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Definição

Privação parcial ou total de alimentos, durante um certo tempo.

• 4 horas após a refeição ou após total esvaziamento gástrico;

• ESTUDOS: fasting – fast – Restrição parcial;

• Dia alimentado (indivíduo come) e Dia de jejum (alimentação de até 25% do


NET ou até 25% do consumo habitual);

• Termo mais adequado: Restrição calórica intermitente.

Jejum Intermitente X Jejum Periódico

JEJUM INTERMITENTE = ciclos de consumo alimentar com jejum total

JEJUM PERIÓDICO = a partir de 24h de jejum

• Protocolos: 1 semana de jejum

• Jejum prolongado: Somente água

Jejum e Religiões

Purificação espiritual - A prática do jejum é bem conhecida na história bíblica e na


história da igreja.

• CATOLICISMO – Quaresma, sexta feira santa;

• JUDAÍSMO – Iom Kippur – dia do perdão;

• BUDISMO – purificação espiritual e menos carnal;

• ISLAMISMO – Jejum de Ramadã: 1x ao ano, 9º mês do calendário lunar – 30


dias de jejum durante o dia, do nascer até o por do sol:

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Foi verificado que as pessoas que se submetiam ao Jejum de Ramadã apresentam
os seguintes benefícios:

 Diminuição de Glicose e Insulina;

 Redução de pressão arterial e frequência cardíaca;

 Emagrecimento sem redução de massa muscular.

Início das Pesquisas

Década de 80 – Estudo de 1978: Início das pesquisas do Jejum de Ramadã.

A partir desse primeiro estudo, outros foram surgindo: (GUMAA et al., 1978; HALLAK;
NOMANI, 1988; SALEH et al., 2005).

O Jejum mais longo da história – 1973

Tratava-se de um paciente de 27 pesando 207 Kg que apresentou-se ao médico (Dr.


Stewart, na Escócia). A ideia original era conduzir um jejum de alguns dias, sob
supervisão médica, mas como o paciente adaptou-se incrivelmente bem ao jejum, o
experimento foi prolongado. O paciente consumia líquidos não calóricos à vontade, e
multivitamínicos e eletrólitos. No início, ele permaneceu internado, mas depois apenas
fazia visitas ambulatoriais.

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Em 382 dias, houve uma perda de 125 Kg (média de 325g por dia), culminado em um
peso final de 81 Kg. Cinco anos após o jejum, o paciente ainda mantinha um peso
de 88 Kg, além da glicose estar estabilizada próximo a 30mg/dl – sem efeitos adversos.

Mas não devemos comer a cada 3 horas?

Artigo: HUTCHISON, A. T.; HEILBRONN, L. K. Metabolic impacts of altering meal


frequency and timing Does when we eat matter? Biochimie, [S.l.], 2015.

Objetivo da revisão foi sintetizar os estudos da literatura humana existente em relação


à frequência das refeições, tempo no controle do peso corporal, regulação do apetite,
gasto de energia e saúde metabólica em condições de equilíbrio de energia, restrição e
excesso.

• Pouco ou nenhum efeito benéfico com o aumento da frequência das refeições


no peso corporal e saúde em dietas normocalórica ou hipocalórica;

• Houve um aumento do consumo energético total por meio do consumo de –


lanches;

• O aumento da frequência das refeições foi prejudicial para a saúde metabólica


em condições de excesso de energia.

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QUEBRA DE PARADIGMA: Evidências de que o aumento da frequência alimentar não é
determinante para o sucesso da dieta e que menos refeições diárias também podem
resultar em efeitos metabólicos favoráveis ao emagrecimento.

Pós Prandial

 Alto consumo de carboidratos promove o aumento de glicose sanguínea,


aumento de insulina e diminuição de glucagon.

 A resposta glicêmica dependerá do Índice glicêmico do alimento e da


sensibilidade à glicose e insulina do indivíduo.

 Pacientes diabéticos tipo 2 ou resistentes à insulina tendem a ter uma resposta


pós prandial de glicose e insulina maior.

 Índice de HOMA: Calculado com os níveis de insulina e glicose basal – Bom


índice para avaliar Resistência à Insulina.

 HIPERGLICEMIA – VIAS OXIDATIVAS DE GLICOSE – GLICÓLISE;

 Conversão de glicose em ATP– energia celular;

 Aumento do estresse oxidativo.

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Glicose na corrente sanguínea contribui para a inflamação, estrese oxidativo e
dado endotelial aumentando o risco para doenças cardiovasculares!

 Disfunção endotelial é o estágio inicial no desenvolvimento de aterosclerose;

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 Nos estágios iniciais de diabetes tipo 2, mesmo quando glicemia de jejum e
HbA1c estão dentro dos limites normal, a hiperglicemia pós-prandial provoca
complicações macrovasculares, tais como enfarte do miocárdio ou acidente
vascular cerebral, bem como complicações microvasculares.

No pós prandial (hiperglicemia) ocorre:

 Formação de metabólitos do metabolismo da glicose e AGES (Produtos de


Glicação Avançada);

 Alteração da função das células endoteliais;

 Expressão de moléculas de adesão VCAM e ICAM;

 Citocinas IL 6 E MCP1;

 TNFa, proteína c reativa e fibrinogênio;

 Estresse oxidativo.

Refeições fracionadas a cada 3 horas promovem hiperglicemia?

DEPENDE da composição!

Ácido graxo livre associados à altos níveis de insulina promovem acúmulo de gordura
corporal.

Ácidos graxos livres associados à baixos níveis de insulina promovem utilização de ác.
graxos como energia.

- Proteínas secretam insulina? Depende da proteína.

 WHEY PROTEIN = alto nível insulinêmico;

 Leucina, fenilalanina, arginina e glutamina são insulinêmicos;

 Associação de aminoácidos como Arginina+leucina e arginina+fenilalanina


também podem ter efeito insulinêmico;

 Adição de leucina ao meio de incubação estimula a libertação de insulina pelas


células beta pancreáticas in vitro;

 A ingestão oral de aminoácidos em combinação com hidratos de carbono pode


resultar em um efeito insulinotrópico, tanto quanto 100% maior do que com a
ingestão de hidratos de carbono apenas.

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O QUE ISSO TEM A VER COM O EMAGRECIMENTO?

Insulina alta = redução do processo de emagrecimento!

Lipólise

Insulina

• Aumenta o transporte e o metabolismo da glicose nos adipócitos.

• Fornece o substrato glicerol-3-fosfato para a síntese de triacilgliceróis.

• Aumenta a atividade da lipase lipoprotéica no tecido adiposo – reesterificação de


Ácidos graxos.

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Efeito térmico de duas dietas normocalóricas com distintos horários de alimentação: 3
ou 6 refeições ao dia

Saldo final: Mesmo gasto que o efeito térmico dos alimentos com 3 ou 6 refeições ao
dia.

Respostas endócrinometabólicas no jejum

• LITERATURA mais associada às respostas ao jejum prolongado: estudos


associados à inanição, caquexia, traumas e cirurgias.

• Poucos estudos com as respostas no JEJUM INTERMITENTE – NAS OSCILAÇÕES


ENERGÉTICAS.

Conhecimentos básicos

Energia básica de sobrevivência: Glicose!

