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Parte 5 : Gestão de Recursos Hídricos:
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1. Introdução
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pelo país nos últimos anos tem sido, entre outros, um fator limitante para a
implementação dos projetos e obras previstas
Em 1991, no âmbito de atividades do PROVIDA, o governo estadual
celebrou convênio com a companhia Docas do Rio de Janeiro, administradora
do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias - INPH, que previa um
conjunto de ações para o "Monitoramento Ambiental do Complexo Lagunar
da Região Sul de Santa Catarina". O plano de trabalho do INPH incluía estudos
e levantamentos na orla marítima, nas bacias e no interior do complexo lagunar,
contando para sua execução com a participação da Universidade Federal -
UFSC e da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL. A partir dos
dados hidráulico-sedimentológicos, meteorológicos, físico-químicos e
biológicos obtidos nos estudos, o INPH fez um conjunto de recomendações
"para a melhoria da qualidade de vida no complexo lagunar Sul-Catarinense"
(INPH, 1995). As recomendações foram agrupadas em três conjuntos
complementares entre si: aspectos hidráulicos; defesa do Complexo Lagunar
frente às áreas já degradadas; e aspectos físico-químicos e biológicos. Porém,
devido a restrições financeiras do Estado, os estudos não tiveram continuidade
e as medidas recomendadas não têm sido implementadas. Há, entretanto, no
presente, sinais que apontam para a retomada destas ações, mediante uma
ação coordenada das entidades de governo e a sociedade civil organizada.
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6. Conclusões
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Por outro lado, a gestão destes recursos, nos moldes propiciados pela política
nacional, haverá de produzir profundos impactos na gestão das ditas atividades
setoriais, seja em função do Plano de Recursos Hídricos, a ser aprovado no
comitê da bacia, seja em função dos rebatimentos causados pelo cobrança do
uso deste recurso natural, escasso, finito e vulnerável, até agora considerado
como se infinito fosse.
Neste contexto, o Comitê Tubarão está chamado a ter um papel de
máxima relevância no desenvolvimento regional na bacia. A adoção de um
plano de despoluição dos recursos hídricos da bacia e do estabelecimento de
metas setoriais para atingí-lo deverá ter rebatimentos praticamente em todas
as atividades desenvolvidas na bacia. E o seu papel de fórum de negociações
entre usuários e agentes sociais da bacia haverá de servir para o enca-
minhamento de soluções dos diversos conflitos hoje existentes.
Mesmo num cenário pessimista, sem um plano definido no curto prazo,
a outorga e cobrança, se exercidas, de fato, pelo poder público, a partir de um
sistema de informações adequado e atualizado, constituem-se em instrumentos
de gestão com potencial para induzir mudanças nas práticas de gestão setoriais.
Em síntese, a expectativa de implementação efetiva da política nacional
dos recursos hídricos e seus efeitos indutores na política estadual de Santa
Catarina configura-se numa injeção de ânimo, pelos rebatimentos integradores
que são previstos sobre as atividades desenvolvidas no sul do estado e, em
particular, na Bacia do Rio Tubarão e Complexo Lagunar.
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1. Introdução
2. Antecedentes
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das Águas da Câmara dos Deputados seu primeiro projeto sobre o assunto
(Valladão, 1933). A versão final aprovada em 1934 continha, além de
dispositivos gerais e abrangentes sobre o uso das águas, uma última parte - o
Livro III, de título Forças hidráulicas, regulamentação da indústria
hidroelétrica - que definia em detalhe condições específicas para o
aproveitamento energético das águas.
O Código das Águas constituiu um inegável avanço da regulação pública
sobre o uso das águas, especialmente ao se levar em conta que, na época em
que foi promulgado, flagrantes abusos vinham sendo praticados pelas grandes
empresas estrangeiras que exploravam os serviços públicos no Brasil em re-
gime de oligopólio. No entanto, ao aprofundar de maneira assimétrica o
detalhamento da regulamentação para uso energético das águas, o Código
contribuiu para que, na prática, a lógica energética viesse a preceder as demais
no processo decisório sobre o uso dos recursos. Dentro desse quadro, os usos
urbanos das águas e as interferências marcantes que os grandes sistemas
estruturais de aproveitamento hídrico tinham sobre as cidades tiveram um
peso cada vez menor no processo decisório real sobre as águas. Os conflitos
mais notórios entre aproveitamento energético e irrigação tiveram, em que
pese a hegemonia da lógica energética, maior destaque e importância na
regulamentação posterior ao Código das Águas do que aqueles
relacionados às cidades.
