Professional Documents
Culture Documents
2006
Agradeço a colaboração prestada pelos Professores Carlos E. N. L. Michaud, Jorge L.
Ceccon e Miguel F. Hilgenberg Neto na elaboração deste texto. Agradecimento especial ao
Professor Roberto Dalledone Machado que além de colaborar a elaboração do texto, permitiu
que sua publicação LAJES USUAIS DE CONCRETO ARMADO fosse incorporada ao Capítulo 8
desta edição.
M. A. Marino
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Construção Civil
(41) 3361-3438
marino@ufpr.br
1ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
1
1.1 Introdução
Basicamente, as estruturas de concreto armado apresentam bom desempenho porque,
sendo o concreto de ótima resistência à compressão, este ocupa as partes comprimidas ao passo
que o aço, de ótima
A resistência à tração,
concreto ocupa as partes
M M comprimido tracionadas. É o caso
das vigas de concreto
armadura armado (Figura 1.1).
tracionada
A Corte AA
1.2 Histórico
É atribuída ao francês Lambot a primeira construção de concreto armado. Tratava-se de um
barco que foi construído em 1855. Outro francês, Coignet, publicou em 1861 o primeiro trabalho
descrevendo aplicações e uso do concreto armado1.
1
Para melhor conhecimento da história do concreto armado, ver O CONCRETO NO BRASIL, Vol. 1, A. C.
Vasconcelos, edição patrocinada por Camargo Corrêa S.A., 1985.
2006 1-1 ufpr/tc405
− aderência entre o concreto e a armadura;
− valores próximos dos coeficientes de dilatação térmica do concreto e da armadura; e
− proteção das armaduras feita pelo concreto envolvente.
O principal fator de sucesso é a aderência entre o concreto e a armadura. Desta forma, as
deformações nas armaduras serão as mesmas que as do concreto adjacente, não existindo
escorregamento entre um material e o outro. É este simples fato de deformações iguais entre a
armadura e o concreto adjacente, associado à hipótese das seções planas de Navier, que permite
quase todo o desenvolvimento dos fundamentos do concreto armado.
A proximidade de valores entre os coeficientes de dilatação térmica do aço e do concreto
torna praticamente nulos os deslocamentos relativos entre a armadura e o concreto envolvente,
quando existe variação de temperatura. Este fato permite que se adote para o concreto armado o
mesmo coeficiente de dilatação térmica do concreto simples.
Finalmente, o envolvimento das barras de aço por concreto evita a oxidação da armadura
fazendo com que o concreto armado não necessite cuidados especiais como ocorre, por exemplo,
em estruturas metálicas.
1
1 MPa = 0,1 kN/cm2 = 10 kgf/cm2.
2
A adoção de um concreto com resistência mínima de 20 MPa visa uma durabilidade maior das estruturas.
3
Concreto armado.
4
Concreto protendido.
2006 1-2 ufpr/tc405
1.4.2 Massa específica
Segundo o item 8.2.2, a ABNT NBR 6118 se aplica a concretos de massa específica normal,
que são aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica compreendida entre
2 000 kg/m3 e 2 800 kg/m3. Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo,
pode-se adotar para o concreto simples o valor 2 400 kg/m3 e para o concreto armado
2 500 kg/m3.
Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar para
valor da massa específica do concreto armado aquela do concreto simples acrescida de
100 kg/m3 a 150 kg/m3.
1.4.3 Coeficiente de dilatação térmica
Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação térmica pode ser admitido como
sendo igual a 10-5/ºC (ABNT NBR 6118, item 8.2.3).
1.4.4 Resistência à compressão
As prescrições da ABNT NBR 6118 referem-se à resistência à compressão obtida em
ensaios de cilindros moldados segundo a ABNT NBR 5738, realizados de acordo com a
ABNT NBR 5739 (item 8.2.4 da ABNT NBR 6118).
Quando não for indicada a idade, as resistências referem-se à idade de 28 dias. A
estimativa da resistência à compressão média, fcmj, correspondente a uma resistência fckj
especificada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655.
A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser obtida através de ensaios
especialmente executados para tal. Na ausência desses resultados experimentais pode-se adotar,
em caráter orientativo, os valores indicados em [3.8.2.2].
1.4.5 Resistência à tração
Segundo a ABNT NBR 6118, item 8.2.5, a resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à
tração na flexão fct,f devem ser obtidas de ensaios realizados segundo a ABNT NBR 7222 e a
ABNT NBR 12142, respectivamente.
A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na falta de
ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou característico por
meio das equações seguintes:
fct,m = 0,3 × 3 fck
2
Sendo fckj ≥ 7MPa, estas expressões podem também ser usadas para idades diferentes de
28 dias.
O fctk,sup é usado para a determinação de armaduras mínimas. O fctk,inf é usado nas análises
estruturais.
1.4.6 Módulo de elasticidade
Segundo a ABNT NBR 6118, item 8.2.8, o módulo de elasticidade deve ser obtido segundo
ensaio descrito na ABNT NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o módulo de deformação
tangente inicial cordal a 30% de fc, ou outra tensão especificada em projeto. Quando não forem
feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 dias,
pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade usando a expressão:
E ci = 5 600 fck E ci e f ck em MPa Equação 1.2
O módulo de elasticidade numa idade j ≥ 7 dias pode também ser avaliado através dessa
expressão, substituindo-se fck por fckj.
Quando for o caso, é esse o módulo de elasticidade a ser especificado em projeto e
controlado na obra.
10 MPa
εc
1‰ 2‰ 3‰ 4‰
σ c = f ck 1 − 1 − c
2‰
εc
2‰ 3,5‰
fctk
0,9 fctk
Eci
εct
0,15‰
recuperação
deformação ∆l0
εc
elástica recuperação da ∆lc
fluência
l
fluência -
εcc(t,t0)
deformação elástica
∆l0
inicial - εc(t0) t
t0 εc(t0) =
l
t0 t
∆lc
t εcc(t,t0) =
carga sem carga l−∆l0
σc ( t 0 )
εc ( t ) = [1 +ϕ( t, t 0 )] + εcs ( t, t 0 ) Equação 1.4
Eci ( t 0 )
onde:
εc(t) deformação específica total do concreto no instante t;
εc(t0) deformação específica imediata (t0) do concreto devida ao carregamento
(encurtamento);
εcc(t,t0) deformação específica do concreto devida à fluência no intervalo de tempo t – t0;
εcs(t,t0) deformação específica do concreto devida à retração no intervalo de tempo t – t0;
σc(t0) tensão atuante no concreto no instante (t0) da aplicação da caga permanente
(negativa para compressão);
Eci(t0) módulo de elasticidade (deformação) inicial no instante t0; e
ϕ(t,t0) coeficiente de fluência correspondente ao intervalo de tempo t – t0.
Em casos onde não é necessária grande precisão, os valores finais (t∞) do coeficiente de
fluência ϕ(t∞,t0) e da deformação específica de retração εcs(t∞,t0) do concreto submetido a tensões
menores que 0,5 fc quando do primeiro carregamento, podem ser obtidos, por interpolação linear,
a partir da Tabela 1.2. Esta Tabela fornece o valor do coeficiente de fluência ϕ(t∞,t0) e da
deformação específica de retração εcs(t∞,t0) em função da umidade ambiente e da espessura
equivalente 2 Ac / u, onde:
Ac área da seção transversal; e
u perímetro da seção em contato com a atmosfera.
Umidade ambiente
40 55 75 90
(%)
Espessura fictícia
2Ac/u 20 60 20 60 20 60 20 60
(cm)
5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1
ϕ(t∞,t0) 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
t0 60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
(dias) 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
εcs(t∞,t0)
30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09
(‰)
60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09
Tabela 1.2 – Valores característicos superiores da deformação específica de retração εcs(t∞,t0)
e do coeficiente de fluência ϕ(t∞,t0)
1
As letras CA significam concreto armado e o número associado corresponde a 1/10 da resistência característica em
MPa.
A NBR 6118 define o coeficiente de conformação superficial como ηb e estabelece, para o CA-60, o valor mínimo de
2
1,2, diferente do apresentado na Tabela 2, página 7 da NBR 7480/1996. Nesta Tabela o valor mínimo de η
corresponde a 1,5, como apresentado na Tabela 1.4.
2006 1-7 ufpr/tc405
σs
fyk
εs
10‰
Fios
Diâmetro Massa Área da
Perímetro
Nominal Nominal Seção
(cm)
(mm) (kg/m) (cm2)
2,4 0,036 0,045 0,75
3,4 0,071 0,091 1,07
3,8 0,089 0,113 1,19
4,2 0,109 0,139 1,32
4,6 0,130 0,166 1,45
5,0 0,154 0,196 1,57
5,5 0,187 0,238 1,73
6,0 0,222 0,283 1,88
6,4 0,253 0,322 2,01
7,0 0,302 0,385 2,22
8,0 0,395 0,503 2,51
9,5 0,558 0,709 2,98
10,0 0,617 0,785 3,14
Tabela 1.7 - Características dos fios de aço para concreto armado
1.7 Simbologia1
A simbologia adotada na ABNT NBR 6118, no que se refere a estruturas de concreto, é
constituída por símbolos-base e símbolos subscritos. Os símbolos-base utilizados com mais
freqüência encontram-se estabelecidos em 1.7.1 e os símbolos subscritos em 1.7.2.
As grandezas representadas pólos símbolos devem sempre ser expressas em
unidades do Sistema Internacional (SI) (item 4.1 da ABNT NBR 6118).
1.7.1 Símbolos base
1.7.1.1 Letras minúsculas
a distância ou dimensão
menor dimensão de um retângulo
deslocamento máximo (flecha)
b largura
dimensão ou distância paralela à largura
menor dimensão de um retângulo
bw largura da alma de uma viga
c cobrimento da armadura em relação à face do elemento
d altura útil
dimensão ou distância
e excentricidade de cálculo oriunda dos esforços solicitantes MSd e NSd
distância
f resistência
h dimensão
altura
i raio de giração mínimo da seção bruta de concreto da peça analisada
k coeficiente
l comprimento
vão
n número
número de prumadas de pilares
r raio de curvatura interno do gancho
rigidez
s espaçamento das barras da armadura
t comprimento do apoio paralelo ao vão da viga analisada
tempo
u perímetro
w abertura de fissura
x altura da linha neutra
z braço de alavanca
distância
1.7.1.2 Letras maiúsculas
A área da seção cheia
Ac área da seção transversal de concreto
As área da seção transversal da armadura longitudinal de tração
A's área da seção transversal da armadura longitudinal de compressão
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do capítulo 4 da NBR 6118.
2006 1-11 ufpr/tc405
D diâmetro dos pinos de dobramento das barras de aço
E módulo de elasticidade
EI rigidez
F força
ações
G ações permanentes
Gc módulo de elasticidade transversal do concreto
H altura
Ic momento de inércia da seção de concreto
K coeficiente
M momento
momento fletor
MRd momento fletor resistente de cálculo
MSd momento fletor solicitante de cálculo
M1d momento fletor de 1ª ordem de cálculo
M2d momento fletor de 2ª ordem de cálculo
N força normal
Nd força normal de cálculo
NRd força normal resistente de cálculo
NSd força normal solicitante de cálculo
Q ações variáveis
R reação de apoio
Rd esforço resistente de cálculo
Sd esforço solicitante de cálculo
T temperatura
momento torçor
TRd momento torçor resistente de cálculo
TSd momento torçor solicitante de cálculo
V força cortante
Vd força cortante de cálculo
1.7.1.3 Letras gregas
α ângulo
parâmetro de instabilidade
coeficiente
fator que define as condições de vínculo nos apoios
β ângulo
coeficiente
δ coeficiente de redistribuição
deslocamento
ε deformação
εc deformação específica do concreto
εs deformação específica do aço
φ diâmetro das barras da armadura
φl diâmetro das barras de armadura longitudinal de peça estrutural
φn diâmetro equivalente de um feixe de barras
φt diâmetro das barras de armadura transversal
φvibr diâmetro da agulha do vibrador
γc coeficiente de ponderação da resistência do concreto
γf coeficiente de ponderação das ações
γm coeficiente de ponderação das resistências
γs coeficiente de ponderação da resistência do aço
ϕ coeficiente de fluência
λ índice de esbeltez
µ coeficiente
momento fletor reduzido adimensional
1.8 Exercícios
Ex. 1.1: Complete o quadro abaixo.
fck fctk,inf fctk,sup Eci Ecs
Concreto
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
C20
C25
C30
C35
C40
C45
C50
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do capítulo 6 da ABNT NBR 6118.
2006 2-2 ufpr/tc405
A durabilidade das estruturas de concreto requer cooperação e esforços coordenados de
todos os envolvidos nos processos de projeto, construção e utilização, devendo, como mínimo,
ser seguido o que estabelece a ABNT NBR 12655, sendo também obedecidas as disposições
constantes de manual de utilização, inspeção e manutenção.
O manual de utilização, inspeção e manutenção deve ser produzido por profissional
habilitado, devidamente contratado pelo contratante, de acordo com o porte da construção, a
agressividade do meio, as condições de projeto, materiais e produtos utilizados na execução da
obra. Esse manual deve especificar de forma clara e sucinta, os requisitos básicos para a
utilização e a manutenção preventiva, necessária para garantir a vida útil prevista para a estrutura,
conforme indicado na ABNT NBR 5674.
2.3.1 Mecanismos de envelhecimento e deterioração
Os mecanismos de envelhecimento e deterioração são referentes ao concreto, a armadura e
a estrutura propriamente dita.
Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto são:
− lixiviação, por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e
carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento;
− expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com
sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento
hidratado;
− expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados
reativos; e
− reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de
produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica.
Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura são:
− despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera; e
− despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto).
Os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita são todos aqueles
relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas,
retração, fluência e relaxação.
2.3.2 Agressividade do ambiente
A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam
sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações
volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das
estruturas de concreto.
Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de
acordo com o apresentado na Tabela 2.1 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as
condições de exposição da estrutura ou de suas partes.
O responsável pelo projeto estrutural, de posse de dados relativos ao ambiente em que será
construída a estrutura, pode considerar classificação mais agressiva que a estabelecida na
Tabela 2.1.
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do capítulo 7 da ABNT NBR 6118.
2006 2-4 ufpr/tc405
Classe de agressividade (Tabela 2.1)
Concreto
I II III IV
Relação
água/cimento em ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
massa
Classe de concreto
≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
(ABNT NBR 8953)
Tabela 2.2 - Correspondência entre classe de agressividade e
qualidade do concreto
Os requisitos das Tabela 2.2 e Tabela 2.3 são válidos para concretos executados com
cimento Portland que atenda, conforme seu tipo e classe, às especificações das ABNT NBR 5732,
ABNT NBR 5733, ABNT NBR 5735, ABNT NBR 5736, ABNT NBR 5737, ABNT NBR 11578,
ABNT NBR 12989 ou ABNT NBR 13116, com consumos mínimos de cimento por metro cúbico de
concreto de acordo com a ABNT NBR 12655.
Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição em estruturas de
concreto armado.
2.4.3.1 Cobrimento
O cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de
todo o elemento considerado e que se constitui num critério de aceitação.
Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o
cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (∆c).
Assim as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais,
estabelecidos na Tabela 2.3 para ∆c = 10 mm. Nas obras correntes o valor de ∆c deve ser maior
ou igual a 10 mm.
Classe de agressividade ambiental (Tabela 2.1)
Componente ou
I II III IV2)
elemento
Cobrimento nominal (cnom)
Laje1) 20 mm 25 mm 35 mm 45 mm
Viga1) e Pilar 25 mm 30 mm 40 mm 50 mm
1)
Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa
de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com
argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado
desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos, e outros tantos, as
exigências desta tabela podem ser substituídas pelo cobrimento nominal
referente à barra ou feixe (cnom ≥ φbarra ou cnom ≥ φfeixe), respeitado um
cobrimento nominal de no mínimo 15 mm (cnom ≥ 15 mm).
2)
Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de
tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e
outras obras em ambientes química e intensamente agressivos a armadura
deve ter cobrimento nominal igual ou maior que 45 mm (cnom ≥ 45 mm).
Tabela 2.3 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e
cobrimento nominal para ∆c = 10 mm
Quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da
variabilidade das medidas durante a execução pode ser adotado o valor ∆c = 5 mm, mas a
exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se, então, a
redução dos cobrimentos nominais prescritos na Tabela 2.3. em 5 mm.
Os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à superfície da armadura
externa, em geral à face externa do estribo (Figura 2.1).
ct
φl
φt cl ≥ cnom ≥ φl
ct ≥ cnom ≥ φt
φ = φbarra
φn
cnom ≥ φn
φn = φfeixe
n=3 cnom ≥ φn
φn = φ 3
2.6 Exercícios
Ex. 2.1: Determinar a menor classe possível de concreto (menor fck), bem como o maior
fator possível água/cimento (maior A/C) para as seguintes construções:
− construção urbana, ambiente interno seco;
− construção industrial, ambiente externo seco; e
− construção marinha, ambiente externo.
Ex. 2.2: Determinar o cobrimento nominal a ser adotado para as barras das vigas e pilares
das seguintes construções:
− construção urbana, ambiente interno seco;
− construção industrial, ambiente externo seco; e
− construção marinha, ambiente externo.
Ex. 2.3: Determinar os valores de a e b do estribo abaixo representado. A viga será
construída em local de classe de agressividade ambiental II, as barras longitudinais superiores
tem diâmetro 10 mm, as barras
longitudinais inferiores tem
diâmetro 16 mm e o estribo será
constituído por barras de 6,3 mm.
Considerar valores inteiros (em
40 cm b centímetros) para as dimensões a
e b, barras mais próximas
possível das faces e ignorar as
curvaturas dos cantos do estribo.
a
20 cm
Ex. 2.4: Determinar as coordenadas dos eixos das barras longitudinais mostradas na figura
abaixo. A viga será construída em local de classe de
y agressividade ambiental I, as barras longitudinais
superiores tem diâmetro 16 mm, as barras
longitudinais inferiores tem diâmetro 25 mm e o
estribo será constituído por barras de 8 mm.
Considerar as barras mais próximas possível das
faces.
50 cm
30 cm
1
O texto relativo a este capítulo é, basicamente, uma cópia dos capítulos 11 e 12 da ABNT NBR 6118.
2006 3-1 ufpr/tc405
3.1.1.2.1 Retração do concreto
A deformação específica de retração do concreto deve ser calculada conforme indica o
Anexo A da ABNT NBR 6118.
Na grande maioria dos casos, permite-se que ela seja calculada simplificadamente através
da Tabela [1.2], por interpolação. Essa tabela fornece o valor característico superior da
deformação específica de retração entre os instantes t0 e t∞, εcs(t∞,t0), em algumas situações
usuais.
Nos casos correntes das obras de concreto armado, em função da restrição à retração do
concreto, imposta pela armadura, satisfazendo o mínimo especificado na ABNT NBR 6118, o valor
de εcs(t∞,t0) pode ser adotado igual a
ε cs ( t ∞ , t 0 ) = −0,15‰ (-15 × 10 -5 ) Equação 3.1
Esse valor admite elementos estruturais de dimensões usuais, entre 10 cm e 100 cm
sujeitos a umidade ambiental não inferior a 75%.
O valor característico inferior da retração do concreto é considerado nulo.
Nos elementos estruturais permanentes submetidos a diferentes condições de umidade em
faces opostas, admite-se variação linear da retração ao longo da espessura do elemento
estrutural entre os dois valores correspondentes a cada uma das faces.
3.1.1.2.2 Fluência do concreto
As deformações decorrentes da fluência do concreto devem ser calculadas conforme indica
o Anexo A da ABNT NBR 618.
Nos casos em que a tensão σc(t0) não varia significativamente, permite-se que essas
deformações sejam calculadas simplificadamente pela expressão:
1 ϕ( t ∞ , t 0 )
ε c ( t ∞ , t 0 ) = σ c ( t 0 ) + Equação 3.2
Eci ( t 0 ) Eci ( 28 )
onde:
εc(t∞,t0) é a deformação específica total do concreto entre os instantes t0 e t∞;
σc(t0) é a tensão no concreto devida ao carregamento aplicado em t0;
ϕ(t∞,t0) é o limite para o qual tende o coeficiente de fluência provocado por carregamento
aplicado em t0;
Eci(t0) é o módulo de elasticidade inicial do concreto no instante t0; e
Eci(28) é o módulo de elasticidade inicial do concreto aos 28 dias.
O valor de ϕ(t∞,t0) pode ser calculado por interpolação da Tabela [1.2]. Essa Tabela fornece
o valor característico superior de ϕ(t∞,t0) em algumas situações usuais.
O valor característico inferior de ϕ(t∞,t0) é considerado nulo.
3.1.1.2.3 Deslocamentos de apoio
Os deslocamentos de apoio só devem ser considerados quando gerarem esforços
significativos em relação ao conjunto das outras ações, isto é, quando a estrutura for hiperestática
e muito rígida.
O deslocamento de cada apoio deve ser avaliado em função das características físicas do
correspondente material de fundação. Como representativo desses deslocamentos, devem ser
considerados os valores característicos superiores, δk,sup, calculados com avaliação pessimista da
rigidez do material de fundação, correspondente, em princípio, ao quantil de 5% da respectiva
distribuição de probabilidade.
Os valores característicos inferiores podem ser considerados nulos.
O conjunto desses deslocamentos constitui-se numa única ação, admitindo-se que todos
eles sejam majorados pelo mesmo coeficiente de ponderação.
3.1.1.2.4 Imperfeições geométricas
Na verificação do estado limite último das estruturas reticuladas, devem ser consideradas as
imperfeições geométricas do eixo dos elementos estruturais da estrutura descarregada. Essas
imperfeições podem ser divididas em dois grupos:
1
O termo "cargas acidentais", embora bastante consagrado na engenharia brasileira de estruturas, não representa
carregamento que provoque acidente, mas corresponde, apenas e tão somente, as "cargas não permanentes". Nos
paises de língua inglesa, cargas acidentais (não permanentes) são definidas como "live loads" e cargas
permanentes como "dead loads".
2006 3-3 ufpr/tc405
De maneira genérica podem ser adotados os seguintes valores:
− para elementos estruturais cuja menor dimensão não seja superior a 50 cm, deve ser
considerada uma oscilação de temperatura em torno da média de 10ºC a 15ºC;
− para elementos estruturais maciços ou ocos com os espaços vazios inteiramente
fechados, cuja menor dimensão seja superior a 70 cm, admite-se que essa oscilação
seja reduzida respectivamente para 5ºC a 10ºC; e
− para elementos estruturais cuja menor dimensão esteja entre 50 cm e 70 cm
admite-se que seja feita uma interpolação linear entre os valores acima indicados.
A escolha de um valor entre esses dois limites pode ser feita considerando 50% da
diferença entre as temperaturas médias de verão e inverno, no local da obra.
Em edifícios de vários andares devem ser respeitadas as exigências construtivas prescritas
pela ABNT NBR 6118 para que sejam minimizados os efeitos das variações de temperatura sobre
a estrutura da construção.
3.1.2.2.2 Variações não uniformes de temperatura
Nos elementos estruturais em que a temperatura possa ter distribuição significativamente
diferente da uniforme, devem ser considerados os efeitos dessa distribuição. Na falta de dados
mais precisos, pode ser admitida uma variação linear entre os valores de temperatura adotados,
desde que a variação de temperatura considerada entre uma face e outra da estrutura não seja
inferior a 5ºC.
3.1.3 Ações dinâmicas
Quando a estrutura, pelas suas condições de uso, está sujeita a choques ou vibrações, os
respectivos efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a possibilidade de
fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais de acordo com a
seção 23 da ABNT NBR 6118.
3.1.4 Ações excepcionais
No projeto de estruturas sujeitas a situações excepcionais de carregamento, cujos efeitos
não possam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas ações excepcionais com
os valores definidos, em cada caso particular, por Normas Brasileiras específicas.
1
O texto relativo a este capítulo é, basicamente, uma cópia do item 4.3.2 da ABNT NBR 8681.
O coeficiente de combinação ψ0 faz o papel do terceiro coeficiente, que seria indicado por γf2.
2
Grandes pontes
Ações
Especiais
ou de 1,2 1,0 1,2 0,0 1,3 0,0 1,0 0,0
construção
D → desfavorável F → favorável
Tabela 3.1 - ELU - Coeficientes γf – Grandes pontes - Ações permanentes diretas agrupadas e
ações variáveis consideradas conjuntamente
1
A Tabela 3.1, Tabela 3.2 e Tabela 3.3 foram construídas com base na afirmação contida no rodapé da Tabela 5 da
ABNT NBR 8681:
“Quando as ações variáveis forem consideradas conjuntamente, o coeficiente de ponderação mostrado na
tabela 5 se aplica a todas as ações, devendo-se considerar também conjuntamente as ações permanentes diretas.
Nesse caso permite-se considerar separadamente as ações indiretas como recalque de apoio e retração dos
materiais conforme tabela 3 e o efeito de temperatura conforme tabela 4.“
2006 3-7 ufpr/tc405
Edificações tipo 1 e pontes em geral
Ações
Especiais
ou de 1,25 1,0 1,2 0,0 1,3 0,0 1,0 0,0
construção
D → desfavorável F → favorável
Tabela 3.2 - ELU - Coeficientes γf – Edificações tipo 1 e pontes em geral - Ações permanentes
diretas agrupadas e ações variáveis consideradas conjuntamente
Edificações tipo 2
Ações
Especiais
ou de 1,3 1,0 1,2 0,0 1,2 0,0 1,0 0,0
construção
D → desfavorável F → favorável
Tabela 3.3 - ELU - Coeficientes γf – Edificações tipo 2 - Ações permanentes diretas agrupadas e
ações variáveis consideradas conjuntamente
O valor do coeficiente de ponderação, de cargas permanentes de mesma origem, num dado
carregamento, deve ser o mesmo ao longo de toda estrutura. A única exceção é o caso da
verificação da estabilidade como corpo rígido.
O valor do coeficiente de ponderação, para ações variáveis direta decorrentes de empuxos
d'água, ou de outro líquido, adotado para cálculo de reservatórios, tanques, decantadores e outros
deve ser considerando como sendo 1,1 (ver 3.1.2.1.3).
3.5.1.2 Pilares com dimensão inferior a 20 cm
Em casos especiais, permite-se a consideração de pilares ou pilares-parede com dimensões
entre 19 cm e 12 cm, desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no
dimensionamento por um coeficiente adicional (coeficiente de ajustamento) γn apresentado na
Tabela 3.4. Em qualquer caso não se permite pilar com seção transversal inferior a 360 cm2.
Ações ψ0
Edificações residenciais, de acesso restrito 0,5
Edificações comerciais, de escritórios e de
Cargas acidentais de 0,7
acesso público
edifícios
Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e
0,8
garagens
Pressão dinâmica do vento nas estruturas
Vento 0,6
em geral
Variações uniformes de temperatura em
Temperatura 0,6
relação à média anual local
Passarelas de pedestre 0,6
Pontes rodoviárias 0,7
Passarelas e pontes Pontes ferroviárias não especializadas 0,8
Pontes ferroviárias especializadas 1,0
Vigas de rolamento de pontes rolantes 1,0
Tabela 3.5 - Coeficiente γf2 – ELU
3.5.2 Estado limite de serviço
O coeficiente de ponderação das ações para estados limites de serviço é dado pela
Equação 3.6 e tem valor variável conforme a verificação que se deseja fazer (Tabela 3.6).
γ f = γ f2 Equação 3.6
onde:
γf2 = 1,0 para combinações raras;
γf2 = ψ1 para combinações freqüentes; e
γf2 = ψ2 para combinações quase permanentes.
Para combinações excepcionais onde a ação principal for o fogo, o fator de redução ψ2 pode ser reduzido,
2)
1
A ABNT NBR 6122 estabelece dois modos de verificação de segurança. O cálculo empregando fator de segurança
global (tensões e cargas admissíveis) e o cálculo empregando-se fatores de segurança parciais (estado limite
último). O primeiro é quase que o único utilizado.
2006 3-12 ufpr/tc405
A Figura 3.1 mostra as solicitações decorrentes das diversas combinações de ações, a
serem usadas na verificação da
Nz capacidade do terreno de fundação
Hy superficial (sapata). A força normal
My Nz, sendo de compressão, tem o
sentido indicado na Figura. Os
Mx Hx momentos fletores Mx e My, bem
como as forças horizontais Hx e Hy
dependem das combinações das
ações (direção do vento, por
exemplo) e podem assumir tanto
valores positivos como negativos.
WK4
Wk2
Wk1
Wk3
planta de pilares
da estrutura
1H
1,8V
0m
A
Solução: Deverá ser verificada a condição de perda de equilíbrio como corpo rígido da
barragem. Para tal deverão ser calculados o momento estabilizante [S(Fsd)] e o
momento não estabilizantes [S(Fnd)] em relação ao pé da barragem (ponto A). A
barragem será segura se [S(Fsd)] ≥ [S(Fnd)]. Deverão ser usados, para a
Equação 3.10, as seguintes notações e os seguintes valores para as ações e
coeficientes:
Gsk = Gpp,bar (peso próprio da barragem - ação característica estabilizante)
Q1k = Erej (empuxo do material de rejeito - ação característica não
estabilizante)
Fsd = γgs Gsk = γgs Gpp,bar (valor de cálculo da ação estabilizante)
Fnd = γq Q1k = γq Erej (valor de cálculo da ação não estabilizante)
γgs = 1,0 (combinação normal, ação permanente direta favorável)
γq = 1,2 (ver 3.1.2.1.3)
a. Massas específicas e pesos específicos do concreto e do material de rejeito (valores
característicos)
ρconc = 2 200 kg/m3 ⇒ pconc = 22 000 N/m3 = 22 kN/m3
ρrej = 1 300 kg/m3 ⇒ prej = 13 000 N/m3 = 13 kN/m3
1
1,8
H = 54 m
Gsk
A
B
54
B= = 30 m
1,8
B×H 30 × 54
G sk = Gpp,bar = × p conc = × 22 = 17 820,0 kN/m
2 2
Fsd = γ gs G sk = 1,0 × 17 820 = 17 820,0 kN/m
c. Ação variável não estabilizante (empuxo do material de rejeito)
H = 51 m
Q1k
H2 512
Q1k = E rejei = × p rejei = × 13 = 16 906,5 kN/m
2 2
Fnd = γ qQ1k = 1,2 × 16 905,5 = 20 286,6 kN/m
d. Solicitações de cálculo (momentos referentes ao pé da barragem - ponto A)
Fsd
Hrej = 51 m
Fnd
Bbar = 30 m
2 × B bar 2 × 30
S(Fsd ) = M d,
A
pp,bar = Fsd × = 17 820,0 × = 356 400,0 kNm/m
3 3
H = 51 m
Q1k
H2 512
Q1k = E rejei = × p rejei = × 13 = 16 906,5 kN/m
2 2
Fnd = γ qQ1k = 1,5 × 16 905,5 = 25 358,25 kN/m
f.2 Solicitações de cálculo (momentos referentes ao pé da barragem – ponto A)
Fsd
Hrej = 51 m
Fnd
Bbar = 30 m
2 × B bar 2 × 30
S(Fsd ) = M d,
A
pp,bar = Fsd × = 17 820,0 × = 356 400,0 kNm/m
3 3
Hrejei
S(Fnd ) = Md,
51
emp, rejei = Fnd × = 25 358,25 × = 431090,25 kNm/m
A
3 3
f.3 Condição de segurança
S(Fsd ) < S(Fnd ) ⇒ barragem não segura ◄
123 123
( 356 400,0 ) ( 431090,25 )
A ABNT NBR 8681 define este fator como ψ0,ef. Como a ABNT NBR 6118 não faz distinção de valores ψ0, a
1
Equação 3.7 (combinação última normal) e a Equação 3.11 (combinação última especial ou de construção) são
iguais na apresentação, embora com significados diferentes na aplicação.
2
A equação apresentada pela ABNT NBR 6118 contém os termos Fεgk e Fεqk, o que não faz sentido pois os
coeficientes γεg e γεq são nulos (Tabela 3.1, Tabela 3.2 e Tabela 3.3).
2006 3-20 ufpr/tc405
Edificações tipo 1 e pontes em geral (Tabela 3.2):
− 1,15 para combinação desfavorável; e
− 1,0 para combinação favorável.
Edificações tipo 2 (Tabela 3.3):
− 1,2 para combinação desfavorável; e
− 1,0 para combinação favorável.
γq representa o coeficiente de ponderação para ações variáveis diretas
Grandes pontes (Tabela 3.1):
− 1,0 para combinação desfavorável; e
− 0,0 para combinação favorável.
Edificações tipo 1 e pontes em geral (Tabela 3.2):
− 1,0 para combinação desfavorável; e
− 0,0 para combinação favorável.
Edificações tipo 2 (Tabela 3.3):
− 1,0 para combinação desfavorável; e
− 0,0 para combinação favorável.
ψ0j representa o fator de redução de combinação para ações variáveis diretas que podem
agir concomitantemente com a ação excepcional Fq1exc, durante a situação transitória.
Este fator deverá ser igual aos valores adotados nas combinações normais
(Tabela 3.5), salvo quando a ação excepcional Fq1exc tiver um tempo de atuação muito
pequeno ou probabilidade de ocorrência muito baixa, caso em que ψ0j pode ser
tomado com o correspondente ψ2j (Tabela 3.6).
− 0,5 ou 0,3 para cargas acidentais de edifícios residenciais;
− 0,7 ou 0,4 para cargas acidentais de edifícios comerciais ou de escritórios;
− 0,8 ou 0,6 para bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens; e
− 0,6 ou 0,0 para o vento.
3.6.2 Combinações de serviço
As combinações de serviço são classificadas de acordo com sua permanência na estrutura
e devem ser verificadas como estabelecido a seguir:
− quase permanentes;
− freqüentes; e
− raras.
3.6.2.1 Combinações quase permanentes de serviço
São combinações que podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura e
sua consideração pode ser necessária na verificação do estado limite de deformações excessivas.
Nas combinações quase permanentes de serviço, todas as ações variáveis são
consideradas com seus valores quase permanentes ψ2 Fqk.
A equação para o cálculo de solicitações pode ser representada por:
Fd,ser = Fgk + ∑ψ 2j Fqjk Equação 3.14
onde:
Fd,ser é o valor de cálculo das ações para combinações de serviço.
Fgk representa as ações permanentes diretas (valor característico):
− peso próprio da estrutura;
− peso dos elementos construtivos fixos das instalações permanentes; e
− empuxos permanentes.
Fqjk representa as ações variáveis diretas (valor característico):
− cargas acidentais;
− ação do vento; e
− ação da água.