Glicose realiza respiração celular – produção de ATP – ENERGIA

Por basicamente 3 processos:

1) Glicólise
2) Fosforilação oxidativa
3) Ciclo de Krebs ou ácido cítrico

Cérebro, hemácias, retina, coração, pulmão utilizam muita glicose.

A principal fonte de glicose na alimentação: CARBOIDRATO


*dura em média 6 horas na corrente sanguínea.

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Na ausência de carboidrato, quando é insuficiente como no JEJUM:

ESTADO DE ALERTA!

Alteração hormonal para que a glicose se mantenha elevada.

Elevação dos hormônios adrenalina, Glucagon, Cortisol, TRH, T4 livre, T3, Ativação de
Lipase Hormônio Sensível.

Quebra e oxidação de ácidos graxos.

• Após 6 horas - baixa glicose – baixa insulina = glicogenólise e ativação de


neoglicogênese.

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• Fígado capta ácidos graxos liberados para a síntese de corpos cetônicos.

• 3 dias sem carboidratos – CETOSE.

E como o corpo fará para manter a glicose no sangue?

Utilizando as reservas de glicose ou transformando músculo e gordura em glicose.

Outras formas de fornecer energia:

 Tecido adiposo e Tecido muscular;

 Lipídeos – GLICEROL;

 Proteínas – AMINOÁCIDOS.

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• Reserva no fígado – glicogênio hepático (10 a 18 horas) – glicólise.

• NEOGLICOGÊNESE - Síntese de glicose a partir do piruvato.

• O piruvato vem do: GLICEROL - Tecido adiposo; LACTATO e AMINOÁCIDOS –


Músculo.

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• Jejum = É utilizado os substratos energéticos para fornecimento de energia –
TECIDO ADIPOSO e MÚSCULO;

• Após várias semanas de jejum, a velocidade de proteólise muscular diminui,


devido a um declínio na necessidade de glicose com um combustível cerebral;

• 3 primeiros dias de jejum: proteólise intensa (75g/dia) - após 20g/dia;

• Cérebro se adapta ao jejum;

• Estudos sugerem que na ocorrência de depleção de glicogênio no fígado e no


músculo esquelético há um estímulo para o aumento da oxidação de gorduras
no organismo.

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Mecanismos Moleculares no Jejum

SIRTUÍNAS 1 = Proteínas que influenciam processos celulares.

 Promoção da longevidade;

 Aumentam com o jejum.

Maior expressão de sirt1, é ativado a proteína AMPK (enzima – homeostase


energética: Adenosina Monofosfato Proteína Quinase).

AMPK é um sensor de atividade energética das células:

• Quando há muita energia a AMPK é desligada.

• Quando há falta de energia AMPK é ligada.

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AMPK

• Produz ATP;

• Aumenta a oxidação de gorduras;

• Melhora absorção de glicose independente da insulina – Metformina;

• Silencia genes para o acúmulo de lipídios;

• Biogênese mitocondrial;

• Reduz a inflamação e aumenta autofagia;

• Melhora do desempenho físico – independentemente do exercício;

• Aumenta a taxa metabólica basal;

• Predominante em fibras oxidativas (fibras do tipo I, contração lenta).

Ativação da sirt1

Ativação proteína AMPK

Produção de NAD+/NADH

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NAD+/NADH

• "Transportador de elétrons" nas reações metabólicas de oxiredução, tendo um


papel preponderante na produção de energia para a célula;

• Cofator celular mais importante para a melhoria do desempenho mitocondrial e da


energia - Elevar a razão NAD+ PARA NADH;

• Comer diminui NAD+;

• Jejum aumenta NAD+ e eficiência energética;

• NAD+ diminui com a idade;

• NAD+ aumenta a expressão de sirtuínas.

ATIVAÇÃO DA PGC1 alfa

PGC1 alfa = Proteína Coativador 1 alfa do receptor ativado pelo proliferador de


peroxisoma - Co-ativador transcricional que regula os genes envolvidos no
metabolismo energético.

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Dieta rica em gordura - GCN5 e SRC-3
– inibem por acetilação

“ORQUESTRA”: SIRT1 –AMPK – PGC1 ALFA – NAD+/NADH

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Aplicações Clínicas

Possíveis benefícios do Jejum:

Cérebro:

 Aumento da plasticidade
 Aumento dos fatores de crescimento neurotrópicos – BDNF, FGF2, HSP-70,
GRP-78, HO-1
 Diminuição de substâncias inflamatórias – TNFα, IL-1β, IL-6
 Aumento da neurogênese
 Aumento da resistência cerebral ao estresse
 Biogênese mitocondrial
 Redução do estresse oxidativo
 Redução do processo inflamatório

Tecido:

 Redução da absorção de energia


 Redução de processo inflamatório
 Redução da proliferação celular

Fígado:

 Aumento da sensibilidade à insulina


 Glicogenólise
 Decréscimo dos níveis de IGF-1

Sistema cardíaco:
 Aumento do tônus parassimpático
 Redução da frequência cardíaca em repouso
 Redução da pressão arterial sistólica
 Aumento da resistência ao estresse
 Redução do estresse oxidativo

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Músculo:
 Aumento da sensibilidade à insulina
 Estímulo para o anabolismo muscular
 Redução do estresse oxidativo
 Redução da temperatura corporal

Tecido adiposo:
 Estímulos de lipólise e cetogênese
 Redução da leptina
 Aumento da adiponectina
 Redução da inflamação

Sangue:
 Decréscimo da insulina, IGF-1 e leptina
 Aumento dos corpos cetônicos – Adiponectina e grelina

Jejum – Dias alternados

 Estudo utilizando o protocolo de jejum intermitente em dias alternados, ou


seja, um dia de consumo alimentar normal (dentro das necessidade
nutricionais ou ad libidum – à vontade) e no outro consumindo 20-50% do
estimado necessidades calóricas diárias.

Melhorou:

 Resistência à insulina;

 Asma;

 Alergias sazonais;

 Sistema imunológico;

 Artrite reumatoide, osteoartrite;

 Sintomas devido a lesões inflamatórias do SNC;

 Arritmias cardíacas;

 Fogachos na menopausa;

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 Doença de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, lesão cerebral devido
aterosclerose trombótica, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca
congestiva.

 Efeitos verificados em 2 semanas seguindo o protocolo.

Biogênese Mitocondrial

MITOCÔNDRIA - É a nossa central energética!

O ciclo de Krebs (para fornecimento de energia) ocorre dentro das mitocôndrias: É


a usina de força aonde acontece e se inicia todo o processo de geração e
transferência de energia.

• 90% da energia necessária para o corpo é produzida nas mitocôndrias.

• Quando maior a idade menos mitocôndrias, menos energia ( ATP);

• O ciclo de vida mitocondrial abrange biogênese, manutenção e limpeza;

• O exercício físico e o jejum podem promover esses processos;

• DNA mitocondrial e estresse oxidativo.

AGL entra livremente na célula mas não na mitocôndria.

Citoplasma:

1) Conversão de Ácidos graxos livres à acetil coA e depois em acilcarnitina.

Dentro da Mitocôndria:

2) Entrada no ciclo do ácido cítrico – converte em Acil – CoA e ocorre a Beta


oxidação.