A enorme autonomia de que gozavam os concessionários de energia
elétrica na definição das grandes estruturas hidráulicas para aproveitamento
energético praticamente neutralizava a eficácia que pudessem ter os tímidos
instrumentos administrativos de política urbana com respeito à ordenação do
território das cidades. Os Municípios sempre puderam, dentro de suas
competências, agir sobre licenciamento de edificações, uso do solo e serviços
urbanos de uso local. No entanto, os instrumentos legais de que se utilizavam
eram isolados e limitados. Por outro lado, os sistemas de aproveitamento
energético das águas envolviam decisões marcantes sobre as estruturas
regionais e urbanas, dentro das competências delegáveis aos concessionários
nos termos do próprio Código das Águas, que em seu art. 151 estabelecia
que, "para executar os trabalhos definidos no contrato, bem como para explorar
a concessão", o concessionário teria os seguintes direitos:
a) utilizar os terrenos de domínio público e estabelecer as servidões
nos mesmos e através das estradas, caminhos e vias públicas, com
sujeição aos regulamentos administrativos;
b) desapropriar nos prédios particulares e nas autorizações preexistentes
os bens, inclusive as águas particulares sobre que verse a concessão
e os direitos que forem necessários, de acordo com a lei que regula
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4. Principais interações
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1. Introdução
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Tabela 2.1 - Medidas estruturais típicas, conceitos adaptados de Walech (1986) e Maksimovic (1999)
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Tabela 2.2 - Medidas não estruturais típicas. Conceitos adaptados de Walech (1986) e Maksimovic (1999)
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3. Macrodrenagem da RMSP
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Como pode ser visto nos capítulos anteriores, alguns dos problemas
principais encontrados na drenagem urbana dizem respeito à questões ligadas
à capacitação tecnológica, à falta de planejamento, à falta de padrões para a
execução de projetos e obras, aos problemas institucionais, à legislação e
fiscalização e, em especial, à questão de falta de verbas para a implementação
de medidas de mitigação das inundações.
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nesse tipo de processo, seja por outras questões, o caminho para o acordo da
forma de articulação mais adequada, para atender aos interesses de todos os
participantes é a negociação política.
Para a RMSP, dentro de suas atribuições, o Comitê da Bacia do
Alto Tietê propôs o estabelecimento da Câmara Técnica de Drenagem, da
qual participariam todos os órgãos e entidades, estaduais, municipais e
privadas, que de alguma forma atuam na problemática das inundações na
Região Metropolitana e de outros Municípios.
Esse, na opinião do autor, parece ser o princípio correto para a questão
da gestão na drenagem urbana, que pode ser estendida a qualquer bacia
hidrográfica brasileira. Nessa Câmara Técnica deveria ser criado um órgão
técnico permanente, formado de profissionais experientes, para assessorar a
Câmara Técnica na análise, estudo das alternativas e escolha das medidas
mais indicadas ao tratamento da drenagem de uma área específica. No
Brasil, isso é particularmente importante, pois, com as mudanças de
Governo, existe a tendência de serem alterados os componentes das
Câmaras Técnicas, prejudicando a continuidade das medidas. Além disso,
o horizonte de planejamento tende a ficar limitado à vigência do mandato
do Executivo e com a continuidade do trabalho dos assessores técnicos
não seria perdida a memória dos estudos anteriores, o que, em conjunto
com a experiência acumulada, contribuiria para direcionar o tratamento
da drenagem urbana da melhor forma.
A título de exemplo, a cidade de Denver, Colorado (EUA), criou o
“Urban Drainage and Flood Control District”, que vem há mais de 20 anos
adquirindo experiência e tecnologia e administrando a parte técnica da
drenagem urbana da cidade, com um sucesso considerável, tornando-se um
exemplo de excelência a ser seguido.
Com os conceitos de cobrança do uso dos recursos hídricos e aplicação
“preferencial” da receita obtida com essa cobrança na bacia de origem desta
receita, a drenagem urbana consegue outra fonte para cobrir os custos de
planejamento, projeto , obras e operação.
Entretanto a aplicação do princípio Usuário Pagador, estabelecido
pela lei federal 9.433/97 e pela lei 7.633, de 30/12/91, à drenagem urbana
não é imediata, dependendo ainda de estudos técnicos e jurídicos
aprofundados.
