Operações motivadoras (MO, do inglês motivation
operation) são eventos ou operações que (a) alteram
temporariamente a efetividade das consequências
como reforçadores ou punidores (efeito alterador
de valor); e (b) influenciam comportamentos que
normalmente levam aos reforçadores e punidores
(efeitos alteradores de comportamento). Por exem-
plo, privar alguém de comida aumenta a efetividade
da comida como reforçador e amplia a probabilida-
de de comportamentos produzidos pela comida no
passado. Qualquer exemplo apropriado é aceitável.
6. Q: Quais são as duas diferenças entre as operações
motivadoras estabelecedoras e as operações moti-
vadoras abolidoras? [Nível 4/An]
R: As operações motivadoras estabelecedoras (MEO,
do inglês motivating establishing operations) au-
mentam a efetividade de uma consequência como
reforçador ou punidor e aumentam o comportamen-
to (para os reforçadores) ou diminuem o comporta-
mento (para os punidores) que produziu a consequ-
ência. As operações motivadoras abolidoras (MAO,
do inglês motivating establishing operations) têm
efeitos opostos.
7. Q: Os efeitos alteradores de valor e comportamen-
to-alternantes das operações motivadoras incondi-
cionadas são aprendidos ou inatos? [Nível 2/C]
Discuta fazendo referência a um exemplo. [Nível 4/
An]
R: O efeito alterador de valor de uma UMO é inato.
Por exemplo, a privação de comida é uma UMO que
aumenta a efetividade da comida como reforçador
sem aprendizado prévio. Os efeitos alteradores de
comportamento de uma UMO são aprendidos. Por
exemplo, quando alguém está com fome, os com-
portamentos de olhar na geladeira ou ir a um fast-
2  Modificação de Comportamento | O Que É e Como Fazer
-food são aprendidos. Quaisquer exemplos apropria-
dos são aceitáveis.
8. Q: Os efeitos alteradores de valor e comportamen-
to-alternantes das CMO são aprendidos ou inatos?
[Nível 2/C] Discuta fazendo referência a um exem-
plo. [Nível 4/An]
R: O efeito alterador de valor de uma CMO é apren-
dido. Por exemplo, o anúncio feito pelo técnico de
Dawson acerca do programa de pontos para os jo-
gadores de basquete estabeleceu os pontos como
reforçadores condicionados, em virtude do apren-
dizado prévio. Os efeitos alteradores do comporta-
mento das CMO são aprendidos. Por exemplo, o
trabalho duro dos jogadores de basquete e os elo-
gios uns dos outros foram comportamentos apren-
didos que ocorreram como resultado da CMO.
Quaisquer exemplos apropriados são aceitáveis.
9. Q: Você descreveria a explicação dada pelo técnico
de Dawson sobre o programa de pontos aos joga-
dores de basquete como uma UMEO ou CMEO?
[Nível 3/Ap] Justifique a sua escolha. [Nível 6/Av]
R: A explicação sobre o programa de pontos dada pelo
técnico de Dawson era uma CMEO. A explicação
estabeleceu os pontos como reforçadores e influen-
ciou os jogadores a trabalharem por pontos, ambos
por causa do aprendizado prévio.
10. Q: Suponha que uma equipe de futebol americano
estivesse treinando há 1 hora, sob condições de
sol quente e sem água. O treinador diz para um
dos jogadores: “Aqui estão as chaves do meu
carro. Pegue as garrafas de água que estão no
bagageiro”. Este pedido seria classificado como
SD ou CMEO para pegar água? [Nível 3/Ap]
Justifique sua resposta. [Nível 6/Av]
R: O pedido para pegarem a água feito pelo técnico
de futebol é um SD, porque os jogadores já es-
tavam com sede e querendo água. O pedido
feito pelo técnico é um incentivo que diz aos
jogadores o que fazer (ir até o carro) para con-
seguir o que eles queriam (água).
11. Q: Suponha que um pianista estabeleça como meta
praticar para uma apresentação: “Antes de
poder parar de praticar, terei que tocar esta
composição 10 vezes seguidas, sem cometer
nenhum erro”. Esta meta é melhor conceituali-
zada como SD ou CMEO? [Nível 3/Ap] Justifique
a sua resposta. [Nível 6/Av]
R: A regra que a pianista estabelece para si mesma
tende mais a ser uma CMEO que um SD, porque
a regra altera temporariamente o valor do re-
forçador condicionado de tocar a partitura sem
cometer erros, além de intensificar o comporta-
mento de praticar que levará àquele reforçador.
12. Q: Defina ecoico, tato e mando e dê um exemplo de
cada um não mencionado no livro. [Nível 3/Ap]
R: Ecoico consiste em uma resposta de imitação vocal
geralmente reforçada por um reforçador social.
Por exemplo, quando uma mãe ensina seu bebê
a dizer “Mamãe”, poderia dizer a ele “Diga
mamãe”. Posteriormente, se a criança imitar
“Mamãe”, a mãe a elogiará abraçando-a e di-
zendo “Isso, está certo, mamãe!”. Qualquer
exemplo apropriado é aceitável.
Tato é uma resposta de nomeação geralmente refor-
çada por um reforçador social. Por exemplo, um
professor da pré-escola ensina formas a um
aluno e aponta um quadrado dizendo “O que
é aquilo?”. Se a criança responder corretamente
dizendo “Quadrado”, será elogiada pelo pro-
fessor. Qualquer exemplo apropriado é aceitável.
Mando compreende uma resposta verbal que está sob
controle de uma operação motivadora e é re-
forçada pelo reforçador correspondente (ou pela
remoção do estímulo aversivo correspondente).
Um mando é um pedido ou uma demanda por
algo que uma pessoa “quer” e esta é reforçada
ao receber o que quer que seja que esteja que-
rendo. Por exemplo, uma criança faminta e que
fala de maneira limitada diz “Comida, por favor”
e, então, recebe um lanche. A fala da criança
dizendo “Comida, por favor” era um mando.
Qualquer exemplo apropriado é aceitável.
13. Q: Usando um exemplo, descreva como uma opera-
ção motivadora poderia ser incorporada em um
treino de mando com uma criança. [Nível 3/Ap]
R: Por exemplo, no ensino de comportamento verbal
a uma criança com incapacitação, o treinamen-
to poderia começar com a criança fazendo um
mando por um reforçador com alto valor moti-
vacional (i. e., uma bala). A criança recebe uma
bala na primeira tentativa e, então, totalmente
à vista da criança, o professor pode esconder a
bala e perguntar a ela “O que você quer? Diga
‘bala’”. Se a criança disser “bala”, receberá outra
bala. Em tentativas subsequentes, o professor
pergunta “O que você quer?” e reforça o pedi-
do de “bala”. Espera-se que, depois de algum
tempo realizando esse tipo de treinamento, a
criança passe a generalizar o mando por “bala”
a outras situações (p. ex., na loja, na cozinha
etc.). Qualquer exemplo apropriado é aceitável.
14. Q: Como uma CMEO foi usada para motivar o uso
de cinto de segurança entre motoristas idosos?
[Nível 4/An]
R: As placas com a frase “Use o cinto de segurança e
fique a salvo” colocadas ao redor da cidade de
Pleasant Oaks eram uma CMEO que aumentou
o valor reforçador do uso do cinto de segurança,
intensificando, assim, o comportamento dessa
prática.
15. Q: Como uma MAO foi aplicada para diminuir o
comportamento autolesivo de uma mulher com
profundo atraso no desenvolvimento intelectu-
al? [Nível 4/An]
R: A equipe de Brenda introduziu um esquema de
reforço não contingente, no qual davam atenção
a ela a cada 10 segundos. Isso serviu de MAO
para a atenção da equipe, porque saciava Bren-
da de atenção, e seu comportamento autolesivo
previamente reforçado por atenção imediata-
mente diminuiu a um nível baixo.
 Respostas das questões apresentadas nos capítulos 
Capítulo 19  •  Controle Antecedente | Motivação  3