ψ2j representa o fator de redução de combinação quase permanente para as ações
variáveis diretas (Tabela 3.6):
− 0,3 para cargas acidentais de edifícios residenciais;
− 0,4 para cargas acidentais de edifícios comerciais ou de escritórios;
B D
4m 4m 2m
Solução: Deverão ser usados, para a Equação 3.7, os seguintes valores para as ações e
coeficientes (Tabela 3.3 – edificação tipo 2):
Fd = γ g Fgk + γ εg Fεgk + γ q (Fq1k + ∑ ψ 0 j Fqjk ) + γ εq ψ 0 ε Fεqk
Fgk = Gk = 10 kN (valor característico da ação permanente direta)
Fq1k = Qk = 5 kN (valor característico da ação variável direta principal)
γg = 1,4 (combinação normal, ação permanente direta desfavorável)
γg = 1,0 (combinação normal, ação permanente direta favorável)
γq = 1,4 (combinação normal, ação variável direta desfavorável geral)
γq = 0,0 (combinação normal, ação variável direta favorável geral)
Para o caso a, deverão ser consideradas as seguintes combinações:
Fd = 1,4 Gk + 0,0 Qk (permanente desfavorável + ação variável favorável)
Fd = 1,4 Gk + 1,4 Qk (permanente desfavorável + variável desfavorável geral)
Fd = 1,0 Gk + 0,0 Qk (permanente favorável + ação variável favorável)
1,4 x 10 = 14 kN
0,0 x 5 = 0 kN
A C MSd,A = -00 kNm
MSd,B = -14 kNm
B D MSd,C = -28 kNm
4m 4m 2m MSd,D = -00 kNm
1,4 x 10 = 14 kN
1,4 x 5 = 7 kN
A C MSd,A = -00 kNm
MSd,B = -00 kNm
B D MSd,C = -28 kNm
4m 4m 2m MSd,D = -00 kNm
1,0 x 10 = 10 kN
0,0 x 5 = 0 kN
A C MSd,A = -00 kNm
MSd,B = -10 kNm
B D MSd,C = -20 kNm
4m 4m 2m MSd,D = -00 kNm
1,0 x 10 = 10 kN
1,4 x 5 = 7 kN
A C MSd,A = -00 kNm
MSd,B = +04 kNm
B D MSd,C = -20 kNm
4m 4m 2m MSd,D = -00 kNm
-28 kNm
-14 kNm
+4 kNm
2006 3-25 ufpr/tc405
b. Não consideração do efeito favorável da ação permanente
b.1 Fd = 1,4 Gk + 0,0 Qk
1,4 x 10 = 14 kN
0,0 x 5 = 0 kN
A C MSd,A = -00 kNm
MSd,B = -14 kNm
B D MSd,C = -28 kNm
4m 4m 2m MSd,D = -00 kNm
1,4 x 10 = 14 kN
1,4 x 5 = 7 kN
A C MSd,A = -00 kNm
MSd,B = -00 kNm
B D MSd,C = -28 kNm
4m 4m 2m MSd,D = -00 kNm
-28 kNm
-14 kNm
c. Observações
Deve ser observado que a consideração ou não do efeito favorável da carga
permanente define a existência ou não de momentos positivos atuando na viga. A
envoltória MSd mostrada no item a.5 mostra um momento positivo máximo de 4 kNm,
enquanto que a envoltória MSd mostrada no item b.3 não apresenta momentos positivos.
Em princípio, deve-se acreditar que o efeito favorável da carga permanente deva ser
sempre considerado nas combinações de ações, e que a envoltória apresentada no
item a.5 é a única correta.
Na realidade a opção mostrada em 3.6.1.1.1, onde a ABNT NBR 6118 estabelece:
"No caso de estruturas usuais de edifícios essas combinações que consideram
γg reduzido (1,0) não precisam ser consideradas"
não pode ser usada isoladamente. A ABNT NBR 6118 estabelece, também:
"14.6.7 Estruturas usuais de edifícios - Aproximações permitidas
14.6.7.1 Vigas contínuas
Pode ser utilizado o modelo clássico de viga contínua, simplesmente apoiada
nos pilares, para o estudo das cargas verticais, observando-se a necessidade das
seguintes correções adicionais:
a) não devem ser considerados momentos positivos menores que os que se
obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos;
b) ............."
Portanto, ao diagrama (envoltória) apresentado no item b.3, deve-se acrescentar o
diagrama de momentos fletores para o seguinte carregamento:
Desta forma, embora o efeito favorável da ação permanente não tenha sido
considerado nas combinações últimas, a envoltória MSd apresenta momentos positivos,
como mostrado no diagrama seguinte.
-28 kNm
-14 kNm
+8,75 kNm
3.8 Resistências
3.8.1 Valores característicos
Os valores característicos fk das resistências são os que, num lote de material, têm uma
determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavorável para a segurança.
Usualmente é de interesse a resistência característica inferior fk,inf., cujo valor é menor que a
resistência média fm, embora por vezes haja interesse na resistência característica superior fk,sup,
cujo valor é maior que fm.
Para os efeitos desta Norma, a resistência característica inferior é admitida como sendo o
valor que tem apenas 5% de
probabilidade de não ser atingido
probabilidade
densidade de
fk,inf fm
resistências
O valor de γc varia acordo com os estados limites e com as combinações de ações. Seus
valores estão mostrados na Tabela 3.7.
Combinações γc
Normais 1,40
Estado Limite Ultimo
Especiais ou de construção 1,20
Excepcionais 1,20
Estado Limite de Serviço 1,00
Tabela 3.7 - Valores de γc
28
0,25 1−
fckj
t
β1 = =e para concreto de cimento CPI e CPII Equação 3.21
fck
28
0,20 1−
fckj
t
β1 = =e para concreto decimento CPV - ARI
fck
O valor de γs varia acordo com os estados limites e com as combinações de ações. Seus
valores estão mostrados na Tabela 3.9.
Combinações γs
Normais 1,15
Estado Limite Ultimo
Especiais ou de construção 1,15
Excepcionais 1,00
Estado Limite de Serviço 1,00
Tabela 3.9 - Valores de γs
Exemplo 3.6: Definir o valor de fyd para o aço CA-50. Considerar ações normais para o estado
limite último, e estado limite de serviço.
Solução: A fixação da categoria do aço automaticamente define o valor da resistência
característica fyk, conforme mostrado na Tabela [1.3]. A obtenção do valor da
resistência de cálculo fyd é feita pela Equação 3.22, com valores de γs obtidos da
Tabela 3.9.
a. Valor de fyk para o aço CA-50 - ELU
f yk = 500 MPa = 50 kN/cm 2
γ s = 1,15
f yk 50
f yd = = = 43,5 kN/cm 2 ◄
γ s 1,15
h d z
As
Rsd
bw εs
∆l
esforços resistentes solicitações de
de cálculo cálculo
("interno") ("externa")
Caso o comportamento da estrutura não possa ser considerado em regime elástico linear,
os coeficientes de ponderação γf deverão ser aplicados somente às ações características
(carregamento), conforme estabelecido em 3.6.1. Neste caso o valor de Sd deve ser estabelecido
considerando apenas a primeira igualdade da Equação 3.24 (Sd = S(γf Fk).
Diz-se que não há linearidade geométrica quando o comportamento estrutural deixa de ser
linear em virtude da alteração da geometria do sistema.
Considerando que a aplicação direta dos coeficientes de ponderação γf nas ações
características (carregamento) é válida para qualquer comportamento de estrutura, fica mais
simples adotar sempre este procedimento.
3.10.3 Estado limite de serviço
As condições usuais de verificação da segurança relativas aos estados limites de serviço
são, de modo geral, expressas pela desigualdade:
S d ≤ S lim Equação 3.25
onde:
Sd representa as solicitações de cálculo; e
Slim corresponde a valores limites estabelecidos.
3.12 Exercícios
Ex. 3.1: Determinar, para a viga abaixo indicada, a envoltória do diagrama das forças
cortantes solicitantes de cálculo (VSd), considerando ações diretas, estado limite último,
combinações últimas normais, edificação tipo 2 e peso próprio desprezível. Admitir:
a. estrutura qualquer, onde as combinações das ações que consideram o efeito favorável
das cargas permanentes (γg = 1,0) precisam ser consideradas; e
b. estrutura usual de edifício onde as combinações das ações que consideram o efeito
favorável das cargas permanentes (γg = 1,0) não precisam ser consideradas.
Gk = 10 kN
Qk = 5 kN (permanente)
(variável)
A C
B D
4m 4m 2m
Ex. 3.2: Determinar, para a viga abaixo indicada, a envoltória do diagrama de momentos
fletores solicitantes de cálculo (MSd), considerando
a. combinação última normal;
b. combinação última especial (Qk corresponde ao carregamento especial);
c. combinação última excepcional (Qk corresponde ao carregamento excepcional);
d. combinação quase permanente de serviço;
e. combinação freqüente de serviço; e
f. combinação rara de serviço.
A viga, cujo peso próprio pode ser desprezado, é parte de uma estrutura usual de edifício
residencial (edificação tipo 2), cujas ações (cargas) são provenientes de:
− peso de elementos construtivos (Gk);
− carga acidental (Qk); e
− vento (Wk).
Gk = 10 kN
Wk = 5 kNm Qk = 5 kN
A C
B D
4m 4m 2m
qk = 50 kN/m
gk = 10 kN/m
A B C
10 m 8m
Ex. 3.4: Determinar, para a viga abaixo indicada, a envoltória do diagrama de momentos
fletores solicitantes de cálculo (MSd) e a envoltória do diagrama das forças cortantes solicitantes
de cálculo (VSd). O carregamento gk (carga permanente) corresponde a uma ação permanente
direta e os carregamentos q1k e q2k (cargas acidentais de mesma natureza1) correspondem a
ações variáveis diretas independentes, ou seja, podem atuar simultaneamente ou não.
Considerar:
− estado limite último, combinações últimas normais, edificação tipo 1; e
− estrutura de edifício onde as combinações das ações que consideram o efeito
favorável das cargas permanentes (γg = 1,0) precisam ser consideradas.
q1k = 90 kN/m
q2k = 70 kN/m
gk = 25 kN/m
3m 8m
Ex. 3.5: Deseja-se dimensionar a viga de concreto armado abaixo indicada. Para tanto, é
necessário determinar os momentos fletores solicitantes de cálculo (MSd) nas seções A (apoio do
balanço) e C (meio do vão AB). Levando-se em consideração os coeficientes de ponderação das
ações estabelecidos na ABNT NBR-6118, por meio de uma combinação de carregamentos,
determine a envoltória de solicitações e avalie os momentos fletores solicitantes de cálculo nas
seções A e C.
Considerar:
− estado limite último, combinações últimas normais, edificação tipo 2;
! ação permanente direta desfavorável: ..........................γg = 1,40
! ação variável direta desfavorável: .................................γq = 1,40
! ação variável direta favorável: .......................................γq = 0,00
1
As cargas q1k e q2k são de mesma natureza. Isto vale dizer que ambas representam a ação variável direta
considerada como principal (ambas correspondem ao índice 1 da Equação 3.7, dependendo qual delas esteja
sendo considerada). Mesmo que as cargas possam atuar simultaneamente, não se implica o fator ψ0 pois as cargas
são de mesma natureza.
2006 3-37 ufpr/tc405
− cargas variáveis diretas1 Q1k e Q2k correspondendo a cargas acidentais de mesma
natureza (não considera ψ0), independentes, podendo atuar simultaneamente ou não;
e
− carga permanente direta gk atuando simultaneamente ao longo de toda viga.
Obs:
− não considerar ação permanente direta favorável (γg = 1,00); e
− apresentar a envoltória de modo esquemático, destacando, apenas, os valores exatos
dos momentos fletores em A e C.
Q1k = 40 kN Q2k = 30 kN
gk = 20 kN/m
A C B
2,0 m 4,0 m 4,0 m
Ex. 3.6: Determinar, para a viga abaixo indicada, a envoltória do diagrama de momentos
fletores solicitantes de cálculo (MSd) e do diagrama de forças cortantes solicitantes de cálculo
(VSd), admitindo:
− ações diretas;
− estado limite último;
− combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4 e γq = 1,4); e
− peso próprio desprezível.
Considerar:
− cargas Q1k e Q2k como acidentais2 (valores característicos) de mesma natureza (não
considera ψ0); e
− cargas Q1k e Q2k como independentes (atuam simultaneamente ou não);
Q2k = 32 kN
Q1k = 16 kN
l l/2 l/2
3P 22 P 13 P
32 32 32
1
Para as cargas Q1k e Q2k valem as observações (rodapé) apresentadas para as cargas q1k e q2k do Ex. 3.4.
2
Para as cargas Q1k e Q2k valem as observações (rodapé) apresentadas para as cargas q1k e q2k do Ex. 3.4.
2006 3-38 ufpr/tc405
Ex. 3.7: Determinar, para a viga abaixo indicada, os máximos momentos solicitantes de
cálculo (positivo e negativo) na seção do meio do vão AB, considerando as possíveis
combinações de cálculo, os coeficientes de ponderação, e os fatores de redução de combinações
de ações segundo a ABNT NBR 6118.
A viga está submetida a uma ação permanente direta uniformemente distribuída gk igual a
20 kN/m e a duas ações variáveis diretas, quais sejam, Qk igual a 180 kN e Wk igual a 300 kNm.
As ações variáveis, por serem de diferentes naturezas (independentes), atuam simultaneamente
ou não.
A viga, é parte de uma estrutura cujas ações (cargas) são provenientes de:
− peso de elementos construtivos, inclusive peso próprio da viga (gk);
− carga acidental (Qk); e
− vento (Wk).
Considerar:
− combinações normais, edificações tipo 1
− coeficientes de ponderação de ações (γf):
! ações permanentes diretas favoráveis: ........................ γg = 1,00
! ações permanentes diretas desfavoráveis: .................. γg = 1,35
! ações variáveis diretas favoráveis: ............................... γq = 0,00
! ações variáveis diretas desfavoráveis: ......................... γq = 1,50
− fatores de redução de combinações de ações (ψ0):
! carga acidental (Qk): .................................................... ψ0 = 0,70
! vento (Wk): ................................................................... ψ0 = 0,60
Qk = 180 kN
Wk = 300 kNm
gk = 20 kN/m
A B
8m 2m
Ex. 3.8: Certa ponte de concreto armado deve ser projetada para suportar as passagens
eventuais, simultâneas ou não, de dois veículos de carga, tal como ilustrado na figura. Sabe-se
que as rodas dos veículos transmitem à estrutura cargas concentradas de 75 kN cada uma (valor
característico). Para a posição indicada na figura, determine, no estado limite último, as reações
de apoio máxima e mínima (valores de cálculo) sobre o apoio correspondente à viga V01
(apoio A). Considere as combinações de carregamento exigidas para a situação e os coeficientes
de ponderação recomendados pela ABNT NBR 6118, tanto no sentido favorável quanto no sentido
desfavorável das ações atuantes.
Considerar:
− carga permanente uniformemente distribuída: 40 kN/m (valor característico); e
− coeficientes de ponderação para as ações da ABNT NBR-6118, combinações normais,
edificações tipo 1 e pontes em geral:
! ações permanentes diretas favoráveis: ........................ γg = 1,00
! ações permanentes diretas desfavoráveis: .................. γg = 1,35
! ações variáveis diretas favoráveis: ............................... γq = 0,00
! ações variáveis diretas desfavoráveis: ......................... γq = 1,50
Obs:
− os pesos próprios das partes da estrutura estão incluídos nos carregamentos.
75 kN 75 kN 75 kN 75 kN
40 kN/m
A B
1,3 m 2,0 m 1,3 m
1,4 m 1 m 1 m 1,4 m
2‰ 3,5‰
εc
0,7‰ 3,5‰
1
Ver SEÇÕES TRANSVERSAIS DE CONCRETO ARMADO SUJEITAS A SOLICITAÇÕES NORMAIS, M. A. Marino,
COPEL, 1979.
2
O item 17.2.2-e da ABNT NBR 6118 prevê, para alguns casos, σc = 0,80 fcd para 0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰ (ver Capítulo [5],
item [5.4]).
2006 4-2 ufpr/tc405
em 10‰. O limite de encurtamento é tomado igual a 3,5‰, compatível com o limite do concreto
(Figura 4.1 e Figura 4.3). Este diagrama pode ser representado pela Equação 4.2.
σs
fyd
σs = εs Es
ε's εyd εs
3,5‰ εyd 10‰
Es = 210.000 MPa
fyd
σ's
σ s = ε s E s ≤ f yd Equação 4.2
Os valores de fyd e εyd, para os aços destinados a estruturas de concreto armado estão
mostrados na Tabela 4.1. Os valores de fyd são determinados pela Equação [3.22] com o
coeficiente de minoração da resistência γs igual a 1,15 (Tabela [3.9]). Os valores de εyd são
definidos pela Lei de Hooke, onde o Módulo de Elasticidade Es é tomado igual a 210 GPa
(item [1.5.5]).
Aço fyk fyd εyd
CA-25 250 MPa 217 MPa 1,035‰
CA-50 500 MPa 435 MPa 2,070‰
CA-60 600 MPa 522 MPa 2,484‰
Tabela 4.1 - Aços - valores de cálculo - ELU1
Exemplo 4.1: Determinar, para a viga abaixo representada:
– a posição da linha neutra (x);
– a força resistente de cálculo atuante na região de concreto comprimido (Rcd);
– a força resistente de cálculo atuante na armadura superior (R'sd);
– a força resistente de cálculo atuante na armadura inferior (Rsd); e
– os esforços resistentes de cálculo (NRd e MRd).
Dados:
– concreto: C25;
– aço: CA-50;
– armadura superior: 2 φ 12,5 mm;
– armadura inferior: 3 φ 16 mm;
– encurtamento do concreto: 2,5‰ para a fibra mais comprimida; e
– alongamento da armadura: 10,0‰ para a barra mais tracionada.
Considerar:
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15); e
– diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰).
1
Para combinações excepcionais, o valor de fyd deve ser tomado igual a fyk (γs = 1,0 – Tabela [3.7]).
2006 4-3 ufpr/tc405
2,5‰
5 cm
MSd
45 cm
NSd
5 cm
20 cm 10,0‰
εc
d' R'sd
A's y
Rcd x
σc MSd
MRd ε's
d
NRd 0,7‰ NSd
As
Rsd
bw εs
∆l
esforços resistentes solicitações de
de cálculo cálculo
1
Como mostrado no Capítulo [5], Equação [5.5], a ABNT NBR 6118, item 17.2.2-e, permite adotar, de modo
simplificado, y = 0,8 x, para qualquer estado de deformação.
2006 4-5 ufpr/tc405
e. Deformação da armadura comprimida (ε's) d' = 5 cm εc = 2,5‰
x − d' x − d'
ε 's = εc =
d − x εs
x
x
d
'
β x − d = 50 cm
ε’s
d ε
βx
c
'
εs =
d'
β x − εs = 10‰
d ε
1− βx s
5
0,20 −
ε 's = 50 2,5‰ = 1,25‰
0,20
f. Força resistente de cálculo atuante na região da armadura comprimida (R'sd)
σ 's = ε 's E s ≤ f yd
1,25 20 cm
σ 's = × 21 000 = 26,25 kN/cm 2 < 43,5 kN/cm 2
1000
R 'sd = A 's × σ 's
{ { R'sd
área tensão
R 'sd = 64,3 kN ◄
5 cm
y/2 = 3,6 cm
d' = 5 cm
Rcd = 219,1 kN
R'sd = 64,3 kN
h/2 = 27,5 cm
+
CG
+
NRd = R sd − R cd − ( ) (
A 's × σ 's + A 's × σc )
NRd = R sd − R cd − (
A ' × σ' − σc
1s442s44 3
)
R 'sd,mod
x εc
βx = = Equação 4.3
d εc + εs
3
h A’s
7
a
d
b 3 2
4
h 4
7 1
As 5
4a
εs = εyd
εs = 10‰
alongamentos
y
x
d
h
0,7‰
εs
≥ 0,0
y ε c − 0,7‰
β y = = Equação 4.4
d ε c + ε s h
≤ d
As retas a e b, bem como os domínios mostrados na Figura 4.7, podem, também, ser
representados por valores de βx obtidos da Equação 4.3. Para tal torna-se conveniente usar a
convenção de sinais apresentada na Figura 4.9 (encurtamentos positivos para o concreto e
alongamentos positivos para as armaduras). A origem da ordenada βx ocorre no ponto O, posição
da fibra de concreto mais comprimida ou menos tracionada. As ordenadas x (posição da linha
neutra), d (posição da armadura mais tracionada)
εc O e d’ (posição da armadura menos tracionada1),
também são posicionadas a partir da fibra de
x concreto mais comprimido (ponto O), com sentido
d' βx positivo na direção da armadura mais tracionada
d (mesmo sentido positivo de βx).
ε’ s
A’s
As εs
1
Observar que a armadura A’s passou a ser chamada de armadura menos tracionada e não mais de armadura
comprimida. Como a Figura 4.9 mostra, esta armadura, dependendo da posição da linha neutra, poderá estar
tracionada. Observar, também, que a própria armadura As, dependendo da posição da linha neutra, poderá estar
comprimida (ver domínios 4a e 5 da Figura 4.7).
2006 4-10 ufpr/tc405
reta 1-2 (limite entre os domínios 1 e 2)
ε c = 0‰ ε s = 10‰
Equação 4.6
0‰
β x,12 = = 0,000
0‰ + 10‰
reta 2-3 (limite entre os domínios 2 e 3)
ε c = 3,5‰ ε s = 10‰
Equação 4.7
3,5‰
β x,23 = = 0,259
3,5‰ + 10‰
reta 3-4 (limite entre os domínios 3 e 4)
ε c = 3,5‰ ε s = ε yd
3,5‰
β 25
x,34 = = 0,772 CA − 25
3,5‰ + 1,035‰
Equação 4.8
3,5‰
β 50
x,34 = = 0,628 CA − 50
3,5‰ + 2,070‰
3,5‰
β 60
x,34 = = 0,585 CA − 60
3,5‰ + 2,484‰
reta 4-4a (limite entre os domínios 4 e 4a)
ε c = 3,5‰ ε s = 0‰
Equação 4.9
3,5‰
β x,44a = = 1,000
3,5‰ + 0‰
reta 4a-5 (limite entre os domínios 4a e 5)
d
ε c = 3,5‰ ε s = − 1 × 3,5‰
h
1
Observar que a Equação 4.12, que segue a convenção de sinais da Figura 4.9, diferente, no sinal, da equação
apresentada no Exemplo 4.1, item e.
2006 4-11 ufpr/tc405
εc
d'
x
ε’s
d
εs (+)
εs ε’s (+)
d '
− β x
d ε
β x c
' ε 's > 0 ⇒ alongament o Equação 4.12
εs = ⇒
d ' ε 's < 0 ⇒ encurtamen to
− β x
d ε
1 − β x s
Exemplo 4.2: Determinar, para a seção abaixo representada, o diagrama NRd x MRd.
Dados:
– concreto: C25;
– aço: CA-50;
– armadura superior: 2 φ 12,5 mm;
– armadura inferior: 2 φ 12,5 mm;
Considerar:
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
– domínios da ABNT NBR 6118; e
– diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰).
εc
5 cm
MSd
45 cm
NSd
5 cm
20 cm εs
εs ε’s (+)
'
ε s = ou (Equação 4.12)
d '
− β x
d ε
1 − β x
s
c. Posição da deformação 0,7‰ (y) εc
ε − 0,7‰ ε − 0,7‰
y = c x = c d
εc εc + εs y
x
≥ 0,0 d
y ε c − 0,7‰ h
β y = = (Equação 4.4)
d ε c + ε s h 0,7‰
≤
d
εs
R cd = 0,85 β y b w d fcd
Rcd
h/2
MRd (+) d' d
CG
NRd (+)
R'sd
esforços h/2
resistentes
de cálculo
Rsd
1
Esta equação segue a convenção de sinais apresentada na Figura 4.9 e por isto difere um pouco da equação
apresentada no Exemplo 4.1, item h.
2006 4-15 ufpr/tc405
g.4 força resistente de cálculo atuante na armadura As (Rsd)
σ s = ε s × E s ≤ fyd
10
σs = × 21000 = 210 kN / cm 2 > 43,5 kN / cm 2 ⇒ σ s = 43,5 kN / cm 2
1000
R sd = A s × σ s
R sd = 2,45 × 43,5 = 106,58 kN
g.5 força resistente de cálculo atuante na armadura A’s (R’sd)
σ 's = ε 's × E s ≤ fyd
10
σ's = × 21000 = 210 kN / cm2 > 43,5 kN / cm2 ⇒ σ's = 43,5 kN / cm2
1000
R 'sd = A 's × σ 's
R 'sd = 2,45 × 43,5 = 106,58 kN
g.6 esforços resistentes de cálculo (NRd e MRd)
NRd = R sd - R cd + R 'sd
NRd = 106,58 - 0,00 + 106,58 = 213,16 kN (tração)
h h- y ' ' h
MRd = R sd d − + Rcd + R sd d −
2 2 2
55 55 − 0,00 55
MRd = 106,58 × 50 − + 0,00 × + 106,58 × 5 − = 0,00 kNcm
2 2 2
MRd = 0,00 kNm
NRd = 213,16 kN (tração )
reta a ◄
M = 0,00 kNm
Rd
h. Reta 1-2
ε c = 0‰ reta 1-2
ε s = 10‰ Equação 4.6 A’s MSd
β x = 0,000 ε’s
h.1 deformação da armadura A’s (ε’s) NSd
d' As
− βx
ε 's = d ε
1− βx s
εs = 10‰
0,10 − 0,000
ε's = × 10‰ = 1‰
1 − 0,000
h.2 posição da deformação 0,7‰ (βy)
≥ 0,0
y ε c − 0,7‰
β y = =
d ε c + ε s h
≤ d
0‰ − 0,7‰
βy = = −0,070 ⇒ β y = 0,000
0‰ + 10‰
y
βy =
d
y
0,000 = ⇒ y = 0,00 cm
50
σ's =
(− 2,15 ) × 21000 = − 45,15 kN / cm2 ⇒ σ' = −43,5 kN / cm2
1442443 s
1000
σ's > 43,5 kN / cm2
σ's =
(− 2,94 ) × 21000 = − 61,74 kN / cm2 ⇒ σ' = −43,5 kN / cm2
1442443 s
1000
σ 's > 43,5 kN / cm 2
σ 's =
(− 3,15 ) × 21000 = − 66,15 kN / cm 2 ⇒ σ ' = −43,5 kN / cm 2
144
42444
3 s
1000
σ's > 43,5 kN / cm2
σs =
(− 0,32) × 21000 = − 6,72 kN / cm2 ⇒ σ = −6,72 kN / cm2
1442443 s
1000
σ s < 43,5 kN / cm 2
R sd = A s × σ s
R sd = 2,45 × (− 6,72 ) = −16,46 kN
l.5 força resistente de cálculo atuante na armadura A’s (R’sd)
σ 's = ε 's × E s ≤ fyd
σ 's =
(− 3,18 ) × 21000 = − 66,78 kN / cm 2 ⇒ σ ' = −43,5 kN / cm 2
144
42444
3 s
1000
σ 's > 43,5 kN / cm 2
σs =
(− 2) × 21000 = − 42,00 kN / cm2 ⇒ σ = −42,00 kN / cm2
1442443 s
1000
σ s < 43,5 kN / cm 2
R sd = A s × σ s
R sd = 2,45 × (− 42,00 ) = −102,90 kN
m.5 força resistente de cálculo atuante na armadura A’s (R’sd)
σ 's = ε 's × E s ≤ fyd
σ's =
(− 2) × 21000 = − 42,00 kN / cm2 ⇒ σ' = −42,00 kN / cm2
1442443 s
1000 ' 2
σ s < 43,5 kN / cm
150 kNm
domínio 4
Tendo sido estabelecido valores para βx que definem os limites dos domínios, como também
as relações entre βx e as deformações do concreto e das armaduras (Equação 4.3 e
Equação 4.12) torna-se possível uma formulação matemática para os domínios da
ABNT NBR 6118. Considerando a convenção de sinais da Figura 4.9, tem-se:
domínio 1: -∞ ≤ βx ≤ 0,000
β
ε c = x × 10‰ ε c < 0 ⇒ alongament o ( − )
1- β x
domínio 2: 0,000 ≤ βx ≤ 0,259
β
ε c = x × 10‰ ε c > 0 ⇒ encurtamen to ( + )
1- β x
1− βx
ε s = × 3,5‰ ε s > 0 ⇒ alongament o ( + )
βx
Equação 4.15
d'
− βx
ε 's = d × 3,5‰ ε ' > 0 ⇒ alongament o ( + )
s
βx < 0 ⇒ encurtamen to ( − )
CA − 25 0,772
domínio 4: CA − 50 0,628 ≤ βx ≤ 1,000
CA − 60 0,585
ε c = 3,5‰ ε c > 0 ⇒ encurtamen to ( + )
1− βx
ε s = × 3,5‰ ε s > 0 ⇒ alongament o ( + )
βx
Equação 4.16
d'
− βx
ε 's = d × 3,5‰ ε ' > 0 ⇒ alongament o ( + )
s
βx < 0 ⇒ encurtamen to ( − )
h
domínio 4a: 1,000 ≤ βx≤
d
ε c = 3,5‰ ε c > 0 ⇒ encurtamen to ( + )
1− βx
ε s = × 3,5‰ ε s < 0 ⇒ encurtamen to ( − )
βx
Equação 4.17
d '
− βx
εs = d
' × 3,5‰ ε < 0 ⇒ encurtamen to ( − )
βx s
1− β
εs = x × 2‰ ε s < 0 ⇒ encurtamen to ( − ) Equação 4.18
3 h
βx − ×
7 d
d'
− βx
ε 's = d × 2‰ ε 's < 0 ⇒ encurtamen to ( − )
3 h
βx − ×
7 d
4.5 Exercícios
Ex. 4.1: Defina os diagramas tensão-deformação de cálculo para:
− concreto C20 (parábola-retângulo); e
− aço CA-50.
Complete o quadro abaixo e defina os diagramas usando as seguintes escalas:
− deformação: 1 cm = 1‰
− tensão do concreto: 1 cm = 5 MPa
− tensão da armadura: 1 cm = 100 MPa
σc σs
ε
(MPa) (MPa)
0,0‰
0,5‰
1,0‰
1,5‰
2,0‰
2,5‰
3,0‰
3,5‰
4,0‰
5,0‰
10,0‰
5 cm
MSd
40 cm
NSd
5 cm
20 cm 7,0‰
Ex. 4.3: Determinar os valores da força normal resistente de cálculo (NRd) e do momento
fletor resistente de cálculo (MRd) correspondentes ao estado de deformação mostrado na viga
abaixo representada.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− armadura superior: 2 φ 12,5 mm;
− armadura inferior: 3 φ 16 mm;
− encurtamento do concreto: 2,0‰ para a fibra mais comprimida; e
− alongamento da armadura: 10,0‰ para a barra mais tracionada.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd; e
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰).
2,0‰
5 cm
MSd
55 cm
NSd
5 cm
20 cm 10,0‰
Ex. 4.4: Determinar os valores da força normal resistente de cálculo (NRd) e do momento
fletor resistente de cálculo (MRd) correspondentes ao estado de deformação mostrado na viga
abaixo representada.
2006 4-27 ufpr/tc405
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-25;
− armadura: 3 φ 16 mm;
− encurtamento do concreto: 3,5‰ para a fibra mais comprimida; e
− alongamento da armadura: 3,5‰ para a barra mais tracionada.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,80 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
3,5‰
5 cm
35 cm MSd
NSd
5 cm
3,5‰
45 cm
Ex. 4.5: Determinar os valores da força normal resistente de cálculo (NRd) e do momento
fletor resistente de cálculo (MRd) correspondentes ao estado de deformação mostrado na viga
abaixo representada.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-25;
− armadura: 4 φ 16 mm;
− encurtamento do concreto: 3,5‰ para a fibra mais comprimida; e
− alongamento da armadura: 3,5‰ para a barra mais tracionada.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
20 cm
10 cm MSd
NSd
80 cm
60 cm 3,5‰
20 cm 20 cm
Ex. 4.6: Determinar os valores da força normal resistente de cálculo (NRd) e do momento
fletor resistente de cálculo (MRd) correspondentes ao estado de deformação mostrado na viga
abaixo representada.
Dados:
− concreto: C30;
− aço: CA-50;
− armadura: 2 φ 16 mm;
− encurtamento do concreto: 3,5‰ para a fibra mais comprimida; e
− alongamento da armadura: 1,75‰ para a barra mais tracionada.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
50 cm 3,5‰
10 cm MSd
10 cm NSd
10 cm 10 cm 30 cm
5 cm
10 cm 1,75‰
Ex. 4.7: Determinar a curva força normal resistente de cálculo x momento fletor resistente de
cálculo (NRd x MRD) para a viga abaixo representada.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− armadura superior: 2 φ 10 mm; e
− armadura inferior: 3 φ 12,5 mm.
εc εs
Ponto NRd MRd
(encurtamento) (alongamento)
1 0,0‰ 10,0‰
2 2,0‰ 10,0‰
3 3,5‰ 10,0‰
4 3,5‰ 7,0‰
5 3,5‰ 3,5‰
6 3,5‰ 0,0‰
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd; e
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰).
εc
5 cm
MSd
40 cm
NSd
5 cm
20 cm εs
Ex. 4.8: A viga abaixo indicada está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo
(MSd) igual a 125 kNm. Sabendo-se que o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc)
é igual a 3,5‰, para a condição limite de segurança (Rd = Sd), pede-se:
a. a posição da linha neutra (x) e o correspondente domínio;
b. a tensão no concreto (σc) na região comprimida;
c. a altura do bloco de concreto comprimido (y);
d. valor do braço de alavanca (z) correspondente ao binário formado pelas forças
resistentes;
e. a força resistente de cálculo atuante na região de concreto comprimido (Rcd);
f. a força resistente de cálculo atuante na armadura tracionada (Rsd);
g. o alongamento da armadura (εs) necessário para resistir ao momento fletor solicitante
de cálculo;
h. a tensão na armadura (σs) necessária para resistir ao momento fletor solicitante de
cálculo; e
i. a área de armadura (As) necessária para resistir ao momento fletor solicitante de
cálculo.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd; e
As
5 cm
20 cm εs
Ex. 4.9: A viga abaixo indicada está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo
MSd. Sabendo-se que:
− o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc) é igual a 3,5‰;
− a linha neutra (x) encontra-se 25 cm abaixo da fibra mais comprimida; e
− a armadura de compressão (A's) corresponde a 4,0 cm2,
pede-se:
a. o domínio correspondente ao estado de deformação;
b. o alongamento (εs) da armadura tracionada;
c. o encurtamento (ε's) da armadura comprimida;
d. a tensão no concreto (σc) na região comprimida;
e. a tensão na armadura comprimida (σ's);
f. a tensão na armadura tracionada (σs);
g. o valor da força resistente de cálculo na região de concreto comprimido (Rcd);
h. o valor da força resistente de cálculo na armadura comprimida (R'sd);
i. o valor da força resistente de cálculo na armadura tracionada (Rsd);
j. a área de armadura tracionada (As) necessária para absorver o momento fletor
solicitante de cálculo; e
k. o valor do momento fletor solicitante de cálculo (MSd).
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
40 cm 3,5‰
5 cm
35 cm
As
20 cm 5 cm εs
2006 4-31 ufpr/tc405
Ex. 4.10: A viga abaixo indicada está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo
MSd. Sabendo-se que:
− o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc) é igual a 3,5‰; e
− a linha neutra (x) encontra-se 25 cm acima da fibra mais comprimida,
pede-se:
a. o valor da força resistente de cálculo na região de concreto comprimido (Rcd);
b. o valor da força resistente de cálculo na armadura tracionada (Rsd);
c. a área de armadura tracionada (As) necessária para absorver o momento fletor
solicitante de cálculo; e
d. o valor do momento fletor solicitante de cálculo (MSd).
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,80 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
40 cm
5 cm εs
As 20 cm
35 cm 25 cm MSd
20 cm 3,5‰
Ex. 4.11: Determinar os valores da força normal resistente de cálculo (NRd) e do momento
fletor resistente de cálculo (MRd) correspondentes ao estado de deformação mostrado na viga
abaixo representada.
