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ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3
2.Objectivos...............................................................................................................................................4
2.1.Objectivo geral.......................................................................................................................4
2.2.Objectivos específicos............................................................................................................4
3.Metodologia da pesquisa......................................................................................................................4
4.Referencial teórico.................................................................................................................................5
4.1.Conceito de pena....................................................................................................................5
4.1.1.Finalidade da pena...........................................................................................................5
4.1.2.Características da pena....................................................................................................5
4.2.Evolução histórica das penas e seus fins................................................................................6
4.3.Teorias dos fins da pena.........................................................................................................7
4.4.Teorias da pena.......................................................................................................................8
4.4.1.Teorias retributivistas......................................................................................................8
4.4.2.Teorias prevencionistas...................................................................................................9
4.4.3.Teorias unitárias, mistas ou ecléticas.............................................................................10
4.4.4.Teorias Relativas...........................................................................................................10
4.5.Outras teorias.......................................................................................................................11
4.5.1.Características................................................................................................................11
5.Inconvenientes e críticas.....................................................................................................................11
Conclusão................................................................................................................................................12
Bibliografias............................................................................................................................................13
1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda sobre ‘’Os Fins das penas’’, instrumento este muito utilizado no
Direito Penal para atender seus fins. Para a perfeita compreensão, é imprescindível o estudo
Tem-se assistido nos últimos tempos ao discurso funcional que procura renormativizar a matéria
penal, seja a partir dos fins da pena, seja a partir dos fins do direito penal. Assim, a teoria dos fins
da pena está em candente actualidade e importância.
Pretende-se, neste trabalho, tracejar breves e superficiais observações sobre tão controvertido
tema. Nada além do propósito da contribuição dos fins da pena para o sistema penal de cunho
funcionalista, como era esperado pelos partidários dessa corrente, calha dizer que dista muito do
almejado.
2.Objectivos
A definição dos objectivos determinam o que o pesquisador quer atingir com a realização do
trabalho de pesquisa, pois são sinónimo de meta, fim.
MARCONI e LAKATOS (2002) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma visão
global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e
eventos.
2.2.Objectivos específicos
3.Metodologia da pesquisa
4.Referencial teórico
4.1.Conceito de pena
A pena é sanção penal, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença ao culpado pela
prática de infracção penal, consistente na restrição ou na privação de um bem jurídico, com
4.1.1.Finalidade da pena
4.1.2.Características da pena
A pena possui sete características importantes e, na sua maior parte, expressas no texto
constitucional que merecem sólida atenção. Vejamos algumas:
a) Legalidade: A pena deve estar prevista em lei e, importante, lei em sentido estrito, não se
admitindo que seja cominada em regulamento ou acto normativo.
b) Anterioridade: A pena deve já estar em vigor na época em que foi praticada a infracção.
c) Personalidade: A pena não pode passar da pessoa do condenado. A pena de multa, por
exemplo, embora considerada dívida de valor, em razão da personalidade, jamais poderia
ser cobrada dos herdeiros do condenado.
d) Interrogabilidade: Salvo previsões expressas legais, o Juiz jamais poderia deixar de
aplicar a pena. Por ex, o juiz não poderia extinguir a pena de multa em razão de seu
irrisório valor.
e) Individualidade: A imposição e o cumprimento da pena deverão ser individualizados de
acordo com a culpabilidade e o mérito de cada sentenciado.
f) Proporcionalidade: A pena deve ser proporcional ao crime praticado
Ainda, no período primitivo, “quando algum indivíduo transgredia as regras locais, aquele que
foi lesado tinha o direito de puni-lo, não sendo esta punição necessariamente proporcional ao
dano sofrido. Era a chamada vingança privada”. Daí há que se falar em vingança de sangue e
perda da paz. A vingança de sangue consistia em um dever sagrado que recaía sobre o membro
de uma família, clã ou tribo, de matar um membro de outra tribo por ter ofendido um dos
integrantes da sua organização.
Já, a perda da paz consistia em alijar a pessoa do delinquente de sua condição de membro da
comunidade, passando a ser considerado como se coisa fosse, abandonada, completamente, à
própria sorte.
A pena corresponde a uma das espécies de reacção do ordenamento jurídico aplicável contra
quem praticou uma infracção penal, “consequências jurídico-penais do delito”. Yvana Savedra de
Desde os tempos remotos, várias teorias vêm tentando justificar a finalidade a ser buscada com a
aplicação da sanção penal. Apesar dos esforços de grandes pensadores, não foi possível ainda se
chegar a um entendimento único. Portanto, as teorias dos fins da pena surgiram historicamente
para fundamentar a legitimação ou justificação da intervenção penal. Carla Pereira Nery
conceitua-as como:
Basicamente, são três os grupos teóricos: teorias absolutas (retributivismo), teorias relativas
(prevencionismo) e teorias ecléticas. Essas ideias são fundamentais para entender o que se busca
ao punir um indivíduo com uma pena, qualquer que seja essa. Além disso, são importantes na
análise dos reflexos que essa punição traz para a pessoa e para a sociedade.
4.4.Teorias da pena
As concepções absolutas têm origem no Idealismo Alemão e deita suas raízes num período onde
o Estado era absolutista. “Nessas teorias preconiza-se a ideia de justiça e, assim, a pena é o mal
justo para punir o mal injusto praticado, ou seja, o fato delituoso”:
[...] a pena é um imperativo categórico exigido pela razão e pela justiça, consequência natural do
delito, uma retribuição jurídica ao mal do crime como forma de compensação pelo mal praticado
e reparação moral”. Esse imperativo categórico significa algo que deve ser imposto sem
excepção, pois ao mal do crime impõe-se o mal da pena, do que resulta a igualdade como
elemento efectivador da justiça.