3) Fosforilação oxidativa – conversão de ADP em ATP.

Resistência à insulina ou diabetes ↔ Metabolismo mitocondrial e síntese de ATP


reduzido em até 30%.

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Mitocondriopatias ↔ Fibromialgia, fadiga crônica e insônia.

Estresse oxidativo ↔ Leva à disfunções mitocondriais.

Acúmulo de TGL intramuscular ↔ ↑ do MDA e o 4-hidroxinonenal, ↓


sensibilidade à insulina por estímulo de TNF-α.

O estresse oxidativo gerado pelo jejum é o que vai gerar biogênese mitocondrial.

• Estímulo do PGC 1 ALFA vai contribuir para biogênese mitocondrial.

• Jejum - Isolado em estudos em animais, experimentais não foi efetivo para


promover a biogênese mitocondrial, mas somente quando associado à
exercício de Endurance teve efeito.

• Expressão de PGC-1α em cultura de células foi suficiente para aumentar o gasto


energético.

Jejum e Longevidade

Restrição calórica e longevidade – 1930

 Os períodos de jejum e regimes de jejum intermitente geram caminhos


biológicos similares à restrição calórica com relação à longevidade.

 Teoria da hormese = Estresse para o corpo geraria resistência - Ex: exercício


físico;

 Jejum: Reduz IGF-1 e ativa genes de reparo celular.

 Ativa autofagia, processo que o corpo destrói e recicla lixos celulares


promovendo longevidade celular.

 Retarda o envelhecimento e algumas doenças relacionadas com a idade;

 Mecanismo: ADAPTAÇÃO AO ESTRESSE.

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Protocolo para Longevidade – Jejum em dias alternados

 1 dia de alimentação habitual e no outro dia jejum (até 25% do consumo


habitual ou das necessidades energéticas).

Estudos em animais:

 Normalmente em ratos mais velhos – menor longevidade;

 Ratos jovens e de meia idade – maior longevidade – extensão de vida em até


80%.

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Neste estudo em humanos, utilizou-se:

 Jejum de 5 dias por mês com dieta restrita:

 34 a 54% do consumo de calorias (- 725 e 1000 calorias por dia).

o 11 a 14% de proteínas;

o 42 a 43% de carboidratos;

o 44 a 46% de gordura.

 Período - 3 meses ↓

o RESULTADOS:

o Diminuição dos fatores de risco e biomarcadores para o envelhecimento,


diabetes, doenças cardiovasculares e câncer;

o Aumento da massa corporal magra;

o Diminuição nos níveis de glicose sanguínea, IGF-1, peso corporal, gordura


abdominal, e a proteína C-reativa.

Ressaltando que o estímulo de Sirtuínas 1 promoverá Longevidade por uma


série de processos conforme ilustrado na figura abaixo.

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 Fitoquímicos que também pode ter ação na longevidade por inibição de
mTOR, estresse oxidativo, inflamação e IGF-1 e estímulo de sirtuínas 1, AMPK,
PGC1 alfa, aumento da capacidade antioxidante e autofagia.
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 Chá verde
 Curcumina
 Quercetina
 Resveratrol
 Epicatequina

Jejum e Câncer

• Possíveis efeitos preventivos;

• Redução no desenvolvimento ou na progressão de alguns tipos de câncer.

• MECANISMO PROVÁVEL:

• A glicose precisa de muito O2 para produzir energia;

• Menor glicemia e aumento de corpos cetônicos ocorre REDUÇÃO do O2.

• Redução de O2 na célula promove maior angiogênese para fazer mais capilares


para receber mais O2.

Protocolo para Câncer – 2 ou 5 dias de Jejum

 Redução de 60% de IGF-1 e 30% de glicose - IGF-1 promotor de mitose;

 Aumento de 5 a 10 vezes IGFBP-1 – transportador do IGF-1.

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Jejum periódico no período pré e durante a Quimioterapia pode promover:

 Sensibilização de várias células cancerosas para quimiotratamento.

 Animais - combinação de ciclos de jejum com quimioterapia é altamente e


consistentemente e eficaz no aumento do índice quimioterapêutico e tem um
elevado potencial de sucesso;

 Em humanos – os estudos ainda são escassos;

 A glicose baixa do jejum protege células normais para que a quimioterapia


mate as células cancerosas.

Jejum e Artrite Reumatoide

 Pode ser eficaz no tratamento.

Jejum e Artrite Reumatoide

Houve redução de vários marcadores da resposta inflamatória e redução da dor. Estes


efeitos, bem como redução da dor podem ter sido atribuídos à alimentação associada
à saúde mental proveniente do período religioso do Jejum de Ramadan.

• Após o término do jejum, com o retorno da alimentação habitual – Retorno das


dores sentidas;

• Jejum seguido por dieta vegetariana – permanência dos resultados.

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Jejum e Sistema Cognitivo

 Cérebro – traço comportamental: ativo com fome e sedentário quando saciado;

 Suposição – escassez alimentar – melhora cognitiva para “buscar comida”.

 Jejum = Aumenta plasticidade sináptica e aumento da produção de novos


neurônios de células estaminais neurais.

 Aumento do BDNF – Fator neurotrófico derivado do cérebro:

o Crescimento e manutenção de dendritos e sinapses;

o Aumenta a produção e a sobrevivência de novos neurónios de células


estaminais neurais;

o Protege da demência e declínio mental associado à idade;

o Efeito antidepressivo;

o Em animais – resultados semelhantes a antidepressivo padrão;

o Melhora da ansiedade e humor.

 Modifica o cérebro e a atividade da rede neuronal;

 Otimiza a função cerebral;

 Quatro regiões do cérebro que respondem ao jejum:

o Hipocampo (processamento cognitivo);

o Striatum (controle dos movimentos do corpo);

o Hipotálamo (Hyp, controle da ingestão alimentar e da temperatura


corporal);

o Tronco cerebral (controle de sistemas cardiovascular e digestivo).

 Os níveis de estresse oxidativo e inflamação também são reduzidos no cérebro


em resposta ao Jejum intermitente.

 Efeitos metabólicos adaptativos semelhantes ao de um treinamento físico.

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Prejuízo Cognitivo?

Não é possível afirmar que o jejum piora a função cognitiva. Existem diversas
evidências já sugerindo que a restrição calórica, inclusive na forma de jejum
intermitente, seria capaz de favorecer o envelhecimento saudável do cérebro e
prevenir contra doenças neurodegenerativas. Porém, no início do jejum
intermitente, poderá ocorrer dificuldade de concentração devido á adaptação do
organismo.

Jejum e Síndrome Metabólica

Jejum Periódico:

o Elevação de insulina e leptina- pró inflamatórios;

o Redução de adiponectina e grelina - anti-inflamatórios;

o Reduz insulina, leptina aumentando adiponectina e grelina;

o Estimula lipólise;

o Reduz pressão arterial.

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Protocolo para Síndrome Metabólica – 20 horas de Jejum

Estudo em humanos:

 8 homens saudáveis - idade média de 25 anos – IMC: 25,7 ± 0,4 kg/m2;

 14 dias – 7 períodos de jejum – 20 horas - sem dieta específica;

Resultados:

 Manutenção do glicogênio muscular;

 Aumento de adiponectina por expressão gênica – aumento de PPAR-γ;

 Ativação de AMPK - GLUT4 nas células musculares;

 PPAR-γ e Adiponectina – sensibilizadores da insulina.