Dados:
− concreto: C25;
− aço: CA-25;
− armadura superior: 2 φ 10 mm;
− armadura inferior: 3 φ 12,5 mm;
− encurtamento do concreto: 2,0‰ para a fibra mais comprimida; e
− alongamento da armadura: 10,0‰ para a barra mais tracionada.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,80 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
5 cm
MSd
65 cm
NSd
5 cm
40 cm 10‰
Ex. 4.12: Uma viga calha, tal como ilustrada na figura, ao ser submetida a um carregamento
permanente uniformemente distribuído, sofreu uma deformação de flexão. Para a seção crítica
(máxima solicitação), constatou-se que o encurtamento da fibra mais comprimida do concreto
atingiu o máximo permitido pela ABNT NBR 6118 e foi igual ao alongamento da armadura. Nestas
condições, e considerando a condição limite de segurança (Rd = Sd), determinar:
a. a armadura As (cm2) necessária para que o estado de deformação supra referido seja
provocado somente por momento fletor (carregamento gk);
b. a força resistente de cálculo Rcd (kN) atuante na região de concreto comprimido,
componente do binário (momento fletor) estabelecido no item a; e
c. o carregamento característico gk (kN/m) atuante nas condições estabelecidas nos itens
a e b.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50; e
− altura útil: d = h - 5 cm.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
20 20 20
gk = ? kN/m 40
5m
15
seção transversal
(dimensões em cm)
Ex. 4.13: A viga abaixo indicada, em equilíbrio estático, está submetida somente a um
momento fletor de cálculo MSd. Sabendo-se que o encurtamento da fibra de concreto mais
comprimida é igual a 3,5‰ e que a armadura tracionada é composta por três barras de 20 mm,
pede-se:
a. o alongamento da armadura tracionada necessário para promover o equilíbrio entre os
esforços externos e internos atuantes na viga;
MSd
40 cm
As
5 cm
15 cm εs
A C
l = 10 m
B D
As
NSd
2‰
Ex. 4.15: A viga abaixo indicada está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo
(MSd) que provoca o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc) igual a 2,5‰. Tendo
em vista que esta viga obedecerá, rigorosamente, o estabelecido para os domínios da
ABNT NBR 6118 (correspondência entre alongamentos e encurtamentos), determinar:
a. o valor do momento fletor solicitante de cálculo (MSd) correspondente ao estado de
deformação acima definido (MSd = MRd); e
b. a armadura tracionada (As) necessária para resistir o momento fletor solicitante de
cálculo (MSd) estabelecido de acordo com o item a.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-25;
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,80 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
2,5‰
MSd
50 cm
AS
5 cm
55 cm εs
Ex. 4.16: A viga abaixo representada está solicitada apenas por um momento fletor
solicitante de cálculo MSd. Na condição limite de segurança - estado limite último (MRd = MSd), a
fibra de concreto mais comprimida deformou até o valor máximo admissível pela ABNT NBR 6118
e a linha neutra ficou situada 31,25 cm abaixo desta fibra. Nestas condições, pede-se:
2006 4-35 ufpr/tc405
a. os valores das forças resistentes de cálculo (kN) atuantes na região de concreto
comprimido (Rcd) e na região da armadura tracionada (Rsd);
b. o valor do momento fletor solicitante de cálculo MSd (kNm) capaz de provocar o estado
de deformação acima definido; e
c. o valor da armadura de tração As (cm2) necessária para resistir ao momento fletor
solicitante de cálculo MSd.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
60 cm εc
15 cm
MSd
50 cm
As
5 cm
20 cm εs
gk = 20 kN/m
2,5‰
MSd
45 cm
As
5 cm
20 cm 10‰
estado de deformação na seção
correspondente a posição da carga Qk
As 20
20
MSd
20
15 30 15 3,5‰
dimensões em cm
5 cm
A’s
MSd
45 cm
5 cm
20 cm εs
Ex. 4.20: Determinar, para a viga abaixo representada, qual o momento resistente de
cálculo MRd para a condição de força normal nula. Sabe-se que o referido momento encontra-se
no domínio 2. Admitir, para este domínio, variação linear da curva MRd x NRd.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− armadura superior (A’s): 2 φ 10 mm; e
− armadura inferior (As): 2 φ 12,5 mm.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd; e
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰).
εc
5 cm
A’s MSd
55 cm
As
εs
5 cm
20 cm
domínio 3
domínio 2
(reta)
NRd NRd
(compressão) (tração)
domínio 1
10 cm
15 cm
MSd
40 cm
0,7‰
As
5 cm
20 cm εs
Ex. 4.22: A viga abaixo indicada está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo
(MSd) que provoca o alongamento da fibra de aço mais tracionada (εs) igual a 7‰. Tendo em vista
que esta viga será dimensionada com concreto C20, aço CA-25 e obedecerá, rigorosamente, o
estabelecido para os domínios da ABNT NBR 6118 (correspondência entre alongamentos e
encurtamentos), determinar:
a. o valor do momento fletor solicitante de cálculo (MSd) correspondente ao estado de
deformação acima definido (MSd = MRd); e
2006 4-39 ufpr/tc405
b. a armadura tracionada (As) necessária para resistir o momento fletor solicitante de
cálculo (MSd) estabelecido de acordo com o item a.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd;
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,80 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰); e
− solicitações e esforços referidos ao centro de gravidade da seção transversal da viga.
εc
MSd
45 cm
AS
5 cm
50 cm 7‰
Ex. 4.23: A viga abaixo indicada está submetida somente a um momento fletor solicitante de
cálculo MSd. Sabendo-se que a área da seção transversal da armadura tracionada corresponde a
8,66 cm2, pede-se:
a. a altura do bloco de concreto comprimido (y);
b. a posição da linha neutra (x);
c. valor do braço de alavanca (z) correspondente ao binário formado pelas forças
resistentes;
d. a força resistente de cálculo atuante na região de concreto comprimido (Rcd);
e. a força resistente de cálculo atuante na armadura tracionada (Rsd);
f. o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc);
g. o alongamento da armadura tracionada (εs);
h. a tensão na armadura (σs); e
i. o momento fletor solicitante de cálculo (MSd).
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15);
− domínios da ABNT NBR 6118;
− condição de segurança Rd = Sd; e
− diagrama tensão-deformação simplificado do concreto (σc = 0,85 fcd para
0,7‰ ≤ εc ≤ 3,5‰).
5
5
MSd
35
As
5
εs
dimensões
em cm
momento
força fletor
cortante
0,5 t 2
a 2 = min
0,3 h
onde:
lef vão efetivo da viga;
l0 distância entre faces de dois apoios consecutivos;
t comprimento do apoio paralelo ao vão da viga analisada;
h altura da viga.
viga
h
lef
l0 pilar
t1 t2
Figura 5.3 – Vão efetivo de viga
εc = 3,5‰
0,000
2 MSd
0,259
x
d 3
βx,34
As 4
1,000
x
1,000 βx,34 0,259 βx =
d
βx
βx,34 4 3
CA-25: 0,772
σs sub- 2
CA-50: 0,628 super-
CA-60: 0,585 armada
armada
fyd
εs
εyd 10‰
Figura 5.4 – Domínios possíveis para vigas de concreto armado
As vigas, quando dimensionadas no domínio 4 (superarmadas), podem, em caso de uma
eventual sobrecarga imprevista, ser conduzidas a uma ruptura frágil (sem aviso prévio pois o
concreto rompe bruscamente sem que a armadura tenha esgotado sua capacidade resistente). As
vigas dimensionadas nos domínios 2 e 3 (subarmadas) têm, devido a condições mais adequadas
da posição da linha neutra, garantida boas condições de dutilidade, sendo conduzidas, para uma
condição adversa de carregamento, a rupturas com aviso prévio (a armadura escoa antes do
rompimento do concreto mostrando um quadro visível de deterioração da viga).
O comportamento de viga, se subarmada ou superarmada1, fica definido pela passagem do
domínio 3 para o domínio 4 (Figura 5.4), que corresponde à reta 3-4 definida pela Equação [4.8].
Desta forma é possível estabelecer, matematicamente, a condição para comportamento de viga
subarmada (desejado) e superarmada (a ser evitado), ou seja:
1
As vigas superarmadas possuem, em geral, pouca altura e excessiva armadura (daí o super, no sentido de
excessiva quantidade de armadura), ao passo que as vigas subarmadas têm uma distribuição mais equilibrada de
materiais (daí o sub, no sentido de menos quantidade de armadura).
2006 5-3 ufpr/tc405
0,772 CA − 25
≤ β x,34 ⇒ subarmada
β x,34 = 0,628 CA − 50 ⇒ β x Equação 5.2
> β
x,34 ⇒ sup erarmada
0,585 CA − 60
2 MSd
0,259
x
d 3 βx,lim
As 4
1,000
x
1,000 βx,lim 0,259 βx =
d
βx
βx,lim 4 3
0,500 ⇒ fck ≤ 35 MPa
σs 2
0,400 ⇒ fck > 35 MPa
frágil dútil
fyd
εs
εyd 10‰
Figura 5.5 – Condições de dutilidade da ABNT NBR 6118
As
Rsd
εs
∆l
esforços resistentes solicitações de
de cálculo cálculo
x x
1
Ver Exemplo [4.1], item c e Exemplo [4.2], item c.
2006 5-6 ufpr/tc405
εc
0,5 y y = 0,8 x
σc
Rcd
x
MRd MSd
h d z
As
Rsd
bw εs
∆l
esforços resistentes solicitação de
de cálculo cálculo
y
βy = = 0,8 β x altura do retângulo de tensões σc
d
Equação 5.6
z
βz = = 1 − 0,4 β x braço de alavanca entre Rcd e Rsd
d
A Equação 5.6 mostra que as variáveis adimensionais βy, βz e βc são funções diretas de βx.
Desta forma, uma vez conhecida a posição da linha neutra (βx), todos os demais elementos
1
Ver Equação [4.3].
2
Ver Equação 5.5.
2006 5-7 ufpr/tc405
geométricos (βy, βz e βc) ficam igualmente definidos. A Equação 5.6 permite agrupar os valores de
β como mostrado na Tabela 5.1.
βx βy βz βc
Es = 210.000 MPa
1,0
σ's
β's =
fyd
σs ε s Es
βs = = ≤ 1,0
fyd fyd
Equação 5.7
σ's ε 's E s
β's = = ≤ 1,0
fyd fyd
Seja a Figura 5.10 onde são mostrados, dentre outros: os esforços resistentes de cálculo
(Rcd, R’sd e Rsd), a posição da linha neutra (x), a altura útil da viga (d), a posição da armadura
comprimida (d’), o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc), o encurtamento da
armadura comprimida (ε’s) e o alongamento da armadura tracionada (εs).
As
Rsd
εs
∆l
esforços resistentes solicitações de
de cálculo cálculo
1
Ver Equação [4.15], Equação [4.16] e Equação [4.17].
2
Ver Equação [4.12], onde foi considerada a convenção de sinais da Figura [4.8].
2006 5-9 ufpr/tc405
d'
xβ −
β X ≤ 0,259
d × 10 ‰
1 − β x domínio 2
ε 's = Equação 5.9
d'
β x −
β X > 0,259
d × 3,5‰
β x domínios 3 e 4
A associação da Equação 5.7 com a Equação 5.8 e com a Equação 5.9 resulta:
β X ≤ 0,259
1,0
domínio 2
σ
βs = s =
f yd β X > 0,259
E 1− βx
s × 3,5‰ ≤ 1,0
f yd βx domínios 3 e 4
d'
E βx −
d × 10 ‰ ≤ 1,0 β X ≤ 0,259 Equação 5.10
s
f yd 1− βx domínio 2
σ 's
'
βs = =
f yd
d'
βx −
E s d × 3,5‰ ≤ 1,0 β X > 0,259
f yd βx domínios 3 e 4
A Equação 5.10 demonstra que βs e β’s são funções de βx, da relação d/d’ e da categoria do
aço (fyk). Assim como feito para as variáveis βy, βz, e βc (Tabela 5.1), é possível associar os
valores βs e β’s a valores pré-fixados de βx e (d’/d), como mostrado na Tabela 5.2, feita para o aço
CA-501.
1
As tabelas completas são apresentadas em 5.16.
2006 5-10 ufpr/tc405
εc = 3,5‰
0,000
2 MSd
0,259
x
d 3 βx,lim
As 4
1,000
x
1,000 βx,lim 0,259 βx =
d
βx
βx,lim 4 3
0,500 ⇒ fck ≤ 35 MPa
βs frágil 2
0,400 ⇒ fck > 35 MPa
dútil
1,0
εs
εyd 10‰
Nas seções T, a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela alma
acrescida da mesa colaborante.
Para vigas de seção retangular, a taxa de armadura mínima pode ser expressa por:
f
A s,min 0,035 cd
ρ min = = max f yd Equação 5.13
bwh
0,15 %
ρmax =
(A s + A 's )
max
= 4% Equação 5.14
Ac
A aplicação direta da Equação 5.14, para seções T, pode conduzir a vigas de difícil
concretagem (excesso de armadura). A Figura 5.13
bf mostra uma seção retangular e uma seção T, de
mesma altura (h) e mesma armadura tracionada (As).
A’s A’s hf Admitindo-se que a armadura comprimida (A’s) seja de
pequena monta a seguinte situação pode vir a ocorrer:
ρ =
(
A s + A 's
=
A s + A 's ) (
< 4%
)
h ret
Ac bw h
ρT =
(A s )
+ ∑ A 's
=
( )
A s + ∑ A 's
< 4%
As As Ac b w h + (b f − b w )hf
bw bw
ρmax =
(A s + A 's )
max
= 4% Equação 5.15
bw h
εc y = 0,8 x
σc
Rcd = Rcd1
x
MSd
MRd = MRd1
h 1 d z
As
Rsd
bw εs
∆l
esforços resistentes solicitação de
de cálculo cálculo
5.8.1 Dutilidade
A dutilidade de uma viga fica garantida pela condição estabelecida na Equação 5.3, ou seja:
0,500 f ck ≤ 35 MPa
β x ≤ β x,lim =
0,400 f > 35 MPa
ck
A associação da Equação 5.6 com a Equação 5.3 torna possível estabelecer, também,
valores limites de βc que garantam a condição de dutilidade de uma viga, ou seja:
0,272 f ck ≤ 35 MPa
β c ≤ β c,lim = Equação 5.17
0,228 f ck > 35 MPa
Por outro lado, associando MRd1 da Equação 5.16 com a Equação 5.17 torna-se possível
estabelecer, também, valores limites para MRd1 que garantam a condição de dutilidade de uma
viga, ou seja:
0,272 b w d2 fcd fck ≤ 35 MPa
MRd1 ≤ MRd1,lim = Equação 5.18
0,228 b d2 f fck > 35 MPa
w cd
Tanto a Equação 5.3, como a Equação 5.17, como a Equação 5.18 representam a condição
de dutilidade de uma viga de concreto armado.
5.8.2 Equações para dimensionamento
Considerando as condições de:
− equilíbrio, compatibilidade e segurança (Equação 5.16);
− dutilidade (Equação 5.3 ou Equação 5.17 ou Equação 5.18);
− armadura mínima (Equação 5.13); e
− armadura máxima (Equação 5.15),
o dimensionamento ou a verificação de vigas de seção retangular, sem armadura de compressão,
pode ser representado por:
Exemplo 5.1: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está
submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 125 kNm.
Dados:
– concreto: C20; e
– aço: CA-50.
Considerar:
– somente solicitações normais (momentos fletores); e
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15).
As
5 cm
20 cm
dmax
1
O correto seria dizer dimensão máxima do agregado. Ver Equação [2.2].
2006 5-19 ufpr/tc405
Para feixes de barras deve-se considerar o diâmetro do feixe: φn = φ √ n.
Esses valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das barras.”
O item 18.3.2.2 da ABNT NBR 6118 pode ser expresso pela Equação 5.20.
2 cm
a h ≥ max φ l
1,2 dmax
Equação 5.20
2 cm
a v ≥ max φ l
0,5 dmax
Exemplo 5.2: Determinar o máximo momento fletor solicitante de cálculo (MSd) que a viga
abaixo representada pode suportar.
Dados:
– concreto: C20;
– aço: CA-50;
– armadura longitudinal: 5 φ 16 mm;
– armadura transversal: 6,3 mm;
– cobrimento: 3 cm; e
– dimensão máxima do agregado: 19 mm.
Considerar:
– somente solicitações normais (momentos fletores); e
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15).
As
45 cm
MSd
20 cm
b. Verificação de ah e av ah
b − (2 c nom + 2 φt + n φl )
ah = w
n −1
bw largura da viga
cnom cobrimento nominal da armadura cnom
φt diâmetro da armadura transversal (estribo)
φl diâmetro da armadura longitudinal av
n número de barras na camada φl
20 − (2 × 3,0 + 2 × 0,63 + 3 × 1,6 )
ah = = 3,97 cm φt
3 −1
2 cm
ah ≥ max φl
1,2 dmax
2 cm
≥
ah ≥ max φl = 1,6 cm 2,28 cm
1,2 dmax = 1,2 × 1,9 = 2,28 cm ycg φt
ah,cal > ah,min OK
{ 123
3,97 cm 2,28 cm (ycg + φt + cnom)
cnom
2 cm
cg
a v ≥ max φl
2 cm
0,5 dmax (av)
φl
2 cm d
a v ≥ max φl = 1,6 cm 2,0 cm h
≥
0,5 dmax = 0,5 × 1,9 = 0,95 cm
d = h - (ycg + φt + cnom)
a v = 2,0 cm (valor adotado)
c. Determinação da altura útil (d)1
h
y cg <
10
45
y cg < = 4,5 cm
10
1
ABNT NBR 6118, item 17.2.4.1: “Os esforços nas armaduras podem ser considerados no centro de gravidade
correspondente, se a distância deste cento ao ponto da seção de armadura mais afastada da linha neutra, medida
normalmente a esta, for menor que 10%.” (Ver Figura 5.26)
2006 5-21 ufpr/tc405
y cg =
∑A × y
si i
∑A si
Como o valor MRd1 calculado (13 090 kNcm) resultou maior que o valor limite MRd1,lim
(11 790 kNcm) isto significa que a viga esta com excesso de armadura. Para que sejam
mantidas as condições de dutilidade da seção transversal apresentada é necessário que o
valor de MSd fique limitado ao valor limite. Portanto:
MSd = MRd1,lim = 11790 kNcm = 117,9 kNm
MSd = 117,9 kNm ◄
O valor assumido obedece ao item 14.6.4.3 da ABNT NBR 6118 que limita a 0,500 o
valor de βx (βx,lim) para regiões de vigas próximas a apoios, onde ocorrem momentos
negativos como é o caso deste exemplo.
2 εc y = 0,8 x
d' σc
R'sd
A's x
Rcd1
MSd
d d-d’ z ε's
h 1 MRd =
MRd1 + MRd2
As Rsd
bw εs
∆l
As Rsd solicitação de
cálculo
v v
esforços resistentes
As2 + As1 Rsd2 + Rsd1 de cálculo
(R’sd) (Rcd1)
Figura 5.16 – Vigas de seção retangular com armadura de compressão
Como mostrado na Figura 5.16, o momento fletor resistente de cálculo MRd (MRd ≥ MSd) é
composto por dois momentos MRd1 e MRd2. No que se refere a MRd1 valem todas as considerações
apresentadas em 5.8. Desenvolvendo, para a Figura 5.16, um raciocínio semelhante ao
apresentado em 5.8, chega-se:
− valor adimensional da tensão na armadura comprimida (Equação 5.10)
d'
E β x − β X ≤ 0,259
s d × 10 ‰ ≤ 1,0
f yd 1 − β x domínio 2
σ'
β 's = s =
f yd
d'
βx − β X > 0,259
E s d × 3,5‰ ≤ 1,0
f yd βx domínios 3 e 4
− armadura comprimida
MRd2
A 's =
(
d − d' β 's f yd)
− armadura tracionada
M MRd2 1
A s = Rd1 + '
β z d (d − d ) β s f yd
− equação de verificação
0,68 b w d fcd ' '
βs = βx + A s βs
A s f yd A
s
Exemplo 5.3: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está
submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 220 kNm.
Dados:
– concreto: C20;
– aço: CA-50;
– armadura transversal: 6,3 mm;
– cobrimento: 3 cm; e
– dimensão máxima do agregado: 19 mm.
Considerar:
– somente solicitações normais (momentos fletores); e
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15).
As
20 cm
2 cm
a v ≥ max φl
0,5 dmax
2 cm d = h - (ycg + φt + cnom)
a v ≥ max φl = 2 cm ≥ 2,0 cm
0,5 dmax = 0,5 × 1,9 = 0,95 cm h
d
a v = 2,0 cm (valor adotado) 2 cm
φl (av)
e. Determinação da altura útil (d)
h
y cg <
10 cg cnom
50 (ycg + φt + cnom)
y cg < = 5,0 cm
10
y cg =
∑
A si × y i
ycg φt
∑A si
π × 2,0 2 2,0 π × 2,0 2 2,0
3 × ×
+ 2 × × 2,0 + 2,0 +
4 2 4 2
y cg = = 2,60 cm < 5,0 cm OK
π × 2,0 2 π × 2.0 2
3 × + 2 ×
4 4
(
d = h − y cg + φ t + c nom ) d' = cnom + φt + 0,5φl
d = 50 − (2,60 + 0,63 + 3,0 ) = 43,77 cm < 44 cm
f. Determinação de d’
φ
d ' = c nom + φ t + l cnom
2 φt
1,6
d ' = 3,0 + 0,63 + = 4,43 cm > 4 cm φl
2 d
bf bf bf
hf y y
y
As As As
bw bw bw
y < hf y = hf y > hf
bf εc y = 0,8 x
σc
Rcd = Rcd1
hf x
MRd = MRd1 MSd
1 d
h z
As
Rsd εs
bw ∆l
esforços resistentes solicitação
de cálculo de cálculo
Figura 5.18 – Vigas de seção T sem armadura de compressão – y ≤ hf
Comparando a Figura 5.14 com a Figura 5.18 pode-se concluir que a viga de seção T sem
armadura de compressão, com y ≤ hf, é equivalente a uma viga de seção retangular de base bf.
Desta forma, introduzindo valores de bf nos lugares de bw apresentados na Equação 5.19 e
considerando:
− a relação entre y e hf (Equação 5.23);
− armadura mínima (Equação 5.12); e
− armadura máxima (Equação 5.15),
as vigas de seção T, sem armadura de compressão, com y ≤ hf, podem ser representadas por:
β z = 1 − 0,4 β x
1,0 β x ≤ 0,259
βs = Es 1 − β x
f β × 3,5‰ ≤ 1,0 β x > 0,259
yd x
y = βy d ≤ hf
f
0,024 cd A c
MRd1 ≥ A s,min = max fyd
As =
β z d βs fyd 0,0015 A c
≤ A s,max = 0,04 b w h
0,68 b f d fcd
βs = β
A s fyd x
Exemplo 5.4: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está
submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 220 kNm.
Dados:
– concreto: C20; e
– aço: CA-50.
Considerar:
– somente solicitações normais (momentos fletores); e
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15).
60 cm
10 cm
MSd = 220 kNm
40 cm
As
20 cm
MRd1 ≥ A s,min
As =
β z d β s f yd ≤ A s,max
22 000 > 2,10 cm2
As = = 12,56 cm2 OK
0,915 × 44 × 1,000 × 43,5 < 40,0 cm
2
10 cm
17,6 cm A’s
7,48 cm
34 cm
As As
6 cm
20 cm 20 cm
bf εc y = 0,8 x
σc
hf Rcd3
Rcd1
d x MSd
3 3
h
z MRd =
1 MRd1 + MRd3
As
Rsd εs
bw ∆l
As Rsd
solicitação
v v de cálculo
esforços resistentes
As3 + As1 Rsd3 + Rsd1 de cálculo
(Rcd3) (Rcd1)
β z = 1 − 0,4 β x
1,0 β x ≤ 0,259
βs = Es 1 − β x
f β × 3,5‰ ≤ 1,0 β x > 0,259
yd x
y = βy d > hf
f
M 1 ≥ A 0,024 cd A c
MRd3 s,min = max fyd
A s = Rd1 +
βz d h βs fyd 0,0015 A c
d − f
2 ≤ A s,max = 0,04 b w h
Exemplo 5.5: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está
submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 320 kNm.
Dados:
– concreto: C20; e
– aço: CA-50.
Considerar:
– somente solicitações normais (momentos fletores); e
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15).
10 cm
MSd = 320 kNm
40 cm
As
20 cm
M MRd3 1 ≥ A s,min
A s = Rd1 +
βz d h f β s fyd ≤ A s,max
d −
2
13 038 18 962 1 > 2,10 cm2
As = + = 19,34 cm2 OK
0,834 × 44 10 1,000 × 43,5 < 40 ,0 cm 2
44 −
2
A s,cal = 19,34 cm2 ◄
π × 2,5 2
A s,ef = 4 φ 25 mm = 4 × = 19,63 cm 2
4
c. Verificação para valores calculados
β x + 0,85 [(b f − b w )h f ] f cd
0,68 b w d f cd
βs =
A s f yd A s f yd
0,68 × 20 × 44 × 1,43 0,85 × [(60 − 20 ) × 10] × 1,43
βs = × 0,415 + = 1,000 OK
19,34 × 43,5 19,34 × 43,5
d. Observação
Deve ser verificado o valor de d (assumido igual a 44 cm) em função da disposição
da armadura definida por As,ef. Esta verificação pressupõe o conhecimento do diâmetro da
armadura transversal (estribo), cobrimento da armadura e dimensão máxima do agregado
graúdo.
2
bf εc y = 0,8 x
d' σc
R’sd
A’s Rcd1
hf ε’s
d x MSd
h
z
1 Rsd MRd = MRd1 + MRd2
As
εs
bw ∆l
As Rsd
solicitação
v v de cálculo
esforços resistentes
As2 + As1 Rsd2 + Rsd1 de cálculo
(R’sd) (Rcd1)
Figura 5.20 – Vigas de seção T com armadura de compressão – y ≤ hf
Desenvolvendo um raciocínio análogo ao apresentado em 5.8, 5.10 e 5.11, as vigas de
seção T, com armadura de compressão, com y ≤ hf, podem ser representadas por:
MRd2
A 's =
( )
d − d' β's fyd
(A s )
+ A 's ≤ 0,04b w h
0,68 b f d fcd '
βs = β x + A s β's
A s fyd A
s
Exemplo 5.6: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está
submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 500 kNm.
Dados:
– concreto: C20; e
– aço: CA-50.
Considerar:
– somente solicitações normais (momentos fletores); e
– estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15).
25 cm
As
20 cm
fcd
MRd1 MRd2 1 0,024 Ac
As = + ≥
βz d (
'
d − d βs fyd ) fyd
0,0015 A c
45 182 4 818 1
As = + = 32,28 cm2 > 3,00 cm2 OK
0,800 × 44 ( 44 − 4) 1,000 × 43,5
A s,cal = 32,28 cm2 ◄
π × 2,5 2
A s,ef = 7 φ 25 mm = 7 × = 34,36 cm 2
4
A 's =
MRd2
(d − d )β
' '
( )
⇒ A s + A 's ≤ 0,04b w h
s fyd
4 818
A 's = = 2,77 cm 2
( 44 − 4) × 1,000 × 43,5
A 's,cal = 2,77 cm2 ◄
π × 1,25 2
A 's,ef = 3 φ1, 25 mm = 3 × = 3,68 cm2
4
A s,ef + A 's,ef = 34,36 + 3,68 = 38,04 cm2 < 40,0 cm2 OK
c. Verificação para valores calculados
0,68 b f d f cd A 's '
βs = β + β
A s f yd x A s s
0,68 × 60 × 44 × 1,43 2,77
βs = × 0,500 + × 1,000 = 1,000 OK
32 ,28 × 43 ,5 32,28
d. Observação
Devem ser verificados os valores de d e d’ em função de As,ef e A’s,ef. Esta verificação
pressupõe o conhecimento do diâmetro da armadura transversal (estribo), cobrimento da
armadura e dimensão máxima do agregado graúdo.
2
bf εc y = 0,8 x
d' σc
R’sd
hf Rcd3
A’s
Rcd1
3 3 d ε’s x MSd
h
z MRd = MRd1
1
Rsd + MRd2 + MRd3
As
εs
bw ∆l
As Rsd
solicitação
v v de cálculo
esforços resistentes
As3 + As2 + As1 Rsd3 + Rsd2 + Rsd1
de cálculo
(Rcd3) (R’sd) (Rcd1)
Figura 5.21 - Vigas de seção T com armadura de compressão – y > hf
Desenvolvendo um raciocínio análogo ao apresentado em 5.8, 5.10 e 5.11, as vigas de
seção T, com armadura de compressão, com y > hf, podem ser representadas por:
10 cm
MSd = 500 kNm
40 cm
As
20 cm
MRd1 ≤ MRd1,lim
MRd1 = 15061kNcm ⇒ valor adotado
MSd = MRd = MRd1 + MRd2 + MRd3 = 50 000 kNcm
MRd2 = MRd − (MRd1 + MRd3 )
MRd2 = 50 000 − (15 061 + 18 962) = 15 977 kNcm
b. Tabela CA-50
M d1
βc = ≤ 0,272
b w d 2 f cd
15 061
βc = = 0,272 ⇒ seria diferente de 0,272 se MRd1 fosse diferente de MRd1,lim
20 × 442 × 1,43
β x = 0,500
βc = 0,272 β y = 0,400
1⇒ ⇒ β z = 0,800
2 3
d' 4 tabela β = 1,000
= = 0,091 s
d 44 β's = 1,000
y = β y d = 0,400 × 44 = 17,60 cm > 10,0 cm OK
1424 3
hf
M M dR 2 MRd3 1
A s = Rd1 + + ≥ A s,min
β z d (d − d ' ) h β f
d − f s yd
2
15 061 15 977 18 962 1
As = + + = 30,20cm 2 ≥ 2,10 cm 2 OK
0,800 × 44 ( 44 − 4) 10 1,000 × 43,5
44 −
2
A s,cal = 30,20cm 2 ◄
π × 2,5 2
A s,ef = 7 φ 25 mm = 7 × = 34,36 cm 2
4
5.13 Composição de bf
5.13.1 Conjunto laje–viga
Nas estruturas de concreto armado, as vigas de seção T aparecem naturalmente pois o
conjunto laje-viga define este tipo de seção, como mostrado na Figura 5.22.
P1 P2
20 x 20 V1 – 20 x 50 20 x 20
L1 L2 L3
10 cm 10 cm 10 cm
V3 – 20 x 50
V4 – 20 x 50
A A
V2 – 20 x 50
P3 P4
20 x 20 20 x 20
Corte AA
L1 bf V4 L3
hf L2
V3
bw
a1 = l1
b3 c b1 b1
b4 b2
conjunto de vigas
bw bw
bf
b3 c b3 b1 ≤ 0,5 b2
b4 b4 b3 ≤ b4
viga isolada
bw
P1 P2
40
180 40 740 40
400
V3
V4
L1 L2
V2A V2B
40
P3 P4
L3
120
l1 = 2 m l2 = 7,8 m P4
P3
a2 = 0,75 l2
5.14 MSd,min
Uma outra maneira de se determinar armadura mínima em vigas de concreto armado é
usando o conceito de MSd,min.
ABNT NBR 6118, item 17.3.5.1:
”A ruptura frágil das seções transversais, quando da formação da primeira fissura,
deve ser evitada considerando-se, para o cálculo das armaduras, um momento
mínimo dado pelo valor correspondente ao que produziria a ruptura da seção de
concreto simples, supondo que a resistência à tração do concreto seja dada por fctk,sup,
devendo também obedecer às condições relativas ao controle da abertura de fissuras
dadas em 17.3.3.”
ABNT NBR 6118, item 17.3.5.2.1:
”A armadura mínima de tração, em elementos estruturais armados ou protendidos
deve ser determinada pelo dimensionamento da seção a um momento fletor mínimo
dado pela expressão a seguir, respeitada a taxa mínima absoluta de 0,15%:
Md,mim = 0,8 W0 fctk,sup
onde:
W0 é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo
à fibra mais tracionada;
fctk,sup é a resistência característica superior do concreto à tração.“
10 cm
MSd,min
40 cm
As
20 cm
1
A ABNT NBR 6118, item 17.3.5.2.1, define o momento fletor mínimo como Md,min, deixando de caracterizá-lo como
momento fletor solicitante de cálculo. Para manter coerência com o desenvolvimento deste Capítulo, na
Equação 5.30, o momento foi definido como sendo MSd,min.
2006 5-51 ufpr/tc405
b. MSd,min
A c = b w h + (b f − b w )h f bf
A c = 20 × 50 + (60 - 20 ) × 10 = 1400 cm 2
(b f h2 ) − [(b f − b w ) (h − hf )2 ] hf
yw = yf
2{[(b f h) − [(b f − b w ) (h − hf )]} cg
(60 × 50 2 ) − [( 60 − 20 ) × (50 − 10 )2 ]
yw = = 30,71cm h
2{[(60 × 50 ) − [( 60 − 20 ) × (50 − 10 )]}
yw
yf = h − yw
y f = 50 − 30,71 = 19,29 cm
b h3 − [(b f − b w ) (h − hf )3 ] 2 bw
I= f − Ac yw
3
60 × 50 − [(60 − 20 ) × (50 − 10 )3 ]
3
2 4
I= − 1400 × 30,71 = 326 321cm
3
I
W0 = W0, w = ⇐ fibra mais tracionada (w)
yw
326 321
W0 = = 10 626 cm 3
30,71
MSd,min = 0,8 W0 fctk,sup
MSd,min = 0,8 × 10 626 × 0,287 = 2 440 kNcm
M Sd,min = 2 4,4 kNm ◄
c. Observação
Se nesta viga estiver atuando um momento fletor solicitante de cálculo inferior a
24,4 kNm, o cálculo da armadura As pode ser feito de duas maneiras:
- considerando um momento fletor solicitante de cálculo igual a 24,4 kNm e
BBBBverificando a taxa mínima de armadura (0,15%) para o As calculado; ou
- considerando um momento fletor solicitante de cálculo igual ao dobro de
BBBB24,4 kNm, sem a verificação da taxa mínima de armadura para o As calculado.
10 φ
CG
yCG
bw
5.18 Exercícios
Ex. 5.1: Definir a curva MRd x As para a seção abaixo indicada. Mostrar no gráfico os
domínios 2, 3 e 4, bem como o limite entre peça sub e superarmada. Use o eixo vertical para a
área de armadura e o horizontal para o momento fletor.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
90 cm
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, grandes pontes As
(γg = 1,3, γq = 1,5, γc = 1,4 e γs = 1,15).
Escala:
30 cm
− 1 cm2 = 1,0 cm; e
− 10 kNm = 1,0 cm.
Ex. 5.2: Mantidas as condições de dutilidade, determinar a armadura longitudinal para a
seção transversal da viga abaixo representada, a qual deve suportar, simultaneamente, os
momentos fletores Mgk = 80 kNm e Mqk = 25 kNm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
45 cm
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 As
(γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15).
20 cm
Ex. 5.3: Mantidas as condições de dutilidade, determinar o máximo momento fletor
solicitante de cálculo que a viga de seção transversal abaixo indicada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal constituída por 7 barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 8 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 4 cm.
Dados: 90 cm
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
As
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 30 cm
(γg = 1,35, γq = 1,5, γc = 1,4 e γs = 1,15).
Ex. 5.4: Mantidas as condições de dutilidade, determinar a armadura longitudinal necessária
para que a viga abaixo representada.
qk = 5 kN/m
gk = 15 kN/m
54 cm
5m
As
6 cm
18 cm
Ex. 5.5: A seção de viga abaixo indicada está submetida a um momento fletor solicitante de
cálculo igual a 150 kNm. Mantendo-se as condições de dutilidade e sabendo-se que a viga terá:
− armadura longitudinal inferior constituída por 3 barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 5 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm;
pede-se determinar a altura mínima da viga.
Dados:
− concreto: C20; e h
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 18 cm
(γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15).
Obs.:
− não considerar a resistência do porta-estribo (armadura longitudinal superior).
