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regulares, para isso é preciso entender os problemas enfrentados por eles nas escolas comuns.
seguir uma diretriz curricular estabelecida em lei. Ela, não inclui a Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) como matéria obrigatória aos estudantes de Ensino Fundamental. Sem a inclusão
dessa língua e com a ideia de que todos devem ser tratados igualmente as escolas entendem
que os alunos, independente de suas peculiaridades, devem ser ensinados da mesma forma.
Essa visão é equivocada, como já dito por Aristóteles “a pior forma de desigualdade é tentar
transformar duas coisas diferentes iguais”, ou seja, para que cada estudante seja tratado da
forma mais igualitária possível é essencial que seja analisada a necessidade de cada aluno.
Um exemplo muito simples é que você não pediria para um aluno deficiente, e
limitado a uma cadeira de rodas, que participasse de um jogo de futebol com toda a turma,
também não faria sentido exigir que um cego faça um desenho de observação na aula de artes.
Por que, então, insistir em obrigar que a população surda se comunique oralmente ou exigir
aparelhos, desconfortáveis para muitos, para que escutem o que você quer dizer?
A solução mais óbvia seria colocar LIBRAS como disciplina obrigatória nas escolas,
mas parece que as autoridades legislativas não se preocupam tanto com essa inclusão. Como
poderiam? Em seus discursos falam que farão o possível para que haja inclusão social de toda
a comunidade, mas não se relacionam conhecem a língua de sinais, nem se quer se relacionam
com a comunidade surda. É preciso então que a comunidade surda se imponha, que alguém,
direcionadas as escolas, para que elas tomem a frente da inclusão. As leis do país já exigem
que todo curso de licenciatura tenha LIBRAS em sua disciplina, ou seja, os professores que
estão sendo formados serão capazes de, por conta própria, incluir o indivíduo surdo
ministrando aulas bilíngues que incentivarão o interesse das crianças ouvintes a essa língua e
Como dito por Faria: “No caso do surdo, que para ser ‘ igual ’ é preciso, antes, ser
diferente” (Faria, 2001, p.111) então as políticas públicas de inclusão, bem como as
indivíduo surdo. É natural que as famílias queiram que o seu filho escute para que a
comunicação usual da criança seja da Língua Portuguesa, já dizia Thomas Hobbes “o ser
humano é, por natureza, [...] egoísta”. Por mais que não pensem que fazem um mal a seu
filho, o homem quer que o menino seja como ele. É essencial, portanto, que as famílias
criança. A família pode até querer que seu filho seja ouvinte e apresente para ele o aparelho
que possibilitaria tal façanha, mas isso não pode vir em detrimento da LIBRAS, pois, caso
seja realmente desconfortável para o indivíduo, ele não terá uma válvula de escape para se
A inclusão dos indivíduos surdos deve, portanto ocorrer com auxílio da LIBRAS e
isso deve ser compreendido tanto pelas instituições educacionais quanto pelas famílias. Se a
política brasileira ainda não é capaz de atuar na comunidade para inclusão desses indivíduos,
Referências bibliográficas