 Sensibilidade à insulina - capacidade oxidativa do músculo;

 Menor eficiência em usar AG como energia no músculo – aumento de TGL


muscular – preditor confiável para RI.

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TIPO DE FIBRAS MUSCULARES

 Obesos e diabéticos – exibem níveis mais baixos de fibras musculares de tipo I;

 As fibras do tipo I são sensíveis à insulina em comparação com tipo II.

Jejum e Peso Corporal

Estudos:

1) 31 das 40 publicações envolvidas "jejum intermitente" de períodos de 1-7 dias


de restrição energética severa:

Representa, uma válida - ainda que, aparentemente, não superior - opção de


restrição de energia contínua para perda de peso.

PLoS One. 2016; 11(1): e0145157.

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2) Jejum intermitente de 24h, dias alternados.

Ao final de 22 dias, houve perda de peso de 2,5% e perda de gordura corporal de 4%.

Outros resultados positivos:

o Aumento na oxidação de gordura;

o Manutenção na taxa de metabolismo de repouso;

o Redução nos níveis de insulina (-57%);

o Aumento no HDLc (mulheres);

o Redução nos triglicerídeos (homens);

o Participantes foram orientados a dobrar a ingestão alimentar habitual nos


dias em que não estavam praticando o jejum, com o intuito de manterem o
peso inicial — e mesmo assim houve perda de peso.

o Obs: não conseguiram comer o dobro.

Am J Clin Nutr. 2005 Jan;81(1):69-73.

3) 8 homens e 8 mulheres; IMC de 20 a 30 kg / m² - 22 dias de jejum em dias


alternados: 24 h de jejum total e 24 h foram orientados a consumir o dobro.

Nos dias de consumo livre os indivíduos não conseguiam “compensar” pelo que
eles haviam deixado de ingerir nos dias de jejum;

A perda de peso média foi de 2,1 kg;

Os homens desse estudo apresentaram redução nos níveis de insulina;

Nas mulheres não houve diminuição porque a concentração basal desse hormônio
já era relativamente baixa;

Alguns genes relacionados com a utilização de gordura como fonte de energia


(SIRT1 e CPT1) tiveram a expressão aumentada após o período de jejum.

Obes Res. 2005 Mar;13(3):574-81.

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4) Obesos - 8 semanas realizando o protocolo de jejum intermitente em dias
alternados.

Nos dias de jejum, eles ingeriam 25% das necessidades energéticas, e nos dias
normais podiam comer de forma irrestrita.

Ao final do estudo, a perda de peso foi, em média, de 5,6 kg;

Houve redução nos níveis de LDLc, triglicerídeos e pressão arterial sistólica, sem
alterações no HDLc.

Obes Res. 2005 Mar;13(3):574-81.

5) 8 semanas com jejum intermitente - 54 mulheres obesas foram divididas em 2


grupos: jejum intermitente com dieta líquida ou jejum intermitente com dieta
sólida.

Ambas as dietas forneceram a mesma quantidade de energia de


aproximadamente 1000 kcal/dia.

As participantes consumiam essa dieta por 6 dias na semana, e no último dia da


mesma semana realizavam o jejum de 24h (água e 120 calorias de líquido).

Cinza escuro: dieta líquida - Cinza claro: dieta sólida

• BW – Peso Corporal (Maior redução de peso corporal na dieta líquida)


• FM – Massa de Gordura (Maior redução na dieta líquida)
• FFM – Massa Livre de Gordura (Maior redução na dieta líquida)
• VAT – Tecido Adiposo Visceral (Maior redução na dieta líquida)
• SAT – Tecido Adiposo Subcutâneo (Maior redução na dieta líquida)

Conclusão: Dieta líquida teve maior adesão, porém a dieta líquida foi entregue aos
participantes, contribuindo para adesão.
Nutr J. 2012 Nov 21;11:98.

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Será que as pessoas emagreceram porque não conseguiram atingir o
consumo energético habitual?

Exemplo

 8 dias;

 Consumo habitual: 2000 kcal por dia –16.000 kcal;

 Consumo intermitente: 3000 kcal por dia alimentado (50% a mais) – 12.000
kcal;

= DÉFICT ENERGÉTICO

Comparação: Restrição Calórica Contínua com Jejum Intermitente:

1) Maior comparação randomizada – Jejum Intermitente vs. Restrição Energética


Contínua em seres humanos:

Os pesquisadores dividiram mulheres pré-menopausa em 2 grupos - Dieta


hipocalórica e Jejum intermitente – Ambos com restrição de 25%.

Jejum intermitente (protocolo 5:2) = 5 dias de alimentação habitual e 2 dias de


restrição.

O estudo durou 6 meses.

Melhoras comparáveis, em ambos os grupos, no que diz respeito à proteína C-


reativa (marcador de inflamação), LDLc, triglicerídeos, pressão arterial e leptina.

Entretanto, o grupo que realizou o jejum em 2 dias da semana apresentou


reduções mais significativas nos marcadores de resistência à insulina e peso.

Int J Obes (Lond). 2011 May;35(5):714-27.

2) 115 Mulheres com sobrepeso com idades entre 20 e 69 anos com história
familiar de câncer de mama foram randomizados para uma restrição global de
energia de 25% - Restrição Calórica Contínua ou Jejum Intermitente.

Protocolo 5:2 - 5 dias consecutivos por semana e 2 dias de Intermitente (70%


de restrição energética e máximo 40g de carboidratos).

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Período de perda de peso de 3 meses e 1 mês de manutenção do peso.

Resultado: Grupo Intermitente – restringiu 15% e restrição calórica 25%.

Adesão maior na restrição calórica.

Redução de peso e resistência à insulina nos dois grupos.

Durante a fase de manutenção do peso, grupo intermitente manteve as reduções


de resistência à insulina e peso.

No curto prazo, Intermitente é superior a Restrição calórica no que diz respeito à


melhoria da sensibilidade à insulina e a redução da gordura corporal.

Br J Nutr. 2013 Oct;110(8):1534-47.

3) Revisão de literatura 2016: Jejum Intermitente = Perda de peso superior em


comparação com dietas de restrição calórica e redução comparável em massa
gorda.

4) Ratos com 8 semanas de vida foram divididos em dois grandes grupos:

 Jejum Intermitente em dias intercalados - 24h jejum total e 24h


alimentação normal.

 Grupo controle – alimentação normal.

Após três semanas, o grupo controle: 11% mais peso.

Os animais do jejum conseguiram consumir 80% do consumo do controle.

50% menos acesso à comida – 80% do consumo alimentar, o que pode significar
hiperfagia no dia de alimentação.

Dias alimentados - aumento das taxas metabólicas gasto energético.

Dias de jejum – aumento da oxidação lipídica.

Endocrinology. 2014;155(7):2456-66.

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5) Indivíduos com IMC variando de 20 a 29,9 kg/m2 foram divididos em 2 grupos:

 Jejum intermitente foi realizado em dias alternados, sendo que nos dias de
jejum os participantes ingeriam 25% das suas necessidades energéticas
diárias, e nos dias sem jejum poderiam se alimentar de maneira irrestrita.