Ex. 5.6: Uma viga de seção retangular de 20 cm x 60 cm, altura útil correspondente a 55 cm,
foi ensaiada à flexão simples em laboratório até atingir o Estado Limite Último. Avaliou-se, ao final
do ensaio, que o braço de alavanca z, entre a resultante de compressão no concreto Rcd e a
resultante de tração na armadura Rsd, deveria ser de 46,2 cm. Tendo em vista que a viga só
possuía armadura longitudinal de tração As, pede-se:
a. o valor das deformações no bordo mais comprimido e na armadura tracionada;
b. o domínio em que viga se encontrava no instante da ruptura;
c. a intensidade do momento fletor de cálculo que levou a viga à ruptura;
d. a armadura longitudinal de tração da viga correspondente à situação de ruína; e
e. o tipo de ruptura (dútil ou frágil) que a peça apresentou (justificar).
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
As
Rsd
bw εs
Ex. 5.7: Admitindo-se que a distribuição de tensões na região de concreto comprimido seja
triangular e que:
MRd = M Sd
x
βx =
d
MSd
βc =
b w d 2 f cd
determinar, para vigas de seção retangular, βc como função única de βx.
εc
σc = 0,85 fcd
Rcd x
MRd MSd
h d z
As
Rsd
bw εs
Ex. 5.8: Após realizar o dimensionamento a flexão simples de uma viga de concreto armado,
de base 20 cm e altura útil 70 cm, o engenheiro descobriu que não fora considerado no cálculo um
dos três coeficientes de segurança exigidos pela ABNT NBR-6118 (γg, γc, ou γs). Tendo em vista
que, sem a consideração adequada de um destes coeficientes de segurança, obteve-se para
armadura de tração As o valor correspondente a 11,566 cm2, pede-se:
a. qual dos três coeficientes foi desconsiderado no cálculo da armadura As (tomado igual
a 1,0); e
b. qual o valor correto da área da armadura tracionada.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γc = 1,4 e γs =
1,15).
70 cm
8m
As
20 cm
Ex. 5.9: Mantidas as condições de dutilidade, determinar as armaduras longitudinais
necessárias para a viga abaixo representada. A viga terá:
− armadura longitudinal constituída por barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 5 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Ao final dos cálculos, apresentar um corte longitudinal esquemático indicando as posições
das armaduras positivas e negativas.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
qk = 10 kN/m
gk = 20 kN/m
70 cm
6m 1,5 m
20 cm
Ex. 5.10: Mantidas as condições de dutilidade, determinar o máximo valor da carga gk que a
viga abaixo representada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal inferior, no meio do vão, constituída por 3 barras de 16 mm; e
− armadura longitudinal superior, nos apoios, constituída por 5 barras de 10 mm.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50; e
− d = h – 6 cm.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
Obs.:
− não considerar a resistência do porta-estribo (armadura de compressão).
60 cm
2m 6m 2m
20 cm 20 cm
meio apoios
do vão
Ex. 5.11: Mantidas as condições de dutilidade, determinar a máxima carga acidental qk que
a viga abaixo representada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal inferior constituída por 3 barras de 20 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 6,3 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15).
Obs.:
− não considerar a resistência do porta-estribo (armadura longitudinal superior).
qk
gk = 10 kN/m
60 cm
6m
20 cm
Ex. 5.12: Determinar a menor altura possível para que a viga abaixo representada mantenha
as condições de dutilidade, sem a utilização de armadura de compressão. Para esta condição,
defina sua armadura longitudinal.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
− peso próprio incluído na carga gk.
gk = 10 kN/m
d
5m
As
6 cm
15 cm
Ex. 5.13: Mantidas as condições de dutilidade, determinar a máxima carga permanente Gk
que a viga abaixo representada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal inferior constituída por 5 barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 6,3 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
Obs.:
− não considerar a resistência do porta estribo (armadura longitudinal superior).
Gk
qk = 5 kN/m
70 cm
gk = 10 kN/m
2m 3m
20 cm
Qk = 100 kN
8m 3m
30 cm
Ex. 5.15: Determinar o menor valor possível para a largura (bw) da viga de seção retangular
abaixo representada de tal forma que sejam mantidas as condições de dutilidade. No meio do vão
e no apoio do balanço somente deverão existir armaduras de tração para resistir aos momentos
fletores. Para a largura mínima determinada, definir as armaduras no meio do vão e no apoio do
balanço. Apresentar um corte longitudinal da viga com o posicionamento das armaduras
calculadas. A viga terá:
− armadura longitudinal constituída por barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 8 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15).
− peso próprio incluído na carga gk.
Obs.:
− a carga concentrada Qk é acidental, o que vale dizer que ela pode atuar ou não.
Qk = 50 kN
70 cm gk = 30 kN/m
8m 2m
bw
55 cm gk = 40 kN/m
As a a
5m
18 cm
Ex. 5.17: Mantidas as condições de dutilidade, determinar o máximo valor da carga móvel
Qk que a viga abaixo representada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal inferior, no meio do vão, constituída por 3 barras de 16 mm;
− armadura longitudinal superior, nos apoios, constituída por 5 barras de 12,5 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 6,3 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, pontes em geral (γg = 1,35, γq = 1,5, γc =
1,4 e γs = 1,15).
Obs.:
− não considerar a resistência do porta-estribo.
Qk
60 cm
gk = 10 kN/m
gk = 40 kN/m
A B
h 6m 2m
bw
Ex. 5.19: O carrinho de cargas indicado na figura abaixo suporta um carregamento centrado
de 200 kN. Tendo em vista que a definição da estrutura suporte (viga AB) deverá ser feita para o
carrinho na posição CD, pede-se:
a. a menor altura possível para a viga AB de tal forma que na seção C não exista
armadura longitudinal de compressão e sejam mantidas as condições de dutilidade; e
b. as armaduras necessárias nas seções C e D da viga suporte, definidas a partir da
altura estabelecida no item a.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15); e
− d = h – 5 cm.
Obs.:
− ajustar o valor de h para múltiplo de 5 cm; e
− considerar nulos os pesos próprios da viga e do carrinho.
carrinho 200 kN
viga
C D
h
A B
2,4 m 4,0 m 20 cm
gk = 20 kN/m
M
1m 2m 2m 1m
2,5‰
MSd
45 cm
As
5 cm
20 cm 10‰
5 φ 16 As
2m 4m 2m 2m 4m 2m
VIGA 01 fissuração VIGA 02
intensa
Ex. 5.22: Mantidas as condições de dutilidade, determinar, para a viga abaixo representada:
a. a menor altura (h) possível; e
b. as armaduras necessárias nas seções A, B e C.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− viga de seção retangular, sem armadura de compressão;
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15);
− bw = 15 cm; e
− h = d + 5 cm
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk;
− adotar para h valor múltiplo de 5 cm; e
− considerar carregamentos permanentes (valores característicos).
Gk= 120 kN
h
gk = 40 kN/m
3m 3m 3m 3m
bw A B C
Ex. 5.23: Mantidas as condições de dutilidade, determinar, para a viga de altura variável
abaixo representada, os menores valores possíveis para h1 e h2. Para estes valores determinados,
definir as armaduras longitudinais (positiva e negativa) para a seção D. Apresentar uma vista da
viga mostrando as posições das armaduras calculadas.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-25.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− viga de seção retangular, sem armadura de compressão;
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− bw = 20 cm; e
2006 5-69 ufpr/tc405
− hi = di + 5 cm
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk;
− adotar para h valor múltiplo de 5 cm; e
− considerar a viga como simplesmente apoiada nos pilares.
h1 h1
h2
Qk = 100 kN
A B C D G
gk = 10 kN/m
1m 1m 1m 3m
Seção A B C D E F G
x (m) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
Mgk (kNm) 0,0 -5,0 -20,0 0,0 10,0 10,0 0,0
Mqk (kNm) (-) 0,0 -100,0 -200,0 -150,0 -100,0 -50,0 0,0
Mqk (kNm) (+) 0,0 0,0 -0,0 75,0 100,0 75,0 0,0
MSd (kNm) (-) 0,0 -147,0 -308,0 -210,0 -130,0 -60,0 0,0
MSd (kNm) (+) 0,0 -5,0 -20,0 105,0 154,0 119,0 0,0
Ex. 5.24: Mantidas as condições de dutilidade, determinar, para a viga de seção transversal
abaixo indicada, o máximo momento fletor solicitante de cálculo que ela pode suportar. A viga
terá:
− armadura longitudinal de compressão (superior) constituída por 2 barras de 12,5 mm;
− armadura longitudinal de tração (inferior) constituída por 3 barras
de 20 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 6,3 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 25 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 4 cm. 65 cm
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
25 cm
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
4 cm
A’s gk = 30 kN/m
40 cm 6m
As
6 cm
20 cm
Ex. 5.27: A seção transversal da viga abaixo representada está sujeita a um momento fletor
solicitante de cálculo igual a 250 kNm e tem uma relação entre as armaduras de tração e de
compressão tal que:
4 cm
A 's A’s
= 30 %
( A s + A 's )
Com base na condição acima, determine: 40 cm
a. a posição da linha neutra;
b. a deformação da fibra de concreto mais comprimida;
c. o alongamento da armadura tracionada; As
d. o encurtamento da armadura comprimida; 6 cm
e. a tensão atuante na armadura tracionada; 25 cm
2006 5-71 ufpr/tc405
f. a tensão atuante na armadura comprimida;
g. a área da seção transversal da armadura tracionada;
h. a área da seção transversal da armadura comprimida; e
i. as condições de dutilidade.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
Ex. 5.28: Mantidas as condições de dutilidade, determinar a máxima carga acidental qk que
a viga abaixo representada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal de compressão (superior) constituída por 2 barras de 12,5 mm;
− armadura longitudinal de tração (inferior) constituída por 5 barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 5 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 19 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15).
qk
gk = 10 kN/m
60 cm
6m
20 cm
Ex. 5.29: Para a viga abaixo esquematizada determinar o máximo vão que esta pode
possuir, mantidas as condições de dutilidade. A viga terá:
− no meio do vão:
! armadura longitudinal de compressão (superior) constituída por 2 barras de
12,5 mm;
! armadura longitudinal de tração (inferior) constituída por 3 barras de 16 mm;
− nos apoios:
! armadura longitudinal de tração (superior) constituída por 7 barras de 12,5 mm;
! armadura longitudinal de compressão (inferior) constituída por 2 barras de
16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 5 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 19 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
Qk = 25 kN
70 cm gk = 10 kN/m
18 cm 18 cm l/3 l l/3
meio apoios
do vão
2 φ 12,5
60 cm
3 φ 25
h
20 cm
seção transversal no
4m meio do vão
(vigas V1 e V2)
4m
V1 V2
4m
gk = 35 kN/m
A C B
3 φ 12,5 60 cm
2 φ 12,5
Ex. 5.32 A viga abaixo representada, construída com concreto classe C20 e aço CA-50, tem
seção retangular com 20 cm de base e 55 cm de altura. Considerando, no estado limite último,
que:
− a distância entre a força resistente de cálculo atuante na região de concreto
comprimido e a força resistente de cálculo atuante na armadura tracionada,
corresponde a 40 cm; e
− a armadura comprimida é constituída por 2 barras de 10 mm,
pede-se:
a. o domínio de deformação, o encurtamento da fibra de concreto mais comprimido e o
alongamento da armadura mais tracionada, correspondente a este ELU;
b. a intensidade do momento fletor resistente de cálculo, correspondente a este ELU;
c. a área seção transversal da armadura longitudinal tracionada, correspondente a este
ELU; e
d. o tipo de ruína possível (frágil ou dúctil), correspondente a este ELU (justificar a
resposta).
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15).
5 cm
MSd
45 cm
5 cm
20 cm εs
Ex. 5.33: Determinar, para a viga abaixo representada, o máximo valor que a carga
acidental Qk (móvel) pode assumir, mantidas as condições de dutilidade. A viga terá 25 cm de
largura e 70 cm de altura.
Dados:
− concreto:C20;e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− d = 63 cm; e
− d’ = 5 cm.
Qk
gk = 50 kN/m
2m 6m 2m
A B
2 φ20 mm
5 φ20 mm
5 φ20 mm
2 φ20 mm
Qk
A B C D
gk = 20 kN/m
2m 4m 2m
A B C D
2006 5-76 ufpr/tc405
Ex. 5.36: Para a viga abaixo esquematizada determinar o máximo vão l que esta pode
possuir, mantida as condições de dutilidade. A viga terá:
− no meio do vão:
! armadura longitudinal de compressão (superior) constituída por 2 barras de
10 mm;
! armadura longitudinal de tração (inferior) constituída por 3 barras de 16 mm;
− nos apoios:
! armadura longitudinal de tração (superior) constituída por 3 barras de 16 mm;
! armadura longitudinal de compressão (inferior) constituída por 2 barras de
10 mm.
Dados:
− concreto:C20;e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− d = 40 cm; e
− d’ = 4 cm.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
gk = 50 kN/m
44 cm
l 2,828 l l
½
2,828 = 8
18 cm 18 cm
meio apoios
do vão
Ex. 5.37: Mantidas as condições de dutilidade, determinar, para a viga abaixo representada,
o máximo momento fletor solicitante de cálculo que a seção pode resistir. A viga terá:
− armadura longitudinal inferior constituída por 7 barras de 20 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 6,3 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 19 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados: 100 cm
− concreto: C25; e 8 cm
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e 92 cm
− estado limite último, combinações normais,
edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5, γc = 1,4 e
γs = 1,15).
25 cm
V4 (15x40)
V5 (15x40)
400 cm
L1 L2
P4 V2 (15x40) P5 P6
150 cm
L3 L4
280 cm 350 cm
PLANTA DE FORMAS
Ex. 5.39: Mantidas as condições de dutilidade, determinar a máxima carga acidental qk que
a viga abaixo representada pode suportar. A viga terá:
− armadura longitudinal inferior constituída por 5 barras de 16 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 6,3 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 19 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15).
120 cm
qk
10 cm
gk = 10 kN/m
75 cm
6m
20 cm
Ex. 5.40: Determinar os maiores comprimentos possíveis dos vãos l1 (AB = CD) e l2 (BC) da
viga da figura abaixo considerando que o dimensionamento das seções transversais será feito no
domínio 2 e sem armadura de compressão. Para estes valores definidos de l1 e l2, calcular as
armaduras longitudinais nas seções críticas do balanço AB (máximo momento fletor negativo) e
25
gk = 30 kN/m
105
l1 l2 l1
A B C D
20
seção transversal
cm
Ex. 5.41: Determinar as armaduras positiva e negativa da viga abaixo indicada. Apresentar,
ao final dos cálculos, uma vista longitudinal da viga mostrando as posições das armaduras
determinadas com os respectivos valores de As (cm2).
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15); e
− d = h – 5 cm.
Obs.:
− peso próprio da viga incluído na carga gk;
− viga isolada a ser considerada como seção T, onde possível; e
− obrigatória a verificação do valor de bf.
60 cm
10 cm gk = 70 kN/m
70 cm 2m 5,657 m 2m
½
20 cm 5,657 = 4 x 2
14
gk = 50 kN/m
60
20 7m 2m
seção transversal A B
cm
carregamento da V2
laje
08
V1 V2 V3 42
20 20 20
350 350
dimensões em cm
Ex. 5.44: Determinar as armaduras positiva e negativa da viga isolada abaixo indicada, de
tal forma que sejam mantidas as condições de dutilidade. A viga terá:
− armadura longitudinal constituída por barras de 12,5 mm;
− armadura transversal (estribos) constituída por barras de 5 mm;
− dimensão máxima do agregado igual a 19 mm; e
− cobrimento nominal das armaduras igual a 3 cm.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50; e
− seção transversal:
! bf = 40 cm;
! bw = 15 cm;
! h = 65 cm; e
! hf = 8 cm.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− carregamento constituído por cargas permanentes (valores característicos); e
− peso próprio da viga desprezível.
Obs.:
− verificar o valor de bf (viga isolada); e
− apresentar, ao final dos cálculos, uma vista longitudinal da viga mostrando,
esquematicamente, o posicionamento das armaduras positivas e negativas (indicar os
valores, em cm2, das armaduras calculadas).
bf
100 kN 100 kN
hf
50 kN 50 kN
3m 3m 2m 3m 3m
bw
P1 P2
40
180 40 740 40
V4B
V5B
400
10
L1 L2
V2A V2B
40
P3 P4
L3 L4
V4A
V5B
200
V3A V3B
40
P5 P6
qk = 8 kNm
gk = 22 kN/m
2m P3 7,8 m P4
60
V1 V2
150 25 450 25
qk = 15 kNm
gk = 25 kN/m
2m 8m
Ex. 5.47: O projeto de uma peça pré-moldada deve considerar, além das condições de
trabalho, aquelas decorrentes do processo de montagem. Num desses casos, adotou-se uma viga
de seção T como mostrado abaixo. Mantidas as condições de dutilidade e sabendo-se que a viga
deverá suportar uma carga acidental uniformemente distribuída (em todo vão) de 10 kN/m (valor
característico), pede-se determinar:
a. a armadura longitudinal necessária para a condição de montagem; e
b. a armadura longitudinal necessária para a condição de trabalho.
Apresentar, ao final dos cálculos, uma vista longitudinal mostrando as posições das
armaduras estabelecidas nos itens a e b.
Dados:
− concreto:C20;e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− peso específico do concreto igual a 25 kN/m3; e
− d = h – 5 cm (momentos positivos e negativos).
Obs.:
− verificar o valor de bf (viga isolada);
− não considerar armadura longitudinal de compressão; e
− na montagem, considerar somente ao próprio da viga.
83 cm
8 cm
20 cm 20 cm
viga de içamento
operação de
montagem
5m 4m 5m
B C
condição
de trabalho
14 m
A D
Ex. 5.48: Mantidas as condições de dutilidade, determinar, para a viga isolada de seção
transversal constante, abaixo representada, o máximo valor que a carga acidental Qk (móvel)
pode assumir.
Dados:
− concreto: C20;
− aço: CA-50; e
− seção transversal:
! bf = 120 cm;
! bw = 20 cm;
! h = 70 cm; e
! hf = 8 cm.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15); e
− d = h – 5 cm (momentos positivo e negativo).
Obs.:
− verificar o valor de bf (viga isolada); e
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
gk = 20 kN/m
2m 6m 2m
A B
2 φ20 mm 3 φ20 mm
Ex. 5.49: Considere que a peça, cuja seção transversal é mostrada abaixo, está solicitada
apenas por um momento fletor de cálculo MSd. Na condição limite de segurança - estado limite
último (MRd = MSd), a linha neutra ficou situada 31,2 cm abaixo da fibra mais comprimida. Nestas
condições, e mantidas as condições de dutilidade, pede-se:
a. o valor do momento fletor solicitante de cálculo MSd (kNm); e
b. o valor da armadura de tração As (cm2) necessária para resistir ao momento fletor MSd.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor); e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15).
Obs.:
− considerar o valor de bf verificado.
60 cm εc
15 cm
MSd
50 cm
As
5 cm
εs
20 cm
Ex. 5.50 Mantidas as condições de dutilidade, determinar para a viga V1, de seção
transversal constante (seção T), abaixo representada, o máximo valor que a carga acidental Qk
(móvel) pode assumir.
Dados:
− concreto: C25;
− aço: CA-50; e
Qk
gk = 20 kN/m
6m
A B
carregamento da V1
bf
8
34,36 cm2 85
V1 V2
150 30 450 30
seção transversal do
conjunto lajes/vigas
(dimensões em cm)
P1 P2
20
20 780 20
dimensões em cm
V4B
V5B
400
L1
8
55
20 V2 (20 x 55)
P3 P4
L2
V4A
V5B
200
V3
20
P5 P6
qk
gk = 20 kN/m
8m
P3 P4
Ex. 5.52: Mantidas as condições de dutilidade, determinar, para a viga isolada abaixo
indicada, o maior valor possível para a carga acidental móvel Qk (valor característico).
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− d = 80 cm;
− d’ = 5 cm; e
− peso próprio da viga igual a 5,357 kN/m (não mostrado na figura).
Obs.:
− admitir, na determinação de bf, b3 = b4.
2m 8m 2m
A B C D
60 cm 60 cm
10 cm 10 cm
4 φ 16 mm
75 cm 75 cm
3 φ 20 mm 2 φ 10 mm
25 cm 25 cm
seção transversal seção transversal
meio do vão apoios
Ex. 5.53: A figura abaixo representa a planta de formas de uma escola. Cada laje
corresponde a uma sala de aula. Todas as vigas têm seção transversal de 25 cm x 70 cm, todos
os pilares têm seção de 25 cm x 50 cm e todas as lajes têm espessura igual a 12 cm. Mantidas as
condições de dutilidade, determinar as armaduras longitudinais necessárias para as vigas V04 e
V05, levando-se em consideração, se possível, a colaboração do painel de lajes.
Dados:
− concreto:C20;e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15); e
− d = h – 5 cm;
− vão de cálculo das vigas igual à distância entre os eixos dos pilares; e
− carregamento uniformemente distribuído nas vigas V04 e V05, constituído de:
! peso próprio de cada viga: 5 kN/m;
! reação de uma laje em cada viga: 15 kN/m;
! peso de parede sobre cada viga: 15 kN/m.
A B
V02
25
P05 P06 P07 P08
400 400 400
25 25 25 25
12 70
CORTE A-B
(dimensões em cm)
τxy
σII σI
(compressão) (tração)
2 2
σx σx σI = σx 90º σI
(tração)
plano
vertical de
ruptura
σI
M
1 1
V σI
2 2
σI σI
armadura de
momento fletor
Figura 6.4 – Armaduras nas direções das tensões principais de
tração
A idéia de se colocar armadura sempre na direção da tensão principal de tração
(perpendicular à fissura) vigorou por muitos anos como princípio básico do concreto armado.
Mudanças ocorreram e as teorias atuais, tanto para momento fletor como para força cortante,
baseiam-se no principio de se "costurar" as fissuras, respeitando sempre o equilíbrio de forças e a
compatibilidade das deformações. É por este motivo que as vigas de concreto armado, em sua
grande maioria, são, atualmente, detalhada só
porta armadura de com armadura horizontal e vertical (Figura 6.5).
estribo força cortante As armaduras horizontais "costuram" as fissuras
provocadas pelo momento fletor e as armaduras
verticais "costuram" as fissuras provocadas pela
M força cortante. Evidentemente esta é uma idéia
1 simplista, já que as fissuras, na realidade, são
provocadas por tensões de tração provenientes
V da combinação de momentos fletores e forças
2
cortantes atuando conjuntamente.
armadura de
momento fletor
armadura de concreto de
força cortante momento fletor
M M
90° θ V α θ V
armadura de concreto de
momento fletor força cortante
ruptura da armadura
tracionada
α Rcw = σcw BC bw
D
VRd2 C
ψ bw d
σcw z = 0,9 d
α
θ
A
B
1
Notação da ABNT NBR 6118. O índice 2 que aparece em VRd2 é usado para indicar vigas, sendo o índice 1, que
aparecerá em VRd1, usado para lajes.
2006 6-5 ufpr/tc405
0,85 fcd
b w (0,9 d)(cot gα + cot gθ )sen θ
2
VRd2 =
1,4
ou ainda:
[
VRd2 = 0,54 fcd b w d sen2θ (cot gα + cot gθ ) ] Equação 6.1
6.3.2.2 Modelo II
O Modelo II da ABNT NBR 6118, que estabelece para θ uma variação entre 30° e 45°, usa,
para a determinação de VRd2, a Equação 6.1 corrigida do fator αv2. Segundo o item 17.4.2.3-a, VRd2
deve ser determinado pela expressão:
VRd2 = 0,54 α v 2 fcd b w d sen2θ (cot gα + cot gθ )
fck
αv2 = 1 − fck em MPa
250 Equação 6.4
30° ≤ θ ≤ 45°
45° ≤ α ≤ 90°
40 cm
20 cm
Solução: Na determinação de VRd2, usar a Equação 6.3 para o Modelo I e a Equação 6.4
para o Modelo II. VSd é definida pela Equação 6.5.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
γ c = 1,4
f ck
fcd =
γc
2,5
fcd = = 1,79 kN / cm 2
1,4
f
α v2 = 1 − ck = f ck em MPa
250
25
α v2 = 1 − = 0,9
250
b w = 20 cm
d = 40 − 4 = 36 cm
b. Modelo I
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
VRd2 = 0,27 × 0,9 × 1,79 × 20 × 36 = 313,18 kN
VSd ≤ VRd2 = 313 kN ◄
s s
Vc α
C
VRd3
z = 0,9 d
α θ α
A B Vsw Rsw
1
Notação da ABNT NBR 6118.
2006 6-8 ufpr/tc405
Vsw corresponde a componente vertical da força Rsw; e
Vc corresponde à parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares
ao da treliça de Morsh.
Do triângulo ABC (Figura 6.11) tem-se:
___
AB = z (cot g θ + cot g α )
O número de barras que corta o plano AC (projeção horizontal AB) é dado por:
AB z (cot g θ + cot g α ) z
n= = = (cot g θ + cot g α )
s s s
Do equilíbrio vertical de forças atuantes no trecho de viga da Figura 6.11, tem-se:
VRd3 − R sw sen α − Vc = 0
ou ainda:
VRd3 = R sw sen α + Vc
VRd3 = Vc + Vsw Equação 6.6
Ainda da Figura 6.11, tem-se:
Vsw = R sw sen α = (n A sw σsw )sen α
z
Vsw = (cot g θ + cot g α ) (A sw σ sw )sen α
s
0,9 d
Vsw = (cot g θ + cot g α ) (A sw σsw )sen α
s
A
Vsw = sw 0,9 d σ sw (cot g θ + cot g α )sen α Equação 6.7
s
A ABNT NBR 6118, itens 17.4.2.2.b e 17.4.2.3.b, apresenta a Equação 6.7 com fywd no lugar
de σsw, onde fywd é a tensão na armadura transversal, limitada ao valor fyd no caso de estribo e a
70% desse valor no caso de barra dobrada, não se tomando, para ambos os casos, valores
superiores a 435 MPa. Desta forma a Equação 6.7 resulta:
A
Vsw = sw 0,9 d fywd (cot g α + cot g θ)sen α
s
fyk
fywd = min γ s estribos
Equação 6.8
435 MPa
fyk
0,7
fywd = min γs barras dobradas
435 MPa
O item 17.4.2.2-b da ABNT NBR 6118 apresenta, o cálculo da armadura transversal de viga,
para o Modelo I, separado por tipo de solicitação.
6.4.3.1.1 Flexão simples ou flexo-tração com a linha neutra cortando a seção
No caso de flexão simples ou flexo-tração, com a linha neutra cortando a seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.9) são dados por:
6.4.3.1.2 Flexo-compressão
No caso de flexo-compressão, os valores de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.9) são
dados por:
VRd3 = V c + Vsw
M0
Vc = Vc 0 1 + ≤ 2 Vc 0
MSd,max
Vc 0 = 0,6 fctd b w d
2
f ctk,inf 0,213 f ck
f ctd = = fck em MPa
γc γc
A
Vsw = sw 0,9 d f ywd (sen α + cos α )
s Equação 6.11
f yk
f ywd = min γ s estribos
435 MPa
f yk
0,7
f ywd = min γs barras dobradas
435 MPa
45° ≤ α ≤ 90°
Na Equação 6.11,
M0 valor do momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da
seção (tracionada por MSd,Max), provocada pelas forças normais de diversas origens
concomitantes com VSd, sendo essa tensão calculada com valor de γf igual a 1,0; e
MSd,max valor do máximo momento fletor de cálculo que atua na seção considerada.
6.4.3.1.3 Elementos estruturais tracionados com a linha neutra fora da seção
No caso de elementos estruturais tracionados com a linha neutra fora da seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.9) são dados por:
6.4.3.2 Modelo II
O Modelo II da ABNT NBR 6118, estabelece para θ uma variação entre 30° e 45°, aplicados
diretamente na Equação 6.8.
O item 17.4.2.3-b da ABNT NBR 6118 apresenta, o cálculo da armadura transversal de viga,
para o Modelo II, separado por tipo de solicitação.
6.4.3.2.1 Flexão simples ou flexo-tração com a linha neutra cortando a seção
No caso de flexão simples ou flexo-tração, com a linha neutra cortando a seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.8) são dados por:
VRd3 = V c + Vsw
Vc = Vc1
VRd2 − VSd
Vc1 = Vc 0 ≤ Vc 0
VRd2 − Vc 0
Vc 0 = 0,6 f ctd b w d
2
f ctk,inf 0,213 fck
fctd = = f ck em MPa
γc γc
A
Vsw = sw 0,9 d f ywd (cot g α + cot g θ ) sen α
s Equação 6.13
f yk
f ywd = min γ s estribos
435 MPa
f yk
0,7
f ywd = min γ s barras dobradas
435 MPa
30° ≤ θ ≤ 45 º
45° ≤ α ≤ 90°
6.4.3.2.2 Flexo-compressão
No caso de flexo-compressão, os valores de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.8) são
dados por:
40 cm
20 cm
Solução: Na determinação de VRd3, usar a Equação 6.10 para o Modelo I e a Equação 6.13
para o Modelo II. VSd é definida pela Equação 6.16.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
γ c = 1,4
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 25 2
fctd = = 1,28 MPa = 0,128 kN / cm2
1,4
fyk = 500 MPa
γ s 1,15
fyk
= min γ s
fywd
435 MPa
500
= 435 MPa
fywd = min 1,15 = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
435 MPa
π × 0,63 2
A sw = 2 A s = 2 × = 0,623 cm 2
4
s = 10 cm
b w = 20 cm
d = 40 − 4 = 36 cm
b. Modelo I
α = 90° (estribos verticais)
40 cm
20 cm
s s
s
2
Exemplo 6.4: Verificar, para a seção transversal de viga abaixo indicada, qual a máxima força
cortante solicitante de cálculo (VSd) que a mesma pode suportar.
Considerar:
− aço: CA-50;
− concreto: C25;
− d = h – 4 cm;
− estribos verticais de dois ramos, espaçados de 10 cm, barras de 6,3 mm;
− flexão simples, Modelo I; e
estado limite último, combinações normais (γc = 1,4, γs = 1,15).
40 cm
20 cm
40 cm
20 cm
Como pode ser observado pela tabela, o Modelo I apresenta melhores condições para
o concreto (VRd2), ao passo que o Modelo II é melhor para armadura (VRd3). Em outras
palavras isto quer dizer que o Modelo II necessita menos armadura que o Modelo I.
φt
bw d
50 cm
I II
20 cm
diagrama VSd
210 kN 140 kN
c. Verificação de VRd3
VSd ≤ VRd3
VSd = 140 kN (máxima força cortante de cálculo no trecho II)
Vc = 60 kN
A
Vsw = sw 0,9 d f ywd
s
0,623 1097,57
Vsw = × 0,9 × 45 × 43,5 =
s s
VRd3 = Vc + Vsw
1097,57
VRd3 = 60 +
s
1097,57
140 ≤ 60 +
s
s ≤ 13,72 cm ⇒ s = 13 cm ◄
d. Verificação de s
VSd 0,6 d
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 30 cm
VSd 0,3 d
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 20 cm
VSd = 140 kN
VRd2 = 320 kN
s = 13 cm
VSd 140
= = 0,44
VRd2 320
VSd 0,6 × 45 = 27 cm
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min = 27 cm
VRd2 30 cm
10 cm < 13 cm < 27 cm OK
e. Verificação de ρsw
ρsw ≥ 0,09%
A sw
ρ sw ≥
bw s
0,623
ρsw ≥ = 0,24% > 0,09% OK
20 × 13
α β
M
B
Rsw
A V
α β
VRd2
d d
d/2
VSd a
VSd
2d
gk = 72 kN/m
2m 2m 1m
I II III
60 cm 65 cm
15 cm
30 cm
VSd,eixo,A = +161,28 kN
VSd,face,A = +146,16 kN
VSd,d/2,A = +115,92 kN
+
VSd,eixo,B = VSd,face,B = -40,32 kN
B
A -
2m 3m
4m 1m
+ B
A
VSd,eixo,A = VSd,face,A = 40,32 kN
VSd,a/2d,B = -134,40 kN -
d. Trecho I
VSd ≤ VRd3 +115,92 kN
VSd = VSd,max = 115,92 + 40,32 = 156,24 kN
Vc = 60 kN
A + -40,32 kN
Vsw = sw 0,9 d f ywd
s
A A A
Vsw = sw × 0,9 × 60 × 43,5 = 2349 sw I
s s
VRd3 = Vc + Vsw 2m
A +40,32 kN
VRd3 = 60 + 2349 sw
s
A +
156,24 ≤ 60 + 2349 sw
s
2 A
A sw cm cm 2 cm 2
≥ 0,0410 = 4,10 > 1,35 OK
s cm m m
VSd 0,6 d φt Asw s Asw/s
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 30 cm (mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
VSd 0,3 d 5 0,393 9 4,37
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min ►6,3 0,623 ►15 4,15
VRd2 20 cm
8 1,005 24 4,19
VRd2 = 320 kN
VSd 156,24 0,6 × 60 = 36 cm s cm → 0,623 cm2
= = 0,49 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 320 30 cm 100 cm → 4,10 cm2
10 cm ≤ s ≤ 30 cm
Será adotado para o trecho I, estribos de 6,3 mm, dois ramos, espaçados de 15 cm
(4,15 cm2/m). A adoção de barras de 5 mm implicaria em espaçamento inferior a 10 cm, o
que, deve ser evitado. A adoção de barras de 8 mm implicaria em um excesso de armadura
para o trecho II.
A
VSd 0,6 d φt Asw s Asw/s
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 30 cm (mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
VSd 0,3 d 5 0,393 29 1,36
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min ►6,3 0,623 ►30 2,08
VRd2 20 cm
8 1,005 30 3,35
VRd2 = 320 kN
VSd 0 0,6 × 60 = 36 cm s cm → 0,623 cm 2
= = 0,00 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 320 30 cm 100 cm → 1,35 cm 2
10 cm ≤ s ≤ 30 cm
Será adotado para o trecho II, estribos de 6,3 mm, dois ramos, espaçados de 30 cm
(2,08 cm2/m) que é o máximo permitido por Norma. A adoção de barras de 6,3 mm é devida
a manutenção de um mesmo tipo de estribo em todo o vão da viga.
f. Trecho III
VSd ≤ VRd3 B -40,32 kN
VSd = VSd,max = − 40,32 − 134,40 = 174,72 kN -
Vc = 60 kN
1m
A
Vsw = sw 0,9 d f ywd III
s B
A A -134,40 kN
Vsw = sw × 0,9 × 60 × 43,5 = 2349 sw
s s
VRd3 = Vc + Vsw -
A
VRd3 = 60 + 2349 sw
s
A
174,72 ≤ 60 + 2349 sw
s
2
A sw cm cm 2 cm 2
≥ 0,0488 = 4,88 > 1,35 OK
s cm m m
VSd 0 ,6 d φt Asw s Asw/s
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 30 cm (mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
VSd 0,3 d 5 0,393 8 4,91
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min ►6,3 0,623 ►12 5,19
VRd2 20 cm
8 1,005 20 5,03
VRd2 = 320 kN
VSd 174,72 0,6 × 60 = 36 cm s cm → 0,623 cm 2
= = 0,55 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min
VRd2 320 30 cm 100 cm → 4,88 cm 2
10 cm ≤ s ≤ 30 cm
Será adotado para o trecho III, estribos de 6,3 mm, dois ramos, espaçados de 12 cm
(5,19 cm2/m). A adoção de barras de 6,3 mm é devida à manutenção de um mesmo tipo de
estribo em todo o vão da viga.