Ainda nesse sentido, Kant afirmava que a pena “era entendida como um fim em si mesma,
visando tão-somente a recompensar o mal com o mal” (BARREIROS, 2008, 2). Na retribuição
moral, a pena deve ser também para o autor do delito uma espécie de “expiação”, vista como um
tipo de castigo ou penitência que o condenado deve cumprir para se redimir do ato injusto que
praticou.
Já, Hegel, autor da retribuição jurídica, afirma que a pena é a negação do crime que corresponde
à negação do Direito. Nesse sentido, “a pena é a negação do delito e, de conseguinte, afirmação
do Direito que havia sido negado pelo delito”. É uma forma de reafirmar a ordem jurídica,
mostrando que ela se sobrepõe aos desvios de qualquer de suas normas.
A prevenção geral num primeiro momento pode ser tratada como positiva ou integradora.
“A prevenção geral pode ser encarada no sentido positivo ou de integração: não pela gravidade
da pena com fim de intimidação o que implicaria um dever moral de graduá-la ao máximo, mas
como resultado de eficaz actuação da justiça e da consciência que a sociedade passará a ter sobre
esta realidade.”
A pena, na prevenção geral positiva, tem como fundamento a necessidade de evitar a prática
futura de delitos. “Caracterizam-se por atribuir à pena a finalidade de reforçar, na generalidade
dos sujeitos, a confiança nas normas”. Nas palavras de Luiz Regis Prado:
“A pena pode ser concebida, como forma de que o Estado se serve para manter e
reforçar a confiança da comunidade na validade e na força de vigência das suas
normas de tutela de bens jurídicos e, assim, no ordenamento jurídico-penal; como
instrumento por excelência destinado a revelar perante a comunidade a
inquebrantabilidade da ordem jurídica, apesar de todas as violações que tenham
tido lugar (prevenção geral positiva ou de integração).”
As penas fundadas na prevenção geral positiva vislumbram três efeitos principais: aprendizagem,
confiança e pacificação social. Aprendizagem consiste em recordar as regras sociais que não
devem ser infringidas, pois, tal ordem de transgressões não é tolerada pelo Direito Penal. A
confiança implica que os cidadãos acreditem e confiem no Direito quando ele se impõe. E, por
fim, a pacificação social obtida quando a desviação social é resolvida pelo Direito.
Essas teorias tentam agrupar em um único conceito todos os fins da pena. E buscam conciliar a
exigência de retribuição jurídica da pena mais ou menos acentuada com os fins de prevenção
geral e prevenção especial.
A ideia central nessas teorias é a pena justa, adequada e proporcional ao delito cometido e à
pessoa do agente.
4.4.4.Teorias Relativas
Para os seguidores dessa teoria, a pena se limita a uma função de prevenção como garantia social
na forma de antever que o delinquente retorne a praticar crimes no futuro. As razões são
puramente fundadas em uma utilidade social.
A concepção aqui defendida não é a punição propriamente dita para os rompedores da ordem da
justiça, mas de evitar que este venha a continuar no mundo criminoso, a prevenir que não haverá
mais ataques ao manto da paz pública.
Viam no Direito Penal o fim retributivo (fim essencial), mas partindo das insuficiências da
retribuição iam apontar ao Direito Penal a finalidade de prevenção.
Dois objectivos:
4.5.1.Características
Sistema exclusivamente preventivo em que se procura fazer uma coexistência dos princípios de
prevenção especial e geral. Função da tutela necessária dos bens jurídicos, objectivos de
ressociabilização do agente encontrando o limite da pena, a culpa.
5.Inconvenientes e críticas
Por se tratarem de um assunto tão polémico e discutido, as teorias dos fins da pena, como
qualquer outro assunto com estas características, sofreram e sofrem várias críticas por parte de
estudiosos da questão em foco. Realmente, essas ideias possuem vários inconvenientes, que
precisam ser destacados para o entendimento de que nem tudo o que propõe a teoria funciona
maravilhosamente na prática.
Como se pode observar da breve critica dos fins e teorias legitimadoras da pena, percebe-se o
percurso histórico vivido pelo direito penal. Actualmente parte da doutrina tem sustentado que o
sistema penal possui eficácia invertida sustentada pela função simbólica. Isto significa que as
funções efectivamente declaradas pelo sistema criminal apresentam eficácia meramente
simbólica, já que aquelas (prevenção geral e especial) não podem ser alcançadas.
Na verdade, o direito penal cumpre com funções não declaradas que contribuem para
manutenção da desigualdade. Apesar disso, permeia-se no seio social a ilusão de segurança
fornecida pelas penas actuais.
De acordo com o pensamento jurídico actual, o Direito Penal tem como escopo primordial a
protecção dos bens jurídicos essenciais ao indivíduo e à sociedade. Neste sentido, surge a pena
como consequência do descumprimento de um imperativo legal, apesar de não constituir esta, a
sua única finalidade.
Contudo, este trabalho propõe uma análise critica das teorias (absolutas, relativas e mistas) que
legitimam o Estado aplicar as sanções de natureza penal. Para cumprir o objectivo, este trabalho
foi composto por pesquisas doutrinárias e legislativas, que concluem pelo hodierno delineio da
função do Direito Penal, questionando assim a sua eficácia.
AUTOR DO ARTIGO
Nome: Sérgio Alfredo Macore
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