 O grupo controle foi orientado a manter seu consumo dietético habitual.

Grupo jejum: Redução de peso (-5,2 kg), LDLc, triglicerídeos, pressão arterial
sistólica, pressão arterial diastólica e leptina (aumenta com o ganho de peso e
diminui com a perda de peso). Houve aumento no tamanho das partículas de LDL.

O grupo controle não apresentou alteração em qualquer um dos parâmetros


avaliados no estudo.

Nutr J. 2013 Nov 12;12(1):146.

6) Jejum para perda de peso: uma estratégia eficaz ou dieta da moda?

Jejum intermitente ou jejum em dias alternados pode ser uma opção para
perda e manutenção de peso.

Int J Obes (Lond). 2015 maio; 39 (5): 727-33.

Conclusão:

• Perda de peso e gordura corporal.

• Redução nos níveis de LDLc e triglicerídeos.

• Manutenção nos níveis de HDLc.

• Aumento no tamanho das partículas de LDL.

• Redução nos níveis de insulina.

• Manutenção na taxa de metabolismo de repouso.

• Ausência de efeitos adversos.

• Aumento na secreção de hormônio do crescimento (GH), o qual está associado


ao aumento da massa magra e à redução na gordura corporal.

37
• Aumento na utilização de gordura armazenada no tecido adiposo.

• Aumento na termogênese (produção de calor).

• Redução na inflamação.

Obesidade é uma inflamação

O processo inflamatório da obesidade implica no aumento do estresse


oxidativo porque a produção de radicais livres é aumentada nos adipócitos
hipertrofiados.

O acúmulo de macrófagos é o componente crítico no desenvolvimento da


inflamação induzida pela obesidade. Os macrófagos recrutados no tecido adiposo
expressam altos níveis de fatores inflamatórios que contribuem para a inflamação
sistêmica e resistência à insulina. Há liberação de inúmeros mediadores inflamatórios
como o TNFa que estimula um aumento de 60 vezes na produção de IL-6.

38
Jejum e Saciedade

• Alterações na concentração hipotalâmica de norepinefrina e na expressão de


neuropeptídio Y;

• Aumento da grelina.

Jejum e Retenção de Massa muscular

• RESTRIÇÃO CALÓRICA - interfere nas características funcionais: relaxamento e


contração, capacidade aeróbia e resistência à fadiga.

• PRINCIPAL EFEITO: REDUÇÃO NO TAMANHO DA FIBRA MUSCULAR e área


seccional das fibras.

• Fibras de contração rápida mais suscetíveis.

• PERDA ATENUADA POR EXERCÍCIO FÍSICO.

Hipóteses:

 AMPK é antagônica ao MTOR.

39
 Utilização de aminoácidos e de alanina para gliconeogênese poderia causar
proteólise no jejum.

 O baixo consumo alimentar do jejum - possível falta de proteínas e


carboidratos na dieta.

 Glucagon alto – redução da absorção de glicose muscular – menor glicogênio


muscular.

ENTRETANTO....

Estudos não mostram a perda de massa muscular

Jejum Intermitente em sedentário ou ligeiramente ativo: Preservação e


manutenção de massa magra.

Nutr J. 2012;11:98.

Jejum em dias alternados (450 calorias) e treino de resistência: Preservação de


massa magra.

Jejum Intermitente + Exercício de Resistência - realizado em obesos: Preservação e


manutenção de massa magra.

Obesity. 2013;21(7):1370-9.

Em animais obesos - 4 semanas de Jejum Intermitente com dieta normolipídica e


Jejum Intermitente com dieta hiperlipídica: Perda de peso com retenção de massa
magra NOS DOIS GRUPOS.

Endocrinology, [S.l.], p.en 2015, 2015.

64 indivíduos obesos em 4 grupos - 12 semanas:

• Grupo 1: Combinação Jejum em dias alternados + Endurance

• Grupo 2: Combinação Jejum em dias alternados

• Grupo 3: Exercício

• Grupo 4: Controle

Massa gorda e a circunferência do quadril dos indivíduos dos grupos 1 2 e 3


diminuíram.

40
Combinação de Jejum em dias alternados + Endurance: Aumento de massa magra.

8 homens saudáveis - idade média de 25 anos – IMC: 25,7 ± 0,4 kg/m2;

14 dias – 7 períodos de jejum – 20 horas - sem dieta específica;

Sem alteração da massa magra:

O conteúdo de glicogênio muscular manteve-se inalterado - Poderia sugerir que o


músculo esquelético não é imediatamente envolvido no reconhecimento de
oscilações de energia agudas.

J Appl Physiol 99: 2128 –2136, 2005.

40 Ratos Wistar machos foram distribuídos em 4 grupos:

• Controle - Sedentário (C-S)

• Alimentação Intermitente - Sedentário (AI-S)

• Controle - Exercício Físico (C-EF)

• Alimentação Intermitente - Exercício Físico (AI-EF).

Protocolo de exercício em esteira rolante por 90 dias.

41
Musculo gastrocnêmio:

- Menor no grupo AI-S quando comparado ao C-S.

Musculo sóleo:

- Menor no grupo AI-S do que C-S.

- Maior no grupo AI- EF do que AI-S.

Sem diferença estatística nos grupos AI em relação à miostatina.

42
Porque não perde Massa magra?

Hipóteses:

• Manutenção de glicogênio muscular no Jejum Intermitente;

• Pela expressão muscular de genes, tais como a GSK-3 - Responsável pela


regulação das vias de síntese de glicogênio = reposição de glicogênio;

• Aumento do GH;

• Jejum Intermitente sub-regula mTOR;

• Expressão de carnitina aciltransferase 1 (CPT-1).

Considerações:

• Pode ocorrer uma perda de peso inicial, normalmente de água;

• Quanto maior a duração jejum + efeitos colaterais;

• Perda de massa magra: especialmente em pessoas com baixa reserva de


gordura e baixa massa muscular sem treino de força;

• Depende do nível de gordura corporal do indivíduo e da quantidade de massa


muscular anterior ao início do jejum;

• Perda muscular menor em ratos obesos do que nos ratos magros.

Limitações:

• Os estudos normalmente avaliam a massa magra como um todo, e não


diretamente apenas a massa muscular.

• Estudos comparando Jejum Intermitente com restrição calórica contínua em


indivíduos mais magros com exercício de força e uma ingestão "ótima" de
proteína são praticamente inexistentes.

43
Jejum em Atletas

O jejum intermitente, desde que seja respeitando o plano de treinos, a ingestão


adequada de calorias e nutrientes, descanso, hidratação, etc, parece não afetar a
performance em atletas e praticantes de atividade física.

Jejum e Rendimento Físico

Pesquisa realizada com atletas durante o Ramadã - os atletas que mantinham a sua
energia total e ingestão de macronutrientes, carga de treinamento, composição
corporal e duração do sono e qualidade não são suscetíveis a sofrer quaisquer
diminuições substanciais no desempenho durante o Ramadã.

Jejum e Hipoglicemia

Estudo: 20 indivíduos saudáveis do sexo masculino praticantes de corrida de rua


há no mínimo seis meses com media de idade de 30-55 anos.