Em especial, no caso paulista, a cobrança ainda depende de lei em
tramitação na Assembléia Legislativa. No texto em discussão consta que a
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fixação dos valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos
considerará usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água
existente em um corpo d’água, semelhantemente ao que estabelece a lei 9.433/
97. Estipula, ainda, que a fixação dos valores a serem cobrados terá por base
o volume captado, extraído, derivado, consumido, e a carga dos efluentes
lançados nos corpos d’água. Embora isto abra caminho para a cobrança relativa
à drenagem urbana, ainda há muito que avançar no campo institucional e
jurídico, antes que isso se torne viável.
Outras fontes possíveis para o custeio dessas atividades seriam as que
vêm sendo estudadas pelo Município de Santo André, que são: a cobrança de
contribuição de melhoria; a utilização de recursos tributários, a obtenção de
financiamentos e a instituição de uma taxa de drenagem para conseguir os
recursos para a operação e manutenção.
Os critérios para a cobrança dessas taxas e tarifas devem ser
definidos nos próximos anos e são uma linha de pesquisa importante na
área de drenagem urbana.
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5. Uma avaliação?
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como uma realidade da região Nordeste. Isso significa também que a escola
deve ter com a comunidade uma relação de compromisso, para não se
apresentar como um elemento estranho à paisagem humana da região.
A formação de professores não pode esquecer as profundas diferenças
regionais e, dentro das regiões, as diferenças entre a zona rural e a zona ur-
bana. Não se trata, evidentemente, de oferecer formação de segunda categoria,
senão de ofertar formação adequada. Assim, também, os procedimentos
avaliatórios têm que ser repensados ou, deve-se dizer, reavaliados. A tendência
atual de se proceder a avaliações genéricas, que não levam em conta a realidade
da região, os seus limites e as potencialidades, tende a induzir a generalidades
no processo de ensino-aprendizagem.
6. Um epílogo
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1. Introdução
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Gráfico 2.3 - Crescimento, por década da potência instalada, área inundada e energia firme.
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Tabela 3.1 - Índice de eficiência de geração e de potência instalada, por décadas, e parâmetros utilizados
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Atlântico Sul e Sudeste (8) apresentam altos índices devido às grandes quedas,
características da região litorânea. Cabe ressaltar que a Bacia do Rio Paraná e
Paraguai (6) apresenta um índice acima da média nacional e é nesta região que
estão localizados os principais reservatórios de regularização do sistema interligado.
A diferença existente entre os índices de eficiência de geração e
de potência instalada, de cada bacia, deve-se às características do relevo, as
peculiaridades ambientais, sociais e culturais, bem como características de
cada empreendimento.
Gráfico 3.3 -Índice de eficiência de potência instalada e de geração atual por cada bacia hidrográfica
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4. Considerações finais
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1. Considerações iniciais
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5. Considerações finais
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1. Introdução
“Mais do que antes, então, natureza é algo feito. Para alguns isto
representa o fim da natureza (McKibben, 1989, in Braun e Castree,1998),
uma resposta enraizada firmemente num moderno realismo no qual a natureza
é vista como externa à sociedade: a sua outra. Desta perspectiva a natureza
deve ser protegida contra sua destruição pelos humanos e as linhas de batalha
devem ser marcadas para preservar seu caráter puro. Para outros, o
relacionamento da humanidade com a natureza, em todas as suas permutações,
é inevitável e inerentemente subversivo do dualismo natureza-sociedade. Vista
desta perspectiva, a intervenção humana na natureza não é assim não natural
nem algo a temer ou criticar. Isto não descarta limitadas ações humanas em
situações específicas, mas dessa perspectiva o que está em jogo não é preservar
os últimos vestígios da natureza pura, ou proteger a santidade do natural,
mas construir perspectivas críticas que focalizem a atenção em como naturezas
sociais são transformadas, por quais atores, em benefício de quem, e com
quais conseqüências sociais e ecológicas.” (Braun e Castree,1998 :4)
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que eles decidiram se organizar para obter a liberação dos pagamentos devidos.
Além do mais, a implementação das normas de controle dos pagamentos
ocorreu num ano complicado, como afirma um dos técnicos, em que “a praga
da mosca branca acabou com grande parte da produção de tomate e de outras
culturas; também houve flutuação de preços das mercadorias”. Esse era o
quadro geral da situação crítica dos colonos, pequenos produtores do Vale.