Respostas [e Níveis] de Questões R: Por exemplo, as anfetaminas podem atuar como

Adicionais
1. Q: Dê um exemplo que ilustra que uma dada MO
pode afetar o valor de mais de um reforçador e
influenciar a ocorrência de muitos comportamentos.
[Nível 3/Ap]
R: Por exemplo, a privação de comida não somente
aumenta o valor reforçador da comida e leva a vários
comportamentos de busca de comida, como também
aumenta a probabilidade de comportamento de
busca de água.
2. Q: Dê um exemplo que ilustre como uma droga
poderia funcionar como MO. [Nível 3/Ap] Qual seria
o subtipo de MO (ver Figura 19.1)? [Nível 4/An]
Justifique a sua resposta. [Nível 6/Av]
uma UMAO, diminuindo a efetividade reforçadora
da comida.
3. Q: Diferencie entre um mando e uma intraverbal.
[Nível 4/An] Ilustre cada um deles com um exemplo
não descrito no texto. [Nível 4/An]
R: Uma intraverbal é uma resposta verbal sob o con-
trole de um estímulo verbal precedente, sendo que
não há correspondência ponto a ponto entre o es-
tímulo e a resposta. Por exemplo, um adulto per-
gunta a uma criança “Onde você vive?” e a criança
responde “Winnipeg”. Um ecoico também é uma
resposta verbal, contudo há correspondência ponto
a ponto entre o estímulo e a resposta. Por exemplo,
se o adulto diz “Diga ‘Winnipeg’” e a criança res-
ponde corretamente “Winnipeg”. Qualquer exem-
plo apropriado é aceitável.

Operação
motivadora (MO)

Operação motivadora Operação motivadora

estabelecedora (MEO) abolidora (MAO)

Operação motivadora Operação motivadora Operação motivadora Operação motivadora

estabelecedora estabelecedora abolidora abolidora
incondicionada (UMEO) condicionada (CMEO) incondicionada (UMAO) condicionada (CMAO)

Figura 19.1 Tipos de operação motivadora.