Corrida na esteira 5 km em jejum de pelo menos oito horas (pela manhã).

- Participantes que realizaram o exercício em jejum não tiveram hipoglicemia ao final


da corrida.

44
A manutenção da glicemia durante os testes realizados em jejum pode ser justificada
pelas reservas endógenas de carboidrato, principalmente hepático, através da
glicogenólise, e também da gliconeogênese em menor grau de contribuição.

Outro fator que pode ter colaborado para a manutenção da glicemia durante o
exercício realizado em jejum foi o bom nível de aptidão física dos indivíduos
participantes, tendo em vista que o treinamento proporciona a maior participação das
gorduras enquanto substrato energético ao longo da atividade física.

Além desses fatores, o exercício realizado em jejum promove maior oxidação de


lipídeos em detrimento da oxidação de carboidratos, o que pode atrasar a depleção de
glicogênio muscular e prevenir a hipoglicemia.

Jejum e Treino Resistido

Ao observar a relação do Jejum Intermitente com treinamento resistido, TRABELSI e


tal. (2013) avaliaram o comportamento da composição corporal em 10 fisiculturistas.

Treinamento de força alimentados (a noite) ou em jejum (de dia) durante o Ramadã.

Resultados - não houve alteração na composição corporal nem no desempenho dos


mesmos de acordo com a opção do treino em jejum ou alimentado.

Jejum e Oxidação Lipídica

Estudo: IWAYAMA et al. (2015) Jovens treinados ao realizar exercício aeróbio após
jejum noturno, apresentaram 24 horas após a atividade um maior consumo de energia
através da oxidação de lipídios que quando realizado exercício após alimentados.

Exercício Físico em Jejum

Há controvérsias.

Estudo em animais: 26 ratos divididos em 4 grupos:

• Jejum Intermitente - consumo alimentar das 12:00h às 18:00 - (JI) N=7.

45
• Jejum Intermitente + Exercício Endurance (treino das 10:00h às 12:00h) – alimentação
das 12:00h às 18:00h - (JI+EX) N=7.

• Exercício Endurance - (EX) N=6.

• Controle - (CON) N=6.

Os animais foram submetidos a 6 semanas de treinamento de natação durante jejum


diário de 18 horas.

JI

JI+ EX

• Aumento da gordura marrom nos grupos JI e JI + Exercício.

46
• Esta observação reforça a hipótese de que o JI provoca um aumento no
metabolismo de gorduras – LIPOLISE.

• Diminuição da gordura visceral.

• Redução de circunferência abdominal e IMC (JI e JI + Exercício).

• Aumento do colesterol HDL (JI + Exercício).

• Aumento da Citrato Sintase - marcadora da atividade do ciclo do ácido cítrico –


Betaoxidação (JI + Exercício) - gordura intramuscular.

• Lactato – igual – mesmo nível de fadiga entre os grupos.

Jejum em atletas:

• Em jejuns com janela alimentar de 4 a 8 horas seria possível ingerir todos os


nutrientes necessários por um atleta? Seria viável? – Limitação.

Jejum e Função Tireoidiana

Jejum - Declínio no T3 sérico e um aumento no soro de rT3.

Realimentação com uma dieta mista ou predominantemente de carboidratos inverte


as alterações no hormônio T3 e rT3 causadas pelo jejum.

Jejum em dias alternados – não afetaria função tireoidiana.

Sem alterações significativas nas concentrações séricas de T4, T3, TSH, e resposta do
TSH ao estímulo do TRH foram encontrados em jejum homens muçulmanos.

47
Estudo:

Avaliou-se níveis séricos de FSH, LH, testosterona, prolactina, TSH, T4, T3 e


absorção de T3, e as respostas de prolactina e TSH ao TRH, antes, em 10, 20 e 29
dias do Ramadã e quatro semanas após o mês de jejum foi encerrado.

Pessoas com ligeiro aumento de T4 sérico nos últimos dias do Ramadã.

Em animais:

24h alimentado/24 horas jejum

Diminuição em torno de 30% do neurotransmissor TRH – estimula TSH a produzir


T4 livre – T3 livre.

Jejum e Taxa Metabolica

Jejum de 20 horas, 7 vezes, 14 dias.

Ocorreu redução da TMB -59 calorias por dia.

A redução da taxa metabólica significativa existe somente em jejuns longos de mais de


três dias, não em jejuns intermitentes.

48
Quando realizar um Jejum Intermitente?

• Avaliar a resposta individual;

• Não é a primeira opção de tratamento;

• Pacientes que não sentem fome no café da manhã (aplicação do jejum de 16


horas);

• PESO: vantagens em relação à Restrição contínua;

• Alternativas convencionais não funcionam (resposta metabólica ou por baixa


adesão);

• Efeito platô;

• Sinais de mitocondriopatias (Fibromialgia, fadiga crônica e insônia);

• Artrite reumatoide, déficit cognitivo, resistência à insulina, diabetes II;

• Quando o paciente sente necessidade de carboidrato a cada 3 horas;

• Colesterol HDL reduzido;

• Longevidade e saúde.

Por quanto tempo?

• Estudos – 4 semanas a 12 meses.

• Relatos – 3 anos de Jejum Intermitente.

• DEPENDE DO OBJETIVO:

• Emagrecimento – até atingir o peso e depois reduzir a frequência do jejum.

• Benefícios do jejum em pessoas magras – 2 a 3 vezes por semana por ex.

49
Triagem para Jejum Intermitente

• Tendência para hipoglicemia?

• Acostumado a consumir carboidratos a cada 3 horas?

• Doenças pré existentes (diabetes tipo 1);

• Diabetes tipo 2 como medicação;

• Atividade laboral (cuida de crianças? Opera máquinas?);

• Alterações tireoidianas?

• Tendência para distúrbios alimentares (atitudes purgativas, histórico de dietas


restritas, insatisfação corporal extrema, distúrbios de imagem corporal);

• Baixo peso? Objetiva hipertrofia muscular?

Exames Bioquímicos - Pré e Pós

• Função renal (ureia, creatinina);

• Função tireoidiana (TSH, T4 livre, T3 Livre, T3r);

• CPK;

• Glicose - Insulina em jejum;

• IGF-1;

• LDL, HDL, VLDL;

• Triglicerídeos.

50
Protocolos de Jejum Intermitente

• Não há padronização de um protocolo.

Exemplo:

3 refeições e 2 3 refeições 2 refeições 3 refeições Jejum


lanches durante o dia sem desjejum pequenas completo

S T Q Q S S D

Dieta Usual A A A A A A A

Alimentação com tempo restrito B B B B B B B

Dieta 5:2 D D B B B B B

Dias alternados A E A E A E A

Restrição energética em dias alternados A D A D A D A

Protocolo mais utilizado na literatura: A + E

• Dias alternados de 20 a 24 horas de jejum/ restrição calórica severa - até 25%


das necessidades;

• Período de alimentação: irrestrito (ad libitum) ou conforme necessidades


nutricionais.

51
Protocolo - Dias alternados - 50%:

• Restrição calórica leve alternada com restrição de 50%.

• Ex: FAD (dia alimentado) 1500-1800  kcal /dia.