Todos esses pontos contribuíram para unir os colonos na busca de uma solução
para os seus problemas mais imediatos. Pelas tentativas, sem sucesso, de
encontrar um espaço comum, seja como produtores ou como trabalhadores
rurais, chegaram a se identificar como irrigantes.4
Em 1997 houve uma mobilização para criação do sindicato dos
irrigantes. Tal movimento começou com um protesto dos colonos produtores
contra uma determinação dos administradores do projeto Nilo Coelho, que
consistia em cortar a água usada na irrigação dos lotes. O primeiro problema
a resolver foi o da identidade dos participantes. Inicialmente, tentaram se
apoiar no sindicato dos trabalhadores, mas não puderam, como descreve um
dos nossos informantes: “Porque o sindicato dos trabalhadores é só dos
trabalhadores”. Depois, no sindicato patronal. Mas não se enquadravam
também nessa categoria.
A idéia de usar o termo irrigantes objetivava agregar todos os membros
do Distrito, que havia sido formado para possibilitar a transição do apoio da
CODEVASF- Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco,
instituição de planejamento e administração do Vale do São Francisco, à
autogestão dos produtores locais. Uma das normas do seu regulamento era
aquela que definia sanções para os que não pagassem os débitos relativos ao
uso da água para irrigação e que, na primeira tentativa de implementação, foi
contestada pelos produtores, dando origem ao movimento dos irrigantes.
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se aos políticos que tudo o que viesse para o Distrito passasse pela
associação”. É importante registrar que, na constituição da comissão
de mobilização, participaram outras instituições que estão presentes
na vida diária da região, como as Nações Unidas, através do PNUD –
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e SEBRAE –
Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa. Sob a orientação dos
sindicatos dos trabalhadores e patronal, fez-se um estudo das condições
sócio-econômicas gerais. Assim, constatou-se que 72% dos colonos
estavam inadimplentes, sendo que alguns tinham mais de vinte contas
atrasadas, com valores acima de R$ 15.000,00.
• Melhoria da estrada de acesso, porque “se há problema na entrada
do lote, a máquina (do Distrito) vai lá. A máquina sempre existiu e faz
parte do custo fixo, desde o começo do Distrito. Antes o Distrito escoava
o produto; este é um direito que já temos”. Há uma taxa de
administração, estradas etc. e a assistência técnica, parte de um convênio
com a CODEVASF.
• Criação das câmaras de produtos, a criação das câmaras de banana,
goiaba, de outras frutas e do selo tudo para exportar. Um outro ponto
acordado pelos participantes do movimento foi que aqueles que “não
têm perfil para a agricultura deveriam ser retirados do lote, com
indenização.
Segundo um dos membros da comissão, “aqui, agora, chegou a hora do
tudo ou nada. Ou se organiza ou não ganha nada. Eu sou um dos sofredor; já
fui contribuinte de três anos depois o meu lote salinizou; quando fizeram o
dreno fiquei com 4,8 ha; produzo banana e côco; deu um vento, caiu 50% da
produção de banana”.
Para um dos técnicos do Nilo Coelho, o movimento visava impedir o
corte da água anunciado para aqueles que estavam inadimplentes há mais de
vinte meses. Por isso, eles fizeram até uma passeata para destituir o conselho
de administração do Distrito. Realizaram a eleição, mas perderam.
Esse movimento contribuiu para afirmação de uma identidade – de
irrigantes em confronto com os poderes constituídos, representados pela
CODEVASF e o poder local. Segundo um colono, 42 anos, colono proprietário
de 6 ha irrigados:
“Irrigantes, o grupo que se mobilizou para ver se adquiria mais
investimentos e convívio melhor na sociedade. Eles estavam oprimidos
por falta de investimento no projeto. Há os individualistas; os
inadimplentes. Os inadimplentes se juntaram, formaram um. Só 25
estavam em dia e não tinham condição de segurar”.
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6. Considerações finais
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1. Introdução
2. Base conceitual
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Indicadores nacionais
Considerando a totalidade da população nacional, os índices de
atendimento dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário
no Brasil estão ainda muito distantes da universalização pretendida e
necessária. Em que pesem os incrementos verificados na oferta dos serviços
nas últimas décadas, persiste uma demanda não atendida, especialmente nos
estratos sociais de mais baixa renda, nos menores Municípios, nas pequenas
localidades e na área rural.