13 φ 6,3 mm 6 φ 6,3 mm
1 φ @ 15 cm 1 φ @ 30 cm
7 cm 23 cm 20 cm 8 φ 6,3 mm 6 cm
1 φ @ 12 cm
∆x
MRd1 MRd2
R sd1 = R sd2 = > R sd1
z z
Rsd1 Rsd2
al
al
diagrama MSd
deslocado
4m 1m
50 cm 55 cm
18 cm
30 cm
Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 6.3 para a verificação de
VRd2 e na Equação 6.23 para a determinação de al.
4m 1m
I II
1,4 × 200 × 4 × 1
= 224 kNm
5
1,4 × 200 × 1
= 56 kN
5
1,4 × 200 × 5
= 224 kN
5
al = 50 cm ◄
e. Valor de al para o trecho II
VSd,max = 224 kN (valor absoluto)
Vc = 60 kN
50 224
al = = 34 cm
2 (224 − 60 )
≥ 0,5 d = 0,5 × 50 = 25 cm
al
≤ d = 50 cm
al = 34 cm ◄
f. Diagrama deslocado
Gk = 200 kN
4m 1m
I II
50 cm 34 cm
6.12 Exercícios
Ex. 6.1: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos
necessários para os estribos dos trechos I, II e III.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
gk = 60 kN/m
2m 2m 1m
I II III
60 cm
20 cm
20 cm 20 cm
Ex. 6.2: Determinar, para a viga abaixo representada, os valores das distâncias a, b e c.
Sabe-se que a armadura transversal do trecho b é composta por estribos verticais de dois ramos,
diâmetro 6,3 mm, espaçados de 25 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Gk = 45 kN
gk = 50 kN/m
2m 6m
a b c
60 cm
18 cm
20 cm
Qk
gk = 50 kN/m
1m 5m
I II
60 cm
20 cm
20 cm
Ex. 6.4: A estrutura indicada na figura é suportada por uma viga inferior de seção retangular.
Para atender às exigências arquitetônicas, a viga deve possuir a menor altura possível.
Considerando apenas o cisalhamento, determine o valor de hmin (múltiplo de 5 cm) bem como as
armaduras transversais (cm2/m) necessárias nos trechos I e II.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos;
− h = d + 5 cm;
− bw = 25 cm;
− carga permanente uniformemente distribuída em toda viga (6 m): gk = 50 kN/m;
− carga acidental uniformemente distribuída em toda viga (6 m): qk = 30 kN/m;
2006 6-42 ufpr/tc405
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares (6 m);
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (distância de 10 cm do eixo até a face
do apoio);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
pilar pilar
viga
20 cm 20 cm
Ex. 6.5: Determinar, para a viga abaixo representada, os valores de a, b e c de tal forma
que no trecho b a armadura para resistir os esforços devidos à força cortante seja a mínima
estabelecida pela NBR 6118.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos;
− altura útil (d) igual a 93% da altura total (h);
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (10 cm entre o eixo e a face);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga;
A B
2m 6m 2m
a b c
90
20
100 cm
100 30 50
15
15
20 cm 60
seção transversal - cm
Ex. 6.6: Determinar, para a viga abaixo indicada, o valor máximo da carga Qk (valor
característico) que a mesma pode suportar. Verificar a possibilidade de ruptura ao cisalhamento
tanto por compressão no concreto como por tração na armadura transversal (estribos).
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos, diâmetro 6,3 mm, espaçados de 10 cm;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (10 cm entre o eixo e a face);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
gk = 50 kN/m
A B
3m 3m
1 φ 6,3 mm @ 10 cm
φt = 6,3 mm
60 cm
60
20 cm 20
seção transversal
cm
Ex. 6.7: Determinar, para a viga abaixo representada, os valores de x, y e z de tal forma que
no trecho y a armadura para resistir os esforços devidos à força cortante seja a mínima
estabelecida pela ABNT NBR 6118.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− d = h – 5 cm;
− modelo I, estribos verticais;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
gk = 60 kN/m
6m 2m
x y z
70 cm
20 cm
30 cm 30 cm
Ex. 6.8: Uma viga de seção retangular com 60 cm de base e 40 cm de altura, está armada
transversalmente com estribos verticais de quatro ramos, diâmetro φ = 6,3 mm. Para esta viga,
pede-se:
a. a área de armadura transversal por unidade de comprimento (cm2/m) para
espaçamento de estribos igual a 10 cm; e
b. o máximo esforço cortante de cálculo que a seção resiste para ρsw igual a 0,2%.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 40°;
− d = h – 5 cm;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
40 cm
60 cm
Ex. 6.9: Determinar, para a viga abaixo representada:
a. a altura mínima necessária; e
b. o diâmetro e o espaçamento dos estribos verticais necessários para os trechos I e II,
considerada a altura da viga definida no item a.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
Gk = 300 kN
gk = 50 kN/m
1m 4m
I II
20 cm
30 cm
Ex. 6.10: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos dos
estribos verticais necessários para os trechos I, II e III. A viga deverá ter a menor altura possível
(múltiplo de 5 cm) permitida pela ABNT NBR-6118.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 30°, estribos de dois ramos;
− bw = 20 cm;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
2m 4m 1m
Ex. 6.11: Considere que, para a estrutura indicada abaixo, as vigas V1 e V2, de seções
retangulares 15 cm x 60 cm, podem ser calculadas, cada uma delas, de uma forma simplificada,
como se fossem isoladas e bi-apoiadas. Considerando apenas os esforços de cisalhamento
atuantes na estrutura, pede-se:
a. dentre as duas vigas (V1 e V2), qual é a mais crítica em termos da resistência do
concreto;
b. a armadura vertical (cm2/m) necessária para a viga V1, na região do apoio
correspondente ao pilar P1 (trecho de 1 m compreendido entre o pilar P1 e a projeção
vertical do pilar P3); e
c. a armadura vertical (cm2/m) necessária para a viga V2, na região compreendida entre
os pilares P1 e P3.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio das vigas e pilares.
P1
V2 – 15 x 60
P2 P3 P4
dimensões em cm
Ex. 6.12: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos dos
estribos verticais necessários para os trechos I, II e III.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 30°, estribos de dois ramos;
− d = h – 7 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
A B
2m 7m 1m
2m 6m 2m
I II III
90
20
100 cm
100 30 50
15
15
30 cm 60
seção transversal - cm
Ex. 6.13: Determinar, para a estrutura abaixo indicada, o máximo valor que a carga
permanente uniformemente distribuída gk pode assumir, de tal forma que a viga, de seção
retangular vazada, não atinja o estado limite último relativo à força cortante. A viga terá estribos
verticais de quatro ramos constituídos por barras de 10 mm espaçadas de 12 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15);
− d = h – 6 cm;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk; e
− verificações para o modelo I e para o modelo II, θ = 30°.
gk
5m
100
face do pilar
20 20 20
dimensões em cm
A AA
90 650
30 30 30
Gk = 48 kN
gk = 20 kN/m
120 680
trecho I
dimensões em cm
Ex. 6.15: Determinar o máximo carregamento gk que a viga abaixo indicada pode suportar.
Nos trechos laterais AB e CD os estribos são espaçados a cada 10 cm, enquanto que no trecho
central BC o espaçamento é de 25 cm. Em todos os trechos da viga os estribos são verticais de
dois ramos, diâmetro 8 mm.
60
15 gk
65 15 30 B C
A 2m 2m 2m D
10
10 1 φ 8 mm @ 10 cm
35
1 φ 8 mm @ 25 cm
seção transversal
cm
1 φ 8 mm @ 10 cm
Ex. 6.16: Determinar a menor altura possível (múltiplo de 5 cm) para a viga abaixo
representada. Com esta altura definida e considerando que no trecho central (trecho III) a
armadura de cisalhamento será constituída por 1 φ 8 mm @ 25 cm (estribos verticais de 2 ramos),
determinar:
a. as distâncias correspondentes aos trechos II, III e IV; e
b. o espaçamento necessário para estribos verticais de 2 ramos do trecho V, mantido o
diâmetro de 8 mm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 37°;
− todas as cargas (valores característicos) atuando simultaneamente;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
20 kN/m
h = d + 5 cm
12 A B
I II III IV V
seção transversal
cm
Ex. 6.17: Sobre a viga AB, abaixo representada, corre um carrinho cujo peso total
corresponde a 400 kN. Desconsiderando o peso próprio desta viga e sabendo-se que o carrinho
corre a partir da posição 1 (posição limite), pede-se:
a. a menor altura (h) possível para a viga (adotar valor múltiplo de 5 cm); e
b. a armadura vertical (cm2/m) necessária para resistir aos esforços de cisalhamento na
região próxima ao apoio A.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− para a definição da armadura de cisalhamento próxima ao apoio A, verificar apenas as
posições 1 e 2. Indicar, ao final dos cálculos, qual a posição do carrinho que definiu a
armadura de cisalhamento.
h
1,0 m
A B
7,6 m 20 cm
posição 1
eixo do pilar
(limite do carrinho)
(apoio da viga)
0,7 m
posição 2
1,2 m
10 kN/m
Ex. 6.19: Determinar o máximo valor da carga Gk (valor característico) que a viga abaixo
representada pode suportar. No trecho I os estribos são de 8 mm espaçados de 30 cm, ao passo
que no trecho II os estribos, de mesmo diâmetro, estão posicionados a cada 10 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− h = 60 cm;
− d = 55 cm;
− bw = 20 cm;
− todas as cargas (valores característicos) atuando simultaneamente;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
I II III
Ex. 6.20: A viga da figura abaixo representada deve transferir a carga do pilar que nasce na
ponta do balanço para as fundações (apoios A e B). Nestas condições, pede-se:
a. a menor altura h possível para a viga (utilizar valor múltiplo de 5 cm);
b. o diâmetro e os espaçamentos necessários para os estribos do trecho I e do trecho II,
para a altura estabelecida no item a.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
Gk = 400 kN
gk = 20 kN/m
4m 1m
I II
30 cm
20 cm 20 cm
2006 6-56 ufpr/tc405
Ex. 6.21: Para a viga abaixo representada, pede-se:
a. o menor valor possível (múltiplo de 5 cm) para a base da viga;
b. a definição dos trechos I, II e III (valores de x, y e z), de tal forma que o trecho II tenha
a menor taxa de armadura transversal possível, considerando o bw estabelecido no
item a; e
c. o espaçamento dos estribos no trecho I, considerando o bw estabelecido no item a.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos, diâmetro 10 mm;
− h = 100 cm;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
G2k = 200 kN
G1k = 100 kN G1k = 100 kN
gk = 80 kN/m
A B
1m 4m 4m 1m
100 cm
30 cm
Ex. 6.22: Definir, para a viga abaixo representada, o máximo carregamento permanente gk
(valor característico) possível. No trecho I os estribos são de 8 mm espaçados de 10 cm, ao passo
que no trecho II os estribos, de mesmo diâmetro, estão posicionados a cada 30 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
2006 6-57 ufpr/tc405
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 30°, estribos verticais de 2 ramos;
− d = h - 6 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
3gk 40
gk
12
20
48
A B
I II I 10
3m 3m 3m 30
seção transversal
cm
20 cm
Ex. 6.23: A viga ABC indicada na figura abaixo tem altura constante por trechos. No trecho
AB, a altura é de 60 cm, enquanto que no trecho BC a altura é de 40 cm. Para esta viga, pede-se:
a. o máximo valor da carga concentrada Gk (valor característico) que a viga pode
suportar; e
b. a armadura transversal (cm2/m) necessária no trecho AB.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− bw = 20 cm;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e C;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e C);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
40 cm
60 cm
A B C
2,3 m 2,3 m
20 cm 20 cm
gk = 30 kN/m
85
A B
II
8m 2m 2m
25
seção transversal
cm
Ex. 6.25: Determinar, para a viga abaixo representada, qual o máximo valor que a carga
acidental qk (valor característico) pode assumir. No trecho I os estribos são de 8 mm espaçados
de 10 cm, ao passo que no trecho II os estribos, de mesmo diâmetro, estão posicionados a cada
25 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
gk = 15 kN/m 20
48
A B
I II 10
1,4 m 5,6 m 30
seção transversal
cm
20 cm
V1 L1 V2
20 x 60 20 x 40
A B
60 380 100
20 20 dimensões em cm 20 20
Ex. 6.27: Determinar o máximo valor da carga Qk que a viga abaixo indicada pode suportar.
Nos trechos próximos aos apoios os estribos são espaçados de 10 cm, enquanto que no trecho
central o espaçamento é de 25 cm. Em todos os trechos da viga os estribos são verticais de
quatro ramos, diâmetro 8 mm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (10 cm entre o eixo e a face);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− a carga distribuída corresponde ao peso próprio da viga (peso específico igual a
25 kN/m3).
gk = peso próprio
2m 2m 2m
A B
1 φ 8 mm @ 10 cm
1 φ 8 mm @ 25 cm 160
20
1 φ 8 mm @ 10 cm
70
20
20 60 20
seção transversal - cm
Ex. 6.28: Determinara, para a viga abaixo representada, o máximo valor do vão l.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = 90 cm
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
90
gk = 50 kN/m 20
A B 30
100 50
15
1m l-2m 1m
15
l 60
seção transversal
cm
100 cm
30 cm
2m 6m 2m
15
3,5 m 3m 3,5 m seção transversal
cm
I II III
80 cm
20 cm
Ex. 6.30: A viga ABCD da estrutura abaixo representada receberá a carga de n pavimentos.
Cada pavimento transmite uma carga Pd,i = 400 kN (valor de cálculo) a cada uma das colunas
verticais. O carregamento total que chega aos pontos B e C da viga é a soma das cargas de todos
os pavimentos. Pede-se:
a. o número máximo de pavimentos (n) que a viga ABCD é capaz de suportar; e
b. a armadura transversal (cm2/m) no trecho AB da referida viga.
Dados:
− concreto: C30; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais;
− altura útil (d) igual a altura total (h) menos 10 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares (apoios A e D);
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga; e
− Pd,i (valor de cálculo) leva em consideração os coeficientes de segurança relativos às
combinações de ações (carga permanente e carga acidental).
concreto
aço
a) b) c)
1
A ABNT NBR 6118, item 8.3.2, define o coeficiente de conformação superficial da ABNT NBR 7480 como sendo ηb.
As barras nervuradas são, também, referidas como de alta aderência.
2006 7-1 ufpr/tc405
τb,x
φ
Rs
As = πφ2/4
x u = πφ
dx tensões tangenciais de aderência
dx
má aderência 30 cm má aderência
h < 60 cm
boa aderência 30 cm h ≥ 60 cm
boa aderência
má aderência
h > 30 cm
boa aderência
boa aderência
Sendo fckj ≥ 7MPa, as expressões da Equação 7.5 podem também ser usadas para idades
diferentes de 28 dias.
Combinando a Equação 7.4 e a Equação 7.5, tem-se:
fctk,inf = 0,7 fct,m = 0,7 × 0,3 3 fck
2 2
= 0,21 3 fck
fctk ,inf 0,21 3 f ck2
f ctd = =
γc γc
0,21 3 f 2
fbd = η1 η 2 η 3 f ctd = η1 η 2 η 3
ck
γ
c
0,21η1 η 2 η 3 3 2
fbd = f ck
f ck em MPa Equação 7.6
γc
Os valores de γc estão mostrados na Tabela [3.7] e para o ELU valem:
1,40 combinaçõe s normais
γ c = 1,20 combinaçõe s especiais ou de construção
1,20 combinaçõe s excepcionais
Exemplo 7.1: Determinar o valor de fbd para a região superior de uma viga de concreto armado
que terá 70 cm da altura.
Considerar:
– concreto: C25;
– barra nervurada: φ 40 mm; e
– combinação normal de carregamento - ELU.
Solução: O valor de fbd é determinado pela Equação 7.6. Para η1 deverá ser usado o valor
2,25 que corresponde a barra nervurada; para η2 deverá ser usado o valor 0,7
que corresponde a situação de má aderência, região superior de viga de 70 cm
(ver Figura 7.6); para η3 deverá ser usado o valor 0,92 que corresponde a barra
de diâmetro 40 mm; e para γc deverá ser usado o valor 1,4 que corresponde a
combinação de normal de carregamento - ELU.
a. Dados
f ck = 25 MPa C25
η1 = 2,25 barra nervurada
η 2 = 0,70 situação de má aderência
Os valores de fbd para situações de boa aderência e barras com diâmetro igual ou menor
que 32 mm estão mostrados na Tabela 7.2.
fbd
φ ≤ 32 mm (boa aderência) γc = 1,40
barras
concreto
lisas entalhadas nervuradas
C20 1,11 MPa 1,55 MPa 2,49 MPa
C25 1,28 MPa 1,80 MPa 2,89 MPa
C30 1,45 MPa 2,03 MPa 3,26 MPa
C35 1,60 MPa 2,25 MPa 3,61 MPa
C40 1,75 MPa 2,46 MPa 3,95 MPa
C45 1,90 MPa 2,66 MPa 4,27 MPa
C50 2,04 MPa 2,85 MPa 4,58 MPa
Tabela 7.2 - Valores de fbd1
No caso particular em que a tensão normal σs corresponde ao valor limite de cálculo fyd,
tem-se:
φ f yd
lb = ⋅ Equação 7.8
4 fbd
A ABNT NBR 6118, item 9.4.2.4, define o valor de lb da Equação 7.8 como sendo o
comprimento de ancoragem básico, necessário para ancorar a força limite As fyd, atuante na
barra, admitindo, ao longo desse comprimento, resistência de aderência uniforme e igual a fbd.
Deve ser observado que o valor do comprimento de ancoragem necessário (lb,nec da
Equação 7.7) será sempre menor ou igual ao comprimento de ancoragem básico (lb da
Equação 7.8) pois σs ≤ fyd.
ABNT NBR 6118:
“9.4.2.4 Comprimento de ancoragem básico
Define-se comprimento de ancoragem básico como o comprimento reto de uma barra
de armadura passiva necessário para ancorar a força limite As fyd nessa barra,
admitindo, ao longo desse comprimento, resistência de aderência uniforme e igual a
fbd, conforme item 9.3.2.1.”
1
Para situação de má aderência, multiplicar os valores da tabela por 0,7.
2006 7-6 ufpr/tc405
O comprimento de ancoragem básico é dado por:
φ fyd
lb = ⋅
4 fbd
9.4.2.5 Comprimento de ancoragem necessário
O comprimento de ancoragem necessário pode ser calculado por:
A s,cal
l b,nec = α l b ≥ l b,min
A s,ef
sendo:
α=
1,0 para barras sem gancho;
α=
0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal
ao do gancho ≥ 3φ;
α = 0,7 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2;
α = 0,5 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2 e
gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho ≥ 3φ;
lb calculado conforme 9.4.2.4;
lb,min o maior valor entre 0,3lb, 10φ e 100 mm
Permite-se, em casos especiais, considerar outros fatores redutores do comprimento
de ancoragem necessário.“
Deve ser observado que a apresentação do comprimento de ancoragem necessário
apresentado pelo item 9.4.2.5 da ABNT NBR 6118, aparentemente, difere do estabelecido pela
Equação 7.7. No entanto, os dois modos de apresentação são equivalentes, como demonstrado a
seguir.
A Equação 7.7 decorre da Figura 7.3 onde é mostrado que:
R R
σ s = sd = sd
As A s,ef
onde As representa a área da seção transversal efetiva (As,ef) da barra tracionada pela força Rsd.
Desta forma, a Equação 7.7 pode ser escrita
φ σ φ 1 R sd
l b,nec = ⋅ s = ⋅ ⋅
4 fbd 4 fbd A s,ef
Como uma força pode ser sempre representada pelo produto de uma área por uma tensão,
para a força Rsd vale:
R sd = A s,cal × fyd
onde As,cal representa a área a ser calculada (As,cal ≤ As,ef), para que a tensão σs atuante na barra
tracionada pela força Rsd resulte igual a fyd. Desta forma, tem-se:
φ 1 R sd φ 1 A s,cal × fyd
l b,nec = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅
4 fbd A s,ef 4 fbd A s,ef
ou ainda:
φ f yd A s,cal A s,cal
l b,nec = ⋅ ⋅ = lb Equação 7.9
4 fbd A s,ef A s,ef
A Equação 7.9 é, portanto, a mesma apresentada pela ABNT NBR 6118, item 9.4.2.5, a
menos do fator α.
Desta forma, o valor de lb,nec pode ser calculado por:
0,3 l b
A s,cal
l b,nec = α lb ≥ max 10 φ Equação 7.10
A s,ef
10 cm
Os valores de lb para CA-50, situações de boa aderência e barras com diâmetro igual ou
menor que 32 mm estão mostrados na Tabela 7.3.
D φ D φ D φ
a) b) c)
1
Para situação de má aderência, dividir os valores da tabela por 0,7.
2006 7-9 ufpr/tc405
V2 V2
≥ 3φ
V1 V1
≥ 5φ ≥ 5φ
lb,nec lb,nec
φ φ
≥ 5φ ≥ 5φ
lb,nec lb,nec
início da ancoragem
lb,nec lb
σs
fyd
Deve ser observado na Figura 7.10 que a tensão normal na barra σs só pode atingir o valor
máximo fyd se houver espaço suficiente para ancoragem com o desenvolvimento do comprimento
de ancoragem básico lb (lado direito do diagrama). Quando o espaço necessário para a
ancoragem da barra é restrito (lado esquerdo do diagrama), onde somente o comprimento de
ancoragem necessário lb,nec pode ser desenvolvido, a tensão normal σs é menor que fyd.
Se as ordenadas mostradas no diagrama de tensões da Figura 7.10 forem multiplicas por As
(área da seção transversal da barra) chega-se ao diagrama de força resistente Rsd1, como
mostrado na Figura 7.11 (trocou-se tensão por força).
As
início da ancoragem
lb,nec lb
Rsd = As σs
Rsd = As fyd
1
A força resistente Rsd é a mesma força mostrada na Figura [5.14] e na Figura 7.3.
2006 7-11 ufpr/tc405
Exemplo 7.3: Determinar o diagrama de força resistente de cálculo Rsd para as armaduras
negativas (tracionadas) da viga abaixo indicada.
Considerar:
– concreto: C20;
– barra nervurada: CA-50;
– combinação normal de carregamento - ELU; e
– σs = fyd (máximo aproveitamento das barras).
N1 φ 12,5 – 280 cm
N2
2N2 φ 16 – 510 cm
N1
2N3 φ 16 – 620 cm - 2ª cam
A
A N3
Corte AA
Solução: O valor de lb deverá ser determinado para cada barra usando a Equação 7.8, com
fbd definido pela Equação 7.6. Para η1 deverá ser usado o valor 2,25 que
corresponde a barra nervurada; para η2 deverá ser usado o valor 0,7 que
corresponde a situação de má aderência, região superior de vigas (ver Figura 7.6);
para η3 deverá ser usado o valor 1,0 que corresponde a barras de diâmetro menor
que 40 mm; para γc deverá ser usado o valor 1,4 que corresponde a combinações
normal de carregamento - ELU; e para γs deverá ser usado o valor 1,15 que
corresponde a combinações normal de carregamento - ELU. Os diagramas
individuais Rsd (N1, N2 e N3) são obtidos de módulo análogo ao apresentado na
Figura 7.11 usando somente valores lb na horizontal e As fyd na vertical. Por se
tratar de armadura negativa, os valores das forças deverão ser posicionados "para
cima", contrário ao apresentado na Figura 7.11 que corresponde a armaduras
positivas ("para baixo"). O diagrama final Rsd corresponde à somatória dos
diagramas individuais.
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
f ck = 20 MPa = 2 kN/cm 2 C20
f yk = 500 MPa = 50,0 kN/cm 2 CA50
η1 = 2,25 barra nervurada
η 2 = 0,70 situação de má aderência
η 3 = 1,00 φ < 40 mm
γ c = 1,40 ELU - combinação normal
γ s = 1,15 ELU - combinação normal
f yk 500
f yd = = = 435 MPa = 43,5 kN/cm 2
γs 1,15
b. fbd
0,21η1 η 2 η 3 3 2
fbd = f ck
f ck em MPa
γ c
0,21× 2,25 × 0,7 × 1,0 3
fbd = 20 2 = 1,74 MPa = 0,174 kN/cm 2
1,4
80 cm
100 cm
e. Diagrama Rsd
N1 1 x 53,5 = 53,5 kN
80 cm
100 cm
403,1 kN 100 cm
349,6 kN
174,8 kN
Rsd
0 kN
As
Rsd
bw εs
∆l
esforços resistentes solicitação de
de cálculo cálculo
1
Esta Figura corresponde à Figura [5.14] do Capítulo [5].
2006 7-14 ufpr/tc405
MRd1 = R sd z = R sd (β z d) = (A s σ s )(β z d)
MRd1 = A s σs βz d Equação 7.13
Admitindo que εyd ≤ εs ≤ 10‰1, do diagrama tensão-deformação do aço (Figura [4.5])
pode-se estabelecer:
σ s = f yd
z 1 A s f yd
βz = = 1 − ⋅ ⋅
Equação 7.14
d 1,7 b w d f cd
MRd1 = A s fyd β z d Equação 7.15
A Equação 7.13 corresponde ao momento fletor resistente de cálculo para barras ancoradas
com lb,nec (σs < fyd) e a Equação 7.15 corresponde ao momento fletor resistente de cálculo para
barras ancoradas com lb (σs = fyd). Observar, também, que a Equação 7.13 e a Equação 7.15
estão contidas na Equação [5.18] usada para a determinação de armadura longitudinal de vigas
de seção retangular sem armadura de compressão.
O diagrama de momento fletor resistente MRd1 de uma barra, definido pela Equação 7.13 e
pela Equação 7.15, é análogo ao diagrama da Figura 7.11, com ordenada As σs βz d para
ancoragem lb,nec (σs < fyd) e ordenada As fyd βz d para ancoragem lb (σs = fyd), como mostrado na
Figura 7.13. De modo simplificado pode-se dizer que o digrama de momento fletor resistente MRd1
é obtido do diagrama Rsd multiplicando suas ordenadas pelo braço de alavanca z (βz d).
d
As
início da ancoragem
lb,nec lb
MRd1 = Rsd z =
MRd1 = Rsd z =
As σs βz d
As fyd βz d
1
Esta condição para εs corresponde aos domínios 2 e 3 da Figura [5.4]. Corresponde, também, às vigas subarmadas
(dúteis, se βx observar os limites estabelecidos pela Equação [5.3]).
2006 7-15 ufpr/tc405
A B
N3 N3
A B AA N2 BB
N1 φ 16 – 350 cm
210
2N2 φ 16 – 750 cm
2N3 φ 16 – 880 cm
Solução: O valor de lb deverá ser determinado para cada barra usando a Equação 7.8, com
fbd definido pela Equação 7.6. Para η1 deverá ser usado o valor 2,25 que
corresponde a barra nervurada; para η2 deverá ser usado o valor 1,0 que
corresponde a situação de boa aderência, região inferior de vigas (ver Figura 7.6);
para η3 deverá ser usado o valor 1,0 que corresponde a barras de diâmetro menor
que 40 mm; para γc deverá ser usado o valor 1,4 que corresponde a combinações
normal de carregamento - ELU; e para γs deverá ser usado o valor 1,15 que
corresponde a combinações normal de carregamento - ELU. O diagrama MRd1 é
obtido de módulo análogo ao diagrama Rsd do Exemplo 7.3, com o uso da
Equação 7.15 para determinação dos valores dos momentos resistentes de
cálculo. Por se tratar de armadura positiva, os valores dos momentos deverão ser
posicionados "para baixo", como apresentado na Figura 7.13.
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
f ck = 25 MPa = 2,5 kN/cm 2 C20
f yk = 500 MPa = 50,0 kN/cm 2 CA50
η1 = 2,25 barra nervurada
η 2 = 1,00 situação de boa aderência
η 3 = 1,00 φ < 40 mm
γ c = 1,40 ELU - combinação normal
γ s = 1,15 ELU - combinação normal
b w = 20 cm largura da viga
d = 50 cm altura útil da viga
φ = 16 mm = 1,6 cm diâmetro da barra
f ck 25
f cd = = = 17,9 MPa = 1,79 kN/cm 2
γ c 1,4
f yk 500
f yd = = = 435 MPa = 43,5 kN/cm 2
γ s 1,15
b. fbd
0,21η1 η 2 η 3 3 2
fbd = f ck
f ck em MPa
γ c
0,21× 2,25 × 1,0 × 1,0 3
fbd = 25 2 = 2,89 MPa = 0,289 kN/cm 2
1,4
A s,max = 10,05 cm 2 5 φ 16
1 10,05 43,5
βz = 1− ⋅ ⋅ = 0,856
1,7 20 × 50 1,79
β z = 0,856
e. Diagrama MRd1 para uma barra de 16 mm 37 kNm
πφ 2 π 1,6 2
As = = = 2,01 cm 2
4 4
MRd1 = A s f yd β z d = 2,01× 43,5 × 0,856 × 50 60 cm
Existindo barras com bitolas diferentes, para cada uma delas deverá ser
desenvolvido o diagrama MRd1.
f. Diagrama MRd1
N1 1 x 37 = 37 kNm
60 cm
2N2 2 x 37 = 74 kNm
60 cm
2N3 2 x 37 = 74 kNm
60 cm
0 kNm
74 kNm
MRd1
148 kNm
185 kNm
g. Condição de segurança
MSd,desl
MRd1
barra n – diâmetro φ
início da ancoragem
lb lb
barra n
MRd1 final da ancoragem
barra n barra n + 1
MSd
≥ 10 φ ≥ 10 φ
MSd,desl
al
≥ 10 φ ≥ 10 φ
barra m + 2
barra m + 1
barra m
≥ 10 φ
lb
lb
barra m – diâmetro φ
barra m + 1 – diâmetro φ
Exemplo 7.5: Detalhar a armadura positiva da viga abaixo representada. A viga tem 15 cm de
base e 50 cm de altura.
Dados:
– concreto: C20; e
– barra nervurada: CA-50.
Considerar:
– somente solicitações normais;
2006 7-19 ufpr/tc405
– viga de seção retangular, sem armadura de compressão e simplesmente
tttttttapoiada nos pilares;
- pilares com 20 cm de largura;
– estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4,
tttttttγq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15);
- al = d;
– armadura transversal (estribos): 6,3 mm;
– cobrimento nominal: 3 cm; e
– dimensão máxima do agregado: 12,5 mm.
Obs.:
– peso próprio da viga incluído na carga gk.
gk = 30 kN/m
Esc.: 1:0,667
47,25 kNm
- -
84,00 kNm
b. Dados
f ck = 20 MPa C20
γ c = 1,40 ELU - combinação normal
f ck 20
f cd = = = 14,3 MPa = 1,43 kN/cm 2
γ c 1,4
η1 = 2,25 barra nervurada
η 2 = 1,00 situação de boa aderência
η 3 = 1,00 φ < 40 mm
0,21η1 η 2 η 3 3 2
fbd = f ck
f ck em MPa
γc
2006 7-20 ufpr/tc405
0,21× 2,25 × 1,0 × 1,0 3
fbd = 20 2 = 2,49 MPa = 0,249 kN/cm 2
1,4
fyk = 500 MPa CA50
γ s = 1,15 ELU - combinação normal
f yk 500
f yd = = = 435 MPa = 43,5 kN/cm 2
γs 1,15
φ f yd
lb = ⋅
4 fbd
φ 43,5
lb = ⋅ = 44 φ
4 0,249
b w = 15 cm
h = 50 cm
d = 50 - 6 = 44 cm (assumido)
c nom = 3 cm
φ t = 6,3 mm = 0,63 cm
dmax = 12,5 mm = 1,25 cm
1,43
0,035 × × 15 × 50 = 0,86 cm 2
A s,min = max 43,5 = 1,13 cm 2
2
0,0015 × 15 × 50 = 1,13 cm
A s,max = 0,04 × 15 × 50 = 30,0 cm 2
MSd = 84 kNm = 8400 kNcm
MRd1,lim = 0,272 × 15 × 44 2 × 1,43 = 11295 kNcm
M Sd < MRd1,lim ⇒ não há necessidad e de armadura de compressão
{ 123
8 400 kNcm 11295 kNcm
1 5,25 43,5
βz = 1− × × = 0,860 OK
1,7 15 × 44 ,81 1,43
MRd1 = A s f yd β z d
MRd1 = 5,25 × 43,5 × 0,860 × 44,81 = 8 801kNcm > 8 786 kNcm (imprecisão de tabela)
A diferença dos valores de MRd1, calculados como funções de βc (8 786 kNcm) e de βz
(8 801 kNcm), é devida à imprecisão de tabela. Para βx igual a 0,349412 (valor mais exato),
βc corresponderia a 0,204392 e βz seria igual a 0,860234. O valor de MRd1, função de βc,
0,204392 x 15 x 44,812 x 1,43 resultaria igual a 8803 kNcm e o valor de MRd1, função de βz,
5,25 x 43,5 x 0,860235 x 44,81 corresponderia a 8803 kNcm. Esta imprecisão de tabela
será ignorada na seqüência da resolução deste Exemplo.
g. Determinação dos comprimentos de ancoragem
l b,φ10mm = 44 × 10 = 440 mm = 44 cm
l b,φ12,5mm = 44 × 12,5 = 550 mm = 55 cm
h. Diagrama MSd,desl
MSd,desl
84,00 kNm
φ 12,5 mm
φ 12,5 mm
62 kNm
φ 12,5 mm
φ 10 mm 84 kNm
88 kNm
φ 10 mm
3 3
2 2
1 1
62 kNm
φ 12,5 mm
2 2
0 84 kNm 0
1 88 kNm 1
φ 10 mm
0 0
lb = 44 cm 44 cm
k. Paralelismo de ancoragem
3 3
2 2
≥ 10 φ
1 ≥ 10 φ 1
φ 12,5 mm
2 2
0 paralelas 0
1 paralelas 1
φ 10 mm
0 0
lb = 44 cm 44 cm
2 φ 10 mm - 310 cm
3 3
2 paralelas 2
1 1
paralelas
φ 12,5 mm
2 2
0 0
1 paralelas 1
φ 10 mm
0 0
lb = 44 cm 44 cm
2 φ 10 mm – 310 cm
1 φ 12,5 mm – 400 cm
2 φ 12,5 mm – 510 cm
Obs.:
Todas as pontas das barras estão afastadas de uma distância maior ou igual a 10 φ
do diagrama MSd,desl.
O paralelismo de ancoragem existente do lado direito é simétrico em relação ao lado
esquerdo.
m. Detalhamento da armadura longitudinal positiva
40 cm
15 cm
2 N1 - φ 10 mm - 310 cm - 2ª cam.
1 N2 - φ 12,5 mm - 400 cm
2 N3 - φ 12,5 mm - 510 cm
MSd,desl
MRd1
7.9.2 Balanços
Para os trechos de vigas em balanços, o detalhamento da ancoragem reta requer alguns
cuidados especiais. Pela Figura 7.15
pode ser observado que, pelo
MSd,desl
detalhamento apresentado em 7.9.1,
parte da armadura reta ancorada
lb ficaria situada fora da viga.