FED (dia de jejum) 400-600  kcal / dia

Protocolo - 5:2:

• 5 dias de consumo irrestrito ou conforme NET;

• 2 dias de restrição severa (até 25% da NET);

• Café da manhã e jantar – jejuando em média 12 horas;

• Pode ser seguida (segunda e terça);

• Ou preferencialmente espaçada (terça e sexta).

Protocolo – 6:1:

• 6 dias com restrição de 30%;

• 1 dia com restrição severa (10% a 25% do NET).

52
Protocolo – 20:4:

• Popular – “Dieta do Guerreiro”;

• 20 horas de jejum e 4 horas de janela alimentar à noite;

• Sem estudos científicos.

Protocolo: 16:4:4:

• Jejum de 16 Horas - 4 horas com refeições proteicas e 4 horas à Vontade.

Protocolo – 16:8:

• Jejum de 16 horas - Janela alimentar de 8 horas;

• Mais comum – aproveitar jejum noturno;

• Muitos estudos – Ramadã;

• Na prática é o mais utilizado.

53
Fase Adaptativa

• Preparação para a realização do Jejum Intermitente;

• Período crítico – 3 a 6 semanas - Alterações na neuroquímica cerebral para que


o "vício" ao consumo regular de alimentos frequentes seja superada.

• Adaptação do cérebro e corpo ao novo padrão.

Adaptação ao jejum

• Ficar 3 horas sem comer antes de dormir;

• Ao acordar esperar o máximo possível para tomar o café da manhã;

• Espaçar as refeições;

• Até o almoço consumir somente proteína e gordura;

• Durante as primeiras 4 - 6 semanas de aplicação do regime de jejum, um


médico ou nutricionista deve estar em contato regular com o paciente para
monitorar seu progresso e fornecer aconselhamento e supervisão.

O quer consumir no Período de Jejum?

• Água, chás, águas saborizadas, café sem adição de açúcar ou adoçantes;

• Variações: Gordura = bulletproof coffee (no Brasil café turbo);

• Falta de estudos que avaliaram diretamente o efeito da ingestão de bebidas


(café ou chá), adicionadas fontes de gordura, sobre o estado metabólico
induzido pelo jejum intermitente;

• Cuidar com o excesso de gordura - Doses orais de 40g de gorduras (após o


jejum noturno) não aumentam, por exemplo, a secreção de insulina - É capaz
de inibir a lipólise (mobilização de gordura) do tecido adiposo.

54
O que consumir no Período de Alimentação?

• Depende do protocolo: Ad libitum ou com restrição;

• A restrição deverá ser “calculada”;

• A maior densidade nutritiva possível;

• A maioria dos estudos: Consumo irrestrito;

• Sugestão: Refeição balanceada de acordo com saciedade;

• Se objetivo for emagrecimento: Baixa carga glicêmica e Low carb nos dias sem
treino.

Consumo proteico:

• É possível incluir toda proteína necessária neste período? – Limitação.

• Proteína de absorção rápida ou lenta? – Priorizar fontes alimentares.

16:8 e Exercício:

• Dia com exercício: + Cho;

• Dia sem exercício: + Gordura;

• Em dias de descanso, ingestão de gordura deve ser maior;

• Consumo proteico excelente: 1,8 a 3,0g/kg de peso corporal/dia

• Não incentivar o consumo além da capacidade gástrica.

Aminoácidos (aa):

• Aumentam insulina - Mas também aumentam glucagon;

• Whey Protein - insulinotrópico;

55
• Um ganho líquido na massa muscular (MPS - MPB) após o exercício é alcançada
somente quando disponibilidade de aminoácidos é aumentada NO PÓS
EXERCÍCIO;

• Ambos MPS e MPB são elevados após o exercício em jejum, QUANDO BAIXO
AA NO PÓS TREINO;

• Insuficiente ingestão de proteína pós-exercício - aumento do catabolismo


proteico;

• Balanço proteico negativo – degradação maior que a síntese.

BCAA:

• Aumentar ou estimular a regeneração do músculo esquelético através da


supressão de degradação de proteínas pós-exercício;

• Maiores ganhos de massa magra;

• Promove a síntese de proteínas miofibrilares e ajuda na recuperação muscular.

BCAA x CHO antes e pós treino associado à restrição calórica:

• Grupo com BCAA (n  = 9) Scivation XTend ™ 7g antes e 7g depois;

• Grupo com CHO (n  = 8) POWERADE® 14g antes e 14g após;

• Protocolo de treinamento de resistência + suplementos;

• 8 semanas - dieta hipocalórica.

56
Perda de massa magra – Grupo com CHO perdeu mais:

Perda de gordura - Grupo com CHO não perdeu:

Perda de peso – Grupo com CHO perdeu mais:

57
Resistência à fadiga (agachamento e supino) – Grupo com CHO mais resistência no
agachamento:

Força muscular (agachamento e supino) – Grupo com BCAAA maior força muscular:

• Resultado: Perda de gordura, manutenção da massa magra (não aumento),


aumento de força.

Dudgeon et al. Journal of the International Society of Sports Nutrition


(2016) 13:1

58
Leucina:

• Leucina “quebraria o jejum”?

• Alimentação de proteína enriquecida com leucina não prejudica a


disponibilidade de AGL ou oxidação lipídica no corpo inteiro durante o
exercício.

Proteínas:

• 0,25g kg/ refeição para indivíduos de peso corporal normal de proteína de alta
qualidade para fornecer em média 10g de aminoácidos essenciais em cada
refeição estimularia as taxas ideais de MPS em jovens participantes;

• 0,25g de proteínas por KILO de peso corporal por REFEIÇÃO parece provocar as
taxas máximas de síntese muscular proteica - Ex: 60 kg – 15g de proteína por
refeição.

• Doses testadas: 0, 5, 10, 20, ou 40g de albumina

• Nesse estudo, 20g (equivalente a ~8.6g aminoácidos essenciais) foi suficiente


para a estimulação máxima de MPS mistos em homens jovens treinados em
resistência com em média 85 kg.

• Excesso de proteína no pós treino – oxidação de leucina:

• Doses testadas: 0, 5, 10, 20, ou 40g de albumina - Nesse estudo, 20g


(equivalente a ~8.6g EAAs) foi suficiente para a estimulação máxima de MPS
mistos em homens jovens treinados em resistência -85 kg.

59
• Em vez de estimular ainda mais as taxas de MPS pós-exercício, 40g de proteína do
ovo estimulou um aumento acentuado em todo o organismo taxas de oxidação de
leucina;

• A resposta pós-absortivo de MPS miofibrilares em homens jovens treinados em


resistência - 80 kg depende da proteína ingerida;

• Máximo: 20g proteína do soro do leite;

• Acima de 20g, reduz MPS miofibrilares e estimula a oxidação de aminoácidos e


ureogênese e efeito na insulina.

60
• Além de proteína na dieta, exercício de resistência fornece um estímulo anabólico.

Possíveis Efeitos Adversos

Abstinência do açúcar:

• Hipoglicemia;

• Tontura;

• Fraqueza;

• Enjoo;

• Cansaço;

• Insônia;

• Irritabilidade;

• Baixo rendimento na atividade física de resistência e força.