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Como exemplo, as soluções de abastecimento de água por poços ou pequenas nascentes, uma vez realizada
a desinfecção adequada, para atendimento domiciliar em áreas rurais, assim como a disposição dos esgotos
em fossas sépticas, pode constituir uma alternativa apropriada de saneamento básico para essas localidades.
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de fossas sépticas, uma vez que, nas áreas ditas rurais, soluções isoladas do
tipo fossa séptica são, em geral, adequadas.
Em resumo, os dados e índices apresentados acima permitem afirmar
que o acesso aos serviços essenciais de saneamento no Brasil caracteriza-se
pela desigualdade - baixo nível de atendimento à população de menor renda,
principalmente nas regiões menos desenvolvidas e nos menores Municípios -
e por um nível de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário,
generalizadamente baixo. A necessária universalização dos serviços passa,
forçosamente, pelo atendimento prioritário dessas demandas, sendo a
superação deste desafio uma tarefa complexa, dado o nível de renda da
população onde se concentra maior parte do déficit.
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recursos hídricos. O inciso XIX do art. 21 está regulamentado pela lei 9.433,
de 8 de janeiro de 1997.
No que se refere aos serviços públicos, a Carta Magna define como
responsabilidade do poder público (art. 175) a sua prestação direta ou mediante
delegação, estabelecendo também, explicitamente, a competência do município
para a prestação dos serviços de interesse local (art. 30). O já referido processo
de urbanização que se verifica no País criou aglomerados de Municípios, por
conurbação, envolvendo na maioria dos casos uma cidade pólo e várias
periféricas, constituindo as regiões metropolitanas.
Nesses aglomerados, inevitavelmente, os serviços assumem
complexidade tal que, na maioria das vezes, extrapolam os limites municipais
acrescentando à problemática da prestação dos serviços um novo conceito - o
do interesse comum -, que não elimina o local mas a ele se acrescenta. Esta
questão é tratada no § 3º do art 25 da Constituição Federal, que atribui aos
Estados Federados a competência para criar tais regiões, “para integrar
a organização, o planejamento e a execução das funções públicas de
interesse comum”.
Prestar serviços públicos que atendem integradamente a mais de um
Município significa executar uma função pública de interesse comum. Mas o
fato da Carta Magna não ser tão explícita, no art. 25, no que tange
especificamente à prestação de serviços públicos, como o é quando trata do
interesse local (art. 30), tem gerado uma longa polêmica acerca da titularidade
sobre os serviços de interesse comum. Tanto assim que, desde 1996 está no
Congresso Nacional projeto de lei que trata das diretrizes nacionais para a
prestação dos serviços de saneamento, cuja tramitação enfrenta evidentes
dificuldades relacionadas à titularidade sobre os serviços que atendem a mais
de um Município.
Em que pesem os esforços que têm sido feitos na tentativa de definir a
titularidade dos serviços de interesse comum, o fato é que a gestão dos recursos
hídricos encontra-se em um estágio mais avançado do que a regulação dos
serviços de saneamento, tanto no que se refere às responsabilidades, definidas
na Constituição, quanto em relação à legislação regulamentadora. Agrava
essa defasagem o fato de que existe toda uma cultura de supervalorização das
estruturas públicas que prestam os serviços, em detrimento daquelas que os
deveriam regulamentar e controlar.
No que se refere à participação da sociedade há, em relação ao meio
ambiente, uma consciência da sua importância, mais difundida do que em
relação ao controle sobre a prestação dos serviços públicos.
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delegação não significa que o serviço seja privatizado, mas apenas a sua
prestação o é. Quando delegado “o serviço continua sendo público ... e sempre
sujeito aos requisitos originários e sob regulamentação e controle do Poder
Público que os descentralizou” (Meirelles, 1990)
A prestação dos serviços por ente privado torna mais nítida a existência
de três tipos de agentes que têm interesses conflitantes: (i) o usuário, que
deseja o melhor serviço pelo menor preço; (ii) o Governo, que pretende a
realização de um bom serviço com o máximo de aprovação da população
usuária, inclusive no que se refere ao preço; (iii) e o prestador dos serviços,
que tem por objetivo cumprir as suas obrigações contratuais, que devem incluir
a satisfação dos usuários, obtendo o maior lucro possível.
Uma vez que esses conflitos existem, objetivamente, é necessário que
se viabilize a sua mediação, sobretudo para que se assegure o interesse do
usuário, a parte mais fraca em termos de organização, entre os envolvidos.