MRd1
∆lb
φ ≥10 φ d
gk = 30 kN/m
Esc.: 1:0,667
1,5 m 5,0 m 1,5 m
47,25 kNm
- -
84,00 kNm
b. Dados
f ck = 20 MPa C20
γ c = 1,40 ELU - combinação normal
f ck 20
f cd = = = 14,3 MPa = 1,43 kN/cm 2
γ c 1,4
η1 = 2,25 barra nervurada
η2 = 0,70 situação de má aderência
η 3 = 1,00 φ < 40 mm
0,21η1 η 2 η 3 3 2
fbd = f ck
f ck em MPa
γ c
0,21× 2,25 × 0,7 × 1,0 3 2 2
fbd = 20 = 1,74 MPa = 0,174 kN/cm
1,4
fyk = 500 MPa CA50
γ s = 1,15 ELU - combinação normal
f yk 500
f yd = = = 435 MPa = 43,5 kN/cm 2
γs 1,15
φ f yd
lb = ⋅
4 fbd
φ 43,5
lb = × = 63 φ
4 0,174
b w = 15 cm
h = 50 cm
d = 50 - 6 = 44 cm (assumido)
c nom = 3 cm
φ t = 6,3 mm = 0,63 cm
dmax = 12,5 mm = 1,25 cm
1,43
0,035 × × 15 × 50 = 0,86 cm 2
A s,min = max 43,5 = 1,13 cm 2
2
0,0015 × 15 × 50 = 1,13 cm
A s,max = 0,04 × 15 × 50 = 30,0 cm2
π × 1,02
4 φ10 = 4 × = 3,14 cm2 (2 camadas)
4
A s,cal = 2,66 cm2
A s,ef = 3,14 cm2
d. Verificação de ah e av ah 3 cm
a v = 2,00 cm
15 − (2 × 3,0 + 2 × 0,63 + 2 × 1,0 )
ah = = 5,74 cm
2 −1
2 cm
2 cm
a v ≥ max φ l = 1,25 cm 2,0 cm
= OK 10 mm 6,3 mm
0,5 dmax = 0,5 × 1,25 = 0,63 cm
2 cm
a h ≥ max φ l = 1,25 cm = 2,0 cm OK
15 cm
1,2 dmax = 1,2 × 1,25 = 1,50 cm
e. Verificação de d
π × 1,0 2 1,0 π × 1,0 2 1,0
2 × × + 2 ×
× 1,0 + 2,0 +
4 2 4 2
y cg = = 2,00 cm
π × 1,0 2
4 ×
4
(
d = h − y cg + φ t + c nom ) ycg cnom
d = 50 − (2,00 + 0,63 + 3,0 ) = 44,37 cm > 44 cm OK
d = 44,37 cm av
a l = d ≈ 45 cm cg
f. Determinação de MRd1
0,68 b w d fcd φl
βs = βx
A s fyd d φt
h
0,68 × 15 × 44,37 × 1,43
βs = βx
3,14 × 43,5
β x = 0,211β s
MSd,desl
84,00 kNm
55,3 kNm
φ 10 mm
47,25 kNm
55,3 kNm
4 φ 10 mm 4
47,25 kNm
3 3
2 2
1 1
K
0 0
4 4
paralelas
3 paralelas
3
2 2
paralelas ≥ 10 φ
1
1
0 K 0
2 N1 - φ 10 mm - 275 cm 2 N1 - φ 10 mm - 275 cm
20 255 255 20
2 N2 - φ 10 mm - 195 cm 2 N2 - φ 10 mm - 195 cm
2ª cam 2ª cam
60 cm 60 cm
cnom = 3 cm
Esc.: 1:66,7
Rsd
VSd
Rsd
lb,nec
RSd
hpil
hpil ≥ lb,nec + cnom
1
R de resultante (força resistente), s (minúsculo) de aço e d de "design" (projeto/cálculo).
2
R (maiúsculo) de força, S (maiúsculo) de solicitação e d de "design" (projeto/cálculo).
2006 7-34 ufpr/tc405
O item 9.4.2.5 da ABNT NBR 6118, estabelece, para lb,nec:
0,3 l b
l b,nec ≥ max 10 φ Equação 7.19
10 cm
Por outro lado, o item 18.3.2.4.1 da ABNT NBR 6118 define que os comprimentos de
ancoragem, em apoios extremos, devem ser iguais ou superiores a r + 5,5 φ ou 60 mm. Como o
limite de 60 mm (6 cm) é inferior a 100 mm (10 cm) e o maior diâmetro apresentado na Tabela 7.4
corresponde a 8 φ (raio 4 φ, r + 5,5 φ = 9,5 φ), a verificação da Equação 7.19 atende, por inteiro,
ao estabelecido em 18.3.2.4.1 da ABNT NBR 6118.
Lembrando que:
φ f yd
lb = ⋅
4 fbd
tem-se:
φ fyd
0,3 ×
1442f4 bd
3
lb
l b,nec ≥ max
Equação 7.20
10 φ
10 cm
Valores mínimos para lb,nec podem, então, serem tabelados, como mostrado a seguir.
lb,nec
γc = 1,40
CA-50 γs = 1,15
(boa aderência)
barras nervuradas
concreto
10 mm 12,5 mm 16 mm 20 mm 22 mm 25 mm 32 mm
C20 13 cm 16 cm 21 cm 26 cm 29 cm 33 cm 42 cm
C25 11 cm 14 cm 18 cm 23 cm 25 cm 28 cm 36 cm
C30 10 cm 13 cm 16 cm 20 cm 22 cm 25 cm 32 cm
C35 10 cm 13 cm 16 cm 20 cm 22 cm 25 cm 32 cm
C40 10 cm 13 cm 16 cm 20 cm 22 cm 25 cm 32 cm
C45 10 cm 13 cm 16 cm 20 cm 22 cm 25 cm 32 cm
C50 10 cm 13 cm 16 cm 20 cm 22 cm 25 cm 32 cm
Tabela 7.5 – Valores mínimos de lb,nec para ancoragem de apoio extremo
Somando-se aos valores apresentados na Tabela 7.5, o cobrimento nominal (cnom), têm-se
os valores mínimos para a dimensão do pilar (hpil).
A junção da Equação 7.18 com a Equação 7.20, permite:
Exemplo 7.7: Detalhar a armadura positiva da viga abaixo representada. A viga tem 20 cm de
base e 60 cm de altura.
Dados:
– concreto: C25; e
– barra nervurada: CA-50.
Considerar:
– somente solicitações normais;
– viga de seção retangular, sem armadura de compressão e simplesmente
tttttttapoiada nos pilares;
- pilares com 20 cm de largura;
– estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4,
tttttttγq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15);
– armadura transversal (estribos): 6,3 mm;
– cobrimento nominal: 3 cm; e
– dimensão máxima do agregado: 19 mm.
Obs.:
– peso próprio da viga incluído na carga gk.
gk = 20 kN/m
Esc.: 1:0,667
6,0 m
126 kNm
84 kN
b. Dados
fck = 25 MPa C25
fck
α v2 = 1 − f ck em MPa
250
25
α v2 = 1 − = 0,9
250
γ c = 1,40 ELU - combinação normal
f ck 25
f cd = = = 17,9 MPa = 1,79 kN/cm 2
γ c 1,4
η1 = 2,25 barra nervurada
η 2 = 1,00 situação de boa aderência
η 3 = 1,00 φ < 40 mm
0,21η1 η 2 η 3 3 2
fbd = f ck
f ck em MPa
γc
0,21× 2,25 × 1,0 × 1,0 3
fbd = 25 2 = 2,89 MPa = 0,289 kN/cm 2
1,4
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 25 2
fctd = = 1,28 MPa = 0,128 kN / cm2
1,4
fyk = 500 MPa CA50
d. Valor de al
Será admitido Modelo I, estribos verticais
Vc = 0,6 fctd bw d
Vc = 0,6 × 0,128× 20× 54 = 83kN
d VSd,max ≥ 0,5 d
al =
2 (VSd,max − Vc ) ≤ d
VSd,max = 84 kN (o correto seria VSd,face)
54 84
al = = 2 268 cm
2 (84 − 83 )
≥ 0,5 d = 0,5 × 54 = 27 cm
al ⇒ al = 54 cm
≤ d = 54 cm
a l = d = 54 cm
e. Determinação de lb
φ f yd
lb = ⋅
4 fbd
φ 43,5
lb = ⋅ = 38 φ
4 0,289
f. Armadura longitudinal
1,43
0,035 × × 20 × 60 = 1,73 cm2
A s,min = max 43,5 = 1,80 cm2
2
0,0015 × 20 × 60 = 1,80 cm
A s,max = 0,04 × 20 × 60 = 48,0 cm2
MSd = 126 kNm = 12 600 kNcm
MRd1,lim = 0,272 × 20 × 54 2 × 1,79 = 28 395 kNcm
MSd < MRd1,lim ⇒ não há necessidade de armadura de compressão
{ 123
12 600 kNcm 28 395 kNcm
π × 1,25 2
5 φ12,5 = 5 × = 6,14 cm 2 (2 camadas)
4
A s,cal = 5,81cm 2
A s,ef = 6,14 cm 2
g. Verificação de ah e av 15 cm
a v = 2,00 cm
20 − (2 × 3,0 + 2 × 0,63 + 3 × 1,25 )
ah = = 4,5 cm
3 −1
12,5 mm 6,3 mm
2 cm
=
a v ≥ max φ l = 1,25 cm 2,0 cm OK 2 cm
0,5 dmax = 0,5 × 1,9 = 0,95 cm
2 cm 3 cm
a h ≥ max φ l = 1,25 cm 2,3 cm
= OK
1,2 dmax = 1,2 × 1,9 = 2,3 cm
ah
h. Verificação de d
π × 1,25 2 1,25 π × 1,25 2 1,25
3 × ×
+ 2 × × 1,25 + 2,0 +
4 2 4 2
y cg =
π × 1,25 2 π × 1,25 2
3 × + 2 ×
4 4
1,25 1,25
3 × + 2 × 1,25 + 2,0 + h
2 2 d
y cg = = 1,93 cm
(3 + 2) φl
(
d = h − y cg + φ t + c nom ) av
d = 60 − (1,93 + 0,63 + 3,0 ) = 54,44 cm > 54 cm OK
cg cnom
d = 54,44 cm
i. Determinação de MRd1
0,68 b w d fcd
βs = βx ycg φt
A f
s yd
0,68 × 20 × 54,44 × 1,79
βs = × βx
6,14 × 43,5
β s = 4,962 β x
β x = 0,202 β s
β c = 0,126
β x = 0,202 ⇒ ⇒ β z = 0,919
123
tabela β = 1,000 OK
s
MRd1 = βc b w d2 fcd
MRd1 = 0,126 × 20 × 54,44 2 × 1,79 = 13 369 kNcm > 12 600 kNcm
14 4244 3
MSd
1 6,14 43,5
βz = 1− × × = 0,919 OK
1,7 20 × 54,44 1,79
MRd1 = A s f yd β z d
MRd1 = 6,14 × 43,5 × 0,919 × 54,44 = 13 363 kNcm ≈ 13 369 kNcm OK
j. Determinação dos comprimentos de ancoragem
l b,φ12,5mm = 38 × 12,5 = 475 mm = 48 cm
k. Ancoragem de apoio extremo
hpil = 20 cm
c nom = 3 cm
l b,nec ≤ 20 − 3 = 17 cm
φ fyd
0,3 ×
4 f
1424 3
bd
lb
φ 1 a
l b,nec = × × l VSd ≥ max
A s,ef 4 fbd d
10 φ
10 cm
a l VSd
A s,ef ≥ ×
d fyd
A Tabela 7.5 mostra que somente barras de 10 mm e 12,5 mm podem ser usadas
como ancoragem de apoio extremo (lb,nec ≤ 17 cm). A escolha de barras de 12,5 mm para o
máximo momento fletor positivo se mostrou correta.
d 84
A s,ef ≥ × = 1,93 cm 2 (mínimo de 2 barras de 12,5 chegando ao apoio ⇒ 2,45 cm2)
d 43,5
1,25 1 d
17 ≥ × × × 84 ⇒ A s,ef ≥ 5,34 cm 2 (5 barras de 12,5 mm igual a 6,14 cm2)
A s,ef 4 × 0,289 d
Pelos cálculos referentes à ancoragem de apoio extremo, são necessárias 5 barras
de 12,5 mm além da face do apoio da viga. Isto significa que todas as barras (5) definidas
para o máximo momento fletor positivo deverão ser estendidas até os apoios.
Verificações:
1,25 1 d
l b,nec = × × × 84 = 14,8 cm < 17 cm OK
6,14 4 × 0,289 d
0,3 φ fyd 0,3 × 1,25 43,5
× = × = 14,1cm
4 fbd 4 0,289
l b,nec ≥ max = 14,1cm OK
10 φ = 10 × 1,25 = 12,5 cm
10 cm
face interna
do pilar
126 kNm
MSd
MSd,desl
126 kNm
134 kNm
φ 12,5 mm
n. Leque de ancoragem
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
126 kNm
134 kNm
φ 12,5 mm
0 0
lb = 48 cm Esc. hor.: 1:66,7 lb = 48 cm
Esc. ver.: 1:20
5 5
4 4
3 3
h ≥ 60 cm paralelas
2 2
φ 12,5 mm
1 1
0 0
lb = 48 cm Esc. hor.: 1:66,7 lb = 48 cm
Esc. ver.: 1:20
5 φ 12,5 mm – 614 cm
armadura superior
(porta-estribo) não
detalhada
cnom = 3 cm
5 N1 - φ 12,5 mm - 614 cm
Esc.: 1:66,7
q. Verificação
De acordo com o item 18.3.2.4-c da ABNT NBR 6118, pelo menos 33% da armadura
positiva deve ser estendida aos apoios extremos. Como todas as barras chegam ao apoio,
o item da Norma está verificado.
MSd
MSd,desl
MRd1
lb,nec
RSd
hpil
hpil ≥ lb,nec + cnom
∆x
forças aplicadas no concreto
forças aplicadas na barra
σb,traç
a) b) c)
≥3φ ≥3φ
φ φ
≥3φ
a) b) c)
Asw,b
sb
As
Rs = As x fyd
lb
∑Aswx,b – Armadura de
costura do plano Y e
paralelos
5 barra passante
1 2 3 4
barra ancorada
6
Plano de
fendilhamento X
(barras 1, 2 ,3 e 4)
Plano de
fendilhamento Y
(barras 5 e 6)
onde:
− Aswy,b corresponde a área da seção transversal de uma barra vertical e sua somatória
abrange todas as barras colocadas ao longo do comprimento de ancoragem lb (na
Figura 7.26 são mostradas apenas quatro destas barras); e
− As corresponde a área da seção transversal de uma das barras ancoradas e sua
somatória abrange todas as barras que compõem o plano de fendilhamento X (barras
1, 2, 3 e 4 da Figura 7.26).
Para as barras verticais (Axwx,b), a equivalência de forças longitudinais e transversais resulta:
onde:
− Aswx,b corresponde a área da seção transversal de uma barra horizontal e sua
somatória abrange todas as barras colocadas ao longo do comprimento de ancoragem
lb (na Figura 7.26 são mostradas apenas duas destas barras); e
− As corresponde a área da seção transversal de uma das barras ancoradas e sua
somatória abrange todas as barras que compõem o plano de fendilhamento Y (barras
5 e 6 da Figura 7.26).
h d ≥ lb,nec
h0
h d ≥ lb,nec
70 cm
65,5 kN
56 cm
70 cm
φt φt φt
5 φ t 10 φ t
a≥ b≥
5 cm 7 cm
7.15 Exercícios
Ex. 7.1: Complete o quadro abaixo considerando ELU. Forneça os valores de lb na forma
nφ, sendo n um número inteiro e φ o diâmetro da barra a ser ancorada.
Aço Concreto fbd (MPa) lb(boa ader.) lb(má ader.)
CA-25 C20
CA-50 C25
CA-50 C30
CA-60 C35
CA-60 C40
Ex. 7.2: Determinar os comprimentos das barras necessárias para resistir o momento fletor
solicitante de cálculo (negativo) do apoio B da viga abaixo representada. Detalhar a armadura
usando barras de 16 mm.
Dados:
− concreto: C20; e
− barras nervuradas: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais;
− viga de seção retangular, simplesmente apoiada nos pilares;
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− d = 60 cm;
− bw = 18 cm; e
− al = d.
Escalas:
− vãos: 1 cm = 50 cm (1:50); e
− momentos: 1 cm = 20 kNm (1:20).
1,8 m 2,1 m
Gk = 60 kN
50 cm
290 cm 290 cm 90 cm
20 cm 20 cm
G1k = 60 kN
G2k = 30 kN
50 cm
A B
20 cm 20 cm
Ex. 7.5: Detalhar a armadura de flexão mais econômica (barras de menores comprimentos
possíveis) para a viga abaixo indicada.
Dados:
− concreto: C25; e
− barra nervurada: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais;
− viga de seção retangular, simplesmente apoiada nos pilares;
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− bw = 20 cm;
− armadura longitudinal: 16 mm;
− armadura transversal (estribos): 6,3 mm;
− cobrimento nominal: 3 cm; e
− dimensão máxima do agregado: 19 mm.
Obs.:
− as barras deverão ser detalhadas aos pares (duas por vez);
− o posicionamento da armadura deverá ser, obrigatoriamente, referido à face interna do
pilar esquerdo (A);
− o carregamento é permanente (cargas atuando simultaneamente) e os valores
apresentados são característicos; e
− peso próprio da viga desprezível.
Gk = 40 kN Gk = 40 kN Gk = 40 kN
50 cm
A B
90 cm 90 cm 150 cm 150 cm 90 cm 90 cm
20 cm 20 cm
Gk = 90 kN Gk = 144 kN Gk = 90 kN
50 cm
A B
90 cm 90 cm 150 cm 150 cm 90 cm 90 cm
20 cm 20 cm
Gk = 90 kN
gk = 20 kN/m
4m 2m
Ex. 7.8: Determinar a altura mínima h do bloco de fundação abaixo indicado. A armadura de
compressão necessária para a segurança do pilar (armadura calculada) resultou em 6,0 cm2,
porém serão usadas 6 barras de 16 mm.
Considerar:
− concreto: C15;
− barra nervurada: CA-50; e
− combinação normal de carregamento – ELU.
10 cm
NSd
85 cm
10 cm
Ex. 7.10: O pilar abaixo representado, cujo cálculo da armadura longitudinal de compressão
resultou em uma área de aço (As,cal) igual a 14,40 cm2, deverá ser suportado por uma sapata cuja
altura não poderá ultrapassar 65 cm. Observadas as regras de ancoragem reta estabelecidas pela
ABNT NBR 6118, definir a menor altura possível para a sapata de tal forma que a seção
transversal do pilar apresente a menor quantidade de barras (número par).
Considerar:
− concreto: C15;
− barra nervurada: CA-50;
− altura útil da sapata: d = h – 5 cm; e
− combinação normal de carregamento – ELU.
NSd
pilar
sapata
d=?
5 cm
Ex. 7.11: Determinar a menor largura possível para o pilar abaixo representado, de tal forma
que as armaduras negativas da viga possam nele se ancorar. A armadura da viga, necessária
para resistir ao momento fletor solicitante de cálculo, atuante na região próxima do pilar, resultou
em 2,12 cm2, tendo sido optado pelo uso de 3 barras de 16 mm.
50 cm 3 φ 16
MSd
1
Este capítulo é uma cópia adaptada da publicação LAJES USUAIS DE CONCRETO ARMADO de Roberto
Dalledone Machado.
2006 8-1 ufpr/tc405
8.2 Vãos efetivos de lajes
Segundo a ABNT NBR 6118, item 14.7.2.2, quando os apoios puderem ser considerados
suficientemente rígidos quanto à translação vertical, o vão efetivo (Figura 8.4) deve ser calculado
pela seguinte expressão:
l ef = l 0 + a1 + a 2 Equação 8.1
com
0,5 t 1
a1 = min
0,3 h
0,5 t 2
a 2 = min
0,3 h
onde:
lef vão efetivo da laje;
l0 distância entre faces de dois apoios (vigas) consecutivos;
t comprimento do apoio paralelo ao vão da laje analisada;
h espessura da laje.
laje
h
lef
viga
l0
t1 t2
ly ly
lx lx
ly ly
lx lx
L1
V2
L2
V4
V5
L3
P3 V3 P4
V1 V1
V4 L1 V5
V2
V5 L2
V2
V4 L3 V5
V3 V3
l2
L2 L2
L1 2 L1
l1 < l2
3
l1
l2
L2 L2
gesso (1 cm)
Solução: As cargas permanentes (Equação 8.2) e acidentais deverão ser determinadas por
unidade de área (kN/m2). Os pesos do concreto armado, conta-piso e gesso
correspondem a 25 kN/m3, 21 kN/m3 e 12,5 kN/m3, respectivamente. Os tacos
pesam 0,65 kN/m2. A carga acidental de um edifício comercial deve ser
considerada como sendo 2 kN/m2.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e m)
γ conc arm = 25 kN / m3
γ cont piso = 21kN / m3
γ gesso = 12,5 kN / m3
gtaco = 0,65 kN / m 2
hconc arm = 10 cm = 0,10 m
hcont piso = 1cm = 0,01m
hgesso = 1cm = 0,01m
qedif com = 2 kN / m 2
b. Carga permanente
pp: .................... 25,0 x 0,10 = 2,50 kN/m2
contra-piso: ...... 21,0 x 0,01 = 0,21 kN/m2
gesso: .............. 12,5 x 0,01 = 0,13 kN/m2
tacos: ................................... = 0,65 kN/m2
gk = 3,49 kN/m2 (≈ 3,50 kN/m2)
c. Carga acidental
qk = 2,00 kN/m2
d. Carga total
gk = 3,50 kN/m2
qk = 2,00 kN/m2
pk = 5,50 kN/m2
8.6.3 Paredes
O peso das paredes depende do tipo de tijolo (maciço ou furado) e da espessura do reboco.
Este peso normalmente é apresentado por metro quadrado de parede (parede de 1 m de largura
por 1 m de altura), como mostrado na Figura 8.9.
O peso por unidade de área de uma parede rebocada em ambas as faces pode ser
representado por:
ppar = γ tij e tij + 2 γ reb ereb Equação 8.3
onde
ppar peso da parede por unidade de área, geralmente em kN/m2;
γtij peso específico do tijolo, geralmente em kN/m3;
etij espessura (menor dimensão em planta) do tijolo, geralmente em m.
γreb peso específico do reboco, geralmente em kN/m3; e
ereb espessura do reboco, geralmente em m.
1m lpar
1m
lpar lx
ly
gpar (kN por m2 de laje)
3,5 m
2,5 m
6,0 m
Solução: O peso por metro quadrado de parede é determinado pela Equação 8.3 e a carga
uniformemente distribuída sobre a laje é determinada pele Equação 8.4.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e m)
γ tij = 12 kN / m3
γ reb = 20 kN / m3
e tij = 10 cm = 0,10 m
ereb = 1,5 cm = 0,015 m
l par = 2,5 + 2,2 = 4,7 m
hpar = 2,7 m
l x = 3,5 m
l y = 6,0 m
b. Curvatura da laje
l y 6,0
= = 1,71 < 2 ⇒ dupla curvatura
l x 3,5
c. Peso por metro quadrado de parede
ppar = γ tij e tij + 2 γ reb ereb
ppar = (12 × 0,10 ) + (2 × 20 × 0,015 ) = 1,80 kN / m2
lpar ly
L1 L2
2,5 m
1,6 m 3,6 m
6m 6m
2,2 m
1,7 m
2,4 m 2,4 m
Solução: O peso por metro quadrado de parede é determinado pela Equação 8.3. A carga
linear uniformemente distribuída sobre a laje L1 é determinada pela Equação 8.5 e
a carga uniformemente distribuída na região lx por 0,5 lx da laje L2 é determinada
pela Equação 8.6.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e m)
γ tij = 12 kN / m3
γ reb = 20 kN / m3
e tij = 12 cm = 0,12 m
ereb = 1,5 cm = 0,015 m
l par1 = 2,2 m
l par2 = 1,7 m
hpar1 = hpar 2 = 2,7 m
L1 L2
2,5 m
1,6 m 3m
6m 6m
2,2 m
1,2 m
1,7 m
3,25 kN/m2
2,4 m 2,4 m
5,51 kN/m
1º (cob) g + 1,0 q
2º g + 1,0 q
3º g + 1,0 q
4º g + 0,8 q
5º g + 0,6 q
6º g + 0,4 q
7º g + 0,4 q
iº g + 0,4 q
mby
lx
mi
mj
lyi lxj
Figura 8.18 – Momentos fletores em lajes continuas
O momento negativo de borda, atuante na junção das lajes Li e Lj, é dado pela seguinte
expressão:
mbi + mbj
mbij = max 2
mbj > mbi Equação 8.8
0,8mbj
A uniformização dos momentos fletores negativos atuantes na junção das lajes Li e Lj
implica em alterações (correções) nos
momentos fletores positivos mi e mj
Li mbij mbj Lj (Figura 8.19). O momento mi tem seu
valor reduzido ao passo que o
momento mj tem seu valor
lxi lyj aumentado.
mi,cor mj,cor
lyi lxj
Figura 8.19 – Momentos fletores uniformizados em lajes
continuas
1,8 m 3m 5m
L1 L2 L3
4m
1,2 m L4
α x1 = 14,20 mx1
α = 40,20
l y1 4,0 y1
= = 2,22 ⇒ tab ⇒
l x1 1,8 β x1 = 8,00
β y1 = 12,00 lx1 = 1,8 m
mby1
1,92 3,29
3,29 4,95
0,68
L4 L4
6,05
6,05
1,58
1,58
(6,05 kNm/m).
Não há correção do momento positivo
da laje L2 pois o momento da borda desta
4,32
6,05
laje (4,32 kNm/m) é inferior ao momento da
borda da laje L4 (6,05 kNm/m).
mb 24,d = mb 4,d = 6,05 kNm / m ◄
m2,d = 1,58 kNm / m ◄ L4 L4
6,05
j. Uniformização de momentos fletores – Lajes L3/L4
Como a laje L4 corresponde a um trecho isostático (laje em balanço), obrigatoriamente
o momento fletor atuante na junção das lajes L3 e L4 é o da laje L4 (6,05 kNm/m).
Há correção do momento positivo da laje L4 pois o momento da borda desta laje
(10,42 kNm/m) é superior ao momento da borda da laje L4 (6,05 kNm/m).
mb 34,d = mb 4,d = 6,05 kNm / m ◄
mb3,d − mb34,d
m 4,d,cor = m 4,d + mb3,d > mb 4,d
2
12,11 − 6,05
m 4,d,cor = 5,40 +
2
m 4,d,cor = 8,43 kNm / m ◄
L3 L3
5,40
8,43
12,11
6,05
L4 L4
6,05
L1 L2 L3
8,34
4,66
1,92
3,29
4,95
L4
L1
0,68 L2 L3
1,58
8,43
L4
6,05
6,05
m. Observação 6,05
Embora a relação entre o vão maior (4 m) e o vão menor (1,8 m) da laje L1 supere
dois, a dupla curvatura desta laje foi considerada.
Caso a curvatura na direção do vão maior fosse desprezada (consideração de laje
armada em uma só direção), o resultado final praticamente não se alteraria pois o momento
fletor positivo na direção do balanço resultou bem próximo de zero (0,68 kNm/m) e o
momento fletor negativo (6,05 kNm/m) foi definido pela laje em balanço.
lx lx
armadura principal
armadura secundária
h
φl ≤ Equação 8.16
8
L1 L2 L3
5m
2m 4m 6m
L1 L2 L3
9,17 18,02
L1 L2 L3
3,02 10,34
0,86
A s,min = 1,44 cm 2 / m
917
As = = 2,31cm 2 / m > 1,44 cm 2 / m OK
0,950 × 8 × 1,000 × 52,2
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m) s cm → 0,196 cm2
5 0,196 8 2,45
►6 0,283 ►12 2,36 100 cm → 2,31 cm2
7 0,385 16 2,41
mSd = 6,67 kNm/m
mSd < mRd1,lim ⇒ não há necessidade de armadura de compressão
{ 123
6,67 kNm / m 31,16 kNm / m
A s,min = 0,95 cm 2 / m
667
As = = 1,66 cm 2 / m > 0,95 cm 2 / m OK
0,964 × 8 × 1,000 × 52,2
A s = 1,66 cm 2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 20 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
►5 0,196 ►11 1,78
6 0,283 17 1,66
mSd = -18,02 kNm/m
mSd < mRd1,lim ⇒ não há necessidade de armadura de compressão
{ 123
18,02 kNm / m 31,16 kNm / m
A s,min = 1,44 cm 2 / m
1802
As = = 4,81cm 2 / m > 1,44 cm 2 / m OK
0,897 × 8 × 1,000 × 52,2
A s = 4,81cm 2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 20 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
►8 0,503 ►10 5,03
10 0,785 16 4,91
mSd = 11,81 kNm/m
m Sd < m Rd1,lim ⇒ não há necessidade de armadura de compressão
{ 123
11,81kNm / m 31,16 kNm / m
m Sd = m Rd = m Rd1 = 1181kNcm / m
A s,min = 0,95 cm 2 / m
1181
As = = 3,02 cm 2 / m > 0,95 cm 2 / m OK
0,935 × 8 × 1,000 × 52,2
A s = 3,02 cm 2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 20 cm
φ As,bar s As,ef
2
(mm) (cm ) (cm) (cm2/m)
►6 0,283 ►9 3,14
8 0,503 16 3,14
k. Armadura para os momentos fletores na direção das lajes sem continuidades (L1, L2 e L3)
mSd = 0,86 kNm/m
m Sd < m Rd1,lim ⇒ não há necessidad e de armadura de compressão
{ 123
0,86 kNm / m 31,16 kNm / m
m Sd = m Rd = m Rd1 = 86 kNcm / m
86
βc = = 0,008 < 0,272 OK
100 × 8 2 × 1,79
β z = 0,996
β c = 0,008 ⇒ ⇒
123 β = 1,000
tabela s
A s,min = 0,95 cm 2 / m
86
As = = 0,21cm 2 / m < 0,95 cm 2 / m
0,996 × 8 × 1,000 × 52,2
A s = 0,95 cm 2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 20 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
►5 0,196 ►20 0,98
mSd = 3,02 kNm/m
m Sd < m Rd1,lim ⇒ não há necessidad e de armadura de compressão
{ 123
3,02 kNm / m 31,16 kNm / m
A s,min = 0,95 cm 2 / m
302
As = = 0,73 cm 2 / m < 0,95 cm 2 / m
0,984 × 8 × 1,000 × 52,2
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
►5 0,196 ►20 0,98
mSd = 10,34 kNm/m
m Sd < m Rd1,lim ⇒ não há necessidad e de armadura de compressão
{ 123
10,34 kNm / m 31,16 kNm / m
A s,min = 0,95 cm 2 / m
1034
As = = 2,62 cm 2 / m > 0,95 cm 2 / m OK
0,944 × 8 × 1,000 × 52,2
A s = 2,62 cm 2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 20 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
5 0,196 7 2,80
►6 0,283 ►10 2,83
7 0,385 14 2,75
l. Armadura positiva
φ 5 mm @ 20 cm φ 5 mm @ 20 cm φ 6 mm @ 10 cm
L1 L2 L3
φ 5 mm @ 20 cm φ 5 mm @ 11 cm φ 6 mm @ 9 cm
L1 L2 L3
φ 6 mm @ 12 cm φ 8 mm @ 10 cm
9,17 18,02
L1 L2 L3
3,02 10,34
É importante observar que a armadura positiva para o momento fletor positivo da laje
L1 (2,56 kNm/m) resultou em 0,95 cm2/m, correspondente ao valor de armadura mínima
para laje armada em duas direções. Como agora a laje será armada em uma só direção, o
valor da armadura mínima deve ser alterado para 1,44 cm2/m (1 φ de 5 mm @ 13 cm). Para
a armadura de distribuição, tem-se:
0,20 A s,princ
A s,min = max
0,90 cm 2 / m
A s,princ = 1,44 cm 2 / m m Sd = 2,56 kNm / m
0,20 × 1,44 = 0,29 cm 2 / m
A s,min = max
0,90 cm 2 / m
2
A s,min = 0,90 cm / m ◄
10 cm ≤ s ≤ 33 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
►5 0,196 ►21 0,93
6,3 0,312 33 0,95
A distribuição de armaduras do painel de lajes fica como a seguir indicado.
armadura positiva
φ 5 mm @ 21 cm φ 5 mm @ 20 cm φ 6 mm @ 10 cm
L1 L2 L3
φ 5 mm @ 13 cm φ 5 mm @ 11 cm φ 6 mm @ 9 cm
L1 L2 L3
φ 6 mm @ 12 cm φ 8 mm @ 10 cm
cby
cbx
l0y
≥ cnom
φl cnom
bwy1
cnom
l0x
bwx1 bwx2
cbx = l0x + bwx1 + bwx2 – 2 cnom - φl bw
D φ D φ D φ
a) b) c)
Figura 8.25 – Ganchos da armadura positiva
O diâmetro interno da curvatura (D) dos ganchos das armaduras longitudinais de tração
deve ser pelo menos igual ao estabelecido na Tabela [7.4] e na Tabela 8.3.