Outros efeitos:

• Desconforto intestinal;

• Distensão abdominal;

• Sono de má qualidade (consumo alimentar noturno);

• Carências nutricionais.

Porque é tão difícil?

• O corpo humano está adaptado à utilizar o carboidrato como fonte primária de


energia e não gordura;

• No jejum você ensina o organismo a utilizar gordura como fonte de energia

61
Efeitos adversos

Estudos:

1)

• Indivíduos obesos (n = 59);

• Protocolo JI dias alternados - 25% das necessidades e ad libitum;

• 8 semanas;

• Um questionário evento adverso foi administrada no início do estudo e pós-


tratamento.

Resultado: enjoo e mau hálito

Hoddy et al. Nutrition Journal (2015) 14:44

62
2)

26 ratos divididos em 4 grupos:

• Jejum Intermitente - consumo alimentar das 12:00h às 18:00 - (JI) N=7.

• Jejum Intermitente + Exercício Endurance (treino das 10:00h às 12:00h) –


alimentação das 12:00h às 18:00h - (JI+EX) N=7.

• Exercício Endurance - (EX) N=6.

• Controle - (CON) N=6.

• Os animais foram submetidos a 6 semanas de treinamento de natação durante


jejum diário de 18 horas.

• Resultado: aumento da Peroxidação lipídica - Estresse oxidativo: JI

• Aumento dos níveis hepáticos de tióis não proteicos: JI

63
• O jejum intermitente de maneira isolada AUMENTOU o estresse oxidativo;

• NÃO promoveu biogênese mitocondrial de forma isolada (somente com o


exercício).

Períodos longos de inanição favorecem uma maior liberação de aldeídos (MDA)


como resultado da oxidação de lipídios, que provoca alterações estruturais e
de permeabilidade das membranas celulares.

Como consequência, ocorre uma perda da seletividade na troca iônica e


liberação de organelas celulares, como as enzimas hidrolíticas dos lisossomas, e
formação de aldeídos citotóxicos, resultando na morte celular.

Essa maior quantidade de aldeídos liberados no organismo afetam o equilíbrio


redox principalmente através da carbonilação de proteínas, em que são
acrescentados grupos carbonila, modificando suas estruturas e perdendo funções
estruturais, enzimáticas e de sinalização.

• Em longo prazo de alimentação intermitente, mas não a restrição calórica,


conduz a desequilíbrio redox, a nitração do receptor de insulina, e a
intolerância à glicose.

3)

• Grupo: Refeição ad libitum

• Grupo: Jejum Intermitente - Ratos, alimentados diariamente com 60% de uma


dieta suplementada com micronutrientes, para alcançar os níveis de vitaminas
e minerais consumidos por animais do grupo ad libitum.

• 8 meses de intervenção na dieta.

• Resultado: Nitração do receptor de insulina no tecido adiposo, tanto intra-


abdominal e muscular, uma modificação associada com a INATIVAÇÃO do
receptor insulínico.

64
4)

• Controle - Sedentário (C-S)

• Alimentação Intermitente - Sedentário (AI-S)

• Controle - Exercício Físico (C-EF)

• Alimentação Intermitente - Exercício Físico (AI-EF).

Protocolo de exercício em esteira rolante por 90 dias.

65

• Resultados:

• AI aumentou colesterol VLDL e TGL;

• AI + EX potencializou o aumento do TGL;

• Jejum eleva catecolaminas – lipólise- TGL.

5)

Ratos com 8 semanas de vida foram divididos em dois grandes grupos.

• JI dias alternados 24h jejum total e 24h ad libitum;

• Grupo controle ad libitum.

• Resultados:

• Após as três semanas – controle - 11% mais peso;

• Os animais do JI conseguiram consumir 80% do consumo do controle;

• 50% menos acesso à comida – 80% do consumo alimentar = hiperfagia;


66
• Houve um aumento significativo dos neurotransmissores AGRP e NPY,
responsáveis por estimular o apetite;

• Jejum reduz leptina - suprime a atividade dos neurônios que produzem


NPY/AGRP (efeito orexígeno);

• Jejum intermitente promove alterações na função hipotalâmica;

• A reversão dessas alterações deve ser investigada.

SERÁ QUE APÓS CESSAR O JEJUM INTERMITENTE ESTA ALTERAÇÃO HIPOTALÂMICA


NÃO PROMOVERIA AUMENTO DO PESO?

Não há estudos em longo prazo avaliando.

6)

• Fome severa foi associada com um risco aumentado de menstruação irregular;

• Restrição Calórica também pode adiantar a menopausa e riscos inerentes (DCV,


osteoporose, declínio cognitivo);

• Mulheres que foram severamente expostas à fome durante a Segunda Guerra


Mundial - Adiantaram 0,36 anos da menopausa;

• Experimentos que impuseram um alto volume de exercício aeróbico de forma


abrupta causou uma grande prevalência de anovulação no primeiro e segundo
mês após o início do exercício físico.

7)

• O período após a cirurgia bariátrica representa outro exemplo de potencial de


baixa disponibilidade de energia devido à Restrição Calórica.

• Um estudo de 29 mulheres submetidas à cirurgia bariátrica descobriu que mais


de 90% de ciclos estudados eram anovulatórios.

• Estudo relatou que as mulheres na fase rápida de perda de peso após cirurgia
bariátrica apresentam anovulação transitória, presumivelmente devido à baixa
disponibilidade de energia.

67
8)

• Ratos Wistar – fêmeas e machos;

• Jejum Intermitente - 24h/Ad libitum e Controle (ad libitum).

O regime de IF-DR influenciou negativamente na reprodução em animais jovens


devido aos seus efeitos adversos sobre o eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal;

Não há estudos em humanos relacionando JI e ciclo ovariano.

Contraindicações

• Tendência para distúrbios alimentares – Pode funcionar como gatilhos para


muitas pessoas que estão desenvolvendo verdadeira fobia ao alimento em
busca do corpo perfeito.

68
Estudo:

- Não houve significância estatística.

• Crianças – piora da capacidade física para prática de atividade física;

• Adolescentes – poucos estudos;

• Gestantes - Impactos profundos sobre o desenvolvimento fetal e placentário -


O crescimento fetal pode ser causado por comprometimento no transporte
placentário de aminoácidos;

• Atletas – Sem benefícios adicionais;

• Hipertrofia muscular;

• Pacientes com diabetes insulino dependentes;

• Tendência para hipoglicemia;

• Bariátricos;

• Pacientes com distúrbios gástricos;

• Idosos acima de 70 anos;

• Baixo peso;

• Medicamentos hipotensores;

• Tendência para efeito sanfona.

69
Considerações Importantes

• Adesão em longo prazo? – Como ocorre com toda alimentação restritiva, é


difícil mantê-la por muito tempo;

• Como seria a resposta na realimentação? Falta de pesquisas em longo prazo


com Jejum Intermitente e Realimentação – estudos de curta duração;

• Poucos ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais em humanos;

• Acompanhamento do paciente;

• Variabilidade fenotípica;

• Individualidade bioquímica;

• Até a data de gravação do curso não encontramos pareceres de órgãos


regulamentadores incentivando ou contra indicando o JEJUM IINTERMITENTE.

70

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