Sendo o Governo um dos agentes com interesse na atividade, carece das
condições necessárias para exercer o papel de árbitro. Por outro lado, a
responsabilidade pelos serviços, mesmo delegados a prestador privado, é
do Poder Público e, portanto, o órgão responsável por tal mediação tem
que ser público.
Vista sob outro ângulo, a clareza e a estabilidade das regras e dos
instrumentos de mediação dos conflitos são fatores de segurança para os
empreendedores privados que se habilitem para concorrer a concessões de
serviços públicos. Por esta razão, a menos que conte com a possibilidade de
obter vantagens por meio de procedimentos ilegítimos, o que não é admissível,
interessa também ao agente privado a existência de instrumentos eficazes de
mediação de conflitos.
Havendo controle público que, de um lado, assegure o interesse dos
usuários e, de outro, a atração de empreendedores particulares, a participação
privada na prestação de serviços pode contribuir para ampliar a capacidade
de investimento e mesmo para introduzir novos instrumentos de eficiência
operacional. No entanto, sem transparência e sem controle público – do Poder
Público e da sociedade – tal participação envolve riscos, maiores para os
usuários do que para os outros dois agentes envolvidos. Nesse sentido, é
importante referir que, em relação a serviços que já contam com prestadores
privados no País – energia elétrica e telecomunicações, por exemplo -, em
que pese o esforço realizado no âmbito da União para a sua regulação, ainda
há muito o que evoluir em termos de controle público.
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6. Desafios da integração
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Bibliografia
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1. Introdução
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2.1 Generalidades
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Devem ser aqui considerados não só o grupo das barragens para geração
de energia elétrica, como também para armazenamento de água, visando a
utilização por sistemas de abastecimento de água.
Tanto são impactantes tais empreendimentos que a Resolução CONAMA
001/86 exige a realização prévia de EIAs/RIMAs para: "obras hidráulicas para
exploração de recursos hídricos, tais como barragens para fins hidrelétricos, acima
de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação,
drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques;” (obras como Tucuruí, Itaipu e
Balbina teriam seus efeitos ambientais analisados a priori e o debate, portanto,
teria ocorrido antes da localização e construção).
São muitos os impactos à saúde humana, decorrentes do enchimento de um
reservatório de acumulação. Dentre eles seriam dignos de nota os problemas diretos,
como os acidentes com animais peçonhentos, a migração de animais silvestres
para áreas urbanas, a proliferação de vetores, além de outros. Vale enumerar também
alguns problemas de saúde indiretos que advêm da interrupção do fluxo de água
dos rios barrados, como a interrupção do fornecimento de água a populações de
cidades, a criação de acúmulos de água nos leitos irregulares dos rios que tiveram
o seu fluxo cortado, criando a possibilidade de proliferação de vetores.
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2.2.5 Lazer
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princípios são previstos na Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080, de 1990), que
estabelece a Política Nacional de Saúde e considera que a saúde tem como
fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia,
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
A Organização Mundial da Saúde - OMS define saúde como "um estado
de completo de bem-estar físico, mental, social e não apenas a ausência de
doença ou enfermidade". E a saúde ambiental é definida por esta Organização
como o campo de atuação da saúde pública que se ocupa das formas de vida,
das substâncias e das condições em torno do ser humano, que podem exercer
alguma influência sobre a sua saúde e o seu bem-estar. Ou seja, este é o
campo que trata da inter-relação entre saúde e ambiente.
A gestão da saúde no Brasil é realizada pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), definido como o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração
direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, e, de modo
complementar, pela iniciativa privada, mediante contrato de direito público.
A organização da estrutura do SUS e as principais diretrizes de controle
e gestão do Setor Saúde estão previstos na Constituição Federal de 1988 e em
leis, decretos, resoluções e portarias que compõem o seu arcabouço legal.
Além dos instrumentos legais, existem diversos mecanismos de
integração entre saúde e ambiente, como o registro de produtos e a
regulamentação de padrões de qualidade da água para consumo humano. Em
muitos casos, a própria realidade exige a integração intersetorial, uma vez
que, por exemplo, o custo elevado da remoção de poluentes da água para
consumo requer que os mananciais sejam protegidos; a qualidade do ar depende
de controle de emissões; e o controle de criadouros de vetores de doenças
transmissíveis requer manejo ambiental (29).
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6. Conclusão
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