Tipo de Aço
Bitola (mm)
CA-25 CA-50 CA-60
<20 4φ 5φ 6φ
≥20 5φ 8φ -
Tabela 8.3 – Diâmetro dos pinos de dobramento
8.8.6.1.2 Barras alternadas
Os comprimentos horizontais das armaduras positivas (cbx e cby) de barras alternadas, para
lajes contínuas, devem seguir o indicado na Figura 8.26. O comprimento total das barras, antes
das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado ao comprimento do gancho da
extremidade que chega ao apoio.
bwy2
cby
cby = l0y + bwy1 + bwy2 - 0,2 lx
cbx
l0y
bwy1
l0x
bwx1 bwx2
cbx = l0x + bwx1 + bwx2 – 0,2 lx bw
bwy2
cby
l0y
≥ cnom
φl cnom
bwy1
cnom
l0x
bwx1 bwx2
cbx = l0x + bwx1 + bwx2 – 0,1 lx bw
armadura principal
cnom
cb
lxi
≥ cnom
lxj
cb = 0,5 lx,maior
lxk
lxli
cnom
cb
lxi
≥ cnom
lxj
cb = 0,375 lx,maior
0,25l x
max
l bal lbal cnom
cnom
cb
lx ≥ cnom
lbal
0,25l x
c b = max + l bal
l bal
Figura 8.31 – Comprimento de barras não alternadas de lajes em balanço –
armadura negativa
8.8.6.2.4 Lajes em balanço – barras alternadas
Os comprimentos horizontais das armaduras negativas (cb,maior e cb,menor) de barras
alternadas de lajes em balanço devem seguir o indicado na Figura 8.32. O comprimento total das
barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado aos comprimentos dos
ganchos das extremidades.
cnom
cb,maior
cb,menor ≥ cnom
lx
lbal
0,25l x 0,25l x
c b,maior = max + l bal c b,menor = 0,5max + l bal
l bal l bal
Asy,fiss
cb ≥ cnom
lxi
cb
Li
cb
8φ
lb
φ
cb = 0,2 lxi + 0,5 bw
bw
90°
60° 45° 60°
An An
li li
P1 V1A V1B P2
L1 L2 5m
V3
V4
P3 V2A V2B P4
4m 7m
4m
V1A
1,464
A1A 60°
45°
AL1 = 4 m x 5 m = 20 m2
2,072
5m
A3 A4
V3
V4
V2A
1,464 2,536
4 × 1,464
A 1A = = 2,928 m 2
2
5 + 2,072 2
A3 = × 1,464 = 5,177 m
2
5 + 2,072 2
A4 = × 2,536 = 8,967 m
2
4 × 1,464
A 2A = = 2,928 m 2
2
∑ A n = 2,928 + 5,177 + 8,967 + 2,928 = 20 m 2 OK
2006 8-40 ufpr/tc405
pk A n
rVn =
li
3,5 × 2,928
rV1A = = 2,562 kN/m
4
3,5 × 5,177
rV3 = = 3,624 kN/m
5
3,5 × 8,967
rV4 = = 6,277 kN/m
5
3,5 × 2,928
rV2A = = 2,562 kN/m
4
4m
V1A
2,562 kN/m
3,624 kN/m
6,277 kN/m
L1
5m
V3
V4
2,562 kN/m
V2A
7m
V1B
90°
60°
2,500
A1B
AL2 = 5 m x 7 m = 35 m2
5m
A4
V4
A2B
60°
90°
V2B
4,330 2,670
7 + 2,670 2
A 1B = × 2,500 = 12,088 m
2
5 × 4,330 2
A4 = = 10,825 m
2
7 + 2,670 2
A 2B = × 2,500 = 12,088 m
2
∑A n = 12,088 + 10,825 + 12,088 = 35 m 2 OK
7m
V1B
6,044 kN/m
7,578 kN/m
5m
V4
6,044 kN/m
V2B
P1 V1A V1B P2
13,855 kN/m
3,624 kN/m
L1 L2 5m
V3
V2A V2B
4m 7m
P1 V1A V1B P2
3,248 kN/m
2,690 kN/m
5,938 kN/m
1,553 kN/m
L1 L2 5m
V3
V2A V2B
4m 7m
qk = 1,553 kN/m
gk = 10,624 kN/m
V3
P3 5m P1
Gk,P3 Gk,P1 = 26,560 kN
10,624 × 5
Gk,P1 = Gk,P3 = = 26,560 kN
2
1,553 × 5
Qk,P1 = Qk,P3 = = 3,883 kN
2
f. V4 – carregamento e reações de apoio
carga acidental: qk = 5,938 kN/m
carga permanente:
reação da laje: 13,855 kN/m
peso próprio da viga: 02,500 kN/m
gk = 16,355 kN/m
gk = 16,355 kN/m
V4
V2 5m V1
Gk,V2 Gk,V1 = 40,888 kN
16,355 × 5
Gk, V1 = Gk, V 2 = = 40,888 kN
2
5,938 × 5
Qk, V1 = Qk, V 2 = = 14,845 kN
2
g. V1 = V2 – carregamento e reações de apoio
V1A
carga acidental: qk = 1,098 kN/m
carga permanente:
reação da laje: 02,562 kN/m
parede: 04,500 kN/m
peso próprio da viga: 02,500 kN/m
gk = 9,562 kN/m
V1B
carga acidental: qk = 2,590 kN/m
carga permanente:
reação da laje: 06,044 kN/m
parede: 04,500 kN/m
peso próprio da viga: 02,500 kN/m
gk = 13,044 kN/m
Qk = 14,845 kN
Qk = 3,883 kN
Gk = 40,888 kN
Gk = 26,560 kN
qk = 2,590 kN/m
qk = 1,098 kN/m
9 3,5 7
Gk,P1 = Gk,P3 = 26,560 + 9,562 × 4 × + 13,044 × 7 × + 40,888 × = 112,926 kN
11 11 11
2 7,5 4
Gk,P2 = Gk,P 4 = 9,562 × 4 × + 13,044 × 7 × + 40,888 × = 84,078 kN
11 11 11
9 3,5 7
Qk,P1 = Qk,P3 = 3,883 + 1,098 × 4 × + 2,590 × 7 × + 14,845 × = 22,692 kN
11 11 11
2006 8-44 ufpr/tc405
2 7,5 4
Qk,P2 = Qk,P 4 = 1,098 × 4 × + 2,590 × 7 × + 14,845 × = 18,558 kN
11 11 11
h. Verificação
carga permanente:
lajes: (20 m2 + 35 m2) x 3,5 kN/m2 ................................ 192,5 kN
pp das vigas: [2 x (4 m + 7 m + 5 m)] x 2,5 kN/m ........... 80,0 kN
paredes: {[2 x (4 m + 7 m)] + 5 m} x 4,5 kN/m ............. 121,5 kN
total: .............................................................................. 394,0 kN
carga acidental:
lajes: (20 m2 + 35 m2) x 1,5 kN/m2 .................................. 82,5 kN
1
A ABNT NBR 6118 apresenta a equação de verificação de força cortante como sendo VSd ≤ VRd1, ou seja,
verificação de forças pontuais (kN). A Equação 8.22 faz a verificação de forças cortantes por unidade de
comprimento (kN/m).
2
[
A expressão apresentada pela ABNT NBR 6118 corresponde a VRd1 = τRd k (1,2 + 40 ρ1) + 0,15 σcp b w d . Nesta ]
expressão estão incluídos o valor de bw, para que a expressão resulte em força pontual (kN), e o valor σcp, relativo à
força de protensão. A Equação 8.23 não tem bw (resulta em força cortante por unidade de comprimento - kN/m) e
não tem σcp (não considera força de protensão).
2006 8-45 ufpr/tc405
O coeficiente k deve ser determinado da seguinte forma:
a. para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio:
k = 1,0 Equação 8.25
b. para os demais casos:
1,6 − d
k = max d em metros Equação 8.26
1,0
A taxa de armadura ρ1, na região próxima ao apoio onde está sendo considerada a força
cortante, é dada pela expressão:
A s1
b d
w
ρ1 = min Equação 8.27
2%
onde:
As1 área da armadura de tração que se estende até não menos de d + lb,nec além da seção
considerada (Figura 8.35)1;
bw largura mínima da seção ao longo da altura útil d (1 metro); e
d altura útil da laje.
d + lb,nec d + lb,nec
As1 As d
As1 As d
seção seção
considerada considerada
1
Alguns autores preferem considerar, sempre, a armadura positiva que chega ao apoio, ignorando as armaduras
tracionadas negativas.
2006 8-46 ufpr/tc405
Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 8.7 para a determinação
dos momentos fletores em lajes isoladas. A uniformização dos momentos negativos
na região de continuidade de lajes é feita com a utilização da Equação 8.8. Para a
correção dos momentos positivos deve-se usar a Equação 8.9. As armaduras
devem ser determinadas com a aplicação da Equação 8.10 a Equação 8.19. A
determinação das reações de apoio das lajes (força cortante) deve ser feita
conforme o item 14.7.6.1 da ABNT NBR 6118, com a aplicação da Equação 8.21. A
verificação da força cortante é feita com o uso da Equação 8.22 a Equação 8.27.
P1 V1A V1B P2
L1 L2 5m
V5
V3
V4
P3 V2A V2B P4
4m 4m
l y1 5,0
= = 1,25 ⇒ tab ⇒ α y1 = 35,2
l x1 4,0 β = 9,9
x1
2 2
p l 7,0 × 4,0
m x1,d = d x1 = = 5,23 kNm / m mx1
α x1 21,4
p d l 2x1 7,0 × 4,0 2
m y1,d = = = 3,18 kNm / m
α y1 35,2
lx1 = 4 m
L1 L2
11,31 kN/m
L1 L2
3,18 kN/m
3,18 kN/m
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m) s cm → 0,196 cm2
►5 0,196 ►11 1,78
6 0,283 16 1,77 100 cm → 1,67 cm2
7 0,385 17 2,26
mSd = -11,31 kNm/m
mSd < mRd1,lim ⇒ não há necessidad e de armadura de compressão
{ 123
11,31kNm / m 19,32 kNm / m
A s,min = 1,20 cm 2 / m
1131
As = = 3,84 cm2 / m > 1,20 cm2 / m OK
0,896 × 6,3 × 1,000 × 52,2
A s = 3,84 cm2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 17 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m) s cm → 0,283 cm2
6 0,283 7 4,04
7 0,385 10 3,85 100 cm → 3,84 cm2
►8 0,503 ►13 3,87
mSd = 3,18 kNm/m
m Sd < m Rd1,lim ⇒ não há necessidad e de armadura de compressão
{ 123
3,18 kNm / m 19,32 kNm / m
A s,min = 0,79 cm 2 / m
318
As = = 0,99 cm2 / m > 0,79 cm2 / m OK
0,973 × 6,3 × 1,000 × 52,2
A s = 0,99 cm2 / m ◄
7 cm ≤ s ≤ 17 cm
φ As,bar s As,ef
(mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
►5 0,196 ►17 1,15
6 0,283 17 1,66
L1 L2 φ 5 mm @ 17 cm
1,15 cm2/m
φ 5 mm @ 11 cm
1,78 cm2/m
h. Reação de apoio - laje L1 - carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) - valores característicos
4m
V1A
1,464
A1A 60°
45°
AL1 = 4 m x 5 m = 20 m2
2,072
5m
A3 A4
V3
V4
V2A
1,464 2,536
4 × 1,464
A 1A = = 2,928 m 2
2
5 + 2,072 2
A3 = × 1,464 = 5,177 m
2
5 + 2,072 2
A4 = × 2,536 = 8,967 m
2
4 × 1,464
A 2A = = 2,928 m 2
2
∑ A n = 2,928 + 5,177 + 8,967 + 2,928 = 20 m 2 OK
pk A n
rVn =
li
3,5 × 2,928
rV1A = = 2,562 kN/m
4
3,5 × 5,177
rV3 = = 3,624 kN/m
5
3,5 × 8,967
rV4 = = 6,277 kN/m
5
3,5 × 2,928
rV2A = = 2,562 kN/m
4
6,277 kN/m
L1
5m
V3
V4
2,562 kN/m
V2A
P1 V1A V1B P2
V5 3,624 kN/m
L1 L2 5m
V3
P1 V1A V1B P2
V5 1,553 kN/m
L1 L2 5m
V3
p l 2x p l 2x p l 2x p l 2x p l 4x
mx = my = mbx = − mby = − a=
αx αy βx βy E c h3 α a
1
Alguns autores consideram as armaduras positivas que chegam ao apoio (1,78 cm2/m – 1 φ de 5 mm @ 11 cm).
2006 8-54 ufpr/tc405
8.11.1 Quatro bordas com apoios simples
ly/lx αx αy βx βy αa my
1,00 22,7 22,7 21,4
1,05 20,8 22,5 19,4
1,10 19,3 22,3 17,8
1,15 18,1 22,3 16,5
1,20 16,9 22,3 15,4 ly mx
1,25 15,9 22,4 14,3
1,30 15,2 22,7 13,6
1,35 14,4 22,9 12,9
1,40 13,8 23,1 12,3 lx
1,45 13,2 23,3 11,7
1,50 12,7 23,5 11,2
1,55 12,3 23,5 10,8
1,60 11,9 23,5 10,4
1,65 11,5 23,5 10,1
1,70 11,2 23,5 9,8
1,75 10,8 23,5 9,5
1,80 10,7 23,5 9,3
1,85 10,4 23,5 9,1
1,90 10,2 23,5 8,9
1,95 10,1 23,5 8,7
2,00 9,9 23,5 8,6
>2 8,0 23,5 6,7
ly/lx αx αy βx βy αa my
1,00 32,4 26,5 11,9 31,2
1,05 29,2 25,0 11,3 27,6
1,10 26,1 24,4 10,9 24,7
1,15 23,7 23,9 10,4 22,3
1,20 22,0 23,8 10,1 20,3 ly mx
1,25 20,2 23,6 9,8 18,7
1,30 19,0 23,7 9,6 17,3
1,35 17,8 23,7 9,3 16,1
1,40 16,8 23,8 9,2 15,1
mby
1,45 15,8 23,9 9,0 14,2
1,50 15,1 24,0 8,9 13,5
lx
1,55 14,3 24,0 8,8 12,8
1,60 13,8 24,0 8,7 12,2
1,65 13,2 24,0 8,6 11,7
1,70 12,8 24,0 8,5 11,2
1,75 12,3 24,0 8,45 10,8
1,80 12,0 24,0 8,4 10,5
1,85 11,5 24,0 8,35 10,1
1,90 11,3 24,0 8,3 9,9
1,95 10,9 24,0 8,25 9,6
2,00 10,8 24,0 8,2 9,4
>2 8,0 24,0 8,0 6,7
ly/lx αx αy βx βy αa my
1,00 26,5 32,4 11,9 31,2
1,05 25,7 33,3 11,3 29,2
1,10 24,4 33,9 10,9 27,4
mbx
1,15 23,3 34,5 10,5 26,0
1,20 22,3 34,9 10,2 24,8 ly mx
1,25 21,4 35,2 9,9 23,8
1,30 20,7 35,4 9,7 22,9
1,35 20,1 37,8 9,4 22,1
1,40 19,7 39,9 9,3 21,5 lx
1,45 19,2 41,1 9,1 20,9
1,50 18,8 42,5 9,0 20,4
1,55 18,3 42,5 8,9 20,0
1,60 17,8 42,5 8,8 19,6
1,65 17,5 42,5 8,7 19,3
1,70 17,2 42,5 8,6 19,0
1,75 17,0 42,5 8,5 18,7
1,80 16,8 42,5 8,4 18,5
1,85 16,5 42,5 8,3 18,3
1,90 16,4 42,5 8,3 18,1
1,95 16,3 42,5 8,3 18,0
2,00 16,2 42,5 8,3 17,8
>2 14,2 42,5 8,0 16,7
ly/lx αx αy βx βy αa mby my
1,00 46,1 31,6 14,3 45,3
1,05 39,9 29,8 13,4 39,2
1,10 36,0 28,8 12,7 34,4
1,15 31,9 27,9 12,0 30,4
1,20 29,0 26,9 11,5 27,2 ly mx
1,25 26,2 26,1 11,1 24,5
1,30 24,1 25,6 10,7 22,3
1,35 22,1 25,1 10,3 20,4
1,40 20,6 24,8 10,0 18,8
1,45 19,3 24,6 9,75 17,5 lx
1,50 18,1 24,4 9,5 16,3
1,55 17,0 24,3 9,3 15,3
1,60 16,2 24,3 9,2 14,4
1,65 15,4 24,3 9,05 13,7
1,70 14,7 24,3 8,9 13,0
1,75 14,0 24,3 8,8 12,4
1,80 13,5 24,3 8,7 11,9
1,85 13,0 24,3 8,6 11,4
1,90 12,6 24,3 8,5 11,0
1,95 12,1 24,3 8,4 10,6
2,00 11,8 24,3 8,4 10,3
>2 8,0 24,3 8,0 6,7
ly/lx αx αy βx βy αa my
1,00 31,6 46,1 14,3 45,3
1,05 29,9 46,4 13,8 43,2
1,10 29,0 47,2 13,5 41,5
mbx
1,15 28,0 47,7 13,2 40,1
1,20 27,2 48,1 13,0 39,0 ly mx
1,25 26,4 48,2 12,7 37,9
1,30 25,8 48,1 12,6 37,2
1,35 25,3 47,9 12,4 36,5
1,40 24,8 47,8 12,3 36,0 lx
1,45 24,4 47,7 12,2 35,6
1,50 24,2 47,6 12,2 35,1
1,55 24,0 47,6 12,1 34,7
1,60 24,0 47,6 12,0 34,5
1,65 24,0 47,6 12,0 34,2
1,70 24,0 47,4 12,0 33,9
1,75 24,0 47,3 12,0 33,8
1,80 24,0 47,2 12,0 33,7
1,85 24,0 47,1 12,0 33,6
1,90 24,0 47,1 12,0 33,5
1,95 24,0 47,1 12,0 33,4
2,00 24,0 47,0 12,0 33,3
>2 24,0 47,0 12,0 32,0
ly/lx αx αy βx βy αa my
1,00 34,5 34,5 14,3 14,3 41,3
1,05 32,1 33,7 13,3 13,8 37,1
1,10 30,1 33,9 12,7 13,6 34,5
mbx
1,15 28,0 33,9 12,0 13,3 31,7
1,20 26,4 34,0 11,5 13,1 29,9 ly mx
1,25 24,9 34,4 11,1 12,9 28,2
1,30 23,8 35,0 10,7 12,8 26,8
1,35 23,0 36,6 10,3 12,7 25,5
1,40 22,2 37,8 10,0 12,6 24,5
mby
1,45 21,4 39,1 9,8 12,5 23,5
1,50 20,7 40,2 9,6 12,4 22,7
lx
1,55 20,2 40,2 9,4 12,3 22,1
1,60 19,7 40,2 9,2 12,3 21,5
1,65 19,2 40,2 9,1 12,2 21,0
1,70 18,8 40,2 8,9 12,2 20,5
1,75 18,4 40,2 8,8 12,2 20,1
1,80 18,1 40,2 8,7 12,2 19,7
1,85 17,8 40,2 8,6 12,2 19,4
1,90 17,5 40,2 8,5 12,2 19,0
1,95 17,2 40,2 8,4 12,2 18,8
2,00 17,1 40,2 8,4 12,2 18,5
>2 14,2 40,2 8,0 12,0 16,7
ly/lx αx αy βx βy αa my
1,00 38,1 44,6 16,2 18,3 55,4
1,05 35,5 44,8 15,3 17,9 51,6
1,10 33,7 45,7 14,8 17,7 48,7
mbx
1,15 32,0 47,1 14,2 17,6 46,1
1,20 30,7 47,6 13,9 17,5 44,1 ly mx
1,25 29,5 47,7 13,5 17,5 42,5
1,30 28,4 47,7 13,2 17,5 41,2
1,35 27,6 47,9 12,9 17,5 39,9
1,40 26,8 48,1 12,7 17,5 38,9
mby
1,45 26,2 48,3 12,6 17,5 38,0
1,50 25,7 48,7 12,5 17,5 37,2
lx
1,55 25,2 49,0 12,4 17,5 36,5
1,60 24,8 49,4 12,3 17,5 36,0
1,65 24,5 49,8 12,2 17,5 35,4
1,70 24,2 50,2 12,2 17,5 35,0
1,75 24,0 50,7 12,1 17,5 34,6
1,80 24,0 51,3 12,1 17,5 34,4
1,85 24,0 52,0 12,0 17,5 34,2
1,90 24,0 52,6 12,0 17,5 33,9
1,95 24,0 53,4 12,0 17,5 33,8
2,00 24,0 54,1 12,0 17,5 33,7
>2 24,0 54,0 12,0 17,5 32,0
ly/lx αx αy βx βy αa mby my
1,00 44,6 38,1 18,3 16,2 55,4
1,05 41,7 37,3 16,6 15,4 49,1
1,10 38,1 36,7 15,4 14,8 44,1
mbx
1,15 34,9 36,4 14,4 14,3 40,1
1,20 32,1 36,2 13,5 13,9 36,7 ly mx
1,25 29,8 36,1 12,7 13,5 33,8
1,30 28,0 36,2 12,2 13,3 31,7
1,35 26,4 36,6 11,6 13,1 29,7
1,40 25,2 37,0 11,2 13,0 28,1
1,45 24,0 37,5 10,9 12,8 26,6 lx
1,50 23,1 38,3 10,6 12,7 25,5
1,55 22,3 39,3 10,3 12,6 24,5
1,60 21,7 40,3 10,1 12,6 23,6
1,65 21,1 41,4 9,9 12,5 22,8
1,70 20,4 42,7 9,7 12,5 22,1
1,75 20,0 43,8 9,5 12,4 21,5
1,80 19,5 44,8 9,4 12,4 21,0
1,85 19,1 45,9 9,2 12,3 20,5
1,90 18,7 46,7 9,0 12,3 20,1
1,95 18,4 47,7 8,9 12,3 19,7
2,00 18,0 48,6 8,8 12,3 19,3
>2 14,2 48,6 8,0 12,0 16,7
ly/lx αx αy βx βy αa mby my
1,00 47,3 47,3 19,4 19,4 68,5
1,05 43,1 47,3 18,2 18,8 62,4
1,10 40,0 47,8 17,1 18,4 57,6
mbx
1,15 37,3 48,3 16,3 18,1 53,4
1,20 35,2 49,3 15,5 17,9 50,3 ly mx
1,25 33,4 50,5 14,9 17,7 47,6
1,30 31,8 51,7 14,5 17,6 45,3
1,35 30,7 53,3 14,0 17,5 43,4
1,40 29,6 54,8 13,7 17,5 42,0
1,45 28,6 56,4 13,4 17,5 40,5 lx
1,50 27,8 57,3 13,2 17,5 39,5
1,55 27,2 57,6 13,0 17,5 38,4
1,60 26,6 57,8 12,8 17,5 37,6
1,65 26,1 57,9 12,7 17,5 36,9
1,70 25,5 57,8 12,5 17,5 36,3
1,75 25,1 57,7 12,4 17,5 35,8
1,80 24,8 57,6 12,3 17,5 35,4
1,85 24,5 57,5 12,2 17,5 35,1
1,90 24,2 57,4 12,1 17,5 34,7
1,95 24,0 57,2 12,0 17,5 33,8
2,00 24,0 57,1 12,0 17,5 34,5
>2 24,0 57,0 12,0 17,5 34,3
8.13 Exercícios
Ex. 8.1: Dimensionar e detalhar as armaduras positivas e negativas do painel de lajes
abaixo representado.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 11 cm;
− altura útil da laje (d): 8 cm;
− carga permanente (gk): 4,5 kN/m2 (peso próprio incluído); e
− carga acidental (qk): 2,0 kN/m2.
Obs.:
− a carga acidental atua simultaneamente nas duas lajes;
− as armaduras das lajes devem ser alternadas; e
− as dimensões da figura correspondem a centímetros.
L1 L2 660
15
15 300 15 435 15
Ex. 8.2: Para o painel abaixo indicado, determinar o valor da carga acidental uniformemente
distribuída (qk) que as lajes podem suportar.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 12 cm;
− altura útil da laje (d): 9 cm;
− armadura positiva: 1 φ de 8 mm @ 15 cm nas duas direções;
− armadura negativa: 1 φ de 8 mm @ 10 cm; e
− carga permanente (gk): 5 kN/m2 (peso próprio incluído).
Obs.:
− a carga acidental atua simultaneamente nas duas lajes.
4m
7m 7m
20
L1 400
20
L2 300
20
20 520 20
4m L1 L2
2,4 m L3
L1 2,5 m
L2 L3 4,0 m
6,0 m 4,0 m
N1
L2 400
600
L1
N3
L3
N2 400
200
200 700
Ex. 8.7: Determinar a máxima carga acidental (qk) que o painel de laje abaixo representado
pode suportar.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 11 cm;
− altura útil da laje (d): 8 cm;
− armadura positiva: 1 φ de 10 mm @ 15 cm nas duas direções;
− armadura negativa: 1 φ de 10 mm @ 10 cm; e
− carga permanente (gk): 4 kN/m2 (peso próprio incluído).
Obs.:
− a carga acidental atua simultaneamente nas duas lajes.
L1 L2
2,2 m 5,0 m
4,2 m y
6,0 m L2
9,0 m
L1 x
L3
L1 L2
u
4m
4m
1m
3m
L4
L3 2m
1m
4m
3m
4m
4m 2m 4m
parede vazado
Ex. 8.10: Determinar a máxima carga acidental (qk) que o painel de lajes abaixo
representado podem suportar.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 10 cm;
− altura útil da laje (d): 7 cm;
− armadura positiva: 1 φ de 6,3 mm @ 12 cm nas duas direções;
− armadura negativa: 1 φ de 8 mm @ 10 cm; e
− carga permanente (gk): 4 kN/m2 (peso próprio incluído).
Obs.:
− a carga acidental atua simultaneamente nas duas lajes.
2006 8-68 ufpr/tc405
4,0 m
L1 L2
5,0 m 3,2 m
N1
N2
4,0 m
L1 L2
5,0 m 3,2 m
L1 L2 L3 4,0 m
L4 3,0 m
parede
vazado
pilar
Obs.:
− a laje L1 é em balanço, apoiada apenas na sua borda direita (ligação com a laje L2);
− as demais lajes são suportadas por vigas;
− a região entre as lajes L2 e L4 não tem laje (vazio);
− a laje L3 tem uma parede com peso de 2,5 kN/m2 e altura 2,8 m (área hachureada); e
− as cargas acidentais atuam simultaneamente em todas as lajes.
Ex. 8.13: Determinar as armaduras positivas e negativas (cm2/m) na direção x do conjunto
de lajes abaixo representado.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 12 cm;
− altura útil da laje (d): 9 cm;
− carga permanente (gk): 5 kN/m2 (peso próprio incluído); e
− carga acidental (qk): 3 kN/m2.
Obs.:
− a carga acidental atua simultaneamente nas duas lajes;
− as armaduras das lajes devem ser alternadas; e
− apresentar, ao final dos cálculos, o esquema das armaduras, com as indicações das
áreas (cm2/m).
P1 V1A P2 V1B P3
L2
V5B
4,0 m
V6
L1 V2
V4
P4 P5
y
V5A
5,0 m
x
V3
P6 P7
Ex. 8.14: Determinar, para a laje abaixo representada, a altura h mínima (múltiplo de 5 cm),
de tal modo que a resistência aos momentos fletores ocorra sem a necessidade de armadura de
compressão.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15);
− espessura da laje: h = d + 4 cm;
− revestimento: 1 kN/m2;
− carga acidental (qk): 10 kN/m2; e
− peso específico do concreto armado: 25 kN/m3.
12 m L1
12 m
P1 P2 P3
20
L1 L2 L3
V6
355
V2
V5
P4
20
205
P5 V3 P6
20
110
L4
V4 – 15 x 60
V5 – 15 x 60
L1 L2
285
h = 10 cm h = 10 cm
V2 – 15 x 60
P3 P4
285 285
Ex. 8.17: Para o painel de laje abaixo representado, determinar:
a. o esquema de cargas (permanente e acidental) atuantes na viga V5; e
b. as condições de segurança quanto ao estado limite último, solicitações tangenciais.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura das lajes (h):
! L1: 12 cm;
! L2: 8 cm;
− altura útil das lajes: d = h – 3 cm;
− acabamento dos pisos:
! regularização: 0,5 kN/m2;
! revestimento: 1,0 kN/m2;
− carga acidental (qk): 2,0 kN/m2;
− dimensões das vigas: 20 cm x 50 cm; e
− peso específico do concreto armado: 25 kN/m3.
Obs.:
− as vigas devem ser admitas como simplesmente apoiada nos pilares.
P1 V1A P2 V1B P3
L2
V5B
4,0 m
V6
h = 8 cm
L1 V2
V4
h = 12 cm P4 P5
V5A
5,0 m
V3
P6 P7
Ex. 8.18: O condomínio de um certo edifício pretende aproveitar a laje de cobertura para
construir um depósito e decidiu consultar um especialista para opinar sobre a viabilidade da
proposta.
O depósito a ser construído será em alvenaria de tijolos furados, 15 cm de espessura (tijolos
de 10 cm + reboco de 2,5 cm por face) com 2,8 m de altura. Possuirá laje de cobertura (L2)
impermeabilizada com carga total (valor característico) de 3,0 kN/m2.
Levantando informações do projeto estrutural a época da construção, soube-se que:
− a laje de cobertura existente (L1) foi dimensionada para suportar um momento fletor
solicitante de cálculo igual a 10 kNm/m na direção x e 20 kNm/m na direção y.
− A viga V1 foi dimensionada para suportar um momento fletor solicitante de cálculo
igual a 120 kNm.
Considerando as informações fornecidas, você autorizaria ou não a construção do depósito?
Justifique sua resposta.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações normais (momento fletor);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje L1: 10 cm;
− acabamento do piso da laje L1:
! regularização: 0,5 kN/m2;
! impermeabilização: 0,5 kN/m2;
− carga acidental da laje L1: 0,5 kN/m2;
− dimensões da viga V1: 20 cm x 50 cm; e
− peso específico do concreto armado: 25 kN/m3.
Obs.:
− para o levantamento de cargas, desprezar as aberturas de portas e janelas;
− a viga V1 só recebe carga da laje (L1) existente (não existe parede sobre ela);
− a viga V1 pode ser considerada como simplesmente apoiada nos pilares; e
− ignorar as verificações de força cortante nas lajes e vigas.
2006 8-74 ufpr/tc405
8,0 m
V1
L1
Laje de cobertura
Área prevista (existente)
para o depósito
5,0 m h = 10 cm
(no meio da laje
de cobertura) y
Laje impermeabilizada
com carga total igual a
2
3,0 kN/m
L2
3,0 m 2,80 m
Vista frontal
do depósito
3,0 m
Ex. 8.19: No projeto de lajes comuns de edifícios de concreto armado (lajes sem armadura
de compressão), após o pré-dimensionamento (fixação da altura da laje), deve-se:
a. verificar os esforços de cisalhamento;
b. dimensionar a armadura de flexão; e
c. verificar as deformações (flechas).
Considerando apenas os itens a e b acima (ignorar as deformações), determine o máximo
valor possível de lx para a laje abaixo representada.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− solicitações normais (momento fletor) e solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 12 cm;
− altura útil da laje (d): 9,5 cm;
− relação entre vãos (ly / lx); 1,5;
− carga permanente (gk): 4 kN/m2 (peso próprio incluído); e
− carga acidental (qk): 1,5 kN/m2.
Obs.:
− adotar para lx um valor múltiplo de 5 cm.
ly
P2 V2 P3
3,2 m
L1
V3
4,0 m
V7B
L2
V6
V8
3,2 m
V4 L3
P4 P5
1,2 m
V7A
V5
P6
4,0 m 4,0 m
3,0 m 3,0 m
V1
P1 P2
V4B
V6B
4,0 m L1 L2
V5
V2
P3 P4
3,0 m L3
V4A
V6A
V3
P5 P6
6,0 m
V2 – 20X50
20
V4 – 20X50
V5 – 20X50
L2
h = 10 cm
280
V3 – 20X50
20
P3 P4
20X20 20X20
480
20 20
Ex. 8.23: Determinar o carregamento atuante nos pilares da estrutura abaixo representada.
Sobre todas as vigas do pavimento existe parede de peso equivalente a 9 kN/m.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− espessura da laje (h): 10 cm;
− acabamento dos pisos:
! regularização: 0,5 kN/m2;
! revestimento: 1,0 kN/m2;
− carga acidental (qk): 3,0 kN/m2;
− dimensões das vigas: 20 cm x 50 cm; e
− peso específico do concreto armado: 25 kN/m3.
Obs.:
− as dimensões da figura correspondem a centímetros; e
− as vigas devem ser admitas como simplesmente apoiada nos pilares.
L2
V7
580
V6
580 L1
V5
V3
20
P5 P6 80
P4 V4
20 20
380 380
20 20 20
Ex. 8.24: Determinar o carregamento atuante nos pilares da estrutura abaixo representada.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− carga permanente nas lajes (gk): 4 kN/m2 (peso próprio incluído);
− carga acidental nas lajes (qk): 2 kN/m2; e
− peso próprio das vigas: 3 kN/m.
Obs.:
− as vigas devem ser admitas como simplesmente apoiada nos pilares.
P1 V1 P2
V4 L1 V6 4m
3m
V2
P3 P4
V5 L2 V7 4m
V3
P5 P6
3m 6m
V1
L1 N5 L2
480 cm
N2
N4
N1
N3
V5
V4
V3
V2
400 cm 400 cm
l l
Md Md
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia dos itens 15.2 e 15.3 da ABNT NBR 6118.
2
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.4 da ABNT NBR 6118.
9.3.3 Contraventamento
Por conveniência de análise, é possível identificar, dentro da estrutura, subestruturas que,
devido à sua grande rigidez a ações
elemento subestrutura de horizontais, resistem à maior parte dos
contraventado contraventamento esforços decorrentes dessas ações. Essas
subestruturas são chamadas
subestruturas de contraventamento. Os
elemento elementos que não participam da
contraventado subestrutura de contraventamento são
chamados elementos contraventados. As
subestruturas de contraventamento podem
caixa de ser de nós fixos ou de nós moveis, de
elevador ou acordo com o estabelecido em 9.3.2
pilar parede (Figura 9.4).
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.5 da ABNT NBR 6118.
20x50 (cob)
20x50 (tipo)
3m
20x50 (tipo)
12 m
20x50 (tipo)
5m 5m
Solução: O parâmetro de instabilidade α fica definido pela Equação 9.1. Por se tratar de
um pórtico, e sendo n = 4, o valor limite de α deve ser tomado igual a 0,5.
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN/cm 2 C25
E ci = 5 600 fck = 5 600 25 = 28 000 MPa = 2 800 kN/cm 2 módulo de elasticida de
Ecs = 0,85 Eci = 0,85 × 2 800 = 2 380 kN/cm 2 módulo de elasticida de secante
Htot = 12,0 m = 1200 cm altura total
n=4 número de andares acima da fundação
α lim = 0,5 n = 4, pórtico simples
b. Determinação de Nk
Deve ser observado que as equações de cálculo para as ações, conforme
estabelecido em [3.6], não se aplicam na determinação do parâmetro α. Especificamente
para este caso, Fd não existe, resultando:
Fk = Fgk + Fεgk + Fqk + Fεqk somente cargas verticais ,
constituindo-se na combinação de ações para da determinação de α.
3 + 12 = 15 kN/m (cobertura)
5 + 15 = 20 kN/m (tipo)
12 m
forças horizontais e
momentos fletores
não mostrados
7,2 mm 7,2 mm
5 kN/m 20x50 5 kN/m
20x50
20x50
12 m
20x50
5m 5m
20 × 166 3
Ic = = 7 623 827 cm2
12
750
α = 1200 = 0,24 < 0,5 ⇒ estrutura de nós fixos
2 380 × 7 623 827
9.4.2 Coeficiente γz
O coeficiente γz de avaliação da importância dos esforços de segunda ordem global é válido
para estruturas reticuladas de no mínimo quatro andares. Ele pode ser determinado a partir dos
resultados de uma análise linear de primeira ordem, para cada caso de carregamento,
adotando-se os seguintes valores de rigidez:
1
FTOOL ⇒ programa destinado ao ensino do comportamento estrutural de pórticos planos, desenvolvido por Luiz
Fernando Martha do Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-
Rio) [www.tecgraf.puc-rio.br/ftool].
20x50 (tipo)
3m
20x50 (tipo)
12 m
20x50 (tipo)
5m 5m
Considerar :
estado limite último – combinação normal
Dados:
– concreto: C25;
– seção transversal dos pilares: 20 cm x 40 cm (na direção das solicitações
horizontais);
– seção transversal das vigas: 20 cm x 50 cm (na direção das solicitações
horizontais);
– vão entre pilares: 5 m;
– diferença de cota entre pisos: 3 m;
– carga acidental da cobertura: qk,cob = 3 kN/m (ψ0 = 0,5);
28 kN/m (tipo)
12 m
5m 5m
cobertura:
(g + q)d = 1,4 × 12 + 1,4 × 3 = 21kN / m ⇒ carga vertical
tipo:
(g + q)d = 1,4 × 15 + 1,4 × 5 = 28 kN / m ⇒ carga vertical
vento:
12,0 m ∆x
9,0 m
6,0 m
3,0 m
0,0 m
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 11.3.3.4 da ABNT NBR 6118.
n prumadas de pilares
Figura 9.6 – Imperfeições geométricas
global
1
θ1 =
100 H
1
400 estruturas de nós fixos
Equação 9.4
1
≥ θ1 ≥
200 1
300 estruturas de nós móveis
1
1+
n Equação 9.5
θa = θ1
2
onde:
H é a altura total da edificação, em metros; e
n é o número total de elementos verticais contínuos.
ABNT NBR 6118, item 11.3.3.4-b:
”O desaprumo não deve necessariamente ser superposto ao carregamento de vento.
Entre os dois, vento e desaprumo, pode ser considerado apenas o mais desfavorável,
que pode ser definido através do que provoca o maior momento total na base de
construção.”
12 m θa
Elemento de
travamento
θ1
θ1
Hi
1
Pilares de pouca rigidez a ações horizontais.
2
Pilares de grande rigidez a ações horizontais que resistem à maior parte dos esforços decorrentes dessas ações.
3
No caso da falta de retilinidade do eixo do pilar usar Hi/2 na raiz quadrada da Equação 9.6.
Hi/2
θ1
ea
Nd
Exemplo 9.4: Determinar o valor de excentricidade de 1ª ordem ea para um pilar cuja seção
transversal tem altura (h) igual a 40 cm. Este pilar poderá ter altura (Hi) variando
entre 7 e 14 m.
Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 9.9.
a. Excentricidade mínima e1
e1,min = 0,015 + 0,03 h
e1,min = 0,015 + (0,03 × 0,4) = 0,027 m = 2,7 cm
O modo simplificado de representar o momento total M1d,min de primeira ordem está mostrado
na Figura 9.10.
Nd Nd
M1d,mim
A A
le le
B B
M1d,min
Nd Nd
Nd Nd Nd
M1d,A > M1d,B M1d,A M1d,min
A A A
le le ou le
B B B
M1d,B M1d,B M1d,B
Nd Nd Nd
M1d,A ≥ M1d,min M1d,A < M1d,min
eixo da viga
le = l0 + h ≤ l Equação 9.10
onde:
l0 é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos horizontais,
que vinculam o pilar;
h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura em estudo; e
l é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está vinculado.
A análise dos efeitos locais de 2ª ordem deve ser realizada de acordo com o estabelecido
em 9.7.
Sob a ação de forças horizontais, a estrutura é sempre calculada como deslocável. O fato
de a estrutura ser classificada como sendo de nós fixos dispensa apenas a consideração dos
esforços globais de 2ª ordem.
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.6 da ABNT NBR 6118.
2
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.8 da ABNT NBR 6118.
le = 2l
Exemplo 9.5: Estabelecer os índices de esbeltez (λ) para pilares de seção retangular e
circular.
Solução: Os índices de esbeltez (λ) ficam definidos pela Equação 9.11. Para a seção
retangular devem ser observados os valores dos raios de giração (momentos de
inércia) nas duas direções.
a. Seção retangular
hx
hy
le
y
hy × h3x
Ix = rigidez na direção x ⇒ possível flambagem na direção x 1
12
hx × h3y
Iy = rigidez na direção y ⇒ possível flambagem na direção y 2
12
A c = hx × hy área da seção transversa l do pilar
1
Observar que o momento de inércia Ix é referido a direção x. Corresponde ao momento de inércia Iyy da Resistência
dos Materiais (momento de inércia em torno do eixo yy).
2
Observar que o momento de inércia Iy é referido a direção y. Corresponde ao momento de inércia Ixx da Resistência
dos Materiais (momento de inércia em torno do eixo xx).
l ey
λ y = 3,46 eixo de viga
hy no plano yz
eixo de viga
eixo do z no plano xz
pilar (z)
ley1
deformada do
pilar no plano yz distancia entre
vigas no plano yz
ley2
deformada do lex
pilar no plano xz
y
dimensão do pilar distancia entre
na direção y vigas no plano xz
hy
x
hx
dimensão do pilar
na direção x
A deformada pilar se dará no plano xz (flambagem na direção x) se λx > λy. Caso
contrário (λy > λx), a deformada pilar se dará no plano yz (flambagem na direção y).
b. Seção circular
π × d4
I= rigidez em qualquer direção
64
e1 ≥ 35
25 + 12,5
λ1 = h
Equação 9.12
αb
≤ 90
onde o valor de αb deve ser obtido conforme estabelecido a seguir:
a. pilares biapoiados sem cargas transversais
a.1 momentos de mesmo sinal (tracionam a mesma face)
B
M1,B
M1,B
α b = 0,60 + 0,40
M1,A
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.8.2 da ABNT NBR 6118
B
M1,B
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1,A
M1,A
M1,B
C
M1,C
A M1,A
M1,C
α b = 0,80 + 0,20 ≥ 0,85
M1,A
PILAR 1 PILAR 2
e1,min = 0,015 + 0,03 h
e1,min = 0,015 + 0,03 × 0,2 = 0,021m = 2,1cm
e1,min = e1 = 2,1cm
e1 2,1
= = 0,105
h 20
O Pilar 1 pode ser enquadrado no item a.2, de tal forma que (Equação 9.14):
M1d,B
α b = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1d,A
0,5 M1d, A
αb,PILAR 1 = 0,60 − 0,40 × = 0,40
M1d, A
Pela Equação 9.12, tem-se:
e ≥ 35
25 + 12,5 1
λ1 = h
αb
≤ 90
M1,B
N
Como pode ser observado, a interpretação do item 15.8.2 da ABNT NBR 6118/2003,
referente à determinação de λ1, requer alguns cuidados. A ABNT NBR 6118/1980 era bem mais
simples neste assunto.
ABNT NBR 6118/1980:
“4.1.1.3 Compressão por força normal Fd (barras isoladas)
.......................
A consideração ou não consideração, no cálculo, do efeito das deformações
obedecerá ao seguinte critério:
− quando λ ≤ 40, este efeito pode ser desprezado;
− quando λ > 40, o efeito das deformações será obrigatoriamente
considerado (teoria de 2ª ordem).”
Como pode ser visto houve uma grande mudança entre a edição da ABNT NBR 6118 de
1980 e a de 2003 no que se refere à consideração ou não dos efeitos de 2ª ordem em barras
isoladas. Pela edição de 1980 o valor correspondente de λ1 ficaria limitado a 40 enquanto que a
edição de 2003 prevê um valor limite de 90 (Equação 9.12). Em caso de dúvida, considerar
sempre αb da ABNT NBR 6118/2003 igual a 1,00, o que levaria a valores de λ1 mais próximos do
recomendado pela ABNT NBR 6118/1980.
2006 9-20 ufpr/tc405
Exemplo 9.6: Verificar, para o pilar abaixo indicado, se os efeitos de 2ª ordem devem ser
considerados. O pilar tem dimensão igual a 20 cm na direção x (onde atuam os
momentos fletores) e 40 cm na direção y.
Nd = 400 kN
z
Md = 20 kNm
A
deformada no plano xz
(direção x), pela ação
dos momentos fletores
B x hy
Md = 15 kNm
x
hx
Nd = 400 kN
M1xd,A 2000
e1x = e1x,A = = = 5,00 cm
Nd 400
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9.7.1-a.2)
M1, A
M1xd,B
αbx = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1xd,A
1500
αbx = 0,60 − 0,40 × = 0,30 < 0,40 ⇒ α bx = 0,40 (direção x)
2000
e ≥ 35
25 + 12,5 1
λ1 = h
αb
≤ 90
e ≥ 35
25 + 12,5 1x
hx
λ 1x =
α bx
≤ 90
5,0 ≥ 35
25 + 12,5 ×
20,0
λ 1x = = 70,3 ⇒ λ 1x = 70,3 (direção x)
0,40
≤ 90
λ x > λ1x ⇒ considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
72,7 70,3
d. Determinação de λ1 na direção y
M1yd,A < M1yd,min ⇒ αby = 1,0 (item 9.7.1-a)
123 123
0 kNm 10,8 kNm
M1yd, A 0
e1y = e1y,A = = = 0,0 cm
Nd 400
0,0 ≥ 35
25 + 12,5 ×
40,0
λ 1y = = 25,0 ⇒ λ1y = 35,0 (direção y)
1,0
≤ 90
λ y > λ1y ⇒ considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
36,3 35,0
M1d,A ≥ M1d,min
sendo M1d,min definido pela Equação 9.7.
A curvatura na seção crítica pode ser avaliada pela expressão aproximada:
1 0,005 0,005
= ≤
r h (ν + 0,5) h
Equação 9.18
Nd
ν=
A c fcd
onde:
h é a altura da seção do pilar na direção considerada; e
ν é a força normal adimensional
O momento M1d,A e o coeficiente αb têm as mesmas definições estabelecidas em 9.7.1,
sendo M1d,A o valor de cálculo de 1ª ordem do momento M1,A. O momento M1d,min tem o significado
e o valor estabelecidos em 9.5.3.
Exemplo 9.7: Determinar o valor de Md,tot para o pilar abaixo indicado. Esse pilar, de seção
constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo, tem dimensão
igual a 40 cm na direção do plano onde atuam os momentos fletores (direção x)
e dimensão 25 cm na outra direção (direção y). Na direção y existe uma viga
intermediaria (meia altura) entre os pontos A e B. O valor de Md,tot deverá ser
calculado pelo Método do Pilar Padrão com Curvatura Aproximada,
considerando concreto classe C20 (γc = 1,4).
Solução: A solução do problema consiste na determinação do valor λ dado pela
Equação 9.11 e no valor λ1 dado pela Equação 9.12 para verificar a
necessidade, ou não, de serem considerados os efeitos de 2ª ordem. O valor de
Md,tot fica definido pela Equação 9.17 combinada com a Equação 9.18. O valor
de M1d,min é definido pela Equação 9.7.
Md = 20 kNm
A ley
deformada no plano xz
(direção x)
lex = 6,0 m
lex
ley
y
B x hy
Md = 15 kNm
x
hx
Nd = 600 kN
M1xd,A 2000
e1x = e1x,A = = = 3,33 cm
Nd 600
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9.7.1-a.2)
M1, A
M1xd,B
αbx = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1xd,A
1500
αbx = 0,60 − 0,40 × = 0,30 < 0,40 ⇒ α bx = 0,40 (direção x)
2000
e ≥ 35
25 + 12,5 1
λ1 = h
αb
≤ 90
e ≥ 35
25 + 12,5 1x
hx
λ 1x =
α bx
≤ 90
3,33 ≥ 35
25 + 12,5 ×
40,0
λ 1x = = 65,1 ⇒ λ1x = 65,1 (direção x)
0,40
≤ 90
λ x < λ1x ⇒ não considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
51,9 65,1
Mxd,tot 2 000
e x,tot = = = 3,33 cm (direção x)
Nd 600
d. Determinação de λ1 na direção y
M1yd, A < M1yd,min ⇒ αby = 1,0 (item 9.7.1-a)
123 1 424 3
0 kNm 13,5 kNm
M1yd,A 0
e1y = e1y,A = = = 0,0 cm
Nd 600
0,0 ≥ 35
25 + 12,5 ×
25,0
λ 1y = = 25,0 ⇒ λ 1y = 35,0 (direção y)
1,0
≤ 90
λ y > λ 1y ⇒ considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
41,5 35,0
3002 1
Myd,tot = (1,0 × 1350) + 600 × × = 2 430 kNcm > 1350 kNcm OK
10 5 000
Myd,tot 2 430
e y,tot = = = 4,05 cm (direção y)
Nd 600
g. Condições de dimensionamento
y y
600 kN
600 kN 4,05 cm
x x
25 cm 25 cm
3,33 cm
40 cm 40 cm
Md = 20 kNm
A ley
deformada no plano xz
(direção x)
lex = 6,0 m
lex
ley
y
B x hy
Md = 15 kNm
x
hx
Nd = 600 kN
M1xd,A 2000
e1x = e1x,A = = = 3,33 cm
Nd 600
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9-17-a.2)
M1, A
M1xd,B
αbx = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1xd,A
1500
αbx = 0,60 − 0,40 × = 0,30 < 0,40 ⇒ α bx = 0,40 (direção x)
2000
e ≥ 35
25 + 12,5 1
λ1 = h
αb
≤ 90
e ≥ 35
25 + 12,5 1x
hx
λ 1x =
α bx
≤ 90
3,33 ≥ 35
25 + 12,5 ×
40,0
λ 1x = = 65,1 ⇒ λ1x = 65,1 (direção x)
0,40
≤ 90
λ x < λ1x ⇒ não considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
51,9 65,1
Mxd,tot 2 000
e x,tot = = = 3,33 cm (direção x)
Nd 600
M1yd,A 0
e1y = e1y,A = = = 0,0 cm
Nd 600
0,0 ≥ 35
25 + 12,5 ×
25,0
λ 1y = = 25,0 ⇒ λ 1y = 35,0 (direção y)
1,0
≤ 90
λ y > λ 1y ⇒ considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
41,5 35,0
αby = 1,0
λ y = 41,5
h y = 25 cm
Nd = 600 kN
λ2 h Nd
b = 0,2 h Nd − − α bM1d, A
19 200
41,52 × 25 × 600
b = 0,2 × 25 × 600 − − 1,0 × 1350 = 304,492
19 200
c = −0,2 α bM1d, A h Nd
c = −0,2 × 1,0 × 1350 × 25 × 600 = −4 050 000
−b+ b2 − 4 c
Md,tot =
2
− 304,492 + 304,492 2 − 4 × (− 4 050 000 )
Md,tot = = 1866 kNcm
2
κ M
= 321 + 5 d,tot
ν h Nd
κ 1866
= 32 × 1 + 5 × = 51,90
ν 25 × 600
Myd,tot = 1866 kNcm > 1350 kNcm OK
Myd,tot 1866
e y,tot = = = 3,11cm (direção y)
Nd 600
600 kN
600 kN 3,11 cm
x x
25 cm 25 cm
3,33 cm
40 cm 40 cm
Observar que, para estas características de pilar, o método do Pilar Padrão com
Curvatura Aproximada mostrou-se mais conservador que o método do Pilar Padrão com
Rigidez κ Aproximada. O valor de Myd,tot resultou em 2 430 kNcm para a Curvatura
Aproximada (Exemplo 9.7) e em 1 866 kNcm para a Rigidez κ Aproximada.
Nd = 800 kN
Mxd = 15 kNm
Myd = 15 kNm
ley = 5,0 m
lex = 5,0 m
Myd = 25 kNm
hy = 40 cm
Mxd = 10 kNm
x
hx = 20 cm
Nd = 800 kN
Md = 15 kNm
A
deformada no plano xz
(direção x)
lex = 5,0 m
lex
B x hy
Md = 10 kNm
x
hx
Nd = 800 kN
M1xd, A 1500
e1x = e1x,A = = = 1,88 cm
Nd 800
e1x ≥ 35
25 + 12,5
hx
λ 1x =
α bx
≤ 90
1,88 ≥ 35
25 + 12,5 ×
20,0
λ 1x = = 26,18 ⇒ λ1x = 35,0 (direção x)
1,00
≤ 90
λ x > λ1x ⇒ considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
86,5 35,0
α bx = 1,0
λ x = 86,5
h x = 20 cm
N d = 800 kN
Md = 15 kNm
B
deformada no plano yz
(direção y)
ley = 5,0 m
ley
A y hx
Md = 25 kNm
y
hy
Nd = 800 kN
M1yd,A = 25 kNm = 2 5000 kNcm (plano yz)
M1yd,B = 15 kNm = 1500 kNcm (plano yz)
M1yd,min = 21,6 kNm = 2160 kNcm
d.1. Determinação de λ1 na direção y
M1yd, A > M1yd,min ⇒ αby < 1,0
123 1 424 3
25 kNm 21,6 kNm
M1yd, A 2 500
e1y = e1y,A = = = 3,13 cm
Nd 800
Myd,tot 2 500
e y,tot = = = 3,13 cm (direção y)
Nd 800
y
e. Condições de dimensionamento
20 cm
Observar que os sinais dos momentos fletores (sinais das excentricidades) não foram
considerados na tabela acima. Isto se deve ao fato da obrigatoriedade do pilar ter seção
constante, ser simétrico na geometria e na distribuição de armadura. Desta forma o par de
excentricidades pode atuar em qualquer quadrante que, devido às simetrias, o resultado do
dimensionamento da armadura será sempre o mesmo.
Por outro lado, a ABNT NBR 6118 solicita que o dimensionamento da armadura seja
feito em três seções distintas: topo, intermediária e base. Neste caso o dimensionamento
poderá ser feito somente para a seção intermediaria porque as excentricidades,
simultaneamente, são maiores que nas demais seções. Na direção x, 7,08 da
intermediaria > 2,10 do topo e da base. Na direção y, 3,13 da intermediaria = 3,13 da
base > 2,70 do topo. Como as excentricidades maiores ocorrem simultaneamente na seção
intermediaria, basta fazer o dimensionamento para esta seção.
− a tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tensão-deformação,
com valores de cálculo, definidos em [3.8.2.3] e [4.2.2]; e
− o estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na seção
transversal pertencer a um dos domínios definidos na Figura 9.13.
encurtamentos
εc = 3,5‰
εc = 2‰
d’
3
h A’s
7
a
d
b 3 2
4
h 4
7 1
As 5
4a
εs = εyd
εs = 10‰
alongamentos
y
MSd,x = NSd x ex
ex NSd
σc
εsi
y = 0,8 x
Asi, xsi, ysi d
εs
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 17.3.4.3 da ABNT NBR 6118.
n
MRd, x = NRd × e x = ∫∫σc x dx dy + ∑A
i =1
si σsi x si Equação 9.26
Acc
n
MRd, y = NRd × e y = ∫∫σc y dx dy + ∑A
i =1
si σsi y si
Acc
NRd
diagrama de
interação NRd, MRxd diagrama de interação
(flexão composta NRd, MRxd, MRyd
normal) (flexão composta
obliqua)
MRd,y
MRd,x
e
µ=ν
h
A s fyd
3
ω=
A c fcd
2 zona de
segurança
1
Nd
ν=
A c fcd
compressão tração
Figura 9.16 – Ábaco para flexão normal composta
1
Acesso aos programas pelo www.cesec.ufpr.br/concretoarmado.
3 cm Nd = NSd = 1289 kN
Nd e = 20 cm
e
54 cm
0,5 As
3 cm
20 cm
Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta do ábaco A-1 apresentado
em Dimensionamento de Peças Retangulares de Concreto Armado Solicitadas à
Flexão Reta, W. S. Venturini, EESC/USP. A armadura mínima deve ser
verificada pela Equação 9.22 e a armadura máxima com a Equação 9.23.
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
fck 25
fcd = = = 17,9 MPa = 1,79 kN / cm2
γ c 1,4
f 500
fyd = yk = = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
γ s 1,15
h = 60 cm
b = 20 cm
d' = 3 cm
d' 3
= = 0,05
h 60
A c = b × h = 20 × 60 = 1200 cm 2
Nd
0,15 f
A s,min = max yd
0,4% A
c
1289 2
0,15 × 43,5 = 4,44 cm
2
A s,min = max = 4,80 cm
0,4
× 1200 = 4,80 cm2
100
A s,max = 4,0% A c admitido região de emendas
4,0
A s,max = × 1200 = 48,0 cm2
100
Nd = NSd = 1289 kN
e = 20 cm
b. Coeficientes ν e µ
Nd 1289
ν= = = 0,60
A c fcd 1200 × 1,79
e 0,5 As
µ=ν
ω = 0,30 h d’
ω = 0,40 Nd
e
h
ω = 0,32
0,5 As
0,20
d’
b
Nd 0,60
ν=
A c fcd compressão tração
A s fyd
ω=
A c fcd
A × 43,5
0,32 = s ⇒ A s = 15,80 cm2 (8 φ 16mm = 16,08 cm2 )
1200 × 1,79
> 4,80 cm2
4 φ 16
A s = 16,08 cm2 OK
< 48,0 cm2
d. Verificação da outra direção
b = 60 cm
h = 20 cm 4 φ 16
d' = 3 cm
d' 3
= = 0,15
h 20
A c = b × h = 60 × 20 = 1200 cm 2
A s,min = 4,80 cm2
A s,max = 48,0 cm2
Nd = NSd = 1289 kN
e = e1d,min = 0,015 + 0,03h = 0,015 + (0,03×,2) = 0,021m = 2,1cm
3 cm
60 cm
ν = 0,60
e 2,1
µ = ν = 0,60 × = 0,063
h 20
Utilizando o ábaco A-12, obtém-se ω = 0,00
e
µ=ν
h
d’
ω = 0,00 Nd
e
h
d’
0,063
b
Nd 0,60
ν=
A c fcd compressã tração
Os ábacos apresentados por Pinheiro, Baraldi e Porem, para flexão obliqua composta, tem o
aspecto mostrado na Figura 9.17, onde:
− a posição 1 representa uma seção dimensionada com segurança, porém com excesso
de material (concreto ou aço);
− a posição 2 corresponde à condição limite de segurança, sem excesso de material; e
− a posição 3 corresponde a uma seção fora dos limites de segurança, devendo ser
alterada em suas dimensões ou na quantidade de armadura.
1
ex
µx = ν
hx
A s fyd
zona de ω=
segurança A c fcd
Nd Nd
ν= = 1,2 ν= = 1,4
A c fcd A c fcd
4 cm
ex
Nd = 573 kN (NSd)
ex = 5 cm
Nd
ey ey = 15 cm
32 cm hx = 20 cm
x
hy = 40 cm
d’x = 4 cm (0,20 hx)
d’y = 4 cm (0,10 hy)
4 cm
(d’y) 12 cm
4 cm 4 cm
(d’x)
573 2
0,15 × 43,5 = 1,98 cm
2
A s,min = max = 3,20 cm
0,4
× 800 = 3,20 cm2
100
A s,max = 4,0% A c admitido região de emendas
4,0
A s,max = × 800 = 32,0 cm2
100
Nd = NSd = 573 kN
e x = 5 cm
e y = 15 cm
b. Coeficientes ν e µx e µy
Nd 573
ν= = = 0,40
A c fcd 800 × 1,79
M xd N × ex e 5
µx = = d = ν x = 0,40 × = 0,10
A c fcd h x A c fcdh x hx 20
M yd Nd × e y ey 15
µy = = =ν = 0,40 × = 0,15
A c fcd h y A c fcd h y hy 40
ey
µy = ν
hy Mxd d’x
Mxd = Nd ex
0,10 Myd = Nd ey d’y
ey Nd
ex
µx = ν
hx ey
ω = 0,40 0,15 hy
Myd
ω = 0,42
ω = 0,50
hx
ν = 0,4
A s fyd φ 20 mm
ω=
A c fcd
A s × 43,5
0,42 = ⇒ A s = 13,83 cm2 ( 6 φ 20 mm = 18,84 cm2 )
800 × 1,79
> 3,20 cm2 40 cm
A s = 18,84 cm2 OK
< 32,0 cm2
20 cm
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.7 da ABNT NBR 6118.
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 18.4 da ABNT NBR 6118
2
Seção 21 da ABNT NBR 6118.
Nd x
30 cm
ley = 2 m
40 cm
lex = 5 m
y y
hy Nd x
30 cm
x
hx
40 cm
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 2,5 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm; e
− diâmetro da armadura longitudinal: 16 mm.
Ex. 9.6: Determinar máxima carga axial (Nd) que o pilar, de seção transversal como abaixo
representado, pode suportar.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm;
− diâmetro da armadura longitudinal: 16 mm; e
− armadura longitudinal (As): 20,11 cm2.
ley = 2,5 m y
lex = 5,0 m Nd x
25 cm
y
50 cm
hy
x
hx
Ex. 9.7: Os pilares P01 e P02 foram executados com o mesmo tipo de aço e o mesmo
concreto e têm as características geométricas indicadas abaixo. Os dois pilares suportam forças
normais centradas, sendo a carga do pilar P02 dez por cento maior que a carga do pilar P01.
Nestas condições, determinar a armadura necessária para o pilar P02, considerando as
distribuições de barras conforme indicadas na figura.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 2,5 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 0,53 mm;
− altura do pilar P01 (comprimento de flambagem): 3,0 m;
− altura do pilar P02 (comprimento de flambagem): 2,5 m;
− taxa de armadura longitudinal (ρ) do pilar P01: 1,75%; e
− carga (NSd) atuante no pilar P01: 1400 kN (centrada).
armadura armadura
uniformemente Y uniformemente
Y distribuída nas distribuída nas duas
quatro faces faces maiores
30 cm
75 cm
X X
60 cm
P01 P02
25 cm
Ex. 9.8: O pilar central P2 de um edifício recebe, em cada nível, as reações de apoio das
vigas V1, V2, V3 (pavimento tipo) e V4 (cobertura). Sabendo-se que, em cada lance, o peso
próprio do pilar pode ser avaliado como sendo igual a 1% da força normal acumulada atuante no
seu topo, pede-se:
1º lance 3m
Vi
P1 P2 P3 x
Seção Transversal
Pilar P2
Elevação do Edifício
Obs:
− admitir dx’/hx = 0,10 e d’y/hy = 0,20;
− edifício constituído por pavimento térreo, três pavimentos tipo (onde atuam as vigas
V1, V2 e V3) e cobertura (onde atua a viga V4);
− largura do pilar hx como múltiplo de 5 cm; e
− armadura longitudinal do pilar colocada paralelamente ao lado hx (metade para cada
lado).
Ex. 9.9: Determinar o diâmetro mínimo (φ) para as barras do pilar abaixo representado. O
pilar deverá ser constituído por dez barras longitudinais dispostas, cinco a cinco, paralelamente ao
lado maior.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20 (γc = 1,40);
− aço: CA-50 (γs = 1,15);
− Nd: 2053 kN (compressão ao longo do eixo z); e
− d’/h = 0,10 (nas duas direções).
100 kNm
I
3,0 m
100 kNm J
6,0 m
154 kNm
3,0 m
K
x y 154 kNm
60 cm 30 cm Diagrama Md
Elevações Momentos atuantes
no plano yz
y
30 cm
x
60 cm
Seção Transversal
Obs:
− o eixo z da figura corresponde à altura do pilar e o plano xy contém a seção
transversal do mesmo;
− efetuar o cálculo da armadura (determinação obrigatória dos valores de As)
considerando, isoladamente, as duas direções; e
− nas considerações envolvendo a posição J, os momentos fletores atuantes no pilar
(plano yz) não deverão ser somados.
Ex. 9.10: Determinar o menor valor possível para hx (valor múltiplo de 5 cm) de tal forma que
o pilar abaixo representado possa resistir a uma força normal suposta centrada de cálculo (Nd)
igual 5105 kN. Este pilar, componente de uma estrutura de 5 pavimentos, será construído por
etapas (por pisos) o que vale dizer que na sua região inferior as armaduras serão emendadas
(emendas por traspasse).
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
ley = 2,8 m y
lex = 5,6 m Nd x
30 cm
y
hx
hy
x
hx
Nd = 1787,5 kN
A Mxd,A = 71,50 kNm
5,0 m
25 cm Nd = 1787,5 kN
50 cm
(hy)
25 cm
(hx)
20 kN/m
B C
Viga – 20 cm x 60 cm
3,5 m z
Pilares – 20 cm x 40 cm x
A D
6,0 m
43,8 kNm
Diagrama
Md
Diagrama
Nd
-1144 kN -1144 kN
y
x
20 cm
40 cm
Ex. 9.13: Determinar a armadura longitudinal do pilar indicado abaixo, sabendo que a força
normal de cálculo (Nd), no lance em questão, é de 2250 kN e que o momento fletor de cálculo
transferido pela viga V1 ao pilar (MSd - momento fletor atuante no plano y), tanto no piso superior
30 cm
V1 V2
V2 y
A
50 cm x
Pilar
V1
2,80 m
Planta 30 cm
A
B
Solicitações
(valores de
cálculo) Elevação
125 kNm y
B
x
2250 kN
Ex. 9.14: As cargas Nd1, Nd2 e Nd3 atuam simultaneamente sobre o eixo x, tal como indicado
na figura. Admitindo que a armadura longitudinal As seja distribuída igualmente em dois lados
(paralelos ao eixo x), determine o máximo valor admissível para o conjugado Nd2 e Nd3.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm;
20 cm 20 cm
Nd1
Nd2 Nd3 = - Nd2
x
25 cm
60 cm
Ex. 9.15: Determinar qual das duas seções transversais de pilar, S1 ou S2, é a mais
adequada (mais econômica) para o carregamento abaixo indicado. Determinar, também, qual a
bitola (diâmetro) necessária para compor as barras da seção S1 e da seção S2. As seções
transversais S1 e S2 tem a mesma área de concreto (1500 cm2) e a mesma quantidade de
armadura (20 barras).
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− aço: CA-50 (γs = 1,15);
− bitolas: 10 mm, 12,5 mm, 16 mm, 20 mm, 22 mm, 25 mm e 32 mm;
− concreto: C20 (γc = 1,4);
− força normal de cálculo: Nd = 2145 kN;
− excentricidade (eixo y): ey = 7,5 cm;
− posição da armadura: d’ = 0,10 h; e
− pilar curto: λ < 35.
Obs.:
− é necessário (obrigatório) efetuar as verificações em todas as direções,
independentemente da existência, ou não, de excentricidades iniciais.
Nd
Nd
50 cm 75 cm
X X
30 cm
20 cm
S1
S2
Ex. 9.16: Usando bitolas (φ) de 20 mm, determinar o número total de barras da armadura
longitudinal que, colocadas conforme disposição indicada na seção transversal, são necessárias
para o pilar pré-moldado representado na figura abaixo.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C30 (γc = 1,40);
− aço: CA-50 (γs = 1,15);
− altura do pilar: l = 3,2 m;
− força normal (eixo z): NSd = Nd = 1028,57 kN;
− momento fletor (plano yz): MSd = MA,d = MB,d; e
− posição da armadura: d’ = 0,10 h.
Obs.:
− o pilar tem seção transversal constante (40 cm x 40 cm) e armadura simétrica
constante (paralela ao eixo x) ao longo do eixo z;
− o pilar deve ser considerado livre no topo e engastado na base (le = 2l);
− a força normal Nd atua com uma excentricidade de 30 cm somente na direção y;
− no plano yz, o diagrama de momentos é o indicado na figura;
− no plano xz, não existem momentos provenientes do carregamento atuante; e
− no dimensionamento da armadura considerar apenas os esforços (solicitações) no
plano yz.
Md
A
40 cm
3,2 m
40 cm
y
B
y x
Md
seção transversal
x Nd
solicitações
esquema de cálculo
do pilar (plano yz)
Ex. 9.17: Considere um pórtico simétrico e indeslocável de concreto armado, tal como
indicado na Fig. 01. Sob a ação do vento, os pilares AB e DE comportam-se diferentemente. Os
diagramas de momentos fletores de cálculo (MSd) dos pilares estão representados na Fig. 02,
onde estão indicadas também as forças normais de cálculo (NSd) atuantes nos mesmos, forças
essas consideradas como constantes ao longo de todo o comprimento dos pilares. Como o vento
pode mudar de sentido, o comportamento dos pilares também se inverte. Assim, cada um deles
deve ser verificado para duas situações possíveis, isto é, vento para direita e vento para
esquerda. Nestas condições, determinar o diâmetro (bitola) da armadura necessária nos pilares
de modo a serem atendidas as duas possibilidades de carregamento.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20; y
− aço: CA-50;
30 cm
1,5 m
B
D
z
3,0 m
x
A E
6,0 m
128,7 kN 514,8 kN
15,4 kNm
15,4 kNm
Ex. 9.18: Um pilar curto (λ <λ1), de seção transversal 30 cm x 30 cm, suporta uma força
normal de cálculo (Nd) igual a 965 kN com dupla excentricidade, sendo a excentricidade na
direção y igual a 7,5 cm. Considerando que o pilar está armado com 4 barras de 20 mm,
determine qual a máxima excentricidade na direção y permitida à força Nd.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C25;
− aço: CA-50;
− αb = 1,0;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm; e
− armadura longitudinal: 4 φ 20 mm.
ex
Nd
ey
30 cm
x
30 cm
Ex. 9.19: Determinar o diâmetro da armadura para a seção transversal do pilar abaixo
representado.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2
(γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15);
− concreto: C20;
70 cm
− aço: CA-50;
(hy)
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 6,3 mm;
− armadura longitudinal: 10 φ;
− altura do pilar (comprimento de flambagem): 3 m;
− carregamento axial (Nd): 3004 kN;
− excentricidade na direção x: 3 cm; e 30 cm
− excentricidade na direção y: 7 cm. (hx)
Ex. 9.20: O pilar abaixo esquematizado servirá, temporariamente, como suporte (engaste)
para um guindaste cujo peso corresponde à 2284 kN (Ngk). Verificar se este pilar tem condições
de suportar o içamento e transporte de uma carga de 100 kN (Nqk), distante 5,79 m (llança) do
centro de giração do guindaste (centro de gravidade do pilar). O içamento da carga, após a
fixação do guindaste no topo do pilar, se dará na seguinte seqüência:
a. inicialmente a carga será parcialmente levantada na posição A (ângulo de 45º com o
eixo horizontal); e
b. posteriormente o guindaste fará uma rotação de 135º até a carga atingir a posição C,
quando será totalmente içada.
A verificação das condições de segurança deverá ser feita apenas no topo do pilar (engaste
do guindaste), para as posições de carga e descarga em A, B e C, não sendo necessário verificar
situações intermediarias.
Considerar:
− estado limite último – combinação especial (construção) de carregamento (γg = 1,3;
γq = 1,2; γc = 1,2; γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− αb = 1,0;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 8 mm;
− armadura longitudinal: 10 φ 32 mm; e
− altura do pilar (comprimento de flambagem): 6 m.
C
x
60 cm
Seção transversal
do pilar A
B
NSd = (γg Ngk) + (γq Nqk)
y
MSd = (γq Nqk) x llança
Carregamento do pilar
Ex. 9.21: Determinar os valores das excentricidades atuantes no topo (J), na base (K) e na
seção intermediária do pilar abaixo representado. Esse pilar tem seção transversal constante e
armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. Os valores de Md,tot, necessários para a
determinação das excentricidades na seção intermediária deverão ser calculados pelo Método do
Pilar Padrão para Pilares de Seção Retangular Submetidos à Flexão Composta Obliqua (Método
da Rigidez κ Aproximada), considerando concreto classe C20.
Mxd Myd ex ey
Nd = 1140 kN
kNm kNm cm cm
Topo
Intermediaria
Base
Obs:
− as solicitações (força normal e momentos fletores) correspondem a valores de cálculo;
e
− considerar efeitos de 2ª ordem, independentemente de λ1 (ignorar λ1 e ir diretamente
ao Método da Rigidez κ Aproximada).
J
40 cm x
V1 Planta Pilar
9,25 m
y 40 cm
114 kNm
1140 kN
V1 V2
J
K
57 kNm Solicitações
(valores de cálculo)
Elevação
57 kNm
x
K
y
Ex. 9.22: Abaixo é representado um pilar de concreto armado com altura de um lance igual
a 3,8 m e seção transversal quadrada com 40 cm x 40 cm. Considerando os esforços solicitantes
de cálculo indicados abaixo e sabendo que a seção transversal do pilar terá dez barras, com a
distribuição indicada na figura, pede-se a área de aço (As) necessária e o diâmetro (φ) das barras.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20 (γc = 1,4);
− aço: CA-50 (γs = 1,15);
− taxa de armadura: As = 8% Ac; e
− d’ = 4 cm.
Obs:
− as solicitações (força normal e momentos fletores) correspondem a valores de cálculo;
− o pilar tem seção transversal constante e armadura simétrica e constante ao longo de
seu eixo (z);
− os momentos fletores 50,10 kNm e 183,04 kNm atuam no plano xz (direção x), os
momentos fletores 62,40 kNm e 91,52 kNm atuam no plano yz (direção y);
− hx corresponde à dimensão do pilar na direção x, hy corresponde à dimensão do pilar
na direção y; e
− o preenchimento do quadro abaixo é obrigatório.
50,10 kNm
40 cm
(hy)
91,52 kNm
x
K 40 cm
(hx)
y 2746 kN 183,04 kNm
Seção Transversal
Solicitações
(valores de cálculo)
Mxd Myd ex ey
Nd = 2746 kN
kNm kNm cm cm
Topo
Intermediaria
Base
Ex. 9.23: Determinar a armadura necessária para o pilar de canto abaixo representado.
Considerar:
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− d’y = 0,05 hy; d’x = 0,10 hx;
− lex = ley = 5,0 m;
− Nd = 686 kN; e
− Mxd,topo = Mxd,base = Myd,topo = Myd,base = 102,9 kNm.
Obs:
− as solicitações (força normal e momentos fletores) correspondem a valores de cálculo;
− o pilar tem seção transversal constante e armadura simétrica e constante ao longo de
seu eixo (eixo vertical);
− os momentos Mxd,topo e Mxd,base estão contidos no plano xz;
− os momentos Myd,topo e Myd,base estão contidos no plano yz;
− o pilar é bi-rotulado, sem viga intermediária de travamento; e
− taxa máxima de armadura longitudinal do pilar igual a 4% (armadura com traspasse).
Mxd,topo
40 cm
(hy)
Mxd,bas x
y Myd,bas 30 cm
Nd (hx)
Nk
5 cm
25 cm
5 cm
25 cm